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consenso brasileiro de caquexia - Nutritotal

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28 2011Consenso Brasileiro <strong>de</strong> Caquexia / AnorexiaConsenso Brasileiro <strong>de</strong> Caquexia / Anorexia201129Suplemento 1Suplemento 1A adoção <strong>de</strong> intervenções psicológicas ecomportamentais está aumentando e os estudos recentestêm sugerido que algumas <strong>de</strong>ssas técnicas po<strong>de</strong>m afetara qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e, talvez, as taxas <strong>de</strong> sobrevida (11).Entre os principais objetivos da psicologia no campoda oncologia estão: melhorar a auto-estima, reduzira ansieda<strong>de</strong>, elevar o moral e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lidarcom o câncer e respectivas consequências, tais como a<strong>caquexia</strong>. As intervenções psicossociais proporcionamaos pacientes e familiares mecanismos <strong>de</strong> auxílio paralidar com os problemas cotidianos. Além disso, estãorelacionadas com aumento da sensação <strong>de</strong> controlee melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolver técnicas em psico- oncologia também éapoiada pelos resultados <strong>de</strong> estudos que mostram altosíndices <strong>de</strong> distúrbios psicológicos e psiquiátricos nessespacientes durante o curso da doença (12).Os efeitos colaterais da operação, quimioterapia eradioterapia po<strong>de</strong>m agravar a <strong>caquexia</strong>/anorexia (13).O sofrimento psíquico aumenta concomitantemente,agravado por <strong>de</strong>sconforto e dores. As técnicascomportamentais utilizadas em casos <strong>de</strong> anorexianervosa parecem ter pouca relevância em adultos comcâncer, embora a auto-hipnose pareça útil em crianças.Para as autoras, a promoção <strong>de</strong> ambiente tão agradávelquanto possível em torno das refeições, com incentivopara comer, o cuidado em verificar as preferênciasalimentares do paciente e a atenção para o cenário social,formado por familiares, amigos ou colegas do paciente,po<strong>de</strong>m estimular o apetite e a interação social.A multimodalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamentos (operação,radioterapia, quimioterapia, e outros), o processo dadoença e a superposição <strong>de</strong> sintomas estão associadosao crescente risco <strong>de</strong> síndrome psiquiátrica (14).Apesar da alta incidência, a <strong>de</strong>pressão ainda tem sidosubdiagnosticada e, muitas vezes, tratada <strong>de</strong> maneiraina<strong>de</strong>quada, com subdoses <strong>de</strong> medicamentos emanutenção <strong>de</strong> sintomas residuais que comprometema evolução clínica do indivíduo (15).A recusa voluntária <strong>de</strong> alimentação e hidratação porparte do paciente po<strong>de</strong> estar relacionada à tentativa<strong>de</strong> abreviar a própria vida, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> quadros<strong>de</strong>pressivos graves. Nestes casos, o diagnósticoprecoce e a intervenção a<strong>de</strong>quada, po<strong>de</strong>m trazerbons resultados. É fundamental, no entanto, quediagnóstico diferencial possa ser feito, com o objetivo<strong>de</strong> evitar condutas iatrogênicas <strong>de</strong> prolongamento dosofrimento do paciente e dos familiares, quando emsituações <strong>de</strong> final <strong>de</strong> vida (9,14)Para Teng et al (15), o DSM-IV (Manual diagnósticoe estatístico <strong>de</strong> transtornos mentais)(16) apresentaextensa varieda<strong>de</strong> na classificação dos transtornos dohumor, requerendo a atenção dos especialistas paraa realização <strong>de</strong> diagnósticos precisos, em especialquando apresentados juntamente a outro quadroclínico, como câncer. A Classificação <strong>de</strong> transtornosmentais e <strong>de</strong> comportamento da CID-10: <strong>de</strong>scrições clínicase diretrizes diagnósticas(17) é outra referência utilizadaem diagnósticos clínicos. Outro método é a entrevistaem sala privada, que permite a avaliação do progressodo transtorno, gravida<strong>de</strong>, suporte social, adaptação dospacientes, a<strong>de</strong>são e reação diante dos fatores estressantes<strong>de</strong>ssa circunstância da vida. O tratamento farmacológicoda <strong>de</strong>pressão, realizado por psiquiatra, não difere muitodo usual: anti<strong>de</strong>pressivos tricíclicos, inibidores <strong>de</strong>recaptação <strong>de</strong> serotonina (ISRS) e psicoestimulantes.Já o tratamento psicológico inclui intervençõespsicoeducacionais e terapia com diversas abordagens,sendo a maior parte dos estudos encontrados conduzidapor terapia cognitivo-comportamental. A base dotratamento psicológico é estabelecer relação próximae respeitosa, com foco na escuta cuidadosa.Em relação às diretrizes <strong>de</strong> avaliação, Strasserand Bruera, (6) apontam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aferiçãodo impacto emocional da anorexia e da <strong>caquexia</strong> nopaciente e família, do estresse relacionado a fatoresfísicos, emocionais e existências e a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>posturas e expectativas <strong>de</strong> pacientes/familiares emrelação aos tratamentos e à alimentação.O Palliative Care Gui<strong>de</strong>lines - 2010(19) orienta queé necessário:• Reconhecer o impacto psicológico no pacientee cuidador;• Oferecer suporte psicológico e apoio;• Respon<strong>de</strong>r às preocupações sobre a importânciaem oferecer o alimento, quando o paciente vier a recusálo,valorizando esse momento como ativida<strong>de</strong> social;• Informar que a redução gradual da ingestão oralé natural com a evolução da doença;• Oferecer informações práticas sobre os aspectosnutricionais, respeitando o curso da doença.Inui (11) ressalta a importância da individualizaçãodo tratamento, aten<strong>de</strong>ndo às necessida<strong>de</strong>s específicas dopaciente e sua família.Em suma, as tentativas <strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>vida, ajuste à doença e aumento da sobrevida, criam anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matricular os pacientes em programas queabor<strong>de</strong>m vários aspectos no tratamento do câncer (20),realizados por quadro interdisciplinar, visando otimizara capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> relacionamentossociais plenos e envolvimento com o mundo (21).A abordagem interdisciplinar para gerenciar a<strong>caquexia</strong> em câncer com intervenção precoce favorecea obtenção <strong>de</strong> melhores resultados na gestão dossintomas, sob parâmetros nutricionais, funcionaise <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida para pacientes com câncer<strong>de</strong> alto risco para <strong>de</strong>snutrição (22). Apesar disto,estudo realizado para compreen<strong>de</strong>r qual o impactoda <strong>caquexia</strong> na imagem corporal <strong>de</strong> pacientes comcâncer avançado, nas emoções, na espiritualida<strong>de</strong>,no relacionamento e na função social, apontou anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> melhoria nos serviços <strong>de</strong> suporte quenão contemplam visão holística do paciente (23) .Desta forma, é recomendável o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong> mais estudos relacionados ao tema <strong>caquexia</strong>, assimcomo o aprimoramento da qualida<strong>de</strong> dos cuidadosoferecidos pela conscientização e capacitação doscuidadores formais e informais e, dos profissionais <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>. O manejo <strong>de</strong>sta realida<strong>de</strong>, o compartilhamento<strong>de</strong> informações sobre a fase da doença (o queinformar, quanto, quando e como), o treinamentoem comunicação, e o apoio psicológico para todos osenvolvidos são fundamentais.Exercício FísicoA <strong>caquexia</strong> associada ao câncer está associada àinflamação sistêmica crônica, na qual mediadoresinflamatórios locais e sistêmicos, <strong>de</strong>rivados do hospe<strong>de</strong>iro,tais como: pró-caquéticos (fator <strong>de</strong> necrose tumoral-α -TNF-α; interleucina–6 – IL-6; IL-1β, IL-8, interferon-γ - INF-γ;fator neurotrófico ciliar; fator inibitório <strong>de</strong> leucemia)e anticaquéticos (receptor solúvel <strong>de</strong> TNF-α - sTNFR;receptor solúvel <strong>de</strong> IL-6 – sIL-6R; receptor antagonistada IL-1 – IL-1ra; IL-4; IL-10; IL-15), em associação aosprodutos do tumor (fator indutor <strong>de</strong> proteólise – PIF efator mobilizador <strong>de</strong> lipídios – LMF; glicoproteína-α2-Zinco – ZAG; toxohormônio-L; substância indutora <strong>de</strong>anemia - AIS), têm marcada importância na etiologiae progressão do quadro <strong>de</strong> <strong>caquexia</strong> 1-6 . A ina<strong>de</strong>quaçãodas terapias correntes no gerenciamento dos sintomasda <strong>caquexia</strong> indicam a necessida<strong>de</strong> premente <strong>de</strong> novasterapias farmacológicas e nutricionais e ainda <strong>de</strong>intervenções não-farmacológicas, que passam a ter papel<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância na tentativa <strong>de</strong> reverter e/ou atenuaras alterações <strong>de</strong>letérias da <strong>caquexia</strong> .Consi<strong>de</strong>rando que, como exposto acima, a inflamaçãopo<strong>de</strong> estar envolvida, direta e indiretamente, napatogênese da <strong>caquexia</strong> e, por outro lado, que estudosrecentes <strong>de</strong>monstraram que a ativida<strong>de</strong> física induzaumento nos níveis sistêmicos <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> citocinascom proprieda<strong>de</strong>s anti-inflamatórias, neste capítulodiscutimos o exercício físico como indutor <strong>de</strong> respostaanti-inflamatória e, consequentemente, o possível efeitono <strong>de</strong>senvolvimento e/ou prevenção da <strong>caquexia</strong>.Treinamento Físico e InflamaçãoO exercício físico regular (treinamento) ofereceproteção contra as principais causas <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong>,inicialmente <strong>de</strong>vido ao efeito protetor contra o<strong>de</strong>senvolvimento da aterosclerose, diabetes tipo2, câncer <strong>de</strong> cólon e <strong>de</strong> mama 32 . Além disso, otreinamento físico é também eficaz quando utilizadocomo tratamento adjuvante (terapêutico) <strong>de</strong> doençascomo a isquemia cardíaca (55), insuficiência cardíaca[108], diabetes tipo 2 [11], e doença pulmonarobstrutiva crônica [66].Estudos longitudinais recentes <strong>de</strong>monstraram queo treinamento físico mostrou-se eficiente em reduziros níveis plasmáticos <strong>de</strong> PCR em atletas mulherespraticantes <strong>de</strong> futebol e netball (jogo similar aobasquete) 11, 12 e, <strong>de</strong>sta forma, sugeriram que o exercícioaeróbio regular (treinamento) possa ter efeitosupressor em situações como a ISCBI. Para avaliaresse possível efeito antiinflamatório, Starkie et al.(2003) <strong>de</strong>monstraram em um mo<strong>de</strong>lo experimental<strong>de</strong> ISCBI, o qual foi induzido através da administraçãovenosa <strong>de</strong> endotoxina (Escherichia coli) em indivíduossaudáveis, após 3 horas da realização <strong>de</strong> uma sessão<strong>de</strong> exercício aeróbio em cicloergômetro (75 % doVO 2max ), uma redução nos níveis <strong>de</strong> TNF-α induzidopelo mo<strong>de</strong>lo experimental. Esse mesmo efeitosupressor induzido pelo exercício físico, também foi<strong>de</strong>monstrado em camundongos knockout para osreceptores <strong>de</strong> TNF-α tipo I e II, restaurando os níveisaumentados <strong>de</strong> TNF-α 13 .Resposta anti-inflamatória após o exercício físicoEstá bem caracterizado na literatura que após umasessão aguda <strong>de</strong> exercício físico ocorre o aumentoexponencial nos níveis <strong>de</strong> IL-6 (acima <strong>de</strong> 100 vezes),o qual é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> alguns fatores, tais como; asvariáveis do exercício: intensida<strong>de</strong>, duração, massa9, 10,muscular recrutada e capacida<strong>de</strong> aeróbia individual14; a população estudada (se<strong>de</strong>ntários, presença ou não<strong>de</strong> doenças, etc.), disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> glicose e tempo<strong>de</strong> coleta das amostras8. Além disso, esse aumento éseguido pelo aumento nos níveis <strong>de</strong> IL-ra e IL-10.O aumento dos níveis <strong>de</strong> adrenalina induzido peloexercício físico, bem como a infusão da mesma emhumanos (mo<strong>de</strong>lo experimental) tem <strong>de</strong>monstradoinibir o aparecimento <strong>de</strong> TNF-α em resposta àendotoxemia in vivo 15 . Este procedimento é capaz<strong>de</strong> induzir apenas pequenas alterações nos níveisplasmáticos <strong>de</strong> IL-6, sugerindo <strong>de</strong>sata forma que esseefeito inibitório se dá por vias distintas 7, 9 .Atualmente, apesar <strong>de</strong> bem caracterizada a relaçãoentre o efeito anti-inflamatório do exercício físico,mediado principalmente pela IL-6 <strong>de</strong>rivada do músculoesquelético e induzida pelo exercício, bem como oefeito protetor e/ ou inibidor contra vários quadrospatológicos, notadamente aqueles que apresentamcaracterísticas <strong>de</strong> inflamação sistêmica crônica <strong>de</strong>baixa intensida<strong>de</strong>, a relação entre os efeitos agudos(exercício) e os possíveis efeitos ao longo do tempo(treinamento) ainda não estão bem caracterizados.A presença <strong>de</strong> níveis plasmáticos alterados da IL-10 e IL-ra após o exercício físico, a qual também po<strong>de</strong>contribuir ao millieu anti-inflamatório, po<strong>de</strong> ter umpapel importante em mediar o efeito anti-inflamatóriodo treinamento físico, porém, apesar disso, até on<strong>de</strong>sabemos, nenhum estudo avaliou o comportamento <strong>de</strong>ssacitocina após um programa <strong>de</strong> treinamento físico.Treinamento Físico e CaquexiaNo que tange aos possíveis efeitos pelo treinamentofísico em relação a exercício físico na <strong>caquexia</strong>, a maioriados estudos tem atentado aos protocolos compostospor exercícios <strong>de</strong> resistência (treinamento <strong>de</strong> contraresistência,TCR) que tem como objetivo inibir e/ouatenuar a redução na massa muscular (atrofia), que é oprincipal marcador clínico da síndrome. Neste aspecto,na <strong>caquexia</strong> associada a diferentes doenças crônicas, oTCR (isoladamente ou em associação com a terapia e / oufarmacológica nutricional) é capaz <strong>de</strong> induzir aumentoda força muscular, síntese protéica e da massa <strong>de</strong>células, bem como para melhorar a paciente qualida<strong>de</strong><strong>de</strong> vida 21 . Lemmey et al. 22 atribuem a recuperação damassa muscular e função em pacientes com artritereumatói<strong>de</strong> após TCR à sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> induzir umaumento dos níveis do fator <strong>de</strong> crescimento similar ainsulina (IGF-1). De fato, na <strong>caquexia</strong> induzida por atritereumatói<strong>de</strong> parece claro que este tipo <strong>de</strong> protocolo <strong>de</strong>exercício é seguro e não induz a lesão articular, comexceção dos pacientes com lesão grave <strong>de</strong> base comum 23 .Desta forma, tal condição sugere que protocolos comexercício contra-resistido <strong>de</strong> alta intensida<strong>de</strong> (80%da força máxima), realizadas a cada 48h (20 coxa epanturrilha contrações) é suficiente para provocar osefeitos <strong>de</strong>sejados (redução da atrofia muscular).Em relação à <strong>caquexia</strong> associada ao câncer, oprimeiro estudo que avaliou o efeito do exercíciofísico utilizou-se <strong>de</strong> um protocolo <strong>de</strong> estimulaçãoelétrica do nervo ciático 24 em camundongos coma<strong>de</strong>nocarcinoma <strong>de</strong> cólon-26. Após o período <strong>de</strong>tratamento, houve atenuação na perda <strong>de</strong> massa domúsculo extensor longo dos <strong>de</strong>dos (EDL). No entanto,apesar <strong>de</strong> tal efeito positivo, <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar que<strong>caquexia</strong> é uma síndrome complexa que afeta váriossistemas biológicos e que a perda muscular é apenasum dos muitos sintomas da síndrome.Seguindo essa linha <strong>de</strong> raciocínio e consi<strong>de</strong>randoque as diversas manifestações exercício físico, <strong>de</strong>vemosressaltar que programas <strong>de</strong> treinamento físico sãoconstituídos <strong>de</strong> fases repetitivas <strong>de</strong> sobrecarga constante,fases com aumento na sobrecarga (overreaching), fases<strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong>ste aumento (overtraining) e fases <strong>de</strong>recuperação 16 . As fases <strong>de</strong> sobrecarga são caracterizadaspor uma diferença entre a quantida<strong>de</strong> total dasobrecarga (volume x intensida<strong>de</strong> x <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>) e otempo <strong>de</strong> recuperação entre as sessões <strong>de</strong> treinamento.O balanço entre a fase <strong>de</strong> sobrecarga e o processo <strong>de</strong>recuperação <strong>de</strong>terminam os resultados ou adaptaçõespositivas e/ ou “benéficas” <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado período<strong>de</strong> treinamento físico, nos diversos sistemas biológicoafetados 16, 17 . Ainda, além <strong>de</strong> levar-se em consi<strong>de</strong>raçãoos efeitos específicos na melhora <strong>de</strong> função, induzidaspelo treinamento físico, <strong>de</strong>ve-se também consi<strong>de</strong>rar oefeito anti-inflamatório do mesmo, que parece ser maisevi<strong>de</strong>nte em condições patológicas 18-20 .Desta forma, parece bastante claro que as estratégiasque são simplesmente concebidas para prevenira perda muscular po<strong>de</strong>m não inverter direta ouindiretamente em outros aspectos da doença,apesar das melhorias específicas relatadas. Assim, amanipulação do treinamento físico como estratégiapara superar a inflamação sistêmica na <strong>caquexia</strong>do câncer ganhou <strong>de</strong>staque nos últimos anos 20 . Otreinamento <strong>de</strong> endurance (TE), diferentemente <strong>de</strong>TCR, parece uma escolha também a<strong>de</strong>quada, dadaa extensão das respostas fisiológicas e metabólicasassociadas com este tipo <strong>de</strong> esforço e da capacida<strong>de</strong>mencionado anteriormente bem estabelecido doTE induzir resposta anti-inflamatória e <strong>de</strong>sta formaatenuar a inflamação.A American Cancer Society recomenda aos pacientesmanter a ativida<strong>de</strong> física tanto quanto o tratamento 25durante a recuperação. A intensida<strong>de</strong> do exercício po<strong>de</strong>R e v i s t a B r a s i l e i r a d e C u i d a d o s P a l i a t i v o s 2 0 1 1 ; 3 ( 3 ) - S u p l e m e n t o 1R e v i s t a B r a s i l e i r a d e C u i d a d o s P a l i a t i v o s 2 0 1 1 ; 3 ( 3 ) - S u p l e m e n t o 1

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