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alternativa de informação: a revista do Brasil faz um ano ... - CNM/CUT

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CaruaruCaruaruCaruarugerar<strong>do</strong> lazzarigerar<strong>do</strong> lazzarigerar<strong>do</strong> lazzariA capital <strong>do</strong> forróPor Moema Duarte, <strong>de</strong> CaruaruDurante o mês <strong>de</strong> junho Caruaru se transforma n<strong>um</strong> imensoarraial. Para honrar o título <strong>de</strong> “Capital <strong>do</strong> Forró”, a cida<strong>de</strong> promove30 dias <strong>de</strong> festa para to<strong>do</strong> la<strong>do</strong>. E não apenas para os caruaruenses,mas para cerca <strong>de</strong> 1,5 milhão <strong>de</strong> visitantes durantea temporada. A cida<strong>de</strong> tem também <strong>um</strong> <strong>do</strong>s artesanatos maisricos <strong>do</strong> país. Assim, entre <strong>um</strong> forrozinho e outro, é possívelapreciar as obras <strong>de</strong> Mestre Vitalino nos museus e ainda levarpara casa réplicas perfeitas <strong>de</strong> seus famosos bonecos <strong>de</strong> barro,direto da Feira <strong>de</strong> Caruaru.O Parque <strong>de</strong> Eventos Luiz Gonzaga, principal foco <strong>de</strong> animação,tem mais <strong>de</strong> 40 mil metros quadra<strong>do</strong>s e capacida<strong>de</strong> para recebercerca <strong>de</strong> 100 mil pessoas. Uma centena <strong>de</strong> atrações regionais e nacionaispassa pelos <strong>do</strong>is palcos lá monta<strong>do</strong>s. E ninguém po<strong>de</strong> tocarnada que não seja xote, baião, enfim, forró. O parque tem <strong>um</strong>museu <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> à cantora Elba Ramalho, que quase to<strong>do</strong>s os <strong>ano</strong>sé presença garantida na programação junina, e outro volta<strong>do</strong> à importânciada cerâmica para a vida da comunida<strong>de</strong>.De volta ao arrasta-pé, barracas e restaurantes garantem a reposiçãoda energia para o público. As festas avançam pela madrugadae a folia <strong>do</strong> dia anterior emenda com a <strong>do</strong> dia seguinte. É precisoestar alimenta<strong>do</strong> e hidrata<strong>do</strong> para agüentar.De manhã, o Alto <strong>do</strong> Moura é o palco. Na vila, a sete quilômetros<strong>do</strong> centro da cida<strong>de</strong>, nasceu e viveu Mestre Vitalino, artesãomais famoso <strong>de</strong> Caruaru. Além <strong>do</strong>s vários ateliês <strong>do</strong>s discípulos <strong>do</strong>mestre, o Alto <strong>do</strong> Moura tem muita música e <strong>um</strong> concorri<strong>do</strong> bo<strong>de</strong>assa<strong>do</strong>. É bom chegar ce<strong>do</strong>, porque <strong>de</strong>pois das 11 horas é difícil encontrar<strong>um</strong>a casa que ainda tenha mesas livres.Na volta ao centro, escolha <strong>um</strong>a das “drilhas” estilizadas e irreverentesque arrastam <strong>um</strong>a multidão pelas ruas da cida<strong>de</strong>. TemSapadrilha (mulheres vestidas <strong>de</strong> homem), Gaydrilha (homensvesti<strong>do</strong> <strong>de</strong> mulher) e Trokadrilha (homens vesti<strong>do</strong>s <strong>de</strong> mulher emulheres vestidas <strong>de</strong> homem). Ou fique na sua, o importante éa diversão.Em <strong>um</strong> evento grandioso como o São João <strong>de</strong> Caruaru, os pratostípicos da festa também viraram <strong>um</strong>a atração gigante. No centro,3 mil espigas <strong>de</strong> milho são caprichosamente transformadas n<strong>um</strong>apamonha <strong>de</strong> 220 quilos. Na Vila das Peladas, na zona rural da cida<strong>de</strong>,<strong>um</strong>a mesa <strong>de</strong> 30 metros serve 1 tonelada <strong>de</strong> canjica. Se achoupouco, tente imaginar as 2 toneladas <strong>do</strong> pé-<strong>de</strong>-moleque que a <strong>do</strong>naMaria <strong>do</strong> Bolo promete oferecer no dia 10 <strong>de</strong> junho, na festa <strong>do</strong>smora<strong>do</strong>res da Cohab III. Tu<strong>do</strong> sempre ro<strong>de</strong>a<strong>do</strong> pela trilha sonorae a coreografia da capital <strong>do</strong> forró.Em Caruaru, as bandas <strong>de</strong> forró <strong>do</strong> momento divi<strong>de</strong>m os espaçoscom as bandinhas <strong>de</strong> píf<strong>ano</strong> e com os trios <strong>de</strong> forró pé-<strong>de</strong>-serra. E afesta literalmente pega fogo quan<strong>do</strong> chegam os bacamarteiros, atira<strong>do</strong>res<strong>de</strong> espingarda boca-<strong>de</strong>-sino que se reúnem sob o coman<strong>do</strong><strong>de</strong> <strong>um</strong> chefe e se distribuem em batalhões para se apresentar duranteo São João. A brinca<strong>de</strong>ira é <strong>um</strong>a herança da Guerra <strong>do</strong> Paraguai.O São João <strong>de</strong> Caruaru é conheci<strong>do</strong> pela autenticida<strong>de</strong> e pela espontaneida<strong>de</strong><strong>do</strong> povo. Se por acaso bater <strong>um</strong>a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> conferirtu<strong>do</strong> <strong>de</strong> perto, é preciso correr. Os hotéis começam a <strong>faz</strong>er reservaspara o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o final <strong>do</strong> <strong>ano</strong>.2007 MAIO REVISTA DO BRASIL 47

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