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Manual de Monitoramento e Gestão dos Impactos da Visitação em ...

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1.Uso Público e<strong>Impactos</strong> <strong>da</strong> VisitaçãoPrincípios e Conceitosprocura por ambientes naturais para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sA recreativas e <strong>de</strong> lazer v<strong>em</strong> aumentando aca<strong>da</strong> ano <strong>em</strong> gran<strong>de</strong>s proporções, sendo que, namaioria <strong>dos</strong> casos, o cenário i<strong>de</strong>al para este tipo <strong>de</strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> se encontra <strong>em</strong> áreas naturais protegi<strong>da</strong>s,principalmente <strong>de</strong>ntro <strong>dos</strong> Parques.Segundo Boo (1992), as populações, principalmenteurbanas, vêm buscando mais contato com ambientesnaturais, aumentando consi<strong>de</strong>ravelmente a <strong>de</strong>man<strong>da</strong>pelas áreas naturais protegi<strong>da</strong>s ou Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>Conservação. Estas áreas, por sua vez, contêm recursosraros ou únicos, geralmente frágeis e susceptíveis aper<strong>da</strong>s irreparáveis se não for<strong>em</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>ment<strong>em</strong>aneja<strong>dos</strong> pelos órgãos responsáveis e, também,compreendi<strong>dos</strong> e protegi<strong>dos</strong> pelas própriaspopulações.Quando b<strong>em</strong> manejado, o ecoturismot<strong>em</strong> o potencial <strong>de</strong> gerar mais <strong>em</strong>pregose benefícios econômicos, com o menorprejuízo ao meio ambiente que qualqueroutra forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento econômico.ambiente natural, se aproxim<strong>em</strong> o máximo possível<strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo sustentável, para tentar evitar ouminimizar os eventuais <strong>da</strong>nos <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> ecoturística. Os operadores locais <strong>de</strong>v<strong>em</strong>aceitar que sua indústria é só uma <strong>de</strong> várias maneiras<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver sua região e que to<strong>dos</strong> os méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento, incluindo o ecoturismo, tambémtêm seus la<strong>dos</strong> positivos e negativos. Magro acreditaque quando b<strong>em</strong> manejado, o ecoturismo t<strong>em</strong>o potencial <strong>de</strong> gerar mais <strong>em</strong>pregos e benefícioseconômicos com o menor prejuízo ao meio ambienteque qualquer outra forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentoeconômico.Em 1992, Cifuentes, um <strong>dos</strong> pioneiros na área <strong>de</strong>estudo e controle <strong>dos</strong> impactos <strong>da</strong> visitação, afirmouque “a crescente <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> público por conhecere visitar ambientes naturais t<strong>em</strong> incr<strong>em</strong>entado nosúltimos anos a pressão sobre as áreas protegi<strong>da</strong>s esítios <strong>de</strong> caráter natural. A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> assegurara sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>dos</strong> recursos t<strong>em</strong> popularizadoo clamor <strong>de</strong> estabelecer limites, <strong>de</strong>finir regras eampliar normas especiais que permitam manter umaativi<strong>da</strong><strong>de</strong> turística rentável, s<strong>em</strong> <strong>de</strong>teriorar os recursos<strong>dos</strong> quais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>”.Para Magro (2003), a corri<strong>da</strong> por uma parte domercado <strong>de</strong> ecoturismo e até mesmo <strong>de</strong> turismo <strong>de</strong>aventura, com abor<strong>da</strong>gens <strong>de</strong>svia<strong>da</strong>s do seu papelprincipal, po<strong>de</strong> <strong>de</strong>scaracterizar ambientes primitivose diminuir sua função ambiental e valor estético.Assim, é <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a importância que as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> turismo, principalmente aquelas que envolvam oA visitação <strong>de</strong> lazer, recreativa, cont<strong>em</strong>plativa,ou educativa, quando b<strong>em</strong> maneja<strong>da</strong>, trazinúmeros benefícios a UC.Hoje, turismo, recreação ou lazer, são as principaisativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso público nas UC <strong>de</strong> proteção8


integral e, <strong>de</strong> acordo com Dourojeanni & Pádua (inMagro, 2003), as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s turísticas são vistas comouma gran<strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para a sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong>econômica <strong>da</strong>s UC brasileiras, mas reconhecetambém que, tanto o turismo como o ecoturismo,po<strong>de</strong>m representar uma ameaça para a preservaçãodo meio ambiente quando não for<strong>em</strong> b<strong>em</strong>conduzi<strong>dos</strong>.Assim, fica evi<strong>de</strong>nte a importância que a visitaçãopública t<strong>em</strong> <strong>em</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação,especialmente nos parques. A visitação <strong>de</strong> lazer,recreativa, cont<strong>em</strong>plativa, ou educativa, quandob<strong>em</strong> maneja<strong>da</strong>, traz inúmeros benefícios à UC,através <strong>da</strong> promoção <strong>de</strong> sua proteção e conservação;benefícios sociais, através <strong>da</strong> educação ambientale potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento regionalfomentado pelo turismo.Contudo, para garantir o sucesso e perpetui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>condição <strong>da</strong>s UC é necessário conhecer os impactosque a visitação po<strong>de</strong> causar a esses ambientes e,assim, evitá-los, controlá-los e minimizá-los. Paratanto, não há estratégia melhor que a implantação <strong>de</strong>um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> monitoramento e gestão <strong>dos</strong> impactos<strong>da</strong> visitação.9


1.1 <strong>Impactos</strong> Recreacionais<strong>Impactos</strong> na águaDe to<strong>dos</strong> os impactos gera<strong>dos</strong> pela visitação<strong>em</strong> áreas naturais, sua avaliação e influência <strong>em</strong>ambientes aquáticos são raramente menciona<strong>da</strong>se compreendi<strong>da</strong>s. Em ambientes aquáticos é difícilenten<strong>de</strong>r e <strong>de</strong>terminar exatamente quais impactosforam gera<strong>dos</strong> <strong>em</strong> função <strong>da</strong> visitação, e quais asconseqüências que este impacto po<strong>de</strong> trazer aoambiente natural.Muitas vezes, os impactos provoca<strong>dos</strong> nos recursoshídricos são associa<strong>dos</strong> às ameaças à saú<strong>de</strong> humana.Desse modo, gran<strong>de</strong> parte <strong>dos</strong> parâmetros queavaliam a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> água estão diretamente liga<strong>dos</strong>àqueles que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> para o consumohumano (como presença <strong>de</strong> coliformes fecais, sóli<strong>dos</strong><strong>em</strong> suspensão, oxigênio dissolvido, pH, entre outros), etambém para a sobrevivência <strong>da</strong> fauna aquática.A quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> água <strong>em</strong> áreas naturais é umapreocupação primordial, <strong>em</strong>bora não seja impacta<strong>da</strong>frequent<strong>em</strong>ente nas áreas protegi<strong>da</strong>s. Contudo,uma mesma fonte <strong>de</strong> água muitas vezes comportaativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> uso recreativo que envolv<strong>em</strong> contatocorporal (natação e esportes aquáticos) e o consumohumano, po<strong>de</strong>ndo, com isso, gerar situaçõesprobl<strong>em</strong>áticas e prioritárias para ações <strong>de</strong> manejo.falharam <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminar se a ocorrência <strong>de</strong>ssabactéria está relaciona<strong>da</strong> à recreação, <strong>de</strong>monstrandoque, na maioria <strong>dos</strong> casos, a fauna local é a gran<strong>de</strong>responsável pela <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong>ste parâmetro (Hammit& Cole, 1998).Talvez os únicos parâmetros que estejam diretamenterelaciona<strong>dos</strong> à visitação e influenci<strong>em</strong> a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong> experiência sejam a turbi<strong>de</strong>z <strong>da</strong> água e volume<strong>de</strong> sóli<strong>dos</strong> <strong>em</strong> suspensão. Ambientes aquáticoscom eleva<strong>dos</strong> níveis <strong>de</strong> sóli<strong>dos</strong> <strong>em</strong> suspensão, queacarretam a turbi<strong>de</strong>z <strong>da</strong> água, geralmente são menosatrativos aos visitantes.De todo modo, não é possível <strong>de</strong>terminar se aturbi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> um rio ou corpo d’água foi causa<strong>da</strong>por um impacto <strong>da</strong> visitação, <strong>em</strong>bora processoserosivos gera<strong>dos</strong> pela visitação <strong>em</strong> trilhas possam,indiretamente, alterar a transparência <strong>da</strong> água pelotransporte <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong> solo <strong>da</strong>s trilhas para aágua. Contudo, esse tipo <strong>de</strong> associação é bastante<strong>em</strong>pírica e não <strong>de</strong>ve ser atribuí<strong>da</strong> imediatamente eexclusivamente à visitação.O uso recreativo <strong>em</strong> lagos e alguns riachos po<strong>de</strong> alterara produção <strong>de</strong> plantas aquáticas, que passam <strong>de</strong>níveis toleráveis <strong>de</strong> produção a taxas <strong>de</strong> crescimentoexcessivas. Essas mu<strong>da</strong>nças estão associa<strong>da</strong>s comalterações nos níveis <strong>de</strong> oxigênio e modificação <strong>da</strong>composição <strong>de</strong> organismos aquáticos.Embora os níveis <strong>de</strong> coliformes fecais sejam umapreocupação <strong>em</strong>ergencial <strong>em</strong> UC, muitos estu<strong>dos</strong>10


<strong>Impactos</strong> no soloOs impactos no solo são, juntamente com os impactosna vegetação, os mais menciona<strong>dos</strong> <strong>de</strong>ntre to<strong>dos</strong>os impactos relaciona<strong>dos</strong> às ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s recreativas<strong>em</strong> ambientes naturais. Nessas áreas, gran<strong>de</strong> parte<strong>dos</strong> impactos no solo t<strong>em</strong> orig<strong>em</strong> nas caminha<strong>da</strong>s(trekking 1 ), gerando compactação , aumento <strong>da</strong><strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> e resistência à penetração, mu<strong>da</strong>nças nasua estrutura e estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>, per<strong>da</strong> <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> orgânica,redução <strong>da</strong>s taxas <strong>de</strong> infiltração, aceleração e aumento<strong>da</strong> erosão. (Hammit & Cole,1998).Além <strong>da</strong>s alterações nas suas proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas,as caminha<strong>da</strong>s também po<strong>de</strong>m gerar mu<strong>da</strong>nçasna biologia e química do solo e alterar <strong>de</strong> formaexpressiva, por consequência, a composição <strong>da</strong>microflora e fauna <strong>dos</strong> solos. Outros estu<strong>dos</strong> tambémapontam para a variação <strong>da</strong> t<strong>em</strong>peratura <strong>dos</strong> soloscom per<strong>da</strong> <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> superficial e consequenteexposição do mesmo.Segundo Manning (1979) (in Cole, 1998, o impactorecreacional causado pelas caminha<strong>da</strong>s <strong>em</strong> solos,ocorr<strong>em</strong>, conceitualmente, <strong>em</strong> um ciclo <strong>de</strong> seteetapas (ver Figura 1, na página seguinte).A primeira etapa do ciclo é a redução ou r<strong>em</strong>oção <strong>da</strong>serapilheira e <strong>da</strong> cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> solo orgânico. A segun<strong>da</strong>etapa, per<strong>da</strong> <strong>de</strong> matéria orgânica incorpora<strong>da</strong> aosolo mineral, ocorre <strong>em</strong> alguns lugares, mas não <strong>em</strong>to<strong>dos</strong>. A cama<strong>da</strong> mais superficial é uma <strong>da</strong>s gran<strong>de</strong>sfontes <strong>de</strong> matéria orgânica do solo. Sua r<strong>em</strong>oçãofaz com que os teores <strong>de</strong> matéria orgânica nosníveis mais profun<strong>dos</strong> diminuam com o t<strong>em</strong>po, <strong>em</strong>função <strong>da</strong> <strong>de</strong>composição do material já presenteno solo, ou seja, a reposição <strong>de</strong> matéria orgânica écomprometi<strong>da</strong>. Em outros casos, a matéria orgânicaencontra<strong>da</strong> na superfície <strong>dos</strong> solos é transporta<strong>da</strong> ,através <strong>da</strong> percolação, para cama<strong>da</strong>s mais profun<strong>da</strong>s,on<strong>de</strong> se acumula. Nesses casos, a matéria orgânica <strong>dos</strong>olo aumenta <strong>em</strong> resposta ao uso recreativo.Apesar <strong>da</strong>s variações que po<strong>de</strong>m ocorrer na segun<strong>da</strong>etapa, a compactação do solo – terceira etapa –s<strong>em</strong>pre ocorre. A susceptibili<strong>da</strong><strong>de</strong> à compactaçãodo solo, pela pressão <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> caminha<strong>da</strong>s,aumenta com a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> matéria orgânica (superficiale no solo) e irá ocorrer mesmo s<strong>em</strong> a supressão <strong>de</strong>stamatéria orgânica.Através <strong>da</strong> compactação, as partículas do solo são1 O trekking, consiste na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> caminhar <strong>em</strong> trilhas com fins recreativos e <strong>de</strong> lazer. Neste trabalho será adotado o termo “caminha<strong>da</strong>”, por falta<strong>de</strong> palavra mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e equivalente <strong>em</strong> língua portuguesa.11


CAMINHADAPERDA DE SERRAPILHEIRAAUMENTO DOSPROCESSOS EROSIVOSAUMENTO DO ESCOAMENTOSUPERFICIAL DA ÁGUAPERDA DE MATERIALORGÂNICOREDUÇÃO DAMACROPOROSIDADEDO SOLOREDUÇÃO DA TAXA DEINFILTRAÇÃO DE ÁGUAREDUÇÃO DAPERMEABILIDADEAR E ÁGUA NO SOLOFONTE: Hammit & Cole, 1998Figura 1. Ciclo do impacto no solo, resultante <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> caminha<strong>da</strong>s.força<strong>da</strong>s a um novo arranjo, ficando mais próximase eliminando substancialmente o espaço entre si,diminuindo assim a porosi<strong>da</strong><strong>de</strong> do solo. A estruturado solo é igualmente afeta<strong>da</strong>, através <strong>da</strong> quebra <strong>de</strong>agrega<strong>dos</strong> e seu consequente rearranjo, também maispróximo. O resultado final é a per<strong>da</strong> na porosi<strong>da</strong><strong>de</strong>total do solo e <strong>da</strong> macroporosi<strong>da</strong><strong>de</strong>; o volume <strong>de</strong>microporos não é significativamente alterado.A redução <strong>da</strong> macroporosi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia umprocesso que leva à etapa seis do ciclo, com profun<strong>da</strong>simplicações à “saú<strong>de</strong>” <strong>de</strong>stes. O movimento <strong>de</strong> águae ar no solo se dá através <strong>dos</strong> macroporos, quepermit<strong>em</strong> o livre fluxo <strong>de</strong> água e ar às plantas. Com aredução <strong>da</strong> macroporosi<strong>da</strong><strong>de</strong>, menos água se infiltrano solo, reduzindo assim as taxas <strong>de</strong> infiltração. Estesprocessos po<strong>de</strong>m provocar a redução <strong>da</strong> umi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>dos</strong>olo e consequente estresse <strong>da</strong>s plantas, que passama ter menos disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> água. Probl<strong>em</strong>ascomo esses po<strong>de</strong>m não ocorrer <strong>em</strong> certas áreas eépocas do ano, <strong>em</strong>bora sejam comuns.Um impacto comum é a erosão superficial, resultado<strong>da</strong> combinação <strong>de</strong> chuvas e solos com baixas taxas<strong>de</strong> infiltração. A per<strong>da</strong> ou redução <strong>de</strong>sta cama<strong>da</strong><strong>de</strong> solo aumenta consi<strong>de</strong>ravelmente o potencial <strong>de</strong>erosão – etapa sete – agravando ain<strong>da</strong> mais a situaçãopara trilhas <strong>em</strong> áreas íngr<strong>em</strong>es e solos naturalmentesusceptíveis à erosão (Hammit & Cole, 1998).A erosão, quando ocorre, é um <strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>as maisgraves e po<strong>de</strong> ser irreversível. A recuperação <strong>da</strong>sáreas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> inúmeros fatores como taxa a <strong>de</strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> biótica do solo, índices <strong>de</strong> crescimentovegetal e estação do ano. A recuperação <strong>de</strong> áreaserodi<strong>da</strong>s é extr<strong>em</strong>amente onerosa e morosa, e ain<strong>da</strong>não apresenta garantias <strong>de</strong> sucesso. A recuperaçãonatural po<strong>de</strong> levar centenas <strong>de</strong> anos para acontecer.12


Frente a este cenário, a melhor opção é evitarqualquer tipo <strong>de</strong> impacto que, se não manejado,traga consequências <strong>de</strong>ssa amplitu<strong>de</strong> para as UC.Os impactos <strong>da</strong> visitação associa<strong>dos</strong> ao solo estãodiretamente relaciona<strong>dos</strong> aos processos erosivos,<strong>em</strong> maior ou menor grau. Esses processoserosivos, por sua vez, têm uma relação direta coma presença <strong>de</strong> água (chuva, lençol freático baixo)e por isso, o monitoramento <strong>dos</strong> impactos <strong>da</strong>visitação <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar todo e qualquer tipo <strong>de</strong>probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>, a fim <strong>de</strong> evitar processoserosivos mais graves.<strong>Impactos</strong> na vegetaçãoA vegetação é provavelmente um <strong>dos</strong> maisimportantes fatores consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> na seleção <strong>de</strong>áreas para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s recreativas, juntamente coma presença <strong>de</strong> água (cachoeiras, rios, lagos, etc.). Avegetação agrega à UC, além <strong>da</strong> sua importânciaecológica, locais <strong>de</strong> sombra, cobertura <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>camping (mantendo a privaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stes locais), eatrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> pela sua exuberância.Ao mesmo t<strong>em</strong>po, segundo Hammit & Cole (1998),a vegetação po<strong>de</strong> ser susceptível a <strong>da</strong>nos advin<strong>dos</strong><strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s recreativas <strong>em</strong> áreas naturais. Ain<strong>da</strong>,13


<strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as alterações resultantes <strong>dos</strong> impactos <strong>da</strong>recreação, os impactos à vegetação são os mais fáceis<strong>de</strong> ser<strong>em</strong> evi<strong>de</strong>ncia<strong>dos</strong> pelos usuários.Alguns <strong>dos</strong> impactos ou alterações mais comunssobre a vegetação são:Cobertura <strong>da</strong> vegetação: os efeitos <strong>da</strong> visitação sobrea vegetação po<strong>de</strong>m alterar o volume <strong>de</strong> cobertura.Alguns estu<strong>dos</strong> compararam o volume <strong>de</strong> cobertura<strong>da</strong> vegetação <strong>em</strong> uma área antes e após um período<strong>de</strong> visitação e comprovaram a significativa diminuiçãoou <strong>da</strong>nificação <strong>de</strong>ssa cobertura, associando estaper<strong>da</strong> ao uso público. Outros trabalhos tambémpropõ<strong>em</strong> a comparação entre áreas on<strong>de</strong> o uso já écorrente e áreas adjacentes (área controle), on<strong>de</strong> nãohá o registro <strong>de</strong> distúrbio ou alteração, verificandoassim as per<strong>da</strong>s que ocorreram na área impacta<strong>da</strong> <strong>em</strong>função <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s recreativas.Outros méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> cobertura<strong>da</strong> vegetação também são possíveis, <strong>em</strong>boramenos comuns, como avaliação <strong>da</strong> biomassa e<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> área.Composição <strong>da</strong> vegetação: além <strong>da</strong>s per<strong>da</strong>s <strong>em</strong>volume, verificável através <strong>da</strong> análise <strong>da</strong> cobertura<strong>da</strong> vegetação, é comum verificar a composição <strong>da</strong>vegetação a fim <strong>de</strong> observar mu<strong>da</strong>nças na diversi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> espécies, na frequência que elas ocorr<strong>em</strong>, napresença <strong>de</strong> novas espécies, e outros parâmetros.Os impactos, neste caso, são observa<strong>dos</strong> a partir <strong>da</strong>comparação <strong>de</strong> áreas adjacentes, sendo uma com apresença <strong>dos</strong> impactos e outra como área <strong>de</strong> controle(não altera<strong>da</strong>).Condição <strong>da</strong>s árvores: a visitação, muitocomumente, interfere diretamente na condição <strong>da</strong>sárvores, principalmente aquelas localiza<strong>da</strong>s no meio<strong>da</strong>s trilhas, <strong>em</strong> atrativos ou áreas <strong>de</strong> uso intensivocomo aquelas próximas aos locais <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso,quiosques, locais <strong>de</strong> piqueniques. Estu<strong>dos</strong> apontamos <strong>da</strong>nos mais comuns causa<strong>dos</strong> às árvores comoimpactos <strong>da</strong> visitação: exposição <strong>de</strong> raízes, inscriçõese quebra <strong>de</strong> galhos.Estes são alguns <strong>dos</strong> parâmetros mais comuns a ser<strong>em</strong>observa<strong>dos</strong> para o levantamento <strong>dos</strong> impactos <strong>da</strong>visitação. De todo modo, é importante l<strong>em</strong>brar que os14


impactos <strong>da</strong> visitação afetam direta e indiretamente avegetação.Para Hammit & Cole (1998), a quebra <strong>de</strong> galhos,o pisoteio e as inscrições <strong>em</strong> árvores reduz<strong>em</strong> ovigor e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> reprodutiva <strong>da</strong>s plantas, e o usointensivo po<strong>de</strong> causar, inclusive, a morte direta <strong>de</strong>plantas. Não obstante, o vigor <strong>da</strong>s plantas tambémé bastante comprometido <strong>de</strong>vido aos impactoscausa<strong>dos</strong> no solo. Se for<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> osimpactos na redução <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e no volume<strong>de</strong> espécies pela r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> plantas <strong>em</strong> áreas <strong>de</strong>camping, limpeza <strong>de</strong> trilha e coleta <strong>de</strong> lenha, osimpactos sobre a vegetação po<strong>de</strong>m se expandirain<strong>da</strong> mais.Os <strong>da</strong>nos provoca<strong>dos</strong> à vegetação ocorr<strong>em</strong>rapi<strong>da</strong>mente durante as fases iniciais <strong>de</strong> uso <strong>da</strong>área. Muitos <strong>dos</strong> impactos também ating<strong>em</strong> níveispróximos ao máximo, mesmo <strong>em</strong> áreas poucoutiliza<strong>da</strong>s. Estes fatos comprovam o baixo nível <strong>de</strong>resistência <strong>da</strong> vegetação aos impactos, principalmente<strong>da</strong> vegetação rasteira e <strong>de</strong> sub-bosque (Hammit &Cole, 1998).A susceptibili<strong>da</strong><strong>de</strong> ao <strong>da</strong>no também varia muito<strong>em</strong> função do tipo <strong>de</strong> ambiente ao qual pertencea área afeta<strong>da</strong>. Esses <strong>da</strong>nos po<strong>de</strong>m ser ain<strong>da</strong> maisagrava<strong>dos</strong> <strong>em</strong> função <strong>da</strong> profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> solo e suasusceptibili<strong>da</strong><strong>de</strong> aos processos erosivos.O maior probl<strong>em</strong>a <strong>dos</strong> impactos na vegetaçãoé, contudo, a sua incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperação:<strong>em</strong> muitos casos, as árvores <strong>da</strong>nifica<strong>da</strong>s morr<strong>em</strong>pr<strong>em</strong>aturamente. Em áreas, como campings, aregeneração natural é comprometi<strong>da</strong> pelo intensoe permanente pisoteio e, também pela cobertura<strong>da</strong>s áreas com barracas e ten<strong>da</strong>s. Nesses locais, osarbustos são muitas vezes r<strong>em</strong>ovi<strong>dos</strong> para lenha,dificultando ain<strong>da</strong> mais o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> umavegetação mais madura.<strong>Impactos</strong> na faunaA presença humana <strong>em</strong> áreas naturais po<strong>de</strong> alteraro comportamento animal <strong>de</strong> várias maneiras.Segundo Hammit & Cole (1998), as mu<strong>da</strong>nças notipo e grau <strong>de</strong> alteração do comportamento animale do seu habitat, <strong>em</strong> função <strong>da</strong> presença humana<strong>em</strong> áreas naturais, não são totalmente prejudiciais15


A visitação pública com fins educativos erecreativos é um <strong>dos</strong> objetivos <strong>de</strong> manejo<strong>dos</strong> parques e outras categorias <strong>de</strong> UC.Os maiores impactos <strong>da</strong> visitação causa<strong>dos</strong> à faunapo<strong>de</strong>m ser atribuí<strong>dos</strong> ao distúrbio não intencional,gera<strong>dos</strong> por visitantes que, s<strong>em</strong> seu conhecimentoe inocent<strong>em</strong>ente, produz<strong>em</strong> situações estressantespara fauna. O local e o t<strong>em</strong>po <strong>da</strong> interação hom<strong>em</strong>animalsão el<strong>em</strong>entos chave para o a<strong>de</strong>quado manejo<strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> impacto.Ain<strong>da</strong>, a frequência <strong>da</strong> presença humana <strong>em</strong>áreas naturais po<strong>de</strong> alterar drasticamente ocomportamento <strong>dos</strong> animais.Pequenas alterações no habitat, alterações nospadrões <strong>de</strong> uso diário, o hábito à presença humana esua “domesticação” indireta, são algumas <strong>da</strong>s alteraçõescomportamentais mais comuns. A disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>comi<strong>da</strong> <strong>em</strong> áreas naturais, on<strong>de</strong> a presença humana écomum, também leva a alterações significativas noshábitos alimentares <strong>de</strong> diversas espécies.Assim, é possível concluir que, mesmo s<strong>em</strong> interaçãodireta, os impactos <strong>da</strong> presença humana sobre a faunapo<strong>de</strong>m gerar <strong>da</strong>nos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala. Os resulta<strong>dos</strong><strong>da</strong> interação hom<strong>em</strong>-animal <strong>em</strong> áreas naturaispo<strong>de</strong>m levar a mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> comportamento animal,chegando a níveis <strong>em</strong> que seja marcante a alteração<strong>da</strong> estrutura e composição <strong>da</strong> fauna. Por isso, to<strong>da</strong> UCque t<strong>em</strong> como pr<strong>em</strong>issa básica proteger e conservarsua biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ve planejar estratégias paraevitar esse tipo <strong>de</strong> impacto.<strong>Impactos</strong> sociaisOs impactos associa<strong>dos</strong> à experiência <strong>da</strong> visitaçãogeralmente são <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> percepção <strong>dos</strong>visitantes com relação à lotação (número <strong>de</strong> pessoasnum ambiente, local ou atrativo) e os conflitos <strong>de</strong> usorecreativo (Takahashi, 2004).Segundo Manning (1986), o impacto sobre aexperiência <strong>da</strong> visita <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong>s característicaspessoais <strong>dos</strong> visitantes, suas motivações, preferências,expectativas, comportamento e nível <strong>de</strong> experiência.Muitas vezes, estes impactos têm orig<strong>em</strong> naexpectativa <strong>dos</strong> visitantes, que po<strong>de</strong> não sercorrespondi<strong>da</strong> diante <strong>da</strong> situação encontra<strong>da</strong> noambiente visitado. A percepção negativa sobre aexperiência <strong>da</strong> visitação po<strong>de</strong> ocorrer <strong>em</strong> função <strong>da</strong>sdiferenças (etárias, estilos <strong>de</strong> viag<strong>em</strong>, comportamento)e tamanhos <strong>de</strong> grupos, <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que estesgrupos ou indivíduos praticam na UC e, ain<strong>da</strong>, naquali<strong>da</strong><strong>de</strong> ambiental (<strong>em</strong>bora menos perceptível).Para evitar estes tipos <strong>de</strong> impactos é necessárioconsi<strong>de</strong>rar e priorizar os objetivos <strong>da</strong> UC, conheceras <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s <strong>de</strong> uso e o perfil <strong>dos</strong> visitantes queprocuram as áreas naturais <strong>em</strong> questão e, a partir<strong>de</strong>stes conhecimentos, <strong>de</strong>limitar áreas e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sa ser<strong>em</strong> pratica<strong>da</strong>s <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> ambiente, evitando ouminimizando os impactos que po<strong>de</strong>m surgir <strong>dos</strong>conflitos <strong>de</strong> uso. Informar ao visitante as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> uso na UC também é uma estratégia muitofuncional a fim <strong>de</strong> evitar expectativas <strong>de</strong> práticas quenão são disponíveis ou permiti<strong>da</strong>s na área.In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong>s diferentes causas que po<strong>de</strong>m serconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s como a orig<strong>em</strong> <strong>dos</strong> impactos sociais,estes <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> com tanta priori<strong>da</strong><strong>de</strong>quanto os <strong>de</strong>mais tipos <strong>de</strong> impactos, já que avisitação pública com fins educativos e recreativosé um <strong>dos</strong> objetivos <strong>de</strong> manejo <strong>dos</strong> parques e outrascategorias <strong>de</strong> UC.17


1.2 Planejamento e Manejo do Uso PúblicoConceito sobre os méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong> impactosAs primeiras ações <strong>de</strong> controle <strong>dos</strong> impactos<strong>da</strong> visitação foram foca<strong>da</strong>s no conceito <strong>de</strong>capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carga, originalmente aplicado <strong>em</strong>disciplinas <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong> pastagens. Este conceito, parao caso do manejo <strong>da</strong> visitação, t<strong>em</strong> como pr<strong>em</strong>issasbásicas verificar o número <strong>de</strong> visitantes que uma áreapo<strong>de</strong> tolerar, s<strong>em</strong> que ocorram impactos inaceitáveisaos recursos naturais e à experiência do visitante.A falta <strong>de</strong> aporte científico induziu os gestores <strong>da</strong>sáreas naturais protegi<strong>da</strong>s à interpretação <strong>de</strong> que osimpactos inaceitáveis ocorreriam somente <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>excedido o número <strong>de</strong> usuários que a área po<strong>de</strong>riasuportar (Krumpe, 1999).Era esperado que um número máximo <strong>de</strong> usuáriospu<strong>de</strong>sse ser especificado, para que a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>sativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s recreacionais fosse manti<strong>da</strong> (Hammit &Cole, 1998). No entanto, o levantamento realizadopor Stankey et al. (1985) revelou que <strong>de</strong> 1970 a1990, foram publica<strong>dos</strong> mais <strong>de</strong> 2.000 estu<strong>dos</strong>tratando <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carga recreativa, e que18


a característica mais marcante apresenta<strong>da</strong> foi a <strong>da</strong>falta <strong>de</strong> procedimentos eficientes na aplicação doconceito <strong>em</strong> campo.Para McCool, apud Takahashi (2004), o paradigma<strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carga fracassou principalmenteporque se preocupava <strong>de</strong>masia<strong>da</strong>mente coma questão “Quantos visitantes eram <strong>de</strong>mais?”,enquanto várias pesquisas mostravam que muitos<strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>as do uso recreativo <strong>de</strong>corriam mais docomportamento ina<strong>de</strong>quado <strong>dos</strong> visitantes do quedo elevado número <strong>de</strong> pessoas.Os efeitos <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s recreativas, que inclu<strong>em</strong>impactos sobre a vegetação, o solo, a fauna, a água ea quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> visitação, são afeta<strong>dos</strong> pela frequência,distribuição, tipo <strong>de</strong> uso e comportamento <strong>da</strong>spessoas, pela estação do ano, condições ambientaise ações <strong>de</strong> manejo implanta<strong>da</strong>s (Krumpe, 1999;Manning & Lime, 1999; Hammitt & Cole, 1998).Instituições que administram os parques nos EUA,procuraram maneiras <strong>de</strong> incorporar conceitosbasea<strong>dos</strong> na capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carga recreativa nosprocessos <strong>de</strong> planejamento. Assim, o primeiroinstrumento <strong>de</strong> planejamento proposto paramelhorar o manejo <strong>da</strong>s áreas protegi<strong>da</strong>s foi o Limitsof Acceptable Change - LAC (Stankey et al. 1985).Outros instrumentos <strong>de</strong> planejamento forampropostos posteriormente, Visitor Impact Manag<strong>em</strong>ent- VIM (Graefe et al. 1990; Kusset al. 1990) e VisitorExperience and Resource Protection - VERP proposto <strong>em</strong>1993 (National Park Service, 1997).Os processos <strong>de</strong>stes méto<strong>dos</strong> são conceitualmentesimilares e foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> especificamentepara li<strong>da</strong>r com a questão <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte<strong>em</strong> áreas silvestres e <strong>em</strong> parques nacionais (Cole &McCool, 1997). A principal ênfase apresenta<strong>da</strong> nestesméto<strong>dos</strong> está no conceito <strong>de</strong> que as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>manejo estão basea<strong>da</strong>s nas condições do recurso,e não nos níveis <strong>de</strong> visitação e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>infraestrutura.Para que as ações <strong>de</strong> manejo sugeri<strong>da</strong>s nas etapasfinais <strong>dos</strong> méto<strong>dos</strong> cita<strong>dos</strong> possam ser avalia<strong>da</strong>s,é necessária a implantação <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong>monitoramento, on<strong>de</strong> se utilizam indicadores <strong>de</strong>impacto e padrões <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que caracterizamos objetivos <strong>de</strong> manejo e o zoneamento <strong>da</strong> UC.A base <strong>de</strong> todo o processo está na realização domonitoramento contínuo <strong>da</strong>s condições biofísicas esociais <strong>da</strong> área natural.Para selecionar estratégias <strong>de</strong> manejo eficientes, quereduzam ou control<strong>em</strong> os impactos, os gestores <strong>da</strong>sáreas protegi<strong>da</strong>s necessitam <strong>de</strong> informações objetivase atualiza<strong>da</strong>s <strong>da</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>, extensão e do padrão <strong>de</strong>distribuição <strong>da</strong>s diferentes formas <strong>de</strong> impacto (Leung& Marion, 1999).Os méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong> planejamento <strong>da</strong> visitação atualmenteutiliza<strong>dos</strong> caracterizam-se por ser<strong>em</strong> dinâmicos. Suaênfase está na condição futura <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>, <strong>de</strong>signa<strong>da</strong>através <strong>da</strong> utilização <strong>de</strong> indicadores que <strong>de</strong>screv<strong>em</strong>as condições atuais, fazendo com que os padrões<strong>de</strong>sejáveis para a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>dos</strong> impactos nosrecursos naturais ou na experiência do visitante, sejamalcança<strong>dos</strong> através <strong>de</strong> ações administrativas.A Tabela 1, na próxima página, apresenta um resumocomparativo <strong>da</strong>s etapas ou passos <strong>dos</strong> três principaisinstrumentos <strong>de</strong> planejamento <strong>da</strong> visitação (LAC, VIM,VERP). Em alguns casos, o processo <strong>de</strong> planejamentoé <strong>de</strong>senvolvido através <strong>de</strong> uma combinação entr<strong>em</strong>éto<strong>dos</strong> diferentes, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar ociclo do manejo à reali<strong>da</strong><strong>de</strong> a ser monitora<strong>da</strong>, b<strong>em</strong>como aproveitar o que há <strong>de</strong> melhor <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> sist<strong>em</strong>a.19


Tabela 1. Tabela comparativa entre os principais instrumentos <strong>de</strong> planejamento.Etapas LAC VERP VIMEtapa 1 I<strong>de</strong>ntificar as áreas <strong>de</strong> Reunir uma equipe Pré-avaliação e revisãointeresse e sua distribuição interdisciplinar para o Projeto <strong>de</strong> informaçõesEtapa 2 Definir e <strong>de</strong>screver as Desenvolver uma estratégia Revisão <strong>dos</strong> objetivosclasses <strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para envolver o público <strong>de</strong> manejoEtapa 3 Selecionar os indicadores Desenvolver propostas Seleção <strong>dos</strong> indicadores<strong>da</strong>s condições ecológicas referentes aos objetivos <strong>de</strong> impactoe sociais <strong>de</strong>seja<strong>da</strong>sprimários do parque,importância, e t<strong>em</strong>asinterpretativosEtapa 4 Levantar as condições Analisar o recurso natural Seleção <strong>dos</strong> padrõesecológicas e sociais e uso público existente para os indicadores <strong>de</strong>no ParqueimpactoEtapa 5 Especificar padrões Descrever os níveis <strong>de</strong> Comparação <strong>de</strong> padrõespara os indicadores experiência <strong>dos</strong> visitantes e as e condições existentescondições do meio naturalEtapa 6 Determinar a distribuição Determinar a localização I<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong> causas<strong>da</strong>s diversas opções <strong>de</strong> possíveis áreas <strong>de</strong> uso prováveis <strong>dos</strong> impactosEtapa 7 I<strong>de</strong>ntificar as ações <strong>de</strong> Selecionar indicadores e I<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>smanejo para ca<strong>da</strong> opção especificar padrões para ca<strong>da</strong> estratégias <strong>de</strong> manejoárea; <strong>de</strong>senvolver umprograma <strong>de</strong> monitoramentoEtapa 8 Avaliar e selecionar Monitorar indicadores Impl<strong>em</strong>entaçãouma opçãoecológicos e sociaisEtapa 9 Impl<strong>em</strong>entar ações <strong>de</strong> Impl<strong>em</strong>entar ações —manejo e monitorar<strong>de</strong> manejoas condiçõesFonte: Manning & Lime (2000)LAC = Limits of Acceptable Change (Limite Aceitável <strong>de</strong> Câmbio)VIM = Visitor Impact Manag<strong>em</strong>ent (Manejo do Impacto <strong>dos</strong> Visitantes)VERP = Visitor Experience and Resource Protection (Experiência <strong>dos</strong> Visitantes e Proteção <strong>dos</strong> Recursos)20


2.Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> eGestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong> <strong>da</strong> VisitaçãoPara este Plano é sugerido o uso <strong>da</strong>s etapas dométodo VIM (Graefe et al, 1990), por ser<strong>em</strong> <strong>de</strong>fácil entendimento, cont<strong>em</strong>plar todo o ciclo <strong>de</strong>monitoramento e aten<strong>de</strong>r às expectativas <strong>de</strong> umprograma <strong>de</strong> monitoramento e manejo <strong>da</strong> visitação.Os indicadores <strong>de</strong> impactos seleciona<strong>dos</strong> são <strong>de</strong>ampla aplicação, po<strong>de</strong>ndo ser <strong>em</strong>prega<strong>dos</strong> <strong>em</strong>diferentes metodologias e ambientes.2.1 O Processo VIMVIM — Visitor Impact Manag<strong>em</strong>ent — t<strong>em</strong> comoO objetivo prover a observação <strong>dos</strong> impactos eanalisá-los segundo a sua possível orig<strong>em</strong>, causas e,estabelecer ações <strong>de</strong> manejo capazes <strong>de</strong> minimizarou reverter o quadro negativo s<strong>em</strong> gerar outros tipos<strong>de</strong> impactos ou conflitos com o manejo <strong>da</strong> área.Esta ferramenta <strong>de</strong> manejo foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> porpesquisadores do U.S. National Parks e ConservationAssociation, para o uso no serviço nacional <strong>de</strong> parques<strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>. O processo foi estruturado com afinali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>r três pontos básicos relaciona<strong>dos</strong>aos impactos <strong>da</strong> visitação, segundo os autores:1. Condição do Probl<strong>em</strong>a: verificar a situaçãoencontra<strong>da</strong> referente aos impactos <strong>da</strong> visitação;2. Fator causal potencial: <strong>de</strong>terminar os potenciaisfatores responsáveis pela ocorrência <strong>dos</strong> impactos;3. Estratégias <strong>de</strong> manejo potenciais: seleção <strong>de</strong>estratégias e ações <strong>de</strong> manejo com potencial <strong>de</strong>redução ou eliminação <strong>dos</strong> impactos.Sua estrutura é fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> <strong>em</strong> oito etapas,compl<strong>em</strong>entares e <strong>de</strong> fácil entendimento e aplicação.As cinco primeiras etapas do processo são volta<strong>da</strong>sà i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s condições <strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>as /impactos. A etapa seis é aquela na qual serãolevanta<strong>dos</strong> os possíveis fatores causais, e as etapassete e oito são aquelas on<strong>de</strong> as estratégias <strong>de</strong> manejoserão i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s e impl<strong>em</strong>enta<strong>da</strong>s. A Figura 2 trazo diagrama <strong>da</strong>s etapas propostas pelo método VIM.A <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>stas etapas foi basea<strong>da</strong> no trabalho<strong>de</strong> Freixê<strong>da</strong>s et al (2000) que propôs um guia <strong>de</strong>utilização do método VIM, a partir <strong>de</strong> sua proposiçãooriginal.Etapa 1: Pré-avaliação e Revisão <strong>de</strong>InformaçõesInicialmente, <strong>de</strong>verá ser feito todo o levantamento ecompilação <strong>da</strong>s informações disponíveis, b<strong>em</strong> como arevisão <strong>da</strong>s diretrizes políticas relevantes <strong>da</strong> área a sermonitora<strong>da</strong>. O objetivo <strong>de</strong>ssa etapa é a i<strong>de</strong>ntificação esúmula <strong>de</strong> tudo que já é conhecido sobre a situação equestões liga<strong>da</strong>s diretamente ao manejo <strong>da</strong> área.É fun<strong>da</strong>mental levantar <strong>da</strong><strong>dos</strong> com base <strong>em</strong>documentos oficiais como: Planos <strong>de</strong> Manejo,Planos Emergenciais, Planos Operativos, Planos<strong>de</strong> Uso Público, etc. O Código Florestal, a Lei <strong>de</strong>Crimes Ambientais, o SNUC e outros documentos21


1. PRÉ-AVALIAÇÃO E REVISÃO DAS INFORMAÇÕES5. COMPARAÇÃO DOS PADRÕES COM ASCONDIÇÕES VERIFICADASFORA DO PADRÃODE ACORDO COM O PADRÃO2. REVISÃO DOS OBJETIVOS DE MANEJO6. IDENTIFICAÇÃO DAS PROVÁVEIS CAUSASDOS IMPACTOSMONITORAMENTO3. SELEÇÃO DOS INDICADORES DE IMPACTO7. IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRÁTEGIAS DE MANEJO4. SELEÇÃO DE PADRÕES PARA OSINDICADORES DE IMPACTOS8. IMPLEMENTAÇÃOFigura 2. Etapas do processo <strong>de</strong> planejamento do VIM.FONTE: Graefe et al in Freixê<strong>da</strong>s et al, 2000<strong>da</strong> legislação ambiental também po<strong>de</strong>m aju<strong>da</strong>r aenten<strong>de</strong>r melhor as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e estruturas a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>spara a área a ser monitora<strong>da</strong>.Outros <strong>da</strong><strong>dos</strong> importantes po<strong>de</strong>m ser obti<strong>dos</strong>através <strong>de</strong> conversas com funcionários <strong>da</strong> UC e,principalmente, funcionários mais antigos, b<strong>em</strong> comoregistros <strong>de</strong> ocorrências (<strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, <strong>de</strong> crimesambientais, <strong>de</strong> visitação pública – <strong>da</strong><strong>dos</strong> <strong>de</strong> fluxo eperfil <strong>de</strong> visitantes, etc.).Este trabalho <strong>de</strong>ve ser feito antes <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>campo, s<strong>em</strong>pre consi<strong>de</strong>rando o local a ser avaliadono monitoramento, b<strong>em</strong> como sua área <strong>de</strong> influência.Etapa 2: Revisão <strong>dos</strong> Objetivos <strong>de</strong> ManejoNa segun<strong>da</strong> etapa, serão realiza<strong>dos</strong> o levantamento erevisão <strong>dos</strong> objetivos <strong>de</strong> manejo <strong>da</strong> área <strong>em</strong> questão,verificando quais as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s previstas para o local, seestas ocorr<strong>em</strong> conforme o planejado, e a existência <strong>de</strong><strong>de</strong>man<strong>da</strong>s suprimi<strong>da</strong>s. Os objetivos <strong>de</strong> manejo po<strong>de</strong>mser obti<strong>dos</strong> através <strong>dos</strong> Planos <strong>de</strong> Manejo, PlanosEmergenciais, Planos Operativos, Planos <strong>de</strong> Uso Público,entre outros. Estes documentos, além <strong>da</strong> <strong>de</strong>scrição dolocal, apresentam os objetivos gerais e específicos <strong>da</strong>área, que serão utiliza<strong>dos</strong> posteriormente para <strong>de</strong>finiras condições <strong>de</strong>sejáveis <strong>dos</strong> indicadores seleciona<strong>dos</strong>.Neste momento, é <strong>de</strong> essencial importância que osobjetivos sejam confronta<strong>dos</strong> com as informaçõesobti<strong>da</strong>s na Etapa 1, para que não haja conflito entre ouso proposto para a área e as restrições e condiçõesimpostas pelos documentos supracita<strong>dos</strong>.Etapa 3: Seleção <strong>dos</strong> Indicadores <strong>de</strong>ImpactoPara esta etapa, <strong>de</strong>verão ser escolhi<strong>dos</strong> indicadores<strong>de</strong> impactos capazes <strong>de</strong> avaliar, efetivamente, a22


ocorrência <strong>de</strong> alterações no ambiente, <strong>em</strong> função <strong>da</strong>visitação. Segundo Graefe et al (1990), in Freixê<strong>da</strong>s etal (2000), estes indicadores <strong>de</strong>v<strong>em</strong> seguir algumaspr<strong>em</strong>issas:1. Ser facilmente observáveis e mensuráveis (evitan<strong>dos</strong>ubjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> leitura);2. Ser compatíveis com os objetivos <strong>de</strong> manejo <strong>da</strong>área;3. Ser relaciona<strong>dos</strong> ao uso (visitação);4. Respon<strong>de</strong>r a ações <strong>de</strong> manejo ou intervenção.Estes indicadores <strong>de</strong>v<strong>em</strong> permitir, através <strong>de</strong> suaanálise, observar a condição <strong>da</strong> trilha e/ou atrativo aser monitorado e a experiência <strong>da</strong> visitação.A escolha <strong>de</strong>stes indicadores po<strong>de</strong> ser uma tarefadifícil. Uma sugestão para auxiliar nesta busca épartir <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ia ampla para uma específica. Po<strong>de</strong>se,por ex<strong>em</strong>plo, pensar nos agrupamentos que se<strong>de</strong>seja avaliar – leito <strong>da</strong> trilha, vegetação, percepção<strong>da</strong> visitação – e com esses agrupamentos <strong>em</strong> mente,selecionar indicadores para ca<strong>da</strong> um <strong>de</strong>les, capazes<strong>de</strong> obter informações que caracteriz<strong>em</strong> a situaçãoencontra<strong>da</strong> na trilha ou no atrativo (largura <strong>da</strong> trilha,<strong>da</strong>nos à vegetação, percepção do visitante <strong>em</strong> relaçãoà lotação do atrativo, entre outros). O indicador <strong>de</strong>verefletir a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> área monitora<strong>da</strong> com base nosrecursos que se planejou verificar (solo, vegetação,infraestruturas, etc.). Para a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> verificação<strong>dos</strong> indicadores, também é essencial que se conheçaas interrelações entre a visitação e os impactos.A especificação do nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe <strong>em</strong> que oindicador será medido e avaliado também é feita nessaetapa, e é <strong>de</strong> essencial importância para os trabalhos<strong>de</strong> campo. Para tanto, essa escolha é diretamenterelaciona<strong>da</strong> à disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos financeiros,humanos, t<strong>em</strong>po e frequência <strong>de</strong> monitoramento,consi<strong>de</strong>rando também que <strong>em</strong> muitos casos, mais <strong>de</strong>uma trilha ou atrativo <strong>de</strong>verão ser monitora<strong>dos</strong> numamesma UC.Etapa 4: Seleção <strong>de</strong> Padrões para osIndicadores <strong>de</strong> ImpactoA quarta etapa é realiza<strong>da</strong> logo após a consoli<strong>da</strong>ção<strong>dos</strong> indicadores seleciona<strong>dos</strong> e <strong>da</strong> metodologia <strong>de</strong>medição e avaliação <strong>de</strong>stes. Uma vez <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>sas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> <strong>de</strong>sses indicadores é possível<strong>de</strong>terminar valores máximos aceitáveis <strong>de</strong> impactoscom base nos indicadores seleciona<strong>dos</strong> na etapa3, nas informações preliminares <strong>da</strong>s etapas 1 e 2e, também, com base numa vistoria minuciosa <strong>de</strong>campo. Esse é o principal objetivo <strong>de</strong>ssa etapa.O padrão a ser estabelecido para ca<strong>da</strong> indicadorcorrespon<strong>de</strong> à condição <strong>de</strong>sejável para o ambient<strong>em</strong>onitorado, e permitirá verificar a não conformi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> um parâmetro específico.Os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> no monitoramento serãocompara<strong>dos</strong> com os padrões e, assim, será possívelverificar se a situação <strong>da</strong> trilha ou atrativo está<strong>de</strong>ntro do i<strong>de</strong>al, ou se apresenta algum impactonotoriamente acima <strong>dos</strong> limites aceitáveis.Etapa 5: Comparação <strong>dos</strong> padrões com ascondições verifica<strong>da</strong>sEsta etapa prevê a comparação entre os padrõesestabeleci<strong>dos</strong> e a situação encontra<strong>da</strong> na áreamonitora<strong>da</strong>, com base nos indicadores <strong>de</strong> impactosseleciona<strong>dos</strong>. Caso o valor obtido <strong>em</strong> campo sejaigual ou inferior ao padrão estabelecido, po<strong>de</strong>-seconsi<strong>de</strong>rar que a trilha ou atrativo apresenta umacondição a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e que o uso não está alteran<strong>dos</strong>ignificativamente o ambiente <strong>em</strong> questão ou quenão há conflitos <strong>de</strong> uso com relação à percepção<strong>da</strong> visitação. Caso contrário, na ocorrência do valorobtido no monitoramento ser maior que o valor23


<strong>de</strong>terminado pelo padrão, então po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>rque o impacto existe e uma ação <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong>ve serrealiza<strong>da</strong> para reduzi-lo.Esta fase compara a situação existente com ospadrões <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong> na etapa anterior, através <strong>da</strong>avaliação <strong>da</strong>s condições atuais por meio <strong>dos</strong>indicadores <strong>de</strong> impacto seleciona<strong>dos</strong>. Se nãohá discrepância entre a medi<strong>da</strong> do indicadorselecionado e os padrões estabeleci<strong>dos</strong>, necessitaseapenas monitorar a situação para <strong>de</strong>tectareventuais mu<strong>da</strong>nças futuras. Nesse caso, a área estáconstant<strong>em</strong>ente provendo condições ambientaise tipos <strong>de</strong> experiência que foram <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong> comoapropria<strong>dos</strong> para o local.Se as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> certos indicadores não coinci<strong>de</strong>mcom o padrão para a área, ou seja, a ocorrênciado impacto está acima <strong>dos</strong> limites máximosestabeleci<strong>dos</strong>, é necessário i<strong>de</strong>ntificar as causasprováveis <strong>dos</strong> impactos para subsidiar ações <strong>de</strong>manejo.Etapa 6: I<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s ProváveisCausas <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong>A função <strong>da</strong> etapa 6 é isolar as causas maissignificativas <strong>da</strong> situação probl<strong>em</strong>a, examinandoas relações entre o uso <strong>da</strong> área pela visitaçãoe os indicadores <strong>de</strong> impacto que tiveram seusrespectivos padrões excedi<strong>dos</strong>. Nessa avaliação,é importante consi<strong>de</strong>rar to<strong>dos</strong> os aspectos <strong>da</strong>visitação que po<strong>de</strong>m influenciar a situação, el<strong>em</strong>brar que relações <strong>de</strong> uso/impacto po<strong>de</strong>mser medi<strong>da</strong>s por características <strong>dos</strong> sítios e,consequent<strong>em</strong>ente, po<strong>de</strong>m variar para diferentesépocas e locais. Aspectos <strong>de</strong>ssa etapa po<strong>de</strong>mrequerer alguns estu<strong>dos</strong> adicionais focando orelacionamento entre indicadores <strong>de</strong> impactose aspectos específicos do uso, como tipo <strong>de</strong> uso,tamanho <strong>dos</strong> grupos, t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> uso, período <strong>de</strong>permanência, concentração <strong>de</strong> uso, frequênciado período <strong>de</strong> alta t<strong>em</strong>pora<strong>da</strong>, quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> total<strong>de</strong> uso e comportamento <strong>dos</strong> visitantes. É precisotambém avaliar se a causa do impacto não está<strong>em</strong> uma eventual falha <strong>de</strong> manejo ou <strong>de</strong> gestão<strong>da</strong> visitação.Etapa 7: I<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s Estratégias <strong>de</strong>ManejoÉ importante, nessa fase, que o foco <strong>da</strong> análiseesteja voltado para as causas prováveis <strong>dos</strong>impactos <strong>de</strong> visitação e não para as condições <strong>dos</strong>impactos. As estratégias <strong>de</strong> manejo po<strong>de</strong>m incluirabor<strong>da</strong>gens diretas que regulam ou restring<strong>em</strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> visitação, e abor<strong>da</strong>gens indiretasque buscam alcançar o resultado <strong>de</strong>sejadoinfluenciando o comportamento do visitante. Asestratégias <strong>de</strong> manejo que aspiram solucionar umimpacto po<strong>de</strong>m afetar outros aspectos <strong>da</strong> situaçãoe até mesmo introduzir novos probl<strong>em</strong>as para osgestores <strong>da</strong> área.Dessa forma, é necessário que a escolha <strong>da</strong> ação <strong>de</strong>manejo seja pensa<strong>da</strong> como parte <strong>de</strong> uma matriz,on<strong>de</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s também as possíveisconsequências <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> estratégia, <strong>de</strong> modoque a impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong>stas ações solucion<strong>em</strong> osprobl<strong>em</strong>as.Etapa 8: Impl<strong>em</strong>entaçãoUma vez <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> a estratégia <strong>de</strong> manejo, esta<strong>de</strong>ve ser aplica<strong>da</strong> o mais rápido possível, visandoreverter o quadro <strong>de</strong> impactos <strong>da</strong>s áreas on<strong>de</strong>ocorr<strong>em</strong>. Em função <strong>da</strong> extensa variação entre anatureza e causa <strong>dos</strong> impactos, as ações <strong>de</strong> manejo<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser flexíveis e respon<strong>de</strong>r rapi<strong>da</strong>menteàs mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> condições. O método VIM é <strong>de</strong>fun<strong>da</strong>mento cíclico. Assim, suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s não se24


encerram com a implantação <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> manejo.A constante avaliação <strong>dos</strong> indicadores <strong>de</strong> impactosé fun<strong>da</strong>mental para <strong>de</strong>terminar a eficiência <strong>de</strong>ssasações, verificando se os resulta<strong>dos</strong> são os <strong>de</strong>seja<strong>dos</strong> ese não há alteração <strong>de</strong> outras características do local e<strong>da</strong> experiência do visitante.Este processo <strong>de</strong> avaliação contínua permitirátambém a construção <strong>de</strong> um banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong>,através do qual, com o passar do t<strong>em</strong>po, será possívelassociar a fragili<strong>da</strong><strong>de</strong> do ambiente com a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> visitação, variações sazonais, efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ações<strong>de</strong> manejo, etc.2.2 Indicadores <strong>de</strong> Impacto <strong>da</strong> Visitaçãolista <strong>de</strong> indicadores foi elabora<strong>da</strong> com base nosA resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> dois eventos. O primeiro foi realizadoa partir <strong>da</strong> leitura crítica e discussão participativado Projeto FAPESP, envolvendo pesquisadores naárea <strong>de</strong> Uso Público, gerentes <strong>de</strong> UC, técnicos <strong>da</strong>SMA, representantes do WWF Brasil, i<strong>de</strong>alizadorese envolvi<strong>dos</strong> no próprio Projeto FAPESP e outros. Apartir <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> <strong>da</strong>quele Projeto, os participantesavaliaram a listag<strong>em</strong> <strong>de</strong> indicadores seleciona<strong>dos</strong>, b<strong>em</strong>como a metodologia <strong>de</strong> monitoramento.O segundo trabalho que subsidiou a construção<strong>de</strong>sta listag<strong>em</strong> foi o Projeto Piloto, que contou com aparticipação <strong>de</strong> gestores e funcionários <strong>da</strong>s UC, além<strong>de</strong> monitores ambientais. Neste trabalho, to<strong>dos</strong> osenvolvi<strong>dos</strong> pu<strong>de</strong>ram aplicar as fichas <strong>de</strong> campo nastrilhas seleciona<strong>da</strong>s e, com isso, verificar a a<strong>de</strong>quação<strong>dos</strong> indicadores e metodologia sugeri<strong>dos</strong>.Tabela 2. Lista <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> impactos biofísicos e sociais.Para o fechamento <strong>de</strong>sta lista, foi manti<strong>da</strong> a propostado Projeto FAPESP <strong>de</strong> estabelecer um número mínimo<strong>de</strong> indicadores que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser cont<strong>em</strong>pla<strong>dos</strong> noPlano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> e Avaliação <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong> <strong>da</strong>Visitação. Ressalte-se que, <strong>de</strong> acordo com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> ca<strong>da</strong> UC e havendo interesse <strong>em</strong> aprofun<strong>da</strong>r omonitoramento <strong>dos</strong> impactos, novos indicadorespo<strong>de</strong>m ser acresci<strong>dos</strong> à esta lista.Os resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong>sses trabalhos foram suficientes paraconsoli<strong>da</strong>r e construir o Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> eGestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong> <strong>da</strong> Visitação ora apresentado.Ao todo, oito indicadores foram consoli<strong>da</strong><strong>dos</strong> parao Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> e Gestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong><strong>da</strong> Visitação, conforme apresentado na Tabela 2. Ametodologia <strong>de</strong> trabalho proposta é apresenta<strong>da</strong>a seguir.Indicadores <strong>de</strong><strong>Impactos</strong> FísicosLargura <strong>da</strong> trilhaNúmero <strong>de</strong> trilhas não oficiaisProbl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>Indicadores <strong>de</strong><strong>Impactos</strong> BiológicosDanos aos recursos naturaisAlteração do comportamentoanimalIndicadores <strong>de</strong><strong>Impactos</strong> SociaisDanos à infra-estruturaPresença <strong>de</strong> lixoExperiência do visitante(questionário)25


2.3 Metodologia <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong>Foi estabelecido um procedimento padrão parao Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong> <strong>da</strong>Visitação, que é a base do Plano e po<strong>de</strong> ser aplicadoa qualquer trilha ou atrativo <strong>dos</strong> Parques Estaduais<strong>de</strong> São Paulo.O procedimento padrão estabelece a utilização<strong>de</strong> méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong> censo e/ou amostrag<strong>em</strong>, através<strong>de</strong> indicadores quantitativos e/ou qualitativos,<strong>de</strong>scrito a seguir.To<strong>da</strong>s as a<strong>de</strong>quações aos procedimentos mínimosestabeleci<strong>dos</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser feitas com o intuito <strong>de</strong>implantar o programa <strong>de</strong> monitoramento <strong>da</strong> visitação<strong>de</strong> uma UC, e a<strong>da</strong>ptar a proposta apresenta<strong>da</strong> àreali<strong>da</strong><strong>de</strong> do local.2.3.1 Méto<strong>dos</strong> <strong>de</strong> coletaAbor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> <strong>em</strong> campoA maioria <strong>dos</strong> programas <strong>de</strong> monitoramento ébasea<strong>da</strong> <strong>em</strong> metodologias <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong> <strong>dos</strong>impactos. A opção por este método é recorrente aolongo <strong>dos</strong> anos e se justifica através <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong>monitoramento que comparam os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>a partir <strong>de</strong>ssas duas metodologias.Segundo Leung & Marion (1999), a <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong>localização, dimensão e severi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>as<strong>em</strong> to<strong>dos</strong> os segmentos <strong>da</strong> trilha, obti<strong>da</strong>s através docenso, perfaz<strong>em</strong> satisfatoriamente to<strong>da</strong> a <strong>de</strong>man<strong>da</strong>por informação na <strong>de</strong>terminação <strong>dos</strong> padrões <strong>de</strong>manejo. No entanto, levantamentos basea<strong>dos</strong> <strong>em</strong>censo <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>m t<strong>em</strong>po e custos, e requer<strong>em</strong>especialistas com prática <strong>em</strong> i<strong>de</strong>ntificar ca<strong>da</strong> impactoinci<strong>de</strong>nte no campo. Como resultado, poucosprogramas <strong>de</strong> monitoramento <strong>de</strong> impactos <strong>em</strong>trilhas, basea<strong>dos</strong> <strong>em</strong> levantamentos do tipo censo,foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong> e muitos têm utilizado níveis <strong>de</strong>medição consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> grosseiros.Frequent<strong>em</strong>ente, os administradores <strong>da</strong>s áreasnaturais protegi<strong>da</strong>s utilizam levantamentosbasea<strong>dos</strong> <strong>em</strong> amostrag<strong>em</strong>, seja por reduzir ot<strong>em</strong>po no campo como por permitir a medição<strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> impacto <strong>em</strong> maior <strong>de</strong>talhe nospontos amostrais (Cole, 1983). Assim, a utilização<strong>da</strong> amostrag<strong>em</strong> está assegura<strong>da</strong> na suposição <strong>de</strong>que as amostras são representativas <strong>da</strong>s condiçõesencontra<strong>da</strong>s na trilha, que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser aproxima<strong>da</strong>saos resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> um levantamento utilizando-se ocenso completo.E consi<strong>de</strong>rando a limitação que muitas UCapresentam com relação à disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>funcionários treina<strong>dos</strong>, a escolha <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> <strong>em</strong>campo torna-se um fator <strong>de</strong>terminante no sucessodo monitoramento. Uma vez que o t<strong>em</strong>po paraexecutar a tarefa <strong>de</strong> modo censitário é mais extenso,também o número <strong>de</strong> pessoas <strong>em</strong> campo paralevantar to<strong>dos</strong> os indicadores <strong>de</strong>ve ser maior. Alémdisso, <strong>em</strong> trilhas com mais <strong>de</strong> cinco quilômetros <strong>de</strong>extensão, por ex<strong>em</strong>plo, o monitoramento por censopo<strong>de</strong> tornar-se praticamente inviável.A variação estatística entre os diferentes méto<strong>dos</strong>é também muitas vezes aponta<strong>da</strong> como poucosignificativa, fazendo com que os gestoresadot<strong>em</strong> exclusivamente a coleta por amostrag<strong>em</strong>.Como alguns impactos foram aponta<strong>dos</strong> comoextr<strong>em</strong>amente importantes para o monitoramento<strong>em</strong> <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> sua gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, alguns indicadoresserão medi<strong>dos</strong> <strong>de</strong> forma censitária, com o registro <strong>da</strong>ocorrência na seção pré-estabeleci<strong>da</strong>.26


Tabela 3. Metodologia <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong> <strong>em</strong> campo.Amostrag<strong>em</strong>São estabeleci<strong>da</strong>s distâncias fixas entre pontos <strong>de</strong> observação ou medição ao longo <strong>da</strong> trilhaCensoTrilha dividi<strong>da</strong> <strong>em</strong> seções <strong>de</strong> igual comprimento, com avaliação <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> impacto feitos para ca<strong>da</strong> seçãoOs indicadores seleciona<strong>dos</strong> para o Plano <strong>de</strong><strong>Monitoramento</strong> serão medi<strong>dos</strong> através <strong>de</strong>metodologias <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong> ou censo, cujosconceitos são apresenta<strong>dos</strong> na Tabela 3.Amostrag<strong>em</strong>Os indicadores verifica<strong>dos</strong> por amostrag<strong>em</strong> <strong>de</strong>verãoser monitora<strong>dos</strong> nos mesmos pontos estabeleci<strong>dos</strong>para a medição <strong>da</strong> largura <strong>da</strong> trilha.Nestes pontos, o responsável pelo monitoramento<strong>de</strong>ve verificar a presença ou ausência <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> osindicadores amostrais naquele local, <strong>em</strong> uma visa<strong>da</strong><strong>de</strong> 360º, registrando a situação observável ao alcance<strong>dos</strong> olhos.CensoOs indicadores verifica<strong>dos</strong> censitariamente <strong>de</strong>verãoser registra<strong>dos</strong> nas seções (segmento <strong>da</strong> trilha entrepontos consecutivos).Característica do indicadorApós a <strong>de</strong>finição <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> <strong>em</strong> campo,os indicadores foram <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong> quanto à suacaracterística. Para o Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong>serão utiliza<strong>dos</strong> indicadores qualitativos equantitativos, cujas <strong>de</strong>finições são apresenta<strong>da</strong>sna Tabela 4.Indicador quantitativoVan Bueren & Blom (1997) afirmam que indicadoresquantitativos são preferíveis aos qualitativos, poisestes últimos são freqüent<strong>em</strong>ente ambíguos.No entanto, para diversos critérios ain<strong>da</strong> não é possívela utilização <strong>de</strong> indicadores quantitativos, uma vez queo limitado conhecimento científico disponível nãopermite o estabelecimento <strong>de</strong> normas quantitativas.Neste caso, indicadores quantitativos não têmsignificância como valor <strong>de</strong> referência.Os indicadores quantitativos serão registra<strong>dos</strong><strong>de</strong> forma numérica, com números absolutos <strong>de</strong>ocorrência entre as seções.A verificação do número exato <strong>de</strong> ocorrências po<strong>de</strong>aju<strong>da</strong>r no planejamento <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> manejo,<strong>de</strong>terminar áreas mais críticas ou prioritárias e atémesmo auxiliar na efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong>manejo para a redução <strong>dos</strong> impactos.Tabela 4. Indicadores qualitativos e quantitativos.Indicadores QuantitativosIndicadores QualitativosSão expressos e avalia<strong>dos</strong> <strong>em</strong>Expressam a situação, objeto, ou processo <strong>em</strong> termos <strong>de</strong>termos <strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>, com <strong>da</strong><strong>dos</strong>satisfação, como satisfatório, suficiente, insatisfatório enuméricos, volumes, porcentagensrespostas do tipo sim/não.Fonte: Van Bueren & Blom (1997)27


será <strong>de</strong> essencial importância para o confronto com osresulta<strong>dos</strong> do monitoramento. Através <strong>da</strong> comparaçãoentre os índices observa<strong>dos</strong> no monitoramento e os<strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> pelo padrão, será possível verificar anão conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um indicador específico, ouseja, que se encontra fora do padrão estabelecido e,assim, <strong>de</strong>terminar ações <strong>de</strong> manejo para reverter oquadro <strong>de</strong> impactos.A <strong>de</strong>terminação <strong>dos</strong> padrões auxiliará também nodiagnóstico <strong>da</strong> eficiência <strong>de</strong> uma ação <strong>de</strong> manejo.To<strong>da</strong> vez que um indicador estiver fora do padrãoestabelecido, uma ação <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong>verá ser toma<strong>da</strong>a fim <strong>de</strong> minimizar ou eliminar o impacto verificado. Seao longo do t<strong>em</strong>po, a ocorrência do impacto continuara ser observa<strong>da</strong> no monitoramento, <strong>em</strong> maior ou igualproporção, po<strong>de</strong>-se enten<strong>de</strong>r que a ação <strong>de</strong> manejonão foi efetiva e, assim, <strong>de</strong>ve ser repensa<strong>da</strong> e novasestratégias <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser coloca<strong>da</strong>s <strong>em</strong> prática.O padrão estabelecido não é fixo e po<strong>de</strong> ser alterado,se necessário.Em situações on<strong>de</strong> a ação <strong>de</strong> manejofoi eficiente e a ocorrência do indicador <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong>existir,po<strong>de</strong>-se reduzir o valor do padrão. Em situaçõeson<strong>de</strong> o indicador é recorrente, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> ação<strong>de</strong> manejo executa<strong>da</strong>, po<strong>de</strong>-se elevar o padrão <strong>de</strong>ocorrência máxima tolerável.Portanto, os padrões a ser<strong>em</strong> estabeleci<strong>dos</strong> sãoresulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> uma análise primária <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> <strong>da</strong>trilha ou atrativo e, por isso, muito particularespara ca<strong>da</strong> situação encontra<strong>da</strong>, <strong>de</strong>vendo assim ser<strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> e altera<strong>dos</strong> pelos responsáveis pelomonitoramento <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> UC.De todo modo, sugere-se alguns valores <strong>de</strong> padrãopara um programa <strong>de</strong> monitoramento, apresenta<strong>dos</strong>adiante. Esses padrões po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>dos</strong> para osprimeiros monitoramentos, contudo é i<strong>de</strong>al que elessejam estabeleci<strong>dos</strong> <strong>de</strong> acordo com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ca<strong>da</strong> trilha ou atrativo.2.3.3 Observações gerais do monitoramentoTo<strong>da</strong> vez que se realizar o trabalho <strong>de</strong> monitoramento<strong>de</strong> impactos <strong>da</strong> visitação é imprescindível que, além<strong>da</strong> verificação <strong>dos</strong> impactos (através <strong>dos</strong> indicadorespresentes na ficha <strong>de</strong> campo), sejam observa<strong>da</strong>stambém as possíveis causas <strong>da</strong> sua ocorrência. Esseregistro será <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância para aimplantação <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> manejo mais efetivas.Situações importantes observa<strong>da</strong>s na trilha e que nãoestão previstas na ficha <strong>de</strong> monitoramento, <strong>de</strong>v<strong>em</strong>ser anota<strong>da</strong>s, po<strong>de</strong>ndo-se utilizar o verso ou outrafolha. Deve-se anotar sua localização, por ex<strong>em</strong>plo,a medi<strong>da</strong> exata na trilha ou no caso <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong>a i<strong>de</strong>ntificação entre quais pontos foi observa<strong>da</strong> asituação.Estas informações <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s quando <strong>da</strong>re<strong>da</strong>ção do relatório do monitoramento <strong>de</strong> impactos<strong>da</strong> visitação, e no caso <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong> não sãoconta<strong>da</strong>s como um ponto amostral fora do intervalopré-estabelecido.29


2.4 Levantamento <strong>dos</strong> Indicadores <strong>de</strong> <strong>Impactos</strong>2.4.1 Levantamento inicial <strong>da</strong> trilha e<strong>de</strong>finição <strong>dos</strong> pontos <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong>A primeira providência a ser toma<strong>da</strong> para aimplantação do Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> e Gestão<strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong> <strong>da</strong> Visitação é conhecer a trilha a sermonitora<strong>da</strong>. Antes <strong>de</strong> se iniciar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s é precisoverificar, minuciosamente, a atual situação <strong>da</strong> trilha eseu uso. O diagnóstico <strong>de</strong>sta condição permitirá avaliara evolução <strong>dos</strong> indicadores <strong>de</strong> impactos a partir <strong>da</strong>situação encontra<strong>da</strong> na trilha antes <strong>da</strong> implantaçãodo sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> monitoramento e, com isso, verificar asmelhorias na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stes indicadores frente àsrespostas <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> manejo. Os resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong>ssetrabalho <strong>de</strong>verão ser transcritos para um relatório eserão consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> referência para o monitoramento<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> trilha ou atrativo na UC. Neste momento,também serão estipula<strong>dos</strong> os padrões para ca<strong>da</strong>indicador <strong>de</strong> impactos <strong>da</strong> visitação.Após esta ação inicial, ca<strong>da</strong> UC parte para a implantaçãodo Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong>, no qual a trilha serádividi<strong>da</strong> <strong>em</strong> seções que <strong>de</strong>finirão os pontos amostraisao longo do percurso, além <strong>da</strong>s seções on<strong>de</strong> osindicadores serão monitora<strong>dos</strong> <strong>de</strong> forma censitária.Para este trabalho é necessário conhecer a extensãototal <strong>da</strong> trilha, que po<strong>de</strong> ser verifica<strong>da</strong> no momento <strong>de</strong>diagnóstico inicial <strong>da</strong> mesma.O monitoramento baseia-se num sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong>amostrag<strong>em</strong> sist<strong>em</strong>ática, a<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Marion(2004), <strong>em</strong> pontos aloca<strong>dos</strong> a ca<strong>da</strong> 100m nas trilhas(para trilhas com extensão maior que 1.000m),capaz <strong>de</strong> obter uma caracterização aproxima<strong>da</strong><strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sta a partir <strong>da</strong> observação <strong>de</strong>indicadores <strong>de</strong> impactos. Para trilhas com menos<strong>de</strong> 1.000m <strong>de</strong> extensão, o intervalo entre os pontosserá menor, conforme observado na Tabela 6 comvistas a um número aproximado <strong>de</strong> <strong>de</strong>z pontos<strong>de</strong> monitoramento por trilha, garantido assim arepresentativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> caracterização <strong>da</strong> mesma.Para as trilhas com menos <strong>de</strong> 20 metros <strong>de</strong> extensão éaconselhável que o monitoramento seja feito <strong>de</strong> formacensitária para to<strong>dos</strong> os indicadores, consi<strong>de</strong>rando aextensão total <strong>da</strong> trilha como uma seção.A adoção <strong>de</strong>stes intervalos po<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> ser maisrestritiva, ou seja, o intervalo sugerido po<strong>de</strong> ser menor,se aproximando assim <strong>de</strong> uma avaliação através <strong>de</strong>censo. Contudo, é importante l<strong>em</strong>brar que mesmoneste caso o monitoramento <strong>de</strong>ve seguir s<strong>em</strong>pre amesma metodologia.O início <strong>da</strong> trilha <strong>de</strong>verá coincidir s<strong>em</strong>pre com oprimeiro ponto <strong>de</strong> monitoramento. Analogamente, ofinal <strong>da</strong> trilha <strong>de</strong>verá coincidir com o último ponto <strong>de</strong>monitoramento. Desse modo, to<strong>da</strong>s as trilhas, inclusiveaquelas com pouco mais <strong>de</strong> 20m <strong>de</strong> extensão, terãopelo menos três pontos <strong>de</strong> monitoramento, <strong>de</strong> acordocom os intervalos sugeri<strong>dos</strong>.Tabela 6. Intervalo, <strong>em</strong> metros, entre os pontos amostrais.Comprim. Trilha (m) 1.000Intervalo (m) censo 10 20 40 60 80 100Fonte: A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Marion (2004)30


P. Inicial(0 m)Seção(censo)P1(60 m)ponto(amostrag<strong>em</strong>)P2(120 m)P3(180 m)P4(240 m)P5(300 m)P6(360 m)P7(420 m)P8(480 m)Figura 3. Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> pontos e seções <strong>em</strong> uma trilha.P9(540 m)60 m 60 m 60 m 60 m 60 m 60 m 60 m 60 m 60 m 33 mP. Final(573 m)O ponto final <strong>da</strong> trilha <strong>de</strong>verá ser s<strong>em</strong>pre monitorado,mesmo que a distância entre os pontos <strong>da</strong> últimaseção seja inferior ao intervalo adotado.Para os outros casos, as trilhas <strong>de</strong>verão ser secciona<strong>da</strong>s<strong>de</strong> acordo com o intervalo proposto naTabela 6 (página anterior).do monitoramento para gran<strong>de</strong>s trilhas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>integralmente <strong>dos</strong> recursos que a UC po<strong>de</strong> <strong>de</strong>spen<strong>de</strong>rnesta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. O estabelecimento <strong>de</strong> pontosespeciais <strong>de</strong> monitoramento <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong><strong>em</strong>pre que necessário.Para o maior entendimento do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>seção proposto para as trilhas, a Figura3 ilustra uma situação hipotética, para umatrilha linear <strong>de</strong> 573m, com Ponto Inicial, mais10 pontos, e Ponto Final.Com os pontos amostrais e seções <strong>da</strong> trilha<strong>de</strong>fini<strong>dos</strong>, o levantamento <strong>dos</strong> indicadores<strong>de</strong> impactos já po<strong>de</strong> ser iniciado.extensão do pisoteio(largura a ser medi<strong>da</strong>)trenaPara trilhas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> extensão, com mais<strong>de</strong> cinco quilômetros, a adoção <strong>de</strong> umaseção a ca<strong>da</strong> 100m po<strong>de</strong> inviabilizar oprocesso. Dessa forma, o gestor <strong>da</strong> UC ouo responsável pelo monitoramento po<strong>de</strong>optar por aumentar o tamanho <strong>da</strong>s seções,tendo o cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> manter o mínimo<strong>de</strong> <strong>de</strong>z pontos amostrais. O esforçoestacaFigura 4. Ilustração <strong>da</strong> forma <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong> largura <strong>da</strong> trilha.31


abreviação <strong>de</strong> percurso e outros. As trilhas não oficiaisou secundárias são facilmente visíveis e interpretáveis.O monitoramento <strong>de</strong>ste indicador <strong>de</strong>ve ser realizado<strong>de</strong> forma censitária (entre as seções) com avaliaçãointegrativa e, s<strong>em</strong>pre que possível, as trilhas nãooficiais observa<strong>da</strong>s <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s <strong>de</strong> acordocom o seu uso (trilha <strong>de</strong> caçadores / pescadores /coletores, trilha social – aberta pelos visitantes paraavistar uma paisag<strong>em</strong>, cortar caminhos, pesquisa,banheiro improvisado, etc.).Observando corretamenteA i<strong>de</strong>ntificação correta <strong>de</strong> uma trilha não oficial<strong>de</strong>ve estar associa<strong>da</strong> com o uso público. Emalguns casos, é possível que uma trilha abertapela fauna seja confundi<strong>da</strong> como trilha não oficial,especialmente quando se trata <strong>de</strong> mamíferos <strong>de</strong>médio ou gran<strong>de</strong> porte.3. Danos aos recursos naturaisVerificar a ocorrência <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos à vegetação, rochas e<strong>de</strong>mais recursos naturais, através <strong>da</strong> observação <strong>de</strong>galhos quebra<strong>dos</strong>, plantas pisotea<strong>da</strong>s <strong>em</strong> áreas fora doleito <strong>da</strong> trilha, inscrições <strong>em</strong> árvores e rochas, r<strong>em</strong>oção<strong>de</strong> plantas ornamentais (orquí<strong>de</strong>as, bromélias etc.)e qualquer outro tipo <strong>de</strong> van<strong>da</strong>lismo. Observar aocorrência através <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong>, <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> pontopré-estabelecido, registrá-la qualitativamente, e<strong>de</strong>screver o tipo <strong>de</strong> <strong>da</strong>no.Observando corretamenteDanos como a quebra <strong>de</strong> galhos <strong>de</strong> árvores, troncos<strong>da</strong>nifica<strong>dos</strong> e r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> bromélias po<strong>de</strong>m não terqualquer relação com a visitação. O comportamento <strong>de</strong>alguns primatas po<strong>de</strong> ser a causa <strong>de</strong> bromélias caí<strong>da</strong>s noleito <strong>da</strong> trilha, b<strong>em</strong> como galhos quebra<strong>dos</strong>. Os troncostambém po<strong>de</strong>m ser <strong>da</strong>nifica<strong>dos</strong> por animais, como nocaso <strong>de</strong> felinos que afiam suas garras nas árvores. Existeain<strong>da</strong> a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> as quebras <strong>de</strong> galhos estar<strong>em</strong>associa<strong>da</strong>s a herbívoros. Assim, é preciso avaliar a causacorreta <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> impacto, através <strong>da</strong> observação<strong>de</strong> registros que comprov<strong>em</strong> a presença <strong>da</strong> fauna nolocal como, por ex<strong>em</strong>plo, o avistamento <strong>de</strong> pega<strong>da</strong>sou rastros, fezes, ou a impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> associação <strong>da</strong>visitação aos <strong>da</strong>nos registra<strong>dos</strong> (e.g.: bromélias r<strong>em</strong>ovi<strong>da</strong>s<strong>de</strong> alturas inacessíveis). S<strong>em</strong>pre que possível, a causaprovável <strong>de</strong>ve ser confirma<strong>da</strong> com um funcionário oumonitor local.Intervenções <strong>de</strong> recuperação ou manutenção <strong>da</strong>trilha (po<strong>da</strong>s, limpeza <strong>da</strong>s margens <strong>da</strong> trilha, etc.) não<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser confundi<strong>da</strong>s com impactos <strong>da</strong> visitação.Cabe ao responsável pelo monitoramento estarciente <strong>da</strong> ocorrência <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> trabalho, <strong>de</strong> modoa não atribuir o “<strong>da</strong>no” ao uso público.4. Danos à infraestruturaVerificar a presença <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos à infraestrutura (bancos,corrimões, guar<strong>da</strong>-corpo, mesas, pontes, estruturas <strong>de</strong>ma<strong>de</strong>ira etc.), aos bens edifica<strong>dos</strong> e patrimônio material<strong>da</strong> UC, através <strong>da</strong> observação <strong>de</strong> inscrições (pichação),van<strong>da</strong>lismo, r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> estruturas (e.g.: retira<strong>da</strong> <strong>de</strong>placas) ou qualquer outro tipo <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as. Observara ocorrência <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> ponto pré-estabelecido, <strong>de</strong> formaamostral e qualitativa, e <strong>de</strong>screver o tipo <strong>de</strong> <strong>da</strong>no.Observando corretamenteÉ importante avaliar somente os <strong>da</strong>nos causa<strong>dos</strong>propositalmente a essas estruturas. É comum associareste tipo <strong>de</strong> <strong>da</strong>no ao mau estado <strong>de</strong> conservação<strong>de</strong> uma estrutura, que po<strong>de</strong> ser reflexo <strong>da</strong> ação dot<strong>em</strong>po (que naturalmente <strong>de</strong>teriora os equipamentosfacilitadores), <strong>da</strong> falta <strong>de</strong> manutenção ou <strong>da</strong> suaina<strong>de</strong>quação ao local. O monitoramento <strong>de</strong>veconsi<strong>de</strong>rar como impactos <strong>da</strong> visitação, tipos <strong>de</strong> <strong>da</strong>noscomo pichações, inscrições, r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> estruturas,mau uso <strong>dos</strong> equipamentos e estruturas facilitadores,r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> estruturas (placas, sinais, etc.), enfim,34


todo <strong>da</strong>no causado por uma ação humana direta,associa<strong>da</strong> ao mau comportamento do visitante ou àfalta <strong>de</strong> manejo <strong>da</strong> visitação.5. Alteração do comportamento animalRegistrar qualitativamente e através <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong> aocorrência <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças no comportamento normal<strong>da</strong> fauna. Como ex<strong>em</strong>plo, cita-se o comportamentoobservado <strong>em</strong> quatis no Parque Nacional do Iguaçu,que se aproximam <strong>dos</strong> turistas por interesse <strong>em</strong>produtos alimentícios varia<strong>dos</strong>, ou ain<strong>da</strong> animaisque mu<strong>da</strong>m seus nichos <strong>de</strong> alimentação e passam afrequentar áreas próximas <strong>da</strong>quelas <strong>de</strong> uso intensivocomo locais <strong>de</strong> camping, quiosques. Outra ocorrênciamuito comum é a presença <strong>de</strong> animais silvestrespróximos às lixeiras. Este tipo <strong>de</strong> alteração <strong>de</strong>ve sermonitora<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma amostral e <strong>de</strong>scrita conformeobservado. Deve-se <strong>da</strong>r priori<strong>da</strong><strong>de</strong> a este indicador<strong>em</strong> locais <strong>de</strong> concentração <strong>da</strong> visitação, como áreas<strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso, áreas <strong>de</strong> piquenique, lanchonetes erestaurantes, áreas <strong>de</strong> camping e outras.Observando corretamenteO registro <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> ocorrência refere-se amu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> comportamento óbvias e facilmenteobserváveis. Determinar, por ex<strong>em</strong>plo, que um animal<strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> frequentar uma área <strong>de</strong>vido à visitação nolocal, exige estu<strong>dos</strong> mais aprofun<strong>da</strong><strong>dos</strong>. Nesse caso,é preciso avaliar se não há nenhum outro tipo <strong>de</strong>pressão associa<strong>da</strong>, como caça, <strong>de</strong>sequilíbrio <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>iaalimentar, ou outros motivos alheios à visitação.6. Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>Registrar a presença ou ausência <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong>drenag<strong>em</strong>, como poças d’água, locais com lama,bloqueio <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>, falta <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as<strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>, erosão aparente e outros probl<strong>em</strong>as<strong>de</strong> solo relaciona<strong>dos</strong> diretamente com a drenag<strong>em</strong>.Este indicador <strong>de</strong>ve ser avaliado <strong>de</strong> forma qualitativae quantitativa através <strong>de</strong> censo entre as seções<strong>da</strong>s trilhas. Dev<strong>em</strong> ser ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>scritas as possíveiscausas associa<strong>da</strong>s ao probl<strong>em</strong>a observado, a fim<strong>de</strong> facilitar o gerenciamento <strong>de</strong> ações r<strong>em</strong>ediativas.É importante <strong>de</strong>stacar que esse é o único indicador quepo<strong>de</strong> não ter relação direta com a visitação. É comumverificar a presença <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> <strong>em</strong>trilhas mal planeja<strong>da</strong>s, on<strong>de</strong> o probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>existe in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente do uso ou sua intensi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Contudo este parâmetro po<strong>de</strong> ser seriamente agravadocom o uso público e, ain<strong>da</strong>, gerar outros tipos <strong>de</strong>impactos associa<strong>dos</strong>. Os mais comuns são: alargamento<strong>da</strong> trilha, <strong>da</strong>nos à vegetação, abertura <strong>de</strong> trilhas nãooficiais, processos erosivos, transporte <strong>de</strong> sedimentos,exposição do solo, além <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r influenciarnegativamente a percepção do visitante com relaçãoà sua experiência no parque. Portanto, a sua inclusãona listag<strong>em</strong> mínima <strong>de</strong> indicadores se justifica frente àgravi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ocorrência <strong>de</strong>ste indicador <strong>em</strong> campo.Observando corretamenteEm muitos casos, os probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> não têmsua orig<strong>em</strong> nos impactos <strong>da</strong> visitação. Ao registrar-sea ocorrência <strong>de</strong>ste indicador, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>staca<strong>da</strong> asua importância. O maior probl<strong>em</strong>a, neste caso, é asubjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> na interpretação <strong>de</strong> um probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong>drenag<strong>em</strong>. Algumas pessoas po<strong>de</strong>m consi<strong>de</strong>rar áreasbastante lamacentas e extensas como impacto, porém,áreas pequenas e pouco lamacentas, e que estejampermanent<strong>em</strong>ente úmi<strong>da</strong>s ou que não são facilmentedrena<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m ser também consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s áreas comprobl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>.7. Presença <strong>de</strong> lixoRegistrar a presença ou ausência <strong>de</strong> lixo visível naseção amostra<strong>da</strong>, <strong>de</strong> forma censitária, qualitativae quantitativamente. Po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>screver o tipo e adisposição do lixo, para auxiliar na i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>causa e ações <strong>de</strong> gestão.35


ecursos e objetivos do monitoramento. Da mesmamaneira, as recomen<strong>da</strong>ções para a frequência <strong>de</strong>levantamentos não restring<strong>em</strong> a monitoria maisassídua <strong>de</strong> qualquer indicador, e a <strong>de</strong>terminação doaumento <strong>da</strong> frequência fica a cargo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> UC, <strong>de</strong>acordo com o seu interesse.A verificação <strong>dos</strong> impactos <strong>da</strong> visitação <strong>de</strong>veocorrer <strong>em</strong> diversas situações além <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> monitoramento como, por ex<strong>em</strong>plo, na ocasiãodo acompanhamento <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> visitantes.As intervenções <strong>de</strong> manutenção e melhoria, quetambém não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r exclusivamente <strong>dos</strong>resulta<strong>dos</strong> do monitoramento, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser realiza<strong>da</strong>ss<strong>em</strong>pre que necessárias.Alguns indicadores como alteração docomportamento animal e presença <strong>de</strong> lixo po<strong>de</strong>mvariar significativamente <strong>em</strong> perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong> picos <strong>de</strong>visitação (feria<strong>dos</strong> e <strong>da</strong>tas especiais) e sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong>s(verão). Assim, é indicado que esses impactos sejammonitora<strong>dos</strong> durante ou logo após essas <strong>da</strong>tas e,nesse caso, o levantamento anual será feito através<strong>da</strong>s médias registra<strong>da</strong>s ao longo do ano.É muito importante que o questionário sobre aexperiência do visitante seja respondido <strong>em</strong> diferentesmomentos, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente <strong>da</strong> forma <strong>de</strong>abor<strong>da</strong>g<strong>em</strong> (voluntário, por meio <strong>de</strong> entrevista ou viae-mail). A comparação <strong>da</strong>s respostas <strong>dos</strong> perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong>alta e baixa t<strong>em</strong>pora<strong>da</strong> po<strong>de</strong>rá permitir a interpretação<strong>da</strong> percepção <strong>dos</strong> visitantes frente à intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso.O número <strong>de</strong> questionários a ser aplicado/respondidovaria <strong>de</strong> acordo com o fluxo <strong>de</strong> visitantes para ca<strong>da</strong>UC. O i<strong>de</strong>al é que ao menos 100 questionários sejamrespondi<strong>dos</strong> ao ano, consi<strong>de</strong>rando sua aplicação portodo o período. Para parques com gran<strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong>visitantes, como por ex<strong>em</strong>plo, o PE Intervales, PE Turísticodo Alto Ribeira e PE Caverna do Diabo é recomen<strong>da</strong>doque o número <strong>de</strong> questionários seja maior.Em picos <strong>de</strong> visitação será mais fácil obter um gran<strong>de</strong>número <strong>de</strong> respostas aos questionários, mas a suaaplicação não <strong>de</strong>ve ficar restrita a esses momentospara evitar interpretações ten<strong>de</strong>nciosas, referentesa uma situação particular <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> movimentono parque. referentes a uma situação particular <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> movimento no parque.1 Serviço pelo qual to<strong>dos</strong> os visitantes do Parque po<strong>de</strong>m inscrever seu e-mail, <strong>de</strong>clarando interesse <strong>em</strong> receber informações sobre a UC e programas <strong>da</strong>SMA. Os e-mails passam a integrar uma lista on<strong>de</strong> as mensagens envia<strong>da</strong>s são replica<strong>da</strong> a to<strong>dos</strong> os ca<strong>da</strong>stra<strong>dos</strong>, configurando o mailing.37


Tabela 738


Tabela 7. Sist<strong>em</strong>atização <strong>dos</strong> indicadores, materiais necessários, sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> coleta, padrões e frequência <strong>de</strong> monitoramento.AMOSTRAGEMIndicador Material Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Coleta Padrão Forma <strong>de</strong> Avaliação Opções <strong>de</strong> FreqüênciaLargura <strong>da</strong> Trilha Ficha <strong>de</strong> campo Medir a largura do corredor <strong>da</strong> trilha (área utiliza<strong>da</strong> no 10% - situações estrutura<strong>da</strong>s Quantitativa Após a implantação <strong>de</strong> estratégia(s) <strong>de</strong> manejo.pisoteio) entre as estacas que marcam ca<strong>da</strong> secção. 30% - situações <strong>em</strong> estruturação S<strong>em</strong>estralUsar pontos fixos.AnualUsar a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> “metro” para mensuração.Danos aos recursos naturais Ficha <strong>de</strong> campo Observar e anotar a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> galhos quebra-<strong>dos</strong> 10% Qualitativa Após a implantação <strong>de</strong> estratégia(s) <strong>de</strong> manejonas árvores, inscrições <strong>em</strong> árvores e rochas, plantasS<strong>em</strong>estralpisotea<strong>da</strong>s <strong>em</strong> áreas fora do leito <strong>da</strong> trilha – <strong>de</strong>screvendoAnualos tipos <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos e sinais <strong>de</strong> van<strong>da</strong>lismo.Danos à infra-estrutura Ficha <strong>de</strong> campo Verificar a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos impingi<strong>dos</strong> às infra- 10% Qualitativa Após a implantação <strong>de</strong> estratégia(s) <strong>de</strong> manejo.-estruturas, bens edifica<strong>dos</strong> e patrimônio material <strong>da</strong> UC,S<strong>em</strong>estral(pichação, van<strong>da</strong>lismo, r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> estruturas - retira<strong>da</strong>Anual<strong>de</strong> placas, quebra <strong>de</strong> corrimões, esca<strong>da</strong>s - ou qualqueroutro tipo <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as).Alteração do Ficha <strong>de</strong> campo Registrar a ocorrência <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças no comportamento 5% Qualitativa Durante picos <strong>de</strong> visitaçãocomportamento animal normal <strong>da</strong> fauna (e.g.: aproximação por comi<strong>da</strong> <strong>em</strong> locais Após a implantação <strong>de</strong> estratégia(s) <strong>de</strong> manejo.<strong>de</strong> uso intensivo).S<strong>em</strong>estraPriori<strong>da</strong><strong>de</strong> para locais <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> visitantes:Anualáreas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso, piquenique, camping e outros.Experiência do visitante Questionário I<strong>de</strong>ntificar a percepção do visitante quanto às influências 10% <strong>de</strong> ocorrência para Qualitativa + Permanente, através <strong>da</strong> caixa <strong>de</strong> sugestões,<strong>da</strong> visitação sobre os recursos naturais, estruturas e sobre a Quantitativa entrevistas e nos centos <strong>de</strong> visitantes.lotação ou congestão <strong>de</strong> uso.Datas especiais e feria<strong>dos</strong> on<strong>de</strong> há picos <strong>de</strong> visitação.Questionários aplica<strong>dos</strong> <strong>em</strong> entrevistas in locu, caixa <strong>de</strong>Após a implantação <strong>de</strong> estratégia(s) <strong>de</strong> manejo.sugestões, ou ain<strong>da</strong> via e-mail, com a percepção pós-visita.S<strong>em</strong>estralCENSOIndicador Material Sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> Coleta Padrão Forma <strong>de</strong> Avaliação Opções <strong>de</strong> FreqüênciaNº <strong>de</strong> trilhas não oficiais Ficha <strong>de</strong> campo Contar o número <strong>de</strong> caminhos não oficiais observa<strong>dos</strong> no 10% Qualitativa + Quantitativa Após a implantação <strong>de</strong> estratégia(s) <strong>de</strong> manejoponto amostraS<strong>em</strong>estralAnualProbl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> Ficha <strong>de</strong> campo Registrar a presença <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> (e.g.: 10% Qualitativa + Quantitativa Após a implantação <strong>de</strong> estratégia(s) <strong>de</strong> manejopoças d’água, lama, obstrução <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>/S<strong>em</strong>estralcanaletas, falta <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>, erosão aparente,Anualetc). Descrever as causas associa<strong>da</strong>s ao probl<strong>em</strong>a.Presença <strong>de</strong> lixo • Saco plástico • R<strong>em</strong>over o lixo e <strong>de</strong>scartá-lo a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente. 10% Qualitativa + Quantitativa S<strong>em</strong>estral


2.4.3 Variações na metodologiaConforme estabelecido, to<strong>dos</strong> os indicadores<strong>de</strong>verão ser monitora<strong>dos</strong> nos pontos previamente<strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> (avaliações amostrais) e nas seçõesentre os pontos (avaliações censitárias). Contudo,segundo Marion (2004), para as trilhas e atrativosain<strong>da</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser observa<strong>dos</strong> os seus usos múltiplos,verificando também diferenças na intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>uso. É comum que uma trilha tenha um <strong>de</strong> seustrechos com intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso maior ou commais <strong>de</strong> um tipo <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> (e.g.: trecho <strong>de</strong> trilhautiliza<strong>da</strong> por visitantes e ciclistas, ou trilhas nasquais um gran<strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> visitantes se concentra<strong>em</strong> apenas um ou alguns <strong>de</strong> seus trechos). Nessasinstâncias, on<strong>de</strong> ocorrer<strong>em</strong> significativas variaçõesno ambiente, no fluxo <strong>de</strong> visitantes ou tipos <strong>de</strong> uso, atrilha <strong>de</strong>ve ser divi<strong>da</strong> <strong>em</strong> segmentos in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<strong>de</strong> monitoramento, nos quais as diferenças <strong>de</strong>uso po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scritas, gerando resulta<strong>dos</strong> maisa<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong> para a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> encontra<strong>da</strong>.In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente <strong>da</strong> rigi<strong>de</strong>z amostral, éimportante também que na ocasião <strong>da</strong> ocorrência<strong>de</strong> qualquer observação relevante fora do(s)ponto(s) estabelecido(s), <strong>de</strong>ve-se registrar oindicador ou situação, incluindo-os como umaobservação, a ser reporta<strong>da</strong> e consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> norelatório do monitoramento. Essas áreas <strong>de</strong>verãoreceber o mesmo tratamento que qualquer outroponto ou seção on<strong>de</strong> o impacto esteja ocorrendo,através <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> manejo que possam reduzir osimpactos <strong>da</strong> visitação.Com relação à metodologia <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong><strong>em</strong> campo, ca<strong>da</strong> UC po<strong>de</strong>rá alterar o padrão <strong>de</strong>monitoramento, optando por avaliar, censitariamente,os indicadores amostrais. É i<strong>de</strong>al que esta mu<strong>da</strong>nçaseja s<strong>em</strong>pre mais restritiva, caminhando no sentido<strong>da</strong> amostrag<strong>em</strong> para o censo, e não o contrário.É imprescindível que o sist<strong>em</strong>a siga s<strong>em</strong>pre a mesmametodologia, ou seja, caso haja alguma alteraçãono método, esta <strong>de</strong>ve ser manti<strong>da</strong> e segui<strong>da</strong> porto<strong>dos</strong> os monitoramentos proce<strong>de</strong>ntes, com afinali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> possibilitar a formação <strong>de</strong> um banco<strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong> histórico uniforme e passível <strong>de</strong> análisesestatísticas/numéricas. O acompanhamento <strong>da</strong>evolução <strong>dos</strong> indicadores <strong>de</strong> impactos ao longodo t<strong>em</strong>po só será possível se essa pr<strong>em</strong>issa forfielmente segui<strong>da</strong>, e é por isso que s<strong>em</strong>pre quese optar <strong>em</strong> alterar o sist<strong>em</strong>a, <strong>de</strong>ve-se avaliar ascondições dispensa<strong>da</strong>s ao monitoramento <strong>em</strong>longo prazo e, ain<strong>da</strong>, analisar a futura possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong>ssas condições (e.g.: número<strong>de</strong> funcionários para realizar as tarefas domonitoramento, disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po paraexecução do monitoramento por censo).Desse modo, antes <strong>de</strong> qualquer alteração <strong>da</strong>metodologia , <strong>de</strong>ve-se verificar a real necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>para tal mu<strong>da</strong>nça, uma vez que a sua modificaçãoexige o cumprimento integral e permanente donovo método.Outra questão que merece atenção são as<strong>de</strong>mais formas <strong>de</strong> registros <strong>de</strong> informaçõescorrelaciona<strong>da</strong>s com a visitação. Segundo Passold& Magro (2001), o monitoramento é uma <strong>da</strong>smaneiras <strong>de</strong> registro <strong>dos</strong> impactos <strong>de</strong> uso público.Além <strong>de</strong>sta e, aditivamente, é possível obterinformações sobre a visitação ou sobre aspectosrelaciona<strong>dos</strong> à visitação, através <strong>de</strong> trabalhoscomo os lista<strong>dos</strong> a seguir.Da<strong>dos</strong> <strong>de</strong> VisitaçãoSão os <strong>da</strong><strong>dos</strong> <strong>de</strong> fluxo e caracterização <strong>da</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong><strong>de</strong> visitação. Po<strong>de</strong>m ser coleta<strong>dos</strong> através <strong>de</strong> fichas<strong>de</strong> registro <strong>de</strong> visitação e questionários. Este <strong>da</strong>doé <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia para interpretação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>39


2.5 Interpretando os resulta<strong>dos</strong> do monitoramentoOs resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> campo, obti<strong>dos</strong> no processo <strong>de</strong>monitoramento, <strong>de</strong>verão ser transcritos parauma planilha eletrônica. Os ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong>ste trabalhoutilizam a planilha Microsoft Excel, programa<strong>da</strong>com algumas fórmulas que permitirão o cálculoautomático <strong>de</strong> quantos pontos e seções forammonitora<strong>dos</strong>, qual a relação entre o total <strong>de</strong> pontos/seções monitora<strong>da</strong>s e a ocorrência <strong>dos</strong> impactos, e acomparação entre o resultado do monitoramento e opadrão estabelecido.Através <strong>da</strong> comparação entre o padrão estabelecidoe o resultado do monitoramento será possível<strong>de</strong>terminar se o impacto está ocorrendo e, maisimportante, <strong>em</strong> que proporção e qual a sua causa.Como ex<strong>em</strong>plo, po<strong>de</strong>mos pensar no resultado<strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>. Suponha-se quepara um monitoramento com <strong>de</strong>z pontos/seções foi registra<strong>da</strong> a ocorrência <strong>de</strong> cinco seçõescom probl<strong>em</strong>as (<strong>da</strong><strong>dos</strong> qualitativos), com noveocorrências (<strong>da</strong><strong>dos</strong> quantitativos). Na planilha, oresultado será apresentado conforme observadona Figura 6.Como po<strong>de</strong>mos observar, o resultado superou <strong>em</strong>20% o limite máximo <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong>limitado pelopadrão, somando um total <strong>de</strong> 6 ocorrências ao longo<strong>de</strong> três seções.Fica claro, através <strong>de</strong>sses resulta<strong>dos</strong>, que umaintervenção <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>da</strong>, a fim <strong>de</strong> revertereste quadro. Pela leitura direta <strong>da</strong> planilha, a seção7-8 apresenta o maior número <strong>de</strong> ocorrências e,assim, uma ação <strong>de</strong> manejo po<strong>de</strong> ter início nesteponto, consi<strong>de</strong>rando o tipo <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong>scritona última coluna.N<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre esta leitura direta é correta e porisso a interpretação <strong>de</strong>stes resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>diretamente <strong>da</strong> <strong>de</strong>scrição <strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>asverifica<strong>dos</strong> <strong>em</strong> campo. O compromisso <strong>em</strong><strong>de</strong>screver a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> e gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> do probl<strong>em</strong>apo<strong>de</strong> evitar <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> interpretação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong><strong>da</strong> planilha Excel.É possível, por ex<strong>em</strong>plo, que o impacto verificadono ponto inicial 1, com registro <strong>de</strong> uma únicaocorrência, seja muito mais grave do que to<strong>dos</strong>os probl<strong>em</strong>as verifica<strong>dos</strong> na seção 7-8. Se estaobservação não for feita <strong>em</strong> campo e consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>no relatório <strong>de</strong> monitoramento, então é provávelque se dê priori<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> manejo aos pontos 7 e 8,negligenciando a urgência <strong>de</strong> intervenção <strong>em</strong> umaseção que <strong>de</strong>veria ser prioritária.Para facilitar a leitura <strong>dos</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong>, as células <strong>da</strong>planilha que geram os valores finais foramcondiciona<strong>da</strong>s aos valores estabeleci<strong>dos</strong> pelopadrão, promovendo a apresentação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong><strong>de</strong> três formas:Números expressos <strong>em</strong> vermelhoA condição, neste caso, indica que o valor final ésuperior ao <strong>de</strong>terminado pelo padrão, estandoassim <strong>em</strong> não conformi<strong>da</strong><strong>de</strong>. S<strong>em</strong>pre que este casoocorrer, uma ação <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>da</strong> como intuito <strong>de</strong> manter este impacto <strong>de</strong>ntro <strong>dos</strong> limitesestabeleci<strong>dos</strong>.Números expressos <strong>em</strong> laranjaIndica que o valor final do impacto é igual ao valor(máximo) estabelecido pelo padrão, indicando assimuma necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> maior atenção para que oimpacto não aumente.41


Números expressos <strong>em</strong> ver<strong>de</strong>A condição, neste caso, indica que o valor final é inferiorao <strong>de</strong>terminado pelo padrão, estando, assim, <strong>em</strong>conformi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Não há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma intervenção.Preenchimento <strong>da</strong>s Planilhas eutilização <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>Apenas as planilhas “<strong>Monitoramento</strong> Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong>”e “Experiência do Visitante” precisam ser preenchi<strong>da</strong>scom <strong>da</strong><strong>dos</strong> <strong>de</strong> campo. As planilhas “<strong>Monitoramento</strong>Pontual” e “Gráficos” são alimenta<strong>da</strong>s automaticamente.A planilha “<strong>Monitoramento</strong> Pontual” se apresenta<strong>de</strong> forma resumi<strong>da</strong> e com o índice geral finaldo monitoramento, consi<strong>de</strong>rando até quatromonitoramentos realiza<strong>dos</strong> no período (ano). To<strong>dos</strong>os gráficos (um para ca<strong>da</strong> indicador) apresentam umalinha para os valores padrões estabeleci<strong>dos</strong> e umalinha para os valores observa<strong>dos</strong> no monitoramento,permitindo, <strong>de</strong>sse modo, a comparação entre estes<strong>da</strong><strong>dos</strong>, além <strong>da</strong> visualização <strong>da</strong> sua evolução ao longo<strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado período.Para o relatório correspon<strong>de</strong>nte, po<strong>de</strong>m serapresenta<strong>dos</strong> apenas os <strong>da</strong><strong>dos</strong> tabula<strong>dos</strong>, comresulta<strong>dos</strong> finais, presentes na planilha gráfica, b<strong>em</strong>como os gráficos <strong>dos</strong> indicadores que apresentar<strong>em</strong>valores acima do padrão estabelecido.12345678910111213141516171819202122ProntoA BC D E NO P Q1 P. Presença(1)/Ausência(0) Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>ANO 112345<strong>Monitoramento</strong> 1678910Padrão (%) ou (m)Total <strong>de</strong> ocorrências% ou Nº <strong>de</strong> ocorrência/pontoVmín.Vmáx.MédiaB<strong>em</strong>-vindoMonit. Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong>amento - Banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong>Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>010001111010,00%550,00%02000231101,009,000,900,003,00Presença(1)/Ausência(0)000000000000,00%<strong>Monitoramento</strong> Pontual Gráficos Experiência do VisitanteFigura 6. Mo<strong>de</strong>lo do resultado do monitoramento para o verificador probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>.TipoSEÇÃO (cenNº <strong>de</strong> trilhas42


2.6 Metas <strong>de</strong> Reduçãocontrole, minimização e eliminação <strong>dos</strong>O impactos <strong>da</strong> visitação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> um intensotrabalho <strong>de</strong> manejo que poucas vezes respon<strong>de</strong>mimediatamente às intervenções aplica<strong>da</strong>s.O uso <strong>de</strong> metas <strong>de</strong> redução surge como uma eficienteferramenta <strong>de</strong> manejo, na qual, <strong>de</strong> acordo com oentendimento do impacto e sua gravi<strong>da</strong><strong>de</strong>, é possívelestipular metas <strong>de</strong> redução a ser<strong>em</strong> alcança<strong>da</strong>s <strong>em</strong>um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po. Evi<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente,estas metas <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser traça<strong>da</strong>s <strong>de</strong> forma realista,s<strong>em</strong>pre acompanha<strong>da</strong>s <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> manejo.Para ex<strong>em</strong>plificar melhor esta tática, vamos tomar oex<strong>em</strong>plo <strong>da</strong> Figura 7, que traz os <strong>da</strong><strong>dos</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong>nos aosrecursos naturais.Neste caso, t<strong>em</strong>os a seguinte situação:• Ocorrência <strong>de</strong> impacto: verificado <strong>em</strong> 40% <strong>da</strong>sseções monitora<strong>da</strong>s.• Padrão: limite máximo <strong>de</strong> 10% nas seçõesmonitora<strong>da</strong>s.As intervenções <strong>de</strong> manejo para redução <strong>dos</strong> <strong>da</strong>nosaos recursos naturais envolv<strong>em</strong> um bom planejamentoe boas ações educativas. Muitas vezes, os resulta<strong>dos</strong><strong>de</strong> estratégias menos restritivas (mais <strong>de</strong>sejáveis)<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m diretamente do comportamento <strong>dos</strong>visitantes. Assim, não se <strong>de</strong>ve esperar que qualquerintervenção resulte <strong>em</strong> soluções imediatas ao probl<strong>em</strong>a.Este é o motivo pelo qual o estabelecimento <strong>de</strong>metas <strong>de</strong> redução <strong>dos</strong> impactos caracteriza-se comouma interessante ferramenta <strong>de</strong> trabalho.Para o ex<strong>em</strong>plo supracitado, po<strong>de</strong>-se propor comoestratégia <strong>de</strong> manejo orientar os visitantes quanto àsconsequências <strong>dos</strong> impactos, tais como: supressão<strong>da</strong> vegetação <strong>em</strong> áreas pisotea<strong>da</strong>s fora <strong>da</strong> trilha,diminuição <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> local e probl<strong>em</strong>asassocia<strong>dos</strong> com a r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> plantas, entre outros.Com a implantação <strong>de</strong> um trabalho <strong>de</strong> orientaçãocomo este, espera-se <strong>em</strong> reduzir <strong>em</strong> pelo menos 15%os impactos observa<strong>dos</strong>, ou seja, na próxima vez queo monitoramento for realizado, espera-se observarum valor <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong> no máximo 25%.Caso este valor seja atingido, a estratégia <strong>de</strong> manejo<strong>de</strong>monstrou-se efetiva e po<strong>de</strong> ser manti<strong>da</strong> e/oureforça<strong>da</strong> com outras intervenções, com o intuito <strong>de</strong>manter o impacto <strong>em</strong> questão <strong>de</strong>ntro do limite aceitável.12345678910111213141516171819202122ProntoA BC D E GH1 P. Presença(1)/Ausência(0) TipoANO 112345<strong>Monitoramento</strong> 1678910Padrão (%) ou (m)Total <strong>de</strong> ocorrências% ou Nº <strong>de</strong> ocorrência/pontoVmín.Vmáx.MédiaB<strong>em</strong>-vindoMonit. Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong>Danos aos recursos naturais100011100010,00%440,00%<strong>Monitoramento</strong> PontualFigura 7. Mo<strong>de</strong>lo do resultado do monitoramento(<strong>da</strong>nos aos recursos naturais).PONTOS (amostrag<strong>em</strong>)2232/543


Para a situação inversa, <strong>em</strong> que os trabalhos nãoresult<strong>em</strong> na diminuição <strong>dos</strong> impactos, a meta <strong>de</strong>veser manti<strong>da</strong>. Contudo, as ações <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong>v<strong>em</strong>ser revistas, pois não se mostraram eficientes para areali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>em</strong> questão.O uso <strong>de</strong> metas <strong>de</strong> redução po<strong>de</strong> ser entendidocomo um intermédio entre os valores resultantesdo monitoramento (acima do aceitável) e oambiente i<strong>de</strong>al que se preten<strong>de</strong> estabelecer. Agran<strong>de</strong> distância entre essas reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s po<strong>de</strong> ser umprobl<strong>em</strong>a para a solução <strong>de</strong>sses casos e, assim, asmetas po<strong>de</strong>m gra<strong>da</strong>tivamente auxiliar na obtenção<strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> espera<strong>dos</strong>, sendo altera<strong>da</strong>s s<strong>em</strong>preque necessário, <strong>em</strong> função <strong>da</strong> efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ação<strong>de</strong> manejo e do resultado que se espera obter. Oestabelecimento <strong>de</strong> metas não é efetivo s<strong>em</strong> aimplantação <strong>de</strong> ações e estratégias <strong>de</strong> manejo, umavez que a redução <strong>dos</strong> impactos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações<strong>de</strong> controle.44


2.7 O relatório do monitoramentoApós a vistoria <strong>em</strong> campo e alimentação <strong>da</strong> planilha<strong>de</strong> resulta<strong>dos</strong>, os gestores ou responsáveispelo trabalho <strong>de</strong>v<strong>em</strong> elaborar um relatório domonitoramento. É neste documento que <strong>de</strong>verão serapresenta<strong>dos</strong> os resulta<strong>dos</strong> do monitoramento e suainterpretação, feita a partir <strong>da</strong> comparação <strong>dos</strong> númerosfinais com os padrões estabeleci<strong>dos</strong>.O relatório <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar claro quais os indicadores quese apresentam <strong>em</strong> não conformi<strong>da</strong><strong>de</strong>, qual a dimensãoe gravi<strong>da</strong><strong>de</strong> do probl<strong>em</strong>a, associar possíveis causas aosimpactos e, por fim, sugerir estratégias <strong>de</strong> manejo quepossam solucionar os impactos.estabelecimento <strong>de</strong> metas <strong>de</strong> redução para os valoresdo monitoramento.A estrutura sugeri<strong>da</strong> para o relatório <strong>de</strong> monitoramentoé apresenta<strong>da</strong> na Tabela 8. Ao final <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>monitoramento, <strong>de</strong>verão ser implanta<strong>da</strong>s as açõesou estratégias <strong>de</strong> manejo planeja<strong>da</strong>s para revertero quadro negativo <strong>dos</strong> impactos encontra<strong>dos</strong>.O próximo relatório <strong>de</strong>ve então discorrer sobre aefetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> manejo impl<strong>em</strong>enta<strong>da</strong>s eanalisar a continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>dos</strong> trabalhos <strong>de</strong> gestão <strong>dos</strong>impactos, informando futuras estratégias <strong>de</strong> manejoou a a<strong>de</strong>quação <strong>da</strong>s ações já impl<strong>em</strong>enta<strong>da</strong>s.To<strong>da</strong> observação importante, nota<strong>da</strong> na ocasião domonitoramento, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> e discuti<strong>da</strong> norelatório. Deve ser proposto também neste relatório oA re<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>stes relatórios <strong>de</strong>ve ser anual, seguindo afrequência mínima <strong>de</strong> monitoramento <strong>dos</strong> indicadoreslista<strong>dos</strong>.Tabela 8. Conteúdo do relatório <strong>de</strong> monitoramento.It<strong>em</strong>ConteúdoAbertura Título: Instituição, local do levantamento, equipe, <strong>da</strong>ta.Introdução Breve <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação e situação <strong>de</strong> uso público atual (número<strong>de</strong> visitantes/mês – ver material disponível no Parque);Descrição <strong>da</strong> trilha ou atrativo monitorado – indicar o histórico <strong>de</strong> uso;Descrição <strong>dos</strong> objetivos <strong>de</strong> uso público <strong>da</strong>s áreas monitora<strong>da</strong>s e conflitos existentes;Relação <strong>dos</strong> indicadores <strong>de</strong> impacto e padrões estabeleci<strong>dos</strong>, com justificativas, quando pertinente.Metodologia Descrever, sucintamente, como foram avalia<strong>da</strong>s as trilhas e atrativos, principalmente sehouver alteração na metodologia proposta.Resulta<strong>dos</strong> Apresentar tabelas com resulta<strong>dos</strong> (mínimos e máximos, totais, %) apontando valores<strong>em</strong> não conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> (acima do padrão estabelecido);Apresentar as observações e pontos discrepantes verifica<strong>dos</strong> <strong>em</strong> campo;Associar os impactos às causas prováveis;Interpretar os <strong>da</strong><strong>dos</strong> a partir <strong>da</strong> comparação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> com os padrões pré-estabeleci<strong>dos</strong>.Recomen<strong>da</strong>ções Apontar ações <strong>de</strong> manejo a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s para os probl<strong>em</strong>as verifica<strong>dos</strong>, com priorização<strong>dos</strong> locais on<strong>de</strong> as intervenções são <strong>em</strong>ergenciais;Estabelecer metas <strong>de</strong> redução <strong>dos</strong> impactos;Propor ações futuras para o monitoramento e para o manejo <strong>da</strong> visitação (se pertinente).45


2.8 Estratégias <strong>de</strong> ManejoAs estratégias <strong>de</strong> manejo po<strong>de</strong>m ser entendi<strong>da</strong>scomo ações ou intervenções que ocorr<strong>em</strong> apartir <strong>da</strong> constatação <strong>de</strong> um impacto (indicadores forado padrão). Os objetivos <strong>de</strong>ssas ações <strong>de</strong> manejo sãocontrolar, isolar, minimizar, e/ou eliminar os impactosprovoca<strong>dos</strong> ao ambiente. Sua implantação <strong>de</strong>man<strong>da</strong>t<strong>em</strong>po e recursos <strong>de</strong> varia<strong>da</strong>s dimensões.Segundo Cole et al. (1987) e Hammitt & Cole (1998),muitas estratégias <strong>de</strong> manejo foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>spara combater probl<strong>em</strong>as ou impactos gera<strong>dos</strong> pelavisitação. O autor dividiu 36 táticas <strong>de</strong> manejo <strong>em</strong> oitoestratégias básicas, apresenta<strong>da</strong>s a seguir:I. Realizar manutenção ou recuperar orecurso/áreaEsta estratégia envolve o tratamento ou o manejo <strong>dos</strong>impactos através <strong>da</strong> seleção, construção, manutençãoe reabilitação <strong>dos</strong> locais impacta<strong>dos</strong>. Estas ações sãobastante eficientes <strong>em</strong> áreas que precisam acomo<strong>da</strong>rintensa visitação, porém não combat<strong>em</strong> as causas<strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>as. Outros impactos como lixo e resíduospo<strong>de</strong>m ser trata<strong>dos</strong> através <strong>da</strong> sua simples r<strong>em</strong>oçãodo ambiente.II. Aumentar a resistência <strong>da</strong> áreaAlém <strong>de</strong> direcionar o uso para locais naturalment<strong>em</strong>ais resistentes aos impactos – estratégia VI –os gerentes <strong>da</strong>s UC po<strong>de</strong>m optar por aumentarartificialmente a resistência <strong>de</strong>stes locais, através <strong>de</strong>técnicas <strong>de</strong> endurecimento <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> ou proteçãoaos impactos. Apesar <strong>da</strong> evi<strong>de</strong>nte interrelaçãoentre ambas as opções, elas envolv<strong>em</strong> diferentesníveis <strong>de</strong> intervenção na área. A proteção envolve aseparação entre o recurso e o fator impactante – osvisitantes. Trilhas <strong>de</strong>marca<strong>da</strong>s por corrimão, cor<strong>da</strong>sou mesmo trilhas suspensas são um bom ex<strong>em</strong>plo<strong>de</strong>sta estratégia. Com a proteção, a interferênciahumana é óbvia (através <strong>dos</strong> artifícios utiliza<strong>dos</strong>para isolar a área), <strong>em</strong>bora os recursos permaneçamessencialmente inaltera<strong>dos</strong>.O endurecimento modifica o recurso <strong>de</strong> modo atorná-lo mais resistente. Neste caso, as condiçõesnaturais do ambiente são proposita<strong>da</strong>mente altera<strong>da</strong>spelo manejo. Os ex<strong>em</strong>plos mais comuns são técnicasutiliza<strong>da</strong>s para endurecer o leito <strong>de</strong> trilhas, através <strong>de</strong>intervenções <strong>de</strong> compactação do solo e tratamentos<strong>de</strong> resistência à erosão.III. Modificar as expectativas do visitanteA maioria <strong>dos</strong> relatos negativos referentes àexperiência do visitante estão diretamenterelaciona<strong>dos</strong> à expectativa <strong>de</strong>stes com a suaexperiência. Os visitantes ten<strong>de</strong>m a manifestarmenor grau <strong>de</strong> incômodo quando previamenteinforma<strong>dos</strong> sobre a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar<strong>em</strong>outros grupos <strong>de</strong> visitantes ou compartilhar<strong>em</strong> áreason<strong>de</strong> diferentes tipos <strong>de</strong> usos ocorr<strong>em</strong> (ex<strong>em</strong>plo:cavalga<strong>da</strong>s e ciclismo).As expectativas po<strong>de</strong>m ser altera<strong>da</strong>s através <strong>da</strong>informação aos visitantes a respeito <strong>dos</strong> diferentestipos <strong>de</strong> usos que ocorr<strong>em</strong> na área e situações quepo<strong>de</strong>rão confrontar. É <strong>de</strong>sejável também informarpreviamente à visita os usos permiti<strong>dos</strong> e a<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong>na UC para que não haja a expectativa <strong>de</strong> se realizaralguma ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> não permiti<strong>da</strong> no local.IV. Modificar o tipo <strong>de</strong> uso e ocomportamento do visitanteGran<strong>de</strong>s grupos e usos que envolvam animais <strong>de</strong>montaria causam mais impactos que pequenosgrupos s<strong>em</strong> a presença <strong>de</strong> animais. Mais importante:46


grupos que não tenham o hábito <strong>da</strong>s boas práticas <strong>de</strong>mínimo impacto causarão impactos mais severos aoambiente. Ambos os tipos <strong>de</strong> uso e comportamentopo<strong>de</strong>m ser modifica<strong>dos</strong> para se tentar diminuir aprobabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> impactos.V. Modificar a sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> usoA visitação é muitas vezes sazonal, b<strong>em</strong> como asensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do ambiente aos impactos que a visitaçãopo<strong>de</strong> causar. Assim, <strong>em</strong> perío<strong>dos</strong> on<strong>de</strong> a visitação émais intensa e o ambiente é mais frágil, o uso po<strong>de</strong> ser<strong>de</strong>slocado para áreas mais resistentes. Analogamente,as áreas mais sensíveis po<strong>de</strong>rão ser visita<strong>da</strong>s com maisfrequência somente nos perío<strong>dos</strong> do ano <strong>em</strong> que oambiente for mais resistente aos impactos.VI. Modificar o local do uso <strong>em</strong> áreascom probl<strong>em</strong>asO uso público po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>slocado <strong>da</strong>s áreas probl<strong>em</strong>aou severamente impacta<strong>da</strong>s para áreas maisresistentes. Po<strong>de</strong> também ser disperso entre os váriosatrativos <strong>da</strong> UC, evitando conflitos <strong>de</strong> encontro entregrupos. Outra tática é concentrar o uso <strong>em</strong> poucasáreas, reduzindo a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas impacta<strong>da</strong>s.Em contraste com a estratégia VII, são impl<strong>em</strong>enta<strong>da</strong>sações para influenciar a distribuição do uso <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s áreas-probl<strong>em</strong>a. Por ex<strong>em</strong>plo, <strong>em</strong>resposta a probl<strong>em</strong>as encontra<strong>dos</strong> <strong>em</strong> uma área <strong>de</strong>uso intensivo, os responsáveis pelo monitoramentopo<strong>de</strong>m optar por reduzir o uso <strong>de</strong> to<strong>da</strong> esta área(estratégia VII) ou po<strong>de</strong>m optar por intensificar ocontrole <strong>dos</strong> locais on<strong>de</strong> o probl<strong>em</strong>a ocorre nessaárea (estratégia VI), aplicando técnicas <strong>de</strong> manejonestas áreas específicas.VII. Reduzir a visitação <strong>em</strong> áreas comprobl<strong>em</strong>asPartindo <strong>da</strong> pr<strong>em</strong>issa que a maior parte <strong>dos</strong> impactosocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> apenas algumas “áreas-probl<strong>em</strong>a”, po<strong>de</strong>seoptar pela redução do uso somente nessas áreas,e não <strong>em</strong> to<strong>da</strong> a uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, redirecionando parte <strong>da</strong>visitação a outro local na mesma UC. Conheci<strong>da</strong>como estratégia <strong>de</strong> dispersão do uso, utiliza áreascom pouco ou nenhum probl<strong>em</strong>a para atenuar a<strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> uso <strong>da</strong>s áreas probl<strong>em</strong>a, assim não hárestrição ao número <strong>de</strong> visitantes que a UC recebe.O montante <strong>de</strong> uso é somente um <strong>dos</strong> muitosfatores que influenciam na ocorrência <strong>dos</strong> impactos.Outros fatores são: localização, tipo e t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> uso,s<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rar o comportamento do visitante quepo<strong>de</strong> ser responsável por impactos significativos a<strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> ambientes.VIII. Reduzir a visitação <strong>em</strong> to<strong>da</strong> a UCEsta estratégia está diretamente relaciona<strong>da</strong> com asnoções <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carga, <strong>em</strong> que ca<strong>da</strong> áreasuporta um valor máximo <strong>de</strong> visitação. Esta i<strong>de</strong>ia partedo pressuposto que os impactos ao ambiente naturale à experiência <strong>da</strong> visitação <strong>de</strong>corr<strong>em</strong> do excessivouso <strong>da</strong> área e, assim, po<strong>de</strong>m ser mitiga<strong>dos</strong> através <strong>da</strong>sua redução.Esta estratégia não consi<strong>de</strong>ra o comportamento <strong>dos</strong>visitantes como fator impactante e, apesar <strong>de</strong> proporo controle do uso, não cont<strong>em</strong>pla a sua redistribuição.Para ca<strong>da</strong> uma <strong>de</strong>stas estratégias exist<strong>em</strong> váriasações <strong>de</strong> manejo que po<strong>de</strong>m ser aplica<strong>da</strong>s parasanar os probl<strong>em</strong>as. A Tabela 9 apresenta uma lista<strong>de</strong>ssas ações.A escolha <strong>de</strong> uma ação <strong>de</strong> manejo específica paraum tipo <strong>de</strong> impacto pontual po<strong>de</strong> ser impru<strong>de</strong>nte, senão for consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> local e os fatores queinfluenciam a ocorrência <strong>de</strong>ste impacto. Uma mesmaestratégia <strong>de</strong> ação po<strong>de</strong> ser bastante efetiva parauma situação e totalmente ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para outra.47


Tabela 9. Estratégias e ações <strong>de</strong> manejo para áreas naturais protegi<strong>da</strong>s.I. Realizar manutenção ou recuperar o recurso/área1. R<strong>em</strong>over o probl<strong>em</strong>a2. Realizar a manutenção ou recuperar áreas impacta<strong>da</strong>sII. Aumentar a resistência <strong>da</strong> área3. Proteger a área do impacto4. Endurecer a áreaIII. Modificar as expectativas do visitante5. Informar os visitantes sobre o correto uso <strong>da</strong>s áreas <strong>da</strong> UC6. Informar os visitantes sobre as condições encontra<strong>da</strong>s nas trilhas e atrativos <strong>da</strong> UCIV.Modificar o tipo <strong>de</strong> uso e comportamento do visitante7. Desencorajar ou proibir o uso <strong>de</strong> equipamento ou prática <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s potencialmente impactantes8. Encorajar ou exigir certo tipo <strong>de</strong> conduta, prática, técnica e/ou equipamento9. Ensinar as boas práticas <strong>em</strong> ambientes naturais (mínimo impacto)10. Encorajar ou exigir um número limite para o tamanho <strong>de</strong> grupos ou animais <strong>de</strong> montaria (cavalga<strong>da</strong>s)11. Desencorajar ou proibir o uso <strong>de</strong> animais <strong>de</strong> montaria (cavalga<strong>da</strong>s)12. Desencorajar ou proibir o pernoiteV. Modificar a sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso13. Encorajar o uso <strong>da</strong> área fora <strong>dos</strong> perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pico14. Desencorajar ou proibir o uso quando o potencial <strong>de</strong> impacto é alto15. Taxar a visitação <strong>em</strong> perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pico e/ou <strong>de</strong> elevado potencial <strong>de</strong> impactoVI. Modificar o local do uso <strong>em</strong> áreas com probl<strong>em</strong>as16. Desencorajar ou proibir o acampamento e/ou uso <strong>de</strong> animais <strong>de</strong> montaria <strong>em</strong> áreas com probl<strong>em</strong>as17. Encorajar ou proibir o acampamento e/ou uso <strong>de</strong> animais <strong>de</strong> montaria somente <strong>em</strong> áreas específicas18. Alocar infra-estruturas <strong>em</strong> áreas resistentes19. Concentrar o uso <strong>em</strong> áreas com infra-estruturas e/ou disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> orientações20. Desencorajar ou proibir o uso <strong>em</strong> áreas abertas (off trail)21. Segregar diferentes tipos <strong>de</strong> visitantesVII. Reduzir a visitação <strong>em</strong> áreas com probl<strong>em</strong>as22. Informar os visitantes as <strong>de</strong>svantagens <strong>da</strong>s áreas com probl<strong>em</strong>as e as vantagens <strong>da</strong>s áreas alternativas23. Desencorajar ou proibir o uso <strong>de</strong> áreas com probl<strong>em</strong>as24. Limitar o número <strong>de</strong> visitantes <strong>em</strong> áreas com probl<strong>em</strong>as25. Encorajar ou exigir uma permanência limite nas áreas com probl<strong>em</strong>as26. Dificultar o acesso a áreas com probl<strong>em</strong>as e/ou facilitar o acesso a áreas alternativas27. Eliminar infra-estruturas ou atrativos <strong>em</strong> áreas com probl<strong>em</strong>as e/ou melhorar infra-estruturasou atrativos <strong>em</strong> áreas alternativas28. Encorajar o uso <strong>em</strong> áreas abertas (off trail)29. Exigir a comprovação <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s técnicas ou uso <strong>de</strong> equipamentos específicos30. Cobrar diferentes taxas <strong>de</strong> visitação48


Tabela 9. Estratégias e ações <strong>de</strong> manejo para áreas naturais protegi<strong>da</strong>s. (CONTINUAÇÃO)VIII. Reduzir a visitação <strong>em</strong> to<strong>da</strong> UC31. Limitar o número <strong>de</strong> visitantes <strong>em</strong> to<strong>da</strong> UC32. Limitar o período <strong>de</strong> permanência <strong>em</strong> to<strong>da</strong> UC33. Encorajar o uso <strong>de</strong> outras áreas <strong>da</strong> UC34. Exigir o uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> técnicas e/ou equipamentos35. Cobrar uma taxa <strong>de</strong> visitação36. Dificultar o acesso <strong>em</strong> to<strong>da</strong> UCFonte: A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Cole et al (1987)Por ex<strong>em</strong>plo, sugestões como encorajar o trajetofora <strong>de</strong> trilhas (off trail) <strong>em</strong> áreas abertas po<strong>de</strong>acarretar riscos para o visitante, uma vez que estepo<strong>de</strong>rá ficar exposto a situações não planeja<strong>da</strong>s.Diante <strong>de</strong>ssas e outras especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s, cabe ao gestor<strong>da</strong>s UC e aos responsáveis pelo programa <strong>de</strong> uso públicoe monitoramento, a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>.Para esta escolha o bom censo é fun<strong>da</strong>mental.Por fim, o mais importante é garantir a implantação<strong>de</strong> ações <strong>de</strong> manejo para controlar ou reduzir osimpactos. O ciclo do monitoramento não <strong>de</strong>ve serencerrado na fase <strong>de</strong> diagnóstico <strong>da</strong> situação, sendoessencial que após o levantamento <strong>dos</strong> impactos asestratégias <strong>de</strong> manejo sejam pratica<strong>da</strong>s e monitora<strong>da</strong>s.49


2.9 Estratégias <strong>de</strong> Manejo Específicasimplantação <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> manejo exige oA dispêndio <strong>de</strong> recursos financeiros e pessoais. Adisponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>stes recursos po<strong>de</strong> ser um fatorlimitante para a aplicação <strong>de</strong> certas intervenções,assim, cabe à UC aplicar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sua reali<strong>da</strong><strong>de</strong> aação mais a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>.Para o caso <strong>dos</strong> indicadores seleciona<strong>dos</strong> para estePlano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> e Gestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong><strong>da</strong> Visitação, algumas estratégias <strong>de</strong> ação po<strong>de</strong>mser diretamente indica<strong>da</strong>s, conforme a Tabela 10,apresenta<strong>da</strong> na próxima página.2.10 <strong>Monitoramento</strong> <strong>de</strong> AtrativosPlano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> e Gestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong>O <strong>da</strong> Visitação foi concebido para aplicação <strong>em</strong>trilhas <strong>de</strong> uso público, consi<strong>de</strong>rando a caminha<strong>da</strong> ou“trekking” como uso exclusivo para trilha.Para avaliar os <strong>de</strong>mais atrativos <strong>de</strong> uma UC, ametodologia <strong>de</strong> aplicação po<strong>de</strong> ser a mesma.Contudo, <strong>em</strong> função <strong>da</strong> área restrita do ambiente,é aconselhável que os indicadores sejammonitora<strong>dos</strong> <strong>de</strong> forma censitária (uma vez quea gran<strong>de</strong> maioria <strong>dos</strong> atrativos se concentra <strong>em</strong>pontos específicos).A seguir, serão apresenta<strong>da</strong>s algumas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> variações <strong>da</strong> metodologia e indicadores <strong>de</strong>impactos <strong>da</strong> visitação para os principais atrativos<strong>de</strong> Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Conservação: (a) Mirantes ecachoeiras, (b) Quiosques, áreas <strong>de</strong> piquenique e<strong>de</strong>scanso e (c) Cavernas.A) Mirantes e cachoeirasPara casos como mirantes e cachoeiras, é possívelutilizar to<strong>dos</strong> os indicadores conti<strong>dos</strong> no Plano <strong>de</strong><strong>Monitoramento</strong> e Gestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong> <strong>da</strong> Visitação,à exceção <strong>de</strong> largura <strong>da</strong> trilha. Além <strong>de</strong>stes, po<strong>de</strong>ser somado ao Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> o seguinteindicador:Área <strong>de</strong> vegetação <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong>I<strong>de</strong>ntificar se a área é caracteriza<strong>da</strong> como área<strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong>, ou seja, on<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> há presença <strong>de</strong>vegetação, ou se a área é <strong>de</strong> solo nu. O monitoramentoperiódico <strong>de</strong>stes locais permitirá verificar se, ao longodo t<strong>em</strong>po, a área <strong>de</strong> vegetação <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong> estáaumentando ou diminuindo.Para ex<strong>em</strong>plificar este caso po<strong>de</strong>mos pensar <strong>em</strong>um mirante localizado <strong>em</strong> certo trecho <strong>de</strong> umatrilha. Neste ponto, to<strong>dos</strong> os indicadores po<strong>de</strong>m sermonitora<strong>dos</strong> <strong>de</strong> forma censitária e a largura <strong>da</strong> trilhapassa a ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> o espaço do atrativo, on<strong>de</strong><strong>de</strong>ve ser medi<strong>da</strong> a área <strong>de</strong> vegetação <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong> ou<strong>de</strong> solo nu (exposto). Para uma cachoeira, este espaçopo<strong>de</strong> ser interpretado como o principal local <strong>de</strong>acesso à água/cachoeira – provavelmente localizado<strong>em</strong> alguma marg<strong>em</strong> do rio/riacho.Quando implanta<strong>da</strong> uma ação <strong>de</strong> manejo, suaefetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser avalia<strong>da</strong>. Esta avaliação po<strong>de</strong> serfeita através do próprio monitoramento, on<strong>de</strong> serápossível constatar a resposta <strong>dos</strong> impactos frente àimplantação <strong>de</strong>ssas ações.Através <strong>da</strong> comparação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> entr<strong>em</strong>onitoramentos sucessivos será possível verificar a50


Tabela 10. Resumo <strong>dos</strong> indicadores <strong>de</strong> impactos, suas possíveis causas e estratégias <strong>de</strong> manejo.INDICADORVERIFICADOR CAUSA PROVÁVEL ESTRATÉGIA DE MANEJO POTENCIALIMPACTOS FÍSICOSLargura <strong>da</strong> trilha Mau comportamento; Melhorar o traçado <strong>da</strong> trilha <strong>em</strong> alguns trechos;Falta <strong>de</strong> manutenção; Isolar a área pisotea<strong>da</strong>, com fitas ou corrimões, limitando oPlanejamento e manejo uso somente ao leito <strong>da</strong> trilha;ina<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong> <strong>da</strong> trilha. Educação para o mínimo impacto.Número <strong>de</strong> trilhas Mau comportamento; Recuperação do traçado;não oficiais Falta <strong>de</strong> manutenção. Fechamento <strong>da</strong> vegetação <strong>em</strong> trilhas não oficiais;Educação para o mínimo impacto.Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> Uso intensivo; A<strong>de</strong>quar o traçado <strong>da</strong> trilha;drenag<strong>em</strong> Planejamento e manejo Impl<strong>em</strong>entar e manter manutenções periódicas <strong>em</strong>ina<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong> <strong>da</strong> trilha.sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenagens, canaletas, etc.Limitar ou restringir o uso <strong>em</strong> áreas críticas;Educação para o mínimo impacto.IMPACTOS BIOLÓGICOSDanos aos Mau comportamento; Educação para o mínimo impacto;recursos naturais Planejamento e manejo A<strong>de</strong>quação do traçado <strong>da</strong> trilha;ina<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong> <strong>da</strong> trilha; Informar o visitante sobre as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s realiza<strong>da</strong>s eTamanho <strong>dos</strong> grupos; permiti<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> UC;Falta <strong>de</strong> informação; Fomentar a fiscalização <strong>em</strong> áreas <strong>de</strong> uso público na UC.Falta <strong>de</strong> fiscalização.Alteração do Mau comportamento; Educação para o mínimo impacto;comportamento Falta <strong>de</strong> informação. Restringir a visitação <strong>em</strong> áreas críticas e <strong>em</strong> perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong>animalreprodução.IMPACTOS SOCIAISDanos à Mau comportamento; Educação para o mínimo impacto;infra-estrutura Planejamento e manejo A<strong>de</strong>quação <strong>da</strong>s infra-estruturas existentes;ina<strong>de</strong>qua<strong>dos</strong> <strong>da</strong> trilha; Informar o visitante sobre a infra-estrutura do parque e asTamanho <strong>dos</strong> grupos; ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s permiti<strong>da</strong>s <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> local <strong>da</strong> UC;Falta <strong>de</strong> fiscalização. Fomentar a fiscalização <strong>em</strong> áreas <strong>de</strong> uso público na UC.Presença <strong>de</strong> lixo Mau comportamento; Educação para o mínimo impacto;Descuido, distração; Informar os visitantes sobre a disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lixeiras eFalta <strong>de</strong> informação. importância <strong>da</strong> correta disposição do lixo.Experiência do Encontro <strong>de</strong> grupos; Gerenciar o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> permanência e número <strong>de</strong>visitante Gestão <strong>de</strong>ficiente <strong>dos</strong> visitantes por trilha/atrativo;recursos <strong>da</strong> UC; Informar o visitante sobre a situação do local e nível <strong>de</strong> lotação;Falta <strong>de</strong> informação; Incentivar o uso <strong>de</strong> trilhas/atrativos alternativos, menos procura<strong>dos</strong>;Manter as trilhas e atrativos <strong>da</strong>s UC conserva<strong>dos</strong> e b<strong>em</strong> maneja<strong>dos</strong>.51


evolução do impacto, possibilitando a implantação<strong>de</strong> estratégias a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s <strong>de</strong> manejo, s<strong>em</strong>pre quenecessárias.Essa medição po<strong>de</strong> ser feita <strong>de</strong> forma eficiente e<strong>de</strong>scomplica<strong>da</strong>, segundo Marion (1991), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejafeito um bom julgamento <strong>da</strong> área pisotea<strong>da</strong>/utiliza<strong>da</strong>pelos visitantes. Através <strong>de</strong> figuras geométricassimples – quadra<strong>dos</strong>, retângulos e triângulos – épossível representar o local ocupado pelo pisoteio eobter a sua área através <strong>de</strong> um cálculo ou <strong>da</strong> soma <strong>de</strong>cálculos, conforme apresentado na Figura 8.Com esses cálculos é possível chegar a um valor <strong>da</strong>área e, a partir <strong>de</strong> então, monitorá-la com os mesmosobjetivos com que o monitoramento <strong>da</strong> largura <strong>da</strong>trilha é feito. Assim, será possível verificar se esta áreaaumentou entre os intervalos do monitoramentoe, com isso, <strong>de</strong>terminar ações <strong>de</strong> manejo para olocal. O registro fotográfico <strong>de</strong>sses ambientes auxiliasignificativamente nos trabalhos <strong>de</strong> monitoramento.Esse tipo <strong>de</strong> medição só po<strong>de</strong>rá avaliar o impacto paraos casos <strong>em</strong> que o visitante caminhe diretamentesobre o solo, ou seja, se houver um <strong>de</strong>ck, construção<strong>de</strong> concreto ou qualquer outro tipo <strong>de</strong> intervençãoque <strong>de</strong>limite o local <strong>de</strong> pisoteio, não haverá variaçãona área impacta<strong>da</strong>.Em áreas <strong>de</strong> mirantes também é muito comum apresença <strong>de</strong> estruturas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso, que permitama cont<strong>em</strong>plação e painéis interpretativos. Nesse caso,po<strong>de</strong> ser feito um monitoramento mais <strong>de</strong>talhado<strong>em</strong> função <strong>da</strong>s estruturas presentes, avaliandoca<strong>da</strong> estrutura (banco, placas, guar<strong>da</strong>-corpos, etc.)individualmente, a fim <strong>de</strong> verificar a ocorrência<strong>de</strong> algum tipo <strong>da</strong>no à infraestrutura causado pelavisitação pública.É importante também verificar nestes ambientes apercepção do visitante com relação à intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>uso do atrativo. É comum o encontro entre grupos ea aglomeração <strong>de</strong> pessoas <strong>em</strong> mirantes e cachoeiras,fator este que po<strong>de</strong> influenciar negativamente aexperiência do visitante.Estratégias <strong>de</strong> manejoAs ações <strong>de</strong> manejo mais efetivas para o controle <strong>da</strong>QuadradoRetânguloYTriânguloBHRCírculoXXRetângulo: Área = X . Y Quadrado: Área = X . X ou X²Triângulo: Área = B . H . 0,5 Círculo: Área = 3,14 . R . R ou π . R²Figura 8: Representação geométrica e mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cálculo para áreas <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong>s.52


expansão <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong>s são aquelas volta<strong>da</strong>sà restrição <strong>de</strong> acesso e educação para o mínimoimpacto. Em muitos casos o isolamento <strong>de</strong> áreas quese <strong>de</strong>seja recuperar, ou ain<strong>da</strong> a <strong>de</strong>marcação <strong>da</strong> áreaon<strong>de</strong> o uso é admitido, auxiliam significativamente nocontrole <strong>dos</strong> impactos. Educar os visitantes sobre osprobl<strong>em</strong>as gera<strong>dos</strong> pelo acesso às áreas não previstaspara a visitação também po<strong>de</strong> evitar que estes locaissejam ain<strong>da</strong> mais impacta<strong>dos</strong>.Outra alternativa é <strong>de</strong>sviar o fluxo <strong>dos</strong> visitantes <strong>de</strong> umamesma área para outros atrativos <strong>da</strong> UC, reduzindo,assim, a pressão sobre esses ambientes. Para áreas <strong>de</strong>intensa visitação, como um mirante, localizado numaárea <strong>de</strong> zona <strong>de</strong> uso intensivo no parque, no qualeste é o maior atrativo, é possível, então, pensar noendurecimento 1 <strong>da</strong> área, para <strong>de</strong>limitar exatamente operímetro <strong>de</strong> uso e evitar maiores impactos.B) Quiosques, áreas <strong>de</strong> piquenique e<strong>de</strong>scansoNestes locais, o monitoramento <strong>de</strong>ve ser aplicadocom as mesmas recomen<strong>da</strong>ções feitas para áreas<strong>de</strong> mirantes e cachoeiras. Contudo, nestes pontos, éimportante <strong>da</strong>r ênfase aos <strong>da</strong>nos à infraestrutura ealteração do comportamento animal, uma vez quenesses locais a concentração <strong>de</strong> pessoas é maior,po<strong>de</strong>ndo resultar <strong>em</strong> maiores impactos à infraestruturae mu<strong>da</strong>nças comportamentais na fauna queassocia essas áreas à oferta <strong>de</strong> alimentos.É possível, também, inserir indicadores <strong>de</strong> saneamentopara estes pontos, uma vez que a presença <strong>de</strong> lixeirase sanitários é comum nessas áreas. Assim, sugere-se ainclusão do seguinte indicadores:Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saneamentoPo<strong>de</strong>m ser levanta<strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>as como falta <strong>de</strong>limpeza <strong>dos</strong> sanitários, percepção <strong>de</strong> odores (maucheiro), entre outros. Este indicador po<strong>de</strong> ser avaliadocensitariamente, como registro <strong>de</strong> ocorrência, e suaspossíveis causas aponta<strong>da</strong>s na ficha <strong>de</strong> campo.Estratégias <strong>de</strong> manejoNeste caso, a educação para o mínimo impacto é amaior alia<strong>da</strong> no combate a probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saneamento.Cabe à gestão <strong>da</strong> UC avaliar a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso doatrativo, avaliar a zona <strong>em</strong> que este foi construído e osobjetivos <strong>de</strong> manejo <strong>da</strong> área e, se for o caso, construirbanheiros nesses locais.Caso a construção <strong>de</strong> sanitários não seja possível,por qualquer que seja o motivo, cabe a gestão <strong>da</strong> UCinformar os visitantes <strong>da</strong>s limitações e disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> sanitários nessas áreas. Assim, os visitantes po<strong>de</strong>mprogramar melhor a sua permanência na UC <strong>em</strong>função <strong>de</strong>ssa limitação.C) CavernasO ambiente subterrâneo é bastante peculiar, diferin<strong>dos</strong>ignificativamente <strong>dos</strong> ambientes externos. Comonão há vegetação e na gran<strong>de</strong> maioria <strong>dos</strong> casos ocaminhamento é percorrido sobre leito rochoso, osindicadores <strong>de</strong> leito <strong>da</strong> trilha, utiliza<strong>dos</strong> no Plano <strong>de</strong><strong>Monitoramento</strong>, não terão utili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>em</strong> cavernas.O indicador <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> comportamento animalpo<strong>de</strong> ser utilizado, mas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, neste caso, <strong>de</strong>um profundo conhecimento <strong>da</strong> fauna cavernícolapara <strong>de</strong>terminação <strong>dos</strong> <strong>de</strong>svios comportamentaiscausa<strong>dos</strong> pela visitação. O mais indicado, para1 Essa escolha <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> muitos fatores, como a zona <strong>em</strong> que a área se localiza na UC, justificativa técnica para o endurecimento, ambiente na qualserá feito, entre outras.53


essa situação, seria verificar o comportamento <strong>dos</strong>morcegos com relação a poluição sonora. Mas, diante<strong>da</strong> exigência técnica para aferição <strong>de</strong>ste indicador, elenão é recomen<strong>da</strong>do (a exceção <strong>da</strong> disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>técnica e contínua <strong>da</strong> UC para avaliar este indicador).O indicador “<strong>da</strong>nos à infra-estrutura” po<strong>de</strong> sermantido, algumas cavernas apresentam estruturas <strong>de</strong>apoio ao visitante, como corrimãos, guar<strong>da</strong>-corpos,esca<strong>da</strong>s e outros. Da mesma forma o indicador <strong>de</strong>presença <strong>de</strong> lixo po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser monitorado, já queeste <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, exclusivamente, do comportamentodo visitante.O indicador “<strong>da</strong>nos aos recursos naturais” po<strong>de</strong> sermodificado com vistas ao ambiente <strong>da</strong> caverna.Assim, com pequenas alterações, este indicador po<strong>de</strong>ser mantido, verificando quebras, inscrições, r<strong>em</strong>oçãoe <strong>de</strong>mais <strong>da</strong>nos provoca<strong>dos</strong> aos espeleot<strong>em</strong>as,ao chão e às pare<strong>de</strong>s <strong>da</strong> cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Esses <strong>da</strong>nossão facilmente observáveis e estão diretamenterelaciona<strong>dos</strong> à visitação (comportamento).Não há consenso para uma metodologia <strong>de</strong> avaliação<strong>dos</strong> impactos <strong>da</strong> visitação <strong>em</strong> cavernas. Para osestu<strong>dos</strong> existentes, foi sugerido o monitoramentocensitário <strong>dos</strong> indicadores, estratifica<strong>dos</strong> <strong>em</strong> seções<strong>de</strong> acordo com a divisão fisiográfica <strong>dos</strong> ambientesabertos à visitação.Outros indicadores que po<strong>de</strong>m ser facilmenteutiliza<strong>dos</strong> para verificar o impacto <strong>da</strong> visitação <strong>em</strong>cavernas são:Carreamento <strong>de</strong> solo e matéria orgânicaOcorre to<strong>da</strong> vez que solo ou sedimento é transportadopara <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> caverna pelos visitantes através <strong>de</strong>seus calça<strong>dos</strong>. Este registro é mais recorrente nasáreas <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> <strong>da</strong> caverna e a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>material transportado po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> acordo com ascondições <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> e tipo <strong>de</strong> solo <strong>da</strong> trilha <strong>de</strong>acesso à caverna.Exist<strong>em</strong> casos on<strong>de</strong> é possível observar a presença <strong>de</strong>solo transportado ao longo <strong>de</strong> todo o percurso abertoa visitação.O transporte <strong>de</strong> matéria orgânica (presente no solo<strong>da</strong>s trilhas <strong>de</strong> acesso às cavernas) e sua consequente<strong>de</strong>composição po<strong>de</strong> gerar a aceleração <strong>da</strong>dissolução <strong>da</strong>s rochas carbonáticas (constituintes<strong>da</strong> maioria <strong>da</strong>s cavernas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse <strong>de</strong>visitação turística) através <strong>da</strong> acidificação resultantedo processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>composição. A presença <strong>de</strong>st<strong>em</strong>aterial também po<strong>de</strong> modificar a teia alimentar<strong>de</strong>stes ambientes.PoeiraEste indicador é aplicável a cavernas <strong>de</strong> ambienteseco, e está diretamente associado à visitação.Fun<strong>da</strong>mentalmente, é o registro <strong>da</strong> ocorrência <strong>de</strong>suspensão <strong>de</strong> partículas <strong>de</strong> solo (material argiloso dopiso <strong>da</strong> caverna) e seu <strong>de</strong>pósito sobre espeleot<strong>em</strong>ase pare<strong>de</strong>s <strong>da</strong>s cavernas. A suspensão ocorre com ocaminhamento sobre o piso <strong>da</strong> caverna e o montante<strong>de</strong> material <strong>em</strong> suspensão t<strong>em</strong> relação imediata como fluxo <strong>de</strong> visitação.Ao longo do t<strong>em</strong>po esse material se acumula nosespeleot<strong>em</strong>as, alterando sua cor e até mesmo suacomposição. Para áreas on<strong>de</strong> a ocorrência <strong>de</strong>steindicador já é presente, po<strong>de</strong> ser difícil avaliar arecorrência do impacto, <strong>de</strong>ssa forma é recomen<strong>da</strong>doque uma área seja toma<strong>da</strong> para controle, ou seja,to<strong>da</strong> vez que o monitoramento for feito, <strong>em</strong> umou mais pontos estratégicos <strong>da</strong> caverna, algunsespeleot<strong>em</strong>as <strong>de</strong>verão ser escolhi<strong>dos</strong> comopontos <strong>de</strong> controle. Deverá ser feita a limpeza <strong>de</strong>54


uma pequena parte do espeleot<strong>em</strong>a (com água<strong>de</strong>ioniza<strong>da</strong>) a fim <strong>de</strong> r<strong>em</strong>over somente a argilaa<strong>de</strong>ri<strong>da</strong>. Dessa forma, será possível verificar se a áreavoltou a ser coberta por poeira entre os perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong>monitoramento.Assim como o indicador “carreamento <strong>de</strong> solo/matériaorgânica”, este indicador po<strong>de</strong> ser avaliado <strong>de</strong> formacensitária e qualitativa ao longo <strong>da</strong>s seções traça<strong>da</strong>s<strong>em</strong> função <strong>da</strong> divisão fisiográfica <strong>da</strong> caverna.Segundo Lobo (2006), os impactos registra<strong>dos</strong> através<strong>de</strong>sses indicadores po<strong>de</strong>m alterar a composição e/ouestrutura físico-química <strong>dos</strong> espeleot<strong>em</strong>as, além <strong>de</strong>provocar alterações nos hábitos e comportamento<strong>da</strong> fauna. A simples presença humana tambémalterações nos parâmetros ambientais <strong>da</strong> caverna,como nível <strong>de</strong> CO 2, umi<strong>da</strong><strong>de</strong> do ar e t<strong>em</strong>peratura.Contudo, a verificação <strong>de</strong>ssas modificações exigeequipamentos específicos para o monitoramento,b<strong>em</strong> como conhecimento técnico para análise einterpretação <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong>.Estratégias <strong>de</strong> manejoFrente à alta sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do ambiente <strong>de</strong> cavernae <strong>da</strong> peculiari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>dos</strong> fatores que influenciame afetam este espaço, as ações <strong>de</strong> manejo maisrecomen<strong>da</strong><strong>da</strong>s para reverter o quadro negativo <strong>dos</strong>impactos se refer<strong>em</strong> ao a<strong>de</strong>quado comportamentodo visitante e ao controle <strong>da</strong> visitação com base <strong>em</strong>cálculos <strong>de</strong> Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Carga. Segundo Lobo,(2006), esta metodologia é a que melhor se a<strong>da</strong>ptaa gran<strong>de</strong> maioria <strong>da</strong>s cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s naturais e a suaaplicação exige a a<strong>da</strong>ptação <strong>de</strong> alguns parâmetrosconsi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> para esta técnica.O comportamento <strong>dos</strong> visitantes po<strong>de</strong> gerarimpactos irreversíveis ao ambiente explorado. Seumonitoramento será verificado através <strong>dos</strong> <strong>da</strong>nos aosrecursos naturais. Algumas ações <strong>de</strong> manejo po<strong>de</strong>mser implanta<strong>da</strong>s para reduzir este tipo <strong>de</strong> impacto,como: trabalhos educativos e orientação préviasobre o comportamento mais a<strong>de</strong>quado à visita<strong>da</strong>s cavernas, acompanhamento <strong>dos</strong> visitantes porguias/monitores ambientais e, também, a restriçãoao número <strong>de</strong> visitantes.Para to<strong>dos</strong> os casos, é rigorosamente recomen<strong>da</strong>doque os ambientes mais frágeis <strong>da</strong> caverna tenhamacesso restrito ou até mesmo proibido à visitaçãopública, uma vez que a simples presença humananestes ambientes po<strong>de</strong> gerar impactos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>magnitu<strong>de</strong> ao longo do t<strong>em</strong>po, e <strong>da</strong>nos ambientaisirreversíveis.Informações geraisPara a avaliação <strong>dos</strong> impactos nos atrativos acimamenciona<strong>dos</strong>, é possível utilizar a mesma ficha <strong>de</strong>campo, alteran<strong>dos</strong>e apenas o nome do indicadore excluindo aqueles que não faz<strong>em</strong> parte domonitoramento do ambiente <strong>em</strong> questão.Da mesma forma que a metodologia proposta peloPlano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> e Gestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong><strong>da</strong> Visitação, os indicadores apresenta<strong>dos</strong> para osatrativos serão avalia<strong>dos</strong> censitariamente (a exceçãodo indicador “poeira”), com o registro qualitativo equantitativo (quando cabível) <strong>da</strong>s observações <strong>em</strong>campo. O procedimento para a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong>valores máximos aceitáveis <strong>de</strong> impacto também<strong>de</strong>v<strong>em</strong> seguir as mesmas pr<strong>em</strong>issas já estabeleci<strong>da</strong>s. ATabela 11 apresenta um resumo do monitoramentopara atrativos.As planilhas <strong>de</strong> Excel serão igualmente compatíveiscom o monitoramento proposto para os atrativos,e po<strong>de</strong>m ser altera<strong>da</strong>s para aten<strong>de</strong>r a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ca<strong>da</strong> ambiente.55


Tabela 1156


Cavernas | Quiosques, etc. | MirantesTabela 11. Sist<strong>em</strong>atização <strong>dos</strong> indicadores, materiais necessários, sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> coleta, padrões e frequência <strong>de</strong> monitoramento para atrativos.INDICADOR MATERIAL SISTEMA DE COLETA PADRÃO FORMA DE AVALIAÇÃO FREQUÊNCIAÁrea <strong>de</strong> vegetação <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong> 1 Folha papel Estabelecer o tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> área Aumento máx. <strong>de</strong> 10%, tomado Quantitativa Prioritariamente após implantação <strong>de</strong> ações /1 Trena (vegetação impacta<strong>da</strong>, solo exposto); a partir <strong>da</strong> medi<strong>da</strong> original estratégias <strong>de</strong> manejo ou anual.1 caneta/lápis Medir as áreas <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong>s a partir <strong>de</strong>formas geométricas simples (quadra<strong>dos</strong>,retângulos, triângulos, círculos);Usar a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> “metro” para mensuração.Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saneamento 1 Planilha Verificar a presença visível <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> 10% Integrativa Prioritariamente após perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong> picos <strong>de</strong>saneamento (disposição ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>de</strong> resíduos); (qualitativa + visitação, após a implantação <strong>de</strong> ações/Verificar a presença <strong>de</strong> odores referentes quantitativa) estratégias <strong>de</strong> manejo ou anual.à falta <strong>de</strong> saneamento (cheiro <strong>de</strong> fezes, urina)Verificar a ausência <strong>de</strong> limpeza.Carreamento <strong>de</strong> solo/ 1 Planilha Observar a presença <strong>de</strong> solo ou material Presente <strong>em</strong> 10% <strong>da</strong> extensão Qualitativa Prioritariamente após implantaçãodo percursomatéria orgânica oriundo do exterior <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s cavi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ações /estratégias <strong>de</strong> manejo ou anual.subterrâneas, transporta<strong>dos</strong> pelos visitantesPoeira 1 Planilha Água <strong>de</strong>ioniza<strong>da</strong> 10% Qualitativa Prioritariamente após perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong> picos <strong>de</strong>1 Flanela branca e limpa Verificar a presença e acúmulo <strong>de</strong> poeira sobre visitação, após a implantação <strong>de</strong> ações /os espeleot<strong>em</strong>as, gera<strong>da</strong> pela suspensão <strong>de</strong>estratégias <strong>de</strong> manejo ou anual.partículas <strong>de</strong> argila e sedimentos nocaminhamento <strong>dos</strong> visitantes.Avaliar s<strong>em</strong>pre o mesmo ponto que sofreo tratamento <strong>de</strong> limpeza, capaz <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminarse o impacto t<strong>em</strong> relação direta com a visitação.


2.11 Ferramentas <strong>de</strong> Auxílio ao <strong>Monitoramento</strong>monitoramento t<strong>em</strong> como material básico osO seguintes equipamentos:• Fichas <strong>de</strong> campo;• Trena;• Caneta• PranchetaEsses materiais são requisitos mínimos para queas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> monitoramento ocorram s<strong>em</strong>dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Contudo, exist<strong>em</strong> outros recursos quepo<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>dos</strong> para auxiliar nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>campo. A Tabela 12, abaixo, apresenta uma listasecundária <strong>de</strong> materiais e suas indicações <strong>de</strong> uso<strong>em</strong> campo.O registro fotográfico é recomendável para<strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> monitoramento, <strong>em</strong>boranão seja <strong>de</strong>terminante.Fotos toma<strong>da</strong>s <strong>de</strong> um mesmo ponto permit<strong>em</strong> oacompanhamento <strong>da</strong> evolução <strong>dos</strong> indicadores <strong>de</strong>maneira visual. Um bom ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong>ssa aplicaçãopo<strong>de</strong> ser feito para largura <strong>da</strong> trilha. Fotos tira<strong>da</strong>s <strong>de</strong>um mesmo ponto e com o mesmo enquadramento,mas <strong>em</strong> momentos distintos permit<strong>em</strong> verificar asituação do leito <strong>da</strong> trilha, observando se a larguraaumentou, diminuiu ou permanece a mesma entreos perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong> monitoramento.Tabela 12. Lista <strong>de</strong> material opcional para o monitoramento.Equipamento FunçãoObjetivoCâmera Registro fotográfico Registrar os impactos verifica<strong>dos</strong>;FotográficaComparar a evolução <strong>dos</strong> impactos ao longo do t<strong>em</strong>po;Determinar a localização <strong>de</strong> impactos referenciandoos a pontos específicos;Fitas <strong>de</strong> Referenciar áreas D<strong>em</strong>arcar áreas /pontos específicos on<strong>de</strong> uma ação <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong>v<strong>em</strong>arcaçãoser realiza<strong>da</strong>, <strong>de</strong>ixando claro on<strong>de</strong> se encontra o impacto ou on<strong>de</strong> aintervenção <strong>de</strong>ve ocorrer.57


3.Lista Compl<strong>em</strong>entar <strong>de</strong>Indicadores e <strong>Impactos</strong>Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> e Gestão <strong>dos</strong>O <strong>Impactos</strong> <strong>da</strong> Visitação selecionou uma listamínima <strong>de</strong> oito indicadores para seu programa <strong>de</strong>monitoramento. Esta proposição foi toma<strong>da</strong> combase no conceito do Projeto FAPESP, que, <strong>da</strong> mesmaforma, propôs uma lista mínima <strong>de</strong> sete indicadores,aplicáveis a to<strong>da</strong>s as UC do Estado <strong>de</strong> São Paulo.Contudo, ca<strong>da</strong> UC po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve compl<strong>em</strong>entar a lista<strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> impactos <strong>da</strong> visitação, <strong>de</strong> acordocom a sua reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, para verificar impactos específicospara uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> situação ou ambiente. Não hálimites ou regras para quantos ou quais indicadores<strong>de</strong>v<strong>em</strong> compl<strong>em</strong>entar a listag<strong>em</strong> mínina. Contudo, obom senso <strong>de</strong>ve nortear esta <strong>de</strong>cisão.Antes <strong>de</strong> escolher um indicador, é necessário verificarse a UC po<strong>de</strong> suprir as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s <strong>de</strong> recursos que aanálise <strong>de</strong>ste indicador po<strong>de</strong> exigir. É imprescindíveltambém avaliar a real necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> umindicador e quais contribuições sua análise po<strong>de</strong>trazer para o manejo <strong>da</strong> área e <strong>da</strong> visitação.São inúmeras as possíveis escolhas <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong>impactos <strong>da</strong> visitação. A Tabela 13 apresenta umalista proposta por Graefe et al (1990), com indicadores<strong>de</strong> impactos físicos, biológicos e sociais.De acordo com Graefe et al. (1990), é importantereconhecer que não há um único indicador ou conjunto<strong>de</strong> indicadores apropria<strong>dos</strong> para to<strong>da</strong>s as situações. Aescolha <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong> impacto<strong>em</strong> questão e <strong>de</strong> características particulares do local.Muitos <strong>de</strong>stes indicadores não são diretamenteobserváveis, não respon<strong>de</strong>m facilmente a ações <strong>de</strong>manejo e ain<strong>da</strong> exig<strong>em</strong> um gran<strong>de</strong> esforço para suaanálise e interpretação. Outros não têm associaçãoimediata com a visitação e, assim sendo, fog<strong>em</strong> doescopo proposto para o Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> eGestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong> <strong>da</strong> Visitação.Alguns indicadores como: <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>, compactação,pH, química e produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do solo exig<strong>em</strong> umcomplexo trabalho <strong>de</strong> campo, incluindo coleta <strong>de</strong>amostras e análises laboratoriais. Não obstante, énecessário um conhecimento técnico para manuseiodo equipamento e, principalmente, para coleta<strong>da</strong>s amostras. Por este motivo, o <strong>em</strong>prego <strong>de</strong>ssesindicadores não é aconselhável.De todo modo, é possível que alguns <strong>de</strong>ssesparâmetros sejam observa<strong>dos</strong> indiretamente através<strong>de</strong> outros indicadores <strong>de</strong> impactos, que são facilmenteobserváveis e mensuráveis <strong>em</strong> campo. Segue umabreve lista <strong>de</strong> indicadores que po<strong>de</strong>m ser acresci<strong>dos</strong> àlista <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> impactos proposta:Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serapilheiraA avaliação <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serapilheira indica oimpacto que a visitação causa sobre o leito <strong>da</strong> trilha. Aausência <strong>de</strong> serapilheira po<strong>de</strong> alterar as proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>sfísicoquímicas do solo, contribuindo, para acompactação do solo. O estabelecimento <strong>dos</strong> limitesaceitáveis <strong>de</strong> impactos (padrão) <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar o tipo<strong>de</strong> vegetação na qual a trilha ou atrativo está inserido,b<strong>em</strong> como variações com as estações do ano. Por58


Tabela 13. Lista <strong>de</strong> possíveis indicadores <strong>de</strong> impactos ecológicos e sociais.IMPACTOS FÍSICOS• Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> do solo• Erosão visível• Compactação do solo• Drenag<strong>em</strong> do solo• pH do solo• Química do solo• Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serapilheira e• Produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do solocama<strong>da</strong> orgânica superficial• Profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serapilheira e cama<strong>da</strong> orgânica• Área s<strong>em</strong> vegetação• Área <strong>de</strong> solo nu• Área total <strong>de</strong> camping• Nº <strong>de</strong> fogueiras• Tamanho <strong>da</strong>s áreas <strong>da</strong>s fogueiras• Nº <strong>de</strong> trilhas não oficiaisIMPACTOS BIOLÓGICOS• Fauna do solo e micro flora• Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> cobertura do solo• % <strong>de</strong> per<strong>da</strong> <strong>de</strong> cobertura vegetal• Composição <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> plantas• Diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> plantas• Proporção <strong>de</strong> espécies exóticas• Altura <strong>da</strong>s plantas• Vigor <strong>da</strong>s espécies seleciona<strong>da</strong>s• Extensão <strong>de</strong> vegetação doente• Extensão <strong>dos</strong> <strong>da</strong>nos às árvores• Número <strong>de</strong> plântulas• Exposição <strong>da</strong>s raízes <strong>da</strong>s árvores• Abundância <strong>de</strong> espécies silvestres• Presença/Ausência <strong>de</strong> fauna silvestre seleciona<strong>da</strong>• Freqüência <strong>de</strong> observação <strong>de</strong> fauna silvestre • Diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fauna silvestre• Sucesso na reprodução <strong>da</strong> fauna silvestreIMPACTOS SOCIAIS• Nº <strong>de</strong> encontros com outros indivíduos/dia • Nº <strong>de</strong> encontros por tipo <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>• Nº <strong>de</strong> encontros por meio <strong>de</strong> transporte• Nº <strong>de</strong> encontros por tamanho <strong>de</strong> grupo• Nº <strong>de</strong> encontros com outros grupos por dia • Percepção do visitante sobre lotação• Nº <strong>de</strong> encontros por local <strong>de</strong> encontro• Nº <strong>de</strong> reclamações <strong>dos</strong> visitantes• Percepção do visitante sobre o impacto no ambiente • Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> lixo na área• Satisfação do visitante• Relatos <strong>de</strong> visitantes sobre comportamentoin<strong>de</strong>sejável <strong>de</strong> outros visitantesFONTE: Graefe et al (1990)ex<strong>em</strong>plo, trilhas localiza<strong>da</strong>s <strong>em</strong> uma área <strong>de</strong> MataAtlântica po<strong>de</strong>m apresentar valores <strong>de</strong> serapilheiramaiores que uma trilha localiza<strong>da</strong> no bioma Cerrado.Deve ser avalia<strong>da</strong> a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serapilheira noponto amostral, cobrindo uma área <strong>de</strong> 50x50cm (0,25m²), atribuindo-se os valores: (1) para mais <strong>de</strong> 25% <strong>de</strong>área exposta ou solo nu; (0) quando menos <strong>de</strong> 25%<strong>da</strong> área do quadrado está exposta. Po<strong>de</strong>-se utilizar umquadro vazado (moldura), ou mesmo uma trena para<strong>de</strong>limitar a área. É i<strong>de</strong>al também que se compare oponto amostral com áreas adjacentes, para verificarcomo a serapilheira se apresenta <strong>em</strong> áreas s<strong>em</strong> aintervenção humana.59


Número <strong>de</strong> indícios <strong>de</strong> fogoContar o número <strong>de</strong> pontos com vestígios <strong>de</strong> fogueira.Este indicador por ser avaliado através <strong>de</strong> uma análisecensitária, verificando-se a sua ocorrência entre asseções <strong>da</strong> trilha ou no atrativo, indicando valores <strong>de</strong> (1)para presença e (0) para ausência.Estratégias <strong>de</strong> manejoOs impactos <strong>da</strong> visitação sobre a serapilheira ocorr<strong>em</strong>mesmo <strong>em</strong> áreas com pouco uso e baixo impacto <strong>da</strong>visitação, assim como ocorre com a compactação <strong>dos</strong>olo, restringindo com isso o espectro <strong>de</strong> possíveis ações<strong>de</strong> manejo para este indicador.Em alguns casos este probl<strong>em</strong>a po<strong>de</strong> ser minimizadoatravés <strong>da</strong> limitação <strong>da</strong> área <strong>de</strong> pisoteio, reduzindocom isso a área afeta<strong>da</strong> e a consequente per<strong>da</strong> <strong>de</strong>serapilheira no solo. Esta estratégia também po<strong>de</strong>ser usa<strong>da</strong>, como mencionado, para a diminuição <strong>da</strong>largura <strong>da</strong> trilha. Em outros casos, existe uma cultura<strong>de</strong> “limpeza” do leito <strong>da</strong> trilha, on<strong>de</strong> funcionários <strong>da</strong>UC r<strong>em</strong>ov<strong>em</strong> periodicamente as folhagens caí<strong>da</strong>s,mantendo o solo exposto com o objetivo <strong>de</strong> diminuiros riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes com animais peçonhentos,que po<strong>de</strong>m se camuflar por entre a serapilheira.Neste caso, a diminuição <strong>da</strong> serapilheira não <strong>de</strong>veser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> um impacto <strong>da</strong> visitação. Uma açãoeducativa volta<strong>da</strong> aos funcionários <strong>da</strong> UC <strong>de</strong>ve serimpl<strong>em</strong>enta<strong>da</strong> para <strong>de</strong>monstrar a importância efunção <strong>da</strong> serapilheira no solo.Estratégias <strong>de</strong> manejoOs indícios <strong>de</strong> fogo po<strong>de</strong>m ter duas gran<strong>de</strong>scausas: o mau comportamento do visitante e o<strong>de</strong>sconhecimento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s compatíveis coma área e seu a<strong>de</strong>quado uso. Com vistas a essas duaspossibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, as estratégias que po<strong>de</strong>m ser adota<strong>da</strong>spara eliminar o probl<strong>em</strong>a são: fiscalização maispresente e atuante e educação para o mínimo impactovolta<strong>da</strong> aos visitantes. É essencial também informar osvisitantes sobre to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s permiti<strong>da</strong>s na UC,b<strong>em</strong> como os locais on<strong>de</strong> elas po<strong>de</strong>m ser pratica<strong>da</strong>s.Este indicador também po<strong>de</strong> ser utilizado <strong>em</strong> áreas <strong>de</strong>camping e locais <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso. Nestes pontos, é muitocomum a presença <strong>de</strong> fogueiras, mesmo que estassejam proibi<strong>da</strong>s, <strong>em</strong> diversos ambientes e situações.Quando as fogueiras são oficialmente admiti<strong>da</strong>s nessasáreas, só <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser contabiliza<strong>da</strong>s as realiza<strong>da</strong>s fora <strong>dos</strong>locais pré-<strong>de</strong>termina<strong>dos</strong>.Presença <strong>de</strong> espécies exóticas e/ouinvasorasEste indicador havia sido previsto para a lista mínima<strong>de</strong> impactos <strong>da</strong> visitação do Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong>e Gestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong> <strong>da</strong> Visitação. Contudo, apósas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do Projeto Piloto, ele foi excluído, frenteàs dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> observação e i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>ssasespécies <strong>em</strong> campo e, também, <strong>de</strong>vido à difícilassociação <strong>da</strong> presença <strong>de</strong> espécies exóticas ouinvasoras com a visitação.Desse modo, este indicador passou a ser uma sugestãopara o monitoramento e <strong>de</strong>ve ser feito através do60


egistro <strong>da</strong> presença (1) ou ausência (0) <strong>de</strong> espéciesexóticas e/ou invasoras nos pontos <strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong>.O registro do nome popular <strong>da</strong> planta é fun<strong>da</strong>mental,e seu nome científico <strong>de</strong>sejável para se compreen<strong>de</strong>ro comportamento <strong>da</strong> espécie e assim estabelecer omanejo mais a<strong>de</strong>quado para a erradicação.Estratégias <strong>de</strong> manejoAs ações <strong>de</strong> manejo sugeri<strong>da</strong>s para este impacto têmrelação direta com a visitação. Consi<strong>de</strong>rando que aintrodução <strong>de</strong>ssas espécies ocorre através do usopúblico, as seguintes ações <strong>de</strong> manejo po<strong>de</strong>m seradota<strong>da</strong>s:1. Exigir o uso <strong>de</strong> calça<strong>dos</strong> limpos, s<strong>em</strong> a presença<strong>de</strong> barro, sedimentos orgânicos que possamtransportar s<strong>em</strong>entes <strong>de</strong> um local para outro. Comoex<strong>em</strong>plo, po<strong>de</strong>mos citar o caso <strong>de</strong> um visitante querealizou ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> cavalga<strong>da</strong>s <strong>em</strong> uma áreapróxima ao parque e, por consequência pisoteouáreas com fezes <strong>de</strong> cavalos (que geralmentecontêm uma gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> s<strong>em</strong>entes <strong>de</strong>espécies exóticas e/ou invasoras) e, <strong>em</strong> segui<strong>da</strong>percorreu algumas trilhas do parque com o mesmocalçado, po<strong>de</strong>ndo diss<strong>em</strong>inar essas s<strong>em</strong>entes aolongo do caminho.2. Aplicar a educação para o mínimo impacto,informando os visitantes <strong>da</strong> importância <strong>de</strong> não<strong>de</strong>scartar <strong>em</strong> áreas naturais restos <strong>de</strong> frutas coms<strong>em</strong>entes <strong>de</strong> potencial germinativo. É comum <strong>em</strong>algumas UC verificar ao longo <strong>da</strong>s trilhas árvores <strong>de</strong>goiaba, mexerica, manga, entre outras. Muitas <strong>de</strong>ssasespécies foram introduzi<strong>da</strong>s proposita<strong>da</strong>mente,contudo outras se <strong>de</strong>senvolveram pelo <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong>s<strong>em</strong>entes nas áreas naturais.3. Outra ação importante é a erradicação <strong>da</strong>s espéciesexóticas e/ou invasoras já existentes. A r<strong>em</strong>oção<strong>de</strong>ssas espécies é <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a importância,promovendo a reconstrução <strong>da</strong> composiçãonatural do ambiente e evitando a dispersão <strong>da</strong>espécie. Este tipo <strong>de</strong> ação <strong>de</strong>ve ser precedido <strong>de</strong>esclarecimentos aos visitantes, moradores locais e<strong>de</strong>mais grupos <strong>de</strong> interesse (stakehol<strong>de</strong>rs) para seevitar interpretações errôneas que acarret<strong>em</strong> maujuízo sobre a gestão <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>.Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saneamentoEstes estão comumente associa<strong>dos</strong> à falta <strong>de</strong> infraestrutura,ao mau comportamento e à falta <strong>de</strong>informação transmiti<strong>da</strong> ao visitante. Caracteriza-sebasicamente pela presença <strong>de</strong> <strong>de</strong>jetos humanos (urinae fezes, ou a simples presença do odor <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>jetos).A verificação <strong>de</strong>ste indicador se dá através do registro<strong>da</strong> presença (1) ou ausência (0), e po<strong>de</strong> ser verificado<strong>de</strong> forma censitária, ao longo <strong>da</strong>s seções, já que apresença <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> impacto po<strong>de</strong> acarretar gravesconsequências para a contaminação <strong>de</strong> corpos d’águae gran<strong>de</strong> impacto na experiência do visitante.No monitoramento, será possível <strong>de</strong>terminar se estesprobl<strong>em</strong>as ocorr<strong>em</strong> exclusivamente pelo mau usodo local, estando assim diretamente relaciona<strong>dos</strong>aos impactos <strong>da</strong> visitação, ou se estão associa<strong>dos</strong> aprobl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> planejamento e dimensionamentopara a <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> uso.Estratégias <strong>de</strong> manejoNeste caso, as ações <strong>de</strong> manejo mais indica<strong>da</strong>s são comrelação à educação para o mínimo impacto, instruindoo visitante para as consequências que esse tipo <strong>de</strong>impacto po<strong>de</strong> causar. É essencial avisar o visitante sobreas limitações <strong>de</strong> trilha ou atrativo com relação às suasestruturas gerais e, nesse caso, sanitárias. Po<strong>de</strong>m serapresenta<strong>da</strong>s também alternativas <strong>de</strong> mínimo impactoon<strong>de</strong> não existam estruturas sanitárias, evitando oureduzindo a amplitu<strong>de</strong> do impacto.61


4. Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong>Um programa <strong>de</strong> monitoramento exige oregistro e manutenção <strong>de</strong> seus <strong>da</strong><strong>dos</strong> <strong>de</strong> formasist<strong>em</strong>ática, <strong>de</strong> simples operacionalização e quepermita a verificação <strong>da</strong> evolução <strong>de</strong>sses indicadoresao longo do t<strong>em</strong>po.Inúmeros sist<strong>em</strong>as, ferramentas e maneiras <strong>de</strong> criar essesbancos <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong> estão, hoje, disponíveis no mercado.Contudo, alguns fatores po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong>limitantes na escolha <strong>de</strong>sses sist<strong>em</strong>as, como:• Elevado custo <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> um programa(software) específico;• D<strong>em</strong>an<strong>da</strong>s técnicas <strong>de</strong> um programa (software)específico, exigindo treinamento <strong>dos</strong> funcionáriosresponsáveis pela sua operação;• Possível exigência operacional do programa(software), vinculado a internet e provedoresespecíficos.Estes são alguns <strong>dos</strong> aspectos mais contun<strong>de</strong>ntes,po<strong>de</strong>ndo impedir a escolha ou uso <strong>de</strong> um programaque permita gerenciar e armazenar os <strong>da</strong><strong>dos</strong>coleta<strong>dos</strong> <strong>em</strong> campo, a partir do monitoramento.Frente a essas limitações, optou-se por utilizar oprograma Excel, integrante do pacote MicrosoftOffice para Windows. Este programa é <strong>de</strong> fácil acesso,<strong>de</strong> amplo uso e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong>conectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> via internet. Ain<strong>da</strong>, por fazer parte dopacote Office, é provável que já exista <strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as UCque contam com computadores.Não obstante os pontos favoráveis pela adoção<strong>de</strong> um programa baseado no sist<strong>em</strong>a Excel, a suaestrutura permitirá a a<strong>de</strong>quação do programa <strong>de</strong>monitoramento <strong>de</strong> acordo com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>UC, através <strong>da</strong> inserção <strong>de</strong> novos indicadores, linhas,colunas, gráficos e fórmulas.Os recursos mínimos necessários para o uso doprograma proposto são:• Computador com o Sist<strong>em</strong>a Microsoft Windows97 ou superior e pacote Microsoft Office 97 ousuperior.4.1 Benefícios e Aplicabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do <strong>Monitoramento</strong><strong>de</strong> <strong>Impactos</strong>manutenção <strong>de</strong> um banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong> doA monitoramento é imprescindível para oentendimento do comportamento <strong>dos</strong> impactos <strong>da</strong>visitação <strong>em</strong> função do t<strong>em</strong>po e, ain<strong>da</strong>, <strong>em</strong> função<strong>de</strong> situações particulares e/ou atípicas (como picos<strong>de</strong> visitação, mu<strong>da</strong>nças ambientais significativas eoutras) além <strong>de</strong> permitir visualizar a eficiência <strong>de</strong>ações <strong>de</strong> manejo <strong>em</strong>prega<strong>da</strong>s com o objetivo <strong>de</strong>reduzir os impactos verifica<strong>dos</strong>.Alguns parques norte-americanos apresentam casos<strong>de</strong> déca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> monitoramento para áreas <strong>de</strong> uso62


público. Um ex<strong>em</strong>plo é o monitoramento <strong>da</strong>s áreas<strong>de</strong> camping no Yos<strong>em</strong>ite National Park.Em um estudo que analisou quase 30 anos <strong>de</strong>monitoramento, foram consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> os impactosprovoca<strong>dos</strong> nass áreas <strong>de</strong> acampamento. Os resulta<strong>dos</strong><strong>de</strong>ste trabalho permitiram o estabelecimento <strong>de</strong> umalinha <strong>de</strong> base para as condições naturais e variações<strong>da</strong> área, garantindo a distinção entre característicasnaturais do ambiente e características altera<strong>da</strong>s <strong>em</strong>função <strong>da</strong> visitação.Esse registro t<strong>em</strong>poral permitiu também a<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> quando, on<strong>de</strong> e quais as razões <strong>de</strong>ocorrência <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças significativas, além <strong>de</strong> permitiro rastreamento <strong>de</strong>ssas alterações ao longo <strong>dos</strong> anos.Por último, a análise <strong>dos</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong> <strong>de</strong>ste trabalho permitiuo entendimento <strong>da</strong> relação entre as condiçõesnaturais do ambiente, a experiência do visitante e omanejo <strong>dos</strong> recursos naturais.Segundo Boyers (in Cole et al, 2000), <strong>em</strong> 1972, frenteà crescente <strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> uso público no Yos<strong>em</strong>iteNational Park, um grupo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 30 pesquisadoresiniciou um trabalho <strong>de</strong> diagnóstico e monitoramento<strong>em</strong> uma área com mais <strong>de</strong> 280.000 ha, varrendoquase a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> área <strong>de</strong>dica<strong>da</strong> ao uso público.63


Foi realiza<strong>da</strong> a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>talha<strong>da</strong> <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 7.000áreas <strong>de</strong> camping, quase 1.300 km <strong>de</strong> trilhas e, ain<strong>da</strong>,percursos aquáticos abertos à visitação.No <strong>de</strong>correr <strong>dos</strong> anos, o trabalho <strong>de</strong> monitoramentocontinuou a ser executado e, nesse período,o processo <strong>de</strong> monitoramento passou pormodificações, através <strong>da</strong> inclusão <strong>de</strong> novosindicadores, <strong>em</strong>prego <strong>de</strong> novas metodologias eoutras alterações. Contudo, a sua base primáriapermitiu o acompanhamento <strong>da</strong> evolução <strong>dos</strong>impactos e, assim, a comparação <strong>de</strong>stes durante osdiversos perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong> monitoramento, facilitando oentendimento <strong>da</strong> dinâmica <strong>dos</strong> impactos <strong>em</strong> função<strong>de</strong> múltiplas variações (<strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> visitação,alterações ambientais, etc.).A análise <strong>de</strong>stes <strong>da</strong><strong>dos</strong> permitiu observar resulta<strong>dos</strong>bastante significativos ao longo do t<strong>em</strong>po, como adiminuição <strong>de</strong> 17% <strong>da</strong>s áreas <strong>de</strong> camping entre oprimeiro e o último monitoramento realizado, e amelhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> ambiental <strong>da</strong>s áreas <strong>de</strong> campingexistentes. Por meio <strong>de</strong>stes, e outros resulta<strong>dos</strong>, foipossível verificar que as ações <strong>de</strong> manejo forameficientes e resultaram na expressiva diminuição <strong>dos</strong>impactos <strong>da</strong> visitação ao longo <strong>dos</strong> anos.A contribuição mais importante, que este históricodo monitoramento trouxe para o caso do Yos<strong>em</strong>iteNational Park, foi a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> leitura crítica<strong>dos</strong> impactos e a verificação <strong>da</strong> sua evolução eoscilações. Assim, foi possível aferir <strong>de</strong> forma maissegura as possíveis causas <strong>dos</strong> impactos gera<strong>dos</strong> pelavisitação e, por consequência, propor estratégias <strong>de</strong>manejo mais acerta<strong>da</strong>s e eficientes para a reversão ouminimização <strong>dos</strong> seus efeitos.Outro ex<strong>em</strong>plo são os vinte anos <strong>de</strong> monitoramentodo Bob Marshall Wil<strong>de</strong>rness Complex (BMWC),conduzido pelo Serviço Florestal <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>,<strong>em</strong> conjunto com m<strong>em</strong>bros eleitos <strong>da</strong> população.Para este caso, o monitoramento foi realizado <strong>em</strong>quatro gran<strong>de</strong>s ciclos <strong>de</strong> monitoramento, concluí<strong>dos</strong>a ca<strong>da</strong> cinco anos. Ao final <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> período <strong>de</strong>monitoramento, realizado s<strong>em</strong>pre no verão, to<strong>da</strong>a equipe responsável por esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> se reunia ealimentava o banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong> correspon<strong>de</strong>nte. Nestaocasião, também era elaborado o relatório com osresulta<strong>dos</strong> pontuais do monitoramento, que tinhamcaráter aberto e informal. Ao final do ciclo <strong>de</strong> cincoanos <strong>de</strong> monitoramento, um relatório oficial erapublicado, com sumários <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e resulta<strong>dos</strong>.O programa foi baseado na metodologia LAC – Limit ofAcceptable Change, e pô<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar se os impactosexce<strong>de</strong>ram os limites estabeleci<strong>dos</strong> pelos padrõespara os indicadores físicos, biológicos e sociais, além<strong>de</strong> apresentar ações <strong>de</strong> manejo capazes <strong>de</strong> mitigar osimpactos encontra<strong>dos</strong>.A manutenção <strong>de</strong> um banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong> domonitoramento é imprescindível para oentendimento do comportamento <strong>dos</strong>impactos <strong>da</strong> visitação.Em 2008, Castren publicou um artigo sobre os vinteanos <strong>de</strong> monitoramento do BMWC. Neste trabalho, oautor menciona a importância do histórico <strong>dos</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong><strong>de</strong> monitoramento e do comprometimento <strong>de</strong> to<strong>dos</strong>os envolvi<strong>dos</strong> nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> monitoramento(guar<strong>da</strong>-parques, voluntários, m<strong>em</strong>bros <strong>da</strong>comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, estagiários e outros).Como po<strong>de</strong>mos observar nos dois casos cita<strong>dos</strong>, ouso <strong>de</strong> ferramentas numéricas e <strong>da</strong> interpretaçãográfica <strong>da</strong>s ocorrências <strong>de</strong> impactos, estrutura<strong>da</strong>s<strong>em</strong> um banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong>, é bastante difundido nosprogramas <strong>de</strong> monitoramento <strong>de</strong> diversos parques64


e áreas naturais protegi<strong>da</strong>s. Para o Yos<strong>em</strong>ite, to<strong>dos</strong>os resulta<strong>dos</strong> do monitoramento foram converti<strong>dos</strong><strong>em</strong> gráficos, facilitando a compreensão e leitura <strong>da</strong>sinformações na linha do t<strong>em</strong>po.O Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> e Gestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong><strong>da</strong> Visitação segue esta linha <strong>de</strong> ação. Através <strong>da</strong>alimentação <strong>da</strong> planilha proposta, será possívelvisualizar, <strong>em</strong> forma gráfica, as alterações <strong>da</strong>s condições<strong>dos</strong> impactos e as respostas <strong>de</strong>stes às estratégias <strong>de</strong>manejo aplica<strong>da</strong>s <strong>em</strong> campo com o objetivo <strong>de</strong> reduziros <strong>da</strong>nos verifica<strong>dos</strong> nas áreas atingi<strong>da</strong>s.É possível e <strong>de</strong>sejável que o plano <strong>de</strong>monitoramento ora apresentado seja a base <strong>de</strong>um longo programa <strong>de</strong> monitoria <strong>dos</strong> impactos <strong>da</strong>visitação nas UC do Estado <strong>de</strong> São Paulo, seguindoos ex<strong>em</strong>plos cita<strong>dos</strong> acima.4.2 Apresentação do programaPrograma está baseado <strong>em</strong> três planilhas, sendoO que a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong> será feita <strong>em</strong> uma ouduas <strong>de</strong>ssas planilhas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo <strong>de</strong> relatórioque se preten<strong>de</strong> obter a partir do monitoramento.A Figura 9 apresenta as planilhas do programa <strong>de</strong>monitoramento <strong>de</strong>senvolvido para o armazenamento<strong>dos</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong>, estratifica<strong>da</strong>s <strong>de</strong> acordo com a pretensãodo monitoramento.A planilha “<strong>Monitoramento</strong> – Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong>”(Figura 9 – seta A) <strong>de</strong>ve ser preenchi<strong>da</strong> s<strong>em</strong>preque o monitoramento ocorrer, já que esta seráa sua base histórica <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong>, compilando asinformações setoriza<strong>da</strong>s pelo período <strong>de</strong> um ano(com até quatro monitoramentos por ano), compossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> registros para <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> trabalhos.Essa sist<strong>em</strong>atização permitirá o acompanhamento <strong>da</strong>evolução <strong>dos</strong> indicadores <strong>de</strong> impactos neste período.O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong>, utilizadopela SMA, está disponível paradownload no seguinte en<strong>de</strong>reço:www.fflorestal.sp.gov.br/ecoturismodownloads.phpA planilha “<strong>Monitoramento</strong> Pontual” (Figura 9 - setaB) será utiliza<strong>da</strong> para a elaboração <strong>de</strong> um relatório,a partir <strong>de</strong> um ou mais monitoramentos realiza<strong>dos</strong><strong>em</strong> um período <strong>de</strong>terminado (no ano, por ex<strong>em</strong>plo).A planilha foi projeta<strong>da</strong> para comportar o registro<strong>de</strong> até quatro monitoramentos realiza<strong>dos</strong> <strong>em</strong> ummesmo ano ou período (po<strong>de</strong>ndo ser acresci<strong>da</strong><strong>de</strong> tantos outros registros quanto necessário),compilando os resulta<strong>dos</strong> finais <strong>em</strong> um quadroresumo,que alimentará automaticamente aplanilha <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> Pontual. Os <strong>da</strong><strong>dos</strong> <strong>de</strong>sta30B<strong>em</strong>-vindo Monit. Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong> <strong>Monitoramento</strong> Pontual Gráficos Experiência do VisitanteA B C DFigura 9. Planilhas propostas pelo programa <strong>de</strong> monitoramento.65


planilha, que também apresenta um gráfico <strong>da</strong>situação encontra<strong>da</strong>, <strong>de</strong>verão ser compila<strong>dos</strong> nosrelatórios elabora<strong>dos</strong> anualmente.A planilha “Gráficos” (Figura 9 – seta C) é <strong>de</strong>preenchimento automático. Nesta planilha serápossível verificar os indicadores <strong>de</strong> impactos naforma <strong>de</strong> gráficos, permitindo assim visualizar maisfacilmente a evolução <strong>da</strong> ocorrência <strong>dos</strong> indicadoresao longo do t<strong>em</strong>po, s<strong>em</strong>pre comparando-os com ospadrões estabeleci<strong>dos</strong>.Por último, a planilha “Experiência do Visitante”(Figura 9 – seta D), apresenta <strong>de</strong> forma sist<strong>em</strong>ática asperguntas do questionário <strong>da</strong> experiência do visitante.A seguir, serão apresenta<strong>da</strong>s as funções <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>planilha e a forma <strong>de</strong> preenchimento <strong>de</strong>stas.4.2.1 <strong>Monitoramento</strong> - Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong>Esta planilha, na Figura 10 apresenta layoutdiferenciado <strong>da</strong> ficha <strong>de</strong> campo e é a base <strong>de</strong> to<strong>dos</strong>os registros <strong>de</strong> monitoramento realiza<strong>dos</strong>.12345678910111213141516171819202122ProntoA BC D E F GH I J KANO 1B<strong>em</strong>-vindoLargura1 P. (metros) Presença(1)/Ausência(0) Tipo Presença(1)/Ausência(0) Tipo1234<strong>Monitoramento</strong> 15678910Padrão (%) ou (m)Total <strong>de</strong> ocorrências0 00% ou Nº <strong>de</strong> ocorrência/ponto Ø 0.00%0.00%Vmín.Vmáx.Média0.000.000.00Monit. Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong>Danos aos recursos naturaisPONTOS (amostrag<strong>em</strong>)<strong>Monitoramento</strong> Pontual Gráficos Experiência do VisitanteFigura 10. Layout <strong>da</strong> planilha <strong>de</strong> monitoramento – banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong>.Danos à infra-estruturasAlteração docomportamento animalPresença(1)/Ausência(0)66


Sua concepção permite a compilação e interpretação<strong>de</strong> até quatro monitoramentos realiza<strong>dos</strong> <strong>em</strong> um anoou período, com a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> incr<strong>em</strong>ento nonúmero <strong>de</strong> monitoramentos por período (<strong>de</strong> acordocom a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> UC). O preenchimento<strong>de</strong> suas informações é obrigatório, uma vez que estaalimentará a planilha <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> Pontual e a<strong>de</strong> Gráficos.A planilha permite o armazenamento <strong>de</strong> registros <strong>de</strong>até <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> monitoramento. A estratificação <strong>da</strong>planilha <strong>em</strong> quatro momentos <strong>de</strong> monitoramentopor ano po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser mu<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>de</strong> acordo com afrequência <strong>dos</strong> trabalhos a ser estabeleci<strong>da</strong> pela UC.Cabe a UC manipular a planilha, acrescentando oudiminuindo células e colunas para a compilação <strong>dos</strong><strong>da</strong><strong>dos</strong> <strong>de</strong> monitoramento. Neste caso, é importantel<strong>em</strong>brar que, ao copiar células e formatos, é essencialverificar se as fórmulas permanec<strong>em</strong> s<strong>em</strong> alteraçõese se os links <strong>de</strong> células e planilhas permanec<strong>em</strong> comsuas correspondências.4.2.2 <strong>Monitoramento</strong> PontualEsta planilha <strong>de</strong>verá ser utiliza<strong>da</strong> s<strong>em</strong>pre que senecessite <strong>de</strong> um relatório a respeito <strong>de</strong> algummonitoramento específico. Seu preenchimento égerado automaticamente a partir <strong>da</strong>s informações <strong>da</strong>planilha “<strong>Monitoramento</strong> — Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong>”.O layout <strong>de</strong>sta planilha, apresenta<strong>da</strong> na Figura 11,acompanha com gran<strong>de</strong> fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> o <strong>de</strong>senho <strong>da</strong> ficha<strong>de</strong> campo, compl<strong>em</strong>entado por células que traz<strong>em</strong> osvalores padrão para ca<strong>da</strong> indicador, b<strong>em</strong> como pelaoperação mat<strong>em</strong>ática para os <strong>da</strong><strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>.A planilha pontual apresenta ain<strong>da</strong> um resumo <strong>dos</strong>resulta<strong>dos</strong> do monitoramento. Este resumo, Figura12 (próxima página), po<strong>de</strong> ser apresentado nosrelatórios, mostrando <strong>de</strong> forma sucinta e objetiva os<strong>da</strong><strong>dos</strong> gera<strong>dos</strong> a partir do monitoramento.Os <strong>da</strong><strong>dos</strong> <strong>de</strong>sta planilha são obti<strong>dos</strong> através <strong>dos</strong>valores médios anuais registra<strong>dos</strong>.INDICADOR / Verificador PONTOS (amostrag<strong>em</strong>) VALORES FINAISTotal <strong>de</strong> % ou Nº <strong>de</strong>LEITO <strong>da</strong> TRILHA1 2 3 4 5 6 7 8 9 10ocorrências ocorrência/ponto1 Largura (m) 0 não se aplicaTotal <strong>de</strong> % ou Nº <strong>de</strong>DANOS1 2 3 4 5 6 7 8 9 10ocorrências ocorrência/ponto2 Danos aos recursos naturais (0/1) 0 0.00%Padrão Min. Max. Média (m)Padrão3 Danos à infra-estrutura (0/1) 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0 0.00%Total <strong>de</strong> % ou Nº <strong>de</strong>FAUNA1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Padrãoocorrências ocorrência/ponto4 Alteração do comportamento animal (0/1) 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0.00 0 0.00%INDICADOR / VerificadorSEÇÃO (censo)VALORES FINAISTotal <strong>de</strong> % ou Nº <strong>de</strong>LEITO <strong>da</strong> TRILHA1 1-2 2-3 3-4 4-5 5-6 6-7 7-8 8-9 9-10Padrão Min. Max.ocorrências ocorrência/ponto5 Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> (0/1) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0.00% Ø ØMédia (m)ØQuanti<strong>da</strong><strong>de</strong>0.00 0.00 0.000.006 Número <strong>de</strong> trilhas não oficiais 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0.00 0.00% Ø ØØQuanti<strong>da</strong><strong>de</strong>0.00 0.00 0.000.00Total <strong>de</strong> % ou Nº <strong>de</strong>SANEAMENTO1 1-2 2-3 3-4 4-5 5-6 6-7 7-8 8-9 9-10Padrão Min. Max. Média (m)ocorrências ocorrência/ponto7 Presença <strong>de</strong> lixo (0/1) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0.00% Ø Ø ØQuanti<strong>da</strong><strong>de</strong>0 0.00 0.002. Danos aos recursos naturais: (0) ausente (1) presente. Tipos: (1) quebra <strong>de</strong> galhos (2) inscrições <strong>em</strong> árvores (3) plantas pisotea<strong>da</strong>s fora trilha (4) van<strong>da</strong>lismo (5) extração <strong>de</strong> espécies (6) queima<strong>da</strong>s. 3. Danos à infra-estrutura: (0) ausência (1) presençaTipo: (1) pichação (2) r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> estruturas (3) van<strong>da</strong>lismo (4) outros. 4. Alteração do comportamento animal: (0) ausente (1) presente. 5. Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>: (0) ausente (1) presente. Tipos: (1) <strong>em</strong>poçamentos (2) falta <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> (3) falta<strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong> canaletas/sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> (4) erosão (5) outros. 6. Trilhas não oficiais: Causas: (1) lama (2) acesso à água (3) obstáculo natural (4) abreviação <strong>de</strong> percurso (5) outros. 7. Presença <strong>de</strong> lixo: (0) ausente (1) presente.*Amostrag<strong>em</strong>: verificação <strong>dos</strong> indicadores através <strong>de</strong> uma visa<strong>da</strong> <strong>de</strong> 360º nos pontos pré-estabeleci<strong>dos</strong> (pontos on<strong>de</strong> são medi<strong>da</strong>s as larguras <strong>da</strong> trilha). To<strong>dos</strong> os indicadores visíveis a partir do ponto (visa<strong>da</strong>) <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> e registra<strong>dos</strong>.**Censo: a verificação <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong>sses indicadores <strong>de</strong>ve ser feita ao longo <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a extensão <strong>da</strong> seção (entre pontos)ProntoB<strong>em</strong>-vindoMonit. Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong><strong>Monitoramento</strong> Pontual Gráficos Experiência do VisitanteFigura 11. Visualização geral <strong>da</strong> planilha <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> Pontual.67


1234567891011121314151617181920BC D E F G H I J K L M N O P QMédia ou %Resumo Padrão (% ou m)ocorrência/ponto2 Danos aos recursos naturais10% 20.00%3 Danos à infra-estruturas10% 5.00%4 Alteração do comportamento animal10% 10.00%5 Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>20% 30.00%6 Número <strong>de</strong> trilhas não oficiais10% 15.00%7 Presença <strong>de</strong> lixo25% 20.00%1 Largura <strong>da</strong> Trilha 1.50 1.70RESULTADOS DO MONITORAMENTO - ResumoLargura <strong>da</strong> TrilhaPresença <strong>de</strong> lixoNúmero <strong>de</strong> trilhas não oficiaisProbl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>Alteração do comportamentoanimalDanos à infra-estruturasDanos aos recursos naturaisB<strong>em</strong>-vindo Monit. Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong> <strong>Monitoramento</strong> Pontual Gráficos Experiência do Visitante20.00%25%15.00%10%30.00%20%10.00%10%5.00%10%20.00%10%Média ou % ocorrência/ponto Padrão (% ou m)Resultado do <strong>Monitoramento</strong>Valores (% ou m)1.501.70Figura 12. Resumo <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> do monitoramento <strong>da</strong> planilha <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> Pontual.4.2.3 GráficosEsta planilha é automaticamente alimenta<strong>da</strong> como preenchimento <strong>da</strong> planilha do “<strong>Monitoramento</strong>- Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong>” e não <strong>de</strong>ve ser preenchi<strong>da</strong>. Oprincipal objetivo <strong>de</strong> sua construção foi compilar osprincipais números finais do monitoramento e, ain<strong>da</strong>,apresentar estes <strong>da</strong><strong>dos</strong> <strong>de</strong> forma gráfica, permitindoacompanhar a sua evolução, s<strong>em</strong>pre comparando-oscom valores padrão pré-estabeleci<strong>dos</strong> e os resulta<strong>dos</strong><strong>de</strong> ca<strong>da</strong> monitoramento.A Figura 13 (próxima página) apresenta o formatogeral <strong>de</strong>sta planilha.4.2.4 Experiência do visitante -questionáriosEsta planilha foi elabora<strong>da</strong> para compilar asinformações obti<strong>da</strong>s através <strong>dos</strong> questionáriosaplica<strong>dos</strong> aos visitantes. O levantamento <strong>de</strong>ssasinformações <strong>de</strong>verá ser feito, assim como o relatório,anualmente.To<strong>dos</strong> os questionários respondi<strong>dos</strong> ao longo doperíodo <strong>de</strong> um ano <strong>de</strong>verão ser computa<strong>dos</strong> <strong>de</strong> umaúnica vez, somando-se a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> respostasobti<strong>da</strong>s para ca<strong>da</strong> questão. Os comentários / críticas/ sugestões <strong>de</strong>verão ser transcritos fielmentepara o campo específico na planilha, conformeapresentado na Figura 13.Para ca<strong>da</strong> questão, serão gera<strong>dos</strong> gráficos para ilustraros resulta<strong>dos</strong> finais do monitoramento. Assim comopara todo o sist<strong>em</strong>a proposto, a planilha permiteo registro <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> monitoramento, com apossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> expansão.4.2.5 GeralAs planilhas apresenta<strong>da</strong>s foram elabora<strong>da</strong>s paraauxiliar o trabalho <strong>de</strong> registro e manter as informaçõeslevanta<strong>da</strong>s num banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong> único e articulado.Assim como o Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> e Gestão <strong>de</strong><strong>Impactos</strong> <strong>da</strong> Visitação, estas planilhas são genéricas68


e, para ca<strong>da</strong> caso, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s paraaten<strong>de</strong>r a to<strong>da</strong>s as especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> trilha/atrativo. Novos indicadores <strong>de</strong> impactos po<strong>de</strong>m sersoma<strong>dos</strong> aos aqui apresenta<strong>dos</strong>, monitoramentospo<strong>de</strong>m ser acrescenta<strong>dos</strong> <strong>em</strong> ca<strong>da</strong> período, e outroscruzamentos <strong>de</strong> informações po<strong>de</strong>m ser cria<strong>dos</strong>(como clima x impactos; ou intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso ximpactos) Estes representam apenas alguns entreos ajustes que ca<strong>da</strong> UC po<strong>de</strong> incluir, extraindo omáximo proveito <strong>de</strong>sta ferramenta eletrônica, auxiliarno manejo <strong>de</strong> seus atrativos.123456789101112131415161718192021A C D E F GH I J K L M N1. ProcedênciaEstado Total Estado Total Estado TotalAC PB SP 0AL PR Municípios Total 5. Características do local RuimAMPEDanos aos recursos naturaisBAPIDanos às estruturasCERJTrilhasDFRNLimpezaESRSInfra-estrutura e serviçosGORONúmero <strong>de</strong> visitantesMA RR Total geral0MTSCMS SE 6. Retorno à trilha TotalMG TO SimPA SP Total <strong>de</strong> questionários 0 Não2. Sexo TotalMasculinoF<strong>em</strong>inino4. Freqüência <strong>de</strong> Visitação Total Sugestões:Primeira vezAté 3 vezes/anoDe 4 a 10 vezes/anoB<strong>em</strong>-vindo Monit. Banco <strong>de</strong> Da<strong>dos</strong> <strong>Monitoramento</strong> Pontual Gráficos Experiência do VisitanteFigura 13. Planilha <strong>de</strong> registro <strong>da</strong> experiência do visitante.69


Consi<strong>de</strong>rações FinaisPlano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> e Gestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong>O <strong>da</strong> Visitação <strong>de</strong>ve ser entendido como um guiapara a verificação e manejo <strong>dos</strong> impactos <strong>da</strong> visitação<strong>em</strong> áreas naturais. A elaboração do Plano consi<strong>de</strong>roua sua aplicação, <strong>de</strong> forma integral, <strong>em</strong> to<strong>da</strong>s as UC doEstado. De todo modo, as reali<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>stas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> conservação são diferentes, ocupam diversosbiomas ou estruturas vegetacionais específicas,dispõ<strong>em</strong> <strong>de</strong> recursos diferentes e apresentam fluxos<strong>de</strong> visitação bastante distintos.Frente a esta reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, é possível que a aplicaçãointegral do Plano proposto necessite <strong>de</strong> pequenasa<strong>de</strong>quações, <strong>de</strong> acordo com a situação <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> UC. Estaa<strong>de</strong>quação <strong>de</strong>ve ser incentiva<strong>da</strong> e cabe aos gestoresimpl<strong>em</strong>entá-las para aten<strong>de</strong>r completamente àsnecessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> monitoramento <strong>de</strong> sua UC.Se a aplicação do monitoramento, <strong>de</strong> acordo como sist<strong>em</strong>a proposto, for comprometi<strong>da</strong> por falta <strong>de</strong>recursos, ina<strong>de</strong>quação <strong>da</strong> metodologia sugeri<strong>da</strong> ouqualquer outra limitação, é importante que a UCnão <strong>de</strong>ixe <strong>de</strong> monitorar a visitação e os impactoscausa<strong>dos</strong> pela pressão <strong>dos</strong> visitantes na área. Nestecaso, os gestores ou responsáveis pelo uso público<strong>de</strong>v<strong>em</strong> enten<strong>de</strong>r os probl<strong>em</strong>as que estão ocorrendo,<strong>de</strong>scobrir as suas causas e manejá-las <strong>de</strong> acordo coma sua disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos. É muito provávelque, enten<strong>de</strong>ndo a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> situação, surjamsoluções criativas e simples.A concepção do Plano ora apresentado contribuirá parao entendimento <strong>da</strong> evolução <strong>dos</strong> impactos <strong>em</strong> função<strong>da</strong>s estratégias <strong>de</strong> manejo impl<strong>em</strong>enta<strong>da</strong>s, que po<strong>de</strong>mser efetivas e resolver os probl<strong>em</strong>as, ou ineficientes e,neste caso, <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser substituí<strong>da</strong>s ou a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s.As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> monitoramento não se encerramcom a avaliação <strong>em</strong> campo. Tão importante quantoverificar a condição <strong>da</strong>s trilhas e atrativos e osimpactos associa<strong>dos</strong> à visitação é a implantação <strong>de</strong>ações e estratégias <strong>de</strong> manejo capazes <strong>de</strong> reverter oquadro negativo <strong>de</strong>stes impactos.Cabe ao monitoramento avaliar também a efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong>ssas ações <strong>de</strong> manejo.O trabalho <strong>de</strong> monitoramento não po<strong>de</strong> serentendido como o único momento <strong>de</strong> constatação<strong>dos</strong> probl<strong>em</strong>as presentes nas trilhas e atrativos.A verificação <strong>dos</strong> impactos <strong>de</strong>ve ocorrerconstant<strong>em</strong>ente e as intervenções para sua mitigação<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser implanta<strong>da</strong>s o mais rapi<strong>da</strong>mente possível.É igualmente importante que as UC tambémcolabor<strong>em</strong> para o aprimoramento do programa<strong>de</strong> monitoramento. Os gestores <strong>de</strong>v<strong>em</strong> verificara necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> inclusão <strong>de</strong> novos indicadores,estabelecer priori<strong>da</strong><strong>de</strong>s para os indicadores eimpactos mais críticos e a<strong>de</strong>quar o Plano <strong>de</strong><strong>Monitoramento</strong> para um mo<strong>de</strong>lo que melhor aten<strong>da</strong>às suas necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.70


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Lista <strong>de</strong> SiglasBID Banco Interamericano <strong>de</strong> DesenvolvimentoFAPESP Fun<strong>da</strong>ção <strong>de</strong> Amparo a Pesquisa do Estado <strong>de</strong> São PauloFF Fun<strong>da</strong>ção Florestal (SMA)LAC Limits of Acceptable ChangeONG Organização não governamentalPE Parque EstadualPESM Parque Estadual <strong>da</strong> Serra do MarSIEFLOR Sist<strong>em</strong>a Estadual <strong>de</strong> Florestas (SMA/SP)SMA Secretaria do Meio AmbienteUC Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> (s) <strong>de</strong> ConservaçãoVERP Visitors Experience and Resource ProtectionVIM Visitor Impact Manag<strong>em</strong>entWWF-Brasil World Wildlife Fund Brasil75


Anexo 1 - Ficha <strong>de</strong> campoLEVANTAMENTOS DE IMPACTOS DA VISITAÇÃOUC:Trilha (local): FICHA nºAvaliador:DATA: ____ / _____ / 200___Levantamento a ca<strong>da</strong>: m CLIMA ( ) Sol ( ) Chuva ( ) NubladoINDICADORVerificadoresPONTOS* (amostrag<strong>em</strong>)LEITO DA TRILHA 1 2 3 4 5 6 7 8 9 101 Largura (m)DANOS2 Danos aos recursos naturais (0/1)Tipo (1/2/3/4/5/6)3 Danos à infra-estrutura (0/1)Tipo (1/2/3/4)FAUNA4 Alteração comport. animal (0/1)Descrever no versoINDICADORVerificadoresSEÇÃO** (censo)LEITO DA TRILHA 1 1-2 2-3 3-4 4-5 5-6 6-7 7-8 8-9 9-105 Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> (0/1)Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>Tipo (1/2/3/4/5)6 Nº <strong>de</strong> trilhas não oficiaisQuanti<strong>da</strong><strong>de</strong>Causa (1/2/3/4/5)SANEAMENTO7 Presença <strong>de</strong> lixo (0/1)Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>DescreverLEGENDA2. Danos aos recursos naturais: (0) ausente; (1) presente. Tipos: (1) quebra <strong>de</strong> galhos; (2) inscrições <strong>em</strong> árvores; (3) plantas pisotea<strong>da</strong>s foratrilha; (4) van<strong>da</strong>lismo; (5) extração <strong>de</strong> espécies; (6) queima<strong>da</strong>s.3. Danos à infra-estrutura: (0) ausência; (1) presença. Tipo: (1) pichação; (2) r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> estruturas; (3) van<strong>da</strong>lismo; (4) outros.4. Alteração do comportamento animal: (0) ausente; (1) presente.5. Probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>: (0) ausente; (1) presente. Tipos: (1) <strong>em</strong>poçamento; (2) falta <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>; (3) falta <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong>canaletas / sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>; (4) erosão; (5) outros.6. Nº <strong>de</strong> trilhas não oficiais: Causas: (1) lama; (2) acesso à água; (3) obstáculo natural; (4) abreviação <strong>de</strong> percurso; (5) outros.7. Presença <strong>de</strong> lixo: (0) ausente; (1) presente.*Amostrag<strong>em</strong>: verificação <strong>dos</strong> indicadores através <strong>de</strong> uma visa<strong>da</strong> <strong>de</strong> 360º nos pontos pré-estabeleci<strong>dos</strong> (pontos on<strong>de</strong> são medi<strong>da</strong>s aslarguras <strong>da</strong> trilha). To<strong>dos</strong> os indicadores visíveis a partir do ponto (visa<strong>da</strong>) <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> e registra<strong>dos</strong>.**Censo: a verificação <strong>de</strong> ocorrência <strong>de</strong>sses indicadores <strong>de</strong>ve ser feita ao longo <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a extensão <strong>da</strong> seção (entre pontos).76


Anexo 2 - Questionário <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong> visitaçãoGoverno do Estado <strong>de</strong> São PauloParque EstadualQUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA VISITAÇÃOPara um melhor gerenciamento <strong>da</strong>s trilhas do parque é importante conhecer a opinião sobre a experiência <strong>de</strong> sua visita.Agra<strong>de</strong>c<strong>em</strong>os por reservar alguns minutos para respon<strong>de</strong>r a estas questões.1. De qual ci<strong>da</strong><strong>de</strong>/Estado você é? ____________________________________________________________________________2. Sexo: [ ] masculino [ ] f<strong>em</strong>inino3. Qual a sua i<strong>da</strong><strong>de</strong>: [ ] ≤ 10 anos [ ] 11 a 20 anos [ ] 21 a 40 anos [ ] ≥ 41 anos4. Com que freqüência você visita o Parque: [ ] primeira vez [ ] até 3 vezes/ano [ ] <strong>de</strong> 4 a 10 vezes/ano [ ] mais <strong>de</strong> 10 vezes/ano5. Como as características abaixo influenciaram sua visita?CARACTERÍSTICA SITUAÇÃO QUE VOCÊ VIU COMO INFLUENCIOU SUA VISITADANOS AOS RECURSOS NATURAISÁrvores <strong>da</strong>nifica<strong>da</strong>s/risca<strong>da</strong>s, plantas pisotea<strong>da</strong>s, [ ] ruim [ ] boa [ ] na<strong>da</strong> [ ] médioinscrições <strong>em</strong> rochas, etc. [ ] aceitável [ ] excelente [ ] pouco [ ] muitoDANOS ÀS ESTRUTURASConstruções <strong>da</strong>nifica<strong>da</strong>s, van<strong>da</strong>lismo, [ ] ruim [ ] boa [ ] na<strong>da</strong> [ ] médiopichações, outros. [ ] aceitável [ ] excelente [ ] pouco [ ] muitoTRILHASTrilhas bifurca<strong>da</strong>s, falta <strong>de</strong> sinalização, erosão, [ ] ruim [ ] boa [ ] na<strong>da</strong> [ ] médioprobl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong> (poças e lama), [ ] aceitável [ ] excelente [ ] pouco [ ] muitorisco <strong>de</strong> escorregar, outrosLIMPEZAPresença <strong>de</strong> lixo, cheiro <strong>de</strong>sagradável, outros. [ ] ruim [ ] boa [ ] na<strong>da</strong> [ ] médio[ ] aceitável [ ] excelente [ ] pouco [ ] muitoINFRA-ESTRUTURA E SERVIÇOSCentro <strong>de</strong> informações, centro <strong>de</strong> visitantes, [ ] ruim [ ] boa [ ] na<strong>da</strong> [ ] médioplacas <strong>de</strong> sinalização, estruturas na trilha, outros. [ ] aceitável [ ] excelente [ ] pouco [ ] muitoNÚMERO DE VISITANTESQuanto ao número <strong>de</strong> visitantes, [ ] vazia [ ] cheia [ ] na<strong>da</strong> [ ] médiopara você a trilha estava: [ ] mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> [ ] lota<strong>da</strong> [ ] pouco [ ] muito6. Consi<strong>de</strong>rando a situação atual, você voltaria à trilha? [ ] Sim [ ] Não7. Para você, esta visita às trilhas do Parque foi uma experiência: [ ] Comum [ ] Previsível [ ] Satisfatória [ ] Marcante [ ] InesquecívelAlguma sugestão ou reclamação?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________OBRIGADO POR RESPONDER A ESTAS QUESTÕES!Ficha Nº_________ Data: _____ /_ ____ /_____ SIEFLOR77


Secretaria do Meio AmbienteAv. Professor Fre<strong>de</strong>rico Hermann Jr., 34505459-900 - São Paulo – SPFone: (11) 3133-3000www.ambiente.sp.gov.brecoturismo@fflorestal.sp.gov.brDisque Ambiente0800 113560Este material foi impresso <strong>em</strong> papel fabricado com ma<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> reflorestamento certificadocom o selo do FSC (Conselho <strong>de</strong> Manejo Florestal) e <strong>de</strong> outras fontes controla<strong>da</strong>s.A certificação segue padrões internacionais <strong>de</strong> controles ambientais e sociais.78


A P O I O

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