17.06.2015 Views

baixar

baixar

baixar

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

356<br />

Tópicos sobre infiltração: teoria e prática aplicadas a solos tropicais<br />

autores dividem em saprólito e solo saprolítico), solos pouco intemperizados, pouco permeáveis,<br />

alcança a transição (solo comumente heterogêneo quanto às propriedades e aos comportamentos)<br />

para, então, atingir os solos lateríticos, solos profundamente intemperizados,<br />

porosos e quase sempre providos de elevada permeabilidade.<br />

A estrutura, a composição químico-mineralógica e a forma da curva característica,<br />

serão, nos solos profundamente intemperizados, solos lateríticos, distintos daqueles dos solos<br />

pouco intemperizados, solos saprolíticos. Mas qual dos solos comandaria o processo de<br />

infiltração? Depende de alguns fatores externos e internos, como no caso da energia. São<br />

exemplos de fatores externos a intensidade e distribuição das precipitações, a temperatura<br />

ambiente, a umidade relativa do ar, as características geomorfológicas, o uso, ocupação e a<br />

cobertura do solo, embora quase sempre muitos deles não sejam considerados como elementos<br />

de avaliação, seja porque apresentam elevada variabilidade, seja porque se desconhecem<br />

os seus reais efeitos. São exemplos de fatores internos a espessura do manto de intemperismo,<br />

o nível de intemperização sofrido, a temperatura e a umidade inicial do solo, a composição<br />

química do fluido pré-existente. Da mesma forma, poucos fatores são considerados como<br />

elementos de avaliação, apontando para o fosso existente entre o que se mede em termos de<br />

infiltração e o que se conhece como fator que nela intervém.<br />

Na análise da infiltração em mantos de intemperismo, é importante que se busquem<br />

entender os mecanismos de fluxo nos solos pouco intemperizados e nos solos profundamente<br />

intemperizados.<br />

Nos solos profundamente intemperizados, deve-se inicialmente verificar se a umidade<br />

nele presente está ou não saturando os microporos, o que pode ser feito de modo estimativo<br />

conhecendo-se a umidade do solo e a umidade correspondente à entrada de ar nos microporos.<br />

A umidade de entrada de ar dos microporos corresponde ao teor de umidade de sua<br />

saturação. Encontrando-se em estado não saturado, o que não é comum, a água, ao penetrar<br />

no solo, será captada pelos agregados devido à elevada sucção presente nos microporos. Estando<br />

saturados, a água fluirá pelos meso e macroporos; no entanto, se o volume de água que<br />

penetra no solo for grande o suficiente para atuar como uma frente de saturação, o ar será<br />

colocado sob pressão, o qual passará a atuar como uma barreira ao fluxo. Diante desses e de<br />

outros aspectos, não é difícil antever a importância da intensidade e da distribuição das precipitações<br />

no processo de infiltração.<br />

Enquanto nos solos profundamente intemperizados o fluxo depende mais do arranjo<br />

entre os agregados que daquele entre as partículas que os compõem, nos solos pouco intemperizados<br />

a dependência passa a ser mais ligada à natureza químico-mineralógica e ao arranjo<br />

estrutural interpartículas.<br />

Nos solos profundamente intemperizados, a anisotropia de comportamento hidráulico e<br />

mecânico, quando ocorre, é geralmente fruto de lixiviação entre os agregados em uma direção<br />

e na outra não. Já nos solos pouco intemperizados, essas anisotropias estão ligadas à estrutura<br />

formada pelas partículas. Essa estrutura está geralmente vinculada à rocha de origem, embora<br />

possa ter sofrido influência do estado de tensões. Entretanto, o ponto mais relevante na análise<br />

da infiltração é buscar entender como se dá a movimentação da água nesses solos, seja na<br />

estrutura dispersa ou na floculada.<br />

Cabe inicialmente destacar que os solos pouco intemperizados encontram-se, muitas<br />

vezes, em estado saturado, abaixo do nível d’água. Mineralogicamente, é comum possuírem

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!