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Nilda Cunha.pdf - Universidade Jean Piaget de Cabo Verde

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<strong>Nilda</strong> Elizabete Fernan<strong>de</strong>s da <strong>Cunha</strong>Sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong>Estabelecimento <strong>de</strong> ensinoO caso da Unipiaget<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Jean</strong> <strong>Piaget</strong> <strong>de</strong> <strong>Cabo</strong> Ver<strong>de</strong>Campus Universitário da Cida<strong>de</strong> da PraiaCaixa Postal 775, Palmarejo Gran<strong>de</strong>Cida<strong>de</strong> da Praia, Santiago<strong>Cabo</strong> Ver<strong>de</strong>5.5.08


<strong>Nilda</strong> Elizabete Fernan<strong>de</strong>s da <strong>Cunha</strong>Sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong>Estabelecimento <strong>de</strong> ensinoO caso da Unipiaget<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Jean</strong> <strong>Piaget</strong> <strong>de</strong> <strong>Cabo</strong> Ver<strong>de</strong>Campus Universitário da Cida<strong>de</strong> da PraiaCaixa Postal 775, Palmarejo Gran<strong>de</strong>Cida<strong>de</strong> da Praia, Santiago<strong>Cabo</strong> Ver<strong>de</strong>5.5.08


<strong>Nilda</strong> Elizabete Fernan<strong>de</strong>s da <strong>Cunha</strong>, autor damonografia intitulada Sistemas <strong>de</strong> Apoio à<strong>de</strong>cisão na Gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong>ensino, <strong>de</strong>claro que, salvo fontes <strong>de</strong>vidamentecitadas e referidas, o presente documento éfruto do meu trabalho pessoal, individual eoriginal,Cida<strong>de</strong> da Praia aos 10 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2007<strong>Nilda</strong> Elizabete Fernan<strong>de</strong>s da <strong>Cunha</strong>Memória Monográfica apresentada à<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Jean</strong> <strong>Piaget</strong> <strong>de</strong> <strong>Cabo</strong> Ver<strong>de</strong>como parte dos requisitos para a obtenção doGrau <strong>de</strong> Bacharelato em Informática <strong>de</strong>Gestão via Ensino.


SumárioA memória apresentada à <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Jean</strong> <strong>Piaget</strong> <strong>de</strong> cabo Ver<strong>de</strong>, apresenta um estudo sobreSistemas <strong>de</strong> Apoio à Decisão (SAD) na gestão <strong>de</strong> um estabelecimento <strong>de</strong> ensino, maisespecificamente a análise da sua arquitectura bem como os aspectos que estão minimamenteligados ao tema em estudo, on<strong>de</strong> para além disso <strong>de</strong>mostramos casos <strong>de</strong> organizaçõeseducativas que estão utilizando um SAD para a gestão dos mesmos.Ainda apresentamos um estudo <strong>de</strong> caso sobre a Unipiaget, a partir do qual concluímos que a<strong>Universida<strong>de</strong></strong> ainda não dispõe <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão, o que remete-nos para umaquestão muito importante, relativamente à partilha <strong>de</strong> informação e uso da mesma no processo<strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, sendo que esta ainda precisa melhorar muito estes aspectos. Apesardisso, constatámos que a Unipiaget tem feito e está fazer o possível para melhorar o seusistema, e a prova disso é a implementação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação académico, que estáa ser <strong>de</strong>senvolvido na universida<strong>de</strong>, o SIAC.Portanto é <strong>de</strong> realçar que felizmente conseguimos alcançar os objectivos traçados a priori,embora tenham surgido alguns obstáculos, nomeadamente a escassez bibliográfica, mas issonão é nada que <strong>de</strong>dicação/ boa vonta<strong>de</strong> não consigam superar.


Agra<strong>de</strong>cimentosAntes <strong>de</strong> tudo queria agra<strong>de</strong>cer a Deus, meu pai do céu.Aos meus queridos pais, Mafalda e Clemente, por terem dado vida à minha vida, graças a vóssou o que sou, sem vós a minha vida não teria sentido.Queria agra<strong>de</strong>cer aos meus colegas, pela força que me <strong>de</strong>ram.Também gostaria <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer aos meus amigos, pela compreensão que tiveram para comigo.Desculpem, no momento que mais precisavam <strong>de</strong> mim, eu não estive presente, masrecompensar – vos – ei posteriormente.Como é óbvio não po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cer ao meu orientador, Senhor Doutor ValdoPereira, pela sua disponibilida<strong>de</strong> e boa vonta<strong>de</strong>, e sobretudo pela paciência que teve paraconnosco.És <strong>de</strong>mais, continua assim.Queria agra<strong>de</strong>cer a todos que <strong>de</strong> uma forma ou outra contribuíram para o <strong>de</strong>senvolvimento<strong>de</strong>ste trabalho.


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoConteúdoCapítulo 1 - Introdução.............................................................................................................111.1 Justificação do Tema ....................................................................................................121.2 Objectivos.....................................................................................................................131.2.1 Objectivo Geral ........................................................................................................131.2.2 Objectivos Específicos .............................................................................................131.3 Metodologia..................................................................................................................141.4 Limitações ....................................................................................................................151.5 Estrutura do Trabalho ...................................................................................................16Capítulo 2 – Sistemas <strong>de</strong> Apoio à <strong>de</strong>cisão................................................................................172.1 Introdução.....................................................................................................................172.1.1 Dados, informação e conhecimento .........................................................................202.1.1.1 Mas, o que são dados? ..............................................................................................212.1.1.2 E a informação, o que é? ..........................................................................................212.1.1.3 E o Conhecimento?...................................................................................................222.2 Sistema <strong>de</strong> Informação .................................................................................................232.3 O Decisor e o Processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão..............................................................272.4 Níveis <strong>de</strong> Decisão .........................................................................................................292.5 Tomada <strong>de</strong> Decisão Apoiada por Tecnologias.............................................................31Capítulo 3 - Sistemas <strong>de</strong> Apoio à Decisão ...............................................................................343.1 Conceitos ......................................................................................................................353.2 Características e Potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um SAD.............................................................373.3 Componentes <strong>de</strong> um SAD ............................................................................................393.3.1 Sub-sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Dados..............................................................................403.3.2 Sub-sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>los..........................................................................413.3.3 Sub-sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Conhecimento.................................................................433.3.4 Interface....................................................................................................................433.4 Classificação <strong>de</strong> SAD ...................................................................................................443.5 Arquitectura <strong>de</strong> um SAD ..............................................................................................453.5.1 Datawarehouse ou Datawarehousing ......................................................................453.5.1.1 Características <strong>de</strong> uma Datawarehouse ..................................................................473.5.2 DataMinig.................................................................................................................493.5.3 OLAP (On- Line Analytical Processing)..................................................................50Capítulo 4 – Sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> um estabelecimento <strong>de</strong> ensino ............554.1 Conceito <strong>de</strong> Gestão.......................................................................................................554.1.1 Funções <strong>de</strong> gestão............................................................................................................564.2 Gestão Escolar ..............................................................................................................574.3 SAD na Gestão escolar.................................................................................................604.3.1 Sistemas <strong>de</strong> Apoio à Decisão da UFCP....................................................................604.3.2 Sistemas <strong>de</strong> Apoio à Decisão da URP......................................................................674.4 Consi<strong>de</strong>rações finais.....................................................................................................72Capítulo 5 – Estudo <strong>de</strong> Caso - Apoia à <strong>de</strong>cisão na Unipiaget ..................................................755.1 Contextualização ................................................................................................................755.2 A Sua Estrutura e Organização...........................................................................................765.3 O Processo <strong>de</strong> Tomada <strong>de</strong> Decisão na Unipiaget...............................................................785.3.1 A Primavera.....................................................................................................................797/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino5.3.2 A BIBLIOBASE..............................................................................................................815.3.2.1 Objectivos do SIAC......................................................................................................845.3.2.2 Visão Geral do SIAC....................................................................................................845.3.2.3 Arquitectura do SIAC...................................................................................................855.3.4 Consi<strong>de</strong>rações finais........................................................................................................87Capítulo 6 – Conclusão ............................................................................................................896.1 Conclusão Geral .................................................................................................................896.2 Recomendações ..................................................................................................................92A.1 Tipos <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação..................................................................................991.2.2.1 Sistemas Transaccionais...............................................................................................991.2.2.2 Sistemas Gerênciais..................................................................................................1001.2.2.3 Sistemas Executivos ..................................................................................................1011.2.2.4 Sistemas Especialistas ..............................................................................................1021.2.2.5 Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão ......................................................................................102A.2 Sistemas <strong>de</strong> Apoio à Decisão da Unimep...................................................................103A.3 ORGANIGRAMA DA UNIPIAGET.........................................................................107A.4 GUIÃO/ROTEIRO DE ENTREVISTA.....................................................................1108/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoTabelasTabela 1: Base <strong>de</strong> dados operacionais versus Datawarehouse(segundo Santos eRamos,2006:63 )...............................................................................................................479/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoFigurasFigura 1 : Classificação da informação (adaptado <strong>de</strong> Amaral et al, 2000)...........................18Figura 2 : Custos da informação (adaptado <strong>de</strong> Amaral et al., 2000). ......................................19Figura 3 : Saturação da informação(adaptado <strong>de</strong> Amaral et al., 2000). ..................................20Figura 4: Dados / informação/ <strong>de</strong>cisão.....................................................................................22Figura 5: Mo<strong>de</strong>lo relacionamento entre dados, informação e conhecimento...........................23Figura 6 – Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação.............................................................24Figura 7 – Relação Sistema <strong>de</strong> Informação, pessoas, organização e tecnologias. ...................26Figura 8: Níveis <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão (adaptado <strong>de</strong> Teixeira, 2005 ).....................................30Figura 9: Características e Potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um SAD (adaptado <strong>de</strong> Turban e Aronson, 2001)..........................................................................................................................................38Figura 10: Data Marts e Datawarehouse (adaptado <strong>de</strong> Santos e Ramos,2006)........................48Figura 11: Arquitectura <strong>de</strong> um SAD (adaptado <strong>de</strong>: Santos e Ramos, 2006)............................53Figura 12– Exemplo <strong>de</strong> um cubo (adaptado <strong>de</strong>: Santos e Ramos, 2006). ................................54Figura 13- Arquitectura do Midas-Poeta (adaptado <strong>de</strong> Ulrich e Lopes,2003) .........................63Figura 14: Elementos que caracterizam o MAD (Ib,Id)........................................................64Figura 15- Interface <strong>de</strong> Colecta <strong>de</strong> dados (adaptado <strong>de</strong> Ulrich e Lopes, 2003) .......................65Figura 16- interface para a mineração <strong>de</strong> dados (Ib,Id)............................................................65Figura 17- Interface para a apresentação <strong>de</strong> Resultado (Ib,Id).................................................66Figura 18- Resultado Obtido (adaptado <strong>de</strong>: Ulrich e Lopes,2003) ..........................................66Figura 19- Interface do Sistema <strong>de</strong> informação (adaptado <strong>de</strong>: Felício et al, 2007)..................68Figura 20- Mo<strong>de</strong>lagem do Data Mart (adaptado <strong>de</strong>: Felício et al, 2007) ................................69Figura 21- Relatório referente à análise <strong>de</strong> Profissão X Renda Segundo(Felício et al., 2007) 71Figura 22- Gráfico por sexo utilizando o OLAP Segundo(Felício et al, 2007) .......................72Figura 23 : Página principal do sistema (adaptado <strong>de</strong> Pereira et al., 2001)...........................105Figura 24: Janela/opções <strong>de</strong> registo (Ib,Id) ............................................................................105Figura 25: Relatórios <strong>de</strong> alunos por orientador (Ib,Id)..........................................................106Figura 26: Opção utilizador (adaptado <strong>de</strong> Pereira et al., 2001)..............................................106Figura 27: Organigrama Unipiaget.........................................................................................108Figura 28: Organigrama Unipiaget.........................................................................................10910/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoCapítulo 1 - IntroduçãoNessa socieda<strong>de</strong> on<strong>de</strong> a base é a informação, torna-se cada vez mais útil usufruirmos dosbenefícios que as novas tecnologias oferecem. Hoje, tanto no ambiente <strong>de</strong> negócios, namedicina bem como nas outras áreas é preciso tomar <strong>de</strong>cisões, e as instituições escolares nãofogem a essa regra.Nesse âmbito, tais instituições estão à procura da eficácia e eficiência, num mercado muitocompetitivo e muito dinâmico. Sendo assim, com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecer vantagenscompetitivas, os <strong>de</strong>cisores estão cada vez mais, certo <strong>de</strong> que o uso <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong>informação e comunicação está a tornar-se <strong>de</strong>finitivamente necessário.Por esse motivo, actualmente algumas instituições <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong> ensino superior em <strong>Cabo</strong>Ver<strong>de</strong>, como a Unipiaget e o ISE estão apostando no ensino a distância, o que não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong>ser um diferencial competitivo no mercado, beneficiando assim das vantagens que essastecnologias oferecem.Portanto nesta era da informação, a eficácia/eficiência das organizações, qualquer que sejamelas, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito da informação que estas possuem e do tratamento que fazem da mesma,visto que a informação a tempo e hora cria vantagens competitivas no mercado. Sendo assimcomo disseram Santos e Ramos (2005:61): “os gestores ou os responsáveis pela tomada <strong>de</strong>11/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino<strong>de</strong>cisões nas organizações sabem que a informação atempada e precisa permite melhorar o<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> negócio e como tal o <strong>de</strong>sempenho da organização.”Perante tal facto os gestores estão optando por sistemas <strong>de</strong> informação baseados emcomputadores, como um dos factores estratégicos para a gestão das organizações. Portanto,como já tínhamos referido anteriormente, as organizações recebem um número elevado <strong>de</strong>informação, principalmente os responsáveis pela tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões que na execução dassuas tarefas <strong>de</strong>param com situações não rotineiras, em que simples relatórios programados apriori não são suficientes para dar resposta a um <strong>de</strong>terminado acontecimento <strong>de</strong>ntro ou forada organização, po<strong>de</strong>ndo assim afectar o bom <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>sta. Por isso, são precisossistemas que retornam saídas inteligentes, dando orientações aos gestores, <strong>de</strong> forma que essasinformações o auxiliem na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, utilizando assim um sistema <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão (SAD), programas capazes <strong>de</strong> manipular gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações.A motivação para a elaboração <strong>de</strong>sta memória advém da vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> querermos <strong>de</strong>monstraraté que ponto as instituições <strong>de</strong> ensino estão <strong>de</strong>senvolvendo e beneficiando <strong>de</strong> sistemas sãocapazes <strong>de</strong> apoiar no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, tornando assim a gestão das mesmasmais eficaz e eficiente.1.1 Justificação do TemaComo sabemos, cada dia que passa novas inovações aparecem no mundo actual on<strong>de</strong> a base éa informação, e cada vez mais sentimos a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões a qualquer momento.Com um pouco <strong>de</strong> conhecimento que adquirimos na disciplina <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> informação,<strong>de</strong>spertou-nos um gran<strong>de</strong> interesse pelo tema. Com as pesquisas realizadas surgiram novas<strong>de</strong>scobertas, que aumentaram ainda mais o nosso interesse.Todavia <strong>de</strong> acordo com as pesquisas feitas vimos que no âmbito da educação, precisa-se <strong>de</strong>um sistema <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que os aju<strong>de</strong> na gestão. Se na medicina e noutras áreas este sistemajá é utilizado e pelos vistos auxilia (e bem), na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, e porque não implementálasem instituições <strong>de</strong> ensino?12/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoPerante esses factos surgiram assim as seguintes perguntas <strong>de</strong> partida:‣ Será que a Unipiaget dispõe <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão para a sua gestão?‣ Será que a informação é disponibilizada a tempo e horas na Unipiaget?‣ Até que ponto há partilha <strong>de</strong> informação na Unipiaget?‣ Será que as informações que chegam ao responsável pela tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão precisamser <strong>de</strong>talhadas/tratadas?Perguntas essas que originaram as seguintes hipóteses:H1: A Unipiaget dispõe <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão para sua gestão.H2: A informação é disponibilizada a tempo e hora.H3: A informação é pouco partilhada na Unipiaget.H4: As informações precisam ser tratadas/<strong>de</strong>talhadas.1.2 ObjectivosPara o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho são <strong>de</strong>finidos dois níveis <strong>de</strong> objectivos: gerais eespecíficos.1.2.1 Objectivo GeralO objectivo geral <strong>de</strong>sse trabalho é:‣ Compreen<strong>de</strong>r o conceito <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão, no âmbito das organizações .‣ Analisar a sua importância no âmbito do seu uso na gestão escolar.1.2.2 Objectivos Específicos‣ Analisar a sua arquitectura13/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino‣ I<strong>de</strong>ntificar as formas como elas apoiam o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;‣ Analisar o processo e tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão na Unipiaget;‣ I<strong>de</strong>ntificar e estudar SAD’s aplicados em instituições <strong>de</strong> ensino;1.3 MetodologiaPara <strong>de</strong>senvolver qualquer activida<strong>de</strong> e alcançarmos a verda<strong>de</strong>ira aprendizagem é precisotrabalharmos com métodos, critérios e disciplina. Portanto como afirma Michel (2005), é alique resi<strong>de</strong> a importância da metodologia, cuja principal função é fornecer-nos métodos,caminho, passos para organizarmos e expressarmos o pensamento, e para elaborarmos textoscientíficos.Sendo assim a metodologia como ainda afirma Michel (2005:25), po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como a“arte <strong>de</strong> dirigir o espírito na investigação da verda<strong>de</strong>; o instrumento <strong>de</strong> apoio que orienta opesquisador nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões; escolha dos caminhos e do instrumento necessários”.Para uma análise aprofundada dos assuntos <strong>de</strong>sse trabalho monográfico, optámos pelaabordagem/pesquisa qualitativa, que <strong>de</strong> acordo com Michel (2005:33):“Na pesquisa qualitativa a verda<strong>de</strong> não se comprova numérica ou estatisticamente, tal comoacontece na pesquisa qualitativa, mas convence na forma <strong>de</strong> experimentação empírica, aparte da análise feita <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>talhada, abrangente, consistente e coerente, assim como naargumentação lógica das i<strong>de</strong>ias”.Ainda convém realçar <strong>de</strong> que não excluímos a hipótese <strong>de</strong> utilizar a pesquisa quantitativa.Esta po<strong>de</strong>rá ser utilizada sempre que necessário.Levando em conta a metodologia escolhida utilizamos:• Pesquisa Bibliográfica – tida como base para a elaboração <strong>de</strong>sse trabalho, foramconsultados documentos <strong>de</strong> diversas fontes, nesse caso livros e artigos na Internet.14/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino• Entrevista – esta foi feita junto aos responsáveis pela tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão da Unipiaget,mediante um guião apresentado às mesmas com antecedência. Possuía perguntasabertas, o que possibilita ao entrevistado respon<strong>de</strong>r para além daquilo que lhe foisolicitado. Para além disso ela é tida como um instrumento <strong>de</strong> excelência para ainvestigação, visto que nos permite obter informações mais precisas, ter o contactodirecto entre o entrevistador e o entrevistado. Portanto nota-se que ela possui inúmerasvantagens, para além das que foram apresentadas, mas ela como qualquer outratécnica/instrumento tem suas limitações, e nesse caso é a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicaçãoentre ambas as partes, ou ainda o <strong>de</strong>sperdício <strong>de</strong> muito tempo. Em anexo está o roteiroda entrevista feita ao Administrador Geral (Marcos Lamas)e ao Reitor da Unipiaget(Jorge Brito);• Análise Documental - análisamos alguns documentos já impressos, que retramassuntos tidos como importantes para o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho.1.4 LimitaçõesTendo em conta o tema em estudo, várias dificulda<strong>de</strong>s foram encontradas mas, a que mais se<strong>de</strong>staca é a escassez da bibliografia que retractasse <strong>de</strong> forma bem consistente, o assunto.Para além disso tivemos dificulda<strong>de</strong>s com a indisponibilida<strong>de</strong> dos entrevistados em prestarsuas <strong>de</strong>clarações, isto é, não foi fácil que eles encontrassem tempo disponível para tal.Ainda, a falta <strong>de</strong> bibliografia específica que retratasse os SAD na gestão escolar, levou-nos autilizar em gran<strong>de</strong> parte os artigos da Internet, on<strong>de</strong> encontrámos casos <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong>ensino no caso das três apresentadas, que como tudo indica utilizaram esse sistema e tiveramsucesso.Ainda convém realçar que fizemos o estudo <strong>de</strong> caso da Univerisida<strong>de</strong> <strong>Jean</strong> <strong>Piaget</strong> <strong>de</strong> <strong>Cabo</strong>Ver<strong>de</strong>, pólo da Praia, para o qual foram realizadas as entrevistas (nos dias 10 <strong>de</strong> junho e 13<strong>de</strong> julho) e análise documental conforme ficou <strong>de</strong>finido nas metodologias apresentas.15/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino1.5 Estrutura do TrabalhoEste trabalho encontra-se organizado em seis capítulos, <strong>de</strong> entre as quais <strong>de</strong>stacamos osseguintes:‣ O primeiro capítulo faz uma breve contextualização e enquadramento dos assuntos a serretractados, bem como os objectivos, as metodologias, limitações e aorganização/Estrutura do trabalho.‣ O segundo capítulo aborda <strong>de</strong> forma pormenorizada diversos conceitos/assuntos queestão minimamente ligados ao tema em estudo, neste caso dados, informação,conhecimento e sistemas <strong>de</strong> informação, e por último o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão.‣ O terceiro capítulo apresenta alguns conceitos <strong>de</strong> SAD, bem como suas características earquitectura.‣ O quarto capítulo retracta sobre o SAD na gestão escolar, abordando primeiramentealguns conceitos <strong>de</strong> gestão e suas principais funções, bem como os <strong>de</strong> gestão escolar, epor último temos <strong>de</strong>monstrações do uso <strong>de</strong> SAD nas instituições <strong>de</strong> ensino.‣ O quinto capítulo retracta a parte do estudo <strong>de</strong> caso da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Jean</strong> <strong>Piaget</strong> <strong>de</strong><strong>Cabo</strong> Ver<strong>de</strong>, <strong>de</strong>monstrando como é o apoio à <strong>de</strong>cisão na Unipiaget.‣ Por último temos o sexto capítulo, no qual fazemos uma síntese dos aspectos maisrelevantes, bem como análise da Unipiaget no que diz à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, levandosempre em conta os objectivos traçados a priori.16/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoCapítulo 2 – Sistemas <strong>de</strong> Apoio à <strong>de</strong>cisão2.1 IntroduçãoActualmente a informação é um dos recursos mais importantes das organizações. Contudo,esta <strong>de</strong>ve ser gerida com gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação visto que leva à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões quecomprometem o futuro das organizações.Sendo assim quanto mais fiável, oportuna e exaustiva for essa informação, mais coesa será aorganização e maior será o seu potencial <strong>de</strong> resposta às solicitações do mercado. Alcançareste objectivo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>, em gran<strong>de</strong> parte, do reconhecimento da importância da informação edo aproveitamento das oportunida<strong>de</strong>s oferecidas pela tecnologia para orientarem os problemasenraizados da informação.A importância da informação para as organizações <strong>de</strong> hoje é universalmente aceite,constituindo, senão o mais importante, pelo menos um dos recursos cuja gestão eaproveitamento mas influência o sucesso das organizações. (Ward et al, apud Amaral et al,2000). Ainda, a informação é consi<strong>de</strong>rada e utilizada em muitas organizações como um factorestruturante e um instrumento <strong>de</strong> gestão da organização. (Zorrinho, 1991, apud Amaral et al,2000).17/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoNo entanto, nem toda a informação é tida <strong>de</strong> igual importância <strong>de</strong>ntro da organização, sendoque muitas vezes esta é consi<strong>de</strong>rada como relevante ajudando assim na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões,mas outras vezes dificultam no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Como disseram Maia et al., (2007:1),“Às vezes as informações encontram-se espalhadas e <strong>de</strong>sorganizadas, portanto, torna-se difícila sua recuperação e po<strong>de</strong>ndo também atrasar o momento <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão naorganização”.Levando em conta a linha <strong>de</strong> pensamento <strong>de</strong> Maia relativamente ao processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão é importante retermos, que para tomarmos uma <strong>de</strong>cisão a tempo e hora é precisotermos disponível informação, bem organizada e sobretudo credível.No entanto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo, esta (Informação) po<strong>de</strong> ou não ajudar no processo <strong>de</strong> tomada<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e sobretudo no <strong>de</strong>sempenho e gestão da organização.Sendo assim, po<strong>de</strong>mos classificar a informação, em função do papel que esta <strong>de</strong>sempenha<strong>de</strong>ntro da organização. Esta po<strong>de</strong> ser classificada em: lixo, potencial, mínima e por ultimocrítica, conforme é apresentado na figura abaixo:Figura 1 : Classificação da informação (adaptado <strong>de</strong> Amaral et al, 2000).18/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoSegundo Amaral et al., (2000), esta classificação da informação baseia-se na aceitação <strong>de</strong> doisprincípios:‣ do custo total da informação utilizada <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do custo <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não ter ainformação necessária, e do custo <strong>de</strong> obtenção, manutenção e utilização da informaçãonecessária.‣ do custo <strong>de</strong> obtenção, manutenção e utilização da informação necessária.O custo total evolui segundo a curva proposta por Bowon<strong>de</strong>r apud Amaral,( Amaral et al.,2000), consoante o figura apresentada em baixo:Figura 2 : Custos da informação (adaptado <strong>de</strong> Amaral et al., 2000).Po<strong>de</strong>mos, portanto constatar que, existe um ponto <strong>de</strong> custo mínimo, pelo qual os custosaumentam consoante a utilização da informação.Ainda dando continuida<strong>de</strong> ao mesmo assunto, Davis et al., apud Amaral et al., (2000)apresenta um outro princípio, no qual a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> processamento tem um pontomáximo nas pessoas e nas organizações.Sendo assim aceita-se que existe um ponto <strong>de</strong> saturação, a partir do qual o aumento dainformação disponível não correspon<strong>de</strong> a um aumento da sua utilização. A figura abaixorepresentada, faz a representação dos mesmos:19/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoFigura 3 : Saturação da informação(adaptado <strong>de</strong> Amaral et al., 2000).Já falámos <strong>de</strong> informação, mas não falámos <strong>de</strong> dados nem <strong>de</strong> conhecimento, agora no ponto aseguir vermos com mais <strong>de</strong>talhe o significado <strong>de</strong> cada um.2.1.1 Dados, informação e conhecimentoPara que as <strong>de</strong>cisões nas organizações, sejam tomadas com rapi<strong>de</strong>z e qualida<strong>de</strong>, é importanteque esta disponha <strong>de</strong> um sistema comunicacional eficiente, que permitirá uma rápidacirculação da informação, e do conhecimento <strong>de</strong>ntro da organização. Para tal não po<strong>de</strong>mos<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lado as tecnologias que gran<strong>de</strong> apoio dão à organização e aos <strong>de</strong>cisores. Portanto oselementos - dados, informação, conhecimento, comunicação e tecnologia - dão suporte àtomada e <strong>de</strong>cisão.De acordo com Angeloni (2003), os dados, informação e conhecimento são consi<strong>de</strong>radoscomo elementos fundamentais para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma organização, mas édifícil a compreensão dos mesmos, visto que os seus significados não são tão evi<strong>de</strong>ntes. Oque é um dado para uns po<strong>de</strong> ser informação ou conhecimento para outros. (Angeloni, 2003). 11 Professora doutora do Departamento e Curso <strong>de</strong> pós-graduação em Administração da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Santa Catarina.Coor<strong>de</strong>nadora do Núcleo <strong>de</strong> Estudos em Gestão da Informação, do Conhecimento e da Tecnologia.20/111


2.1.1.1 Mas, o que são dados?Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino"Dados são elementos brutos, sem significado, <strong>de</strong>svinculados da realida<strong>de</strong>”, (Angeloni,2003). Estes por sua vez são segundo Devenport (1998) apud Angeloni (2003:18) como sendo“observações sobre o estado do mundo”.Partindo <strong>de</strong>ssa última perspectiva, então po<strong>de</strong>mos dizer que os dados representam aquilo quecaptamos ou seja aquilo que vemos, em relação ao meio on<strong>de</strong> estamos inseridos. Esta por suavez po<strong>de</strong>rá ser representada <strong>de</strong> varias formas, como diz Angeloni (2003:18) no seu trabalho,“são símbolos e imagens que não dissipam nossas incertezas. Eles constituem a matéria –prima da informação”.Ainda <strong>de</strong> acordo com Sousa (2005), dados são o conjunto <strong>de</strong> informação em bruto, queatravés <strong>de</strong> processados, transformam em informação. Por exemplo, o conjunto <strong>de</strong>vencimentos ilíquidos dos funcionários <strong>de</strong> uma empresa ao serem introduzidos por umutilizador.2.1.1.2 E a informação, o que é?A partir do conceito <strong>de</strong> dados apresentado por Sousa, po<strong>de</strong>mos então dizer que a informaçãosão dados, que transformados ajudam na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e na redução <strong>de</strong> incertezas.“Informação é aquele conjunto <strong>de</strong> dados que quando fornecido <strong>de</strong> forma e a tempo a<strong>de</strong>quado,melhora o conhecimento da pessoa que o recebe, ficando ela mais habilitada a <strong>de</strong>senvolver<strong>de</strong>terminada activida<strong>de</strong> ou a tomar <strong>de</strong>terminada <strong>de</strong>cisão.” (Galliers, 1997, apud Amaral et al,2000:8).E ainda, sob a perspectiva <strong>de</strong> Santos e Ramos (2006), a informação é o resultado da agregaçãoe composição <strong>de</strong>sses dados elementares, realizadas com <strong>de</strong>terminados objectivos. Depreen<strong>de</strong>seentão, que informação é um conjunto <strong>de</strong> dados que, embora abstractos quando analisadosfora <strong>de</strong> um contexto específico, permitem <strong>de</strong>screver situações, acontecimentos ou objectos.21/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoPara Sousa (2005), a informação são resultados obtidos após um processamento. Porexemplo, a média dos vencimentos numa empresa ao serem introduzidos por um utilizador .Figura 4: Dados / informação/ <strong>de</strong>cisão2.1.1.3 E o Conhecimento?De acordo com Devenport (1998) apud Angeloni (2003:18), o conhecimento “ é a informaçãomais valiosa (...), é valiosa precisamente porque alguém <strong>de</strong>u à informação um contexto, umsignificado, uma interpretação (...)”. Então po<strong>de</strong>mos dizer que o conhecimento é a informaçãoprocessada, utilizando diversos procedimentos na sua transformação.Angeloni ainda acrescenta que, o valor associado à informação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos conhecimentospreviamente adquiridos por aqueles que a transformam. Sendo assim “adquirimosconhecimento por meio do uso da informação nas nossas acções. Desta forma, oconhecimento não po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>svinculado do indivíduo. Ele está estritamente relacionado coma percepção do mesmo, que o codifica, <strong>de</strong>scodifica, distorce e usa a informação <strong>de</strong> acordocom suas características pessoais, ou seja, <strong>de</strong> acordo com seus mo<strong>de</strong>los mentais.” (Angeloni,2003:18).Relacionados estes três elementos po<strong>de</strong>mos então dizer que, os dados por si só não conduzemà tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, contudo para que estes auxiliem na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão é preciso seremtransformados. Sendo assim, <strong>de</strong>pois das transformações estes transformam-se em22/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoinformação que posteriormente terá que transformar-se em conhecimento. Como disseAngeloni (2003), o gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio dos <strong>de</strong>cisores é o <strong>de</strong> transformar dados em informação einformação em conhecimento, minimizando sempre as interferências individuais nesseprocesso.TransformarDadosEmInformaçãoEmConhecimentoMinimizandointerferência individuaisFigura 5: Mo<strong>de</strong>lo relacionamento entre dados, informação e conhecimento.2.2 Sistema <strong>de</strong> InformaçãoNo primeiro ponto, do segundo capítulo <strong>de</strong>ste trabalho monográfico, estivemos a retractardiversos conceitos, que estão minimamente ligados ao tema em questão.Relativamente aos sistemas <strong>de</strong> informação, antes <strong>de</strong> tudo achamos conveniente apresentar umconceito <strong>de</strong> sistema, que é um conjunto <strong>de</strong> partes inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, on<strong>de</strong> nenhuma po<strong>de</strong>funcionar sem a outra. Um sistema é consi<strong>de</strong>rado como um todo, em que a soma <strong>de</strong> todas aspartes que a constitui, vai formar esse todo.Segundo Turban e Aronson (2001), um sistema está dividido em três partes: Entrada ( Input ),processamento e por ultimo Saída ( Output ). Os mesmos afirmam também que, todos esseselementos estão em sintonia com o Ambiente Externo e incluem o feedback(retroalimentação), conforme nos é apresentado na Figura 6.23/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoAplicando este conceito no contexto organizacional, on<strong>de</strong> processos e procedimentos foram<strong>de</strong>finidos a priori, com vista ao alcance dos objectivos comum que é o propósito <strong>de</strong> qualquerorganização, po<strong>de</strong>mos então, <strong>de</strong> acordo com (Burckingham et al, 1987, apud Amaral et al.,2000:9), <strong>de</strong>finir sistemas <strong>de</strong> informação como sendo:“ um sistema que reúne, guarda, processa e faculta informação relevante para aorganização (…), <strong>de</strong> modo que a informação é acessível e útil para aqueles que a queremutilizar. Incluindo os gestores, funcionários, clientes, (…). Um sistema <strong>de</strong> informação ésistema <strong>de</strong> activida<strong>de</strong> humana (social) que po<strong>de</strong> envolver ou não a utilização <strong>de</strong>computadores. ”Esta <strong>de</strong>finição é bastante acertada, uma vez que po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>finir SI 2 como sendo um conjunto<strong>de</strong> ferramentas/activida<strong>de</strong>s que servem para a recolha e entrada, processamento earmazenamento e, saída <strong>de</strong> dados, por forma a apoiar os processos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Figura 6 – Activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação.Fazendo uma analise da figura acima apresentada po<strong>de</strong>mos dizer que:2 Abreviatura para Sistemas <strong>de</strong> informação.24/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino‣ Entrada (Input) – são elementos que entram no sistema.‣ Processamento – são os elementos necessários para transformar os Input (entrada), emoutput (saída).‣ Saída (Output) – são os produtos finais que saem do sistema e carecem <strong>de</strong> umfeedback, para po<strong>de</strong>r-se fazer a avaliação da situação.Por último temos o ambiente externo, que é composto por vários elementos. Estes não sãoInput, output e muito menos processo, mas po<strong>de</strong>m afectar o processo, bem como ofuncionamento do sistema.Partindo da linha <strong>de</strong> pensamento, <strong>de</strong> Amaral (2000), po<strong>de</strong>mos ver que um sistema <strong>de</strong>informação po<strong>de</strong> ou não envolver as tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação (TIC 3 ), nestecaso computadores. “ (…), a observação da realida<strong>de</strong> permite concluir que são raras asorganizações que não integram computadores no seu SI.” ( Bretchnei<strong>de</strong>r et al., 1993, apudAmaral et al., 2000:9).Alter (1992), apud Amaral et al., (2000: 9), já apresenta um outro conceito <strong>de</strong> SI, mas com oenvolvimento das TIC: “É a combinação <strong>de</strong> procedimentos, informação, pessoas e TIC,organizadas para o alcance <strong>de</strong> objectivos <strong>de</strong> uma organização.”Nesta perspectiva, aparecem dois elementos novos que convém realçar: as pessoas e acombinação das activida<strong>de</strong>s/procedimentos. A partir do momento em que se opta por umadada estrutura <strong>de</strong> SI <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma organização, toda e qualquer estratégia, ou planoestratégico, <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar o SI como meio para que os fins possam ser atingidos e,consequentemente, induz que o próprio SI <strong>de</strong>va ser gerido para que se satisfaça a missão 4 daorganização.Em relação ao primeiro elemento, é <strong>de</strong> se salientar que é a parte fulcral da organização emgeral e do SI em particular. São as pessoas que, conforme as regras <strong>de</strong> funcionamento da3 Abreviatura Para Tecnologias <strong>de</strong> Informação, esta por sua vez, são conjunto <strong>de</strong> conhecimentos reflectida querem equipamentos e programas, quer na sua criação ou utilização á nível pessoal e empresarial, (Sousa, 2005)4 Razão fundamental ou propósito que justifica, a existência <strong>de</strong> uma organização (Amaral,2000)25/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoorganização utilizam SI, com o auxílio das TIC, fazem toda a manipulação dos dados einformação, e são também as pessoas, responsáveis pela tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Para resumir essacombinação, vejamos a figura a seguir:Figura 7 – Relação Sistema <strong>de</strong> Informação, pessoas, organização e tecnologias.Po<strong>de</strong>mos ver que a figura acima faz uma representação daquilo que falamos no iniciorelativamente ao conceito <strong>de</strong> sistema, on<strong>de</strong> temos vários elementos e todos estão interligadosou seja nenhuma das partes po<strong>de</strong> funcionar sem a outra. Neste caso po<strong>de</strong>mos ver que astecnologias não teriam valor <strong>de</strong>ntro da organização se não houvesse quem as manipulasse, ouainda, se não estiver estabelecido claramente qual o seu papel <strong>de</strong>ntro da organização, melhordizendo <strong>de</strong>ntro do sistema <strong>de</strong> informação, e finalmente nem as TIC e muito menos as pessoasseriam úteis à organização caso ela não tivesse regras, objectivos, estratégias ou, ambições,visto que <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma organização existem regras, há permanência <strong>de</strong> objectivosindividuais mas esta por sua vez tem que estar em conformida<strong>de</strong> com as dogrupo/organização.26/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoPortanto, ainda no que concerne aos SI po<strong>de</strong>mos dizer que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo e das suasfuncionalida<strong>de</strong>s, po<strong>de</strong>m apoiar diferentes níveis da organização. Em anexo <strong>de</strong>scriminamos ostipos <strong>de</strong> SI que existem.2.3 O Decisor e o Processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãoActualmente as organizações estão a evoluir suas estruturas <strong>de</strong> dados para permitir quedirectores, gestores/administradores possam tomar <strong>de</strong>cisões mais rápidas, reagindo assim àsnecessida<strong>de</strong>s dos negócios e tornando assim mais competitivas no mercado.Portanto, tomar <strong>de</strong>cisão não é tarefa fácil, cabe aos <strong>de</strong>cisores estarem aptos para esse acto,num momento e numa hora certa, já que a cada dia que passa <strong>de</strong>param com novos <strong>de</strong>safios. Atomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão está muito mais dificultada por quatro motivos básicos, segundo Turban eAronson (2001):• Alternativas – o número <strong>de</strong> alternativas é, sem comparação, maior doque anteriormente, tudo graças à evolução da tecnologia e meios <strong>de</strong>comunicação, que culminaram com a “invenção” da Internet, que proporcionaum leque variado <strong>de</strong> motores <strong>de</strong> busca, por exemplo.• Custo do erro – este custo po<strong>de</strong> ditar o fim <strong>de</strong> uma organização, isso selevarmos em conta a magnitu<strong>de</strong> das operações, e da ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> reacção que uma<strong>de</strong>cisão errada po<strong>de</strong> proporcionar.• Mudanças – estas acontecem <strong>de</strong> tal forma rápidas que alguns elementossão simplesmente imprevisíveis.• Rapi<strong>de</strong>z – as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>vem ser tomadas rapidamente.Todos os motivos acima apresentados se não forem analisados po<strong>de</strong>m e dificultam o processo<strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Por conseguinte, cabe aos responsáveis pela tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão pensare reflectir durante esse processo, para que tudo corra bem e se obtenha sucesso na tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão.27/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoPortanto, no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão é importante termos disponíveis dados,informação e conhecimento. Mas, como afirma Angeloni (2003), estes estão fragmentados earmazenados na cabeça do indivíduos, sofrendo assim interferência individuais. Contudo,para ultrapassarmos essas barreiras, po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>senvolver um processo <strong>de</strong> comunicação e otrabalho em equipa, po<strong>de</strong>ndo assim estarmos aptos para ultrapassar as dificulda<strong>de</strong>s quepossam existir nesse processo.A mesma ainda afirma que através do processo <strong>de</strong> comunicação po<strong>de</strong>mos buscar o consensoque permitirá prever a a<strong>de</strong>quação dos planos individuais <strong>de</strong> acção em função <strong>de</strong> umentendimento, e não da imposição ou manipulação. E ainda através do trabalho em equipapo<strong>de</strong>-se obter maior número <strong>de</strong> informações, e sobretudo diferentes pontos <strong>de</strong> vistas, o quereveste ser muito importante no âmbito da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. “Para os gestores, a tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão é um processo contínuo e também um contínuo <strong>de</strong>safio”.(Teixeira, 2005:73)Sabemos que gerir é o processo pelo qual se atingem os objectivos previamente <strong>de</strong>finidos <strong>de</strong>uma organização, usando os recursos que a mesma dispõe, consi<strong>de</strong>rando que os recursos sãoInput e atingir os objectivos é o Output <strong>de</strong> todo esse processo, bem gerir, ou o bom gestor éaquele que consegue atingir os objectivos usando menos recursos possíveis (Turban eAronson, 2001).Nos sistemas <strong>de</strong> gestão tradicionais, como disseram Turban e Aronson (2001), os gestoresconsi<strong>de</strong>ravam a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão como sendo pura arte – talentos adquiridos no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>vários anos <strong>de</strong> experiência, trabalho e <strong>de</strong>dicação. Este é consi<strong>de</strong>rado uma arte, visto que sãotão diferentes os estilos individuais, po<strong>de</strong>ndo assim ser utilizados para a resolução <strong>de</strong> algumtipo <strong>de</strong> problema, tudo isso com base na perspectiva e entendimento <strong>de</strong> todas as partes. Hoje oambiente on<strong>de</strong> se opera está evoluindo rapidamente, contudo as organizações e o ambienteestão mais complexas do que alguns tempos atrás, e cada vez mais sentimos dificulda<strong>de</strong>s emtomar <strong>de</strong>cisão. Tal situação acontece como afirmam Turban e Aronson (2001), por váriasrazões: o número das possíveis <strong>de</strong> alternativas hoje é maior, a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cometermoserros torna-se cada vez maior, há mudanças constantes flutuando no ambiente.Ainda segundo Simon, apud pelos mesmos autores, o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão envolveas seguintes fases:28/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino‣ A inteligência - o <strong>de</strong>cisor faz uma avaliação da realida<strong>de</strong>, bem como a i<strong>de</strong>ntificação e<strong>de</strong>finição do problema. Para executar tais actos o <strong>de</strong>cisor beneficia <strong>de</strong> informaçõesdisponibilizadas pelos sistemas, tais como os <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão, melhor dizendo pelossistemas <strong>de</strong> informação;‣ Desenho - o <strong>de</strong>cisor <strong>de</strong>senvolve os mo<strong>de</strong>los 5 <strong>de</strong> análise. Este mo<strong>de</strong>lo é <strong>de</strong>poisvalidado, mediante o uso <strong>de</strong> critérios, para avaliar as alternativas das acções que forami<strong>de</strong>ntificadas. Após o processo da construção do mo<strong>de</strong>lo, são i<strong>de</strong>ntificadas as possíveissoluções alternativas e vice-versa. Nesta fase os <strong>de</strong>cisores po<strong>de</strong>m utilizar sistemas <strong>de</strong>apoio à <strong>de</strong>cisão, e em muitos casos são utilizados sistema <strong>de</strong> optimização(investigação operacional), como forma <strong>de</strong> escolher a melhor solução óptima;‣ Escolha - o <strong>de</strong>cisor terá que escolher a melhor solução para o mo<strong>de</strong>lo. Esta solução étestada para <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> sua viabilida<strong>de</strong>. Se a solução apresentada for consistentee viável, passamos para a próxima fase.‣ Implementação - bem sucedida traduz na resolução do problema real, Caso aimplementação não for um sucesso teremos que voltar para as fase anteriores.Como se pô<strong>de</strong> reparar, tomar <strong>de</strong>cisões nos dias que hoje não é tão fácil como parece, várioscaminhos são percorridos até que façamos a escolha certa, sendo assim, existem níveis <strong>de</strong>gestão diferentes e responsabilida<strong>de</strong>s no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.2.4 Níveis <strong>de</strong> DecisãoTomar <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma organização não é uma tarefa fácil e está muito longe <strong>de</strong> o ser.Dentro <strong>de</strong>sta encontramos diversos níveis <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>. Níveis essas que segundoTeixeira (2005) são as seguintes:‣ Nível Estratégico – correspon<strong>de</strong> ao nível mais elevado da organização, constituído pordirectores, accionistas e executivos. É o nível on<strong>de</strong> são tomadas as <strong>de</strong>cisões, e sãotraçados os objectivos bem como as estratégias para alcançá-los.5 Mo<strong>de</strong>lo –“ é a simples representação da abstracção da realida<strong>de</strong> “ (Turban e Aronson, 2001)29/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino‣ Nível Táctico – também chamada <strong>de</strong> nível intermédio. Nele po<strong>de</strong>mos encontrar todosos <strong>de</strong>partamentos e as divisões da organização. Há uma forte predominância dacomponente táctica que se caracteriza pela <strong>de</strong>slocação <strong>de</strong> recursos e elaboração <strong>de</strong>planos e programas relacionados com a área/função <strong>de</strong> cada gestor. Cabe aosresponsáveis <strong>de</strong>sse nível a<strong>de</strong>quar as <strong>de</strong>cisões tomadas no nível Estratégico àsoperações feitas no nível operacional,‣ Nível Operacional – há predominância da componente técnica. É o nível mais baixo daorganização, em que há a execução das tarefas bem como a realização das operações.Engloba a programação e execução das activida<strong>de</strong>s diárias da organização. Neleencontraremos os supervisores, os chefes <strong>de</strong> serviços, etc.Problema OrganizacionalNível <strong>de</strong> GestãoEstratégicoGestores <strong>de</strong> TopoTácticoGestores IntermédiosOperacional, <strong>de</strong>produção ou <strong>de</strong>serviçosOperáriosFigura 8: Níveis <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão (adaptado <strong>de</strong> Teixeira, 2005 )Po<strong>de</strong>mos ver que as <strong>de</strong>cisões, não são tomada por “qualquer um”. Sendo assim, conforme onível e a função <strong>de</strong>sempenhada por cada um <strong>de</strong>ntro da organização e sobretudo o grau daresponsabilida<strong>de</strong> assumida , é que as <strong>de</strong>cisões são tomadas.30/111


2.5 Tomada <strong>de</strong> Decisão Apoiada por TecnologiasSistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoA tecnologia tem um papel fundamental tanto na comunicação e armazenamento <strong>de</strong> dados edo conhecimento, bem como na integração do <strong>de</strong>cisores. Permite também a partilha dainformação entre todos o elementos <strong>de</strong> uma organização. “De qualquer parte do mundo, os<strong>de</strong>cisores po<strong>de</strong>m acessar a experiência passada <strong>de</strong> outras pessoas e apren<strong>de</strong>r com elas”.(Johnson, 1997, apud Angeloni,2003:20)O uso do computador, melhor dizendo das tecnologias <strong>de</strong> informação e comunicação nasorganizações e na socieda<strong>de</strong> está aumentando cada vez mais e novos <strong>de</strong>safios vêm surgindono seio organizacional, on<strong>de</strong> as exigências são cada vez maiores.Contudo tanto para o gestores, bem como aqueles que ainda estão à procura <strong>de</strong> empregoprecisam interagir com essas tecnologias, para isso é preciso uma preparação prévia. Hoje emdia trabalhar numa organização, on<strong>de</strong> não possamos estar em contacto com as mesmas émuito difícil, por isso cada vez mais as pessoas estão a apostar na sua formação como forma<strong>de</strong> acompanhar as mudanças que vem ocorrendo a socieda<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> a base é a informação,po<strong>de</strong>ndo assim garantir um futuro melhor.Toda essa evolução fez com que, as aplicações das TIC <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong>ixassem <strong>de</strong> fazerapenas o armazenamento e monitorização das activida<strong>de</strong>s, passaram agora a serimplementadas para serem utilizadas nas análises mais diversas e para a resolução <strong>de</strong>problemas, não rotineiros.Segundo Turban e Aronson (2001) , um sistema computadorizado <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão énecessário por várias razões, <strong>de</strong> entre as quais <strong>de</strong>stacamos as seguintes:‣ Operações mais rápidas – o computador permite aos <strong>de</strong>cisores executarem inúmerasoperações, rapidamente e num custo muito baixo.‣ Aumento da produtivida<strong>de</strong> - montar um grupo <strong>de</strong> responsáveis pelas <strong>de</strong>cisões,especialmente os peritos, po<strong>de</strong> custar caro. O apoio computadorizado po<strong>de</strong> reduzir o31/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinotamanho do grupo, permitindo assim que os membros do grupo possa estar emdiferentes lugares, contudo sem <strong>de</strong>trimento da produtivida<strong>de</strong>. Antes pelo contrário.‣ Apoio técnico - muitas <strong>de</strong>cisões envolvem computações complexas. Os dados po<strong>de</strong>mser armazenados em bases <strong>de</strong> dados diferentes e em sites, possivelmente fora daorganização. Os dados po<strong>de</strong>m incluir som e gráficos, que po<strong>de</strong>m ser transmitidosrapidamente para localizações muito dispersas.‣ Apoio da qualida<strong>de</strong> - os computadores po<strong>de</strong>m melhorar a qualida<strong>de</strong> das <strong>de</strong>cisõesfeitas. Por exemplo, várias alternativas po<strong>de</strong>m ser avaliadas, ou, a análise <strong>de</strong> riscopo<strong>de</strong> ser executa rapidamente, e as opiniões dos peritos po<strong>de</strong>m ser colectadasfacilmente a um custo muito baixo. Usando computadores, os responsáveis pelas<strong>de</strong>cisões po<strong>de</strong>m executar simulações complexas, verificar muitos cenários possíveis, eavaliar diversos impactos, <strong>de</strong> forma rápida e económica. Todas estas potencialida<strong>de</strong>sconduzem a uma tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões mais eficaz.‣ Competitivida<strong>de</strong> - as pressões da concorrência torna o processo tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãodifícil. A competição não é justa nos preços, na qualida<strong>de</strong>, na personalização dosprodutos, e na rapi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> resposta aos seus clientes. Contudo as organizações <strong>de</strong>vemestar aptas para mudar rapidamente suas modalida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> operações, bem como os seusprocessos (reengenharia dos processos) e estruturas. As tecnologias <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão, concretamente, os sistemas periciais tornam o processo mais significativo,permitindo que as pessoas possam tomar <strong>de</strong>cisões eficientes e eficazes, mesmo sefaltar algum conhecimento.‣ Superando limites cognitivos em processar e em armazenar - o computador tem umacapacida<strong>de</strong> inquestionável <strong>de</strong> processar e armazenar informações, e comparando assuas capacida<strong>de</strong>s com as dum humano, po<strong>de</strong>-se ver que esse último é possuidor <strong>de</strong>gran<strong>de</strong>s limitações relativamente a esses processos. É <strong>de</strong> salientar ainda que a nossacapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemas é limitada, e isso acontece sobretudo quandodiversas informações e conhecimento são adquiridos.Fazendo uma síntese, po<strong>de</strong>mos então dizer que os sistema computacionais, permitem àspessoas ace<strong>de</strong>r e armazenar, gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informações, o que por sua vez permitemelhorar a coor<strong>de</strong>nação e a comunicação entre grupos <strong>de</strong> trabalho. A aplicação das TI/SI temcrescido muito no seio organizacional, cada vez mais a sua utilização vem aumentando. O32/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoacesso à informação e a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>, a partir <strong>de</strong>sta, extrair e aplicar conhecimentos sãovitais para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e o <strong>de</strong>senvolvimento das activida<strong>de</strong>s num mercado semfronteiras. As vantagens competitivas são agora obtidas através da utilização <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s <strong>de</strong>comunicação e sistemas informáticos que interconectem as organizações e o ambienteexterno, no caso do SAD que apresentaremos a seguir.33/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoCapítulo 3 - Sistemas <strong>de</strong> Apoio à DecisãoAnteriormente, quando estivemos a falar sobre os tipos <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação, nãofalámos muito a respeito <strong>de</strong>sse tema. Mas agora vamos apresentar com mais <strong>de</strong>talhe o que éum sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão.Os primeiros sistemas apareceram com o intuito <strong>de</strong> disponibilizar informações em formas <strong>de</strong>relatórios, tabelas, dando assim suporte às activida<strong>de</strong>s do nível táctico da organização,apoiando assim nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Estes foram <strong>de</strong>signados <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informaçãopara a gestão (MIS 6 ). Mas a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se obter informações nas mais diversas formascomo no caso <strong>de</strong> gráficos, fez aparecer na década <strong>de</strong> 70, um outro tipo <strong>de</strong> sistemas que foram<strong>de</strong>signadas <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão (SAD). Portanto novas exigências foram surgindono seio da organização, o que levou ao aparecimento dos verda<strong>de</strong>iros sistemas <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão que acabam por ser a resolução das aplicações usadas até então e, que tinham suaslimitações. Com isso surgem também os sistemas informação para executivos (EIS) parasuportar as necessida<strong>de</strong>s dos executivos <strong>de</strong> topo, que os SAD não forneciam.6 Abreviatura utilizado para Management information system - <strong>de</strong>signados <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação paragestão.34/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoCom os avanços tecnológicos na década <strong>de</strong> 90, tanto a nível do hardware bem como a níveldo software, novos avanços a nível dos SAD aconteceram, e graças às tecnologias emergentescomo o DataWarehouse e Data Minig (que vamos ver mais adiante).Portanto, os sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão enquadram <strong>de</strong>ntro dos sistemas capazes <strong>de</strong> apoiar oprocesso complexo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Estes são consi<strong>de</strong>rados como sistemas que não sófornecem as informações para apoio a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, mas contribuem para o processo <strong>de</strong>tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma organização.A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> termos um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão surgiu com afirma Chaves eFalsarella (2004), em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> vários factores tais como:‣ Competição cada vez mais entre as organizações;‣ Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informações rápidas para auxiliar no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão‣ Disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> hardware e software para armazenar edisponibilizar rapidamente as informações;‣ Possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenar o conhecimento e as experiência dos especialistas em base<strong>de</strong> conhecimentos;‣ Necessida<strong>de</strong> da informática em apoiar o processo <strong>de</strong> planeamento estratégico;Todos os factores acima representados contribuíram para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um SI quepu<strong>de</strong>sse fornecer informações para as tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões numa organização.3.1 ConceitosAs fontes consultadas relativamente a este assunto não <strong>de</strong>ixam muito claro o que é um SAD.Por isso vamos apresentar alguns conceitos, levando em consi<strong>de</strong>ração a perspectiva <strong>de</strong> algunsautores.Nesse caso, na perspectiva <strong>de</strong> Santos e Ramos (2006:62), um SAD “integra um conjunto <strong>de</strong>ferramentas <strong>de</strong> interrogação e geração <strong>de</strong> relatórios que permitem aos utilizadores extrair a35/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoinformação <strong>de</strong> apoio à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, nos formatos consi<strong>de</strong>rados como sendo apropriadopara este fim”.Ainda Bonczek et al,(1980) apud Turban e Aronson (2001) apresentam um outro conceito <strong>de</strong>SAD, dizendo que é um sistema baseado em computadores que consiste na interacção entretrês elementos: um sistema <strong>de</strong> linguagem (um mecanismo que promove a comunicação entreo utilizador e os restantes componentes <strong>de</strong> um SAD), um sistema <strong>de</strong> conhecimento(umrepositório <strong>de</strong> problemas no domínio do conhecimento embebido no SAD como dados ouprocedimentos), e um sistema <strong>de</strong> problema processado (um ligação entre os outroscomponentes, contendo uma ou mais gerais potencialida<strong>de</strong>s da manutenção do problemarequerido para tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão). Este conceito é muito importante para o entendimento darelação que existe entre SAD e o conhecimento.Cortes (2005:12), parte <strong>de</strong> um outro principio afirmando que um SAD <strong>de</strong>fine-se como sendo:“uma solução analítica que é pensada e <strong>de</strong>senhada para permitir que os gestores e outrosagentes da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>ntro da organização – seja ela uma empresa, umainstituição, ou um outro tipo <strong>de</strong> entida<strong>de</strong> – tenham acesso à informação <strong>de</strong> cariz analíticorelacionada com a activida<strong>de</strong>.”Ainda dando continuida<strong>de</strong> aos conceitos <strong>de</strong> SAD, Serrano et al, (2004:22), afirma que umsistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão é :“um sistema apoiado, nas tecnologias <strong>de</strong> informação, que proporciona aos seusutilizadores, normalmente gestores intermédios das organizações, não só o acesso rápido àinformação útil, mas também a capacida<strong>de</strong> para realizar a sua análise e formatação àmedida das suas necessida<strong>de</strong>s, tipicamente relacionadas com <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> controlo e gestão”Sendo assim na nossa perspectiva SAD é um sistema que baseado em computadores quepossui ferramentas próprias para análise <strong>de</strong> dados, fornecendo aos responsáveis pela tomada<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão informações úteis para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, tornando esse processo mais eficaz eeficiente.36/111


3.2 Características e Potencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um SADSistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoTurban e Aronson (2001) tal como Ribeiro e Almeida (2002) apresentam um conjunto <strong>de</strong>características, como sendo i<strong>de</strong>ais <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão. Os mesmos afirmam que<strong>de</strong>vido à falta <strong>de</strong> consenso exacto, do que é um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão, para compreensãodo mesmo é preciso apresentar as suas potencialida<strong>de</strong>s e características, que são as seguintes:‣ SAD apoia os <strong>de</strong>cisores nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, principalmente nas semiestruturadase não estruturadas, inclui avaliação humana e informaçãocomputadorizada;‣ Suporta vários níveis <strong>de</strong> gestão, variando dos executivos superiores à linha dosgestores;‣ Suporta tanto pessoas individuais como grupos;‣ Suporta todas as fases do processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão (inteligência, <strong>de</strong>senho,escolha e implementação);‣ Suporta <strong>de</strong>cisões inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e sequenciais. As <strong>de</strong>cisões po<strong>de</strong>m ser tomadasuma vez, diversas vezes ou repetidamente;‣ Suporta uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e estilos;‣ Os SAD são flexíveis, os utilizadores po<strong>de</strong>m adicionar, apagar, combinar, mudar oselementos básicos;‣ Permite aos utilizadores sentirem-se em casa. Portanto possuem um interface userfriendly;‣ Tem como objectivo melhorar a eficácia da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;‣ Os <strong>de</strong>cisores controlam o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Os SAD é construído paraajuda aos <strong>de</strong>cisores nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e não para os substituir;‣ Os utilizadores finais po<strong>de</strong>m construir e modificar sistemas simples. Sistemasmaiores po<strong>de</strong>m ser construídos com o apoio dos especialista em sistemas <strong>de</strong>informação;‣ Utiliza diferentes mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> análise;37/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino‣ Dá acesso a uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> fonte <strong>de</strong> dados, formatação e tipos (SI Geográficos eentre outros );‣ Po<strong>de</strong> ser centralizado ou distribuído, ou seja po<strong>de</strong> ser utilizado por um <strong>de</strong>cisor numaúnica localização, ou distribuída tanto interna como externamente, utilizandotecnologias Web ou trabalho em re<strong>de</strong> (networking) ;Todas estas características po<strong>de</strong>m tornar a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões melhor, mais consistente e emtempo útil. Para uma melhor compreensão apresentamos um resumo <strong>de</strong>ssas características nafigura abaixo apresentada.14- Integração econecção Web1- Decisões semiestruturados13- Acesso <strong>de</strong>dados2- Para gestores adiferentes níveis12- Utilizamo<strong>de</strong>los <strong>de</strong>análise3- Para grupos epessoas individuais11- É <strong>de</strong> fácilconstrução pelosutilizadores finaisSAD4- Decisõesinter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes esequenciais10- Os humanoscontrolam asmaquinas5- suporta as fases <strong>de</strong>inteligência,Desenho, escolha6- suporta <strong>de</strong>ferenteestilos e processos <strong>de</strong><strong>de</strong>cisões9- Eficácia e nãoeficiência8- Interactivo e <strong>de</strong>fácil uso7-adaptativo eflexívelFigura 9: Características e Potencialida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um SAD (adaptado <strong>de</strong> Turban e Aronson, 2001)38/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino3.3 Componentes <strong>de</strong> um SADOs sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão são sistemas interactivos, baseados em computadores, que têmcomo objectivo principal ajudar os <strong>de</strong>cisores a utilizar dados e mo<strong>de</strong>los para i<strong>de</strong>ntificar eresolver problemas, bem como a tomar <strong>de</strong>cisões. Um SAD é constituído por um conjunto <strong>de</strong>sub-sistemas, que têm como finalida<strong>de</strong> garantir a sua aplicabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolvimento efuncionalida<strong>de</strong>. Sendo assim, esta po<strong>de</strong> ser constituído por vários elementos, que segundoTurban e Aronson (2001), Serrano et al, (2004) são os seguintes:‣ Sub-sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> dados – engloba um conjunto <strong>de</strong> dados provenientes <strong>de</strong>várias fontes , garantido assim a integrida<strong>de</strong> e a coerência <strong>de</strong>sses dados. Proporcionamuma fácil introdução dos dados, bem como a sua actualização, manutenção esegurança.‣ Sub-sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los - estes garantem a manutenção <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong>mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, que se baseiam em mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> investigação operacional, e entreoutros. Estes mo<strong>de</strong>los precisam ser validados e actualizados constantemente, para obom funcionamento dos mesmos.‣ Sub-sistema <strong>de</strong> gestão do conhecimento – permite ao utilizador adquirirconhecimentos, melhorando assim a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Este po<strong>de</strong> ser utilizadoconjuntamente com os restantes sub-sistema , ou então isoladamente.‣ Interface com o utilizador – é a comunicação entre o utilizador e o SAD. Exige-secuidados na apresentação e disposição dos dados, permitindo assim uma claracomunicação entre os mesmo, bem como a eficácia <strong>de</strong> todo o processocomunicacional, Sendo assim <strong>de</strong>ve-se utilizar uma linguagem simples, natural e <strong>de</strong>fácil percepção, variando-as <strong>de</strong> acordo com a familiarida<strong>de</strong> dos utilizadores finais coma informática.Todos estes componentes po<strong>de</strong>m ser conectados e incorporados à Intranet, a um Extranet epor último à Internet. Por conseguinte estes permitirão uma melhor compreensão da estrutura<strong>de</strong> um SAD.39/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino3.3.1 Sub-sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> DadosEste subsistema <strong>de</strong> gestão é constituídos como afirmam Turban e Aronson (2001) pelosseguintes elementos:‣ Base <strong>de</strong> dados do SAD‣ Sistema <strong>de</strong> gestão da base <strong>de</strong> dados (SGBD)‣ Directório <strong>de</strong> dados‣ Apoio a queries 7A base <strong>de</strong> dados é uma conjunto <strong>de</strong> dados organizado, relacionados para dar respostas àsnecessida<strong>de</strong>s e estruturas das organizações. Esta po<strong>de</strong> ser utilizada por mais do que umapessoa para mais <strong>de</strong> uma aplicação. Há diversas configurações possíveis para a base <strong>de</strong> dados.Para algumas aplicações do SAD, os dados são extraídos <strong>de</strong> uma DataWarehouse (umrepositório/armazém <strong>de</strong> dados), para outras aplicações do SAD, é construída uma base <strong>de</strong>dados especial caso haja necessida<strong>de</strong>.As bases <strong>de</strong> dados acima referidas contém, então, dados internos bem como dados externos,os dados internos advém do processamento dos mesmos: um exemplo típico são as folhas <strong>de</strong>pagamento, listas dos alunos que reprovaram num <strong>de</strong>terminado momento, e entre outras.Relativamente aos dados externos, po<strong>de</strong>mos dizer que são dados que po<strong>de</strong>m ser obtidosatravés <strong>de</strong> pesquisas <strong>de</strong> marketing, programações <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> imposto, regulamentações dogoverno, Internet, etc..O outro elemento é o sub-sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> base <strong>de</strong> dados(SGBD), tais como MySql,Oracle, SQLServer, etc. Estes sub-sistemas permitem criar, ace<strong>de</strong>r, alterar e actualizar dadosque o SAD necessita.7 Comandos executados sobre bases <strong>de</strong> dados que permitem criar, remover, inserir, ou alterar dados, bem comofazer selecções entre os mesmos.40/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoAinda temos os directórios <strong>de</strong> dados, tem como objectivo catalogar todos os dados contidosna base <strong>de</strong> dados do SAD. Este tal como outros catálogos suporta a entrada <strong>de</strong> novos dados,bem como a recuperação <strong>de</strong> informações em objectos bem específicos.Por último temos as queries, que são utilizadas no: acesso, manipulações e selecções dosdados. Também aceita pedidos <strong>de</strong> outros SAD’s, mas primeiro ele mesmo <strong>de</strong>termina se essespedidos po<strong>de</strong>m ser feitos (consultando o directório <strong>de</strong> dados, caso necessário). Através <strong>de</strong>lepo<strong>de</strong>-se fazer pedidos bastante <strong>de</strong>talhados, e retorna o resultado ao requerente. Este apoio aosqueries tem uma linguagem diferente da conhecida SQL, portanto linguagem <strong>de</strong> 4ª geração.Aceita pedidos como: “procure por todas os alunos que tiveram negativas numa <strong>de</strong>terminadaturma durante e primeiro trimestre e organize-as por número”.3.3.2 Sub-sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong>losEste por sua vez, continuando ainda com a linha <strong>de</strong> pensamento <strong>de</strong> Turban e Aronson (2001)é composto por:‣ Base <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los;‣ Sistema <strong>de</strong> gestão da base <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los;‣ Linguagem <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação;‣ Directório <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los;‣ Executor, integrador e processador <strong>de</strong> comandos para mo<strong>de</strong>los;A base <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los contém uma série mo<strong>de</strong>los rotineiros e especiais como por exemplo,estatísticos, financeiros, <strong>de</strong> previsão, etc., o que dá ao SAD capacida<strong>de</strong>s analíticas. Estesmo<strong>de</strong>los po<strong>de</strong>m ser divididos por categorias, que são as seguintes:‣ Mo<strong>de</strong>los estratégicos – apoiam gestores <strong>de</strong> topo na elaboração <strong>de</strong> planos estratégicos,estudos <strong>de</strong> impacto ambiental, selecção <strong>de</strong> plantas <strong>de</strong> localização, etc.‣ Mo<strong>de</strong>los tácticos – apoiam gestores <strong>de</strong> nível médio no processo <strong>de</strong> distribuição econtrolo dos recursos da organização. Por exemplo, contém mo<strong>de</strong>los como planos <strong>de</strong>41/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinopromoções, planos orçamentais, plantas <strong>de</strong> localização internas, etc. Estes mo<strong>de</strong>losrecorrem apenas a dados internos e fazem previsões num horizonte temporal que nãoultrapassa os 2 anos.‣ Mo<strong>de</strong>los operacionais – apoiam às activida<strong>de</strong>s operacionais do quotidiano da empresa.Activida<strong>de</strong>s essas que po<strong>de</strong>m ser: empréstimos pessoais solicitados a bancos,calendarizarão da produção, controlo do inventário, portanto apoia os gestoresoperacionais nas suas activida<strong>de</strong>s, com um período provisional <strong>de</strong> dias, no máximo,meses.‣ Mo<strong>de</strong>los analíticos – são usados para fazer análises sobre os dados contidos na base <strong>de</strong>dados da SAD. São compostos por mo<strong>de</strong>los estatísticos, mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> gestão científica,algoritmos <strong>de</strong> mineração <strong>de</strong> dados (a ser visto mais adiante) e mo<strong>de</strong>los financeiros,etc. Po<strong>de</strong>m estar associados a outros mo<strong>de</strong>los que fazem parte dos mo<strong>de</strong>losestratégicos.O outro componente, do sub-sistema da gestão <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los é o sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> base <strong>de</strong>mo<strong>de</strong>los que tem como finalida<strong>de</strong> criar mo<strong>de</strong>los através das linguagens <strong>de</strong> programação,permitindo assim a criação <strong>de</strong> relatórios. Este ainda é capaz <strong>de</strong> relacionar os mo<strong>de</strong>los com osenlaces apropriados através <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong> dados. A linguagem <strong>de</strong> programação acimareferida faz parte da linguagem <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lação e permite ao utilizador manipular os mo<strong>de</strong>los.Ainda temos o directório <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los, é quase similar ao directório <strong>de</strong> base <strong>de</strong> dados. É umcatálogo <strong>de</strong> todos os mo<strong>de</strong>los e <strong>de</strong> outros softwares na base <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los. Contém <strong>de</strong>finições <strong>de</strong>mo<strong>de</strong>los e a sua principal função é respon<strong>de</strong>r perguntas sobre a disponibilida<strong>de</strong> epotencialida<strong>de</strong>s dos mo<strong>de</strong>los.Por último temos um outro componente que é o executor, integrador e processador <strong>de</strong>comandos para mo<strong>de</strong>los. A execução <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los é o processo <strong>de</strong> controlar o andamento domo<strong>de</strong>lo. Integração <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los envolvem a combinação das operações <strong>de</strong> vários mo<strong>de</strong>losquando é necessário, ou integrar o SAD com outras aplicações.42/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino3.3.3 Sub-sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> ConhecimentoÉ um dos componentes do SAD mais actual, aumenta o grau da perícia dos gestores no quediz respeito a resolução <strong>de</strong> problemas, para além disso fornece conhecimento que po<strong>de</strong> realçara operação <strong>de</strong> outros componentes do SAD. É composto por um ou vários sistemasinteligentes. Os SAD que utilizam estes sub-sistemas são chamados <strong>de</strong> SAD inteligentes,SAD activos.3.3.4 InterfaceEsta permite fazer a comunicação entre o utilizador e o SAD, incluindo não só o hardwaremas também o software. Ela faz com que a comunicação entre o utilizador e o SAD seja amais amigável possível, visto que é consi<strong>de</strong>rada como uma das componente mais importante<strong>de</strong> todo sistema. Também é gerido por um sistema <strong>de</strong> gestão da interface, que é composto porvários programas que dão mais habilida<strong>de</strong>s ao SAD.O sistema <strong>de</strong> gestão da interface permite que a interface com o utilizador seja gráfica, on<strong>de</strong>são utilizados com gran<strong>de</strong> frequência os Web Browser 8 (navegadores). Para além disso,acomoda o utilizador com uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> dispositivos <strong>de</strong> entrada, apresenta dados nos maisdiversos formatos, po<strong>de</strong>ndo assim ser extraídas a partir <strong>de</strong> vários dispositivos <strong>de</strong> saída.A interface proporciona interacção entre as bases <strong>de</strong> dados e as bases <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo, permite aentrada e saída <strong>de</strong> dados, possibilita a visualização dos dados nos mais diversos formatos(gráficos a cores, gráficos tridimensionais).A interface é consi<strong>de</strong>rada com um dos componentes do SAD <strong>de</strong> maior importância. Mas,po<strong>de</strong>ríamos perguntar porque?8 É um programa que habilita seus usuários a interagirem com documentos HTML (em linguagem <strong>de</strong> hipertexto)hospedados em um servidor Web, <strong>de</strong> acesso à Internet. Disponível emhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Web_browser, consultado a 13/07/07.43/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoÉ tão fácil respon<strong>de</strong>rmos essa questão, se pensarmos bem po<strong>de</strong>mos então dizer que não serianecessário <strong>de</strong>senvolvermos um sistema <strong>de</strong> tão gran<strong>de</strong> dimensão e com gran<strong>de</strong>spotencialida<strong>de</strong>s, se não houvesse quem os compreen<strong>de</strong>sse, e os pu<strong>de</strong>sse interpretar esobretudo tirar algum proveito.Portanto, no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> qualquer sistema, temos que levar em conta os possíveisutilizadores que posteriormente irão interagir com o próprio sistema, extraindo informação,po<strong>de</strong>ndo assim com base nessas tomar <strong>de</strong>cisões.3.4 Classificação <strong>de</strong> SADSegundo Holsapple e Whinston (1996) apud Turban e Aronson (2001) os SAD classificamseem:‣ Orientados a Textos – estes sistema apoia os <strong>de</strong>cisores nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisõesmantendo-os, <strong>de</strong> forma electrónica, a par das informações representadas em forma <strong>de</strong>textos. Estes documentos po<strong>de</strong>m ser criados, vistos, e revistos electronicamente,sempre que necessário.‣ Orientados à base <strong>de</strong> dados - como se po<strong>de</strong> imaginar, neste tipo <strong>de</strong> SAD, aorganização da base <strong>de</strong> dados é que <strong>de</strong>sempenha o papel principal em toda a estruturado SAD. Este tipo <strong>de</strong> SAD usa fortes ferramentas <strong>de</strong> queries ou <strong>de</strong> geração <strong>de</strong>relatórios, tudo porque as bases <strong>de</strong> dados relacionais ten<strong>de</strong>m a amontoar um gran<strong>de</strong>volume <strong>de</strong> informação sobre uma estrutura rígida.‣ Orientados à Folha <strong>de</strong> Calculo - estas permitirão ao utilizador <strong>de</strong>senvolver mo<strong>de</strong>los efazer vários tipos <strong>de</strong> análises sobre as informações que estão contidas no SAD.Contudo para além <strong>de</strong> criar, ver, e modificar procedimentos existentes sobre o Subsistema<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> conhecimento, estes mo<strong>de</strong>los conseguem fazer com que asinstruções nelas contidas possam ser executadas. Uma folha <strong>de</strong> cálculo bastanteconhecida é o Microsoft Excel, que contém inúmeros mo<strong>de</strong>los tais como estatísticos,financeiros, etc.‣ Orientados ao Solver – para a melhor compreensão a cerca do assunto é convenienteapresentar um conceito <strong>de</strong> solver, é um algoritmo ou um procedimento escrito como44/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoum programa informático para resolver certo tipo <strong>de</strong> problema. Por exemplo o Exceldispõe <strong>de</strong> vários solvers, que chamamos <strong>de</strong> funções, tais como (soma, média, contar,etc.). Um solver po<strong>de</strong> ser escrito numa linguagem <strong>de</strong> programação C++. Os solverstais como programações lineares, que é muito utilizado para problemas <strong>de</strong>optimização, po<strong>de</strong>m ser comprados e incorporados no SAD.Po<strong>de</strong>mos ver que um SAD é um sistema muito complexo, que não surgiu do nada. Foramanos e anos <strong>de</strong> pesquisa e estudo, e cada vez mais, com as mudanças que vêm ocorrendotanto nas organizações bem como na socieda<strong>de</strong>, novas tecnologias/ferramentas estãoemergindo. Ferramentas essas que são utilizadas para o <strong>de</strong>senvolvimento dos SAD,existentes na actualida<strong>de</strong>. Estamos referindo a ferramenta altamente sofisticados taiscomo:‣ DataWarehouses;‣ OLAP (On-line Analitical Processing);‣ Datamining;Todas as ferramentas acima mencionadas vão ser retractadas com mais <strong>de</strong>talhe no ponto aseguir.3.5 Arquitectura <strong>de</strong> um SAD3.5.1 Datawarehouse ou DatawarehousingUma Datawarehouse segundo Cortes (2005:8) <strong>de</strong>fine-se como sendo:“um repositório analítico on<strong>de</strong>, a parir dos sistemas operacionais e por intermédio <strong>de</strong> umprocesso <strong>de</strong> canalização (transferência), os dados são armazenados <strong>de</strong> forma mensurável,sendo contemplada a sua caracterização, simultaneamente, segundo diversos eixos <strong>de</strong>análise (o que se <strong>de</strong>finirá como dimensões)”.Portanto, uma Datawarehouse é um a estrutural fundamental para a implementação <strong>de</strong> umsistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão.45/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoAinda po<strong>de</strong>mos apresentar um outro conceito <strong>de</strong> Datawarehouse, que na perspectiva <strong>de</strong>Inmon (1996) apud Santos e Ramos(2006:64) “consiste num conjunto <strong>de</strong> dados orientadospor assunto, integrados, catalogados temporalmente e não voláteis, que suporta os gestores noprocesso <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão”.Esta <strong>de</strong>finição é bastante acertada e simples, para além <strong>de</strong> englobar um conjunto <strong>de</strong>características consi<strong>de</strong>rados como típicas <strong>de</strong> uma Datawarehouse, ela permite-nos ter umavisão mais clara do que é uma Datawarehouse, ao contrário da <strong>de</strong>finição apresentada porCortes. Essa características vão ser apresentadas no ponto a seguir.Portanto uma Datawarehouse é uma base <strong>de</strong> dados que é tida <strong>de</strong> forma autónoma em relaçãoà base <strong>de</strong> dados operacionais da organização. Ela tem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenar gran<strong>de</strong>squantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dados, e mantê-la à um tempo bem in<strong>de</strong>terminado, ao contrário do queacontece com as bases <strong>de</strong> dados operacionais, que armazenam dados num período limitado edo dia-a-dia da organização, como afirmou Inmon apud Santos e Ramos (2006). Para alémdisso essas base <strong>de</strong> dados permite-nos ter acesso a poucos dados.Para melhor entendimento da diferença que existe entre uma base <strong>de</strong> dados operacionais euma Datawarehouse, a tabela 1, apresenta uma síntese das suas principais características, queos torna diferente.Base <strong>de</strong> dados operacionaisObjectivos operacionaisAcesso <strong>de</strong> Leitura/EscritaAcesso por transacções pre<strong>de</strong>finidasDados actualizado em tempo realEstrutura optimizada para actualizaçõesRegisto históricoAcesso só <strong>de</strong> leituraDatawarehouseAcesso por questões ad-hoc e relatóriosperiódicosCarregamento periódico <strong>de</strong> mais dadosEstrutura optimizada para processamento<strong>de</strong> questões46/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoTabela 1: Base <strong>de</strong> dados operacionais versus Datawarehouse (adaptado <strong>de</strong> Santos e Ramos,2006)Po<strong>de</strong>-se ver que uma Datawarehouse é uma base <strong>de</strong> dados que tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receberdados das bases <strong>de</strong> dados operacionais da organização, tornando-as agrupadas por assunto ebem organizados. Essa é uma das suas principais características que serão apresentadas aseguir.3.5.1.1 Características <strong>de</strong> uma DatawarehouseUma Datawarehouse como afirmam Santos e Ramos (2006) é possuidora das seguintescaracterísticas:‣ Orientada por assunto – dados são organizados por assunto, tais como clientes,fornecedores, produtos, alunos, cursos, etc. Não é feito o armazenamento <strong>de</strong> dadosrotineiros da organização, engloba apenas os dados tidos como relevantes para atomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;‣ Integrada – é construído a partir fontes heterogéneas <strong>de</strong> dados, dados esses queprovém <strong>de</strong> diferentes bases <strong>de</strong> dados da organização. Utilizam-se técnicas <strong>de</strong> limpezae integração dos dados para assegurar a sua consistência, tanto a nível dos nomes,atributos, etc. Para que os dados sejam inseridos numa Datawarehouse é preciso queestas sejam integrados, em que essa integração é tida como o processo pelo qual osdados são modificados permitindo a sua inserção no repositório.‣ Catalogada temporalmente - a Datawarehouse fornece dados sob uma perspectivahistórica, armazenando assim dados equivalentes a um período <strong>de</strong> tempo que variaentre 5 a 10 anos.‣ Não volátil – numa Datawarehouse po<strong>de</strong>mos fazer duas operações básicas:carregamento inicial dos dados (que serão actualizadas posteriormente com uma certaperiodicida<strong>de</strong>, acrescentando-a os dados das bases <strong>de</strong> dados operacionais) e o acessoaos dados para processamento <strong>de</strong> consultas. Portanto após o carregamento dos dadosestes não po<strong>de</strong>m ser alterados ou eliminados.47/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoComo vimos anteriormente uma das características da Datawarehouse, é que esta se encontraorientada por assunto ou seja integra informação relativa a <strong>de</strong>terminados assuntos daorganização. Neste caso há existência <strong>de</strong> um outro repositório <strong>de</strong>nominado por Data Marts,que permite armazenar dados específicos da organização, como no caso <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> cada<strong>de</strong>partamento, por exemplo.A existência ou não <strong>de</strong> uma Datawarehouse ou Data Marts <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da escolha daorganização, ou seja a organização é quem vai <strong>de</strong>terminar qual a arquitectura que melhorsatisfaça as suas necessida<strong>de</strong>s.Portanto a organização tem 3 alternativas a escolher:1- implementar uma Datawarehouse(DW);2- Implementar uma outra in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da DW;3- Implementar uma Data Marts <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes da DW;Conforme nos é apresentado na figura abaixo.Figura 10: Data Marts e Datawarehouse (adaptado <strong>de</strong> Santos e Ramos,2006)48/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoFazendo uma analise exaustiva da figura posemos constatar que nas Data Marts <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntesos dados são carregados directamente das bases <strong>de</strong> dados operacionais pela Datawarehouse esó <strong>de</strong>pois é possível fazermos o carregamento dos mesmos na Data Marts. Por outro lado, nasData Marts in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes os dados são carregados directamente das bases <strong>de</strong> dadosoperacionais tal como acontece com as Datawarehouse.3.5.2 DataMinigAs organizações fazem <strong>de</strong> tudo para ganhar vantagens competitivas no mercado, e daquiloque as novas tecnologias têm para as oferecer nas áreas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão, em particular nasáreas <strong>de</strong> obtenção do conhecimento, é uma das componentes que integra o Data Mining.DataMining “é o conjunto <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> suporte à <strong>de</strong>cisão através das quais se procurampadrões, relacionamentos e <strong>de</strong>pendências semânticas em gran<strong>de</strong>s volumes <strong>de</strong> dados” (Cortes,2005:1005).“A existência <strong>de</strong> uma Datawarehouse não é, por si só uma garantia <strong>de</strong> que a organização consigaeficientemente tirar partido da informação armazenada em prol da sua activida<strong>de</strong>, da mesma formaque ser dono <strong>de</strong> uma biblioteca privada com milhares <strong>de</strong> livros não torna ninguém automaticamenteuma pessoa inteligente e culta.”(Cortes, 2005:102)Portanto, ter um repositório <strong>de</strong> dados, on<strong>de</strong> temos uma gran<strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retirarinformação e tomar <strong>de</strong>cisões é muito bom. Mas, tomar <strong>de</strong>cisão requer <strong>de</strong> uma certa formatermos conhecimento profundo <strong>de</strong> certos assuntos ou problemas. Isso requer o uso <strong>de</strong> técnicase ferramentas tais como as <strong>de</strong> Data Mining, cujas componentes <strong>de</strong> extracção <strong>de</strong> conhecimentoque segundo Cortes (2005), dotarão a organização <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s cognitivas, tornando-acapaz <strong>de</strong> explorar gran<strong>de</strong>s volumes <strong>de</strong> dados, sabendo assim abstrair a essência dainformação, justificar todo um comportamento passado, e, com base nisso traçar os planosfuturos.Sendo assim para o mesmo autor:49/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoDataMining = Extracção do conhecimento + Teste <strong>de</strong> hipótesesPartindo <strong>de</strong>sse raciocínio po<strong>de</strong>mos dizer que Data Mining é o processo <strong>de</strong> extracção <strong>de</strong>conhecimento após o teste <strong>de</strong> hipóteses. Todavia como afirma o mesmo, os processos <strong>de</strong>análises <strong>de</strong>verão ser automatizados para o processamento <strong>de</strong> todos os registos <strong>de</strong> forma alevar a interferência <strong>de</strong> conclusões (por teste <strong>de</strong> hipóteses) ou então à <strong>de</strong>dução <strong>de</strong> resultados(num processo <strong>de</strong> constatação <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> extracção <strong>de</strong> conhecimento). Então po<strong>de</strong>mosdizer que DataMining permite-nos fazer a exploração <strong>de</strong>talhada dos dados contidos numaDatawarehouse, <strong>de</strong>scobrindo assim informações que nem as queries e os relatóriosconseguem revelar .O DataMining trata da análise <strong>de</strong> dados. Esta por sua vez está mais preocupado em gerarcódigos e algoritmos , do que preocupar com as interfaces para a interacção entre o utilizador,on<strong>de</strong> estes po<strong>de</strong>m consultar os gráficos bem como uma tabela resumida com os dados daevolução do volume <strong>de</strong> negócios ou o volume <strong>de</strong> vendas a um <strong>de</strong>terminado cliente.Com o surgimento <strong>de</strong> novas ferramenta no domínio da exploração da Datawarehouse, asferramenta/ técnicas <strong>de</strong> Data Mining teve que dar espaço a uma outra técnica, que permitecriar “cubos” multidimensionais para a organização da informação bem como a análise dosmesmos. Técnica/ferramenta essa <strong>de</strong>signada <strong>de</strong> OLAP (On-line Analytical Processing) , quevamos ver com mais <strong>de</strong>talhe no ponto que se segue.3.5.3 OLAP (On- Line Analytical Processing)Esta ferramenta <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte surgiu para dar resposta a todas a necessida<strong>de</strong>s dos gestoresno que diz respeito à gestão <strong>de</strong> informação <strong>de</strong>ntro da organização, com a vantagem <strong>de</strong> seremmontadas sobre os repositórios <strong>de</strong> dados existentes, tais como a Data Warehouse, Data Marts.Portanto são “Fáceis <strong>de</strong> implementar , sendo uma verda<strong>de</strong>ira tentação <strong>de</strong> vendas naperspectiva <strong>de</strong> lucro rápido, <strong>de</strong>ixando os clientes satisfeitos com a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> relatóriosdisponibilizados e com os gráficos a que passavam a ter acesso sem necessitarem <strong>de</strong> recorrera peritos informáticos para a geração dos mesmos e não implicando gran<strong>de</strong>s necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>50/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoformação <strong>de</strong> recursos humanos para o seu manuseamento, as ferramentas OLAP fizeramesquecer às organizações <strong>de</strong> que não é propriamente uma técnica ou metodologia <strong>de</strong>extracção <strong>de</strong> conhecimentos.” (Cortes, 2005:118)As ferramentas OLAP permitem, que o utilizador faça uma busca muito rápida e transversal<strong>de</strong> dados, ficando assim sob a responsabilida<strong>de</strong> do utilizador a análise dos mesmos.Então segundo Cortes (Cortes, 2005:119), OLAP é uma “técnica <strong>de</strong> analise e <strong>de</strong> reportingavançado sobre gran<strong>de</strong>s volumes <strong>de</strong> dados assentes e estruturas <strong>de</strong> armazenamentomultidimensionais”.Esta tecnologia permite-nos criar cubos para analisar informação nos mais diversos estilos.Portanto várias operações po<strong>de</strong>m ser executadas sobre s cubos. Essas operações, que segundoSantos e Samos (2006) e Cortes (2005), são os seguintes:‣ Drill-down – permite navegar, <strong>de</strong> dados gerais para os mais <strong>de</strong>talhados. Tem comoobjectivo fornecer uma visão mais <strong>de</strong>talhada dos dados em análise , por exemplo setivermos dados agrupados por trimestre, o Drill-down permitir-nos ver esses mesmosdados <strong>de</strong>composto em meses, ou seja os dados apresentados por trimestre no cuboprincipal po<strong>de</strong>rá ser apresentada com mais pormenor, nesse caso em meses.‣ Roll-up- faz o contrário, em relação ao Drill-down. Neste os dados serão apresentadosconsoante uma <strong>de</strong>terminada hierarquia. Os dados são apresentados primeiramente emmeses, <strong>de</strong>pois em trimestre e por fim em ano.‣ Slice and Dice – este permite-nos ver os dados <strong>de</strong> uma forma mais restrita,minimizando assim um conjunto <strong>de</strong> dados (contidos num cubo). O slice funcionacomo se estivéssemos a lançar uma querie sobre os dados do cubo, vai apresentartodos os dados contidos no mesmo, mas que respeitam uma <strong>de</strong>terminada condição.Aproveitando os exemplos anteriores em que temos dados do trimestre, o slice vaipermitir-nos ver dados, que dizem respeito ou ao 1º,2º,ou 3º, consoante a condiçãoapresentada. O Dice permite <strong>de</strong>finir um sub-cubo em que são especificados oscritérios <strong>de</strong> selecção dos mesmos, para uma ou mais dimensões.51/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino‣ Pivot- permite rodar os eixos da visualização dos dados, disponibilizando alternativaspara o mesmo, ou seja o Pivot permite-nos trocar as dimensões.Po<strong>de</strong>mos ver que a <strong>de</strong>signação OLAP, normalmente refere-se a uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>sque normalmente são executadas pelos utilizadores finais em sistemas online. Essasactivida<strong>de</strong>s incluem tarefas como: geração <strong>de</strong> queries, pedidos <strong>de</strong> relatórios ad-hoc, análisesestatísticas, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> SAD’s ou <strong>de</strong> aplicações multimédia.Portanto a OLAP dispõe <strong>de</strong> servidores que nos permite, como já tínhamos referidoanteriormente, fazer a análise multidimensional dos dados contidos nos diversos repositórios(Datawarehouse e Data Marts), in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do lugar on<strong>de</strong> estiverem armazenados.Sendo assim segundo Santos e Ramos (2006) e Cortes (2005), estes servidores são osseguintes:‣ MOLAP (Multidimensional OLAP)- são servidores utilizados para armazenamento<strong>de</strong> dados nas bases <strong>de</strong> dados multidimensionais. São <strong>de</strong>senvolvidas especialmente paralidar com questões como a agregação e sumariação do resultados utilizando o DrillDown e Roll Up.‣ ROLAP ( Relational OLAP)- estes servidores funcionam como intermediários entreos dados das bases <strong>de</strong> dados operacionais e as ferramentas. Estes utilizam um sistema<strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> dados relacional para o armazenamento e gestão dos mesmos.Para além disso são capazes <strong>de</strong> suportar volumes <strong>de</strong> dados mais significativos ou sejacom mais <strong>de</strong>talhe que a MOLAP.‣ HOLAP (Hybrid OLAP)- este faz a combinação entre os dois primeiros (MOLAP eROLAP), aproveitando assim a estabilida<strong>de</strong> do ROLAP e a velocida<strong>de</strong> do MOLAP.Este servidor permite-nos armazenar gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dados numa base <strong>de</strong>dados relacional, fazendo assim a sua agregação utilizando o MOLAP.Portanto, cada vez maior é o número e uso das ferramentas OLAP nas organizações, cujautilização visa dotar a comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> executivos e gestores <strong>de</strong> alguma in<strong>de</strong>pendência nainteracção com a informação disponível na organização. (Cortes, 2005:127).52/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoÉ <strong>de</strong> realçar que as ferramentas OLAP são um bom meio <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> dados, e para alémdisso são <strong>de</strong> fácil manuseio, fornece dados precisos consoante a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada um.Cabe agora a quem <strong>de</strong> direito dispor <strong>de</strong> tais informações fazer a análise a<strong>de</strong>quada, e só porfim tomar <strong>de</strong>cisões.De seguida vamos apresentar uma figura, que representa a arquitectura <strong>de</strong> um SAD.Data MiningOLAPFerramentas <strong>de</strong> AnáliseMetadadosServidor <strong>de</strong> DatawarehouseDataWarehouseData MartsExtracçãoLimpezaTransformaçãoCarregamentoRefrescamentoBases <strong>de</strong> DadosOperacionaisDados ExternosFigura 11: Arquitectura <strong>de</strong> um SAD (adaptado <strong>de</strong>: Santos e Ramos, 2006).Vendo bem para a figura acima apresentada, constatámos que existem ferramentas para aextracção <strong>de</strong> dados nas bases <strong>de</strong> dados operacionais e <strong>de</strong> fontes externas, ferramentas para alimpeza, transformação e carregamento <strong>de</strong>stes dados, para a Datawarehouse (DW) e aindaoutras que permitem actualizações periódicas dos dados das diversas fontes na DW, sempreque necessário.53/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoOs dados contidos na DW e nos Data Marts são geridos por servidores da DW, apresentandoassim visão multidimensional dos dados. Esta por sua vez é tida sob a forma <strong>de</strong> cubos <strong>de</strong>dados, permitindo assim que as informações sejam vistas em linhas e colunas. Esses cubospo<strong>de</strong>m ter mais do que uma dimensão, em que cada dimensão caracteriza uma <strong>de</strong>terminadainformação.Figura 12– Exemplo <strong>de</strong> um cubo (adaptado <strong>de</strong> Santos e Ramos, 2006).Neste capítulo estivemos a retractar sobre o SAD, fazendo assim uma análise da suaarquitectura, bem como as principais ferramentas <strong>de</strong> extracção <strong>de</strong> dados nos diferentesrepositórios <strong>de</strong> dados que a constitui.Sendo assim no capítulo que se segue vamos abordar sobre os SAD, mas só que <strong>de</strong>sta veznum âmbito diferente, retractando assim sobre este na gestão escolar.54/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoCapítulo 4 – Sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong>um estabelecimento <strong>de</strong> ensinoAo longo <strong>de</strong>sse trabalho monográfico já vimos vários assuntos que estão minimamenteligados ao tema principal em estudo que è: sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> umestabelecimento <strong>de</strong> ensino. Contudo para a compreensão <strong>de</strong> tal facto, achamos conveniente<strong>de</strong>bruçar e <strong>de</strong>talhar mais, para a melhor compreensão do que seja este fenómeno. Para issovamos ter que apresentar um conceito <strong>de</strong> gestão, posteriormente falaremos ou seja daremosmais a conhecer sobre a gestão escolar e por último veremos o que é sistema <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão na gestão escolar.4.1 Conceito <strong>de</strong> GestãoActualmente aon<strong>de</strong> quer vamos, damos <strong>de</strong> cara com um organização, seja ela pública ouprivada, <strong>de</strong> pessoas particulares ou não, com ou sem fins lucrativos. Portantoin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do Ramo <strong>de</strong> negócio <strong>de</strong> cada um , ambas têm alguma coisa em comum,que é a gestão das mesmas, sendo esta um factor importante, que permite-nos saber em queestado a organização se encontra.Já falamos <strong>de</strong> gestão e não sabemos o que é. Mas o que é a gestão?55/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoGestão segundo Teixeira (2005:3), “é o processo <strong>de</strong> se conseguir resultados (bens e serviços)com o esforço dos outros. Pressupõe a existência <strong>de</strong> uma organização, isto é ,várias pessoasque <strong>de</strong>senvolvem uma activida<strong>de</strong> em conjunto para melhor atingirem objectivos comuns.”Outra visão vem <strong>de</strong> Díaz et al., (2002:75), on<strong>de</strong> afirmam que gestão “é um processo, quecompreen<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada funções que <strong>de</strong>vem ser levados a cabo para atingir os objectivos”.Sendo assim po<strong>de</strong>mos dizer que gestão é todo um processo levado a cabo para a obtenção daeficácia e a eficiência numa organização. Portanto para tal é preciso que esta disponha <strong>de</strong>pessoas, neste caso gestores que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do nível (níveis esses que apresentamos em 2.4,quando estivemos a falar <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão) conseguem coor<strong>de</strong>nar, controlar, dirigir e porúltimo organizar todos os recursos da organização, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> elas seremfinanceiras, humanos, materiais e entre outros.4.1.1 Funções <strong>de</strong> gestãoA gestão tem uma tarefa bastante difícil, cabe a ela interpretar os objectivos pré-concebidos etransformá-los em acções, através <strong>de</strong> planeamento, organização, direcção e controlo dasactivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas em todos níveis da organização.Todavia, segundo afirma Teixeira (2005), a gestão abarca 4 funções:‣ Planeamento – que é um processo pela qual <strong>de</strong>terminamos com antecedência, aquiloque <strong>de</strong>ve ser feito e como os fazer. O que não <strong>de</strong>ve ser confundido com previsão. Oplaneamento requer que uma acção seja <strong>de</strong>senvolvida fazendo assim as coisasacontecerem, não esperar que elas aconteçam tal como acontece nas previsões, emque prevemos algo que po<strong>de</strong> ou não acontecer. Para que todos possam compreen<strong>de</strong>rquais as tarefas a <strong>de</strong>senvolver, é preciso estar bem <strong>de</strong>lineada no plano e <strong>de</strong> um formamuito clara aquilo que têm <strong>de</strong> fazer.‣ Organização – consiste no estabelecimento <strong>de</strong> relações formais entre as pessoas, eentre estas e os recursos, para atingir os objectivos estabelecidos. Para além disso, esta<strong>de</strong>termina que a pessoa certa, com as qualificações exigidas, estão na hora e localcerto para o melhor cumprimento <strong>de</strong>sse objectivos.56/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino‣ Direcção – é o processo <strong>de</strong> se influenciar o comportamento dos outros. Logo po<strong>de</strong>mosver que esta engloba a li<strong>de</strong>rança, a motivação e sobretudo a comunicação entre todosos membros da organização. A direcção como afirmam Díaz et al., (2002:83), citandoLevitt, consiste em “analisar racionalmente uma situação, e seleccionar os objectivos aalcançar; coor<strong>de</strong>nar os recursos, <strong>de</strong>senhar racionalmente a estrutura e controlar osresultados obtidos”.‣ Controlo – é o processo pela qual comparamos o <strong>de</strong>sempenho da organização com ospadrões pré-estabelecidos ou seja é fazer uma análise para vermos se os resultadosobtidos estão em conformida<strong>de</strong> com os objectivos previamente traçados. Tambémpermite analisarmos os <strong>de</strong>svios e as causas, <strong>de</strong>finindo acções para que estes sejamcorrigidos e evitados futuramente.Convém ainda acrescentar que todas essas funções estão interligadas, portanto nenhumafunciona <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nteÉ conveniente dizermos que na gestão actual, os <strong>de</strong>cisores estão cada vez mais precisando <strong>de</strong>sistemas que forneçam informações nos mais diversos formatos, informações essas que sãodisponibilizados a tempo e hora. Estamos a falar, então, dos sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão(SAD), com gran<strong>de</strong>s capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gerar relatórios bem como gerar e tratar gran<strong>de</strong>squantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação. As instituições escolares estão utilizando cada vez mais estesistema, pois, precisam gerir bem os seus recursos para obter assim vantagens competitivas nomercado. Mas isso veremos a seguir.4.2 Gestão EscolarA socieda<strong>de</strong> encontra-se na era da globalização da economia. A escola por sua vez estáinserida neste contexto, actuando frente a esses <strong>de</strong>safios, on<strong>de</strong> há necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>reconstrução dos conhecimentos. A gestão no contexto educacional como afirmam Gonçalvese Carmo (2001), é caracterizada pela participação constante das pessoas nas <strong>de</strong>cisões sobre aorientação e planeamento das activida<strong>de</strong>s.57/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoA gestão escolar é uma acção mediadora entre as directrizes educativas e os sujeitosimplicados nesse processo, pais, professores, directores, alunos, e também os conteúdos daeducação, pelas relações pedagógicas que se <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>iam nessa mediação. Portantopo<strong>de</strong>mos ver então que a gestão escolar não é tarefa única e exclusivamente do gestor massim <strong>de</strong> todos quanto são membros activos, que participam e contribuem para a sua execução.Como afirmam Díaz et al., (2002), a gestão <strong>de</strong> um centro educativo, pressupõe conseguiralcançar os resultados, prevenir os riscos e organizar as activida<strong>de</strong>s educativas <strong>de</strong> forma aque se consiga alcançar os objectivos da educação, superando assim as diferenças sociais.Posto isto, po<strong>de</strong>mos dizer que o gestor escolar é aquele que, apesar <strong>de</strong> organizar, planear asactivida<strong>de</strong>s do centro educativo, terá <strong>de</strong> saber como organizar para conseguir alcançar osobjectivos, e também, <strong>de</strong>verá estar consciente <strong>de</strong> que o exercício das suas funções estavinculado ao plano pedagógico da escola on<strong>de</strong> ele está inserido. É necessário que esteconheça a dimensão do conjunto organizacional, isto é, veja a escola como uma realida<strong>de</strong>global, e sejas capaz <strong>de</strong> adaptá-la às novas exigências que a socieda<strong>de</strong> impõe. Sendo assim,uma escola eficaz <strong>de</strong> acordo com Díaz et al, (2002) é aquela que busca compelir os seusobjectivos.Os mesmos apresentam, ainda, um conjunto <strong>de</strong> elementos que caracterizam uma escolaeficaz, que são os seguintes:1) A li<strong>de</strong>rança pedagógica <strong>de</strong>finida por preocupação do director para a qualida<strong>de</strong> doensino e por uma gestão que reforça aqueles elementos que são fundamentais emqualquer organização: missão, objectivos claros e planos <strong>de</strong> acção estratégicas.2) Criar um clima <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s expectativas sobre o rendimento <strong>de</strong> forma a que cada alunose sinta no <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r aos mínimos <strong>de</strong> exigências.3) Correcção dos conteúdos curriculares que são consi<strong>de</strong>rados básicos para o<strong>de</strong>senvolvimento das capacida<strong>de</strong>s fundamentais que as pessoas necessitam para o seu<strong>de</strong>senvolvimento pessoal, social e profissional,4) Acompanhamento e avaliação continua dos alunos para assegurar seus progressos.Ajudar os alunos que apresentam maiores dificulda<strong>de</strong>s.58/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino5) Criar um ambiente seguro <strong>de</strong> aprendizagem, como forma <strong>de</strong> proporcionar umaaprendizagem mais eficaz.Portanto, todos esses aspectos acima apresentadas são elementos típicos <strong>de</strong> uma instituição <strong>de</strong>ensino eficaz, que faz uma boa gestão dos recursos <strong>de</strong> que dispõem.Hoje algumas instituições <strong>de</strong> ensino têm uma nova postura, estão optando cada vez mais poruma gestão mais <strong>de</strong>mocrática. Nesta gestão como consi<strong>de</strong>ra Gonçalves e Carmo (2001), aeducação é a tarefa <strong>de</strong> todos, pais, governo socieda<strong>de</strong>, e isso requer o envolvimento <strong>de</strong> todosque fazem parte <strong>de</strong>sse processo educacional, que <strong>de</strong>vem perceber e participar <strong>de</strong>ste como umtrabalho colectivo, dando suas contribuições.Ainda as mesmas afirmam que na gestão <strong>de</strong>mocrática é muito importante a participação dasocieda<strong>de</strong> nas instituições <strong>de</strong> ensino, acompanhando e participando no processo educacional,sendo assim o director <strong>de</strong>scentraliza o po<strong>de</strong>r, distribuindo assim responsabilida<strong>de</strong>s a todos.Outro aspecto consi<strong>de</strong>rado também importante é a estrutura física, pois num ambienteagradável a aprendizagem é mais eficaz .Essa gestão requer abrir a escola à comunida<strong>de</strong>, permitindo assim que todos participemactivamente nas activida<strong>de</strong>s escolares. Nas instituições <strong>de</strong> ensino isso acontece mediante aefectivação do conselho escolar com representações da comunida<strong>de</strong>.Portanto a gestão tida como “normal” não é muito <strong>de</strong>ferente da gestão escolar. Em todas elasas funções <strong>de</strong> gestão (apresentadas anteriormente) <strong>de</strong>vem, melhor dizendo estão presentes.Portanto dizer que não existe diferenças entre estas é puro erro. Nas empresas temossectores <strong>de</strong> produção como compra, venda, distribuição, on<strong>de</strong> o lucro faz peso nos objectivos.A escola por sua vez <strong>de</strong>ve ter objectivos mais elevados, formar cidadãos íntegros, quevenham a ser úteis à socieda<strong>de</strong>, dotando-os <strong>de</strong> competências. Portanto, o fim imediato <strong>de</strong> cadainstituição escolar, a priori não é o lucro, mas sim um estabelecimento <strong>de</strong> uma relação sã eprofícua com a socieda<strong>de</strong> na qual está inserida, através da disponibilização <strong>de</strong> indivíduosacadémica e profissionalmente capazes <strong>de</strong> dar à essa socieda<strong>de</strong> condições <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimentosustentável, no que diz respeito aos recursos humanos.59/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino4.3 SAD na Gestão escolarAs escolas hoje em dia estão à procura <strong>de</strong> maior eficácia e eficiência nas execusão das suasactivida<strong>de</strong>s e sobretudo na gestão.Sendo assim após termos retratado sobre a gestão escolar po<strong>de</strong>mos constactar que gerir umainstituição <strong>de</strong> ensino não é tão fácil como parece. Isso requer um trabalho em equipa on<strong>de</strong>haja cooperação entre os diversos membros <strong>de</strong>ssa organização, em que todos estão emconformida<strong>de</strong> com os objectivos da organização e fazendo o pissível para alcançá-los.Todavia a procura da eficácia e eficiência, como já tínhamos referido anteriormente, esobretudo no que diz respeito ao processamento <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações, e combase nelas tomar <strong>de</strong>cisões na hora certa, leva essas organizções a apostarem em sistemas <strong>de</strong>apoio à <strong>de</strong>cisão, e nos pontos a seguir apresentaremos casos <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> ensino que já asutilizam.4.3.1 Sistemas <strong>de</strong> Apoio à Decisão da UFCPUm outro exemplo <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão que po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar é aqueleapresentado pela <strong>Universida<strong>de</strong></strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong>, no Brasil. Este sistema foi<strong>de</strong>signado <strong>de</strong> Midas-Poeta, e é um SAD Pedagógico, que baseia na mineração <strong>de</strong> dados parao ambiente Portfólio-Tutor.Segundo Ulrich e Lopes(2003), este sistema tem como objectivo fornecer meios para que sepossa obter padrões que caracterizem o comportamento dos alunos. Foi utilizado, sobretudopara o acompanhamento do aprendizado na educação à distância.Este sistema baseia-se fundamentalmente nas técnicas <strong>de</strong> Data Mining, englobando umconjunto <strong>de</strong> informações sobre o estudante, para além disso englobando também, as etapas doKDD 9 . Etapas essas que segundo os mesmos autores são as seguintes:9 Abreviatura para “<strong>de</strong>scobrir conhecimentos em bases <strong>de</strong> dados” - que significa extrair , <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s bases <strong>de</strong>dados , informações <strong>de</strong>sconhecidas, úteis, válidas e accionáveis, que po<strong>de</strong>m ser utilizadas para a tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão.( Cabena et al,1998, apud Ulrich e Lopes, 2003:3)60/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino‣ Selecção - on<strong>de</strong> são i<strong>de</strong>ntificadas as bases <strong>de</strong> dados e os seus respectivos atributos.‣ Pré-processamento - tem como finalida<strong>de</strong> melhorar a qualida<strong>de</strong> dos dados econsequentemente os resultados mineração, visto que os dados seleccionados naprimeira etapa po<strong>de</strong>m estar incompletos.‣ Transformação dos dados- tem como objectivo a<strong>de</strong>quar os dados seleccionados e préprocessados.‣ Mineração dos dados (Data Mining) - faz aplicação dos algoritmos <strong>de</strong> mineração dosdados, que produz um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> conhecimento, sobre os dados recebidos das etapasanteriores. Esta po<strong>de</strong> utilizar regras <strong>de</strong> associação, árvores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.‣ Análise e assimilação dos resultados - que gera relatórios, apresentações o mo<strong>de</strong>losdos padrões <strong>de</strong>scobertos, que posteriormente serão validados pelos especialistas.Portanto antes <strong>de</strong> entrar propriamente no sistema Midas-Poeta, é conveniente apresentarmos oPortfólio-Tutor, que segundo Ulrich e Lopes (2003), tem como objectivo proporcionar umsistema tutor acompanhado a um Port-fólio electrónico. Este apresenta duas camadas: aprimeira camada Port-fólio e a segunda Tutor. A primeira camada tem como objectivo aimplementação da avaliação, auxiliando o professor no acompanhamento dos seus alunos. Osistema ainda utiliza como já tínhamos referido anteriormente, um portfólio electrónico, on<strong>de</strong>são colocados os trabalhos feitos pelos alunos e as respectivas avaliações. A avaliação vairecair sobre vários aspectos tais como: a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> síntese, li<strong>de</strong>rança, criativida<strong>de</strong> eoutros. Para além disso vais englobar os itens somativos, e a nota atribuída diz respeito aostrabalhos/ activida<strong>de</strong>s dos alunos.A segunda camada tem como finalida<strong>de</strong> auxiliar o aluno num <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> ensinoe classifica-o por níveis <strong>de</strong> aprendizagem <strong>de</strong> acordo com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suashabilida<strong>de</strong>s num <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempo.As bases <strong>de</strong> dados Portfólio-Tutor são relacionais, sendo assim implementada no SGBDMicrosoft SQL Server. Continuando, po<strong>de</strong>mos dizer que ela encontra-se dividida em quatropartes:61/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino‣ Utilizadores- guarda informações sobre os alunos, professores e a interacção entrealuno-aluno, através da troca <strong>de</strong> e-mail. No seu mo<strong>de</strong>lo lógico po<strong>de</strong>mos encontrar atabela ptuAluno, que guarda informações <strong>de</strong>mográfica relativamente ao ( sexo, ida<strong>de</strong>,região) e comportamentos ( situação do curso) dos alunos, e a tabela ptuEmail, querepresentam as mensagens do aluno.‣ Estrutura Curricular- guarda informações sobre disciplinas, cursos, matricula emdisciplinas;‣ Portfólio- guarda os trabalhos realizados pelos alunos e os resultados obtidos. Neletemos a tabela ptuUnida<strong>de</strong> e PtuActivida<strong>de</strong>s , a primeira diz respeito às unida<strong>de</strong>s(relativamente aos Conteúdos programáticos) <strong>de</strong> cada disciplinas, e a segunda àsactivida<strong>de</strong>s realizadas pelos alunos em cada unida<strong>de</strong> didáctica. Cadaactivida<strong>de</strong>/trabalhos realizada pelo aluno refere a um artefacto (ptuArtefacto),que éavaliado <strong>de</strong> acordo com os critérios <strong>de</strong> avaliação estabelecidas a priori pela escola(ptuAvaliação). A avaliação dos trabalhos vão ser feitas posteriormente peloprofessor, este vai atribuir notas aos itens <strong>de</strong> avaliação (ptuAvaliaçãoItemAvaliação).‣ Tutor- representa as acções realizadas pelo tutor para produzir um secção <strong>de</strong> ensinovirtual e as interacções dos alunos com os materiais didácticos.Sendo assim, este sistema promove a educação a distância(EAD) <strong>de</strong> forma transparente eefectiva, apresentando mesmo assim uma limitação, isto é, não proporciona um módulo <strong>de</strong>análise que dê suporte às <strong>de</strong>cisões estratégicas <strong>de</strong> ensino/aprendizagem. Portanto paracolmatar essa limitação foi <strong>de</strong>senvolvido o Midas-Poeta, um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão para oPortfólio-Tutor. Sua arquitectura, é abaixo apresentada.62/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoFigura 13- Arquitectura do Midas-Poeta (adaptado <strong>de</strong> Ulrich e Lopes,2003)Po<strong>de</strong>mos ver que o Midas-Poeta utiliza as bases <strong>de</strong> dados do Portfólio-Tutor (PT) para criar oMAD 10 (Mo<strong>de</strong>lo Analítico <strong>de</strong> dados), tido com um conjunto <strong>de</strong> visões, em que cada umrepresenta uma informação <strong>de</strong> interesse. Sendo assim, o utilizador, para seleccionar asinformações que lhe interessa para a realização da consulta primeiramente terá que consultaro MAD. Então po<strong>de</strong>mos dizer que o MAD é quem vai permitir que o utilizador faça uma<strong>de</strong>terminada consulta.Os utilizadores dos sistema têm dois perfis: o <strong>de</strong> professor e um outro <strong>de</strong> director. Aocontrário do segundo, o primeiro tem a permissão para ace<strong>de</strong>r aos dados <strong>de</strong> acompanhamento<strong>de</strong> todas as suas disciplinas, ao passo que no segundo, o director tem a permissão para ace<strong>de</strong>raos dados <strong>de</strong> toda a instituição.Ainda no perfil <strong>de</strong> professor, po<strong>de</strong>m-se fazer consultas aos dados <strong>de</strong> uma disciplina ou entãoa todas disciplinas que um dado docente lecciona. No perfil <strong>de</strong> director é possível consultardados <strong>de</strong> uma disciplina (o director tem acesso aos dados <strong>de</strong> todas disciplina e turmas),consultar um curso, e para além disso é possível consultar dados <strong>de</strong> todas as turma dainstituição, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do curso ou disciplina.Para a implementação do sistema Midas-Poeta , utilizaram as linguagens <strong>de</strong> programação(Java, HTML), para programar a lógica <strong>de</strong> negócio e a montagem das interfaces WEB 11 . Paraa implementação do MAD, utilizaram o SGBD SQL Server 7.0, referidos anteriormente.Assim sendo, apresentamos afigura abaixo que representa a estrutura do MAD, melhordizendo os elementos que constitui bem como os seus atributos. .10 “Que é um conjunto <strong>de</strong> todas as informações especificadas nos requisitos <strong>de</strong> dados da estratégia, na qual outilizador tem a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> navegar e seleccionar os dados <strong>de</strong> interesse para uma consulta em questão.sendo assim, os utilizadores usará o MAD para escolher os atributos que serão utilizados para análisesprospectivas.” (Ulrich e lopes,2003:5).11 é um sistema <strong>de</strong> documentos em hipermídia interligados que é executado na Internet. Disponível emhttp://pt.wikipedia.org/wiki/World_Wi<strong>de</strong>_Web, consultado a 13/07/07.63/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoFigura 14: Elementos que caracterizam o MAD (Ib,Id)Para a análise dos dados e o requisitos <strong>de</strong> Mineração <strong>de</strong> dados , utilizaram uma interfaceapresentada em 3 etapas:‣ Colecta <strong>de</strong> dados- utiliza-se uma interface própria para colectar dados <strong>de</strong> interesse.‣ Mineração dos dados- utiliza-se uma interface para a selecção das tarefas <strong>de</strong>mineração.‣ Visualização dos resultados- utiliza-se uma interface para a apresentação dosresultados.Com essas interfaces os utilizadores po<strong>de</strong>m seleccionar dados para a consulta, a mineração ever os resultados.As interfaces com dados preenchidos e fictícios permitem-nos ver as capacida<strong>de</strong>s epotencialida<strong>de</strong>s do Midas-Poeta, e ainda mostram como se po<strong>de</strong>m escolher alguns doselementos do MAD, e em função <strong>de</strong>stes apresentar resultados. Portanto correlacionando oaproveitamento do item <strong>de</strong> avaliação “criativida<strong>de</strong>” com o número <strong>de</strong> acessos aos materiaisdidácticos tipo “conceito” e a situação do aluno no curso, são seleccionados os atributos dasseguintes elementos: “<strong>de</strong>sempenho” do item <strong>de</strong> avaliação, “criativida<strong>de</strong>” do elementoAproveitamento por Item <strong>de</strong> Avaliação, “numAcessos” do material didáctico, “conceito”doelemento Interacção por Material Didáctico; e por último “situação” do elemento Situação.64/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoFigura 15- Interface <strong>de</strong> Colecta <strong>de</strong> dados (adaptado <strong>de</strong> Ulrich e Lopes, 2003)Figura 16- interface para a mineração <strong>de</strong> dados (Ib,Id)65/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoFigura 17- Interface para a apresentação <strong>de</strong> Resultado (Ib,Id)Agora após a apresentação dos resultados em função do critério escolhido na etapa <strong>de</strong>mineração <strong>de</strong> dados, vamos <strong>de</strong>mostrar o resultado propriamente dito que está por <strong>de</strong>trás <strong>de</strong>todos aqueles códigos que foram gerados na figura 21.Eis o resultado, em função dos dados fictícios introduzidos no sistema pelos especialistas.Figura 18- Resultado Obtido (adaptado <strong>de</strong>: Ulrich e Lopes,2003)Fazendo uma análise, po<strong>de</strong>mos então dizer que os 80% dos alunos que tiveram baixorendimento, tem pouco acesso aos materiais didácticos do tipo conceito, E os 60% que<strong>de</strong>sistiram apresentam um bom <strong>de</strong>sempenho no item <strong>de</strong> avaliação criativida<strong>de</strong>, por últimotemos os 70% que correspon<strong>de</strong>nte aos alunos que anularam a matricula, embora apresentemum <strong>de</strong>sempenho médio no item <strong>de</strong> avaliação criativida<strong>de</strong> e são aqueles que ace<strong>de</strong>m comgran<strong>de</strong> frequência aos materiais didácticos.66/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoSendo assim é <strong>de</strong> realçar que este sistema fornece informações importantes para a tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão. Por exemplo, relativamente aos 60% dos alunos que <strong>de</strong>sistiram apresentam<strong>de</strong>sempenho muito elevado no item <strong>de</strong> avaliação criativida<strong>de</strong>, e os 70% que anulam amatrícula apresentam <strong>de</strong>sempenho médio na criativida<strong>de</strong> e ace<strong>de</strong>m com gran<strong>de</strong> frequência aosmateriais didácticos, isso dá muito que pensar. Então cabe ao responsável pela administraçãoescolar, tomar uma <strong>de</strong>cisão com base nesses dados. Nesse caso seria muito bom se pensassemem fornecer a esses alunos bolsas <strong>de</strong> estudo, uma vez que não seria conveniente que<strong>de</strong>ixassem sair alunos que apresentem graus <strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> acima da média. Porquê<strong>de</strong>sperdiçar alunos com boas qualida<strong>de</strong>s?Em suma, po<strong>de</strong>mos dizer que o Midas-Poeta é um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão pedagógica noacompanhamento da aprendizagem à distância, que foi <strong>de</strong>senvolvido para o ambientePortfólio-Tutor. Como afirma Ulrich et Lopes(2003), este utiliza uma estratégia <strong>de</strong>acompanhamento do aprendizado, na qual, esta engloba dados informais, alternativos,<strong>de</strong>mográficos e compartimentais dos alunos, para além disso são utilizados técnicas <strong>de</strong>mineração dos dados para a obtenção <strong>de</strong> dados úteis, favorecendo o processo <strong>de</strong>ensino/aprendizagem.4.3.2 Sistemas <strong>de</strong> Apoio à Decisão da URPVejamos agora o caso da <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> Ribeirão Preto (Brasil), que estão a implementarum sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão, para análise estatística das informações, contidas nas bases <strong>de</strong>dados do sistema <strong>de</strong> informação do Projecto “Instituições <strong>de</strong> ensino Promotoras <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> damesma universida<strong>de</strong>”. Como afirma Felício et al, (2007), este sistema permite aosprofissionais da área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> efectuar consultas e relacionar dados facilmente, e sem apoiodos profissionais <strong>de</strong> informática.O referido projecto encontrava-se estruturado em três fases: mo<strong>de</strong>lação da base <strong>de</strong> dados,<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> informação via WEB para a inclusão dos dados colectadose por último a criação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão para a análise dos dados. Para amo<strong>de</strong>lação dos dados utilizaram a ferramenta DataBase Designer 4, para a implementação domo<strong>de</strong>lo , utilizaram um Sistema <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Base <strong>de</strong> Dados(SGBD) oracle 8i Enterprise67/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoEdition Release 8.1.7, que se encontrava configurado no Sistema operativo Windows 2000Professional.Para o <strong>de</strong>senvolvimento do sistema via Web utilizaram as linguagens <strong>de</strong> programação HTMLe PHP, o servidor Web foi configurado com o Software Apache1.3.33 na plataforna WndowsXP.Vejamos a figura abaixo.Figura 19- Interface do Sistema <strong>de</strong> informação (adaptado <strong>de</strong>: Felício et al, 2007)No que diz respeito a implementação do Sistema <strong>de</strong> Apoio à Decisão, na primeira etapa foicriado um Data Mart para o armazenarem dados a serem analisados. Já tinhamos visto queum Data Mart é tida como uma DataWarehouse <strong>de</strong>partamental, ou seja uma Datawarehouseé um conjunto <strong>de</strong> Data Mart’s. Utilizaram a mo<strong>de</strong>lação Multidimensional , que é uma técnica68/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoutilizada para a Datawarehouse, para a elaboração do Data Mart. Essa mo<strong>de</strong>laçãomultidimensional é caracterizada por uma tabela dominante no centro, <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong> tabelafacto, que se encontrava conectada a outras tabelas, <strong>de</strong>signadas <strong>de</strong> tabelas <strong>de</strong> dimensão. Cadauma das dimensões tinha apenas uma ligação com a tabela facto, conforme a figuraapresentada abaixo sobre a mo<strong>de</strong>lação do Data Mart.Figura 20- Mo<strong>de</strong>lagem do Data Mart (adaptado <strong>de</strong>: Felício et al, 2007)Na segunda etapa da construção do SAD, foi construído os cubos multidimensionais bemcomo a realização <strong>de</strong> análises estatísticas das informações contidas o Data Mart , utilizandoassim ferramenta OLAP (On-line Analitical Processing). Esta como afirmam Felício et al,(2007), é um conjunto <strong>de</strong> tecnologias que dão suporte ao processo <strong>de</strong>cisório, através <strong>de</strong>consultas, análises e cálculos sofisticados dos dados contidos no repositório, pelos <strong>de</strong>ferentesutilizadores.69/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoPara este projecto utilizaram a ferramenta OLAP do Oracle Discover 9i, on<strong>de</strong> foi montadoum cubo multidimensional, para a selecção das dimensões e os atributos <strong>de</strong>sejados do mo<strong>de</strong>lomultidimensional,Segundo Felício et al.,(2007), tiveram êxito com a implementação e mo<strong>de</strong>lação da base <strong>de</strong>dados. Relativamente aos sistemas <strong>de</strong> informação via Web, constataram que este possuía umainterface amigável, possibilitando assim o registo dos dados colectados <strong>de</strong> qualquercomputador que possua um navegador.No que diz respeito à ferramenta OLAP concluíram que este permite: visualizar informaçõesatravés <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> opções <strong>de</strong> relatórios e gráficos; fazer Driil-down(<strong>de</strong>talhar) e Drill-up (diminuir o nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes) das informações; visão multidimensionaldos dados; fazer previsões, análises <strong>de</strong> tendências, comparações e análises estatísticasavançadas, analisar os dados, e entre outros. A figura abaixo, apresenta um exemplo <strong>de</strong>relatório que po<strong>de</strong> ser gerado, tomando como base a profissão e rendimentos 12 .12 Atenção este exemplo <strong>de</strong> relatório foi apresentado como forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>mostrar as capacida<strong>de</strong>s que este sistematem para gerar relatórios com base nas ferramentas OLAP, tendo como base a análise <strong>de</strong> sua arquitectura.70/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoFigura 21- Relatório referente à análise <strong>de</strong> Profissão X Renda Segundo(Felício et al., 2007)Para além <strong>de</strong> apresentar relatórios como já tínhamos referido anteriormente, a ferramentaOLAP também permite a elaboração <strong>de</strong> gráficos.Vejamos o exemplo abaixo apresentado, em que foi levado em consi<strong>de</strong>ração o sexo dosalunos <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado bairro tida como amostra.71/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoFigura 22- Gráfico por sexo utilizando o OLAP Segundo(Felício et al, 2007)Analisando a figura po<strong>de</strong>mos então dizer que no bairro X (um exemplo fictício), 61% dosalunos são do sexo Feminino e 39% são do sexo Masculino, o que leva-nos a pensar que agran<strong>de</strong> maioria dos alunos que fazem parte da população escolar são do sexo feminino.Ainda dando continuida<strong>de</strong> ao pensamento dos mesmos autores, po<strong>de</strong>mos dizer que o processo<strong>de</strong> consultas bem como gráficos e relatórios e a análise dos mesmos, ficaram mais dinâmicas,rápidas e flexíveis, com a implementação do Data Mart e extracção dos dados utilizandoferramentas OLAP. Para além disso constataram que o uso <strong>de</strong>ssa ferramenta permitiu fazeranálise que antes não eram possíveis, <strong>de</strong> uma forma muito rápida e flexível, garantindo nessecaso maior clareza nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.4.4 Consi<strong>de</strong>rações finaisEsta secção teve como objectivo <strong>de</strong>monstrar casos <strong>de</strong> organizações educativas que estãoimplementando um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão para a gestão. Portanto, po<strong>de</strong>mos dizer queeste sistema possui gran<strong>de</strong>s potencialida<strong>de</strong>s, sendo mais do que simples sistemas <strong>de</strong>informação que tratam das questões operacionais da organização.72/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoOs SAD tratam questões mais complexas para o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, e para alémdisso dispõem <strong>de</strong> ferramentas que permitem-nos extrair gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informações,nos mais diversos formatos, como é o caso das instituições <strong>de</strong> ensino acima apresentadas,dando mais ênfase às duas últimas que apresentam um SAD mais <strong>de</strong>talhado, que por sua vezfornece informações <strong>de</strong> que necessitam, sob a forma <strong>de</strong> relatórios, gráficos, e com base nelastomarem <strong>de</strong>cisões. Resumindo, o principal objectivo <strong>de</strong>ste sistema é apoiar as tomadas <strong>de</strong><strong>de</strong>cisões, apresentando informações resumidas, mas susceptíveis <strong>de</strong> serem <strong>de</strong>talhadas.Como exemplo, temos o sistema Midas-Poeta que é um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisãopedagógica no acompanhamento da aprendizagem à distância, que foi <strong>de</strong>senvolvido para oambiente Portfólio-Tutor apresentada pela <strong>Universida<strong>de</strong></strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Campina Gran<strong>de</strong> noBrasil que utiliza uma estratégia <strong>de</strong> acompanhamento do aprendizado, na qual, esta englobadados informais, alternativos, <strong>de</strong>mográficos e compartimentais dos alunos, para além dissosão utilizados técnicas <strong>de</strong> mineração dos dados para a obtenção <strong>de</strong> dados úteis, favorecendo oprocesso <strong>de</strong> ensino/aprendizagem, permitindo assim que os responsáveis pela administraçãoescolar tomem <strong>de</strong>cisões com base nas informações que esta os apresenta.Nesse caso consegue-se extrair informações que são <strong>de</strong> extrema utilida<strong>de</strong> no processo <strong>de</strong>tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, como por exemplo: 80% dos alunos que tiveram baixo rendimento, têmpouco acesso aos materiais didácticos do tipo conceito; ou os 60% que <strong>de</strong>sistiram apresentamum bom <strong>de</strong>sempenho no item <strong>de</strong> avaliação criativida<strong>de</strong>; por último, os 70% quecorrespon<strong>de</strong>nte aos alunos que anularam a matricula, embora apresentem um <strong>de</strong>sempenhomédio no item <strong>de</strong> avaliação criativida<strong>de</strong> e são aqueles que ace<strong>de</strong>m com gran<strong>de</strong> frequência aosmateriais didácticos.No que diz respeito ao primeiro sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão apresentado em Anexo, que foi<strong>de</strong>senvolvido para a Avaliação e Gestão <strong>de</strong> Cursos <strong>de</strong> Pós-Graduação, especificamente para aavaliação <strong>de</strong> projectos pedagógicos. E <strong>de</strong> salientar que este permitia visualizar e imprimirrelatórios como: Históricos Escolares, Relação <strong>de</strong> Alunos matriculados e entre outros,consi<strong>de</strong>rados importantes para esse processo. Permitiu também , verificar o número <strong>de</strong> alunospor professor em cada estágio do curso( cursando disciplinas, cursando disciplinas e<strong>de</strong>senvolvendo tese), informar ao aluno se está ou não fora do prazo estabelecidos, bem como73/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoas activida<strong>de</strong>s a ser <strong>de</strong>senvolvidas até então. Com base nestas informações, é possível tanto osalunos bem como professores realizarem avaliações e auto-avaliações.Sendo assim estes sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão são muito eficientes e eficazes, para além dissosão <strong>de</strong> fácil manuseio e não requer ajuda <strong>de</strong> especialista para o seu uso. No entanto, asinstituições <strong>de</strong> ensino que apoiam-se nesse sistema conseguiram obter bons resultados ecomprovaram que realmente estes têm gran<strong>de</strong>s potencialida<strong>de</strong>s visto que forneceminformações precisas e em tempo real,Mas é <strong>de</strong> realçar que os SAD são sistemas muitos caros, pelo que a sua implementação requerdisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos financeiros e boas qualificações em termos <strong>de</strong> recursos humanosou seja ter pessoas com capacida<strong>de</strong>s e competências para tal.74/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoCapítulo 5 – Estudo <strong>de</strong> Caso - Apoia à <strong>de</strong>cisão naUnipiaget5.1 ContextualizaçãoA <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Jean</strong> <strong>Piaget</strong> <strong>de</strong> <strong>Cabo</strong> Ver<strong>de</strong> foi oficialmente criada pelo <strong>de</strong>creto-lei n.º12/2001<strong>de</strong> 7 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2001 e, está legalmente integrada no Sistema Nacional <strong>de</strong> Educação.Instituída pelo Instituto <strong>Piaget</strong>, é um estabelecimento <strong>de</strong> ensino superior particular,cooperativo, sem fins lucrativos que tem como missão contribuir significativamente para aformação dos recursos humanos em <strong>Cabo</strong> Ver<strong>de</strong>.É regida por estatutos que <strong>de</strong>finem, regulamentam os objectivos, <strong>de</strong>finem ainda a estruturaorgânica, o projecto científico, pedagógico, cultural e social, assim como, a forma <strong>de</strong> gestão eorganização.A <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Jean</strong> <strong>Piaget</strong> <strong>de</strong> cabo Ver<strong>de</strong> fica situada no campus universitário em PalmarejoGran<strong>de</strong>, a universida<strong>de</strong> iniciou as suas activida<strong>de</strong>s no dia 7 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2001 com a aberturado curso <strong>de</strong> Sociologia. Em Outubro do mesmo ano abriu as suas portas com mais oito cursosem diversos ramos.75/111


5.2 A Sua Estrutura e OrganizaçãoSistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoRelativamente à organização, a Unipiaget <strong>de</strong> <strong>Cabo</strong> Ver<strong>de</strong>, é uma estrutura ao mesmo tempoacadémica e administrativa. A universida<strong>de</strong> é composta por Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Ensino, <strong>de</strong>Investigação, e Intervenção e Acção Social, po<strong>de</strong>ndo as mesmas ser <strong>de</strong>signadas <strong>de</strong> Institutos,Departamentos, Instituições <strong>de</strong> ensino, Centros <strong>de</strong> Pesquisa e Investigação, Núcleos <strong>de</strong>Estudos ou outros legalmente permitidos, conforme a natureza das activida<strong>de</strong>s nelasrealizadas (art.º 7º) 13 .Sujeita a um sistema misto <strong>de</strong> governo e uma administração superior por parte da Entida<strong>de</strong>Instituidora, conjuga eficazmente as responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>correntes do estatuto <strong>de</strong> cadainstância, assim como as exigências imprescindíveis da autonomia, salvaguardando sempre aunida<strong>de</strong> da instituição como um todo. Os meios financeiros a<strong>de</strong>quados ao seu normalfuncionamento são assegurados pela entida<strong>de</strong> instituidora (art.º 4º) 14 .A <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Jean</strong> <strong>Piaget</strong> goza <strong>de</strong> autonomia <strong>de</strong> gestão, científica, pedagógica e cultural, eé uma estrutura social educativa <strong>de</strong>stinada à criação, <strong>de</strong>senvolvimento, transmissão e difusãoda cultura, nomeadamente das artes, técnicas, ciências e <strong>de</strong>mais saberes, numa perspectivaintercultural e transdisciplinar (art.º 3º) 15 .Organicamente é constituída por órgãos <strong>de</strong> governo <strong>de</strong> dois tipos: individuais e colegiais. Nosórgãos individuais estão incluídos o: Administrador Geral (com um ou mais Adjuntos); umReitor e um Vice-reitor. Nos órgãos colegiais estão incluídos: os Conselho Consultivo,Científico, Pedagógico, o Disciplinar e o Conselho Geral, A partir do ano lectivo 2004/05iniciaram funções dois Pró-reitores, um para área <strong>de</strong> Desenvolvimento Académico eCurricular e outro para a área <strong>de</strong> Cultura, Promoção e Desenvolvimento. Ainda em 2005foram criadas as Secretarias <strong>de</strong> Pós-graduações e a <strong>de</strong> Acções <strong>de</strong> Formação Permanente.13 Do Estatuto da universida<strong>de</strong>, disponível em http://www.Unipiaget.cv/<strong>pdf</strong>/estatutos/estatutos.<strong>pdf</strong>, consultado a26/06/07.14 Mesma fonte15 Mesma fonte76/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoA estrutura administrativa é constituída por serviços administrativos, auxiliares, financeiros esociais e por serviços <strong>de</strong> documentação. Ainda, fazem parte da estrutura organizacional dauniversida<strong>de</strong>, a Direcção <strong>de</strong> Altos Estudos e Formação Avançada (DAEFA), a DivisãoTecnológica (DT), e a Divisão <strong>de</strong> Projectos e Obras (DPO).Ainda no que tange à estrutura po<strong>de</strong>mos dizer que a universida<strong>de</strong> é composta por dois blocosou edifícios (A e B) e instalações técnicas. O edifício A conta com um auditório, umrefeitório com bar, um refeitório com bar, área <strong>de</strong> refeições e área <strong>de</strong> lazer; uma mediateca,com centro <strong>de</strong> aprendizagem, duas salas <strong>de</strong> aulas para pós-graduações, dois laboratórios <strong>de</strong>informática, um laboratório <strong>de</strong> física, um laboratório <strong>de</strong> química, um laboratório <strong>de</strong> biologia,e gabinetes <strong>de</strong> professores. Neste edifício funcionam ainda a secretaria, a tesouraria, oeconomato e a sala <strong>de</strong> professores e <strong>de</strong> reuniões.O outro bloco conta com dois anfiteatros, doze salas <strong>de</strong> aulas, um laboratório <strong>de</strong> televisãocom estúdio, régie, ilhas <strong>de</strong> montagem e mesas <strong>de</strong> maquilhagem, um laboratório <strong>de</strong> rádio comestúdio, régie e ilhas <strong>de</strong> montagem, um laboratório <strong>de</strong> imprensa e fotografia digital, umlaboratório <strong>de</strong> arquitectura, um laboratório <strong>de</strong> tecnologia educativa, um laboratório <strong>de</strong>educação digital, dois laboratórios <strong>de</strong> fisioterapia, e gabinetes <strong>de</strong> professores.Neste edifício funcionam ainda a papelaria (que inclui a reprografia e a livraria) e a DivisãoTecnológica .Sendo esta uma <strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> prestigio, comparando-a com as <strong>de</strong>mais existentesem <strong>Cabo</strong> Ver<strong>de</strong>, possui aproximadamente 150 computadores ligados em re<strong>de</strong>, cerca <strong>de</strong> 30impressoras (inclui um Plotter, impressoras a laser e jacto <strong>de</strong> tinta), 7 servidores, para alémdos dispositivos <strong>de</strong> comunicação que são usados normalmente (hubs, switchs, routers, eantenas para re<strong>de</strong>s sem fios, etc).A parte tecnológica é mantida pela Divisão Tecnológica, cuja missão é prover à <strong>Universida<strong>de</strong></strong>os recursos e serviços das Tecnologias <strong>de</strong> Informação e Comunicação que melhor se a<strong>de</strong>qúemàs suas necessida<strong>de</strong>s em cada momento, alicerçado em princípios <strong>de</strong> profissionalismo,qualida<strong>de</strong> e rapi<strong>de</strong>z.77/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino5.3 O Processo <strong>de</strong> Tomada <strong>de</strong> Decisão na UnipiagetSendo a Unipiaget uma universida<strong>de</strong> sem fins lucrativos, o que a difere das restantesorganizações (com fins lucrativos), precisa administrar os seus recursos para po<strong>de</strong>r ganharvantagens competitivas no mercado, bem como a eficácia e eficiência. Portanto essaadministração não é feita <strong>de</strong> forma isolada.Assim sendo, a administração da Unipiaget é suportada por vários serviços, tais comoserviços financeiros e sociais, serviços administrativos e auxiliares, serviços <strong>de</strong>documentação).Os serviços financeiros e sociais são responsáveis pela gestão financeira e patrimonial daUnipiaget, para além disso proporcionam trabalhos <strong>de</strong> carácter social, neste caso os serviçosda papelaria, refeitório, transporte e alojamento. Esta encontra-se dividida por duas entida<strong>de</strong>s:serviços financeiro(tesouraria, aprovisionamento e património, contabilida<strong>de</strong>) e serviçossociais (refeitório, papelaria, alojamento e transporte). Compete aos responsáveis por esteserviço fazer o controle das entradas e saídas (recebimento e pagamentos) , a gestão dascontas bancárias, das contas correntes <strong>de</strong> credores e <strong>de</strong>vedores, gestão <strong>de</strong> alojamento, gestãodos activos fixos (imobilizados), controle das senhas do refeitório.Aos serviços administrativos e auxiliares compete prestar serviços <strong>de</strong> apoio à populaçãoacadémica, nomeadamente a gestão da matricula e renovação da mesma, gestão dascandidaturas, elaboração <strong>de</strong> pautas, listas <strong>de</strong> presença, gestão dos processos dos alunos,emissões <strong>de</strong> <strong>de</strong>clarações, certificados, diplomas, gestão dos recursos didácticos.Os serviços <strong>de</strong> documentação, são responsáveis pela gestão documental da Unipiaget,nomeadamente a gestão <strong>de</strong> empréstimos <strong>de</strong> documentos, requisições, gestão dos utilizadoresda mediateca, registos e catalogação dos documentos, ou seja são responsáveis pela gestãoglobal da mediateca.78/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoSendo assim como disse o senhor Administrador Geral, Marcos Lamas 16 , a Unipiaget utilizadiferentes softwares tais como a Primavera, Bibliobase e o SIAC, que ainda está em<strong>de</strong>senvolvimento, no processo <strong>de</strong> gestão.Portanto todos com a excepção dos serviços <strong>de</strong> documentação (que utiliza um sistema<strong>de</strong>signado <strong>de</strong> Bibliobase), utilizam um software <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>signado <strong>de</strong> Primavera.5.3.1 A PrimaveraComo já tínhamos referido anteriormente os serviços (com excepção dos serviços <strong>de</strong>documentação), <strong>de</strong> apoio à administração na Unipiaget utilizam o ERP 17 Primavera versão6.20, que é uma aplicação <strong>de</strong> gestão integrada, que comporta quatro módulos:‣ Gestão comercial – é responsável pelas activida<strong>de</strong>s comercias das empresas, e éassegurado por sub-módulos que se interligam entre si: vendas, compras, encomendas,stock, contas correntes, títulos, bancos e tesouraria, clientes fornecedores, outrosterceiros;‣ Recursos Humanos – é responsável pela gestão do pessoal, trata <strong>de</strong> forma exaustiva,todos os tipos <strong>de</strong> remunerações e honorários que uma empresa tem <strong>de</strong> colocar àdisposição dos seus colaboradores. engloba conjunto <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong>s tais como: oprocessamento <strong>de</strong> vencimentos, gestão contratual, gestão do registo, gestão <strong>de</strong> férias,segurança, higiene e saú<strong>de</strong> no trabalho, emissão <strong>de</strong> todos os mapas oficiaisobrigatórios, tratamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas, tratamento e emissão do balanço social, e ainda a16 Licenciado em Relações internacionais e institucionais, e mestre em administração <strong>de</strong> empresas, e ocupa ocargo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 200617 Abreviatura para Enterprise Resource Planning, que em termos gerais, é uma plataforma <strong>de</strong> software<strong>de</strong>senvolvida para integrar os diversos <strong>de</strong>partamentos <strong>de</strong> uma empresa, possibilitando a automação earmazenamento <strong>de</strong> todas as informações <strong>de</strong> negócios. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/ERP,consultado a 11/07/07.79/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinodisponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inúmeros mapas e estatísticas <strong>de</strong> gestão que permitem efectuaranálises <strong>de</strong>talhadas por funcionários e <strong>de</strong>partamentos, entre muitas outras.‣ Contabilida<strong>de</strong> – núcleo central <strong>de</strong> qualquer sistema integrado <strong>de</strong> gestão, aContabilida<strong>de</strong> PRIMAVERA permite organizar a contabilida<strong>de</strong> orçamental, geral,analítica e <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> qualquer empresa. Dispondo <strong>de</strong> mecanismos para o tratamentodo IVA, este produto cobre todas as necessida<strong>de</strong>s legais e fiscais, <strong>de</strong>claração anual erespectivos anexos, mapas <strong>de</strong> final do ano, tratamento <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> caixa, são apenasalgumas das mais importantes funcionalida<strong>de</strong>s do produto. Possui códigos das contas aserem creditas e <strong>de</strong>bitadas.‣ Imobilizado - a gestão <strong>de</strong> imobilizado trata todo o ciclo <strong>de</strong> vida dos bens <strong>de</strong>imobilizado <strong>de</strong> uma empresa. Registo <strong>de</strong> aquisições, cálculo <strong>de</strong> amortizações ereavaliações, registo <strong>de</strong> reparações, alienações e abate, fazem do ImobilizadoPRIMAVERA uma ferramenta para qualquer tipo <strong>de</strong> empresa, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dasua dimensão. Aliando um vasto conjunto <strong>de</strong> consultas, mapas e estatísticas <strong>de</strong> gestão,a um sistema <strong>de</strong> alertas e a uma gestão permanente do registo <strong>de</strong> bens <strong>de</strong> imobilizado, ogestor po<strong>de</strong> avaliar, em cada momento, o património da empresa, bem como tomaropções <strong>de</strong> investimento ou <strong>de</strong>sinvestimento <strong>de</strong>vidamente consolidadas e apoiadas emcalculadoras financeiras.Sendo assim todos os serviços nesse caso beneficiam <strong>de</strong>ssa mais nova versão PRIMAVERAque é a 6.20 que veio substituir a mais antiga versão 5 da PRIMAVERA utilizada pelosmesmos. No entanto, <strong>de</strong> acordo com o senhor Valdo Pereira 18 (chefe da secção <strong>de</strong>Desenvolvimento da Divisão Tecnológica da Unipiaget), esta encontra-se distribuída daseguinte forma pelos diversos serviços:• Os Serviços Financeiros e Sociais (SFS)- utilizam o módulo gestão comercial,que por sua vez é utilizado na cantina, papelaria e na tesouraria. Nas duasprimeiras é utilizado para operações relativamente a venda dosprodutos/serviços, e na tesouraria é utilizada para efectuar operações quedizem respeito ao recebimento <strong>de</strong> propinas, pagamentos a fornecedores, emsuma, gestão <strong>de</strong> contas correntes. Portanto, estes serviços ocupam gran<strong>de</strong> partedas licenças que são utilizados para a gestão comercial, Também utilizam o18 Licenciado em Informática <strong>de</strong> Gestão.80/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinomodulo contabilida<strong>de</strong> e beneficiam <strong>de</strong> todas a licenças <strong>de</strong>sse módulo. Mas omódulo comercial é o mais utilizado por esses serviços.• Os Serviços Administrativos e Auxiliares- utilizam apenas duas das restanteslicenças da Gestão Comercial, que os permite obter informações dos alunos,tais como: nome, morada e entre outros, e para além disso, po<strong>de</strong>m consultar ospen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> todos os alunos bem como o seu extracto.Por fim, o módulo Recursos Humanos é utilizado pelos serviços <strong>de</strong> recursos humanos daUnipiaget. Ali utilizam duas das licenças <strong>de</strong>sse mesmo módulo.Ainda relativamente aos serviços <strong>de</strong> documentação que é o outro ERP para além dosapresentados e que apoia a administração da Unipiaget. Estes utilizam um outro sistema<strong>de</strong>signado <strong>de</strong> Bibliobase é o nome <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> programas <strong>de</strong>senvolvido em parceriapela BiblioSoft e Irisdata. Consiste num conjunto <strong>de</strong> módulos <strong>de</strong>stinados a respon<strong>de</strong>r àsexigências técnicas e funcionais <strong>de</strong> uma biblioteca 19 .5.3.2 A BIBLIOBASEComporta os seguintes módulos:• Catalogação e Pesquisa - Permite a gestão das bases <strong>de</strong> dados bibliográficos. Estemódulo possui inúmeras funcionalida<strong>de</strong>s disponíveis na edição e gestão das bases <strong>de</strong>dados que, além <strong>de</strong> garantirem a criação <strong>de</strong> registos normalizados (formatoUNIMARC, ou outro formato MARC), facilitam a cooperação ao nível da troca <strong>de</strong>informação bibliográfica.• Circulação e Empréstimos - Tem como objectivo gerir todas as rotinas inerentes aactivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> empréstimo numa biblioteca. Apesar <strong>de</strong> ser <strong>de</strong> fácil utilização estemódulo possui características ímpares em termos <strong>de</strong> funcionalida<strong>de</strong> e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>parametrização. A partir dos registos criados pelo Módulo <strong>de</strong> Catalogação e dosleitores inscritos, este módulo gere todos os tipos <strong>de</strong> transacções, como por exemplo,19 Disponível em http://www.bibliosoft.pt/html/bibliobase_conhecer.htm, consultado a 04/07/0781/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoempréstimo domiciliário, leitura <strong>de</strong> presença, reservas, renovações, entradas e saídasda biblioteca. A partir dos dados armazenados é possível obter inúmeras listagens eestatísticas, como por exemplo: Top dos documentos mais lidos, histórico <strong>de</strong> um leitorou documento, movimentos por ano, mês, dia e hora, etc.• Impressão <strong>de</strong> códigos <strong>de</strong> Barra - Permite a impressão <strong>de</strong> etiquetas com cotas oucódigos <strong>de</strong> barras em papel autocolante que po<strong>de</strong>m ser utilizadas na i<strong>de</strong>ntificação dosdocumentos e cartão <strong>de</strong> leitor. Este módulo, integrado no Módulo <strong>de</strong> Catalogação ePesquisa e Módulo <strong>de</strong> Circulação e Empréstimo, po<strong>de</strong> utilizar impressoras <strong>de</strong>dicadasou criar ficheiros especiais para impressão noutras aplicações em impressoras laser oujacto <strong>de</strong> tinta. Caso os documentos e leitores estejam i<strong>de</strong>ntificados com códigos <strong>de</strong>barras, as operações associadas ao empréstimo são executadas <strong>de</strong> uma forma quaseautomática utilizando assim um leitor <strong>de</strong> códigos <strong>de</strong> barras.• Bibliopac (interface <strong>de</strong> pesquisa web) - este produto permite disponibilizar ao mundo aconsulta do catálogo na Internet (ou Intranet). Através <strong>de</strong> um simples browser, épossível consultar as bases <strong>de</strong> dados criadas e mantidas pelo Módulo <strong>de</strong> Catalogação eMódulo <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Publicações em Série. A pesquisa e apresentação dos resultadossão muito simples, <strong>de</strong>stacando-se as seguintes funcionalida<strong>de</strong>s: vários módulos <strong>de</strong>pesquisa, apresentação segundo vários formatos, navegação por hiperligações,marcação <strong>de</strong> registos pesquisados, envio <strong>de</strong> resultados por email, download <strong>de</strong> registospara integração em bases <strong>de</strong> dados locais, estatísticas da consulta (pesquisa maisexecutadas, pesquisas sem resultados, tipos <strong>de</strong> operações, bases mais consultadas,etc.).Apenas os módulos Catalogação e Empréstimos (os dois primeiros que foi apresentado), sãoutilizados pelos serviços <strong>de</strong> documentação da Unipiaget, para gerirem os recursos(Bibliográficos) <strong>de</strong> que dispõem. Constatámos assim, que a razão da sua utilização está noapoio às tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. O facto <strong>de</strong> cada vez mais procurarem versões mais avançadasremete-nos para uma questão muito importante, que é a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong>informação com maiores capacida<strong>de</strong>s/potencialida<strong>de</strong>s. A própria estrutura da organização, já82/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinofaz requerer um outro tipo sistema <strong>de</strong> informação, melhor implementado, para possa gerir osrecursos, a diversos níveis.A Unipiaget já há muito que vem pensando num sistema <strong>de</strong> informação para a gestão dasinformações. A prova disso é a implementação <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Informação Académico(SIAC), que vamos ver com mais <strong>de</strong>talhe no ponto que se segue, esta por sua vez já seencontra-se enraizada no seio <strong>de</strong>ssa organização educativa.5.3.3 SIAC – Sistemas <strong>de</strong> Informação AcadémicaA Unipiaget <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua criação como afirmam Lamas e Silva (2007), tem como um dosprimeiros objectivos a participação activa e inovadora no <strong>de</strong>senvolvimento humano, integrale ecológico, dos <strong>de</strong>ferentes grupos etários e sócias em <strong>Cabo</strong> ver<strong>de</strong>. Portanto para o alcance<strong>de</strong>sses objectivos, requer que esta faça o bom uso <strong>de</strong> meios para:‣ Promoção da eficácia na gestão do processo <strong>de</strong> ensino;‣ Realização <strong>de</strong> investigação enriquecedora;‣ Produção <strong>de</strong> conhecimento endógeno;‣ Criação <strong>de</strong> uma força <strong>de</strong> trabalho bem qualificada;Sendo assim “ter meios para fazer isso vai na mesma linha <strong>de</strong> preocupações com ainformação numa organização: implementar soluções em que a <strong>Universida<strong>de</strong></strong>, enquantoorganização, procura formas <strong>de</strong> aumentar a eficácia dos seus processos. Soluções quecentrar-se-ão na implementação <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação cujo núcleo dos mesmos ébaseado na recolha, armazenamento e disseminação <strong>de</strong> informação com interesse directo ouindirecto para o processo <strong>de</strong> ensino aprendizagem”(Lamas e Silva, 2007:25), e no caso daUnipiaget este sistema foi <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> Sistemas <strong>de</strong> Informação Académicos(SIAC).83/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoPortanto o SIAC surgiu assim para dar suporte ao processo <strong>de</strong> Gestão da Unipiaget, maisconcretamente do ensino - aprendizagem e aos órgãos <strong>de</strong> gestão a nível da administração.Sendo assim toda a estratégia organizacional estará centrada no aluno e na sua formaçãoacadémica.5.3.2.1 Objectivos do SIACEste sistema tem como principal objectivo apoiar o processo <strong>de</strong> gestão académico, utilizandoos recursos computacionais que encontram-se disponíveis para todos quanto fazem parte<strong>de</strong>sta instituição, nessa caso (docentes, alunos, funcionários, e órgão administrativos).Para além <strong>de</strong>sse objectivo primordial esta também possui alguns específicos, que <strong>de</strong> acordocom os referidos autores são os seguintes:‣ A Construção <strong>de</strong> um repositório <strong>de</strong> informação que representará digitalmente toda ainformação que dizem respeito aos cursos ministrados na Unipiaget;‣ Disponibilizar ferramentas para a exploração e navegação das informaçõesacadémicas, nomeadamente: alunos, curso, disciplinas, áreas cientificas,<strong>de</strong>partamento, docentes, projectos <strong>de</strong> investigação, publicações;‣ Melhorar a comunicação da Unipiaget;‣ Integração com sistemas dos serviços financeiros, <strong>de</strong> documentação e plataforma doE-Learning;‣ Promover a gestão académica assistida por computador, com o uso <strong>de</strong> equipamentos<strong>de</strong> computação móvel e distribuídas;5.3.2.2 Visão Geral do SIACPara a concepção do SIAC levaram em conta vários aspectos <strong>de</strong> imprescindível importância,como os perfis <strong>de</strong> cada utilizador, que como é obvio são <strong>de</strong>ferentes, o que levou aosresponsáveis pelo projecto (SIAC), <strong>de</strong>finir um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> como vai ser produzido e acedidoas informações contidas no sistema. O sistema encontra-se dividido por modulo, <strong>de</strong> acordocom os perfis dos utilizadores, temos os produtores da informação e os consumidores dainformação.84/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoAos produtores da informação, cabe <strong>de</strong>senvolver todo o processo <strong>de</strong> concepção e organizaçãodas bases <strong>de</strong> dados, neste caso, estas representam cada serviços da Unipiaget, em quecompete os mesmos executar tarefas da sua área, nomeadamente, SAA, SFS, GEM, GEP,Reitoria, Aluno. Aos consumidores da informação, que são os utilizadores finais, competefazer o bom uso do sistema e a partir <strong>de</strong>le extrair informações que já se encontram preparadas.O SIAC vai compartilhar informação com os diversos serviços da Unipiaget, nomeadamenteos serviços financeiros e sociais, que são responsáveis pela gestão dos recursos financeiros daUnipiaget, utilizando um software bem especifico <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> Primavera. Para além<strong>de</strong>sses serviços temos os <strong>de</strong> documentação, que são responsáveis pela gestão da mediateca,que utilizam um sistema <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> Bibliobase, por último temos o sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>aprendizagem, o Formare. Como afirma Lamas e Silva (2007) o acesso e a partilha dainformação foi uma questão <strong>de</strong> muita reflexão, visto que tiveram que dar ênfase à questõesligadas à segurança das informações no que diz respeito à disponibilida<strong>de</strong>, credibilida<strong>de</strong> edistribuição da informação.5.3.2.3 Arquitectura do SIACSegundo Lamas e Silva (2007) o SIAC baseia-se na arquitectura Three-Tier (Três camadas)apresentado por Williams e Lane (2005), sendo que estas apresentam as seguintescaracterística:‣ Database-tier- que situa na base do sistema, contendo assim sistemas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>base <strong>de</strong> dados, bem como as bases <strong>de</strong> dados propriamente dita;‣ Midlle-tier- construído em cima do nível <strong>de</strong> dados, contendo a implementação <strong>de</strong>toda a lógica computacional que se encontra por <strong>de</strong>trás do SIAC;‣ Client-tier- on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos encontrar todas as componentes que <strong>de</strong>finem a interacçãoentre os utilizadores dos <strong>de</strong>ferentes módulos aplicacionais implementado.85/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoSendo assim consi<strong>de</strong>ram ser esta a arquitectura a<strong>de</strong>quada ao SIAC, on<strong>de</strong> na camadaDatabase-tier temos um sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> base <strong>de</strong> dados MYSQL, que armazena todosos dados do SIAC, e posteriormente a camada Midlle-tier responsável pela lógica do sistemae por último temos a última camada (Client-tier), que conforme a figura abaixo apresentada, éa camada através da qual se recolhem e disponibilizam os dados aos utilizadores.Os dados do SIAC são relacionais e estas encontram-se armazenados numa base <strong>de</strong> dadosrelacional, sua implementação <strong>de</strong>ve-se ao uso <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> base <strong>de</strong> dadosMySQL, que armazena dados sobre:• Planos curriculares dos cursos <strong>de</strong> graduação;• As área cientificas em que se agrupam asa disciplinas dos cursos <strong>de</strong> graduação;• Todo o corpo docente;• Os alunos e evoluções nos cursos;• Todos os espaços disponíveis para o funcionamento dos cursos <strong>de</strong> graduação;• Toda a informação da organização e funcionamento dos cursos <strong>de</strong> graduação(horários, turmas, pautas);• Distribuição <strong>de</strong> serviços docente;As informações contidas no SIAC são visualizadas em Browsers, após a sua construção empaginas HTML e PHP.Este sistema ainda está em andamento, mas é possível consultar todas as informaçõesrelativamente aos cursos <strong>de</strong> graduação, como o caso dos planos curriculares dos cursosministrados na <strong>Universida<strong>de</strong></strong>. Tal consulta é feito mediante a escolher <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminadocurso e só <strong>de</strong>pois vai ser o plano curricular do curso escolhido. Para além disso o utilizadorpo<strong>de</strong> ace<strong>de</strong>r a outros espaços da informação que estão minimamente ligados ao curso, comopor exemplo: as disciplinas, à área científica que esta pertence, informações sobre ocoor<strong>de</strong>nador do curso e o da área científica das disciplinas e os respectivos horários.86/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino5.3.4 Consi<strong>de</strong>rações finaisNesta secção estivemos a retratar sobre o apoio à administração na Unipiaget maisconcretamente o processo <strong>de</strong> funcionamento do mesmo. Portanto constatámos que a mesmaainda beneficia do uso <strong>de</strong> ERP´S, neste caso a Primavera e a Bibliobase para gerir os seusrecursos. Sendo assim os mesmos estão distribuídos por vários pontos ou serviços daUnipiaget.A Primavera apoia os serviços <strong>de</strong> carácter financeiro e social, administrativos e auxiliar, semcontar com a Administração e a Divisão Tecnológica. Para além disso, usa-se ainda oBibliobase no apoio aos serviços <strong>de</strong> documentação.Porém estes, mais especificamente a Primavera exige que esta seja actualizadaconstantemente, consoante as novas versões que vêm surgindo no mercado.Analisando melhor a forma como estes estão distribuídos, dificulta muito o processo <strong>de</strong>partilha da informação pelos diversos serviços, visto que as informações que chegam até si,carecem <strong>de</strong> um novo tratamento, pois os dados provêm <strong>de</strong> várias fontes e nos mais diversosformatos, tais como Word, Excel, e entre outros, como afirmou o administrador geral MarcosLamas.Ainda convém realçar que estes softwares (Primavera e Bibliobase), estão <strong>de</strong>sassociados umdo outro, visto que as informações ligadas à Bibliobase estão disjuntas às dos serviçosfinanceiros, por não haver ainda um Middle Software que faça essa integração, assim comoacontece com as informações ligadas ao sistema académico <strong>de</strong> matricula e entre outras, queainda não estão integradas com a Primavera e/ou Bibliobase, como disse o Reitor daUnipiaget, Professor Jorge Brito.No entanto, o sistema que interligue o SIAC aos <strong>de</strong>mais ERP’s (Primavera, Formare,Bibliobase), segundo o Administrador Geral, está na sua fase <strong>de</strong> implementação, e para alémdisso vai dar suporte a todos os serviços/unida<strong>de</strong> da Unipiaget, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> governoda universida<strong>de</strong>, nesse caso a administração e reitoria até aos órgãos <strong>de</strong> direcção dos serviçosque os suporta, neste caso os serviços financeiros e sociais, serviços administrativos e87/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoauxiliares, serviços <strong>de</strong> documentação, até os diferentes gabinetes (Estágios e memórias,Estudos e planeamento).Sendo assim o SIAC vai proporcionar um trabalho colaborativo, on<strong>de</strong> é importante que hajatroca e partilha <strong>de</strong> informação entre todas as unida<strong>de</strong>s que fazem parte <strong>de</strong>ssa instituição <strong>de</strong>ensino.Portanto este ainda não está pronto, mas como disse o senhor administrador geral estáprevisto entrar em funcionamento no ano lectivo que se segue.Ainda para além do SIAC, como afirmou o senhor Reitor Jorge Brito, a implementação <strong>de</strong>outros sistemas <strong>de</strong> informação está em curso, e que o mesmo pediu que fosse criadoinstrumentos para a avaliação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho dos docentes, sendo assim já há uma equipa atrabalhar nisso.88/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoCapítulo 6 – Conclusão6.1 Conclusão GeralCom o trabalho <strong>de</strong>senvolvido, podémos compreen<strong>de</strong>r melhor o que é um sistema <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão, <strong>de</strong>talhes da sua arquitectura e como é que auxilia os gestores no processo <strong>de</strong> tomada<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. Para além da utilização das tecnologias <strong>de</strong> Datawarehousing, OLAP e DataMining, quisemos mostrar uma perspectiva diferente sobre a forma como essa utilização po<strong>de</strong>contribuir para tornar as tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões nas organizações educativas e assim torná-lasmais eficazes e eficientes, <strong>de</strong> acordo com os exemplos apresentados. No <strong>de</strong>correr <strong>de</strong>stamemória, os objectivos inicialmente traçados foram alcançados, apesar <strong>de</strong> algumasinconveniências.No âmbito dos SI, constatámos que cada vez mais, novos sistemas estão surgindo e asorganizações tanto educativas e não educativas, têm necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> processar e extrairgran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informação, o que os leva a apostarem fortemente nos SAD, que porsua vez po<strong>de</strong> ser utilizada, como forma <strong>de</strong> melhorar o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão,tornando esse processo mais rápido e consistente, ganhando assim vantagens competitivas nomercado.89/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoPortando, os SAD que são utilizados pelas organizações educativas não diferem muito dos dasoutras organizaçõesna sua essência, visto que, todas utilizam as mesmas ferramentas para aextracção <strong>de</strong> dados, e apresentação da mesmas nos mais variados formatos. A diferença,resi<strong>de</strong> então, na finalida<strong>de</strong> do seu uso, bem como nos objectivos que se quer alcançar, porparte da organização que a implementou.No caso das organizações educativas os sistemas <strong>de</strong>senvolvidos <strong>de</strong>stinam-se à gestão <strong>de</strong> umprocesso organizacional, que no caso é o processo ensino/aprendizagem, e no âmbito dasorganizações não educativas, estás <strong>de</strong>stonam-se a gestão do processo <strong>de</strong> negócio. Mas, têmalgo em comum que é gerir as informações que entram e saem das mesmas utilizando paraeste fim um sistema <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte, tornando esse processo mais eficaz e eficiente, eposteriormente usufruir dos resultados que as mesmas apresentam, quer em forma <strong>de</strong>relatórios ou gráficos, fundamentais para tomarem <strong>de</strong>cisões no momento e na hora certa, seprecavendo assim <strong>de</strong> riscosfuturos, e por último minimizar erros crassos.Chegando a esta última instância é <strong>de</strong> salientar que realmente na socieda<strong>de</strong> on<strong>de</strong> estamosinseridos, a informação é um factor importante para o sucesso das organizações, e por issoestá bem claro que o uso das SI/ TIC pela organizações é cada vez mais necessário. Sendoassim o factor <strong>de</strong>terminador do <strong>de</strong>sempenho e sucesso das organizações é a sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>gestão. Obviamente se houver uma má gestão, a empresa não está num bom caminho, omelhor que tem fazer e reverter a situação melhorando assim a sua qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão.Pelas entrevistas feitas e análise documental, chegámos à conclusão <strong>de</strong> que a Unipiagetutiliza/dispõe ERP´s para a gestão, mas não um sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão (SAD), embora jáesteja implementando um sistema <strong>de</strong> informação académica, que no entanto, não chega a serum SAD.Isto leva-nos a refutar a Hipótese 1 traçada a priori, em que afirmamos que esta dispõe <strong>de</strong> umsistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão para a gestão. Deve-se também ao facto <strong>de</strong> que a Unipiaget aindautiliza bases <strong>de</strong> dados operacionais e não uma Datawarehouse, que é tida como umrepositório <strong>de</strong> dados que vai receber e não só dados das bases <strong>de</strong> dados operacionais, mastambém <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> dados externas.90/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoUm outro factor que influenciou na refutação <strong>de</strong>sta Hipótese <strong>de</strong>ve-se ao facto do próprioadministrador ter afirmado que seria importantíssimo para a <strong>Universida<strong>de</strong></strong> po<strong>de</strong>r dispor <strong>de</strong> umSAD, o que iria permitir a tomar <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões mais rapidamente, melhor fundamentadas,tornando esse processo mais eficaz e eficiente. Para além disso permitiria que houvesse maiorpartilha <strong>de</strong> informação entre os diversos <strong>de</strong>partamentos.Convém ainda acrescentar que os SAD são sistemas que possuem gran<strong>de</strong>s potencialida<strong>de</strong>s, eque são capazes <strong>de</strong> absorver gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> informações, disponibilizando-as <strong>de</strong>forma resumida nos mais diversos formatos, apoiando assim nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.Portanto é importante dizer, que para além <strong>de</strong> termos recursos tecnológicos, é preciso termospresentes pessoas com capacida<strong>de</strong>s e boas qualificações, que possam com o apoio às TIC<strong>de</strong>senvolver sistemas inteligentes, com capacida<strong>de</strong>s para apresentar as informações quenecessitamos, em tempo e hora certa, e <strong>de</strong> qualquer lugar.Ainda, após a análise dos dados recolhidos junto à Unipiaget, aceitamos a Hipótese 3 que dizrespeito à pouca partilha <strong>de</strong> informação na Unipiaget, pois, conforme os entrevistados essapartilha existe, mas, é um tanto problemática, visto que, as informações provêm <strong>de</strong> diversasfontes e nos mais diversos formatos, o que faz com que nem todos tenham acesso a elas.Sendo assim face a tal problemática, achámos conveniente também aceitarmos a Hipótese 4,dizendo então que na Unipiaget as informações que chegam até aos responsáveis pela tomada<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, precisam ser <strong>de</strong>talhadas/tratadas pelos mesmos antes do seu uso, já que, comoafirmou o Reitor da Unipiaget, algumas <strong>de</strong>ssas informações são informais e carecem <strong>de</strong>verificação, para que só <strong>de</strong>pois possam ser usadas <strong>de</strong> forma útil e coerente.Também pelo facto das informações precisarem ser verificadas a priori, o que vaiprolongando ainda mais o tempo para estas serem disponibilizadas após a solicitação dosresponsáveis, já que têm <strong>de</strong> fazer tratamento às mesmas antes <strong>de</strong> as utilizarem, leva-nos arefutar a Hipótese 2, dizendo então que na Unipiaget a informação na maioria das vezes não édisponibilizada a tempo e horas, o que faz com que todo o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sejamais lento do que supostamente <strong>de</strong>veria ser.91/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoA Unipiaget ainda precisa melhorar o sistema existente, apoiando-se assim em ferramentas <strong>de</strong>gran<strong>de</strong> porte, o que torna o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão mais eficaz e eficiente. Sendoassim, no ponto que se segue apresentaremos algumas recomendações ou seja soluções <strong>de</strong>melhoria.6.2 RecomendaçõesPrimeiro <strong>de</strong> tudo queríamos parabenizar a Unipiaget pelo sistema que vêem <strong>de</strong>senvolvendo,neste caso o SIAC. Este tem gran<strong>de</strong>s potencialida<strong>de</strong>s para no futuro ser um SAD, visto quevai fazer uma integração dos vários softwares, que com um pouco mais <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação tornarse-ánum sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão, e o próprio Administrador geral consi<strong>de</strong>ra que sim.Nesse âmbito achamos que <strong>de</strong>vem continuar com a sua implementação, para além disso fazeruma integração entre os <strong>de</strong>ferentes softwares <strong>de</strong> gestão utilizado na Unipiaget, como estáprevisto, é a escolha certa.Sendo assim não <strong>de</strong>vem parar por ali, acreditamos que a Unipiaget dispõe não só <strong>de</strong> recursostecnológicos, mas também <strong>de</strong> recursos humanos com capacida<strong>de</strong>s e qualificações para<strong>de</strong>senvolver qualquer que seja sistema. Mas para isso é preciso que a mesma estejafinanceiramente capaz para tal, e apostar fortemente no seu potencial humano, no próprioSIAC, e assim <strong>de</strong>senvolverem um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão que como o próprioadministrador geral concorda, permitirá/tornará:1. A tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão mais rápida, mais fundamentada, ou seja mais eficaz e eficiente;2. Que haja maior partilha <strong>de</strong> informação entre os diversos<strong>de</strong>partamentos/unida<strong>de</strong>s/serviços, e como é evi<strong>de</strong>nte faz com que se perca menostempos, se afecte menos recursos humanos, se gaste menos materiais;Para isso, po<strong>de</strong>rão adquerir um repositório <strong>de</strong> dados, que obrigatoriamente não seja umaDataWarehouse mas sim DataMart´s que vão receber dados das bases <strong>de</strong> dados operacionaisnesse caso do SIAC, visto que este vais também integrar dados das outras bases <strong>de</strong> dadosoperacionais neste caso do Primavera, Bibliobase e dados da Plataforma Online Formare.92/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoAdaptando a solução proposta, provocar-se-ia uma <strong>de</strong>partamentalização da informação, quepo<strong>de</strong>ria gerar conhecimento com base nas ferramentas para a extracção <strong>de</strong> dados (OLAP),que permite-nos visualizar as informações com ou sem <strong>de</strong>talhes, apoiadas por técnicas <strong>de</strong>Data MiningA integração entre o SIAC, Primavera e Bibliobase permitiria, fazendo análise da situaçãoescolar dos alunos, saber por exemplo quais as notas dos alunos que estão em dia com opagamento da propina, e que frequentam a mediateca mais vezes.Sendo assim, essa integração permitiria tirar várias conclusões <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do resultado queobtivéssemos com sistema, e nesse caso apresentamos alguns exemplos <strong>de</strong> dadosextraídos/conclusões:‣ Os alunos que têm maior nota, são aqueles que frequentam mais a mediateca, mas sãoos que menos pagam a propina, Isso quer dizer que apesar <strong>de</strong> serem bons alunos,po<strong>de</strong>m estar com problemas financeiros, ou então, os alunos que estão em dia com opagamento das propinas e que frequentam mais vezes a mediateca têm má nota, o quepo<strong>de</strong>ria levar a concluir que embora não tenham problemas financeiros, têmproblemas <strong>de</strong> aprendizagem;Ainda com a integração do SIAC/Bibliobase/Formare, supondo que já se encontre disponívela biblioteca digital, tomando como base o número <strong>de</strong> acesso à mesma, <strong>de</strong> acordo com osresultados imaginariamente apresentados, po<strong>de</strong>mos concluir então que:‣ Os alunos mais pobres vão mais à mediateca do que ace<strong>de</strong>m ao Formare para extrairdocumentação, o que nos po<strong>de</strong> levar à conclusão que a documentação disponível noFormare não se a<strong>de</strong>qua às necessida<strong>de</strong>s do aluno, e então é importante resolvermosessa situação;‣ Ou ainda que os alunos que ace<strong>de</strong>m à biblioteca digital têm melhores notas do que osque vão à mediateca;93/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoPortanto inúmeras conclusões po<strong>de</strong>m ser tiradas a partir dos resultados obtidos. Agora cabeaos responsáveis pela tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão fazerem o bom uso das informações apresentadospelos sistema e tomar as <strong>de</strong>cisões necessárias para que toda a organização e o seu respectivosistema possam manter estáveis e os objectivos, alcançados.Achamos também que a implementação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> apoio á <strong>de</strong>cisão semelhante aoMidas-Poeta seria muito bom, isso porque esse sistema se for bem implementado, sendo quena Unipiaget um dos elementos <strong>de</strong> avaliação muito utilizado neste momento é o Port-fólio,seria um investimento proveitoso, visto que o mesmo permitirá uma tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão muitorapidamente no campo do processo <strong>de</strong> ensino aprendizagem.Sendo assim, po<strong>de</strong>riam obter informações tais como número <strong>de</strong> alunos que <strong>de</strong>sistiram, ouaveriguar a sua situação escolar e com base nestas informações que o mesmo sistemautilizando técnicas <strong>de</strong> DataMining fornece, tirar conclusões e tomar <strong>de</strong>cisões.Por exemplo, suponhamos que a Unipiaget possui um sistema do tipo 20 , e numa turma com 25alunos, 50% <strong>de</strong>sistiram no segundo semestre do segundo ano por questões financeiras, e estesalunos têm uma situação escolar muito boa, aproveitando um dos exemplos <strong>de</strong>monstrados nosistema Midas-Poeta: apresentam um grau muito elevado nos itens tidos como elementos <strong>de</strong>avaliação, neste caso a criativida<strong>de</strong> e o acesso aos materiais didácticos. O que será que oresponsável pela tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão faria? Deixaria esses alunos <strong>de</strong>sistir ou então procuravauma solução para esse problema?Este sistema utiliza uma estratégia <strong>de</strong> acompanhamento do aprendizado, na qual, englobadados informais, alternativos, <strong>de</strong>mográficos e compartimentais dos alunos, para além dissosão utilizados técnicas <strong>de</strong> mineração dos dados para a obtenção <strong>de</strong> dados úteis, favorecendo oprocesso <strong>de</strong> ensino/aprendizagem.Para a Unipiaget esse favorecia muito, visto que as avaliações dos alunos em vez <strong>de</strong> serementregues à secretaria pelos professores, para posteriormente afixarem as notas, os mesmospodiam-no fazer através do sistema, minimizando assim duplo trabalho. Por outro lado omesmo sistema já fornecia a esses serviços dados organizados (nesse caso dos alunos), em94/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinofunção <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada disciplina, e posteriormente os mesmos po<strong>de</strong>rão ser utilizadospara a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em certos casos conforme o exemplo apresentado anteriormente.Sabendo que a Unipiaget não dispõe <strong>de</strong> um sistema como esse, e conhecendo todas aspotencialida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um SAD num ambiente educacional, lançamos a seguinte questão:‣ não seria conveniente ter um sistema <strong>de</strong>sses e daí extrair todos os divi<strong>de</strong>ndos?20 Po<strong>de</strong>-se constatar que o Formare é bem parecido mais não chega a tanto.95/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoBibliografiaAmaral, Luís; Varajão, João (2000). Planeamento <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação. Lisboa. FCA-Editora <strong>de</strong> informática.Angeloni, Maria Terezinha (2003). Elementos Intervenientes nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões. [emlinha], disponível em , consultado a 23/05/07.Chaves, Eduardo O C; Falsarella, Orandi Mina (2004). Sistemas <strong>de</strong> Informação e Sistemas <strong>de</strong>Apoio à Decisão.[em linha], disponível em, consultado a 22/03/2007.Cortes, Bruno (2005). Sistemas <strong>de</strong> Suporte à Decisão. Lisboa: FCA – Editora <strong>de</strong> informática.Díaz, Maria José Fernan<strong>de</strong>z et al, (2002). La Direction escolar- Ante Los Retos Del siglo XXI.Madrid: Editorial Síntesis, S.A .Felício, Aline Cazarine et al, (2007). Instituições <strong>de</strong> ensino Promotoras <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>:Implementação <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Apoio à Decisão. [em linha], disponível em consultado a 18/06/07Gonçalves, Juçara dos Santos; Carmo, Raimundo Santos do (2001). Gestão Escolar e oProcesso <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> Decisão.[em linha],disponível em, consultadoa 07/06/07.LAMAS, David Ribeiro; SILVA, Paulo dos Santos (2007). “SIAC- Um sistema <strong>de</strong>informação para suporte à gestão <strong>de</strong> informação académica na Unipiaget <strong>de</strong> cabo Ver<strong>de</strong> ” inRevista Contacto, NUM 3 – 4, Pág. 21-36 .Maia, Luís Fernando Jacinto et al, (2007). Sistemas <strong>de</strong> apoio á <strong>de</strong>cisões em Empresas,Utilizando Técnicas <strong>de</strong> Data WareHouse e Tecnologia Web. [em linha], disponível, consultado a 30/03/07.Michel, Maria Helena (2005).Metodologia e Pesquisa Cientifica em Ciências Sociais. SãoPaulo: Editora-Atlas S.A.Pereira, karin A. et al, (2001). Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão: Avaliação e Gestão <strong>de</strong> Cursos <strong>de</strong>Pós-Graduação Stricto Sensu. [em linha],disponível em, consultado a 18/06/07.Ribeiro, José Henrique; Almeida, José Manuel Gomes (2002). Ed.Santos- artes Gráficas, Lda.96/111


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Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoAnexo98/111


A.1 Tipos <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informaçãoSistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoPara melhor classificarmos os SI, aceitamos a classificação apresentada por chaves eFalsarella (2004), em que estas classificam em:‣ Sistemas Transaccionais (operacionais)- ;‣ Sistemas Gerências;‣ Sistemas Executivos;‣ Sistemas Especialistas;‣ Sistemas <strong>de</strong> Apoio à Decisão;1.2.2.1 Sistemas TransaccionaisDe acordo com os mesmos autores, o processo inicial <strong>de</strong> informatização <strong>de</strong> qualquerorganização, baseia-se fundamentalmente no <strong>de</strong>senvolvimento e na implementação <strong>de</strong> SITransaccionais (também <strong>de</strong>signadas <strong>de</strong> SI operacionais), visto que são utilizadas para ocontrole a nível operacional.Os SI transaccionais segundo Chaves et al, (2004), citando Nolan (1977), são sistemasoperacionais, não integrados, aten<strong>de</strong>m à área administrativo – financeira, fazem o controlodos fluxos <strong>de</strong> informação financeiras, há gran<strong>de</strong> resistência dos utilizadores, relativamente aoseu uso. A título <strong>de</strong> exemplo <strong>de</strong> SI transaccionais, os mesmos autores, citam-nos algunsexemplos: Folhas <strong>de</strong> pagamento, controle <strong>de</strong> stock, contas a pagar e a receber, facturamento,etc.Continuando com a linha <strong>de</strong> pensamento dos mesmos autores, po<strong>de</strong>mos constatar que estessistemas são possuidoras das seguintes características:‣ Colectar, via digitação, os dados existentes nos documentos operacionais dasorganizações, validando-os;99/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino‣ Armazenar esses dados em meio magnético;‣ Or<strong>de</strong>nar ou in<strong>de</strong>xar esses dados, <strong>de</strong> modo a facilitar o acesso a eles;‣ Permitir consultas, on-line ou em batch, aos dados, <strong>de</strong>talhados ou agregados, quepermitam retractar diferentes aspectos das operações;‣ Gerar relatórios que possam ser distribuídos a outras pessoas que não os utilizadoresdirectos dos SI.Estes sistemas para além <strong>de</strong> controlar fluxos <strong>de</strong> informações operacionais tambémdisponibilizam informações, para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.1.2.2.2 Sistemas GerênciaisGran<strong>de</strong>s mudanças a nível informático vêm ocorrendo <strong>de</strong>ntro da organização, a prova dissosão o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas , como afirma Chaves et al, (2004), que forneceminformações integradas e sumariadas, provenientes <strong>de</strong> diversos sistemas transaccionais.segundo os mesmos autores, citando Davis et al, (1985), essas informações têm a capacida<strong>de</strong>para fornecer material para a análise, planeamento e suporte/ apoio à <strong>de</strong>cisão, possibilitandoaos gestores <strong>de</strong> médio escalão, a visualização do <strong>de</strong>sempenho do seu <strong>de</strong>partamento e mesmoda organização, como um todo. Estes sistemas que fornecem informações à média gerência,são <strong>de</strong>signados <strong>de</strong> MIS 21 .Na perspectiva dos autores referidos até agora, estes sistemas têm as seguintes característicase funções:‣ Integram dados <strong>de</strong> diversas aplicações e Transformá-los em informação;‣ Fornecem informações para o planeamento operacional, táctico e até mesmoestratégico da organização;‣ Suprir gestores com informações para que estes possam comparar o <strong>de</strong>sempenho actualda organização com o que foi planejado;21 Abreviatura utilizado para Management information system - <strong>de</strong>signados <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação paragestão.100/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino‣ Produzir relatórios, semanais, mensais e anuais que auxiliem os gestores a tomar<strong>de</strong>cisões.1.2.2.3 Sistemas ExecutivosSão sistemas <strong>de</strong>senvolvidos, para apoiar os gestores seniores (alta gerência), permitindo assimque estes obtenham informações tanto interna como externa à organização. Informações essasconsi<strong>de</strong>radas como relevantes para a obtenção <strong>de</strong> sucesso bem como das vantagenscompetitivas num mercado <strong>de</strong> alta concorrência.Ainda <strong>de</strong> acordo com chaves et al, (2004), citando Lucas(1990), os EIS 22 , não têm maioresdiferenças conceptuais em relação aos DSS 23 (vai ser retractado mais adiante). O que o<strong>de</strong>ferência é a interface com o utilizador, que permite ao executivo utilizá-lo com facilida<strong>de</strong>.As principais características e funções <strong>de</strong>ste sistema apresentadas por Chaves et al, (2004)são:‣ Gerar mapas, gráficos e dados que possam ser submetidos a análise estatística parasuprir os executivos com informações comparativas, fáceis <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r;‣ Fornecer dados <strong>de</strong>talhados sobre passado, presente e tendências futuras das unida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> negócios em relação ao mercado para auxiliar o processo <strong>de</strong> planeamento e <strong>de</strong>controle da organização ( Watson et al, 1992);‣ Possibilitar a análise das informações obtidas;‣ Permitir que o executivo se comunique com o mundo interno e externo através <strong>de</strong>interfaces amigáveis (correio electrónico, teleconferência, etc.) que sejam flexíveis aponto <strong>de</strong> se ajustarem ao seu estilo pessoal;‣ Oferecer ao executivo ferramentas <strong>de</strong> organização pessoal (calendários, agendaselectrónicas, etc.) e <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong> projectos, tarefas e pessoas.22 Termo utilizado para Executive Information System – <strong>de</strong>signada <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> informação para executivos23 Abreviatura para Decision Support system – <strong>de</strong>signados <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> suporte/apoio à <strong>de</strong>cisão101/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino1.2.2.4 Sistemas EspecialistasO conhecimento e as experiências que uma pessoa <strong>de</strong>tém sobre <strong>de</strong>terminada área doconhecimento precisa ser, muitas vezes, preservado e disseminado para que pessoas commenos conhecimento e experiência possam <strong>de</strong>les se valer para resolver seus problemas.(Rockart et al, 1986 apud Chaves et al, 2004). Estes sistemas armazenam e disponibilizamconhecimentos e a própria experiência dos especialistas.Para os mesmos autores citado até aqui, estas têm as seguintes características e funções:‣ Armazenar o conhecimento e as experiências <strong>de</strong> especialistas em bases <strong>de</strong>conhecimento;‣ Utilizar mecanismos <strong>de</strong> inferência integrados às bases <strong>de</strong> conhecimento para resolver -ou auxiliar a resolver - problemas;‣ Possibilitar a inclusão <strong>de</strong> novos conhecimentos nas bases <strong>de</strong> conhecimentos semeliminar os conhecimentos já armazenados.1.2.2.5 Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisãoOs SAD 24 , possuem funções específicas, não vinculadas aos sistemas existentes, quepermitem buscar informações nas bases <strong>de</strong> dados existentes e <strong>de</strong>las retirar subsídios para oprocesso <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Este vai ser apresentado com mais <strong>de</strong>talhe, posteriormente, visto que trata do tema a ser<strong>de</strong>senvolvido com mais profundida<strong>de</strong>.24 É a abreviatura português para sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão, muito conhecido em Inglês por DSS(DecisionSupport system).102/111


A.2 Sistemas <strong>de</strong> Apoio à Decisão da UnimepSistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoA Unimep 25 (<strong>Universida<strong>de</strong></strong> Metodista <strong>de</strong> Piracicaba, Brasil) é uma das instituições <strong>de</strong> ensinodo Brasil que fica situada em Piracicaba, <strong>de</strong>senvolveu um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisãoespecífico para a avaliação e gestão <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> pós-graduação, especificamente para aavaliação <strong>de</strong> projectos pedagógicos.O SAD <strong>de</strong>senvolvido foi estruturado com base nos conceitos <strong>de</strong> DFD (Diagrama <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong>dados), para além disso foi <strong>de</strong>senvolvido um programa computacional com base naslinguagens <strong>de</strong> programação, constituído por bases <strong>de</strong> dados relacionais e um SGBD 26 , comgran<strong>de</strong>s capacida<strong>de</strong>s para transformar esses dados em informação.Fazendo o cruzamento entre os dados po<strong>de</strong>-se visualizar e imprimir relatórios como:históricos escolares, relação <strong>de</strong> alunos matriculados e entre outros, consi<strong>de</strong>rados importantespara esse processo. Para além disso tais cruzamentos permitem também , verificar o número<strong>de</strong> alunos por professor em cada estágio do curso (cursando disciplinas, cursando disciplinas e<strong>de</strong>senvolvendo tese), informar ao aluno se está ou não fora do prazo estabelecidos, bem comoas activida<strong>de</strong>s a ser <strong>de</strong>senvolvidas até então. Com base nestas informações, é possível tanto osalunos bem como professores realizarem avaliações e auto-avaliações.Tal sistema permite ainda, executar operações tais como: ter acesso aos Processos, Registo,Relatórios, Utilizadores e Ajuda e Sair conforme nos é apresentado na figura 13 em anexo .Ainda relativamente às inscrições/registo dos alunos nos cursos <strong>de</strong> pós-graduação, conformeo exemplo apresentado na figura14 em anexo, estes po<strong>de</strong>m inscrever-se no curso que acharmais conveniente, nas diferentes etapas (doutoramento, mestrados, etc.).A opção relatório é acedida pelo pessoal da secretaria e coor<strong>de</strong>nação dos PPGEP (Programa<strong>de</strong> Pós-graduação em Engenharias <strong>de</strong> Produção), permitindo assim que estes tenham acessoaos relatórios e estatísticas, cumprindo assim com as suas funções administrativas e <strong>de</strong> gestãoacadémico do <strong>de</strong>sempenho dos alunos e professores. A figura15 apresentada em anexo25 Site da Unimep26 Abreviatura para sistema <strong>de</strong> Gestão das Bases <strong>de</strong> dados – apresentada anteriormente no ponto 3.3.1.103/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinopermite-nos observar quais os alunos orientados por um <strong>de</strong>terminado professor ou <strong>de</strong> todosprofessores, classificado por professor.Na opção utilizadores (utilitários), várias tarefas po<strong>de</strong>m ser executadas, <strong>de</strong> entre as quaispo<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar os seguintes: mudança <strong>de</strong> senha, geração <strong>de</strong> cópias <strong>de</strong> segurança(Backup),geração <strong>de</strong> etiquetas, cartas que po<strong>de</strong>m ser actualizadas e enviadas a todos os alunos eprofessores. Vejamos a figura 16 também em anexo.Dando continuida<strong>de</strong>, em suma, po<strong>de</strong>mos dizer que:‣ O GPPGEP (gestor <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> pós-graduação em engenharia <strong>de</strong> produção) é umprograma amigável, visto que todas as tarefas a serem executadas, tais como:entradas, saídas <strong>de</strong> dados/informação, é <strong>de</strong> fácil operação;‣ O GPPGEP apresenta muita flexibilida<strong>de</strong> na retirada dos dados, permite obter emtempo real , resposta relativamente a consultas;‣ O GPPGEP torna mais ágil o processo administrativo da secretaria e coor<strong>de</strong>nação,emitindo assim todos os documentos tidos como necessários, relativamente às suasactivida<strong>de</strong>s(histórico escolar, diários <strong>de</strong> classe, relatórios para a administração);‣ Também torna mais ágil, o processo <strong>de</strong> gestão académica, apresentando relatórios <strong>de</strong><strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> alunos e professores, dados bastante importantes no processo <strong>de</strong>tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;Portanto como afirma ainda Pereira et al,(2001), a utilização do GPPGEP, foi positiva, vistoque possibilitou maiores sinergias entre coor<strong>de</strong>nação, secretaria, alunos e professores,tornando assim suas metas e os objectivos traçados pelo programa <strong>de</strong> pós-graduação daUnimep mais próximos uns dos outros.104/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoFigura 23 : Página principal do sistema (adaptado <strong>de</strong> Pereira et al., 2001)Figura 24: Janela/opções <strong>de</strong> registo (Ib,Id)105/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoFigura 25: Relatórios <strong>de</strong> alunos por orientador (Ib,Id)Figura 26: Opção utilizador (adaptado <strong>de</strong> Pereira et al., 2000)106/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoA.3 ORGANIGRAMA DA UNIPIAGET107/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoUnida<strong>de</strong>sInstituto Superior<strong>de</strong> LínguaPortuguesaLaboratório <strong>de</strong>Educação DigitalCentro <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimentoEmpresarialDepartamento <strong>de</strong> AltosEstudos e FormaçãoAvançadaUnida<strong>de</strong>sUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciência eTecnologiaUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências daSaú<strong>de</strong>Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> CiênciasPolíticas da Educação edo ComportamentoRecursos e competências partilhadas mas organização e áreas <strong>de</strong>intervenção diferenciadasCursos <strong>de</strong> GraduaçãoUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> CiênciasPolíticas da Educação edo ComportamentoDepartamento <strong>de</strong> Altos Estudose Formação AvançadaRecursos, competênciase organizaçãopartilhadas mas áreas<strong>de</strong> intervençãodiferenciadasProgram as <strong>de</strong> Pós-GraduaçãoGabinete <strong>de</strong> FormaçãoPermanenteRecursos e competências partilhadas mas organização e áreas <strong>de</strong>intervenção diferenciadasAcções <strong>de</strong> FormaçãoPerm anenteInvestigação e DesenvolvimentoFigura 27: Organigrama Unipiaget108/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoUnida<strong>de</strong>s organizacionaisLaboratório <strong>de</strong>Educação DigitalInstituto Superior <strong>de</strong>Língua PortuguesaUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciência eTecnologiaUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ciências daSaú<strong>de</strong>Centro <strong>de</strong>DesenvolvimentoInternacionalÁreas <strong>de</strong> actuação estratégicaÁreas <strong>de</strong> actuação nuclearesUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> CiênciasEconómicas eEmpresariaisQualida<strong>de</strong>, Inovação eEmpren<strong>de</strong>dorismoÓrgãos <strong>de</strong> GovernoCursos <strong>de</strong> GraduaçãoAdministradorGeralReitorUnida<strong>de</strong> <strong>de</strong> CiênciasPolíticas da Educação edo ComportamentoRelações Internacionaise InstitucionaisIndividuaisProgramas <strong>de</strong> Pós-GraduaçãoConselhoConsultivoConselhoCientíficoDepartamento <strong>de</strong> AltosEstudos e FormaçãoAvançadaServiços Administrativose AuxiliaresServiços elementaresConselhoPedagógicoConselhoDisciplinarAcções <strong>de</strong> FormaçãoPermanenteServiços Financeiros eSociaisServiçoscomplementaresConselho GeralColectivosActivida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>Investigação eDesenvolvimentoServiços <strong>de</strong>DocumentaçãoÁreas <strong>de</strong> actuação fundamentaisGabinete <strong>de</strong> FormaçãoPermanenteDivisão TecnológicaDepartamento <strong>de</strong>Projectos e ObrasGabinete <strong>de</strong>Comunicação e ImagemGabinete <strong>de</strong> Estudos ePlaneamentoFigura 28: Organigrama Unipiaget109/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensinoA.4 GUIÃO/ROTEIRO DE ENTREVISTANome?Formação académica?Cargo que ocupa, e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando?Em linhas gerais, quais são as suas tarefas?Tem sido fácil? Ou como é gerir uma escola <strong>de</strong> tamanha dimensão?Que recursos tecnológicos (hardware) usa para a execução <strong>de</strong>ssas tarefas?São suficientes, ou acha que po<strong>de</strong>riam lhe apoiar melhor?Usa alguma ferramenta tecnológica (software), específica que o apoiam nessas tarefas?É-lhe suficiente? Se não, porquê?As informações produzidas pela <strong>Universida<strong>de</strong></strong> chegam até si como?No que tange à valida<strong>de</strong> (disponibilida<strong>de</strong>, confi<strong>de</strong>ncialida<strong>de</strong>, integrida<strong>de</strong>, e autenticida<strong>de</strong>)como classifica a gestão da informação na Unipiaget?Tem necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer algum tratamento às informações que chegam até si?Ao receber dados resumidos tem como fazer um <strong>de</strong>talhamento dos mesmos, rapidamente?Acredita que o seu processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão po<strong>de</strong>ria ser facilitado caso tivesse umsistema <strong>de</strong> informação específico que lhe apoiasse?Já ouviu falar em SAD?A Unipiaget usa? Caso não, gostaria <strong>de</strong> ter um à sua diposição?110/111


Sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão na gestão <strong>de</strong> estabelecimento <strong>de</strong> ensino(Caso não), está previsto a implementação <strong>de</strong> um SAD?consi<strong>de</strong>ra que a unipiaget dispõe <strong>de</strong> todos os recursos para implimentar um SAD?se sim quais?111/111

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