Uma estrutura estratégica para a prevenção e controlo da ... - Jhpiego

Resumo•ResumoA Sede Regional Africana da OMS conhece a maior proporção de doenças e mortes relacionadascom o paludismo, especialmente o causado pelo parasita mais letal, o Plasmodium falciparum.Assim, apoiar os países a reduzir o enorme impacto para a saúde associado ao paludismo é damaior importância.Em África, os efeitos prejudiciais do paludismo em mulheres grávidas e crianças menores de 5anos diferem segundo os níveis de transmissão e de imunidade. Em zonas de transmissão palúdicabaixa ou instável, as mulheres não têm um nível importante de imunidade e na presença deparasitémia podem desenvolver doença clínica. Correm o risco de morte por paludismo graveou de aborto espontâneo, parto prematuro ou nado-morto. Em zonas de transmissão alta oumoderada (estável), as mulheres são semi-imunes e a maioria das infecções palúdicas, emborainaparentes, podem contribuir para anemia materna grave e aumentar assim o risco de mortematerna. A infecção da placenta e a anemia materna causadas pelo paludismo contribuem para obaixo peso à nascença, o que por sua vez resulta em mortalidade elevada entre lactentes e atrasode desenvolvimento infantil.Apesar deste enorme dano, a prevenção e o controlo do paludismo durante a gravidez nãotem recebido até recentemente grande apoio. A infecção palúdica em mulheres grávidas égeralmente assintomatica em zonas de maior prevalência e por isso necessita de uma abordagempreventiva. Até agora, a abordagem de controlo, quimioprofilaxia semanal com cloroquina, temsido difícil de implementar em termos de fornecimento e aderência ao tratamento, e tem sidoafectada pela resistência crescente a medicamentos antipalúdicos. O êxito dos esforços de lutacontra o paludismo durante a gravidez também tem sido prejudicado pelo número limitado demedicamentos antipalúdicos inócuos e eficazes para utilização durante a gravidez e pela fracacolaboração existente entre programas de luta contra o paludismo e de saúde reprodutiva.Contudo, na última década foram identificadas abordagens eficazes de prevenção e controlo parasuperar estas limitações.Este plano de acção para a prevenção e controlo do paludismo durante a gravidez em zonas detransmissão estável recomenda três intervenções: tratamento preventivo intermitente (TPI),redesmosquiteiros tratados com insecticida (MTI) e tratamento de casos de paludismo e anemia.Na maior parte das zonas de transmissão estável em África, a maioria das mulheres grávidas fazempelo menos uma consulta pré-natal durante a gravidez, o que torna possível a prevenção atravesdo serviço pre-natal. Deve dar-se prioridade à elaboração de programas baseados em serviços prénataisque apoiem o TPI e MTI juntamente com outras acções essenciais do conjunto de cuidadospré-natais. Isto exigirá uma estreita colaboração entre os programas nacionais de luta contra opaludismo e programas de saúde reprodutiva.A expansão da cobertura exigirá monitorização cuidadosa da implementação do programa eavaliação do impacto. Há necessidade urgente de realização de pesquisas para melhorar os esforçosde implementação, desenvolver novas abordagens, abordar questões relacionadas com prevençãodo paludismo durante a gravidez em zonas de baixa transmissão e descobrir e produzir novosmedicamentos.ix