e não apenas por razões relacionadas com a quebra na taxa de fertilidade. A questão aque interessaria conhecer a resposta é, porém, se estes indivíduos, em fases posterioresdas suas carreiras e das suas vidas familiares, regressam ao <strong>Porto</strong> ou se, pelo contrário,permanecem (eventualmente por motivos diferentes <strong>do</strong>s originais) fora da cidade.Quan<strong>do</strong> se analisa a evolução da população residente no concelho por níveis deescolaridade (Figura 1-B) verifica-se uma diferenciação muito clara entre os diferentesgrupos. A variação líquida da população residente é fortemente negativa no grupo populacionalcom o primeiro ciclo <strong>do</strong> ensino básico (-37445), e vai sen<strong>do</strong> cada vez menosnegativa à medida que se avança para níveis de escolaridade mais eleva<strong>do</strong>s (-6682indivíduos com o segun<strong>do</strong> ciclo e -3616 com o terceiro ciclo ou o ensino secundário)tornan<strong>do</strong>-se francamente positiva no grupo <strong>do</strong>s indivíduos titulares de um diploma deensino médio ou superior (+17129).Do cruzamento da informação sobre os concelhos de trabalho ou estu<strong>do</strong> com o senti<strong>do</strong><strong>do</strong>s movimentos migratórios com origem e destino no <strong>Porto</strong> resulta claramente queas saídas correspondem a uma ruptura entre o local de residência e o local de trabalho/estu<strong>do</strong> (51% <strong>do</strong>s que mudam a sua residência <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> para o Grande <strong>Porto</strong> continuama trabalhar/estudar no <strong>Porto</strong>), enquanto que para as entradas se assiste a uma reunião<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is espaços (cerca de 75% <strong>do</strong>s que passaram a residir no <strong>Porto</strong> e trabalham ouestudam, fazem-no na cidade). O emprego/estu<strong>do</strong> é o mais poderoso atractor de novosresidentes ao <strong>Porto</strong>, enquanto factores como o custo de vida na cidade (e, menos provavelmente,factores relaciona<strong>do</strong>s com a qualidade de vida nas cidades) serão o maispotente repulsor.1.2. População Residente Empregada17Entre 1991 e 2001, a população empregada residente no concelho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> diminuiuem 20073 indivíduos.Dos 263131 indivíduos que, em 2001, eram residentes no concelho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong> deacor<strong>do</strong> com o Recenseamento Geral da População, 228574 tinham mais de 15 anos e,desses, 126544 eram economicamente activos, o que corresponde a uma taxa de actividadede 55.4% (53.8% no total nacional). O número de indivíduos emprega<strong>do</strong>s era de113593, pelo que a taxa de desemprego era de 10.2%.A vasta maioria <strong>do</strong>s residentes emprega<strong>do</strong>s (84.7%) era, naturalmente, constituídapelos trabalha<strong>do</strong>res por conta de outrem – Quadro 2. Os trabalha<strong>do</strong>res por conta própria(com ou sem trabalha<strong>do</strong>res ao serviço) representam 13.7% <strong>do</strong> total <strong>do</strong>s residentesno <strong>Porto</strong> (com emprego), sen<strong>do</strong> 9.8% emprega<strong>do</strong>res e os restantes 3.9% trabalha<strong>do</strong>respor conta própria sem outros trabalha<strong>do</strong>res ao seu serviço.
Quadro 2. População Empregada Residente no concelho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, segun<strong>do</strong> a situação na profissão (2001)nº %Emprega<strong>do</strong>r 11103 9.8%Trabalha<strong>do</strong>r por conta própria 4470 3.9%Trabalha<strong>do</strong>r familiar não remunera<strong>do</strong> 301 0.3%Trabalha<strong>do</strong>r por conta de outrem 96158 84.7%Membro activo de cooperativa 58 0.1%Outra situação 1503 1.3%Total 113593 100.0%Fonte: INE - Censos 200118Reflectin<strong>do</strong> as alterações ocorridas na estrutura etária e no nível de escolaridade dapopulação residente no concelho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, verificou-se também uma alteração muitosignificativa da distribuição <strong>do</strong> emprego por grupos de profissões – Quadro 3. Apenas<strong>do</strong>is grupos profissionais viram aumenta<strong>do</strong> (e muito significativamente) o correspondentenúmero de trabalha<strong>do</strong>res – são eles o grupo <strong>do</strong>s Quadros Superiores e Dirigentes(+16.5%) e o <strong>do</strong>s Especialistas de Profissões Intelectuais e Científicas (+25.4%).Os grupos <strong>do</strong>s Operários, Artífices e Trabalha<strong>do</strong>res de Montagem (-8271 indivíduos),o <strong>do</strong> Pessoal Administrativo e Similares (-6524) e o <strong>do</strong> Pessoal <strong>do</strong>s Serviçose Vende<strong>do</strong>res (-5108) foram os que sofreram as reduções mais significativas. Merecetambém referência, ainda que a uma outra escala, a perda de importância <strong>do</strong>s membrosdas forças armadas, associada certamente ao reordenamento da actividade das forçasarmadas no País.A evolução <strong>do</strong> emprego por grupos de profissões reflecte, necessariamente, não apenasas alterações demográficas e da estrutura sectorial <strong>do</strong> emprego, mas também adesigual incidência <strong>do</strong> desemprego por profissões e sectores de actividade. Não deixa,porém, de ser significativo que, em 2001, o grupo de especialistas de profissões intelectuaise científicas seja já o maior grupo profissional residente no <strong>Porto</strong>. Tambémsignificativamente, o grupo <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res não qualifica<strong>do</strong>s não só mantém um pesoimportante (14.3% <strong>do</strong> total) como foi um <strong>do</strong>s que registou uma menor queda relativa (-15.5%). Este padrão de evolução não é, certamente, alheio às características <strong>do</strong> parquehabitacional e <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário no <strong>Porto</strong>, nomeadamente ao facto <strong>do</strong>s preçosda habitação e rendas de aluguer serem aqui as mais elevadas da área metropolitana e,simultaneamente, existir um stock alarga<strong>do</strong> de habitação social propriedade da autarquia.Para uma caracterização da evolução <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> imobiliário na GAMP, incluin<strong>do</strong> preços de habitaçãoe escritórios, veja-se “Evolução <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Imobiliário no Grande <strong>Porto</strong>” - Destaque Informativo, CMP(2006).
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