18 | | investigação técnico original opinião revisão19de variância, foi demonstrado quehá diferença estatística, apenaspara o gênero feminino, pois entreos estágios maturacionais, P1 diferesignificativamente de P3 e P4.Resultados similares têm sidorelatados em estudos longitudinaispor Janz et al. 10 .No que se refere a variação doVO 2 máx relativo a massa magra,Malina e Bouchard 9colocam quehá uma tendência ao declínio doVO 2 máx quando este é expressorelativo à massa livre de gorduracom a idade, durante e após a puberdade.Segundo estes autoreshá uma tendência a redução decerca de 5 ml/Kgmm/min emambos os gêneros, desde o inícioda puberdade até a idade adulta.Os resultados do presente estudosão relevantes para a <strong>saúde</strong> pública,haja vista que as informaçõessobre o comportamento do consumomáximo de oxigênio, com oavanço da maturação sexual decrianças e adolescentes, permitemo planejamento e implantaçãode políticas institucionais, projetose programas para o incremento daatividade <strong>física</strong>, na escola, antes,durante e após a puberdade.Contudo, uma limitação do presenteestudo é o fato dos dados aquiapresentados serem de um delineamentotransversal, e ter envolvidosomente escolares da rede públicade ensino. Ressalta-se, também,a impossibilidade de controle datemperatura durante a coleta doteste Vai-e-vem de 20 metros, podeter causado um viés na aferição.Acredita-se que a importânciadeste trabalho consiste no fato deser uma das poucas publicaçõesque analisa consumo máximo deoxigênio durante a puberdade, principalmente,por ter sido realizadoem comunidades do interior do nordestebrasileiro, e da rede públicade ensino. Outro ponto a ser destacadopara a avaliação do consumomáximo de oxigênio, durante a puberdade,além da idade cronológicae do sexo é o estágio maturacionalque o adolescente se encontra.Considerando os objetivos estabelecidosno presente estudo, pôde-seconcluir que existem evidências deque, durante a puberdade, ocorreum aumento gradativo do VO 2 máxabsoluto em ambos os sexos; umaestabilidade do VO 2 máx relativo àmassa corporal, e a massa magra,no sexo masculino; e um declíniono sexo feminino.CORRESPONDÊNCIAEdio Luiz PetroskiUniversidade Federal de SantaCatarinaCampus Universitário - Trindade- Caixa Postal 476Centro de Desportos88.040-900 - Florianópolis, SCE-mail: petroski@cds.ufsc.brREFERÊNCIAS1. Barbosa KBF, Franceschini SCC,Priore SE (2006). Influência dosestágios de maturação sexual noestado nutricional, antropometriae composição corporal de adolescentes.Rev Bras Saúde MaternInfant 6(4):375-382.2. McCabe MP, Ricciardelli LA,Finemore J (2003). The role ofpuberty, media and popularity withpeers on strategies to increaseweight, decrease weight and increasemuscle tone among adolescentboys and girls. J PsychosomRes 52:145-153.3. Basset DR, Howley ET (2000).Limiting factors for maximum oxygenuptake and determinants ofendurance performance. Med SciSports Exerc 32(1):70-84.4. WHO - World Health Organization(2002). The World Healthreport: 2002: reducing risk, promotinghealth life. WHO LibraryCataloguing in Publication Data.5. Brasil. Ministério da Saúde (2007).Estimativas sobre freqüência e distribuiçãosócio-demográfica de riscoe proteção para doenças crônicasnas capitais dos 26 estados brasileirose no distrito Federal.5. www.saude.gov.br/bvs6. Blair SN, Horton E, Leon AS, LeeI-MIN, Dromkwater BL, DoshmanRK, Mackey M Kienholz M. Physicalactivity, nutrition, and chronicdisease. Med Sci Sports Exerc.1996;28(3):335-349.7. Lee CD, Blair SN (2002). Cardiorespiratoryfitness and smoking--related and total cancer mortalityin men. Med Sci Sports Exerc34(5):735-739.8. Léger L (1996). Aerobic performance.In: Docherty D (Editor). Measurementin pediatric exercisescience. Brithsh Columbia (Ca):Human Kinetics, 183-223.9. Malina RM, Bouchard C (1991).Growth, maturation and physicalactivity. Champaign (Il): HumanKinetics.10. Janz KF, Mahoney LT (1997).Three-year follow-up of changes inaerobic fitness during puberty: TheMuscatine Study. Res Q for ExercSport 68(1):1-9.11. Rodrigues, NA, Perez AJ,Carletti L, Bissoli NS, Abreu GR(2006). Valores de consumo máximode oxigênio determinadospelo teste cardiopulmonar em adolescentes:uma proposta de classificação.J Pediatr (Rio J) 82(6):426-30.
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