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Pensando sobre políticas públicas de lazer - Ministério do Esporte

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40<strong>Pensan<strong>do</strong></strong> <strong>sobre</strong> políticas públicas <strong>de</strong> <strong>lazer</strong> para juventu<strong>de</strong>s em contextos <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong> social:Contribuições a partir <strong>de</strong> pesquisa em Ribeirão das Neves/Minas GeraisA intersetorialida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser compreendida como um princípio que privilegiaa integração matricial 9 das políticas públicas urbanas e sociais, tanto na fase <strong>de</strong> suaformulação quanto na sua execução e no seu monitoramento. Sua aplicação é condiçãonecessária tanto para superar a fragmentação existente no planejamento e na execuçãodas políticas setoriais quanto para garantir uma gestão sinérgica e equaliza<strong>do</strong>ra quesupere as recorrentes superposições e “competições” <strong>do</strong>s diversos programas e açõesmunicipais. Estruturas colegiadas <strong>de</strong> gestão serão os espaços <strong>de</strong> consolidação <strong>de</strong>ssaintegração, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>s pelas áreas centrais e contan<strong>do</strong> com a participação das áreastemáticas e regionais (ROSA, 2001).Nas administrações públicas <strong>de</strong> esporte e <strong>de</strong> <strong>lazer</strong>, observamos que aindapersistem uma estrutura <strong>de</strong> gestão burocrática e um estilo <strong>de</strong> gestão burocrática que<strong>de</strong>vem ser superadas para avançar no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização e territorializaçãoconforme preconiza o PRONASCI. Em outras palavras, existe uma cultura burocráticacristalizada nas administrações públicas brasileiras que formatam hábitos políticos esociais e <strong>de</strong>lineiam algumas características comuns nas gestões <strong>de</strong> <strong>lazer</strong> no Brasil:a) Gestão marcada pelo discurso da competência puramente técnica: osdirigentes esportivos <strong>de</strong> estilo burocrático <strong>de</strong>sprezam as crenças nãocientíficas e <strong>de</strong>cisões fundadas em valores e estilos culturais específicos.b) Estilo centraliza<strong>do</strong>r <strong>de</strong> governar, que mantém distância da população, <strong>de</strong> suas<strong>de</strong>mandas e seus <strong>de</strong>sejos, não a reconhecen<strong>do</strong> como parceira protagonistada história.c)A dimensão econômica se <strong>sobre</strong>põe à dimensão social: como o dirigenteeconômico vive em função da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho da máquinaadministrativa, a <strong>sobre</strong>vivência econômica e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentoda burocracia estão sempre em primeiro lugar.Mas existe, ainda, um segun<strong>do</strong> estilo <strong>de</strong> gestão muito emprega<strong>do</strong> no Brasil,<strong>sobre</strong>tu<strong>do</strong> nas administrações públicas <strong>de</strong> <strong>lazer</strong>, <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> tradicional. O estilotradicional <strong>de</strong> governar é marca<strong>do</strong> pelo costume e pela fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>. Se no estiloburocrático o que conta é a competência técnica e a impessoalida<strong>de</strong>, no estilotradicional o que conta é a relação afetiva muito próxima e a intuição.Segun<strong>do</strong> Ricci et al. (2001), a gestão tradicional é pautada pelas seguintescaracterísticas:a) Políticas públicas marcadas pela fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> e pela troca <strong>de</strong> favores: por issoo dirigente esportivo prefere aten<strong>de</strong>r às pessoas individualmente, evitan<strong>do</strong>as <strong>de</strong>mandas coletivas, crian<strong>do</strong> um laço <strong>de</strong> “confiança”, <strong>de</strong> cumplicida<strong>de</strong>.9Matricialida<strong>de</strong>: eixo coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r e organiza<strong>do</strong>r <strong>de</strong> políticas sociais, potencializa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> sua integração,com impacto positivo em seus efeitos. (PBH, 2001. DOC. 3)

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