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Tecnologia IPV6

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• Unspecified Address: sinaliza a ausência de um endereço.<br />

É definido como 0:0:0:0:0:0:0:0 ou “::” (sem aspas). Usado como<br />

endereço de origem em estações que ainda não obtiveram um<br />

endereço IPv6 – aquelas que não foram inicializadas;<br />

• Loopback Address: utilizado quando um nó envia um pacote<br />

para si mesmo (função semelhante em IPv4). Representado por<br />

0:0:0:0:0:0:0:1 ou “::1” (sem aspas);<br />

• Unique-Local: suporta apenas comunicações locais, com alta<br />

probabilidade de ser globalmente único. Sua função é similar aos<br />

endereços privados IPv4 (RFC 1918). Identificado pelo prefixo<br />

FC00::/7 seguido por 64 bits derivados a partir do endereço físico<br />

da interface (MAC Address), segundo o formato IEEE EUI-64 (veja<br />

a seguir);<br />

• Link-Local: definido para uso interno apenas no enlace específico<br />

onde a interface está conectada para funções como<br />

autoconfiguração, descoberta de vizinho, entre outras. Utiliza o<br />

prefixo FE80::/64 e também deriva os demais 64 bits a partir do<br />

endereço físico da interface (MAC Address), segundo o formato<br />

IEEE EUI-64.<br />

Para formar o endereço IEEE EUI-64, basta efetuar a operação<br />

complemento de 1 para o sétimo bit mais à esquerda (se for 0, trocálo<br />

por 1 e vice-versa) e inserir os caracteres hexadecimais FF-FE na<br />

parte central do endereço, como apresentado na Figura 13.<br />

Figura 13. Formação do endereço EUI-64 a partir do MAC Address<br />

Para finalizar, é importante observar que, a uma interface de<br />

rede, podem ser atribuídos múltiplos endereços, independentemente<br />

do seu tipo (anycast, multicast ou unicast) ou subtipo<br />

(unique-local, loopback, global, entre outros).<br />

A próxima seção apresentará os mecanismos de autoconfiguração<br />

do IPv6, mostrando como um host obtém de forma automática<br />

um endereço unicast.<br />

Auto-configuração do IPv6<br />

O IPv6 oferece suporte à autoconfiguração, mecanismo que possibilita<br />

a alocação automática de endereços unicast aos nós IPv6.<br />

Basicamente esta atribuição dinâmica pode ser implementada por<br />

meio de duas abordagens:<br />

• Autoconfiguração stateless: possibilita a configuração automática<br />

dos endereços IPv6 unicast sem a necessidade de servi-<br />

dores DHCP. Para tanto, o host utiliza seu endereço link local<br />

(FE80::/64) para enviar uma mensagem multicast RS (Router<br />

Solicitation) para todos os roteadores do segmento – esta é parte<br />

do Neighbor Discovery Protocol (NDP). Desta maneira, é solicitado<br />

o prefixo IPv6 e o endereço a ser configurado como default<br />

gateway. O roteador responde às informações requisitadas em<br />

uma mensagem RA (Router Advertisement) – ver Nota DevMan<br />

4. A seguir, o host combina o prefixo recebido com o endereço<br />

físico de sua interface (MAC Address), segundo o formato IEEE<br />

EUI-64. A Figura 14 ilustra o processo de autoconfiguração<br />

stateless;<br />

Figura 14. Mecanismo de auto-configuração stateless<br />

Nota do DevMan 4<br />

Router Solicitation e Router Advertisement: Router Solicitation, ou RS, é utilizada por hosts<br />

para solicitar aos roteadores o envio imediato de mensagens router advertisement.<br />

Router Advertisement, ou RA, é enviada ciclicamente ou em resposta a uma RS. É utilizada pelos<br />

roteadores para anunciar sua presença no enlace; contém diversas informações referentes à<br />

configuração da rede.<br />

• Autoconfiguração stateful: técnica opcional à stateless que utiliza<br />

o protocolo DHCPv6 para obtenção do endereço IPv6, default<br />

gateway, servidores DNS (Domain Name System), NTP (Network<br />

Time Protocol), entre outros parâmetros para configuração da<br />

interface de rede. Os hosts clientes utilizam seu endereço link local<br />

para enviar e receber as mensagens DHCPv6, por intermédio de<br />

mensagens multicast.<br />

Por intermédio da autoconfiguração, os hosts IPv6 recebem<br />

seu endereço e podem iniciar a transmissão de dados nas redes.<br />

Mas, como ocorre a comunicação com hosts executando a versão<br />

anterior do protocolo Internet? Pensando nisso, a próxima seção<br />

apresentará as formas de transição e a coexistência entre o IPv4<br />

e o IPv6.<br />

Transição e a coexistência entre o IPv4 e IPv6<br />

A implementação do protocolo IPv6 não implica na criação de<br />

uma nova Internet, paralela à atual, tampouco, será programado<br />

um dia para desativação completa do IPv4. Ambos os protocolos<br />

coexistirão nas redes por um período longo e imprevisível. Já<br />

existem diversos equipamentos de rede que suportam os pro-<br />

Edição 03 • Infra Magazine 19

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