Transporte - Revista Jornauto

AutosJosé Roberto NasserRio de Janeiro - RJFiat 500. A visão Fiatsobre charmeÉ o tipo de carro para o tipo de gente que tem tudo, pessoasdifíceis para ser presenteadas ou agradadas. Tem, podem quasetudo, conhecem ou já viram o tudo que aos mortais comuns énovidade. São os consumidores do luxo.Mas não é o luxo desvairado, sem objetivo, o luxo pelo luxo. Pontualmenteo é com luzes históricas, dimensionamento adequado, boa dotação mecânica,equipamentos inusuais em carros deste porte, de tecnologia atual, focandosegurança – sete almofadas de ar, abs e gerenciador de freios, programa deestabilidade, premiação anti impactos pelo instituto europeu EuroNCAP.A fórmula do carrinho com detalhes visuais remetendo ao ícone Fiat cinquecento,sobre a moderna mecânica do Punto, motor Fire 1.4 e 100 cv de potencia,opção de câmbio Dualogic, sistema Hill Holder – que impede que o veículodesça nas arrancadas em subidas, deu resultados: é multi premiado por estilo efunção, com vendas 150% acima do cálculo inicial: 400 mil em dois anos.O charme engloba quatro lugares, jogo de cores, como nos anos ’50, bemaproveitado internamente nos restritos 3,55m decomprimento – 14 cm menos que Uno, 28 queFord Ka e 25 em relação ao VW Fox - , opçãode estofamento em couro, teto solar SkyWind, e sistema Bluetooth. Mecanicamenteganhou adequação desconhecidaaos seus concorrentes: acerto ereforços na suspensão para suportar osburacos e desníveis, retrato da omissãodas administrações municipal, estaduale federal. No acerto ao mercado, fez-detroca de componentes na linha de convívioda gasolina alcoolizada.O apuro mecânico está em detalhes tecnológicos como direçãohidráulica com regulagens para condução normal ou esportiva, na transmissãomecânica com seis velocidades à frente, ou automatizada pelo sistemaDualogic, com cinco marchas.Serão quatro versões e muitos acessórios. O preço começa com R$ 62,880mil e vai até R$ 68,970 mil.MercadoFiat a distribuí-lo. Diferencia-se do charmosoSmart e do ícone Mini, pela estruturade apoio e adequação do produto àsagruras nacionais. O 500 faz introduçãono mercado, monta estrutura, garante espaçopara vôos maiores: será produzidono México, na planta onde hoje se faz oPT Cruiser, e exportado para o Brasil semos 35% de imposto de importação.Na práticaFisicamente muito agradável pela relaçãoentre peso e potência, disposto paraacelerar em todas as marchas, e não passavergonha andando em 6 a. a 60 km/h.Tem possibilidades esportivas, pela espertezado motorzinho Evo 16v - no Brasilproduz-se a versão anterior, com 8v - e oesticar as marchas. Direção firme, precisa,regulável para melhor controle em velocidades elevadas. Freios competentes.Motorista e passageiro sentam-se e sentem-se bem. Passageiros atrás, condicionantesmétricos: conforto até 1,60m, suportável em curto prazo até 1,70me, maior, esqueça.Aviso final: quer ser discreto? Não compre. Serás atração no pedaço.“Hoje será carro de referência eidentificação com a Fiat que saiuda quebra anunciada e deu avolta por cima”, diz Carlos EugênioDutra, diretor de planejamentoda Fiat Automóveis. Será carrode nicho, de imagem, sempreocupação de grandes vendas.Com o polonês pretende a Fiat preencher o nicho do charme urbano, nascentepor necessidade e exiguidade de espaços. Caminho natural, todosos carros tendem a se apequenar para permitir, temporariamente, quese auto movam. Neste segmento da aura da ecologia com charme,quer concorrer com os automóveis de idêntico apelo eco-decorativo-urbano.De frente, o francês Smart o inglês Mini, e maiores,Chrysler PT Cruiser, e VW New Beetle, mexicanos.Tem apelos adicionais: mecânica assemelhada ao Punto, redeassistencial em amplitude nacional, e iniciais 150 concessionários38