18Com base nas zonas de conforto térmico e elementos de previsão decomportamento térmico das edificações, são definidas as cartas bioclimáticas, ondeassociam-se três informações: 1 - O comportamento climático do entorno; 2 – Aprevisão de estratégias indicadas para a correção desse comportamento climático pormeio do desempenho esperado na edificação; e 3 - A zona de conforto térmico.(BARBOSA, 1997, p. 34).Segundo Bogo et al. (1994, p. 19), a carta bioclimática de Olgyay (1963)propõe estratégias de adaptação da edificação ao clima, a partir de dados do climaexterno. Para definição da zona de conforto, expõem-se diversos pontos de vista,onde mostra que trata de um processo complexo, e deve ser de acordo com asdiferentes regiões geográficas, já que condições climáticas mais quentes elevam osrequerimentos térmicos devido a aclimação.Além disso, varia de acordo com os indivíduos, os tipos de vestimenta, anatureza da atividade que executa, sexo e idade. Para definir os limites da zona deconforto da carta bioclimática de Olgyay, foi adotado um critério em que, em médiaa pessoa não experimenta sensação de desconforto.Segundo Olgyay (1968) apud Bogo et al.(1994, p. 22) 2 , no momento deconstruir-se o gráfico bioclimático e a delimitação da zona de conforto, para oshabitantes da zonas temperadas se levaram em conta: o indivíduo, a razãometabólica, a dieta, a aclimatação e a vestimenta.Porém, em zonas tropicais, somente os três primeiros fatores puderam sertratados da mesma forma, estabelecendo-se restrições para protótipos “normais”humanos, sob determinadas condições de atividade.Os dois últimos fatores, aclimatação e vestimenta, devem ser trabalhados deforma menos simplificada, pois: em zonas tropicais de aclimatação deve-seconsiderar que as altas temperaturas são constantes e influenciam no mecanismobiológico humano, elevando os limites da zona de conforto. Assim, o tipo devestuário usado na vida diária das regiões quentes é diferente das regiões temperadase montanhosas.____________2 OLGYAY, V. Clima y Arquitectura em Colombia. Universidad del Valle. Facultad deArquitectura. Cali, Colômbia, 1968, apud BOGO, A. et al. Bioclimatologia aplicada ao projeto deedificações visando o conforto térmico. Relatório Interno do Núcleo de Pesquisa em Construção daUFSC. Florianópolis: NPC – UFSC, 1994.
19Conforme Bogo et al. (1994, p. 38), a carta bioclimática para edifício,“Building Bioclimatic Chart” (BBCC), foi desenvolvida por Givoni no ano de 1969,para corrigir as limitações do diagrama bioclimático idealizado por Olgyay conformeGivoni (1992).A principal diferença entre esses dois sistemas deve-se ao fato de que odiagrama de Olgyay foi desenhado entre dois eixos (temperaturas secas e umidadesrelativas), enquanto que a carta de Givoni foi traçada sobre uma carta psicrométricaconvencional e utiliza-se da umidade absoluta como referência (BARBOSA, 1997, p.34).Segundo o mesmo autor os sistemas desenvolvidos por Olgyay (1963) eGivoni (1992) buscam ampliar a zona de conforto através da adoção de estratégiasarquitetônicas que alteram a sensação do clima interno em estudo. Na carta deOlgyay, os limites de conforto foram obtidos de pesquisas efetuadas por fisiologistas.No diagrama bioclimático de Olgyay as condições de temperatura e umidadesão plotadas como curvas fechadas ou ciclogramas das médias diárias horárias (24horas), para cada mês, em uma dada localidade.A carta bioclimática, concebida por Givoni em 1969, que é construída sobre odiagrama psicrométrico apresenta nove diferentes zonas relacionadas com diferentesestratégias de atuação construtivas para a adequação da arquitetura ao clima: zona deconforto, zona de ventilação, de resfriamento evaporativo, de massa térmica pararesfriamento, de ar condicionado, de umidificação, de massa térmica paraaquecimento, de aquecimento solar passivo e aquecimento artificial.Na carta de Givoni (1992) os limites originais de conforto foramdeterminados com base em pesquisas realizadas nos Estados Unidos, Europa e Israel.Entretanto, considerando estudos realizados em países quentes e o fato daspessoas que moram em países em desenvolvimento com clima quente e úmidoaceitarem limites máximos superiores de temperatura e umidade, são sugeridos aexpansão desses limites para a aplicação em tais regiões.Desta forma, os limites para a zona de conforto térmico de Givoni de paísescom clima quente e em desenvolvimento são: no verão em situação de umidadebaixa, a variação de temperatura pode ser de 25°C a 29°C, e em umidade alta de25°C a 26°C, podendo chegar a 32°C com ventilação de 2,0 m/s; no inverno, os
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