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Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

no estado de tensões, podem propiciar sua lixiviação e a consequente esqueletização do maciço.<br />

Nas regiões tropicais, as variações dos fluxos de umidade são sazonais e dependem,<br />

segundo Gitirana Jr. (2005), principalmente de três componentes: precipitação, evaporação<br />

e escoamento superficial. A esses fatores deve-se adicionar a evapotranspiração que, aliada<br />

aos dois primeiros citados pelo autor, ao afetarem a sucção atuante no solo, interferem diretamente<br />

no escoamento superficial, por causa da alteração gerada no gradiente hidráulico que<br />

condiciona a infiltração.<br />

Ao considerar a variação nas condições de estado do solo, como a poropressão, a umidade<br />

e o índice de vazios, no entendimento da oferta e da demanda de umidade na fronteira<br />

solo-atmosfera, é necessária a compreensão dos fatores climáticos. O conhecimento das condições<br />

atmosféricas auxilia na análise da variação de umidade do solo, ao serem levados em<br />

conta os componentes relativos à precipitação total, à radiação solar, à velocidade dos ventos,<br />

à temperatura e à umidade relativa do ar.<br />

Em função de características climáticas das regiões tropicais, sazonalidade da umidade,<br />

elevadas temperaturas e episódios pluviométricos rápidos e intensos, associados ainda<br />

às especificidades dos solos tropicais não saturados, o entendimento da variação sazonal da<br />

umidade se torna relevante, uma vez que o entendimento do comportamento dos solos parte<br />

da compreensão dos fluxos de umidade na interface solo-atmosfera. Nesse contexto, os<br />

eventos pluviométricos, principalmente os extremos, devem ser considerados não só quanto<br />

à intensidade, duração e frequência, mas também quanto ao estado do solo (grau de intemperização,<br />

umidade, porosidade e distribuição dos poros) e ao nível de antropização pelo qual<br />

tem passado o maciço.<br />

2 Clima<br />

Nimer e Brandão (1989) afirmam que as variações climáticas assumem importante papel<br />

nos estudos das complexas interações dos meios bióticos e abióticos, pois representam um<br />

fator ativo dessas relações, tanto como insumo de energia, quanto como regulador dos processos<br />

inerentes às referidas interações.<br />

Nos estudos referentes aos processos hidrológicos, é relevante distinguir tempo atmosférico<br />

e clima. O tempo atmosférico refere-se às propriedades físicas que indicam o estado<br />

momentâneo da atmosfera de determinado lugar, com relação aos atributos do clima como<br />

temperatura do ar, pressão, umidade relativa e outros fenômenos meteorológicos. A caracterização<br />

do clima decorre da sucessão habitual dos diferentes tipos de tempo atmosférico<br />

em determinado lugar (SORRE, 1951), considerando tempo (cronológico), segundo Ayoade<br />

(1991), de no mínimo 30 anos.<br />

A variação espacial e temporal dos elementos climáticos deve-se aos fatores do clima<br />

como latitude, relevo, vegetação, continentalidade/maritimidade e atividades humanas. Aos<br />

fatores do clima, asssociam-se os aspectos dinâmicos das correntes oceânicas, massas de ar<br />

e frentes que integrados, qualificam os distintos tipos de clima dos lugares (MENDONÇA e<br />

DANNI-OLIVEIRA, 2007).<br />

Dentre os fatores relacionados às características microclimáticas, a energia solar incidente<br />

sobre uma superfície consiste na principal fonte de energia para os processos físicos

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