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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

A parte superior da crosta terrestre é normalmente porosa devido ao constante intemperismo<br />

das rochas na formação dos solos. Essa faixa da litosfera é composta por partículas<br />

sólidas e poros preenchidos com água ou água e ar (Figura 1). A vegetação situa-se no topo da<br />

zona denominada zona não saturada ou de aeração, onde os poros estão apenas parcialmente<br />

preenchidos com água.<br />

A água precipitada não absorvida pelas plantas continua, por gravidade, a infiltrar-se<br />

até atingir a zona denominada de saturada, onde pode entrar na circulação subterrânea, contribuindo<br />

para a recarga dos aquíferos. O topo da zona saturada em contato com a pressão<br />

atmosférica corresponde ao nível freático. A água subterrânea pode ressurgir na superfície em<br />

forma de nascentes.<br />

A quantidade e a velocidade com que a água circula em diferentes fases do ciclo hidrológico<br />

são influenciadas por diversos fatores, como: a cobertura vegetal, altitude, topografia,<br />

temperatura, tipo de solo e geologia estrutural.<br />

Figura 1. Zonas de ação da água no solo ou zonas de passagem da água no solo.<br />

Visando minimizar esses efeitos negativos, existem diversas técnicas na literatura e na<br />

engenharia que buscam a adequada destinação dos fluxos de águas superficiais, algumas não<br />

estruturais, como a educação ambiental, e outras estruturais, como as galerias de drenagem.<br />

Entretanto, enquanto as ações não estruturais são muitas vezes relegadas a um segundo plano,<br />

as técnicas estruturais convencionais usualmente trazem consigo restrições técnicas, econômicas,<br />

ambientais e sociais. Diante disso, surgem, por um lado, a busca de maior ênfase<br />

na educação ambiental por meio da popularização da ciência e, por outro, as propostas de<br />

técnicas de estruturas alternativas de compensação de fluxos, as técnicas estruturais não convencionais.<br />

Neste caso, busca-se compensar na fonte a parcela que seria infiltrada naturalmente,<br />

mas que, por meio de impermeabilizações diversas, somou-se ao fluxo superficial.<br />

No leque de opções estão as trincheiras, as valas e os poços de infiltração. Deve ser avaliada a<br />

viabilidade técnica e econômica de cada uma delas, observando-se os contextos urbanístico,<br />

paisagístico e arquitetônico.<br />

Este capítulo aborda o tema infiltração por meio de trincheiras, tomando como exemplo<br />

alguns aspectos e resultados obtidos por Silva (2012) em estudos realizados a partir de ensaios

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