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5º ano - Editora FTD

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ORIENTAÇÕESPARA OPROFESSOR5 º.ANO


SUMÁRIOConversando com o professor..............................................................................................................3Ensino de Geografia...............................................................................................................................................4A concepção da Coleção..................................................................................................................................5Os objetivos pedagógicos e metodológicos..............................................................................6Conteúdos e noções...........................................................................................................................................8Espaço...............................................................................................................................................................................8Espaço e tempo: noções que se associam..................................................................................9A Coleção.............................................................................................................................................................................10Estrutura da Coleção.......................................................................................................................................10Organização dos volumes da Coleção.........................................................................................10Sugestões de trabalho.......................................................................................................................................16Categorias lugar, paisagem, natureza e território..............................................................16Alfabetização cartográfica..........................................................................................................................17Imagens.........................................................................................................................................................................18Avaliação......................................................................................................................................................................19Sugestões de textos...............................................................................................................................................20Pl<strong>ano</strong> de curso.............................................................................................................................................................26Comentários e sugestões de atividades..................................................................................27Unidade 1 – O Brasil, nosso país....................................................................................................27Unidade 2 – Retratos do povo brasileiro.................................................................................30Unidade 3 – As paisagens que a natureza construiue as pessoas modificaram.....................................................................................34Unidade 4 – As regiões brasileiras.................................................................................................39Bibliografia.......................................................................................................................................................................462


CONVERSANDOCOM O PROFESSORQue assuntos de Geografia podem ser tratados em uma coleção destinada aos alunosdo 1º ao 5º <strong>ano</strong> do Ensino Fundamental?O que oferecer aos professores que vão trabalhar com esses alunos e que, na maioriadas vezes, não são especialistas da área na qual vão atuar?Como interagir com esses leitores, alunos e professores, que serão nossos parceirosnesta obra?Essas e outras questões serviram como pontos de reflexão e motivação, além de nosorientar na construção deste projeto. Reunindo-as em alguns pontos básicos, podemos dizerque este trabalho se propõe a:• tornar atraente o conhecimento de procedimentos e conteúdos de Geografia no ambienteescolar, partindo do pressuposto de que os alunos, eles próprios, são seusautores e construtores;• apresentar, em uma linguagem simples, preocupada com a exatidão das informaçõese dos conceitos empregados, conteúdos e procedimentos que são esperados de umaluno para que ele seja capaz de construir noções de tempo, espaço, transformação,simultaneidade e permanência;• propor uma série de atividades práticas e acessíveis, possíveis de serem plenamenterealizadas pelos alunos;• transformar em objeto de estudo os questionamentos, as dúvidas e os fenômenos queafetaram e ainda afetam as pessoas em épocas passadas e no presente, em lugarespróximos e distantes.Este trabalho também tem a intenção de oferecer ao professor um material versátil,adequado aos seus objetivos em sala de aula, assim como complementar os projetos quese destinam a contemplar as particularidades de sua clientela.Finalmente, estamos felizes por partilhar com nossos colegas toda a experiência queadquirimos como educadores ativos em sala de aula e como coordenadores de grupos detrabalho e de professores.3


ENSINO DE GEOGRAFIAEstudar as categorias lugar, paisagem e espaço, bem como desenvolver os procedimentosfundamentais para a alfabetização cartográfica, é a base de nosso trabalho com aGeografia nesta Coleção.Nos <strong>ano</strong>s inicias, ou seja, nos volumes 1 e 2, o trabalho contempla o lugar onde o alunovive, suas relações com esse espaço e com as pessoas que fazem parte dele. São, portanto,tratados temas referentes à casa e à família, à rua, ao quarteirão e ao bairro, além da escolae suas circunvizinhanças. Nos <strong>ano</strong>s finais, ou seja, nos volumes 3 e 4, o trabalho abordao espaço que reúne a cidade e o campo, estendendo seu estudo para suas configuraçõespolítico-administrativas, ou seja, o município e o estado. No volume 4, o estudo contemplaessencialmente o Brasil e suas especificidades como país, em escala regional, nacional emundial.As categorias lugar, paisagem, natureza e território foram assim compreendidas e empregadas:[...] A categoria lugar traduz os espaços com os quais as pessoas têm vínculos maisafetivos e subjetivos [...]. O lugar é onde estão as referências pessoais e o sistema devalores que direcionam as diferentes formas de perceber e constituir a paisagem e oespaço geográfico.Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997. v. 5, p. 112.A categoria paisagem [...] É definida como sendo uma unidade visível, que possuiuma identidade visual, caracterizada por fatores de ordem social, cultural e natural,contendo espaços e tempos distintos: o passado e o presente.Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997. v. 5, p. 112.Natureza não são só as coisas ou os bichos, as plantas, os rios, as montanhas etc.,mas a maneira como vemos essas coisas, em particular, integradas a um conceito quenós criamos: a totalidade a que chamamos de natureza.CARVALHO, Marcos de. O que é natureza. São Paulo: Brasiliense, 1990. p. 13-4.A categoria território possui uma relação bastante estreita com a de paisagem.Pode até mesmo ser considerada como o conjunto de paisagens contido pelos limitespolíticos e administrativos de uma cidade, estado ou país. É algo criado pelos homens,é uma instituição.Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997. v. 5, p. 111-2.O trabalho com as categorias citadas conduz à reflexão para a compreensão do que é oespaço geográfico, ou seja, aquilo que se recebe de herança dos predecessores, isto é, ummeio largamente humanizado e modificado.4


A CONCEPÇÃO DA COLEÇÃOPara organizar esta coleção, levamos em conta o conjunto de Diretrizes CurricularesNacionais para o Ensino Fundamental apresentado pelo Conselho Nacional de Educação(CNE) no documento Diretrizes Curriculares Nacionais: Educação Básica (resolução CEB nº2, de 7 de abril de 1998) e os parâmetros nacionais para o Ensino Fundamental, que compõemos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), elaborados pela Secretaria de EducaçãoFundamental do Ministério da Educação e do Desporto e publicados em 1997.As Diretrizes Curriculares Nacionais são o conjunto de definições doutrinárias sobreprincípios, fundamentos e procedimentos na Educação Básica, expressas pela Câmara deEducação Básica do Conselho Nacional de Educação, que devem orientar as escolas brasileirasdos sistemas de ensino na organização, na articulação, no desenvolvimento e naavaliação de suas propostas pedagógicas.São as seguintes as Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental:I As escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações pedagógicas:a) os Princípios Éticos da Autonomia, da Responsabilidade, da Solidariedade e doRespeito ao Bem Comum;b) os Princípios Políticos dos Direitos e Deveres de Cidadania, do exercício daCriticidade e do respeito à Ordem Democrática;c) os Princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade e da Diversidade deManifestações Artísticas e Culturais.Esses princípios deverão fundamentar as práticas pedagógicas das escolas, poisserá por meio da Autonomia, da Responsabilidade e da Solidariedade e do Respeitoao Bem Comum que a Ética fará parte da Vida Cidadã dos alunos.Da mesma forma, os Direitos e Deveres de Cidadania e o Respeito à Ordem Democrática,ao orientarem as práticas pedagógicas, introduzirão cada aluno na vidaem sociedade que busca a Justiça, a Igualdade, a Equidade e a Felicidade para oindivíduo e para todos. O exercício da Criticidade estimulará a dúvida construtiva e aanálise de padrões em que direitos e deveres devam ser considerados na formulaçãode seus julgamentos.Viver na sociedade brasileira é fundamentar as práticas pedagógicas a partir dosPrincípios Estéticos da Sensibilidade, que reconhece nuanças e variações no comportamentohum<strong>ano</strong>. Assim como na Criatividade, que estimula a curiosidade e o espíritoinventivo, a disciplina para a pesquisa é o registro de experiências e descobertas. E,também, da Diversidade de Manifestações Artísticas e Culturais, reconhecendo a imensariqueza da nação brasileira em seus modos próprios de ser, agir e expressar-se.Diretrizes Curriculares Nacionais: Educação Básica. Brasília: Conselho Nacional de Educação/INEP, 2001. p. 40.5


Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, foram ressaltados os objetivos básicos, asorientações didáticas e os subsídios para a seleção e organização dos conteúdos.A Geografia, na proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais, tem um tratamentoespecífico como área, uma vez que oferece instrumentos essenciais para compreensãoe intervenção na realidade social. Por meio dela podemos compreendercomo diferentes sociedades interagem com a natureza na construção de seu espaço,as singularidades do lugar em que vivemos, o que o diferencia e o aproxima deoutros lugares e, assim, adquirirmos uma consciência maior dos vínculos afetivos ede identidade que estabelecemos com ele. Também podemos conhecer as múltiplasrelações de um lugar com outros lugares, distantes no tempo e no espaço, e perceberas marcas do passado no presente.Parâmetros Curriculares Nacionais. História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997. v. 5, p. 99.A esse conjunto de decisões governamentais unem-se a prática diária de educadores, asexperiências deles e os vários projetos criteriosamente testados e revistos.Os objetivos pedagógicos e metodológicosOs objetivos norteadores desta coleção foram organizados com base nos ParâmetrosCurriculares Nacionais e estão listados a seguir.Espera-se que o aluno seja capaz de:• perceber-se como sujeito ativo da sociedade, ou seja, como cidadão participativo emsuas responsabilidades sociais;• defender seus direitos e aceitar os direitos do próximo;• inferir que a sociedade é formada por um conjunto de pessoas que possuem diferençasculturais, econômicas e sociais;• reconhecer as partes constitutivas do espaço onde vive e atua, identificando os lugaresque o compõem e a função desses lugares, bem como as relações sociais que oscaracterizam;• empregar corretamente noções espaciais, sendo capaz de localizar-se nos espaçosonde vive e que frequenta, observando as relações topológicas (em frente, atrás, perto,longe, vizinho, não vizinho) e de lateralidade (direita/esquerda);• compreender que a organização do espaço é resultado da ação da natureza e da açãodas pessoas, a fim de atenderem a seus interesses;• descrever e interpretar diferentes formas de construção do espaço, reconhecendo osagentes responsáveis por essas construções;• reconhecer que as paisagens representam heranças das relações entre a natureza e asociedade;• evidenciar que as percepções, os sentimentos, as vivências e a memória das pessoas edos diferentes grupos sociais são elementos constitutivos do saber geográfico;• conhecer as relações entre pessoas e lugares: condições de vida, histórias, relaçõesafetivas e identidade com o lugar onde vivem;6


• caracterizar a paisagem local: suas origens e organização, as manifestações da naturezaem seus aspectos biofísicos, as transformações ocorridas ao longo do tempo;• interpretar, analisar, relacionar e ler imagens e documentos de diferentes fontes pararecolher informações sobre o espaço geográfico, o lugar, a paisagem, o território brasileiro;• produzir mapas ou roteiros simples, observando as características básicas da linguagemcartográfica, como as relações de distância (escala) e direção (rosa dos ventos) eo sistema de cores, formas e sinais (legenda).Para que sejam efetivados os propósitos definidos nesta coleção, é necessário o desenvolvimentodas competências listadas adiante.Entendemos competência como a capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivospara enfrentar um tipo de situação. Esses recursos cognitivos podem ser conhecimentosteóricos, um saber fazer prático, valores, julgamentos, intuições baseadasem experiência, habilidades, percepções, avaliações e estimativas.Diretrizes Curriculares Nacionais: Educação Básica. Documento-síntese. Brasília, set. 2002. p. 7.Para o estudo de Geografia, são definidas as competências e habilidades a seguir:1. Observação e organização: o aluno necessita observar atentamente seu entorno, os lugares quelhe são próximos. A observação não é uma habilidade que ele adquire naturalmente, mas porestímulos e treinos. Desenvolvê-la contribui para levá-lo a compreender a organização dos objetosno espaço (o espaço da escola, da rua, do quarteirão, do bairro, da cidade, do estado, dopaís). Para atingir esse estágio da organização dos objetos, é fundamental que o aluno já tenhaadquirido as noções de representação e que as saiba aplicar.2. Representação: a capacidade de representação inicia-se com a competência que o aluno tem deregistrar mentalmente o espaço e, depois, transpor para o papel essa reflexão. Grafar as representações,sem dúvida, também exige estágios de desenvolvimento. Inicialmente será realizadoo desenho das formas mentais. Esse desenho evoluirá para as representações em croquis, plantase mapas.3. Análise: essa capacidade vai ser atingida a partir do momento em que o aluno representar suasobservações no papel. Não se trata apenas de fazer o registro escrito, mas também de analisar arelação entre os elementos desse registro.4. Síntese: essa etapa final vai permitir ao aluno empregar todas as noções trabalhadas. Ele deveutilizar noções diversas, previamente adquiridas, como: memorização de objetos no espaço,comparação entre a imagem do espaço percebido e a realidade dessa imagem, análise das posiçõesrelativas dos objetos em cada imagem. Essa competência, sem dúvida, consolida-se com osestudos do meio local, que permitem comparações por intermédio da análise da realidade. Combase nessa vivência e no contato com a realidade, o aluno reconstrói seus elementos constitutivose realiza uma síntese do meio real estudado. Com a observação do terreno, de fotografiase com a leitura de plantas e mapas, o aluno adquire a capacidade de estruturar o espaço, deevidenciar suas etapas de ocupação e de estabelecer uma relação clara entre paisagem e suarepresentação cartográfica.7


Conteúdos e noçõesNossa opção, nesta coleção, foi pelo trabalho voltado ao estudo de grandes eixos temáticosque privilegiam as questões locais, inserindo-as em espaços e tempos mais amplos,promovendo um diálogo entre passado e presente e entre próximo e distante.Os conteúdos abordados nos quatro volumes da coleção foram assim organizados:1. Estudo do lugar onde o aluno vive e das múltiplas manifestações presentes na paisagem desselugar, considerando as referências de distância, direção, orientação e localização no espaço. Introduçãoao estudo da linguagem cartográfica.2. Estudo do lugar onde o aluno vive, expandindo para a área urbana e rural, envolvendo conceitosde vizinhança, proximidade, distância e orientação. Evidenciar as múltiplas manifestaçõespresentes na paisagem desse lugar reconhecendo os elementos naturais e humanizados dessapaisagem.3. Estudo da paisagem urbana e da paisagem rural como síntese de múltiplos espaços geográficos,com aprofundamento das noções de distância, direção e orientação, além de um trabalho deescala e proporção em representações cartográficas, como croquis, plantas e mapas.4. Estudo das paisagens brasileiras e dos seus aspectos políticos, culturais, sociais e administrativos.Aprofundamento da representação cartográfica do espaço geográfico brasileiro com base emmapas e imagens de satélite.O objetivo de trabalhar com conteúdos de Geografia repletos de significado levou-nosa priorizar as experiências pessoais em relação às noções de tempo e de espaço.É interessante observar as respostas que as pessoas costumam dar às seguintes indagações:“O que significa para você a palavra tempo e a palavra lugar?”, “O que é paisagem?”,“O que você entende por espaço?”. Na verdade esses são conceitos complexos. Em princípio,foi definido como pressuposto básico que era preciso, sem dúvida, transpor o ato demeramente conceituar para levar o aluno a descobrir e compreender a geografia do lugaronde vive.EspaçoA noção de espaço começa a ser construída desde os primeiros meses de vida e vai setornando mais complexa à medida que as experiências com o mundo se ampliam.Trabalhos recentes mostram que, desde o nascimento, os bebês já recolhem informaçõesdo mundo que os cerca. Pouco a pouco, a visão imperfeita e desordenada dos primeirosmeses ligada a estímulos diretamente associados às suas necessidades vai-se transformandograças à maturidade dos receptores sensoriais, e desse modo eles vão percebendoos objetos individualizados. Esse conhecimento prévio lhes permite agir (ver, tentar tocar,apalpar e pegar o que está próximo); essas são as primeiras experiências em relação aoconhecimento das coisas que fazem parte do seu mundo.Ao iniciar os primeiros passos, a criança amplia seu campo de ação. Ela conhece novosobjetos e começa a organizar as primeiras relações espaciais desses objetos com seu corpo:8


o que está na frente, atrás, no alto, embaixo, perto, longe. Seu corpo torna-se então seuponto de referência no espaço. A partir de suas experiências com o meio, ela pode, aospoucos, distinguir a representação espacial de seu corpo no espaço.Da experiência adquirida com o espaço vivido e percebido, as crianças passam parauma fase da representação mental desse espaço. Ou seja, nesse momento elas fazem representaçõesdo mundo à sua volta a partir de esquemas mentais. Os mapas mentais estãona fase da transcrição gráfica dos lugares.Nas representações iniciais, o espaço costuma ser traduzido no papel por elementosque ainda privilegiam formas sem dimensões definidas, geralmente com figuras vistas defrente, sem profundidade nem perspectiva tridimensional. Os elementos constitutivos doespaço são dispostos, em geral, sem a preocupação com o uso de qualquer escala na suadistribuição.O momento da transposição dos elementos tal como eles se apresentam no real para arepresentação simbólica vai acontecer quando as noções de escala, símbolos e localizaçãono espaço estiverem mais bem definidas em sua trajetória de concepção e consolidaçãoda percepção espacial. Plantas, croquis e mapas são compreensíveis nessa fase do espaçoconcebido.Espaço e tempo: noções que se associamSem o tempo, o espaço geográfico não pode ser definido. Estas concepções são fundamentaisquando se pretende interpretar as categorias geográficas.Qualquer que seja o lugar analisado, a paisagem comporta elementos que se modificamno decorrer do tempo.Com base nesse processo de transformação, os alunos vão sendo encaminhados aobservar: o lugar onde vivem; as transformações que motivaram a expansão do lugar; acriação de unidades administrativas, como o bairro, a cidade, o campo. A evolução desseespaço – que implica o estudo do campo e da cidade como duas unidades de produçãodefinidas pelo processo de ocupação do solo – vai culminar nos conteúdos que trabalhamcom o território, no caso, o território brasileiro, sua constituição, seus aspectos físicos eeconômicos, a incorporação dos espaços por diferentes grupos sociais, que neles implantamseus costumes e sua cultura.Toda evolução de ocupação do espaço é, portanto, histórica e geográfica. Essa é aconcepção que pretendemos evidenciar no decorrer dos temas tratados e dos conteúdosdesenvolvidos no conjunto dos quatro volumes.Para tratar os conteúdos, alguns recursos foram utilizados. Serão comentados algunsdeles com o intuito de oferecer ao professor sugestões para o seu trabalho em sala de aula.9


A COLEÇÃOEstrutura da ColeçãoEsta coleção foi organizada em cinco volumes, destinados a alunos do 1º ao 5º <strong>ano</strong> doEnsino Fundamental.Cada volume compõe-se de livro do aluno e de livro do professor. Neste são apresentados:• os objetivos aplicados ao ensino de Geografia, metodologia de trabalho;• textos que dão suporte à abordagem realizada em sala de aula;• considerações sobre critérios de avaliação;• sugestões e orientações complementares por unidade;• bibliografia geral e sugestões de leituras que contribuem para a formação e a atualizaçãodo professor.No livro do professor são também apresentadas soluções para as atividades e/ou orientaçõespara a sua realização e para os resultados possíveis a serem atingidos.No decorrer de todo o trabalho, procuramos manter um diálogo constante com o professordesde a apresentação do tema, no encaminhamento das atividades e durante todo omomento em que algumas sugestões ou orientações se fazem necessárias.Organização dos volumes da ColeçãoTodos os volumes seguem uma estrutura comum.■■As unidadesOs conteúdos estão distribuídos em quatro grandes unidades temáticas.Uma dupla de páginas introduz o tema que será estudado na unidade, com a intençãode resgatar os conhecimentos prévios dos alunos sobre o assunto, por meio de conversa,reflexões, conclusões e desafios propostos.As indagações, as reflexões, os desafios, além de introduzirem o tema da unidade,proporcionam o diálogo entre os alunos e destes com o professor, reforçando a ideia deque o livro didático é apenas um dos diversos instrumentos que podem ser utilizados pelodocente e, principalmente, que o aluno é protagonista na construção do conhecimento.■■Os capítulosOs conteúdos, as indagações e os desafios propostos aprofundam o tema da unidade,funcionando como um suporte para o diálogo entre os alunos e deles com o professor epara a reflexão, além de apresentar informações específicas relativas ao conteúdo temáticoabordado. Também são acompanhados de fotografias, desenhos, obras de arte, registros10


de época, enfim, os mais variados documentos para que o aluno possa ler, observar,analisar e refletir sobre os assuntos estudados.As palavras ou expressões que dificultam a compreensão do aluno são explicadaspasso a passo, junto ao texto.Os conceitos que exigem maiores explicações são apresentados no Glossário, queaparece no final do livro.■ As seções especiaisNos capítulos são encontradas seções especiais, com o objetivo de aprofundar a reflexãosobre assuntos mais complexos. O objetivo não é apenas informar, mas formar, estabelecerum diálogo e relações com os conteúdos abordados.Vamos conversarA seção Vamos conversar faz parte da aberturade cada uma das unidades dos livros da Coleção.Após os temas de cada unidade serem apresentados,o professor poderá avaliar os conhecimentosprévios dos alunos. Assim, suas estratégias poderãoser repensadas para se adequarem e os conteúdospoderão ser trabalhados de forma maiseficiente.Vamos conversar1 Vamos conversar sobre as regiões geográficas que reúnem os estadosbrasileiros. Observe o mapa na página 136 e escreva o nome de cadauma.Região Norte, região Nordeste, região Sudeste, região Sul e região Centro-Oeste.2 Em qual região você mora?Resposta pessoal.3 É possível imaginar qual é a região com a menor área? E a maior?A região Sul é a de menor área. A região Norte é a de maior área.Vamos conversarVamos descobrir1 As paisagens brasileiras são formadas por elementos naturais. Vamos1 De acordo com o mapa das regiões brasileiras, só uma das regiõesconversar sobre esse tema. Anote suas observações. Em que fotos essesgeográficas elementos são não predominantes?é banhada pelo mar. Qual é essa região?Região Fotos 1, Centro-Oeste.3 e 4.2AsAsfotospaisagensde cadatambémregiãosãoindicamformadasáreaspordeelementosocupação humana.que resultamEscolhaduasda açãodelase dae compare.interferênciaDe quedas pessoas,forma essaschamadospaisagenselementosforam ocupadas?culturais.Em que fotos esses elementos são predominantes?Resposta pessoal.Nas fotos 2, 5 e 6.3 A paisagem do lugar onde você mora é mais parecida com qual dasfotos? Por quê?Vamos descobrirResposta pessoal.3 Ao ler estas descrições, tente localizar a região a que elas se referem.Vamos a. Grupos descobrir indígenas ocupam as terras do Parque Indígena do Xingu.Região Centro-Oeste.A seção Vamos descobrir propõe reflexõese desafios sobre os temas que serão estudados.Os principais conceitos da disciplina sãoaplicados ao conteúdo, articulando diferentestemas e permitindo que o aluno estabeleçasentido naquilo que estuda.1 As pessoas ocupam e organizam os lugares de acordo com suasnecessidades e interesses.a. Compare a foto da aldeia indígena com a da grande cidade de Vitória.O que você percebeu?138b. Há elementos naturais nas fotos 1 e 2?Sim.Resposta pessoal. Espera-se que o aluno perceba que a ocupação dos espaços depende do modo de viver, dos costumes,das tradições e dos interesses dos grupos que os ocupam. Na foto da aldeia indígena, não houve grande interferência noselementos naturais, enquanto na foto da cidade de Vitória, a ação humana foi intensa, e a paisagem está bastante transformada.c. Que elementos são esses?Vegetação, rio, mar.8411


Vamos concluirAs atividades propostas na seção Vamosconcluir permitem o diálogo entre professorese alunos, reforçando o protagonismo doaluno e colocando as vivências dos educandoscomo base para o processo de aprendizagem.ATIVIDADESNa seção Atividades são propostos exercíciosque devem ser desenvolvidos individualmente.Podem apresentar questionamentos arespeito da vivência do aluno ou exercícios defixação referentes aos conteúdos trabalhados.12


FIQUESABENDONa seção Fique sabendo são apresentadostextos complementares curtos que ampliam ouenriquecem o conteúdo estudado.AÇÃOA leitura desse segmento permite ao no conhecer fatos e curiosidades, despertan-aludoo desejo de aprofundamento, permitindoque o local se articule com o global e quefundamentos importantes de História, comorupturas, semelhanças e simultaneidade, porexemplo, sejam trabalhados.De forma lúdica, a seção Ação permite queos alunos aprofundem os conteúdos trabalhadosnas unidades em atividades interdisciplinares,além de permitir que diferentes competênciassejam desenvolvidas.13


VAMOS LEMBRARNessa seção é feita uma retomada do conteúdotrabalhado na unidade. A intenção é uma reflexão,uma síntese, a percepção, por parte do aluno, dosconhecimentos que já possuía sobre o assunto eque passou a possuir após o estudo da unidade.Nela são propostas variadas atividades: uma tarefaa ser realizada em casa; um trabalho a ser feitoem sala de aula, em grupos de dois ou mais alunos;uma conversa coletiva, para elaborar umasíntese do conteúdo estudado, a ser registradaem um cartaz ou no caderno do aluno.OUTRASLEITURASEm cada unidade há sugestões de leituras relacionadasao tema trabalhado, que podem ser textosliterários, informativos ou históricos.Trata-se de leituras complementares, cabendoao professor escolher aquelas mais adequadas aopúblico com o qual trabalha, ou mesmo selecionaroutros textos que possam interessar aos seusalunos e que sejam encontrados na biblioteca daescola, na internet ou em outras fontes de fácilacesso.14


Lição de casaA Lição de casa é um instrumento eficaz no processode ensino-aprendizagem. Para o professor, é um recursode verificação da aprendizagem e do nível de autonomiado aluno na realização das tarefas escolares. Para o aluno,é um momento de refletir sobre o que lhe foi ensinado ede averiguar se assimilou os conceitos trabalhados ou seainda permanecem dúvidas a serem esclarecidas. Servetambém como desafio, quando propõe um nível maiorde dificuldade, desde que sejam respeitadas as etapasescolar e etária em que o aluno se encontra. Apresentapropostas lúdicas, atraentes, tornando-se um recurso amais no incentivo aos estudos.Unidade 4VOCÊ E A PAISAGEMAs pessoas modificam a paisagemAs lições de casa foram elaboradas com o objetivo de sistematizar os conteúdos dostemas de cada unidade e de ampliar as ideias sobre os assuntos estudados. É importante oprofessor dar um retorno regular das lições de casa ao aluno, corrigindo-as individual oucoletivamente, momento que favorece a troca de informações e de conhecimento entre osalunos da classe.11LIÇÃO DE CASADATA/ /1 Complete as colunas abaixo com alguns elementos naturais e modificadospelo homem que você vê no local onde mora.Elementos naturais Elementos feitos pelo homem2 Observe a paisagem abaixo e circule de VERMELHO os elementos feitosLuís Salvatore/Pulsarpelo homem. Resposta. Os elementos feitos pelo homem são os núcleos do hotel.123Material complementarMaterial complementar é um suplemento para ampliaros temas trabalhados em cada volume. Pode serdesenvolvido como um projeto pedagógico dinâmico decurta ou longa duração.Jogos e brincadeirasO caderno de Jogos e brincadeiras é composto deatividades lúdicas e recreativas. Tem como proposta daroportunidade ao aluno de rever os conteúdos trabalhadosnas unidades.15


SUGESTÕES DE TRABALHOCategorias lugar, paisagem, natureza e territórioAs aberturas de unidade são programadas para iniciar o tema a ser tratado e para sugerirum trabalho diversificado com ele. As frases e/ou as questões propostas no texto deabertura também são sugestivas para iniciar o tratamento com as categorias lugar, paisageme espaço geográfico: “Como essas crianças vão da casa para a escola? Elas passam pelosmesmos caminhos? O que elas observam nesse caminho?” Os alunos conversam sobreos lugares onde costumam estar, com base na descrição de sua rotina diária. As imagens,sobretudo, merecem uma análise e uma discussão preparadas pelo professor para seremrealizadas com toda a classe. O recurso empregado em muitas delas foi a colagem de elementos,trabalho que pode ser também sugerido aos alunos, como reprodução da cena dolivro ou de cenas que retratam a realidade do lugar onde vivem.A descoberta do espaço pode ser feita em relação à realidade do aluno. Ele deve partilharcom os colegas essas descobertas, registrando o que viu no caminho de casa para a escola:o modo de vida das pessoas, os espaços ocupados por diferentes tipos de construçãoe a função dessas construções, a existência da infraestrutura (avenidas, pontes, viadutos,rodovias, praças, jardins, serviços públicos etc.).O espaço da rua, do quarteirão e do bairro só tem sentido se observado na análise daspessoas e dos grupos que dele fazem parte. Para os alunos que mudaram de residência,essa sensação é bastante clara. É provável que muitos deles ainda mantenham relaçõesafetivas com o lugar de onde vieram. O depoimento desses alunos pode servir de estímulopara tratar o tema em sala de aula. Do espaço interno os alunos são deslocados para observaros arredores da escola e a rua onde ela está localizada. O próximo passo para essetrabalho será uma visita externa, orientada em forma de estudo do meio. Esse estudo nãodeve ser feito sem um planejamento. Além do conteúdo a ser trabalhado, também é fundamentalplanejar a rotina a ser seguida em relação às atitudes dos alunos: a organizaçãoda turma é fundamental para que essa atividade seja produtiva. Os alunos podem aindalevar uma programação prévia, feita com a ajuda do professor, do roteiro a ser seguido noestudo. Não se justifica uma saída só para um passeio; por isso, ela deve respeitar algumasregras básicas: o planejamento, a organização e o registro das observações, e tudo issodeverá resultar em uma conclusão final, que será feita em sala de aula.Neste estudo do meio, os alunos devem sempre estar acompanhados pelo professor. Aprimeira etapa é a observação da rua onde a escola se localiza. Depois eles deverão ampliaras observações para o quarteirão. Devem ser destacados os aspectos físicos e hum<strong>ano</strong>sdessa paisagem. Os alunos, a partir dos encaminhamentos do professor, devem notar o queé único e distinto no lugar. Comentários sobre os animais e as plantas encontrados no lugare sobre o uso, a finalidade das construções (residências, lojas, fábricas, postos de gasolina,serviços públicos, parques etc.) são essenciais no auxílio da observação e apreensão dapaisagem pelos alunos. O professor ainda deve comparar diferentes tempos existentes na16


paisagem: construções mais antigas, nomes de ruas já modificados, conversas com pessoasque vivem há algum tempo no lugar, constatação de novas construções que estão alterandoa paisagem. Os alunos devem perceber, com a ajuda do professor, algumas regras de usocoletivo do espaço (sinais de trânsito, faixas de segurança), bem como de uso particular(placas indicativas de estacionamento proibido em portas de garagem, placas de “cuidadocom o cão” etc.), que distinguem o que é para ser respeitado em relação ao uso do espaço.O estudo da realidade não pode ficar restrito àquilo que é próximo geograficamentedo aluno, devendo sim ser ampliado como estudo comparativo para a percepção das semelhançase das diferenças, dos ritmos e das transformações entre comunidades diferenteslocalizadas em um mesmo espaço ou entre comunidades semelhantes localizadas emespaços diferentes. Dessa forma, valoriza-se a compreensão do espaço em suas múltiplasescalas geográficas.Entender como as noções de tempo e espaço estão expressas em uma aldeia indígena,por exemplo, é significativo para mostrar um modo de vida diferente de um aluno quenão é indígena. Estimulá-lo a manter correspondência com outras crianças, em diferentesmunicípios e estados brasileiros, e também em outros países de língua portuguesa, é umaexperiência enriquecedora para vivenciarem diferentes espaços.Os endereços podem ser conseguidos pelos próprios alunos, com parentes ou amigosque vivem em outras localidades. Pode-se ainda contatar uma escola para fornecer endereçosdos alunos que queiram participar dessa troca de correspondência. Os e-mails, viainternet, são outra forma de correspondência. O professor pode sugerir aos alunos quetragam as correspondências para mostrá-las aos colegas de classe.Alfabetização cartográficaA inserção do aluno no espaço e o estudo das noções de alfabetização cartográficapermeiam os conteúdos tratados nesta coleção, interagindo com eles. Em se tratando denoção de espaço, objetiva-se trabalhar com o aluno a relação de seu corpo e o uso delecomo ponto de referência. Esses pontos referenciais inicialmente identificados no própriocorpo vão, paulatinamente, se deslocando para os elementos do lugar onde o aluno estálocalizado (por exemplo, a sala de aula, a rua, o bairro), para depois partir para a abstraçãodo espaço, ou seja, para o espaço concebido, no qual se enquadram os trabalhos derepresentação no pl<strong>ano</strong>, como os mapas.As construções ou representações são dirigidas da transposição da visão tridimensionalpara a bidimensional, isto é, para o registro no papel daquilo que existe no real. O alunodo <strong>ano</strong> inicial, em geral, não consegue reproduzir um componente da realidade, como umaárvore, uma casa, entre outros, sem desmontar da sua visão a tridimensionalidade dessescomponentes. Isso equivale a dizer que o aluno ainda registra no papel qualquer um delesvisto de frente, com detalhes que chegam a ser específicos: a casa costuma mostrar quasesempre o telhado e o jardim na frente; a árvore costuma ter um ninho de passarinho; o Solcostuma ser personificado etc. Essas figuras antropomórficas estão presentes na maior partedos mapas mentais confeccionados pelos alunos do primeiro <strong>ano</strong> do Ensino Fundamental.17


A noção de ponto de vista vai ser fundamental para que o aluno possa compreendero que vê na realidade. O trabalho com pontos de vista começa na observação da própriarealidade do aluno, em especial na observação dos elementos que compõem o lugar ondeele vive, vistos de diferentes posições. A comparação das descobertas, partilhada em duplaou coletivamente, favorece o confronto das hipóteses sobre o lugar e as diferentes visõesque se tem dele. Uma experiência interessante para iniciar trabalhos explorando pontosde vista pode ser esta: os alunos, dois a dois, observam o seu corpo visto de frente (visãohorizontal ou frontal) e descrevem o que é possível identificar. Nessa descrição podemconfirmar a riqueza de detalhes do que é percebido. Em seguida, apenas o contorno dosseus pés é traçado e depois analisado pelo colega. Só é possível ver os pés de cada um.A comparação da visão vertical (de cima para baixo) e da visão frontal merece ser trabalhadadetalhadamente com os alunos. O trabalho de observação completa-se com ascrianças sendo observadas de perto e de longe e a descrição do que pode ser visto. Essadescrição deve ser registrada pela dupla, para depois ser apresentada e confrontada comas dos colegas.ImagensOs recursos à disposição do professor de Geografia são variados. Não devemos esquecerque esses instrumentos de trabalho são meios a serviço da aquisição de conceitos.Portanto, ao utilizá-los, o professor deve ter em mente dois objetivos fundamentais: levaro aluno a fazer uso deles corretamente, isto é, orientá-lo a reconhecer a validade dessesdocumentos; instrumentalizá-lo para que possa empregar métodos de análise nesses documentos.As fotografias são os recursos que mais permitem a aproximação com o real. Podem seraéreas (verticais ou oblíquas) e de solo (horizontais ou frontais).A análise de fotos deve se iniciar com o contato espontâneo do aluno com a imagem eo levantamento de suas hipóteses ao utilizar esse tipo de documento. Progressivamente, adiscriminação dos elementos poderá ser mais apurada, e a discussão, com a ajuda de umroteiro, certamente facilitará o trabalho.As imagens de satélite estão por toda parte: em boletins meteorológicos, atlas, diversoslivros para consulta e em livros escolares. Não se deve considerar que as imagens de satélitesão fotografias, mas sim um conjunto de sinais eletrônicos traduzidos com base em umcódigo de cores, mais precisamente de “falsas cores”. As imagens emitidas por satélites emórbita ao redor da Terra são captadas por um detector, que registra as variações de luz ede calor, e tratadas por computador, que pode transformá-las em cores.O professor poderá encontrar trabalhos com imagens (fotos, plantas, croquis, imagensde satélite etc.) em todos os volumes desta coleção, tanto para atividades individuais comopara atividades em dupla e em grupo, e ao final de cada unidade poderá fazer o confrontocoletivo de resultados.18


AvaliaçãoAlgumas considerações fundamentais dizem respeito aos critérios definidos para umaavaliação. Entre esses critérios, destacamos:1. A avaliação é um processo contínuo que envolve alunos e professor.2. A construção do conhecimento se faz por etapas de crescimento da criança; portanto, a avaliaçãonão tem nenhuma relação com modelos apoiados em provas, arguições, competições emequipes e outros instrumentos que não são reveladores de um crescimento real.3. Avaliar significa identificar se a criança está em um processo de crescimento e quais níveis decompetências ela está atingindo no trabalho que está sendo realizado.A opção por uma avaliação diagnóstica sem dúvida está relacionada ao que concebemoscomo ensino-aprendizagem.Na avaliação diagnóstica, o importante é a experiência adquirida pelo educando, sujeitode sua própria aprendizagem, ao contrário da avaliação classificatória, mais mecanicista,que sobrevaloriza os acertos, desprezando a caminhada que se percorreu para acertar e atépara errar. Segundo Vygotsky, todo indivíduo é capaz de adquirir sozinho determinadosconhecimentos, como também é potencialmente dotado da capacidade de aprender. Entreos dois níveis está a zona de desenvolvimento proximal, isto é, tudo o que podemos fazercom a ajuda de um outro ser com maiores conhecimentos e competências. Nesse sentido,o professor aparece, então, como aquele que oferece as oportunidades e as experiênciasdesafiadoras, seu saber acumulado, sua vivência e as hipóteses que já construiu. Nessemovimento, a avaliação é um processo entre seres diferentes, dotados de experiênciasdiferentes, que se reúnem para pensar e interagir. Excluem-se, nesse caso, padrões preestabelecidosquantitativamente e incluem-se constantes reformulações por parte de educadorese educandos. É verdade que um relatório de observações e produções pode garantiro resultado eficaz desse tipo de avaliação.19


SUGESTÕES DE TEXTOSOs textos a seguir foram escritos por especialistas sobre temas referentes aos estudosde Geografia.A Geografia: pesquisa e ensino20Nídia Nacib Pontuschka[...]O TRABALHO PEDAGÓGICO NA DISCIPLINA ESCOLAR GEOGRAFIAComo encaminhar um trabalho pedagógico na disciplina Geografia que permitaao aluno assumir posições diante dos problemas que enfrenta ou enfrentará no âmbitoda família, do trabalho, da escola e de qualquer instituição da qual participe oude que poderá vir a participar, aumentando o nível de consciência a respeito de suasresponsabilidades e de seus direitos sociais?De que maneira o professor especialista em Geografia poderá integrar-se aoscompanheiros para realizar um trabalho pedagógico de relevância para o próprioestudante? Alguns aspectos merecem ser destacados:O DOCENTE DOMINA O CONHECIMENTO GEOGRÁFICO A SER ENSINADOEssa é a primeira condição para que o professor desempenhe bem o seu papel.No entanto, o modelo que definia apenas a competência do professor pelo saber acadêmicoestá superado, pois há necessidade de outras competências para desenvolverbem a sua prática pedagógica. Conhecimentos na área da psicologia de aprendizagem,da psicologia social, da história da educação, da história da disciplina geográfica,de linguagens e métodos a serem utilizados em sala de aula. Tudo isso deve fazerparte do acervo cultural e profissional do professor de Geografia.O trabalho do professor do ensino fundamental e médio é complexo, pois, alémde realizar a leitura do espaço geográfico, ou dos espaços geográficos, precisa fazera leitura da realidade específica de seus alunos e daquilo que eles conhecem sobre oespaço geográfico; compreender de onde se originaram seus conhecimentos e suasrepresentações, frutos da vivência, do senso comum. Que conhecimentos podem setraduzir em “não conhecer” ou falso conhecimento. Só então o professor estará aptoa propor problemas desafiadores de caráter geográfico para a ânsia de conhecimentoque a criança e o adolescente possuem mas que, muitas vezes, não têm a oportunidadede externar na escola, em decorrência dos métodos passivos utilizados pelo docente.Faz-se necessário questionar os conteúdos geográficos que estão sendo ensinadose os métodos utilizados perguntando-se sempre se o saber transmitido está realmentea serviço do estudante. Em relação a esse aspecto do ensino-aprendizagem da Geografia,devemos estar sempre atentos:[...] problematizar os conhecimentos que servem de referência para o saber a serensinado. O saber deve ser bem compreendido como um “construto” em contínuaconstituição e redefinição, entendido como um produto histórico elaborado. O do-


cente de Geografia deve ser capaz de mostrar como esse saber inscreve-se em umaproblemática bem definida. 1O conhecimento produzido na universidade, fundamentado em pesquisas decampo, de laboratório, bibliográficas e dominado pelo professor deve constituir oinstrumental teórico a ser elaborado, re-criado para transformar-se em saber escolar,ou seja, em saber a ser ensinado:[...] o saber que se torna objeto de ensino na escola não é o saber universitáriosimplificado, é um saber transformado, recomposto, segundo um processo que tratade dominar ao máximo, evitando simplificações que deformam os conhecimentos ouque provocam desvios. 2As escolhas devem ser feitas no universo de conhecimentos estudados na universidadee a necessidade de levar em conta a estrutura da própria disciplina, de revere produzir um outro saber que considere a essência do pensamento geográfico eestudá-lo em sua essência com o público específico de alunos, considerando as faixasetárias e as classes sociais a que os alunos pertencem, além das condições culturaise econômicas:A transposição leva em conta a essência da estrutura da disciplina, de suas noçõese conceitos estruturantes, de suas escolhas metodológicas e das exigências de seadaptar a linguagem ao público endereçado, escolhendo as situações problemas e onível de complexidade das soluções. 3DOMÍNIO DO MÉTODO DE CONSTRUÇÃO DA GEOGRAFIAO domínio do método do geógrafo e das técnicas mais utilizadas é condição indispensávelpara que o estudante possa construir o conhecimento geográfico. O docentede Geografia precisa propor atividades para desenvolver o raciocínio geográfico emalunos de 1 ọ e 2 ọ graus: como pensar o espaço geográfico, como dialogar com esseespaço a partir de referenciais apreendidos na pesquisa. O aluno precisa apropriar--se dos métodos de análise do espaço geográfico conhecidos e desenvolvidos pelosgeógrafos. O domínio desses métodos por parte dos estudantes do ensino fundamentale médio permite a compreensão de espaços diferentes dos estudados no âmbitoescolar. O estudante apreende métodos de análise que podem ser aplicados a outrosespaços em um mesmo tempo ou a espaços diferentes em outros tempos.Há críticas às propostas curriculares prontas e até mesmo fechadas, pois o professor,ao desenvolver seu trabalho pedagógico com a Geografia, pode estar construindoo currículo na sala de aula e na escola junto aos docentes e alunos:[...] sendo assim, a Geografia não deve ser ensinada como mera transmissão deprogramas já prontos, em geral fragmentados e planejados arbitrariamente.As condições de existência dos próprios alunos e seus familiares são ponto departida e de sustentação que podem garantir a compreensão do espaço geográfico,1MARECHAL, Jean. La Professionalité de l’enseignante: nouveau Sésame pour le systeme éducatif? “La formation aux Didactiques”.INPR - Cinquième Rencontre Nationale sur les Didactiques de La Géographie, des Sciences Sociales. Paris: INPR,Mars, 1990. p. 40.2Idem, ibidem, p. 47.3Idem, ibidem, p. 48.21


dentro de um processo que vai do particular ao geral e retorna enriquecido ao particular.Enfim, propiciar aos alunos a vivência de um método de trabalho que possa serusado em diferentes situações, para que eles, gradativamente, adquiram autonomi<strong>ano</strong> processo de produção do conhecimento, é um aspecto importante que o educadordeve buscar.CONHECIMENTO DE DOCUMENTOS E LINGUAGENS APLICADOS À APREEN-SÃO DO CONHECIMENTO GEOGRÁFICOO professor precisa dominar os documentos diversificados que sustentaram aconstituição do saber geográfico e lhe deram validade científica: desde as pesquisasempíricas, os inventários, os vídeos e a sua divulgação pelos geógrafos responsáveispela história da ciência geográfica, até o instrumental utilizado na produção desse conhecimento,desde os mais convencionais, como o mapa, a carta geográfica, o gráficoe a tabela, até os mais recentes, como os levantamentos dos espaços territoriais feitospor sensoriamento remoto e os recursos oferecidos pela informática, que já começama se expandir como auxiliares da pesquisa geográfica.A utilização de diferentes linguagens na Geografia (obras literárias, cinema, vídeos,fotografias) pode auxiliar na compreensão e crítica da produção do espaço, se o seuuso como mera ilustração for superado.A QUESTÃO DAS ESCALASA consciência da importância da escala em que se trabalha em Geografia é fundamental.Não se consegue trabalhar em apenas uma escala ou, se isso acontecer, oprofessor terá dificuldade de contribuir para a compreensão da totalidade da problemáticaespacial. Se ele estiver trabalhando na escala mundial, sem correlação comos problemas espaciais que dizem respeito ao cotidi<strong>ano</strong> do aluno, o estudo da Geografiapode permanecer abstrato, e o estudante não terá condições de compreenderseu próprio espaço. Se, ao contrário, estudar o espaço geográfico da cidade ou dobairro em que mora e desconsiderar a relação com espaços de dimensões maiores,chegará a explicações restritas, insuficientes para a compreensão da totalidade daqueleespaço.O professor precisa ter consciência da escala em que está produzindo a Geografiacom seus alunos: local, regional, nacional ou internacional, pois, como vivemos emuma sociedade desigual do ponto de vista social e econômico, esse aspecto torna-seimportante, já que cada parcela do espaço geográfico não se explica por si mesma.O estudo de qualquer parte da realidade não deve se restringir aos seus limites, masestar inserido no interior de um contexto maior, que é social, político, econômico eespacial.Desse modo, o jogo racional das escalas é importante para a compreensão entreos fenômenos sociais da mesma escala e a sua articulação com escalas de outras dimensões.A LEITURA ANALÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICOO educador precisa saber realizar a leitura analítica do espaço geográfico e chegarà síntese, criando situações no interior do processo educativo para favorecer as22


condições necessárias ao entendimento da Geografia como uma ciência que pesquisao espaço construído pelos homens, vivendo em diferentes tempos, considerando oespaço como resultado do movimento de uma sociedade em suas contradições e nasrelações que estabelece com a natureza nos diversos tempos históricos.A BUSCA DA INTERDISCIPLINARIDADEUm último aspecto a ser lembrado refere-se à busca da interdisciplinaridade, oque requer mudança na postura do professor de Geografia em relação a um trabalhoque o aproxime das demais disciplinas, o que pode permitir o aprofundamento dasnoções e conceitos básicos sobre o espaço geográfico. [...]PONTUSCHKA, Nídia Nacib. A Geografia: pesquisa e ensino. In: CARLOS, A. F. A. (Org.). Novos caminhos daGeografia. São Paulo: Contexto, 2005.[...]Pensar por conceitos geográficos23Marcos Antônio Campos CoutoPara Milton Santos (2004), o meio geográfico é um meio de vida, um híbrido dematerialidade e relações sociais, uma realidade objetiva. Mas tal meio, compreendidocomo espaço geográfico, é produto da história, pois é a cristalização “da experiênciapassada, do indivíduo e da sociedade, corporificadas em formas sociais [espaço]e, também, em configurações espaciais [território] e paisagens” (o prático-inerte deSartre) (Santos, 2004:317). Daí derivam suas categorias básicas: o espaço (o mesmoque espaço geográfico e espaço banal ou meio geográfico e meio técnico-científico--informacional), o território e a paisagem. Espaço é materialidade e relações sociais,território é domínio sobre a materialidade e, ao mesmo tempo, resultante do domínionas relações sociais, e paisagem é o que apresenta ou mostra as diferenças morfológicasentre os espaços, territórios, lugares. Além de meio de vida, de um híbrido dematerialidade e relações sociais, de produto e condicionante da história, o espaço seconverte em um dado da regulação da história. Técnica é produção, ação social (relaçõessociais e normas de conduta), discurso e, também, território. O conteúdo cadavez mais técnico (racional) dos objetos e das ações e, consequentemente, do território,é exigente de um discurso que os organize e de normas de conduta e de açõesque efetivem seus fins: atividades codificadas, motivações, constrangimentos, ordem,regras de ação e de comportamento. Essas normas, oriundas do endurecimento organizacionalresultante da técnica, se impõem aos processos produtivos, à circulação deprodutos, serviços e informações, ao processo contábil, à planificação e à previsão,às relações sociais, ao consumo, aos modos de vida, aos Estados. Por isso elas são,simultaneamente, técnicas e políticas, pois transmitem uma ordem imposta, a serviçodos atores hegemônicos. Todas essas características fazem do conteúdo técnico doespaço um regulador da história. O espaço – bem como o território – conforma-secomo arranjo espacial e como frações: a rede, o lugar, a região, a área, a zona, acidade, o campo, o bairro, o Estado-nação, o continente, o mundo. Escalas da açãohumana e da organização do espaço são frações limites dos domínios territoriais.Mas a existência do mundo se dá nos lugares. O lugar é a materialidade das coisase a objetividade da sociedade. Lugar é espaço e território, não apenas como uma de


suas frações ou de seus recortes, mas como sua existência concreta, como realidadee efetividade histórica, real, cotidiana, próxima.Para Moreira (2002), a relação homem-meio é o eixo epistemológico fundamentalque, na Geografia, estrutura-se ou assume a forma do espaço, do território e da paisagem.A esses responsáveis pela constituição e conceituação do espaço e, consequentemente,do território e da paisagem, o autor acrescenta os princípios da lógica geográfica:a localização, a distribuição, a conexão, a distância, a delimitação e a escala.Assim, tudo começa pela criação do espaço pelos princípios lógicos: localização quese converte em distribuição, conexão que se converte em distância, delimitação quese converte em recorte espacial e em escala. Território é o recortamento do espaçoem âmbitos de domínio, e paisagem é o pl<strong>ano</strong> visual da percepção dos recortamentosterritoriais do espaço. Nessa interpretação, o espaço se desdobra nos seus princípioslógicos, o território se desdobra nas categorias de região, lugar, rede, e a paisagem sedesdobra nas categorias da configuração e do arranjo.COUTO, M. A. C. Pensar por conceitos geográficos. In: CASTELLAR, S. V. C. (Org.). Educação geográfica: teorias epráticas docentes. São Paulo: Contexto, 2005.Ensino de Geografia e diversidade[...]Lana de Souza CavalcantiA CONCEPÇÃO SOCIOCONSTRUTIVISTA DO ENSINO DE GEOGRAFIAQuando o professor defronta-se com a realidade da Geografia escolar e reflete sobreela, pode distinguir dois tipos de práticas, uma que é instituída, tradicional; outraque são as práticas alternativas, que já é realidade em muitos casos. De um lado, umaprática marcada por mecanismos conhecidos de antemão: a reprodução de conteúdos,a consideração de conteúdos como inquestionáveis, acabados, o formalismo, overbalismo, a memorização. De outro, algumas experiências e alguns encaminhamentosque começam a ganhar consistência, fundamentados, em muitos casos, em visõesconstrutivistas de ensino.Por meio da visão socioconstrutivista, considera-se o ensino a construção de conhecimentospelo aluno. A afirmação anterior é a premissa inicial que tem permitidoformular uma série de desdobramentos orientadores para o ensino de Geografia: oaluno é o sujeito ativo de seu processo de formação e de desenvolvimento intelectual,afetivo e social; o professor tem o papel de mediador do processo de formação doaluno; a mediação própria do trabalho do professor é a de favorecer/propiciar a interação(encontro/confronto) entre o sujeito (aluno) e o seu objeto de conhecimento(conteúdo escolar). Nessa mediação, o saber do aluno é uma dimensão importantedo seu processo de conhecimento (processo de ensino-aprendizagem).Em outros textos de minha autoria, tenho procurado explicitar o entendimento desocioconstrutivismo que tem orientado meus estudos, consciente de que não há umaconcepção única dessa proposta, como esta que se encontra em Cavalcanti 4 :4CAVALCANTI, Lana de Souza. Ensino de Geografia e diversidade. Construção de conhecimentos geográficos escolares eatribuição de significados pelos diversos sujeitos do processo de ensino. In: CASTELLAR, Sônia (Org.). Educação geográfica:teorias e práticas. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2006. p. 66-8.24


A perspectiva socioconstrutivista [...] concebe o ensino como uma intervenção intencionalnos processos intelectuais, sociais e afetivos do aluno, buscando sua relaçãoconsciente e ativa com os objetos de conhecimento [...]. Esse entendimento implica,resumidamente, afirmar que o objetivo maior do ensino é a construção do conhecimentopelo aluno, de modo que todas as ações devem estar voltadas para sua eficáciado ponto de vista dos resultados no conhecimento e desenvolvimento do aluno. Taisações devem pôr o aluno, sujeito do processo, em atividade diante do meio externo,o qual deve ser “inserido” no processo como objeto de conhecimento, ou seja, o alunodeve ter com esse meio (que são os conteúdos escolares) uma relação ativa, umaespécie de desafio que o leve a um desejo de conhecê-lo.Seguindo esse entendimento, um dos desafios para os professores, no papel quelhes cabe nesse processo, é o de desenvolver atividades em sala de aula considerandoa escola um lugar de cultura, de encontro de culturas. Trata-se do entendimentode que a escola lida com a cultura, no interior da sala de aula e nos outros espaçosescolares. De acordo com Forquin (1993), na escola circulam basicamente três tiposde culturas, a cultura escolar, a cultura da escola e a cultura dos agentes. A culturaescolar, que é uma seleção do repertório cultural da humanidade; a cultura da escola,que são os ritmos, a linguagem, as práticas, os comportamentos desenvolvidos nocotidi<strong>ano</strong> da escola, e a cultura dos agentes, que é o conjunto de saberes e práticasconstruído pelos professores, alunos e outros que atuam nesse espaço, em sua experiênciacotidiana, dentro e fora da escola.O entendimento da escola como lugar de culturas implica que o conteúdo dasdiferentes matérias escolares e os procedimentos por elas adotados levam em contaa cultura dos agentes, a cultura escolar, o saber sistematizado, a cultura da escola.Mas, especialmente, quero destacar aqui a necessidade de se pensar o ensino e amediação pedagógica tendo como parâmetros a cultura dos alunos e de cada alunoem particular, contemplando, nesse sentido, sua diversidade. Pode-se entender queessa diversidade vai além do conjunto de conhecimentos, valores, significados queos alunos carregam consigo, pois diz respeito também à diferença de estilos, ritmos ecapacidades individuais internas de aprendizagem. Sem dúvida, essas também devemser contempladas no encaminhamento das atividades na escola, porém, neste ensaio,tenho a intenção de abordar a diversidade cultural dos alunos, entendendo que, deuma forma ou de outra, ela expressa um conjunto de diferenças significativo dessessujeitos do processo de aprendizagem escolar.Nesse sentido, é relevante, ainda que não suficiente, para os professores de Geografiaenfrentar o desafio de se considerar, entre outras, a “cultura geográfica” dosalunos. Na prática cotidiana, os alunos constroem conhecimentos geográficos. É precisoconsiderar esses conhecimentos e a experiência cotidiana dos alunos, suas representações,para serem confrontados, discutidos e ampliados com o saber geográficomais sistematizado (que é a cultura escolar).CAVALCANTI, Lana de Souza. Ensino de Geografia e diversidade. In: CASTELLAR, S. V. C. (Org.). Educaçãogeográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo: Contexto, 2006.25


Pl<strong>ano</strong> de cursoOferecemos a seguir, para auxílio, um pl<strong>ano</strong> de curso com a distribuição do conteúdopor semestre.1 ọ bimestre 2 ọ bimestre 3 ọ bimestre 4 ọ bimestreGeografia O Brasil, nossopaísSugestão para2 ou 3 aulassemanais• O Brasil: nossapátria• O Brasil é suarepresentaçãoO que é um mapa?A escalaA legendaA rosa dos ventos• Nosso endereçona TerraO Brasil no globoterrestreO Brasil nomapa-múndi e noplanisférioO Brasil nocontinenteameric<strong>ano</strong>O Brasil nasimagens de satéliteRetratos dopovo brasileiro• Quem são osbrasileiros?Os indígenasOs afric<strong>ano</strong>sOs europeusOs imigrantes• O cidadãobrasileiro• A populaçãobrasileira• Onde vivem osbrasileiros?(p. 40 a p. 81)As paisagens que anatureza construiue as pessoasmodificaram• Os elementos daspaisagens• As formas do relevobrasileiroComo surgiram asformas de relevo?• As águas daspaisagens• As mudanças notempo atmosférico e aspaisagens• As plantas daspaisagens brasileirasA vegetação nativa doBrasil(p. 82 a p. 135)As regiões brasileiras• A regionalização do Brasil• Região NorteDivisão política e populaçãoRegião Norte: paisagem naturalRegião Norte: ocupação humanaAs várias amazônias• Região NordesteDivisão política e populaçãoRegião Nordeste: paisagem naturalRegião Nordeste: ocupaçãohumana• Região Centro-OesteDivisão política e populaçãoRegião Centro-Oeste: paisagem naturalRegião Centro-Oeste: ocupação humana• Região SudesteDivisão política e populaçãoRegião Sudeste: paisagem naturalRegião Sudeste: ocupação humana(p. 6 a p. 39)• Região SulDivisão política e populaçãoRegião Sul: paisagem naturalRegião Sul: ocupação humana(p. 136 a p. 189)26


coMenTÁrIos e sugesTõesde aTIVIdadesEstudar Geografia nos primeiros <strong>ano</strong>s escolares permite aos alunos a reconstrução e asistematização de noções de espaço vivenciadas concretamente antes de entrar na escola,além de situá-los em relação ao lugar onde vivem e levá-los a compreender as paisagensao seu redor. As relações com outras crianças e com os adultos também fazem parte dess<strong>ano</strong>ção ampliada de espaço.A ação das pessoas em sua apropriação dos espaços e da natureza, bem como a produçãono campo e na cidade, a construção de estradas, o crescimento das populações, os deslocamentose até a produção de resíduos sólidos serão conteúdos de trabalho nesta área.O objetivo é proporcionar aos alunos, em cada nível de desenvolvimento, o estabelecimentode relações entre os acontecimentos à sua volta e em lugares distantes deles, umareorganização das experiências e expectativas em relação ao território em que vivem. Comesses saberes, os alunos podem olhar de maneira mais crítica para o lugar onde vivem,problematizar questões, ampliar e generalizar conhecimentos para construir as própriasconcepções sobre a natureza e a sociedade.UNIDADE 1o Brasil, nosso paísNesta unidade vamos estudar o que caracteriza uma nação, a identidade cultural de umpovo e o conceito de país. Ampliaremos as técnicas utilizadas para a elaboração de mapas:legenda, escala e rosa dos ventos. Por meio de diferentes representações do Brasil e suadivisão política, estudaremos a localização de nosso país no continente americ<strong>ano</strong> e noplanisfério, bem como os estados e as capitais que o compõem. PALAVRAS-CHAVE: Estados – capitais – nação – pátria – identidade cultural – país– planisfério e continentes.roteiro de TrabalhoO ensino da cartografia é aprofundado por meio da leitura de mapas e imagens de satélite.A familiarização com mapas de diversas escalas permite a visualização de detalhes e elementosgeográficos distintos. Com base no conhecimento dos limites territoriais, os alunosidentificam o Brasil no globo terrestre e no continente americ<strong>ano</strong>. Os conceitos de nação,identidade nacional e cidadania serão abordados com destaque para as manifestações culturais;por isso, nesse momento, é importante resgatar informações prévias e estimular odebate.27


Capítulo 1O Brasil: nossa pátriaConteúdosObjetivosCompetências(capacidadese habilidades)Trabalhos interdisciplinarese transversaisDocumentosutilizadosPaís, território,nação.Construir oconceito depaís.Argumentar.Registrar.Sintetizar.Pluralidade cultural.Língua Portuguesa.ConstituiçãoBrasileira.Imagens dopovo brasileiro.Resgate com os alunos os conhecimentos prévios sobre nação, país e território. Proponhaaos alunos uma atividade de entrevistas com pessoas da escola e da família e façamuma listagem do que representa a identidade nacional.Trabalhando com a interdisciplinaridadeLíngua PortuguesaDepois da colagem sobre o Brasil (proposta em “O Brasil, nossa pátria”) e da exploraçãodas atividades relacionadas ao tema “ser brasileiro”, proponha aos alunos que montemuma “colagem escrita” que represente também a imagem que eles criaram. Para isso, cadaqual deve escrever em uma tira de papel algo que complete a frase:SER BRASILEIRO É...Monte um texto coletivo com essas frases e proponha uma leitura compartilhada dotexto.Trabalhando com a interdisciplinaridade e a transversalidadePluralidade cultural e Língua PortuguesaDiversidade linguística no BrasilDepois da leitura do texto “O Brasil: a nação, o país, o território”, seria interessante discutiralgum dos itens que representam a identidade cultural de uma nação: a língua.O Brasil é um país que tem uma língua oficialmente reconhecida, que é o português, faladopela imensa maioria de seus habitantes. Os colonizadores portugueses trouxeram parao Brasil a cultura e a Língua Portuguesa, que foi enriquecida com vocábulos e locuçõesnovas; adquirimos outra pronúncia. Além de recebermos influência das línguas indígenase africanas, também estão presentes em nossa língua alguns vocábulos do Oriente e deoutras línguas europeias.Alguns exemplos:• indígena: muitos nomes de lugares, utensílios, alimentos, flora e fauna, como: Manhumirim,pororoca, Iracema, tatu, abacaxi;• africana: macumba, cachaça, moleque, quindim, jiló, cochilo, tanga;28


• árabe: álcool, algarismo, café, oxalá, alfaiate;• francesa: abajur, champanhe, manchete, omelete, chique;• inglesa: clube, xampu, estresse, futebol, gol, short.Proponha aos alunos que pesquisem palavras de origens diversas que utilizamos emnossa língua e que depois as reúnam num glossário.Outra atividade interessante é pesquisar sobre outros países que também têm o Portuguêscomo língua oficial: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial,Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste, Macau (China).Proponha aos alunos que pesquisem três curiosidades sobre esses países e compartilhemcom a classe.Sites sugeridos:Capítulo 3Nosso endereço na TerraConteúdosObjetivosCompetências(capacidades ehabilidades)Trabalhosinterdisciplinarese transversaisDocumentosutilizadosRepresentaçõescartográficas:globo terrestre,mapa-múndi,planisfério eimagem desatélite.Localizaçãogeográfica doBrasil.Identificar, em um mapa,a divisão política doBrasil, destacando osestados e suas capitaise o Distrito Federal.Reconhecer astécnicas cartográficasfundamentais naelaboração de mapas:a legenda, a escala, arosa dos ventos.Observar.Interpretar.Identificar.Imagens.Mapas.Jogos.Imagens desatélite.Localizar o Brasil nocontinente americ<strong>ano</strong>,no planisfério, no globoterrestre.Trabalhar com imagensde satélite.Conhecerdiferentes formasde representaçãocartográficas.29


Ao introduzir a representação do mundo no planisfério, chamar a atenção dos alunospara a palavra planisfério: ela foi composta das palavras pl<strong>ano</strong> e esfera. Incentivar os alunosa procurar no dicionário a palavra hemisfério. Explicar que essa palavra foi compostade hemi, que quer dizer metade, em grego, e esfera.Propor aos alunos procurar no planisfério e escrever:• o nome de um país do Hemisfério Norte;• o nome de um país do Hemisfério Sul;• o nome de um país do Hemisfério Ocidental;• o nome de um país do Hemisfério Oriental.Dividir a classe em dois grupos e organizar uma gincana de perguntas e respostas sobreo item anterior.Trabalhando com a interdisciplinaridadelíngua PortuguesaUma das atividades sugeridas nesta unidade é pedir aos alunos que busquem notíciassobre diferentes países. Vale aprofundar a análise do gênero jornalístico.notíciaO jornal surgiu junto com o crescimento e a urbanização das cidades. Muitas das coisasque acontecem no mundo podem ser acompanhadas pelos jornais.• Os alunos vão buscar notícias sobre algum país escolhido.• Estimule os alunos a discutir questões como: O que é uma notícia? Por que um fato énoticiado em um jornal? O que virou notícia no mundo esta semana?Notícia – Texto informativo jornalístico que relata um fato atual, verídico e de interessepúblico. Toda notícia tem como objetivo responder às perguntas: O quê?, Quem?, Quando?,Onde?, Como?, Por quê? (os elementos da notícia).• Amplie as discussões com a leitura das notícias trazidas por eles. Peça aos alunos queregistrem os elementos da notícia que aparecem no texto• Chame a atenção para o tipo de linguagem utilizada em notícias – clara, direta e objetiva.Outro aspecto relevante a ressaltar é a concisão das manchetes, que raramentefazem uso de artigos, adjetivos ou advérbios.UNIDADE 2retratos do povo brasileiroNesta unidade abordaremos os aspectos que compõem a população brasileira, sua diversidadeétnica e influência cultural de povos indígenas, dos afric<strong>ano</strong>s e dos europeus emnosso país. Discutiremos o conceito de cidadania e os direitos e deveres do cidadão. Pormeio da leitura de mapas, gráficos e tabelas aprofundaremos os conceitos da ocupaçãoterritorial brasileira, assim como os deslocamentos da população dentro do país. PALAVRAS-CHAVE: diversidade cultural – cidadania – densidade demográfica –migração.30


Roteiro de trabalhoEste tema permite fazer um trabalho em conjunto com as disciplinas de História e LínguaPortuguesa. A unidade explica a origem dos principais grupos culturais quando chegaramao Brasil e apresenta mapas dessa distribuição populacional ao longo da história. Achegada do imigrante indica uma mudança significativa na política externa e organizaçãodas cidades; aproveite para aprofundar mais o tema trazendo exemplos da mídia sobre osnovos fluxos populacionais. Ou seja, o movimento migratório dentro do próprio Brasil,atualmente.Capítulo 1Quem são os brasileiros?ConteúdosObjetivosCompetências(capacidades ehabilidades)Trabalhosinterdisciplinarese transversaisDocumentosutilizadosDiversidadeétnica dapopulaçãobrasileira.Identificar osgrupos hum<strong>ano</strong>sque compõem apopulação brasileira.Reconhecer aimportância damigração naformação dapopulação brasileira.Observar.Identificar.Interpretar.Comparar.Sintetizar.Argumentar.Registrar.Pluralidade cultural.Língua Portuguesa.Imagens.Questionário.Mapas.Tabelas.Gráficos.Comentar com os alunos como a origem do povo brasileiro é variada, mas que,apesar disso, o povo que vive no Brasil se reconhece, se identifica e se comporta comobrasileiro. Não são só as diferenças de origem que influenciam as tradições e os costumesdo povo brasileiro. As condições ecológicas e econômicas também interferem. Anatureza tem um papel importante no modo de vida das pessoas. Questione os alunosse o Hino Nacional representa todas as nações que vivem no mesmo país; explique queos povos indígenas têm outros “hinos” e canções que os representam.Trabalhando com a interdisciplinaridade e a transversalidadePluralidade cultural e Língua PortuguesaOs textos prescritivos – Receita culináriaAssim como outros elementos, a culinária também tem uma forte influência na culturade um povo. Muitas são as receitas que enchem os pratos dos brasileiros e cuja origem vemdos mais diversificados povos que constituem o nosso Brasil. Conhecer um pouco maissobre o assunto é uma maneira prazerosa de conhecer-se e identificar-se com o seu país.31


• Tomando como ponto de partida para esta atividade, vamos levar em conta os trêsgrupos abordados no capítulo: indígenas, negros e europeus.• Divida a classe em quartetos. Cada um escolherá um dos grupos (indígenas, negrose europeus) para pesquisar receitas culinárias que tenham a influência desses povos.Eles podem entrevistar parentes ou vizinhos que possam ter alguma informação sobreo tema.• Com o material em mãos, eles vão elaborar as receitas para montar um livro de culináriada classe. É interessante abordar a estrutura desse tipo de texto: listagem deingredientes e modo de fazer. Chame a atenção para os tempos verbais na descriçãode como fazer o prato: uso de verbos no infinitivo ou no modo imperativo.• Por fim, peça aos alunos que ilustrem suas receitas e monte um livro. Caso seja possível,seria interessante que todos tivessem uma cópia.Trabalhando com a interdisciplinaridadeLíngua PortuguesaNessa unidade há uma sugestão de produção de uma reportagem. É interessante fazer arelação entre notícia e reportagem ampliando o conhecimento dos gêneros que compõemum jornal.ReportagemOs gêneros jornalísticos são classificados de acordo com características únicas que osdistinguem dos outros. Acontece que determinados gêneros, quando comparados, possuemdiferenças tão pequenas que acabam sendo confundidos, e é exatamente isso queacontece com a notícia e a reportagem. A notícia relata um fato; já a reportagem desenvolveum tema. A notícia é imediatista e tem como fator determinante o tempo dependentesempre de um fato novo; a reportagem é produzida a qualquer momento oportuno. Otexto que compõe uma reportagem requer uma pesquisa mais aprofundada e abrangentesobre o tema desenvolvido.Escrevendo uma reportagemOs alunos deverão pesquisar informações sobre o imigrante que escolheram para entrevistar.Para ampliar a pesquisa, eles devem procurar em livros, jornais, revistas e na internetoutras informações sobre o país de origem do entrevistado. Feito isso, devem organizarseus dados em uma reportagem, respeitando a estrutura do gênero:• Abertura: um ou dois parágrafos apresentando o tema “Imigrantes no Brasil”.• Desenvolvimento: descrição dos pontos fortes relatados pelo entrevistado e as característicasdo seu país de origem. Cada item pode constituir uma retranca.Retranca – Dentro de uma reportagem, as retrancas são subdivisões do texto.• Fechamento: um parágrafo de finalização que pode falar das contribuições dos imigrantesrelatadas no desenvolvimento e dicas de livros e sites que contenham maisinformações sobre o tema.32


Capítulo 2O cidadão brasileiroConteúdosObjetivosCompetências(capacidades ehabilidades)Trabalhosinterdisciplinarese transversaisDocumentosutilizadosPrincipaisdocumentosque garantem acidadania.Direitos e deveres.Conceito decidadão ecidadania.Observar.Identificar.Interpretar.Comparar.Sintetizar.Argumentar.Registrar.Ética e cidadania.Meio ambiente.Imagens.Questionário.Texto literário.Este capítulo trata sobre o que é cidadania no Brasil e quais os principais documentosque poderão garantir os direitos políticos e como cidadão. Peça aos alunos que produzamum trabalho artístico com o tema, como a elaboração ou pesquisa de poemas e músicas.Trabalhando com a transversalidadeÉtica e cidadania e Meio ambienteSer cidadão• Abrir a unidade pedindo aos alunos que escrevam no caderno três palavras que expliquemou representem para eles o que é ser cidadão.• Escrever as palavras escolhidas pelos alunos na lousa. Discutir com eles o significadode cada uma. Relacionar tais palavras ao conceito de cidadania.• Para ampliar a discussão é importante levantar algumas questões: Qual a relação entreser cidadão e os temas: solidariedade, cooperação, responsabilidade social, cuidadoscom o meio ambiente? Que atitudes em nosso cotidi<strong>ano</strong> estão ligadas à cidadania?Como é possível exercer a cidadania na escola? E em casa?• Fazer um levantamento dos pontos principais da discussão.• Pedir aos alunos que escolham algumas ações cotidianas que colaborem com o exercícioda cidadania para o bem comum e montem cartazes para espalhar pela escola(utilizar como referência para a lista dessas ações a leitura do poema “Cidadania équando...”, que está na página 60 do livro do aluno.Cidadania – Conceito que envolve a relação entre direitos e deveres dos indivíduos dianteda coletividade. Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos. Direitos à vida,à liberdade, à propriedade, à igualdade, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Cidadaniapressupõe também deveres. O cidadão tem de estar consciente de suas responsabilidadesenquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a nação,o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição.33


UNIDADE 3as paisagens que a naturezaconstruiu e as pessoas modificaramNesta unidade ampliaremos o conceito dos elementos que constituem a paisagem eas transformações dessas paisagens demandadas pela necessidade humana. Estudaremosformas que compõem o modelado da paisagem do território brasileiro por meio do aprofundamentode conceitos geográficos, como relevo, vegetação, clima e hidrografia. Discutiremostambém alguns problemas ambientais ligados à ocupação humana.PALAVRAS-CHAVE: paisagem – elementos construídos pelo homem – clima –vegetação – relevo – hidrografia e problemas ambientais.roteiro de trabalhoA unidade aprofunda os conteúdos elementares que o aluno aprendeu de forma gradualao longo do Ensino Fundamental I: o relevo e o entendimento das causas que provocamdeterminadas formas na paisagem; a vegetação e leitura crítica a respeito dos impactosambientais e as consequências sobre a biodiversidade; ampliar o conhecimento acerca dostermos geográficos que nomeiam os elementos das paisagens litorâneas. Todos os conteúdosjá foram apresentados anteriormente aos alunos, contudo, esta unidade permite oresgate e o desenvolvimento de um trabalho mais crítico e o pensar de forma integrada oselementos de uma paisagem.Capítulo 1Os elementos das paisagensConteúdosObjetivosCompetências(capacidades ehabilidades)Trabalhosinterdisciplinares etransversaisDocumentosutilizadosPaisagenscriadas pelanatureza epaisagenscriadas peloshomens.Reconhecer,em fotos,diferentes tiposde paisagensbrasileiras,evidenciando oscomponentesnaturais e oscomponenteshumanizadosque fazem partedelas.Observar.Identificar.Interpretar.Comparar.Sintetizar.Argumentar.Registrar.Língua Portuguesa.Arte.Imagens.Questionário.Fotos aéreas.34


Para abrir o capítulo, é possível selecionar imagens de lugares conhecidos do Brasil:lagoa do Abaeté, Pão de Açúcar, Cristo Redentor, estádio do Maracanã, Avenida Paulista,Teatro Municipal de Manaus, Mercado Ver-o-Peso, em Belém, entre outros. Sugira aos alunosque falem de lugares e paisagens que também conheçam. Retomando os conceitos dacomposição de uma paisagem, discuta com eles quais eles reconhecem nessas paisagens.Trabalhando com a interdisciplinaridadeLíngua Portuguesa e ArteLinguagem verbal e não verbal – FotojornalismoAmpliando a discussão sugerida da seção “Ação” sobre o estudo das fotos pelos geógrafos,seria interessante trabalhar com fotos impressas em jornais e revistas, o que chamamosde fotojornalismo. Dizem que a boa foto jornalística é aquela que já comunica antes mesmoda manchete ou da legenda; por isso, os jornais de hoje em dia, especialmente, em suasprimeiras páginas, priorizam tanto a imagem.Fotojornalismo – Disciplina do jornalismo. É quando a fotografia é tiradaespecificamente para ser publicada num meio de comunicação social.Elas são partes integrantes de notícias, reportagens e entrevistas, entreoutros.O fotojornalismo surgiu no final do século XIX, ligado à reportagem deguerra.É possível trabalhar com esse assunto em duas etapas:Atividade 1 – Analisando a primeira página de um jornal• Distribua diferentes exemplares de um mesmo jornal para cada dupla de alunos.Como a primeira página de um jornal contém diversos elementos, é importante quesejam explorados.• Discuta com os alunos: o nome, a data, o local e a manchete do jornal (o assuntode maior destaque). As imagens e as legendas. Na primeira página de um jornal, hávários títulos de notícias. Qual deles está escrito com letras bem grandes? Por queo redator do jornal escolhe o título de uma reportagem para ser escrito na primeirapágina e com letras grandes? Há imagens na primeira página do jornal? Para que elasservem? Qual a legenda das imagens? Para que servem? Há textos na primeira página?Eles estão completos? O que relatam?• Faça um levantamento dos elementos que compõem a primeira página do jornal esuas funções: imagens, manchetes e chamadas, e peça aos alunos que registrem asconclusões da discussão no caderno.“Chamadas” de primeira página em jornais – São textos curtos que resumem as informaçõespublicadas a respeito de algum assunto. Além disso, indicam a página onde se encontraa notícia completa.35


Atividade 2• Peça aos alunos que recolham uma imagem de jornal com sua respectiva manchete.Eles devem recortar a manchete, separando-a da foto, e colar cada qual em um pedaçode papel.• Apresente primeiro as fotos aos alunos e peça que identifiquem o que ela informa.• Organize as fotos em um mural e distribua as manchetes aos alunos, atentando paraque cada um receba um título diferente do que trouxe. Peça que relacionem a foto àmanchete correspondente.• Por fim, peça que cada um redija uma chamada de jornal sobre sua foto e manchete.Capítulo 3As águas da paisagemConteúdosObjetivosCompetências(capacidades ehabilidades)Trabalhosinterdisciplinarese transversaisDocumentosutilizadosHidrografia e litoral.Perceber asdiferentes formasque compõemo modelado dapaisagem dolitoral brasileiro.Observar.Identificar.Interpretar.Comparar.Sintetizar.Argumentar.Meio ambiente eÉtica e cidadania.Imagens.Questionário.Mapas.Registrar.Através de fotos do litoral brasileiro os alunos identificam os acidentes geográficos,representados na ilustração da página 111. O tema sobre cidadania pode ser trabalhadoao abordar sobre o uso da água, a poluição dos rios e o desperdício. Além disso,ao final do capítulo é possível identificar os corpos-d’água por meio de imagens desatélite.Trabalhando com a transversalidadeMeio ambiente e Ética e cidadaniaÁguaDiscutir com os alunos que o planeta Terra é formado principalmente por água, apesarde a maior parte dela não poder ser utilizada na nossa vida diária. Só utilizamos a águadoce, que são as águas dos rios, lagos e mananciais. A água do mar é salgada, contém umagrande quantidade de sais minerais dissolvidos e, por isso, não pode ser consumida nonosso cotidi<strong>ano</strong>. A água doce também possui sais minerais dissolvidos, mas em proporçãomuito menor. Sendo assim, a água de que necessitamos para viver é um recurso naturalraro, que não deve ser desperdiçado.36


Proponha aos alunos uma campanha de combate ao desperdício de água.• Inicialmente, devem fazer um levantamento de situações cotidianas em que se observao desperdício de água. Em seguida, enumerar medidas que podemos seguir nonosso dia a dia para não desperdiçar água:– Tomar banhos rápidos.– Fechar o chuveiro enquanto nos ensaboamos.– Fechar a torneira enquanto escovamos os dentes.– Consertar qualquer vazamento de água que apareça em casa.– Usar máquinas de lavar roupa ou louça somente quando estiverem cheias.– Não lavar calçada com mangueira, e sim varrer com vassoura.• Elaborar um folheto que contenha informações sobre a água disponível no mundopara o uso e as atitudes cotidianas levantadas por eles para evitar o desperdício. Distribuirestes folhetos aos alunos e funcionários da escola.Depois da leitura do texto “A primeira vez que vi o mar...”, discuta com os alunos sobrea poluição dos mares. Os oce<strong>ano</strong>s são continuamente poluídos pelo homem. Pelo menos83% da poluição marinha provém de atividades realizadas em terra. Como as cidadeslançam esgoto e lixo nos rios, muitos resíduos são levados corrente abaixo até o mar. Osagrotóxicos usados pelos agricultores em suas plantações também podem ser arrastadospelas chuvas para os rios e chegar ao mar, afetando as formas de vida marinha. As correntesoceânicas levam a poluição para todas as partes dos oce<strong>ano</strong>s. Levantar com os alunossoluções possíveis para esses problemas.Capítulo 5As plantas das paisagens brasileirasConteúdosObjetivosCompetências(capacidades ehabilidades)Trabalhosinterdisciplinares etransversaisDocumentosutilizadosIdentificar arelação entre oscomponentesnaturais naformação daspaisagens.Relacionar odesmatamento davegetação nativacom a exploraçãoeconômica.Identificaros tipos devegetação eanimais dedeterminadosbiomas.Observar.Identificar.Interpretar.Comparar.Sintetizar.Argumentar.Registrar.Meio ambiente.Ética e cidadania .Língua Portuguesa.Arte.Imagens.Questionário.Mapas.Imagens desatélite.37


O estudo de plantas e tipos de vegetação é exposto com imagens e mapas localizandoas áreas de maior ocorrência. A aprendizagem tornar-se-ia mais bem aproveitada se umtrabalho de campo fosse realizado em um parque próximo à escola ou se, possível, emuma reserva ecológica.Trabalhando com a interdisciplinaridade e a transversalidadeMeio ambienteLeitura dos mapas: “Brasil: vegetação” e “Brasil: área desmatada”Discuta com os alunos os fatores que contribuem para o desmatamento e a destruiçãode grandes extensões de florestas e matas: a obtenção de lenha para ser usada como combustívelou de madeira para a construção e a abertura de espaço para a criação de gado epara a agricultura. A chuva ácida e outros efeitos poluentes também são fatores que contribuempara a eliminação de árvores em um terreno.Língua Portuguesa e ArteUma das maneiras de desenvolver o senso crítico dos alunos pode ser trabalhar comcharges e cartuns. Esses dois tipos de textos apresentam a linguagem verbal e não verbale, de modo irônico, criticam a realidade social de um povo. É importante, antes de sugeriruma atividade com esses tipos de texto, fazer a distinção entre eles. Para o público emgeral, existe muita confusão sobre esses termos, mas eles são considerados como gênerosdiversos dentro do universo das imagens em quadrinhos.Sugira aos alunos que busquem em jornais, revistas e na internet diferentes charges ecartuns e tragam para a classe para discutir. Explore com eles o material que recolheram ediscuta quais aspectos da realidade estão sendo abordados.Sites interessantes sobre o assunto:Charge relata um fato ocorrido em uma época definida, dentro de um determinadocontexto cultural, econômico e social específico e que depende do conhecimento dessesfatores para ser entendida. Fora desse contexto, ela provavelmente perderá sua força comunicativa;portanto, é perecível. Justamente por conta dessa característica, a charge temum papel importantíssimo como registro histórico.Cartum é uma piada contada normalmente com apenas um painel e tem um caráteruniversal, sem nenhuma limitação de tempo e espaço. Temas universais, como o náufrago,o amante, o palhaço, a guerra, o bem X mal, são frequentemente explorados em cartuns.São temas que podem ser entendidos em qualquer parte do mundo por diferentes culturasem diferentes épocas.Sugira que escolham um dos assuntos discutidos no texto sobre a destruição dabiodiversidade (poluição, desmatamento, entre outros) e produzam uma charge ou umcartum.38


UNIDADE 4as regiões brasileirasNesta unidade vamos estudar os critérios de regionalização do Brasil e as característicasnaturais e sociais que compõem as regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.Aprofundaremos a leitura de mapas, explorando a divisão política, a paisagem natural e aocupação humana de cada região, bem como os aspectos culturais do povo e os problemassociais de cada lugar.PALAVRAS-CHAVE: Regionalização – divisão política das regiões brasileiras – ocupaçãoterritorial – paisagens naturais e transformadas pela ação humana, desmatamento– água – lixo – moradia.roteiro de trabalhoAs atividades propostas são flexíveis para serem desenvolvidas em qualquer capítulo daunidade, pois apresentam temas abrangentes, como, por exemplo, atividade sobre oralidadee lendas brasileiras, confecção de roteiros turísticos, entre outras sugestões.ConteúdosObjetivosCompetências(capacidades ehabilidades)Trabalhosinterdisciplinarese transversaisDocumentosutilizadosRegiõesbrasileiras.Critérios pararegionalização.Principaiscaracterísticasdas cinco regiõesbrasileiraspropostas peloIBGE.Interpretar asdiferentes divisõesregionais doBrasil, levando emconta os critériosusados nessaregionalização.Reconhecer,a partir dainterpretação deinformações, osaspectos quecaracterizam cadaregião geográficabrasileira.Observar.Identificar.Interpretar.Comparar.Sintetizar.Argumentar.Registrar.Pluralidade cultural.Língua Portuguesa.Ética e cidadania.Imagens.Questionário.Mapas.Imagens desatélite.Evidenciar que asdiferenças notadashoje no territóriobrasileiro são,sobretudo, sociais,e não só naturais.39


Uma atividade que pode ser desenvolvida ao longo de toda a unidade é a elaboraçãode um seminário sobre cada região.• Divida a classe em cinco grupos. Cada um representará uma região do Brasil. Duranteo estudo dos capítulos, peça a eles que <strong>ano</strong>tem no caderno informações relevantessobre sua região para montar uma apresentação para a classe no final doestudo da unidade. Para ampliar os assuntos abordados, devem pesquisar exemplosdo artesanato da região, pratos típicos, lendas, figuras públicas, curiosidades, entreoutros.• Questões que podem ajudar na seleção das informações: O que caracteriza sua região?Que animais são encontrados? Como é o clima? E a vegetação predominante? Quais asprincipais cidades? Que problemas são encontrados? Como se constitui a população?Como é o modo de vida do povo do lugar? Quais as atividades econômicas desenvolvidas?Para esta unidade, algumas sugestões de atividade podem ser utilizadas ao longo dotrabalho com cada região.Trabalhando com a interdisciplinaridade e a transversalidadePluralidade culturalOs falares brasileirosPensando no Brasil é de se esperar que, em um território de tamanha extensão, apesarda unidade linguística, a língua portuguesa, haja também diversidade nos falares de cadaregião. As variações linguísticas podem ser observadas, especialmente, na pronúncia e n<strong>ano</strong>menclatura das coisas, ou seja, uma mesma coisa pode possuir nomes diferentes deacordo com a região brasileira. Por exemplo, o que é chamado de bola de gás em algunslugares pode ser chamado de bexiga, papo ou simplesmente bola em outras regiões. Peçaaos alunos que pesquisem diferentes palavras de cada região, assim como gíria, e montemum glossário para cada uma delas.Pluralidade cultural e Língua PortuguesaTrabalhando com o relato oral de lendas brasileirasAs lendas brasileiras – Produção de textos orais com base na linguagem escrita delendas.Apesar de as regiões Norte e Nordeste serem as mais populares em suas lendas, hátambém o que chamamos de lendas urbanas, nas grandes cidades, e os “causos” dascidades do interior.• A cada região trabalhada, peça aos alunos que pesquisem as lendas do lugar.• Eles devem produzir um texto da lenda escolhida para ser contado (e não lido) paraa classe.• Cada um deve treinar sua contagem, antes da apresentação. Peça que produzam cartazesilustrando cada parte de sua lenda e os apresentem.40


Montando um folder de turismo• Os alunos devem pesquisar o máximo de informações que puderem sobre uma cidadede uma região específica: localização, história, flora e fauna, imagens das paisagenslocais, entre outros.• O folder pode ser dividido em três partes: apresentação da cidade e sua história, avegetação e os animais do lugar, pontos turísticos interessantes para a visitação.Preparando cartões-postais sobre as regiões brasileirasComo o cartão-postal já não é um tipo de correspondência muito utilizado atualmente,vale discutir com os alunos sua função.Oficialmente cartões-postais foram lançados em 26 dejaneiro de 1869. Emmanuel Hermman, economista austrohúngaro,produziu uma coleção que foi aceita e divulgadaem 1 ọ de outubro do mesmo <strong>ano</strong>, em uma matériajornalística com o título “Acerca de um novo meio decorrespondência postal”, por se tratar de um meio de correspondênciaaberta, mais prática e econômica.Trabalhando com a transversalidadeÉtica e cidadaniaUm rio vai mudar seu cursoNo capítulo 3, sobre a Região Nordeste, há um texto que discute a transposição do rioSão Francisco. Depois da leitura do texto e da pesquisa sobre as diferentes opiniões emrelação à transposição das águas do rio São Francisco, sugira aos alunos um debate discutindoas vantagens e as desvantagens da mudança do curso do rio.• Divida a classe em dois grupos.• Um grupo vai defender a mudança do curso e o outro, sua manutenção.• Antes de começar a discussão, os grupos devem levantar as vantagens e as desvantagensda transposição das águas do rio para defender seus argumentos. Incentive-os abuscar elementos no livro e em suas pesquisas.• Os assuntos abordados podem ser trabalho, qualidade de vida, a população indígena,o interesse dos grandes proprietários, usinas hidrelétricas, saneamento básico, entreoutros.• A organização do debate deve estabelecer tempo para defesa de um argumento, réplicae tréplica. O professor deve ser o mediador.• Ao final, podem redigir um texto coletivo que aborde os temas discutidos.41


Pluralidade culturalO Parque Indígena do XinguNo capítulo 4, sobre a Região Centro-Oeste, há um destaque especial sobre os gruposindígenas do Parque Nacional do Xingu, onde vivem 16 povos, somando 6 152 indivíduos(Funasa, 2009). Apesar de algumas similaridades, há uma diversidade cultural interessanteentre os indígenas que habitam a região. Sugira aos alunos que pesquisem como é o modode vida de alguns destes povos.• Divida a classe em trios. Cada grupo vai escolher um povo para pesquisar (o professordeve fazer uma lista dos povos da região para organizar a busca dos alunos).• Determine três itens para nortear a pesquisa: trabalho, alimentação e brincadeiras.• Peça aos grupos que organizem as informações obtidas em um cartaz (imagens e textos)para apresentar à classe a nação indígena pesquisada.• Ao final, cada grupo pode escolher uma das brincadeiras descobertas e ensinar aoscolegas como brincar.Site para pesquisa: Para finalizar a unidade, proponha uma brincadeira que sintetize vários dos assuntosabordados.“Stop brasileiro” (regiões, estados e capitais)Proponha aos alunos uma brincadeira de stop diferente. O quadro em que escreverãoas palavras deverá conter itens relacionados aos estados e capitais brasileiros. Para que abrincadeira dê certo, não é possível sortear qualquer letra do alfabeto. Isto pode ser feitode três formas, dependendo do desafio para o grupo:Variação 1 – Os alunos confeccionam placas com o nome do estado para sortearem,no lugar de letras do alfabeto.Variação 2 – Eles devem confeccionar cartões apenas com as letras iniciais dos estadose capitais (A – Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas e Aracaju /B – Bahia, Belém, BeloHorizonte, Boa Vista e Brasília /C – Campo Grande, Ceará, Cuiabá e Curitiba /D – DistritoFederal /E – Espírito Santo /F – Fortaleza, Florianópolis /G – Goiás e Goiânia /J – JoãoPessoa /M – Maceió, Macapá, Maranhão, Manaus, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, MinasGerais /N – Natal /P – Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Porto Velho, Porto Alegre,Palmas /R – Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul,Rondônia, Roraima /S – Salvador, Santa Catarina, São Luís, São Paulo, Sergipe /T – Teresina,Tocantins /V – Vitória).Variação 3 – Como, para algumas letras, há pouca diversidade de nomes, a brincadeirapode ser feita da seguinte forma: em vez de sortear uma letra e todos completarem o quadrocom a mesma, cada aluno pega uma letra diferente.O desafio consiste em completar o quadro o mais rápido possível. Quem terminar primeirogrita “Stop!”, e os demais participantes devem parar de escrever. Cada qual, na suavez, vai dizer a palavra que escreveu para cada item, e todos devem conferir se a resposta42


está correta. Pontuação: 10 pontos para cada informação correta e única e 5 pontos paracada informação correta, mas que se repita entre os participantes.Para completar o quadro do stop brasileiro, os alunos deverão recorrer às informaçõescontidas nos mapas do livro e em atlas. Inicialmente, a brincadeira pode ser feita com aconsulta direta aos mapas; depois, como desafio, eles devem completar o quadro contandocom as informações que tiverem memorizado.Nome do estado e siglaCapitalRegiãoUm tipo de vegetação típicaUm animal da fauna do lugarUma atividade econômica desenvolvidaUm rio importanteAlguma nação indígenaUm ponto turístico43


<strong>ano</strong>tações44


ibliografiaA seguir, apresentamos, separadamente, as obras de leitura geral seguidas pelas obrasespecíficas da área de Geografia.PedagógicoARNAY, J. e RODRIGO, M. J. (Orgs.). Conhecimento cotidi<strong>ano</strong>, escolar e científico: representaçãoe mudança. São Paulo: Ática, 1998. (A construção do conhecimento escolar 1).BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Diretrizes Curriculares Nacionais. EducaçãoBásica. Brasília: Conselho Nacional de Educação/Inep, 2001.. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação a Distância. Saltopara o futuro: um olhar sobre a escola. Brasília: MEC/SEED, 2000.. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. ParâmetrosCurriculares Nacionais. Apresentação dos temas transversais e ética. Brasília:MEC/SEF, 1997. v. 8.. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. ParâmetrosCurriculares Nacionais. História e Geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997. v. 5.. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. ParâmetrosCurriculares Nacionais. Pluralidade cultural e orientação sexual. Brasília: MEC/SEF, 1997. v. 10.. Coordenação Geral de Apoio às Escolas Indígenas. Geografia indígena. Brasília: InstitutoSocioambiental, 1996.CASTORINA, José Antonio e outros. Piaget-Vygotsky. Novas contribuições para o debate.São Paulo: Ática, 2000.COLL, C. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, 1999.. Aprendizagem escolar e construção do conhecimento. Porto Alegre: Artes Médicas,1994.COLL, C.; TEBEROSKY, A. Aprendendo História e Geografia: conteúdos essenciais para oEnsino Fundamental de 1 ạ a 4 ạ série. São Paulo: Ática, 2000.ESTEBAN, M. T. (Org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro:DP&A, 2001.PIAGET, J. A construção do real na criança. São Paulo: Ática, 1996.GeografiaCARLOS, A. F. A. (Org.). Novos caminhos da Geografia. São Paulo: Contexto, 1999.. A Geografia em sala de aula. São Paulo: Contexto, 1999.. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.CASTRO, I. E. e outros (Orgs.). Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,1995.CORRÊA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo: Ática, 1990.46


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