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Descarregar PDF - Jornal de Leiria

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2 <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> 15 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2012<br />

Radar<br />

Não precisamos <strong>de</strong> mais padres.<br />

Precisamos mais dos padres.<br />

Pedro Manuel, Pároco da Sé <strong>de</strong> Faro,<br />

Expresso<br />

Troika não se atreve a meter-se<br />

com os gran<strong>de</strong>s interesses<br />

Teodora Cardoso, economista, Diário<br />

Económico<br />

Comentário enigmático João dos Santos<br />

Olho clínico<br />

Maria João Domingos<br />

Presidido por Maria João<br />

Domingos, o Centro <strong>de</strong><br />

Educação Especial Rainha D. Leonor,<br />

em Caldas da Rainha, venceu<br />

o Prémio BPI Capacitar, repartindo<br />

os 200 mil euros respeitantes ao<br />

primeiro lugar com uma instituição<br />

da Ramada. O prémio distinguiu o<br />

projecto <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> flores da<br />

instituição, que já no ano passado<br />

tinha sido con<strong>de</strong>corada pelo Presi<strong>de</strong>nte<br />

da República.<br />

Isabel Pedrosa<br />

Natural <strong>de</strong> Monte Redondo,<br />

<strong>Leiria</strong>, esta jurista foi nomeada,<br />

pelo ministro dos Negócios<br />

Estrangeiros, para embaixadora da<br />

Líbia, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um vasto percurso<br />

feito na carreira diplomática.<br />

Uma nomeação feminina para um<br />

cargo tradicionalmente ocupado<br />

por homens, mas que começa a<br />

abrir-se às mulheres.<br />

Cidália Ferreira<br />

O aumento dos pedidos <strong>de</strong><br />

habitação social levaram<br />

Cidália Ferreira, vereadora da Acção<br />

Social da Marinha Gran<strong>de</strong>, em<br />

coor<strong>de</strong>nação com o restante executivo,<br />

a tomar medidas para ajudar<br />

quem mais precisa. Uma <strong>de</strong>las<br />

foi agir no bairro social do Camarnal,<br />

on<strong>de</strong> um impasse <strong>de</strong>ixava que<br />

algumas casas se <strong>de</strong>gradassem sem<br />

terem chegado a receber inquilinos.<br />

A câmara está a fazer obras no<br />

bairro e prepara-se para atribuir alguns<br />

<strong>de</strong>stes fogos. Constrangedor<br />

é o facto <strong>de</strong> o município continuar<br />

a <strong>de</strong>ver mais <strong>de</strong> 1,5 milhões <strong>de</strong><br />

euros ao IRHU, que pagou a obra.<br />

Impressões<br />

Dona Mécia e D. Genuíno (continuado)<br />

Des<strong>de</strong> que as dúvidas <strong>de</strong> Dona Mécia e D.<br />

Genuíno começaram a ser publicadas muita<br />

gente passou a vir conversar para junto da<br />

pare<strong>de</strong> on<strong>de</strong> eles estão. Coisa <strong>de</strong> os<br />

influenciar, diz D. Genuíno. D. Mécia acha que não,<br />

pois ela não muda facilmente <strong>de</strong> opinião. Não. Ela,<br />

que quando era nova, ven<strong>de</strong>u muita fruta no<br />

mercado <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, vindo das suas terras no burro,<br />

nunca “emprenhou pelos ouvidos”.<br />

Esteve a escutar as discussões que tem havido<br />

sobre o OE no Parlamento e confirmou que a<br />

<strong>de</strong>spesa do Estado se reduziu em 2 anos <strong>de</strong> 13,5 mil<br />

milhões <strong>de</strong> euros. Claro, isto sem contar com os<br />

juros da dívida. Esses sim sobem sempre. Aquele<br />

montante <strong>de</strong> 5,7 mil milhões foram <strong>de</strong>spesas em<br />

investimento que se <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> realizar (já basta<br />

<strong>de</strong> estradas, pontes e rotundas, diz D. Genuíno) e o<br />

restante, no montante <strong>de</strong> 7,8 mil milhões, foram <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>spesa corrente primária não realizada (poupada,<br />

atalha D. Genuíno), que é quatro vezes o valor do<br />

corte dos subsídios aos funcionários públicos!<br />

Mas este valor que se poupou vai todinho para<br />

pagar os juros do capital emprestado diz D.<br />

Genuíno. Claro, explica Dona Mécia, pois se se<br />

pediu emprestado para pagar salários dos<br />

funcionários públicos e dos das empresas públicas,<br />

temos que pagar aos nossos credores para que nos<br />

continuem a emprestar, para po<strong>de</strong>rmos pagar esses<br />

mesmos salários.<br />

Lembras-te, Dona Mécia, o número <strong>de</strong><br />

funcionários que tinham as Câmaras, pergunta D.<br />

Genuíno. Olha que hoje com mais, não estamos<br />

melhor… só aumentou para nós a burocracia. Não<br />

produzimos o suficiente para ter este Estado, diz<br />

Dona Mécia. E será que necessitamos <strong>de</strong>le com a<br />

dimensão que tem hoje, conclui D. Genuíno.<br />

D. Genuíno, com o seu ar espantado, afirma que<br />

Portugal tem vivido na ilusão <strong>de</strong> que todos os<br />

cortes, os impostos e as taxas criadas, permitirão<br />

que resolvamos os nossos problemas, só que ele<br />

lembra que para que Dona Mécia viesse ao mercado<br />

a <strong>Leiria</strong> ven<strong>de</strong>r fruta era necessário, previamente,<br />

Ricardo<br />

Charters<br />

d’Azevedo<br />

plantar as arvores, cuidar <strong>de</strong>las e colher a fruta. D.<br />

Genuíno não vê ninguém a preocupar-se com a<br />

produção, pois sem ela não há produtos para se<br />

ven<strong>de</strong>r. Só escuta gente que quer subsídios, apoios,<br />

e emprego, mas ninguém faz nada para o criar!<br />

Mas alguém do Governo nos virá explicar o que<br />

estão a fazer para sairmos da crise; sem explicações<br />

claras o povo revolta-se, diz D. Genuíno. Ele<br />

lembra-se algumas revoltas do povo português, que<br />

tiveram como resultado mortes e feridos e a fuga <strong>de</strong><br />

políticos.<br />

D. Genuíno lembra-se, ainda, dos jovens que iam<br />

apanhar a fruta do chão, pedindo-a aos<br />

proprietários, tiravam o sorvado com a navalha, e<br />

vendiam-na no adro da igreja, à saída da missa do<br />

meio-dia. Andavam nessa altura <strong>de</strong>scalços e<br />

calçavam alpercatas do Sr José Lúcio da Silva,<br />

quando vinham para a cida<strong>de</strong>, para não serem<br />

incomodados pela polícia, pois na cida<strong>de</strong> não se<br />

podia andar <strong>de</strong>scalço. E isto, não há muito tempo…<br />

em meados do século passado. Viravam-se, para<br />

passar menos fome, termina D. Genuíno. Dona<br />

Mécia atalhou logo afirmando que a situação nunca<br />

será tão grave assim pois os senhores <strong>de</strong>putados<br />

estão com o OE em mãos.<br />

(continua)<br />

Engenheiro<br />

D. Genuíno Dona Mécia

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