<strong>de</strong>terminado pelo padrão, então po<strong>de</strong>mos enten<strong>de</strong>rque o impacto existe e uma ação <strong>de</strong> manejo <strong>de</strong>ve serrealiza<strong>da</strong> para reduzi-lo.Esta fase compara a situação existente com ospadrões <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong> na etapa anterior, através <strong>da</strong>avaliação <strong>da</strong>s condições atuais por meio <strong>dos</strong>indicadores <strong>de</strong> impacto seleciona<strong>dos</strong>. Se nãohá discrepância entre a medi<strong>da</strong> do indicadorselecionado e os padrões estabeleci<strong>dos</strong>, necessitaseapenas monitorar a situação para <strong>de</strong>tectareventuais mu<strong>da</strong>nças futuras. Nesse caso, a área estáconstant<strong>em</strong>ente provendo condições ambientaise tipos <strong>de</strong> experiência que foram <strong>de</strong>fini<strong>dos</strong> comoapropria<strong>dos</strong> para o local.Se as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> certos indicadores não coinci<strong>de</strong>mcom o padrão para a área, ou seja, a ocorrênciado impacto está acima <strong>dos</strong> limites máximosestabeleci<strong>dos</strong>, é necessário i<strong>de</strong>ntificar as causasprováveis <strong>dos</strong> impactos para subsidiar ações <strong>de</strong>manejo.Etapa 6: I<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s ProváveisCausas <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong>A função <strong>da</strong> etapa 6 é isolar as causas maissignificativas <strong>da</strong> situação probl<strong>em</strong>a, examinandoas relações entre o uso <strong>da</strong> área pela visitaçãoe os indicadores <strong>de</strong> impacto que tiveram seusrespectivos padrões excedi<strong>dos</strong>. Nessa avaliação,é importante consi<strong>de</strong>rar to<strong>dos</strong> os aspectos <strong>da</strong>visitação que po<strong>de</strong>m influenciar a situação, el<strong>em</strong>brar que relações <strong>de</strong> uso/impacto po<strong>de</strong>mser medi<strong>da</strong>s por características <strong>dos</strong> sítios e,consequent<strong>em</strong>ente, po<strong>de</strong>m variar para diferentesépocas e locais. Aspectos <strong>de</strong>ssa etapa po<strong>de</strong>mrequerer alguns estu<strong>dos</strong> adicionais focando orelacionamento entre indicadores <strong>de</strong> impactose aspectos específicos do uso, como tipo <strong>de</strong> uso,tamanho <strong>dos</strong> grupos, t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> uso, período <strong>de</strong>permanência, concentração <strong>de</strong> uso, frequênciado período <strong>de</strong> alta t<strong>em</strong>pora<strong>da</strong>, quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> total<strong>de</strong> uso e comportamento <strong>dos</strong> visitantes. É precisotambém avaliar se a causa do impacto não está<strong>em</strong> uma eventual falha <strong>de</strong> manejo ou <strong>de</strong> gestão<strong>da</strong> visitação.Etapa 7: I<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s Estratégias <strong>de</strong>ManejoÉ importante, nessa fase, que o foco <strong>da</strong> análiseesteja voltado para as causas prováveis <strong>dos</strong>impactos <strong>de</strong> visitação e não para as condições <strong>dos</strong>impactos. As estratégias <strong>de</strong> manejo po<strong>de</strong>m incluirabor<strong>da</strong>gens diretas que regulam ou restring<strong>em</strong>ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> visitação, e abor<strong>da</strong>gens indiretasque buscam alcançar o resultado <strong>de</strong>sejadoinfluenciando o comportamento do visitante. Asestratégias <strong>de</strong> manejo que aspiram solucionar umimpacto po<strong>de</strong>m afetar outros aspectos <strong>da</strong> situaçãoe até mesmo introduzir novos probl<strong>em</strong>as para osgestores <strong>da</strong> área.Dessa forma, é necessário que a escolha <strong>da</strong> ação <strong>de</strong>manejo seja pensa<strong>da</strong> como parte <strong>de</strong> uma matriz,on<strong>de</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s também as possíveisconsequências <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> estratégia, <strong>de</strong> modoque a impl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong>stas ações solucion<strong>em</strong> osprobl<strong>em</strong>as.Etapa 8: Impl<strong>em</strong>entaçãoUma vez <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> a estratégia <strong>de</strong> manejo, esta<strong>de</strong>ve ser aplica<strong>da</strong> o mais rápido possível, visandoreverter o quadro <strong>de</strong> impactos <strong>da</strong>s áreas on<strong>de</strong>ocorr<strong>em</strong>. Em função <strong>da</strong> extensa variação entre anatureza e causa <strong>dos</strong> impactos, as ações <strong>de</strong> manejo<strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser flexíveis e respon<strong>de</strong>r rapi<strong>da</strong>menteàs mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> condições. O método VIM é <strong>de</strong>fun<strong>da</strong>mento cíclico. Assim, suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s não se24
encerram com a implantação <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> manejo.A constante avaliação <strong>dos</strong> indicadores <strong>de</strong> impactosé fun<strong>da</strong>mental para <strong>de</strong>terminar a eficiência <strong>de</strong>ssasações, verificando se os resulta<strong>dos</strong> são os <strong>de</strong>seja<strong>dos</strong> ese não há alteração <strong>de</strong> outras características do local e<strong>da</strong> experiência do visitante.Este processo <strong>de</strong> avaliação contínua permitirátambém a construção <strong>de</strong> um banco <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>dos</strong>,através do qual, com o passar do t<strong>em</strong>po, será possívelassociar a fragili<strong>da</strong><strong>de</strong> do ambiente com a intensi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> visitação, variações sazonais, efetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ações<strong>de</strong> manejo, etc.2.2 Indicadores <strong>de</strong> Impacto <strong>da</strong> Visitaçãolista <strong>de</strong> indicadores foi elabora<strong>da</strong> com base nosA resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong> dois eventos. O primeiro foi realizadoa partir <strong>da</strong> leitura crítica e discussão participativado Projeto FAPESP, envolvendo pesquisadores naárea <strong>de</strong> Uso Público, gerentes <strong>de</strong> UC, técnicos <strong>da</strong>SMA, representantes do WWF Brasil, i<strong>de</strong>alizadorese envolvi<strong>dos</strong> no próprio Projeto FAPESP e outros. Apartir <strong>dos</strong> resulta<strong>dos</strong> <strong>da</strong>quele Projeto, os participantesavaliaram a listag<strong>em</strong> <strong>de</strong> indicadores seleciona<strong>dos</strong>, b<strong>em</strong>como a metodologia <strong>de</strong> monitoramento.O segundo trabalho que subsidiou a construção<strong>de</strong>sta listag<strong>em</strong> foi o Projeto Piloto, que contou com aparticipação <strong>de</strong> gestores e funcionários <strong>da</strong>s UC, além<strong>de</strong> monitores ambientais. Neste trabalho, to<strong>dos</strong> osenvolvi<strong>dos</strong> pu<strong>de</strong>ram aplicar as fichas <strong>de</strong> campo nastrilhas seleciona<strong>da</strong>s e, com isso, verificar a a<strong>de</strong>quação<strong>dos</strong> indicadores e metodologia sugeri<strong>dos</strong>.Tabela 2. Lista <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> impactos biofísicos e sociais.Para o fechamento <strong>de</strong>sta lista, foi manti<strong>da</strong> a propostado Projeto FAPESP <strong>de</strong> estabelecer um número mínimo<strong>de</strong> indicadores que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser cont<strong>em</strong>pla<strong>dos</strong> noPlano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> e Avaliação <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong> <strong>da</strong>Visitação. Ressalte-se que, <strong>de</strong> acordo com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> ca<strong>da</strong> UC e havendo interesse <strong>em</strong> aprofun<strong>da</strong>r omonitoramento <strong>dos</strong> impactos, novos indicadorespo<strong>de</strong>m ser acresci<strong>dos</strong> à esta lista.Os resulta<strong>dos</strong> <strong>de</strong>sses trabalhos foram suficientes paraconsoli<strong>da</strong>r e construir o Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> eGestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong> <strong>da</strong> Visitação ora apresentado.Ao todo, oito indicadores foram consoli<strong>da</strong><strong>dos</strong> parao Plano <strong>de</strong> <strong>Monitoramento</strong> e Gestão <strong>dos</strong> <strong>Impactos</strong><strong>da</strong> Visitação, conforme apresentado na Tabela 2. Ametodologia <strong>de</strong> trabalho proposta é apresenta<strong>da</strong>a seguir.Indicadores <strong>de</strong><strong>Impactos</strong> FísicosLargura <strong>da</strong> trilhaNúmero <strong>de</strong> trilhas não oficiaisProbl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> drenag<strong>em</strong>Indicadores <strong>de</strong><strong>Impactos</strong> BiológicosDanos aos recursos naturaisAlteração do comportamentoanimalIndicadores <strong>de</strong><strong>Impactos</strong> SociaisDanos à infra-estruturaPresença <strong>de</strong> lixoExperiência do visitante(questionário)25