10.07.2015 Views

Notas de aula sobre probabilidade em espaços poloneses. - IMPA

Notas de aula sobre probabilidade em espaços poloneses. - IMPA

Notas de aula sobre probabilidade em espaços poloneses. - IMPA

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Prova: Provar<strong>em</strong>os apenas a existência (a unicida<strong>de</strong> é exercício). Para tal, construir<strong>em</strong>os umespaço <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> (Ω, F, P) e uma seqüência I n : Ω → N (n ∈ N) tal que∀a ∈ N ∗ , P ((I n ) n∈N ∈ Pref(a)) = P (∀1 ≤ i ≤ n, I i = a i ) = p(a 1 , . . . , a n ).Note que isto encerrará a prova, já que F = (I n ) n∈N será v.a. (isto é, mensurável com relaçãoà σ-álgebra produto <strong>em</strong> N N ) e η = P F será a distribuição <strong>de</strong>sejada.Partimos <strong>de</strong> algum (Ω, F, P) on<strong>de</strong> se possa <strong>de</strong>finir uma seqüência {U n } n <strong>de</strong> v.a.s iid comdistribuição uniforme <strong>sobre</strong> [0, 1). Por ex<strong>em</strong>plo, tome Ω 0 = [0, 1), F 0 a σ-álgebra <strong>de</strong> Borel<strong>sobre</strong> [0, 1) e P 0 a medida <strong>de</strong> Lebesgue <strong>sobre</strong> (Ω 0 , F 0 ); construa (Ω, F, P) como o produto <strong>de</strong>um número enumerável <strong>de</strong> cópias <strong>de</strong> (Ω 0 , F 0 , P 0 ); e <strong>de</strong>fina U n através <strong>de</strong> projeções nos fatoresdo produto cartesiano.Defina agora uma seqüência <strong>de</strong> índices {I n } n da seguinte forma indutiva: para n = 1,tomamos∑I 1 = j tal quep(i).i≤j−1p(i) ≤ U 1 < ∑ i≤jNote que, como ∑ i p(i) = 1, I 1 está b<strong>em</strong> <strong>de</strong>finida e t<strong>em</strong> distribuição dada porP (I 1 = j) = p(j).Note ainda que p(I 1 ) > 0 s<strong>em</strong>pre, pois I 1 = j implica que⎡⎞U 1 ∈ ⎣ ∑p(i) ⎠i≤j−1p(i), ∑ i≤jportanto o intervalo t<strong>em</strong> comprimento p(j) > 0. Finalmente, note que I 1 é função <strong>de</strong> U 1Suponha indutivamente que já <strong>de</strong>finimos I 1 , . . . , I n , que sab<strong>em</strong>os queP (I 1 = j 1 , . . . , I n = j n ) = p(j 1 , . . . , j n ),que o vetor (I 1 , . . . , I n ) é função <strong>de</strong> U 1 , . . . , U n e ainda p(I 1 , . . . , I n ) > 0 s<strong>em</strong>pre. Definimosagora I n+1 da seguinte forma:I n+1 = j n+1 tal que∑i≤j n+1−1A condição <strong>de</strong> consistência implica quep(I 1 , . . . , I n , i)p(I 1 , . . . , I n )∑p(i 1 , . . . , i n , i) = p(i 1 , . . . , i n ) ⇒ ∑ii≤ U n+1 0, o que é o caso na fórmula acima. Além disso, vê-se facilmentequeP (I n+1 = j n+1 | I 1 = j 1 , . . . , I n = j n ) = p(j 1, . . . , j n , j n+1 ),p(j 1 , . . . , j n )já que U n+1 é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> U 1 , . . . , U n e portanto também <strong>de</strong> I 1 , . . . , I n . Note ainda quep(I 1 , . . . , I n , I n+1 )p(I 1 , . . . , I n )10> 0,= 1

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!