grupos que não tenham o hábito <strong>da</strong>s boas práticas <strong>de</strong>mínimo impacto causarão impactos mais severos aoambiente. Ambos os tipos <strong>de</strong> uso e comportamentopo<strong>de</strong>m ser modifica<strong>dos</strong> para se tentar diminuir aprobabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> impactos.V. Modificar a sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> usoA visitação é muitas vezes sazonal, b<strong>em</strong> como asensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do ambiente aos impactos que a visitaçãopo<strong>de</strong> causar. Assim, <strong>em</strong> perío<strong>dos</strong> on<strong>de</strong> a visitação émais intensa e o ambiente é mais frágil, o uso po<strong>de</strong> ser<strong>de</strong>slocado para áreas mais resistentes. Analogamente,as áreas mais sensíveis po<strong>de</strong>rão ser visita<strong>da</strong>s com maisfrequência somente nos perío<strong>dos</strong> do ano <strong>em</strong> que oambiente for mais resistente aos impactos.VI. Modificar o local do uso <strong>em</strong> áreascom probl<strong>em</strong>asO uso público po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>slocado <strong>da</strong>s áreas probl<strong>em</strong>aou severamente impacta<strong>da</strong>s para áreas maisresistentes. Po<strong>de</strong> também ser disperso entre os váriosatrativos <strong>da</strong> UC, evitando conflitos <strong>de</strong> encontro entregrupos. Outra tática é concentrar o uso <strong>em</strong> poucasáreas, reduzindo a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas impacta<strong>da</strong>s.Em contraste com a estratégia VII, são impl<strong>em</strong>enta<strong>da</strong>sações para influenciar a distribuição do uso <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s áreas-probl<strong>em</strong>a. Por ex<strong>em</strong>plo, <strong>em</strong>resposta a probl<strong>em</strong>as encontra<strong>dos</strong> <strong>em</strong> uma área <strong>de</strong>uso intensivo, os responsáveis pelo monitoramentopo<strong>de</strong>m optar por reduzir o uso <strong>de</strong> to<strong>da</strong> esta área(estratégia VII) ou po<strong>de</strong>m optar por intensificar ocontrole <strong>dos</strong> locais on<strong>de</strong> o probl<strong>em</strong>a ocorre nessaárea (estratégia VI), aplicando técnicas <strong>de</strong> manejonestas áreas específicas.VII. Reduzir a visitação <strong>em</strong> áreas comprobl<strong>em</strong>asPartindo <strong>da</strong> pr<strong>em</strong>issa que a maior parte <strong>dos</strong> impactosocorr<strong>em</strong> <strong>em</strong> apenas algumas “áreas-probl<strong>em</strong>a”, po<strong>de</strong>seoptar pela redução do uso somente nessas áreas,e não <strong>em</strong> to<strong>da</strong> a uni<strong>da</strong><strong>de</strong>, redirecionando parte <strong>da</strong>visitação a outro local na mesma UC. Conheci<strong>da</strong>como estratégia <strong>de</strong> dispersão do uso, utiliza áreascom pouco ou nenhum probl<strong>em</strong>a para atenuar a<strong>de</strong>man<strong>da</strong> <strong>de</strong> uso <strong>da</strong>s áreas probl<strong>em</strong>a, assim não hárestrição ao número <strong>de</strong> visitantes que a UC recebe.O montante <strong>de</strong> uso é somente um <strong>dos</strong> muitosfatores que influenciam na ocorrência <strong>dos</strong> impactos.Outros fatores são: localização, tipo e t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> uso,s<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rar o comportamento do visitante quepo<strong>de</strong> ser responsável por impactos significativos a<strong>de</strong>termina<strong>dos</strong> ambientes.VIII. Reduzir a visitação <strong>em</strong> to<strong>da</strong> a UCEsta estratégia está diretamente relaciona<strong>da</strong> com asnoções <strong>de</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> carga, <strong>em</strong> que ca<strong>da</strong> áreasuporta um valor máximo <strong>de</strong> visitação. Esta i<strong>de</strong>ia partedo pressuposto que os impactos ao ambiente naturale à experiência <strong>da</strong> visitação <strong>de</strong>corr<strong>em</strong> do excessivouso <strong>da</strong> área e, assim, po<strong>de</strong>m ser mitiga<strong>dos</strong> através <strong>da</strong>sua redução.Esta estratégia não consi<strong>de</strong>ra o comportamento <strong>dos</strong>visitantes como fator impactante e, apesar <strong>de</strong> proporo controle do uso, não cont<strong>em</strong>pla a sua redistribuição.Para ca<strong>da</strong> uma <strong>de</strong>stas estratégias exist<strong>em</strong> váriasações <strong>de</strong> manejo que po<strong>de</strong>m ser aplica<strong>da</strong>s parasanar os probl<strong>em</strong>as. A Tabela 9 apresenta uma lista<strong>de</strong>ssas ações.A escolha <strong>de</strong> uma ação <strong>de</strong> manejo específica paraum tipo <strong>de</strong> impacto pontual po<strong>de</strong> ser impru<strong>de</strong>nte, senão for consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> local e os fatores queinfluenciam a ocorrência <strong>de</strong>ste impacto. Uma mesmaestratégia <strong>de</strong> ação po<strong>de</strong> ser bastante efetiva parauma situação e totalmente ina<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> para outra.47
Tabela 9. Estratégias e ações <strong>de</strong> manejo para áreas naturais protegi<strong>da</strong>s.I. Realizar manutenção ou recuperar o recurso/área1. R<strong>em</strong>over o probl<strong>em</strong>a2. Realizar a manutenção ou recuperar áreas impacta<strong>da</strong>sII. Aumentar a resistência <strong>da</strong> área3. Proteger a área do impacto4. Endurecer a áreaIII. Modificar as expectativas do visitante5. Informar os visitantes sobre o correto uso <strong>da</strong>s áreas <strong>da</strong> UC6. Informar os visitantes sobre as condições encontra<strong>da</strong>s nas trilhas e atrativos <strong>da</strong> UCIV.Modificar o tipo <strong>de</strong> uso e comportamento do visitante7. Desencorajar ou proibir o uso <strong>de</strong> equipamento ou prática <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s potencialmente impactantes8. Encorajar ou exigir certo tipo <strong>de</strong> conduta, prática, técnica e/ou equipamento9. Ensinar as boas práticas <strong>em</strong> ambientes naturais (mínimo impacto)10. Encorajar ou exigir um número limite para o tamanho <strong>de</strong> grupos ou animais <strong>de</strong> montaria (cavalga<strong>da</strong>s)11. Desencorajar ou proibir o uso <strong>de</strong> animais <strong>de</strong> montaria (cavalga<strong>da</strong>s)12. Desencorajar ou proibir o pernoiteV. Modificar a sazonali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uso13. Encorajar o uso <strong>da</strong> área fora <strong>dos</strong> perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pico14. Desencorajar ou proibir o uso quando o potencial <strong>de</strong> impacto é alto15. Taxar a visitação <strong>em</strong> perío<strong>dos</strong> <strong>de</strong> pico e/ou <strong>de</strong> elevado potencial <strong>de</strong> impactoVI. Modificar o local do uso <strong>em</strong> áreas com probl<strong>em</strong>as16. Desencorajar ou proibir o acampamento e/ou uso <strong>de</strong> animais <strong>de</strong> montaria <strong>em</strong> áreas com probl<strong>em</strong>as17. Encorajar ou proibir o acampamento e/ou uso <strong>de</strong> animais <strong>de</strong> montaria somente <strong>em</strong> áreas específicas18. Alocar infra-estruturas <strong>em</strong> áreas resistentes19. Concentrar o uso <strong>em</strong> áreas com infra-estruturas e/ou disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> orientações20. Desencorajar ou proibir o uso <strong>em</strong> áreas abertas (off trail)21. Segregar diferentes tipos <strong>de</strong> visitantesVII. Reduzir a visitação <strong>em</strong> áreas com probl<strong>em</strong>as22. Informar os visitantes as <strong>de</strong>svantagens <strong>da</strong>s áreas com probl<strong>em</strong>as e as vantagens <strong>da</strong>s áreas alternativas23. Desencorajar ou proibir o uso <strong>de</strong> áreas com probl<strong>em</strong>as24. Limitar o número <strong>de</strong> visitantes <strong>em</strong> áreas com probl<strong>em</strong>as25. Encorajar ou exigir uma permanência limite nas áreas com probl<strong>em</strong>as26. Dificultar o acesso a áreas com probl<strong>em</strong>as e/ou facilitar o acesso a áreas alternativas27. Eliminar infra-estruturas ou atrativos <strong>em</strong> áreas com probl<strong>em</strong>as e/ou melhorar infra-estruturasou atrativos <strong>em</strong> áreas alternativas28. Encorajar o uso <strong>em</strong> áreas abertas (off trail)29. Exigir a comprovação <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s técnicas ou uso <strong>de</strong> equipamentos específicos30. Cobrar diferentes taxas <strong>de</strong> visitação48