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72. De acordo com as pesquisas realizadas, a Comissão Nacional da Verdade conclui queEpaminondas Gomes de Oliveira foi preso, torturado e morto no contexto da Operação Mesopotâmia,levada a efeito pelo Comando Militar do Planalto/11 a Região Militar em agosto de 1971. A morte deEpaminondas Gomes de Oliveira ocorreu em Brasília (DF), em 20 de agosto de 1971, após prisão e torturapor espancamento e choques elétricos, na Polícia da Aeronáutica e/ou no Pelotão de InvestigaçõesCriminais (PIC), ambos situados na capital federal. O cadáver de Epaminondas Gomes de Oliveiranunca foi restituído à sua família, que, após sua prisão no estado do Pará, jamais teve contato com ele,seja em vida ou após o seu sepultamento. A Presidência da República, em 1971, por meio do GabineteMilitar e do SNI, depois de informar à família sobre a morte de Epaminondas Gomes de Oliveira,recusou-se a realizar o traslado do corpo, tendo comunicado à família um número incorreto de sepulturae atestando a impossibilidade de exumação do corpo antes de cinco anos.73. De acordo com o laudo cadavérico n o 43.228/2013, produzido pelo Instituto de MedicinaLegal da Polícia Civil do Distrito Federal, a Comissão Nacional da Verdade identificou os restos mortaisde Epaminondas Gomes de Oliveira. Nos termos do laudo referido:O material examinado trata-se de um esqueleto humano, de uma pessoa do sexomasculino, com estatura estimada entre 165,5 e 172,5 centímetros, com idade mínimaestimada de sessenta anos e com características físicas de indivíduo que possivelmenteapresentava mistura ancestral. Por todo o exposto, pode-se concluir, com basenos exames periciais antropológicos, documentais e testemunhais, que o esqueletohumano exumado em 24 de setembro de 2013, da sepultura 135, da quadra 504 edo setor A do cemitério Campo da Esperança, representa os restos mortais de EpaminondasGomes de Oliveira, filho de José Benicio de Sousa e de Ângela Gomesde Oliveira, nascido em 16 de novembro de 1902. Por esta razão, recomenda-se aentrega dos restos mortais aos seus familiares.comissão nacional da verdade – relatório – volume i – dezembro de 201474. Em 29 de agosto de 2014, a Comissão Nacional da Verdade realizou audiência públicaem Brasília para divulgar o resultado da análise pericial realizada pelo Instituto de Medicina Legal daPolícia Civil do Distrito Federal, que confirmou a identificação dos restos mortais de EpaminondasGomes de Oliveira. A audiência pública foi acompanhada por amigos e familiares da vítima, dentreeles cinco de seus netos: Epaminondas de Oliveira Neto, Cromwell de Oliveira Filho, Manoel Benícioda Costa Oliveira, Noranei Costa de Oliveira, Jussara Maria de Oliveira Ramos e Suely Maria deOliveira Santarém. Após a audiência, os restos mortais de Epaminondas Gomes de Oliveira foramtrasladados para Porto Franco (MA), onde, em 31 de agosto de 2014, uma nova audiência pública sobreo caso foi realizada na presença de familiares da vítima e de autoridades municipais. EpaminondasRocha de Oliveira e Inês da Costa Oliveira, filho e nora de Epaminondas Gomes de Oliveira, JoanaPereira da Rocha, nora de Epaminondas Gomes de Oliveira, netos, bisnetos e trinetos, além de outrosvitimados pela Operação Mesopotâmia, como Abelardo Barbosa de Oliveira e Messias Chaves, acompanharama apresentação da pesquisa realizada pela Comissão Nacional da Verdade sobre o caso. Aotérmino da audiência, com um público de aproximadamente 300 pessoas, a urna funerária com osrestos mortais de Epaminondas Gomes de Oliveira foi trazida por seus netos perante o público parareceber unção religiosa feita pelo frei Joelmi Figueiredo Gomes. Em seguida, realizou-se cortejo até ocemitério da cidade onde, sob as canções populares e religiosas entoadas, ocorreu o sepultamento deEpaminondas Gomes de Oliveira, em jazigo familiar, ao lado de sua mulher e viúva.621

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