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universidade federal da paraíba centro de ciências ... - CCA/UFPb

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1. INTRODUÇÃO<br />

Fenologia po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> como o estudo <strong>da</strong>s modificações periódicas que<br />

ocorrem ao longo do tempo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s plantas, on<strong>de</strong> os <strong>da</strong>dos básicos para qualquer<br />

estudo fenológico incluem registros sobre a época, duração e intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong><br />

uma ou mais fenofases <strong>da</strong>s plantas: foliação, floração e frutificação.<br />

Segundo Costa (2002), os estudos publicados sobre a fenologia <strong>de</strong> árvores tropicais<br />

po<strong>de</strong>m ser reunidos em dois gran<strong>de</strong>s grupos. , on<strong>de</strong> o primeiro documenta a fenologia <strong>de</strong><br />

espécies com polinizadores ou dispersores em comum ou <strong>de</strong> um agrupamento local <strong>de</strong><br />

espécies <strong>de</strong> plantas ("comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s"), tendo normalmente por objetivo revelar padrões<br />

temporais na disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> produção primária (principalmente flores e frutos) para os<br />

animais consumidores. O segundo grupo abrange estudos que procuram examinar mais <strong>de</strong><br />

perto as relações entre a fenologia <strong>da</strong>s árvores e as flutuações registra<strong>da</strong>s em certos<br />

parâmetros ambientais, nota<strong>da</strong>mente na disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> água no solo (quase sempre<br />

i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> com a precipitação pluvial) ou na temperatura do ar. O principal objetivo<br />

<strong>de</strong>sses estudos é <strong>de</strong>scobrir que fatores induzem ou pelo menos limitam as mu<strong>da</strong>nças<br />

fenológicas observa<strong>da</strong>s.<br />

Levando em conta a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s variações sazonais na temperatura e na<br />

umi<strong>da</strong><strong>de</strong> relativa do ar, Jackson (1998), propôs um mo<strong>de</strong>lo para explicar o comportamento<br />

<strong>de</strong> substituição foliar em plantas tropicais. O mo<strong>de</strong>lo pressupõe que em climas sazonais, o<br />

comportamento mais vantajoso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ria <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> relativa <strong>da</strong>s fontes <strong>de</strong> estresse.<br />

Nesse caso, por exemplo, se a sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong> na temperatura é acentua<strong>da</strong>, a substituição <strong>da</strong>s<br />

folhas <strong>de</strong>ve evitar o estresse térmico e as folhas velhas serão perdi<strong>da</strong>s na estação fria, a<br />

<strong>de</strong>speito <strong>da</strong> sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong> na umi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Ao contrário, se a sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong> na umi<strong>da</strong><strong>de</strong> é<br />

acentua<strong>da</strong>, a substituição foliar <strong>de</strong>ve evitar o estresse hídrico e, assim, as folhas são<br />

perdi<strong>da</strong>s na estação seca.<br />

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