este livro, violento nos pensamentos e nas palavras ... - marculus.net
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Sou como tu, Ó noite. E que pensarão os homens daminha pretensão, eles que se comparam com o fogoquando querem enaltecer-se?Sou como tu; a ambos <strong>nos</strong> atribuem o que nãotemos.Sou como tu em inclinações, sonhos, car.áter e comportamento.Sou como tu, embora o entardecer não me coroecom suas nuvens douradas.Sou como tu, embora não seja envolto na ViaLáctea.Sou uma noite espalhada, extensa, quieta, trémula;e minhas trevas não têm começo, e minhas profundezasnão têm fim.Quando as almas se erguem, ufanando-se da luzde suas alegrias, minha alma se eleva, feliz, na escuridãode sua melancolia.Sou como tu, Ó noite. E minha manhã só chegaráquando minha vida atingir seu fim.~ ...'!.A PRESENÇA INVISlVELA Páscoa chegou. Melhor do que os si<strong>nos</strong>, as multidõesalegres a anunciam. Sozinho e melancólico, afasto-meda multidão. Penso no Filho do Homem que<strong>nas</strong>ceu e viveu na indigência, e depois morreu crucificado.Penso naquele Fogo Divino que o Espírito acendeunuma pequena aldeia síria, e que sobreviveu aosséculos e marcou todas as civilizações. .No parque deserto, um homem, também sozinho,parecia estar à minha espera. Sentou-se ao meu ladoe começou a desenhar na areia figuras misteriosas.Suas v<strong>este</strong>s eram modestas, mas dele emanava umagrandeza inexprimível.-O senhor é talvez um estrangeiro nesta cidade?perguntei-lhe com simpatia.- Eu sou um estrangeiro nesta cidade e em qualqueroutra cidade.- Mas n<strong>este</strong>s dias festivos, o estrangeiro esquecea amargura do exílio e se deixa consolar pela afeiçãodos corações abertos.!,:,.2425