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Transporte - Revista Jornauto

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TorqueRicardo ConteSão Paulo - SPFPT Campo Largofinalizando ajustesA unidade industrial de Campo Largo (PR) da FPT - PowertrainTechnologies pertencente ao Grupo Fiat, continua eliminandogargalos de processos das antigas instalações da Tritec Motors,adquiridas em março do ano passado, após acordo com aChrysler, nos Estados Unidos.Marcelo Reis“Estamos em fase de ajustes, transformaçõese desenvolvimento de novosmotores”, disse Marcelo Reis,plant manager da FPT Campo Largo.Em meados de julho último, técnicosda FPT e da prefeitura de CampoLargo visitaram as instalações.“Estamos preparando a fábrica erecebendo as máquinas para, em novembro,começarmos a produção emescala comercial”, disse o executivoque também atuou nas unidades deBetim, Córdoba e de Sete Lagoas.A Tritec foi constituída a partir de uma “joint venture” firmadaem 1997 entre a BMW e a Chrysler para fabricar, no Brasil, motores1.4 litros e 1.6 litros de 16 válvulas, destinados ao mercadoexterno, principalmente para os veículos Mini Cooper, da BMW, ePT Cruiser, da Chrysler. Em julho de 2007, romperam contrato.Herdeira de seus projetos, a FPT tem licença para continuare evoluir a linha de motores a gasolina pura que podem seradequados para mercados exigentes como o norte-americano.A nova unidade industrial FPT, terceira no Brasil, tem meta dealcançar dois importantes objetivos estratégicos. Ampliar a atuallinha de produtos, oferecendo ao mercado motores de tecnologiade ponta e mais competitivos, e aumentar suas vendas paraclientes externos além do Grupo Fiat, reservando parte da suaprodução para fora do país. A aliança entre Fiat e Chrysler podeabrir as portas às exportações da operação em Campo Largo.Busca de novos clientesCredenciais para isso não faltam. A FPT conta com o apoio de11 centros de pesquisas em todo o mundo e está implementandoo sistema de gestão de excelência mundial WCM (World ClassManufacturing) em suas plantas.Sua preocupação mais imediata, no entanto, é encontrar novosclientes no Brasil que não pertencem ao Grupo Fiat. Hoje cercade 75% do faturamento da FPT é proveniente da Fiat Automóveis,CNH e Iveco.Com a aquisição da Tritec, a FPT investe no desenvolvimentode novos motores midsize flex 1.4l e 1.6l e na introdução de umterceiro motor de cilindrada superior - não revelada. “Não podemosdar detalhes técnicos, mas trata-se de um desafio”, disseReis. Tudo indica que se trata de um modelo 1.8l., uma vez quea fábrica argentina da FPT de Córdoba produz o propulsor 1.9l,que equipa o Linea da Fiat.Primeiro novo clienteDe qualquer maneira, informa que já foram produzidos cercade 700 motores de toda a gama, entre protótipos e pré-séries,que já estão sendo testados em dinamômetros e estradas dentroe fora do Brasil. Neste momento, passam por testes de durabilidade,segurança, entre outros quesitos para certificação. Poderãoser produzidos tanto para veículos da Fiat como para outrasmontadoras. “Campo Largo complementará a linha de motorespara a Fiat Automóveis, mas também estará fornecendo opçõesajustadas a cada cliente”, disse.A pequena montadora catarinense Tecnologia Automotiva CatarinenseS.A (TAC), criada em 2004, que apresentou, no últimosalão do automóvel, a primeira linha em série do Stark não seráseu primeiro cliente. O jipe será equipado, sim, pela FPT, mas opropulsor será um modelo 2.3l. a diesel de 127 cv. Na verdade,desenvolvido na Itália, será produzido no Brasil pela planta daFPT em Sete Lagoas (MG).Segundo o executivo, para ganhar mercado, estão ainda sendogastos os R$ 250 milhões anunciados na reativação da nova fábrica,que envolvem processos, desenvolvimento de engenharia,aumento da capacidade produtiva e treinamento na formação deprofissionais. O valor desse investimento corresponde a poucomais de 7% do faturamento da FPT Mercosul – R$ 3,2 bilhõesem 2008. No mundo, a FPT faturou € 7 bilhões. “Estamos preparandoa mão-de-obra para dar conta das nossas projeções em2010”, disse.Maior produtor da ALBoa parte dessa mão-de-obra foi recrutada junto aos antigosfuncionários da Tritec – apesar de fechada por oito meses, cerca80 deles permaneciam trabalhando realizando manutençãona expectativa de uma solução. 300 haviam sido demitidos nosanos anteriores. Hoje, segundo Reis, já conta com 150 empregadosdiretos e mais de 400 indiretos. “Esperamos produzir 400mil unidades ao ano até 2012”, disse.Capacidade e, especialmente, espaço não faltam. A aquisiçãocompreendeu um terreno de 1,27 milhão m 2 e área construídade 42 mil m 2 , onde funciona a fábrica, prevendo ser ocupadapor 500 empregados diretos e outros 1.500 indiretos noano que vem.Esta é a quarta fábrica de motores na Al. Na unidade em Betim(MG), são produzidos propulsores da Família Fire para veículosFiat e transmissões. A planta de Sete Lagoas (MG) fornecemotores Diesel para caminhões Iveco, máquinas agrícolas ede construção CNH, além do mercado de geração de energia.Já Córdoba, na Argentina, que se prepara para a produção dastransmissões para a PSA Peugeot Citröen, produz os motoresTorque 1.6L e o novo 1.9L 16V, além da transmissão C513.Atualmente, nas 16 fábricas instaladas em oito países da Europae da América Latina, a FPT produz 2,9 milhões de motores e2,4 milhões de transmissões. As quatro unidades da empresa noMercosul fabricam 1,5 milhão de motores e transmissões anualmente.Com a nova unidade de Campo Largo, a meta é alcançar2 milhões de motores e transmissões por ano. “Somos a maiorprodutora de motores da América Latina e a mais competitivaem nível mundial”, disse.Tecnologia à flor da peleAvanços tecnológicos estão no DNA da FPT. Recentemente, aempresa anunciou uma nova e revolucionária tecnologia Mul-tiAir que permitirá um aumento de 10% na potência dos motorese de 15% no torque, até 60% de diminuição no nível deemissão de gases poluentes e 10% na redução do consumo decombustíveis. No caso de motores downsizing, equipados comturbocompressores, é possível obter até 25% no consumo.Trata-se do desenvolvimento de um sistema de acionamentoeletro-hidráulico das válvulas de admissão, permitindo controledinâmico e direto do ar recebido pelo motor, melhorandoconsideravelmente a combustão em cada cilindro, ciclo a ciclo.O torque em baixas rotações é melhorado em até 15%, graçasà adoção de estratégias de fechamento antecipado de válvulasde admissão, o que maximiza o rendimento volumétrico domotor nessas condições.“O MultiAir pode ser aplicado em todos os motores de combustãointerna ciclo Otto, Diesele similares, independentementedo tipo de combustívelusado”, explica Franco Ciranni,superintendente daFPT Mercosul.A FPT informa que o primeiromotor a receber essebenefício será a versão Fire1.4 16V, produzido na Europae o segundo será o novo 0.9lbicilíndrico, em que o projetodo cabeçote foi otimizadopara a integração com o atuadorMultiAir. Neste caso, jáestão programadas versõesa gasolina, naturalmente aspiradase turbocomprimidas,além de uma versão bifuel(gasolina-GNV).Franco Ciranni1617

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