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alternativa de informação: a revista do Brasil faz um ano ... - CNM/CUT

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a s i lA guerranão acabouPor Vitor NuzziASecretaria da Receita Fe<strong>de</strong>ral<strong>do</strong> <strong>Brasil</strong>, a chamadaSuper-Receita, começoua funcionar neste 2<strong>de</strong> maio. Gradativamente,o órgão contará com <strong>um</strong> sistema <strong>de</strong> informaçãoque permitirá o cruzamento<strong>de</strong> da<strong>do</strong>s previ<strong>de</strong>nciários e tributários,tornan<strong>do</strong>-se <strong>um</strong>a po<strong>de</strong>rosa ferramenta<strong>de</strong> combate à sonegação. Embora asbases <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s permaneçam cada qualno seu quintal – as informações daPrevidência no Dataprev e as tributáriasno Serpro –, os técnicos da Super-Receita construíram <strong>um</strong>a ponte virtualque permite à Receita i<strong>de</strong>ntificarda<strong>do</strong>s previ<strong>de</strong>nciários e checar se há,por exemplo, contradições entre o que<strong>um</strong>a empresa <strong>de</strong>veria recolher e o que<strong>de</strong> fato recolheu para <strong>um</strong> ou para o outroórgão. Além disso, para muitos casos,os contribuintes passarão a contarcom <strong>um</strong> mesmo ponto <strong>de</strong> atendimentopara resolver dúvidas ou pendências,seja com o INSS, seja com o Leão.O principal efeito <strong>de</strong>ssa integração,aposta o governo, é seu potencial <strong>de</strong> ampliara arrecadação sem mexer na cargatributária. Para os técnicos, o próprioefeito “psicológico” – o temor <strong>de</strong>ser flagra<strong>do</strong> pelo fisco – já está influencian<strong>do</strong>na arrecadação, que cresceu 10%durante os três meses <strong>de</strong> vigência da MedidaProvisória, quan<strong>do</strong> experiênciasda fusão foram postas em prática. Ouseja, como não há outra razão lógica,como a<strong>um</strong>ento da ativida<strong>de</strong> econômicana mesma proporção, a Receita acreditaque somente a expectativa <strong>de</strong> fiscalizaçãojá começou a mexer com a “consciência”<strong>do</strong> contribuinte.Centrais sindicais mantêmpressão pelo veto àEmenda 3 e para que opo<strong>de</strong>r da fiscalização sejatão eficaz para a legislaçãotrabalhista como para aarrecadação da Receita eda PrevidênciaO velho jeitinho brasileiroNo meio <strong>de</strong> <strong>um</strong>a discussão tributária,representantes patronais no Congressoenfiaram <strong>um</strong>a emenda trabalhistaFabio Pozzebom/abrAté aí, tu<strong>do</strong> parecia <strong>um</strong>a tacada certeira<strong>do</strong> governo, não fosse <strong>um</strong> pequeno problema<strong>de</strong> “redação”: é que, quan<strong>do</strong> a MPque criava a Super-Receita foi apreciad<strong>ano</strong> Congresso, seu texto final contraban<strong>de</strong>ou<strong>um</strong>a emenda, a famigerada Emenda3, que misturou questão tributária cominteresses trabalhistas – <strong>do</strong>s empresários.A emenda <strong>de</strong>terminava que fiscais<strong>do</strong> Trabalho não po<strong>de</strong>riam mais autuaremprega<strong>do</strong>res que utilizam contrataçãoirregular <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra. Ou seja, naprática a emenda afrouxaria todas as regrasque estabelecem direitos básicos <strong>do</strong>strabalha<strong>do</strong>res, <strong>um</strong>a vez que po<strong>de</strong>riam serburla<strong>do</strong>s sem que os contratantes precisassemtemer a fiscalização. A “pegadinha”foi <strong>de</strong>tectada. Quan<strong>do</strong> o presi<strong>de</strong>nteLula sancionou a lei da Super-Receita,vetou a Emenda 3.Novas batalhasA guerra, porém, não acabou. Batalhasagora continuam sen<strong>do</strong> travadas no Congresso.A oposição, <strong>de</strong> <strong>um</strong> la<strong>do</strong>, se organizapara <strong>de</strong>rrubar o veto <strong>de</strong> Lula. De outro,governo e base aliada tentam construir<strong>um</strong> projeto alternativo para que o vetonão precise ir a plenário. Em 25 <strong>de</strong> abril<strong>um</strong> suposto cachimbo da paz teria si<strong>do</strong>aceso, após <strong>um</strong>a reunião <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> duashoras no gabinete <strong>do</strong> presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>,Renan Calheiros (PMDB-AL), entreo ministro da Fazenda, Gui<strong>do</strong> Mantega,o secretário da Receita, Jorge Rachid, elí<strong>de</strong>res partidários.No caso da emenda, a solução encontradafoi elaborar <strong>um</strong> projeto para regulamentaro que se chamou <strong>de</strong> pessoasjurídicas “personalíssimas”, empresasformadas por apenas <strong>um</strong> trabalha<strong>do</strong>r, nasáreas intelectuais e artísticas – <strong>um</strong> conceitoa <strong>de</strong>finir. Esses profissionais po<strong>de</strong>- REVISTA DO BRASIL MAIO 2007

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