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Socieda<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

<strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012 15<br />

Aconselhamento sobre disfunção eréctil em <strong>Leiria</strong><br />

Combater os tabus e alertar para os principais factores<br />

<strong>de</strong> risco da disfunção eréctil são os principais<br />

objectivos das sessões <strong>de</strong> esclarecimento sobre a<br />

doença que, hoje e amanhã, <strong>de</strong>correrão em várias<br />

farmácias <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />

Incidência da doença quase duplicou em <strong>de</strong>z anos<br />

Vírus po<strong>de</strong> explicar diabetes na infância<br />

MIGUEL SAMPAIO<br />

impotentes e velhos cegos. Os meus<br />

pais protegeram-me um pouco disso,<br />

mas eu sofri um bocado. Com o tempo<br />

habituei-me e percebi que até<br />

podia ter uma vida muito normal.”<br />

Ester Gama, uma das responsáveis<br />

pela consulta <strong>de</strong> diabetes na Pediatria<br />

do Centro Hospitalar <strong>Leiria</strong>-Pombal<br />

(CHLP), refere que têm surgido cerca<br />

<strong>de</strong> “seis a oito casos novos por<br />

ano”, número que tem estabilizado.<br />

“Os picos aparecem, sobretudo, entre<br />

os 10-13 ano0s, mas também há<br />

casos <strong>de</strong> crianças com 5 ou menos<br />

anos”, informa Ester Gama, salientando<br />

que a primeira reacção dos pais<br />

nunca é fácil, até porque se trata <strong>de</strong><br />

“uma doença crónica”. “As crianças<br />

aceitam mais facilmente a picada<br />

do que os pais”, conta.<br />

Já na adolescência a situação é<br />

mais complicada, “não tanto pela injecção”,<br />

mas porque “não é fácil assumir<br />

à frente dos outros a obrigação<br />

<strong>de</strong> terem uma alimentação cuidada<br />

e uma vida cheia <strong>de</strong> regras”, explica.<br />

O número<br />

169<br />

crianças por cada 100 mil/hab.,<br />

entre os 0 e os 19 anos sofriam <strong>de</strong><br />

diabetes tipo 1, em 2000<br />

340<br />

crianças por 100 mil habitantes,<br />

entre os 0 e os 19 anos sofriam <strong>de</strong><br />

diabetes tipo 1, em 2010<br />

80<br />

jovens até aos 18 anos são<br />

acompanhados na consulta <strong>de</strong><br />

diabetes na Pediatria do CHLP.<br />

A alimentação <strong>de</strong>sequilibrada e o<br />

se<strong>de</strong>ntarismo são factores que têm levado<br />

ao aumento da diabetes tipo 2.<br />

José Manuel Boavida afirma que as<br />

mudanças <strong>de</strong> hábitos têm <strong>de</strong> começar<br />

em casa e muito cedo. “É preciso<br />

fechar o círculo. Não basta as escolas<br />

proibirem alguns alimentos e<br />

educarem parta uma boa alimentação,<br />

quando os alunos chegam a<br />

casa dos pais e dos avós e fazem tudo<br />

ao contrário”, refere. O responsável<br />

pelo plano nacional da diabetes <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />

uma “congregação <strong>de</strong> esforços<br />

entre escola e toda a re<strong>de</strong> familiar,<br />

que tem <strong>de</strong> actuar antes dos 6 anos.<br />

“A educação alimentar faz-se até aos<br />

4/5 anos”.<br />

Para assinalar o Dia Mundial da<br />

Diabetes, realiza-se no sábado o 6.º<br />

Forum Nacional, no Centro Nacional<br />

<strong>de</strong> Exposições e Mercados Agrícolas<br />

<strong>de</strong> Santarém, on<strong>de</strong> vão estar vários<br />

temas em discussão. Para mais informações<br />

consultar www.forumdiabetes.net.<br />

A inscrição é gratuita.<br />

PUBLICIDADE<br />

O diabético tem uma vida normal, necessita apenas do cuidado<br />

<strong>de</strong> medir a sua glicémia<br />

Elisabete Cruz<br />

elisabete.cruz@jornal<strong>de</strong>leiria.pt<br />

❚ Assinalou-se ontem o Dia Mundial<br />

da Diabetes, uma doença que já é<br />

apelidada como a epi<strong>de</strong>mia do século<br />

XXI. O aparecimento <strong>de</strong>sta doença,<br />

na sua forma mais conhecida – tipo 2,<br />

está relacionado, geralmente, com<br />

uma <strong>de</strong>ficiente alimentação e se<strong>de</strong>ntarismo,<br />

pelo que os profissionais<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> têm vindo apostar na sensibilização<br />

para a importância <strong>de</strong> hábitos<br />

<strong>de</strong> vida saudáveis como forma<br />

<strong>de</strong> prevenção.<br />

No entanto, nos últimos anos temse<br />

assistido também a um preocupante<br />

aumento da diabetes tipo1,<br />

uma tipologia menos comum <strong>de</strong>sta<br />

doença que afecta principalmente<br />

crianças, estando a ser <strong>de</strong>tectada<br />

cada vez mais em ida<strong>de</strong>s inferiores a<br />

6 anos. A explicação para esta maior<br />

incidência ainda não está esclarecida.<br />

José Manuel Boavida, director do<br />

programa nacional da diabetes, explica<br />

ao JORNAL DE LEIRIA que, no<br />

ano 2000, a incidência da doença entre<br />

os 0 e os 19 anos era <strong>de</strong> 169 crianças<br />

por cada 100 mil habitantes, em<br />

Portugal. Em 2010, o número subiu<br />

para 340. “O que existe é uma tendência<br />

para o aparecimento da diabetes<br />

tipo 1 em ida<strong>de</strong>s cada vez mais<br />

jovens, abaixo dos 6 anos.”<br />

“Trata-se <strong>de</strong> uma doença auto-<br />

-imune, on<strong>de</strong> o organismo rejeita as<br />

células que produzem a insulina. O<br />

motivo pelo qual o faz, ainda não está<br />

totalmente esclarecido”, acrescenta<br />

o responsável. Tirando a “tendência<br />

genética” e os “factores ambientais”,<br />

os especialistas consi<strong>de</strong>ram como<br />

uma “forte hipótese a infecção viral”<br />

para explicar o aparecimento da<br />

doença, mas José Manuel Boavida<br />

avisa que “nada está comprovado”.<br />

Este responsável garante que o<br />

aparecimento <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> diabetes<br />

“não tem qualquer relação com o<br />

comportamento da mãe durante a<br />

gravi<strong>de</strong>z”, pelo que diz que não<br />

adianta os pais manterem um sentimento<br />

<strong>de</strong> culpa, porque “não há<br />

nada que a possa prevenir”.<br />

Sem cura, a única forma <strong>de</strong> tratamento<br />

é a insulina injectável, o que<br />

complica se a criança for pequena,<br />

pois <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos seus cuidadores.<br />

“Quando é mais autónoma, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

adaptar-se às doses <strong>de</strong> insulina, não<br />

é preciso escon<strong>de</strong>r nada. Injectar insulina<br />

é um acto tão simples como<br />

passar um pente no cabelo ou limpar<br />

um pouco <strong>de</strong> água caída. Não <strong>de</strong>mora<br />

mais <strong>de</strong> 20 segundos”.<br />

Este é um acto que José Silva executa<br />

há cerca <strong>de</strong> 20 anos e, hoje, ao<br />

mesmo tempo que conversa com<br />

um colega <strong>de</strong> trabalho. Aos 13 anos<br />

<strong>de</strong>scobriu que tinha diabetes tipo 1.<br />

Se<strong>de</strong> e cansaço extremos, vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

urinar incontrolável, fome e emagrecimento<br />

exagerados foram sintomas<br />

que alertaram o médico. O diagnóstico<br />

foi comprovado com análises<br />

clínicas.<br />

“Chorei <strong>de</strong> raiva e <strong>de</strong> pena <strong>de</strong> mim<br />

mesmo. Na altura, ser-se diabético<br />

ainda era uma calamida<strong>de</strong>. Uma<br />

doença dos coitadinhos. As conversas<br />

versavam sempre o facto <strong>de</strong> ser<br />

uma doença <strong>de</strong> pessoas que ficavam<br />

sem pés, amputados, homens<br />

Veja<br />

anúncios<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

na página<br />

16<br />

Para saber<br />

como<br />

anunciar na<br />

secção <strong>de</strong><br />

classificados<br />

do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Leiria</strong> ligue<br />

244 800400

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