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Cultivando Leitores - Editora FTD

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<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>1anaoo5oanCiênciasUm projeto que integraliteratura e livro didático1-ª ediçãoSão Paulo – 2011


Todos os direitos reservados àEDITORA <strong>FTD</strong> S.A.Matriz: Rua Rui Barbosa, 156Bela Vista – São Paulo – SP – CEP 01326-010Tel. (0-XX-11) 3598-6000Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970Internet: www.ftd.com.brE-mail: projetos@ftd.com.brDiretora editorialSilmara Sapiense Vespasiano<strong>Editora</strong>Ceciliany Alves<strong>Editora</strong> assistenteFlávia MunizAssistentes de produçãoAna Paula IazzettoLilia PiresAssistentes editoriaisÂndria Cristina de OliveiraTássia Regiane Silvestre de OliveiraRevisoraElvira RochaCoordenador de produção editorialCaio Leandro Rios<strong>Editora</strong> de arteAndréia CremaDiagramaçãoLuis VassalloMárcia IalongoGerente de produção gráfi caReginaldo Soares Damasceno


<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>Cultivar leitores: umdesafio interdisciplinarProfessor,No processo de aquisição de conhecimento, a linguagem científi ca e a literária são complementares.A fantasia (como realidade psíquica) e as informações científi cas (como realidadesocial) são fundamentais na vida de todos nós, humanos – em especial na de crianças e jovens.A leitura não é uma questão só de professores da língua materna, só da família, só da escolaou do poder público. Ela é tarefa de todos os que põem o pleno desenvolvimento do indivíduocomo centro de suas preocupações e ações. E faz parte dos direitos humanos, cuja necessidadefoi apontada com ênfase também no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).Este <strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong> – Porta Aberta – Ciências objetiva colaborar para a construçãodo conhecimento, valorizando a interdisciplinaridade e despertando o senso crítico do aluno, demodo que sua aprendizagem e seu comportamento estejam pautados na ética, no respeito às diferenças,para o desenvolvimento pleno do exercício de cidadania a que todos têm direito.Apresentamos algumas sugestões de leituras e de atividades que têm o objetivo de integrardiversos assuntos abordados, que se relacionam às áreas do conhecimento trabalhadas no EnsinoFundamental, sem, contudo, esgotar as possibilidades que os livros oferecem. Naturalmente, cadaprojeto sugerido depende de seu próprio contexto e deve caminhar de acordo com o interesse daclasse. As atividades não precisam ser sequenciais, podendo ser realizadas total ou parcialmente,a critério do professor, na ordem em que mais convier à sua metodologia de trabalho.Elaboramos também uma seção denominada Criação e produção, que pode ser interpretadacomo autônoma em relação às demais partes desses projetos de leitura, pois pode ser realizadano momento mais oportuno, de maneira independente, de acordo com as possibilidadesem sala de aula.Lembramos que é muito importante que a criança e o jovem possam vivenciar a escuta ea leitura de textos, de gêneros variados e níveis crescentes de complexidade, interagindo comum adulto leitor. Essa prática possibilita que eles passem de ouvintes a leitores cada vez maisautônomos, competentes, conscientes e críticos.Os editores


SumárioLiteratura: uma ilustre parcerianas aulas de Ciências 6Ciências – 1 o ano 7A chuvarada (Vamos ler!) 8A semente e o fruto (Vira-vira) 13Que planeta é esse? (Roda pião) 18Vamos para a praia! (Passeio de Graça) 23Ciências – 2 o ano 28Ciranda dos insetos 29Coisas importantes 34Mas será que nasceria a macieira? 39Uma noite sem igual 44Ciências – 3 o ano 49Gente bem diferente 50Meu pai sabe voar 55O rei que só queria comer peixe (Contos populares) 60Sumaúma, mãe das árvores 65Ciências – 4 o ano 70A fábula da convivência (O pequeno fi lósofo) 71Chapeuzinho adormecida no País das Maravilhas 76Dona Palavra 81O menino e o Caboclo-d’água (Ciranda do São Francisco) 86Ciências – 5 o ano 91Mil – a primeira missão 92Quem é quem nesse vaivém? 97Saudade doída 102Tantas histórias numa caixa de sapatos(Tantas histórias) 107Temas esínteses das obrasCiências – 1 o anoA chuvarada, de Isabella e Angiolina, <strong>FTD</strong>.Temas: Animais, natureza.Uma chuva forte surpreende os animais que vivem no jardim. Todos procuramabrigo, mas fi cam encharcados. Como torcem pelo fi m da chuva! Masela só acaba quando o jardineiro fecha a torneira.A semente e o fruto, de Eunice Braido, <strong>FTD</strong>.Tema: Preservação da natureza.A lagarta vira borboleta? Como a semente vira fruto? De que modo as coisasse transformam? Nessa história, as dúvidas são esclarecidas com informações.Que planeta é esse?, de Regina Coeli Rennó, <strong>FTD</strong>.Temas: Preservação do planeta e ecologia.Fumaça, árvores mutiladas... a Terra, antes tão linda, agora se mostra devastada,com pássaros e outros animais em via de extinção. Que tipo de herançaserá esse planeta?Vamos para a praia!, de Cláudio Martins, <strong>FTD</strong>.Temas: Animais, ecologia, trânsito, cidade, brincadeiras, medo e viagem.Um grupo de pessoas vai à praia para fugir da chuva e do frio da cidade.Mas o motorista vai por um caminho diferente e o passeio ganha os ares docampo, com direito a sustos e muitas risadas.Ciências – 2 o anoCiranda dos insetos, de Ciça, <strong>FTD</strong>.Tema: Insetos.Vinte e três poemas sobre insetos, organizados de A a Z, desde os maiscomuns, como a abelha e a barata, até os mais esquisitos, como a oxigôniae o olístopo.Coisas importantes, de Peter Carnavas, <strong>FTD</strong>.Temas: Família, perda, convivência com as diferenças, amor, saudades, superação.A mãe de Felipe é muito ativa e está sempre fazendo tudo em casa. Certo dia,ela reúne os pertences do marido para doá-los a uma loja de objetos usados.Felipe concorda, mas não aceita a decisão, e descobre uma maneira de nãoesquecer o pai.Mas será que nasceria a macieira?, de Alê Abreu e Priscilla Kellen, <strong>FTD</strong>.Temas: Transformação da paisagem natural em humanizada, mudanças epermanências no tempo, família.Narrativa visual que entrelaça três histórias: de um lugar, de uma macieira,de um pai e uma fi lha.Uma noite sem igual, de Ana Maria Machado, <strong>FTD</strong>.Temas: Nascimento de Jesus Cristo, visão infantil.Benjamim, um pequeno pastor, assiste com atenção a um acontecimento quemudará a história da humanidade: o nascimento do menino Jesus.


Ciências – 3 o anoGente bem diferente, de Ana Maria Machado, Quinteto.Temas: Família, identidade, estereótipos.Rodrigo e Andreia começam a pensar em sua família como personagens dashistórias infantis. O texto provoca reflexões sobre os papéis da mulher, dohomem e do idoso nos dias atuais.Meu pai sabe voar, de Daniela Pinotti e Marcelo Maluf, <strong>FTD</strong>.Temas: Fantasia, infância, imaginação.Todos os dias, Júlio ganha do pai uma asa feita de materiais que ele recolhena rua, por seu trabalho como catador de papel. À noite, cada presente ganhauma história, na voz carinhosa do pai. Assim, a vida de Júlio é preenchidacom beleza e fantasia.O rei que só queria comer peixe, de Tatiana Belinky, <strong>FTD</strong>.Tema: Folclore mundial.Um guarda do Palácio quis levar vantagem sobre um pobre pescador queconsegue encontrar peixes numa época de grande seca e, por isso, recebe umprêmio. Mal sabia o guarda que o prêmio poderia ser negociado.Sumaúma, mãe das árvores, de Lynne Cherry, <strong>FTD</strong>.Temas: Ecologia, solidariedade, preservação da natureza.Os homens entram na floresta com a tarefa de derrubar a árvore sumaúma,considerada, pelos indígenas, a mãe das árvores. Exausto pelo calor, um delesresolve descansar e adormece. As criaturas da floresta sussurram em seuouvido para demovê-lo da ideia.Ciências – 5 o anoMil – a primeira missão, de Breno Fernandes Pereira, <strong>FTD</strong>.Temas: Aventura, família, amizade, perda.Mil, um amigo invisível, tem como missão ajudar um garoto em uma fase difícilde sua vida, numa aventura que reúne suspense e fantásticas descobertas.Quem é quem nesse vaivém?, de Nelson de Oliveira, <strong>FTD</strong>.Temas: Infância e escritores.Pedro pretende ser escritor e sai do lugarejo em que vive para morar na cidadegrande, que o surpreende de várias maneiras. No prédio em que mora,Pedro tem a impressão de conviver com os seres estranhos que povoam suaimaginação.Saudade doída, de Sônia Barros, Quinteto.Temas: Família, perda da mãe e relacionamento entre pai e filho.Mila gosta de ir à praia, brincar, desenhar... Mas sofre com saudade da mãe,que morreu. É uma dor que cresce e a deixa infeliz. Com o amor do pai,poderá se recuperar.Tantas histórias numa caixa de sapatos, de Edson Gabriel Garcia, <strong>FTD</strong>.Temas: Amizade, solidariedade, humor, lembranças.Vânia derruba do alto de seu armário uma velha caixa de sapatos, cheia deobjetos de recordação: uma foto, um botão alaranjado, dois gizes, uma fivela...Tudo ganha significado diferente, ao sabor do tempo.Ciências – 4 o anoA fábula da convivência, de Lecticia Dansa e Salmo Dansa, <strong>FTD</strong>.Tema: Respeito pela individualidade, pela paz e pela intimidade.Numa era glacial, há milhões de anos, um grupo de porcos-espinhos, para sobreviver,procura uma maneira de se esquentar. Quanto mais se aproximam,mais se esquentam. Porém, ficando tão próximo, um acaba ferindo o outrocom os espinhos.Chapeuzinho adormecida no País das Maravilhas, de Flavio de Souza, <strong>FTD</strong>.Temas: Paródia de conto de fadas, fantasia, humor.A menina está sem sono e, por isso, quer ouvir uma história. É o pai que atendeao chamado, mas ele é um tanto atrapalhado e mistura várias histórias,causando uma encantadora confusão.Dona Palavra, de Ronald Claver, <strong>FTD</strong>.Temas: Escola, experiência com a escrita, infância.Durante uma aula, a professora Mariana é chamada dona Palavra por um deseus alunos e isso a faz se lembrar que também teve uma dona Palavra emsua infância: a professora Margarida, que a ensinou a ler e a escrever.O menino e o Caboclo-d’água, de Ana Raquel e Rogério Andrade Barbosa, <strong>FTD</strong>.Tema: Folclore.Diz a lenda que nas águas do rio São Francisco, o velho Chico, vive o Caboclo-d’água,uma criatura misteriosa. Josino, menino curioso e muito pobre,decide enfrentar o Caboclo e, para seu azar, acaba prisioneiro. O que poderáfazer para se libertar?


Literatura: uma ilustre parceira nas aulas de CiênciasNa história do ensino brasileiro, existe a tradição de direcionar textos literários para aulasde Língua ou Literatura e de não utilizá-los em aulas cujo tema seja, por exemplo, Ciências.Talvez, você se pergunte: “mas que ligação existe entre Literatura e Ciências?” Nada melhorpara responder a esse questionamento do que a lembrança de textos literários que vocêaprecie. Digamos que você goste de romances policiais. Neles, a Ciência costuma ser de enormeimportância: é com a ajuda de métodos científicos, como o exame do sangue encontrado emum tapete, que muitos detetives costumam desvendar os mais misteriosos crimes. Se prefereficção científica, está diante de um manancial de temas interessantes para trabalhar em aula.Falando em manancial, problemas ambientais aparecem com frequência em contos, crônicas eromances.“Ora”, você pode dizer, “até aqui, tudo bem; mas e quanto a poemas?” Sugiro-lhe, então,que leia o poema “Lágrima de preta”, do escritor português António Gedeão. Nele, o eu-líricoexamina cientificamente a lágrima de uma mulher negra e conclui: “Nem sinais de negro, / nemvestígios de ódio. / Água (quase tudo) e cloreto de sódio.”. Que bela lição, em vários sentidos,não?“Muito bem”, diz você, “mas a linguagem da Ciência é outra!”. Concordo. A linguagem literáriaé alusiva: a palavra “estrela”, num poema ou num romance, pode referir-se a uma mulher,a um sorriso, a múltiplos sentidos. Já os textos científicos, como relatórios e artigos, buscam aobjetividade, a clareza. Num livro de Ciências, “estrela” certamente terá significado associadoao de corpo celeste.Embora haja diferenças entre a linguagem científica e a literária, existem também algumassemelhanças entre ambas. Bons cientistas e bons escritores têm algo em comum: conhecemmuito bem a língua que usam. O domínio da linguagem permite escolher as palavras e a organizaçãotextual mais adequadas para expressar determinada ideia em um contexto específico.Além disso, tanto cientistas como escritores costumam usar técnicas de narração, descriçãoe argumentação em seus trabalhos. Em um relatório científico, é preciso narrar e descrevercom precisão como uma experiência foi realizada; também é necessário dissertar a respeito deseus resultados. Já num texto literário em prosa – e mesmo em alguns poemas – um escritordeve saber narrar bem uma história, descrever personagens e cenários, usar argumentos.Aprender a reconhecer e a ler as diferentes linguagens usadas em obras literárias e científicase acentuar suas semelhanças é de enorme importância para que seus alunos pensem nascomplexidades da vida e do mundo e apreciem suas belezas. Você pode guiá-los nesse aprendizadofranqueando a entrada da Literatura em suas aulas de Ciências.Cilza BignottoProfessora de Literatura Brasileira e Teoria Literária no curso de Letras daUniversidade Federal de Ouro Preto (Ufop). É autora de artigos e coautora de livrossobre Literatura, dentre os quais Monteiro Lobato livro a livro (2009).


o1anNessa fase, o leitor se benefi cia com experiências de socializaçãoe de práticas variadas com a linguagem oral e escrita.Vivências culturais diferenciadas levam a criança a adquirirconfi ança e ampliar seu conhecimento de mundo, tornando-semais independente. Dessa forma, ela vai aos poucos desenvolvendoe incorporando a capacidade leitora. Tal processo deveacontecer de maneira natural, com a oferta de livros divertidos,leituras estimulantes e sempre bastante associados ao brincar eao prazer da descoberta.


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AA partirdo1oano<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>Coleção: Vamos ler!Livros: O presente de aniversário, A chuvarada,Quer brincar de pique-esconde?Autoras: Ellen Pestili, Isabella e AngiolinaIlustradoras: Ellen Pestili, Tati Rivoire, Glair ArrudaNúmero de páginas: 32Formato: 21 cm x 24 cmTemas abordados:* Relacionamento entre pais e filhos, atividadeslúdicas em família, consumismo, animais, natureza,humorTemas transversais:* Meio ambiente* ÉticaOBJETivOS PEDAGÓGicOSApresentamos algumas atividades que integram diversos assuntos abordados na(s) história(s) a outrasáreas do conhecimento, sem, contudo, esgotar as possibilidades que o(s) livro(s) oferece(m). Visamos colaborarpara a construção do conhecimento, valorizando a interdisciplinaridade e despertando o senso críticodo aluno, de modo que sua aprendizagem e seu comportamento estejam pautados na ética, no respeito àsdiferenças, para o desenvolvimento pleno do exercício de cidadania a que todos têm direito.Quando a criança ouve ou lê uma história, não só aprimora a linguagem, mas também amplia sua visãode mundo. Objetivamos exercitar as múltiplas capacidades de compreensão do texto e a interpretação deimagens, estimular a criatividade, desenvolver a expressão oral e escrita e a capacidade de transformar umfato ocorrido na escola em ação dramática.8


SÍNTESES DAS OBRASSÍNTESES DAS OBRAS O presente de aniversárioPapai Paio e mamãe Calabresa tentam compensar o filho Torresminho com muitos presentes porque nãoencontram tempo para ficar com ele. Assim, Torresminho acha que mesmo as visitas têm de presenteá-lo.O presente de aniversárioSó que tantos brinquedos não acabam com sua solidão, e ele nunca está satisfeito. Até que Linguiço vai àsua festa de aniversário e surpreende Torresminho! Chega de mãos vazias, mas dá a ele companhia, algobem Papai mais Paio precioso. e mamãe Os Calabresa dois estão tentam tão felizes compensar brincando o filho que Torresminho os outros convidados com muitos entram presentes na brincadeira, porque nãoencontram até papai Paio tempo e mamãe para ficar Calabresa! com ele. E sabe Assim, que Torresminho eles gostam? acha No dia que seguinte, mesmo as os visitas pais chegam têm de mais presenteá-lo. cedo emSó casa que e saem tantos para brinquedos se divertir não com acabam Torresminho. com sua solidão, e ele nunca está satisfeito. Até que Linguiço vai àsua festa de aniversário e surpreende Torresminho! Chega de mãos vazias, mas dá a ele companhia, algobem mais precioso. Os dois estão tão felizes brincando que os outros convidados entram na brincadeira,até papai Paio e mamãe Calabresa! E sabe que eles gostam? No dia seguinte, os pais chegam mais cedo emcasa e saem para se divertir com Torresminho.A chuvaradaA chuvaradaUma chuva muito forte surpreende os pequenos animais que vivem no jardim. Insetos e moluscos queremse esconder, correm para cá e para lá, inventam rápidas maneiras de se proteger, mas todos ficam encharcados.Como torcem pelo fim da chuva! Mas ela só acaba quando o jardineiro fecha a torneira. O textomostra o ato de regar um jardim sob a ótica dos pequenos animais que o habitam. No final da história, olivro Uma traz chuva um desafio muito para forte o surpreende leitor, descobrir os pequenos as personagens animais escondidas que vivem no jardim. canteiro! Insetos e moluscos queremse esconder, correm para cá e para lá, inventam rápidas maneiras de se proteger, mas todos ficam encharcados.Como torcem pelo fim da chuva! Mas ela só acaba quando o jardineiro fecha a torneira. O textomostra o ato de regar um jardim sob a ótica dos pequenos animais que o habitam. No final da história, oQuer brincar de pique-esconde?livro traz um desafio para o leitor, descobrir as personagens escondidas no canteiro!Um macaco esperto brinca de pique-esconde com outros animais e sempre os encontra. Aos poucosenvolve todos na brincadeira, saindo sempre vitorioso. Mas quando o camaleão resolve brincar, se escondeQuer brincar de pique-esconde?tão bem que nem o macaco consegue achá-lo. Resultado: o que melhor se esconde é o camaleão, ele é ocampeão. Ao final da história o livro traz um desafio para o leitor: descobrir onde o camaleão está escondido.Um macaco esperto brinca de pique-esconde com outros animais e sempre os encontra. Aos poucosenvolve todos na brincadeira, saindo sempre vitorioso. Mas quando o camaleão resolve brincar, se escondetão bem que nem o macaco consegue achá-lo. Resultado: o que melhor se esconde é o camaleão, ele é ocampeão. Ao final da história o livro traz um desafio para o leitor: descobrir onde o camaleão está escondido.9


ATiviDADES iNTERDiSciPLiNARESAntes da leitura* Apresentar aos alunos a capa do livro, mostrandoe lendo o nome do autor. Citar o nome doilustrador. Não mencionar ainda o título.* Propor aos alunos que comentem a ilustraçãoda capa. Ler o título para eles, ou pedir-lhes queleiam. Verificar se relacionam a ilustração dacapa com o título. Perguntar-lhes se imaginamo que é a história do livro.* Solicitar aos alunos que folheiem o livro e queobservem as ilustrações. Pedir a eles que identifiquemos animais presentes nelas.* Pedir aos alunos que observem como é o ambienteonde os animais habitam, retratado nasilustrações.Língua Portuguesa* Ler oralmente o livro para os alunos. Depen dendodo desenvolvimento da turma, propor a leitura individualde todo o livro ou de determinados trechos.Perguntar o que entenderam da história.* Dividir a turma em pequenos grupos. Solicitara cada grupo que escolha uma das cenas ilustradasno livro. Pedir aos alunos que criemas falas das personagens da cena escolhidae apresentem-nas oralmente aos colegas ouescrevam-nas no caderno.* Nos livros da coleção Vamos ler há muitosanimais-personagens. Solicitar aos alunos queescolham um deles e criem uma história: suavida, seus hábitos, sua família, sua casa. Naverdade, os alunos vão criar uma outra históriaa partir da que é contada no livro. Essa atividadepoderá ser escrita e individual, ou oral ecoletiva, em uma roda de conversa.* Explorar o tema abordado no livro, fazendoperguntas aos alunos e permitindo que eles seexpressem. Apresentamos algumas sugestões:• Em O presente de aniversário, perguntar:Como são os pais de Torresminho? Eles ficampouco ou muito tempo com ele? Elesempre quer ganhar presentes? Torresminhofica contente quando brinca com Linguiço?Os pais de Torresminho ficam contentesquando brincam com ele? Torresminho ficafeliz quando brinca com os pais?• Em A chuvarada, perguntar: Os bichos quemoram no jardim são pequenos? Por que achuva incomoda esses bichinhos? Onde aformiga quer entrar para se proteger? Comoa joaninha procura se esconder? Onde aborboleta busca abrigo? E a lesma? E o grilo?O que o caracol faz para escapar da enchente?Por que o tatu-bola não tenta escapar?Para eles, a água que sai da mangueira éuma chuvarada? O que os bichinhos fazemquando o jardineiro fecha a torneira? Elessabem que o jardineiro vai abrir a torneirade novo?• Em Quer brincar de pique-esconde?, perguntar:O macaco gosta de brincar com seusamigos? O que o coelho deixa de fora? E agirafa? E o elefante? E a raposa? E a cobra? Osbichos deixam de fora alguma parte de seucorpo que chama muito a atenção? A arara eo gambá não deixam nenhuma parte do corpode fora? Por que o macaco os encontra? Ocamaleão fica com o corpo todo de fora? Porque ele se disfarça?10


ciências Naturais* Em A chuvarada e Quer brincar de pique-esconde?,propor aos alunos leitura ritmada dosversos, iniciando-os na leitura da poesia; apresentara eles algumas características desse gênero,como a rima e o ritmo; escolher algumaspalavras e solicitar-lhes que criem rimas oralmentee, se achar conveniente, que façam o seuregistro escrito.* Depois de ler A chuvarada e/ou Quer brincarde pique-esconde?, dividir a turma em doisgrupos. Os integrantes de cada grupo deverãodeclamar os versos conjuntamente. Um grupoinicia a declamação e o outro dá continuidade.Escolher quantas passagens achar convenientepara a turma. Em A chuvarada, distribuir osversos em que a personagem tenta se protegerda chuva para um grupo e os versos em que elafica molhada para o outro. Em Quer brincar depique-esconde?, distribuir os versos em que apersonagem tenta se esconder do macaco paraum grupo e os versos em que ela deixa umaparte de fora para o outro.* Sugerir uma criação coletiva a partir do livro.Em O presente de aniversário, propor a criaçãode uma carta para Torresminho, mostrando acaixa de correspondência no início do livro. EmA chuvarada, sugerir a criação de uma históriasobre como os bichinhos do jardim se sentiriamao ouvir um cachorro latindo. Em Quer brincarde pique-esconde?, propor aos alunos que escolhamoutros animais e imaginem como eles vãose esconder. Organizar a apresentação oral ouo registro escrito do que foi criado.* Solicitar aos alunos que respondam perguntassobre os animais da história: quantos pésele tem? Possui pelo ou penas? Tem asas? Oque come? Indicar quais habitam, ou não, asflorestas.* Após a leitura de A chuvarada, organizar umpasseio com a turma em um jardim e pedir aosalunos que observem os pequenos animais.Fazer com eles uma lista dos que foram encontrados.Apresentar à turma informações sobreesses animais.Matemática* Pedir aos alunos que contem quantas personagensparticipam da história e outros elementospropostos por você como um desafio.Exemplos: Quantas vezes Torresminho apareceno livro? Quantos insetos há na história?Quantas bananas aparecem nas ilustrações?Para cada desafio proposto, pedir aos alunosque façam o registro: escrever o nome do queestão contando, marcar com traços ou bolinhasquantos elementos foram localizados e registraro número que representa essa quantidade.Arte* De acordo com a história lida, propor aos alunosque criem o cenário numa caixa grande depapelão. Solicitar que desenhem bonecos emcartolina e recortem. Colar os bonecos em palitosde sorvete. Pedir que apresentem a históriano teatro de bonecos.11


cRiAÇÃO E PRODUÇÃOJeito de gente, jeito de bicho – teatrinho da vivênciaOs livros da coleção Vamos ler! apresentam um universo habitado por animais que aprendeme se divertem de um jeito delicado e mágico que envolve o leitor. O objetivo do projeto Jeito degente, jeito de bicho é desenvolver uma história baseada em um fato do conhecimento dosalunos, retratando-o em um ambiente imaginário, em que os bichos agem como pessoas. A criaçãodo texto e a encenação motivarão a reflexão sobre esse fato.Etapas1 . Escolher um fato que tenha acontecido na escolae que seja do conhecimento dos alunos,como, por exemplo, um passeio que a turmatenha feito.2 . Apresentar o episódio para turma, relatandoelementos que julgar importantes para os alunoscomporem uma história. Ressaltar queas personagens dessa história serão animais,como na do livro.3 . Solicitar a eles que escolham os bichos queserão as personagens da história. Pedir quedeem nomes para elas. Registrar em um cartazos nomes das personagens e dos bichos correspondentes.Durante esse processo procurarobter o mesmo número de personagens que ode alunos.4 . Solicitar aos alunos que falem o que conhecemsobre os animais escolhidos. Complementarcom mais informações, sempre quefor necessário.5 . Explorar com a turma o ambiente onde a históriavai se passar, detalhando o máximo queos alunos puderem.6 . Orientar a criação da história fazendo perguntasaos alunos relativas ao fato trabalhado, de formaque eles contribuam com sugestões para o desenvolvimentodo enredo. Procurar usar os nomesdas personagens. Algumas perguntas que podemser feitas considerando o exemplo citado anteriormente:Aonde as personagens foram? Quandoforam? Como era o lugar? O que foram fazer lá?Aconteceu alguma coisa diferente? Como foi queisso aconteceu? Como terminou o passeio? Aspersonagens gostaram de fazer o passeio?7 . Nesse momento é natural que a história nãoesteja linear e que várias opções de enredo sejamcriadas. Depois da dinâmica, estruturá-la,reunindo o máximo de elementos sugeridos pelosalunos. Ler para eles a história elaborada epedir-lhes que a contem.8 . Propor a dramatização da história. Distribuir os papéisdas personagens entre os alunos. Organizara confecção de máscaras, figurinos e cenário parauma apresentação destinada aos pais.9 . Conversar com os alunos se eles acham que adramatização ficou parecida ou não com o querealmente aconteceu.Elaboração: Shirley Souza12


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AP.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AA partirdo1 o ano<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>Coleção: Vira-viraLivros: A ostra e a pérola; A lagarta e a borboleta;A abelha e o mel; A semente e o fruto;As gotinhas e o arco-íris; A noite e o diaTextos: Eunice BraidoIlustrações: MartinezFormato: 22,5 cm x 21 cmTemas abordados:* Preservação da natureza,cooperação, alegria,harmonia entre os seres vivos,tempo e transformaçãoTema transversal:* Meio ambienteOBJETivOS PEDAGÓGicOSApresentamos algumas atividades que integram diversos assuntos abordados na(s) história(s) a outrasáreas do conhecimento, sem, contudo, esgotar as possibilidades que o(s) livro(s) oferece(m). Visamos colaborarpara a construção do conhecimento, valorizando a interdisciplinaridade e despertando o senso críticodo aluno, de modo que sua aprendizagem e seu comportamento estejam pautados na ética, no respeito àsdiferenças, para o desenvolvimento pleno do exercício de cidadania a que todos têm direito.Também objetivamos instigar a criatividade dos alunos e trabalhar a expressão oral com a criação coletivade história; estimular a capacidade de observação da natureza e de seres vivos; exercitar a fantasia e aexpressão corporal por meio da dramatização; praticar a brincadeira com as cantigas de roda; incentivar oraciocínio lógico.13


SÍNTESES DAS OBRASA abelha e o melEsta história mostra o trabalho da abelha Melina, que vivia em uma colmeia. Um dia, sua mãe lhe pediupara buscar o néctar das flores. Melina cumpriu sua tarefa e depois guardou o néctar nos favos da colmeia.A semente e o frutoUma sementinha estava no fundo da terra. A água caiu no solo e a semente cresceu. Depois de umtempo, ela se transformou em um brotinho, que foi aumentando de tamanho até virar uma bela árvore.Suas raízes retiravam alimento da terra e o enviavam pelo caule, nutrindo a planta. Um dia, sua copafloresceu e as abelhas pegaram o pólen. As flores caíram e nasceram os frutos. Dessa maneira, o textomostra que, na natureza como na vida, há um tempo propício para brotar, crescer e amadurecer.A lagarta e a borboletaCris era uma larva que nasceu de um ovo de borboleta. Era muito gulosa. Devorava todas as folhas quevia. Ela cresceu e virou uma lagarta. Depois de um tempo, teceu um casulo e dentro dele ficou dormindopor algumas semanas, até que o casulo se rompeu e a lagarta se transformou em uma bela borboleta.As gotinhas e o arco-írisUm dia, as gotinhas de água, que viviam todas em uma grande nuvem, são lançadas no ar e setransformam em chuva. Todas têm uma bela missão: molhar e embelezar a natureza. Quando o solatravessa as gotas, elas formam um lindo arco-íris.A ostra e a pérolaMargarita era uma pequena ostra que vivia no fundo do mar. Ela adorava arrumar a concha onde morava.Um dia, um invasor entrou na casa de Margarita e foi morar dentro da sua pele. Seu corpo ficou muitodolorido e inchado. Mas isso faz parte da vida das ostras. Após algumas semanas, Margarita gerou umabela pérola. Dessa maneira, a história mostra um acontecimento pouco conhecido pelas crianças: o queé uma ostra, como ela vive e como é pitoresca a vida dos seres no fundo do mar.A noite e o diaEste livro apresenta de forma bem-humorada o ciclo da noite e do dia. Por meio de uma linguagemacessível para crianças, a narrativa mostra as ações que a maioria das pessoas costuma praticar de dia eà noite: escovar os dentes, brincar na praia, estudar, dormir etc. Além deste aspecto, o leitor se identificarácom a história, estabelecendo uma ligação entre fatos do seu cotidiano e o comportamento dospersonagens.14


ATiviDADES iNTERDiSciPLiNARESAntes da leitura* Apresentar aos alunos a capa do livro, mostrandoe lendo o nome do autor e o do ilustrador, explicandoque o escritor é quem escreve e o ilustradoré quem desenha a história. Não mencionarainda o título.* Apontar a figura do pião presente na capa dolivro. Perguntar se alguém já brincou com pião.Explicar aos alunos que o pião aparece na capados seis livros da coleção. Perguntar por queeles acham que a coleção se chama “Vira-Vira”.Dizer que o pião, símbolo da coleção, é umbrinquedo que gira, que dá voltas.* Incentivar a turma a interpretar o significado dotítulo do livro, percebendo que há uma conexãoentre ilustração e texto.* Tendo como referência o título do livro, estimularos alunos a dar suas opiniões: “Você já viuum arco-íris/ostra/lagarta/mel/semente/noite?Onde você estava?”* Distribuir aos alunos algumas fotos e ilustrações,grandes e coloridas, de vários animais eobjetos que aparecem na capa do livro e outrosque não aparecem. Pedir que a turma identifiqueas imagens relacionadas ao livro.Língua Portuguesa* Após ler a história para os alunos, perguntarqual trecho do enredo eles acharam mais interessante.Sugerir que alguns deles recontem otrecho escolhido.* Propor à turma a elaboração coletiva de umapequena história, diferente da narrativa do livro,a partir das palavras do título.* Escrever a história na lousa à medida que elesforem criando o enredo. Pedir à turma que dêum título à história.* Estimular a imaginação dos alunos com perguntasque estabeleçam ligações fantásticas:“Imagine que você é uma abelha/pérola/lagarta/gotinha/noite.Onde você mora? O que vocêcome? O que você faz todo dia?”. A atividadepode ser mais elaborada, dependendo dograu de amadurecimento da turma: pedir quecada aluno imagine que está na escola e queaos poucos vai se transformando em borboleta,mas continua a pensar como menino(a).Perguntar: “Como você se sentiria? O que vocêfaria?” Escrever algumas histórias na lousa.ciências Naturais e Geografia* Aproveitando o tema do livro A semente e ofruto, plantar, em sala de aula e com a ajudados alunos, sementes em pequenos vasos,estimulando-os a acompanhar de perto todoo processo. Incentivar a turma a participar doscuidados posteriores com a planta e a observaras modificações ocorridas com a passagem dotempo. Pedir aos alunos que façam desenhossemanais retratando o desenvolvimento da semente.Organizar um painel com os desenhos.* Com base em A lagarta e a borboleta, apresentarfotos ampliadas de uma lagarta (depreferência extraída de um livro de ciências).Comparar as fotos com as ilustrações da lagartada história. Solicitar aos alunos que descrevamo personagem do livro de ficção e, em seguida,a lagarta do livro científico. Quais as diferençasentre as duas? (A lagarta do livro de ficção éde “faz de conta”: ela usa camisa, tem mãos ecabelos semelhantes aos das pessoas. O livrode ciências, por sua vez, mostra uma borboletareal: ela não usa camisa, rasteja com patas queparecem ventosas e não tem cabelos.)15


Teatro* A partir do livro A noite e o dia, conversar comas crianças sobre o que fazemos durante o diae à noite. Criar um jogo de mímica em que umaluno representa alguma ação que costuma fazerdurante o dia por meio de gestos (exemplos:acordar, tomar banho, comer etc.). Em seguida,a plateia tenta adivinhar o que ele está representandocom aqueles gestos. Quem decifrar seráo próximo a representar em mímica o que fazdurante a noite.* Para explorar o tema de A abelha e o mel, trazerpara a sala de aula várias imagens de abelhas, decolmeias e de favos e cinco cartolinas. Dividiros alunos em cinco equipes, dar uma cartolinapara cada equipe e pedir que selecionem e colemas imagens na cartolina. Em seguida, pedir quecada grupo descreva oralmente o que as abelhasestão fazendo nas imagens selecionadas. À medidaque os alunos forem falando, escrever asfrases na cartolina.* Na história A ostra e a pérola, pode ser abordadoo tema do fundo do mar. Mostrar figuras depeixes e de outros seres vivos que nele habitam.Incentivar as crianças a perceber a diversidadeda vida no mar (estrelas-do-mar, algas, peixesde formas estranhas).Artes Plásticas* Tendo o livro As gotinhas e o arco-íris comotema, dividir a turma em grupos e pedir paracada aluno do grupo cortar uma tira de papel epintar com uma cor (não repetir nenhuma cordentro do grupo). Depois, pedir aos alunos quecolem as tiras em uma cartolina grande, formandoum arco-íris. Organizar uma exposiçãocom os diversos arco-íris que foram elaboradospelos grupos.* Criar um enredo para montar uma peça teatral– que será encenada pela turma – baseadaem personagens que aparecem no livro.(Exemplo: A abelha Melina estava passeandoem um jardim florido quando encontrou alagarta Cris e o arco-íris. Começaram a conversare…) Com a ajuda das crianças, fazerroupas de papel crepom para os personagens.Promover ensaios, orientando-os comos diálogos.* Inspirando-se na história A ostra e a pérola,criar uma festa no fundo do mar. Avisaros alunos com antecedência e estimulá-losa ajudar na decoração da sala e a elaborar asfantasias. Utilizar tule e papel crepom paraenfeitar a sala e para confeccionar as fantasias(peixe, ostra, caranguejo etc.). No dia dafesta, trazer CDs de músicas que tenham omar como tema.Música* Propor aos alunos brincadeiras baseadas emcantigas de roda cujas letras tenham semelhançacom o tema da história (“Borboletinha”,“Caranguejo não é peixe”, “O cravo brigoucom a rosa”, “Quem te ensinou a nadar”,“Peixe vivo” etc.).Matemática* Apresentar problemas bem simples que estimulemo raciocínio lógico da criança. Elaborarperguntas baseadas no cotidiano dos alunosou no enredo de uma história que eles conheçam(exemplos: Quantos personagens tem ahistória apresentada no livro? Quantas pessoastem na sua família? etc.).16


cRiAÇÃO E PRODUÇÃOBingo de figurasNeste projeto, os alunos vão participar, junto com o professor, da criação e confecção de umjogo de tabuleiro. Não é um jogo competitivo. A atividade pode ser realizada só com um doslivros da coleção ou com mais exemplares.Etapas1. Os alunos escolhem nove personagens das histórias,por exemplo: ostra, gota de chuva, sol, lua,lagarta, borboleta, semente, árvore e abelha.2. O professor, em casa: pegar uma folha de sulfitee desenhar nove retângulos medindo cada um,aproximadamente, 7 cm de altura por 10 cm delargura. Será a cartela do jogo.3. Desenhar um personagem (dos nove que eles escolheram)em cada retângulo da cartela. Depois,tirar uma fotocópia da cartela para cada aluno.5. Na classe: cada criança leva um saquinho comfeijões. Distribuir as “cartelas” para os alunos.O professor mostra uma das folhas de sulfiteonde está uma das figuras grandes. Por exemplo,a ostra. Cada aluno tem que colocar umfeijão no retângulo da sua cartela onde a ostraestá desenhada. Pegar outra figura grandee proceder da mesma maneira até que todas ascartelas estejam preenchidas.4. Pegar nove páginas de sulfite. Desenhar em umapágina, bem grande, só a figura da abelha (porexemplo). Tem que ser a mesma abelha quevocê fez no retângulo da cartela, só que maior.Proceder da mesma maneira em relação às outrasfiguras: cada uma deve ser reproduzida sozinha,bem grande, em cada folha de sulfite.Sugestão: Dependendo da maturidade da turma,dificultar o jogo desenhando os personagensna cartela e escrevendo os nomes delesnas páginas de sulfite. À medida que as palavrasforem sendo apresentadas à turma, todosvão ler o que está escrito e colocar um feijão nodesenho correspondente da cartela.Elaboração: Anna Flora17


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AdoA partir1 o anocultivando <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>Coleção: Roda piãoLivros: O próximo dinossauro, Purutaco Tataco,Pê, o pato diferente, Pela porta do coração,Que planeta é esse?, O sabor da maçãAutores e ilustradores: Roger Mello, Marcelo Moreirae Regina Coeli RennóFormato: 20 cm × 20 cmTemas abordados:* Comportamento, relacionamento, família, respeitoàs diferenças, amor, amizade, persistência,preservação do planeta e ecologiaTemas transversais:* Meio ambiente* Ética* Pluralidade CulturalOBJETivOS PEDAGÓGicOSApresentamos algumas atividades que integram diversos assuntos abordados na(s) história(s) a outrasáreas do conhecimento, sem, contudo, esgotar as possibilidades que o(s) livro(s) oferece(m). Visamos colaborarpara a construção do conhecimento, valorizando a interdisciplinaridade e despertando o senso críticodo aluno, de modo que sua aprendizagem e seu comportamento estejam pautados na ética, no respeito àsdiferenças, para o desenvolvimento pleno do exercício de cidadania a que todos têm direito.Quando a criança ouve ou lê uma história, ela não só aprimora a linguagem, mas também amplia suavisão de mundo. Objetivamos exercitar as múltiplas possibilidades de compreensão das histórias, estimulara criatividade, desenvolver a expressão oral e a capacidade de observação, por meio de suas ilustrações.18


SÍNTESES DAS OBRASO próximo dinossauroO dinossauro grandalhão encontra uma bola vermelha, que é agarrada pelo próximo, que é pega poroutro... até a bola ficar com dois dinossauros. Nesse jogo, tamanho e força contam pouco e agilidade vencedistâncias. Invenção e fantasia nascidas da imaginação infantil?Purutaco TatacoPrimeiro a abelha, depois a girafa?! Um passo depois do outro, e a girafa invade o espaço onde está opapagaio. O que acontece quando seu espaço parece ser invadido por um ser maior, mais forte e com acabeça nas alturas? E quando o menor é muito encrenqueiro e provocador?Pê, o pato diferenteSe os familiares veem televisão, o pato Pê ouve música! Se trabalham, Pê tira sons do serrote, batucacom o martelo e dedilha um pedaço de pau como se fosse violão! Pê não quer ser marceneiro! Mas o pai ea mãe têm um plano para o filho. O que o pai vai fazer para Pê ficar feliz?Pela porta do coraçãoO menino encontra um coração fechado. Quer entrar, mas a porta e a janela não se abrem. Traz umpresente para ele, traz dois. O menino entra no coração. Quando tenta uma outra vez, ele está fechado denovo. O menino fica só entre estrelas e o coração derrama lágrimas da janela. Quando recebe um cartão docoração, o menino leva uma estrela para ele. O que iluminou o coração?Que planeta é esse?De uma nuvem, o passarinho espia o que acontece em nosso mundo: árvores cortadas, cidade escura,cheia de carros fumacentos! Estão jogando lixo até nas nuvens! Um regador? O que vai acontecer se o passarinhoresolver regar o mundo?O sabor da maçãO passarinho cava um buracão, de onde tira um baú. O que é que tem lá dentro? Na certa escondeum tesouro! Quem foi que roubou o baú do passarinho? Anda à sua procura e quando o encontra, eleestá arrebentado! O que é isso sobre o chão? Uma semente... Uma plantinha... Como a árvore está crescendo!Dela cai uma maçã, mas que delícia! Outro mistério agora intriga o passarinho: que tesouro estáoculto na maçã?19


ATiviDADES iNTERDiSciPLiNARESAntes da leitura* Apresentar aos alunos a capa do livro, mostrandoe lendo o nome do autor. Explicar que oautor criou a história. Não mencionar ainda otítulo.* Apontar a ilustração da capa do livro. Perguntaraos alunos o que a ilustração está mostrando.Dizer o título do livro e incentivar a turma acompreender o significado dele. Verificar se osalunos percebem que há relação entre ilustraçãoe texto.* Dizer o nome da coleção, Roda pião. Perguntarse alguém já brincou com um pião e se quercontar para a turma como é a brincadeira. Se forpreciso, explicar aos alunos.Língua Portuguesa* Pedir aos alunos que cada um, em silêncio, folheiee observe os desenhos do livro. Assim,cada um vai elaborando a compreensão da históriaà sua maneira.* Em uma roda, explicar que nessa história nãohá texto, apenas desenhos. Contar o enredo dahistória para a turma. É importante incentivara fala de todos os alunos para que haja váriasversões de compreensão da história.* Solicitar aos alunos que façam figuras com massade modelar de acordo com os personagens ouelementos do livro trabalhado. Organizar gruposde três ou quatro alunos e pedir que se sentemno chão. Propor a eles que brinquem com o livroe as figuras que fizeram. Incentivar a turma ainventar histórias e as falas dos personagens.* Explorar o tema abordado no livro. Introduzir aatividade fazendo perguntas aos alunos e permitindoque eles se expressem. Professor, apresentamosalguns exemplos:• Em O sabor da maçã, perguntar: O que amaçã guarda dentro dela? Se a gente enterrara semente, o que vai acontecer? Quando amacieira crescer, que fruto ela vai dar? Então,uma semente é valiosa?• Em Que planeta é esse?, perguntar: Vocês conhecemum lugar cheio de carros como o da história?Vocês já viram uma árvore derrubada? Oque o passarinho faz para as plantas crescerem?O que o passarinho fez também o ajudou?• Em Purutaco Tataco, perguntar: O papagaioexpulsa a abelha de perto dele? O papagaiofica bravo com a girafa quando ela invade olugar onde ele gosta de ficar?• Em O próximo dinossauro, perguntar: Os dinossaurosgostaram de brincar com a bola?Onde o menino está com a bola? Foi o meninoque imaginou os dinossauros jogando bola?• Em Pê, o pato diferente, perguntar: Pê gostado que os outros patos da família gostam?O pato Pê é diferente? O que o pai de Pê fazpara o filho ficar feliz?• Em Pela porta do coração, perguntar: O meninoencontra o coração fechado? O que elefaz para entrar no coração? O menino ficasozinho? O coração chora de saudades domenino? O que o coração mandou para omenino? A estrela iluminou o coração?20


História, Geografiae ciências Naturais* Em Que planeta é esse?, dividir a turma emtrês grupos. Pedir a um grupo que traga garrafasde plástico limpas, outro, jornais e revistase o outro, latas de refrigerante limpas.No pátio, colocar cestos para lixo reciclável:azul (papel), vermelho (plástico) e amarelo(lata). Explicar o que deve ser depositado neles.Solicitar que coloquem o que trouxeramno cesto apropriado.* Em Pela porta do coração, dizer aos alunosque tragam uma caixa de papelão e um coraçãorecortado de cartolina branca, do tamanho deum dos lados da caixa. Solicitar que desenhemporta e janelas no coração para que pareça casaou prédio. Fixar o coração na caixa. Propor aeles que montem a Cidade da Turma. Se acharapropriado, orientar a montagem de estabelecimentospúblicos e comerciais.* Em O próximo dinossauro, solicitar aos alunosque tragam um objeto pequeno e o apresentem àturma. Explicar a eles o que é um museu. Dividira turma em grupos e propor que brinquem demuseu com os objetos. Pedir que juntem todoseles. Organizar sua catalogação e orientar os alunospara separá-los e dispô-los sobre uma mesa.Escrever o nome dos grupos de objetos em umatira de cartolina e colocá-la ao lado.* Em Pê, o pato diferente, pedir aos alunos quetragam imagens, tiradas de jornal ou revista, depessoas trabalhando. Propor que mostrem a imagempara a turma e expliquem o que faz o profissional.Escrever na lousa o nome das profissões.Arte* Escolher uma canção e criar uma coreografiabaseando-se na proposta do livro trabalhado.Ensinar a canção para os alunos e pedir queacompanhem o ritmo batendo palmas, porexemplo. No pátio ou em uma sala vazia, propora coreografia. Estas são algumas sugestões:• Em Pela porta do coração, desenhar no chãoum grande coração, organizar os alunos,longe e ao redor dele. Pedir que dancem atéele, façam gestos de bater na porta cantando“toc! toc!” e entrem no coração.• Em Purutaco Tataco, dizer que tragam tiras depapel crepom verde. Fixá-las nas mangas da blusados alunos. Propor que dancem com os braçosdobrados, “batendo as asas” e, quando ouviremum apito, dancem com os braços abertos.• Em O sabor da maçã, pedir a dois alunos quedancem até uma caixa fechada, abram a tampae retirem de lá uma maçã cada um, queeles trouxeram.Matemática* Pedir aos alunos que tragam figuras de papelão recortadas,de acordo com o tema do livro trabalhado,de qualquer tamanho: maçã, coração, dinossauro,pato, papagaio ou círculo. Dividir a turmaem grupos e solicitar que juntem os recortes quetrouxeram. Propor que os disponham do menorpara o maior e depois do maior para o menor; contemquantos têm. Fornecer uma caixa para cadagrupo e pedir que coloquem os recortes dentrodela, fora, atrás, na frente, em cima, embaixo.21


cRiAÇÃO E PRODUÇÃOUm mundo de imagens – um jeito diferente de contar uma históriaOs livros da Coleção Roda pião propõem uma leitura diferente, em que a imaginação do leitore o modo como observa o que lhe é apresentado são fundamentais para a compreensão do livro.O projeto Um mundo de imagens tem como objetivos exercitar a observação crítica a partir deimagens e treinar a comunicação visual. Os alunos ampliarão a capacidade de criar histórias e deexpressá-las transformando suas palavras em imagens.Etapas1. Apresentar aos alunos diferentes imagens, retiradasde jornais, revistas ou reproduções deobras de arte ou fotos, com cenas de: bichosem florestas; pessoas e crianças em praçaspúblicas; crianças de educação infantil em pátiosdurante o recreio; crianças e personagensfictícios em parques temáticos e familiares emsuas casas.2. Em uma roda, pedir às crianças que observemessas imagens e digam o que cada uma representa,o que cada uma “conta”. Quanto maisdetalhada for essa conversa, mais produtivoserá o desenvolvimento do trabalho.3. Dividir a turma em grupos de três ou quatroalunos. Sortear entre os grupos os temas comos quais vão trabalhar: floresta; praça; pátio dorecreio; parque temático e família. Se for necessário,criar mais temas. Pedir aos integrantesdos grupos que tragam imagens dos temas sorteados,retiradas de jornais, revistas ou reproduçõesde obras de arte ou fotos.4. Solicitar aos alunos que mostrem as imagensque trouxeram para a turma e expliquem o queelas representam.5. Pedir que desenhem o cenário do tema. Solicitarque, com massa de modelar, façam figurasde pessoas e bichos para brincar no cenário.Incentivar os alunos a inventar histórias.6. Após a criação oral de pequenas histórias, trabalharcom os alunos a criação de histórias pormeio de imagens. Preparar uma cartolina brancapara cada grupo, dividindo-a em quadros deforma que haja um para cada integrante.7. Distribuir as cartolinas para os grupos. Solicitarque um aluno, de cada grupo, inicie uma história,fazendo um desenho no primeiro quadroda cartolina, sem explicar o que ele representa.Pedir a outro aluno do grupo que faça um desenhono segundo quadro que dê continuidadeao primeiro, e assim por diante.8. Em uma roda com a turma, pedir aos alunosque mostrem as cartolinas com os desenhos edescrevam as imagens com palavras.9. Em uma cartolina, criar com os alunos a capado livro das histórias que fizeram. Juntá-la àsoutras cartolinas, fazer furos e prendê-las comfita ou barbante. Deixar o livro à disposição daturma no cantinho de leitura.Elaboração: Shirley Souza22


ISBN 978-85-322-7547-99 788532 275479ISBN 978-85-322-7444-19 788532 274441ISBN 978-85-322-7557-89 788532 275578ISBN 978-85-322-7554-79 788532 275547ISBN 978-85-322-7555-49 788532 275554ISBN 978-85-322-7556-19 788532 275561Ilustrações deP.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AdodopartirA 1 o ano2oano<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>sentam personagens e conflitoseensão de temas profundos.ntrelaçadas para formardes leitores.O Barba-Azul BICHO NACachinhosESTRADA! de OuroCláudio MartinsRecontado porAna Maria MachadoDonaBaratinhaRecontado porAna Maria MachadoTEMJoão BoboFesta no céuAna Maria MachadoFANTASMAAna Maria MachadoNA RUA!Recontado porOs contos clássicos apresentam personagens e conflitosque facilitam a compreensão de temas profundos.Cláudio MartinsLiteratura e arte entrelaçadas para formargrandes leitores.Recontado porJoão e MariaRecontado porFlavio de Souza13308603clássicos apresentam personagens e conflitosilitam a compreensão de temas profundos.eratura e arte entrelaçadas para formargrandes leitores.Ilustrações deJoão e oSuppapé de eijãoOs contos clássicos apresentam personagens e conflitosque facilitam a compreensão de temas profundos.Literatura e arte entrelaçadas para formargrandes leitores. Recontado porFlavio de SouzaOs músicosIlustrações dede Bremen QUEO patinho eioMaria EugêniaRecontado porTRÂNSITOOs contos clássicos apresentam personagens e conflitosque facilitam a compreensão de temas profundos.Literatura e arte entrelaçadas para formargrandes leitores.Recontado porIlustrações deFlavio de Flavio de SouzaEllen SouzaPestiliMALUCO!Cláudio MartinsOs contos clássicos apresentam personagens e conflitosque facilitam a compreensão de temas profundos.Literatura e arte entrelaçadas para formargrandes leitores.O VeadoOs trêsIlustrações dee a OnçaO rato do campo VAMOSRoberto WeigandporquinhosRecontado porIlustrações deAna Maria Marilda Machado Castanhae o rato da cidade PARA A13200625Recontado porFlavio de SouzaPRAIA!Cláudio MartinsRecontado Ilustrações pordeAna Maria Gilles EduarMachado13200626Ilustrações deEllen PestiliIlustrações deSuppaIlustrações deGilles Eduar13308602Ilustrações deRoberto Weigand13200627Ilustrações deMaria Eugênia13308601Ilustrações deRoberto WeigandColeção: Lê pra mimFormato: 22,5 cm x 26 cmLivros: O Barba-Azul; Cachinhos de Ouro; Dona Baratinha; Festa no Temas abordados:céu; João Bobo; João e Maria; João e o pé de feijão; Os músicos * Aventura, coragem, fantasia ede Bremen; O patinho feio; O veado e a onça;realidade, inteligência e forçaO Coleção: rato do Passeio campo e de o Graça rato da cidade; Os três porquinhos Temas abordados: física, perseverança, conquista,Texto: Ana Livros: Maria Bicho Machado na estrada!, e Flavio Que de trânsito Souza maluco!, * Animais, ecologia, cooperação trânsito, e recompensa cidade,Ilustrações: Ellen Tem Pestili; fantasma Maria na Eugênia; rua!, Vamos Marilda para Castanha; a praia! Suppa; brincadeiras, Tema transversal: medo e viagemTexto Roberto e ilustrações: Weigand; Cláudio Gilles Eduar MartinsTemas transversais: * ÉticaFormato: 20,5 cm x 27,5 cm* Ética* Meio AmbienteOBJETiVOS PEDAGÓGiCOSOBJETiVOS PEDAGÓGicOSApresentamos algumas atividades que integram diversos assuntos abordados na(s) história(s) a outrasáreas Apresentamos do conhecimento, algumas sem, atividades contudo, que esgotar integram as possibilidades diversos assuntos que o(s) abordados livro(s) oferece(m). na(s) história(s) Visamos a outras colaboraráreas do para conhecimento, a construção do sem, conhecimento, contudo, esgotar valorizando as possibilidades a interdisciplinaridade que o(s) livro(s) e despertando oferece(m). o Visamos senso crítico colaboraraluno, para de a construção modo que do sua conhecimento, aprendizagem valorizando e seu comportamento a interdisciplinaridade sejam pautados e despertando na ética, o no senso respeito crítico àsdodiferenças, do aluno, de para modo o desenvolvimento que sua aprendizagem pleno do e seu exercício comportamento de cidadania estejam a que pautados todos têm na direito. ética, no respeito àsdiferenças, Quando para ouve o desenvolvimento ou lê uma história, pleno a criança do exercício não só de aprimora cidadania a a linguagem, que todos têm mas direito. sua visão de mundotambém Objetivamos se amplia. trabalhar Objetivamos, a narrativa assim, oral, por o exercício meio das dos histórias diferentes clássicas, focos narrativos, exercitar a a capacidade criação de de textos interpretação,diversas formas estimular de expressão a criatividade artística, e a dramática expressão e oral, musical. permitir Também melhor propomos compreensão o desenvolvimento do espaço da nossas per-emoradias, cepção do observar olhar e a e pesquisa registrar sobre o crescimento os ambientes das plantas. retratados nas histórias.23


SÍNTESES DAS OBRASBicho na estrada!João Graça ganhou na loteria e ficou rico, mas não consegue ser feliz sem ajudar os outros. Compraum ônibus e transporta as pessoas de graça, para onde precisarem. A paisagem observada por João édescrita com detalhes e o leitor pode acompanhá-la nas ilustrações. Nessa primeira viagem, o motoristarelata tudo o que acontece pelo caminho antes de chegar à cidade. São momentos divertidos, outros detensão, mas tudo acaba em festa quando a viagem é feita com João.Que trânsito maluco!João Graça não aguenta mais o trânsito da cidade, que está insuportável: é buzina, fumaça e ultrapassagensperigosas que não acabam mais! Conforme o ônibus recorta a cidade, a confusão aumenta e Joãopensa que deve estar acontecendo algo de inusitado, possivelmente uma greve. Quando tudo parece definitivamenteparado, João e seus passageiros percebem que estão no meio de um show de rock bastanteanimado. A solução é uma só: aproveitar a festa!Tem fantasma na rua!João leva uma turma de crianças e sua professora a um endereço misterioso: rua do Conde. Percorrendoo caminho desconhecido e vendo a noite cair, João começa a imaginar perigos inexistentes e uma ameaçade fantasmas e seres monstruosos. Teme pelas crianças, mas na verdade ele mesmo tem um medo enorme.Ao se aproximarem do endereço, parece que os temores de João se tornam realidade: muita genteesquisita rodeia o ônibus. O motorista precisa da ajuda de todos para se acalmar e perceber que chegarama um circo. Mais tranquilo, ele ri do próprio desespero e resolve curtir a noite de espetáculo.Vamos para a praia!João conduz um grupo de pessoas para a praia. Todos querem fugir da chuva e do frio da cidade paraencontrar o calor da praia e do mar. O entusiasmo é geral até João decidir improvisar: sai da estrada principale segue por um caminho secundário, uma estradinha de terra um tanto abandonada. Os passageirosficam nervosos e chegam a se desesperar quando a noite cai e estranhas luzes aparecem no céu. Atémesmo João fica na dúvida se fez uma boa escolha. Seres estranhos surgem e todos ficam assustados,mas são apenas apicultores, que presenteiam os passageiros com mel. Todos se animam e nem percebemque um verdadeiro disco voador acompanha o ônibus em seu caminho para a praia.24


ATiViDADES iNTERDiSciPLiNARESAntes da leitura* Escolher, aleatoriamente, uma página dupla dolivro e ler com os alunos. Mostrar como tudo oque está descrito no texto pode ser encontradonas ilustrações, se a observação for atenta.* Conversar sobre o tema do livro: quando viajam,que tipo de animais veem nas estradas?Como se sentem quando estão no trânsito?Como acham que as pessoas se sentem em passarhoras no trânsito todos os dias? Acreditamem fantasmas ou conhecem quem acredita? Oque levam e o que fazem quando vão à praia?* A partir da ilustração de capa, discutir o que aturma pensa que acontecerá na história.Língua Portuguesa* Ler o livro com a turma, identificando nas ilustraçõestudo o que o texto descreve.* Observar as ilustrações e descrever oralmenteoutras coisas mais que João viu pelas janelasmas não descreveu no texto.* Pedir que os alunos recontem a história, emprosa e na 3 a pessoa do singular. Exemplificarcomo ficariam alguns trechos.* Em uma roda de conversa, discutir com os alunos:como seria se eles fossem João Graça? Paraonde levariam o ônibus? Quem viajaria comeles? Como seria essa viagem?* Escrever, coletivamente, uma nova aventurapara João Graça.* Solicitar a cada aluno que escreva um texto,em prosa ou verso e em 1 a pessoa, descrevendocom detalhes tudo o que vê no caminho decasa para a escola.História* No início do texto, João diz ter sido “soldado,bombeiro, eletricista, sanfoneiro, equilibristae muitas coisas mais”. Propor aos alunos quepesquisem essas profissões: será que elas setransformaram? Por quê? Estimulá-los a fazer omesmo com as profissões exercidas pelos paise familiares. É possível ampliar esta atividadecriando, com a turma, uma linha de tempo paraprofissões em geral, identificando as mais antigas,as mais recentes, as que se modificaramao longo do tempo e as que não existem mais(por exemplo, entregador de leite, mascate, artistade circo, ator, caixeiro-viajante, acendedorde lampião, piloto de avião, médico, condutorde carruagem, datilógrafa, especialista em informática,digitador etc.). Promover uma rodade conversa e esclarecer o que eles não souberem(por exemplo, antes de 1879 não poderiamexistir eletricistas, pois não havia luz elétrica).Geografia* Conversar com os alunos – fazendo perguntase esclarecendo, quando necessário – sobre oambiente em que se passa a história (campo,cidade, litoral), procurando identificar como éa paisagem comumente encontrada nesses ambientes,qual a forma de vida das pessoas, quaisos animais mais comuns.* Pedir que cada aluno traga informações e imagensdo campo, da cidade e do litoral. Dividir osalunos em grupos. Cada grupo reúne os dadospesquisados e os dispõe em cartazes. Promoveruma discussão com o objetivo de destacar asdiferenças entre esses ambientes.25


ciências Naturais* Observar, com o grupo, as ilustrações do livroe identificar o que está de acordo com o quefoi pesquisado e o que parece estranho, forade lugar.* Em todas as histórias, o ônibus aparece emambientes diferentes: alguns mais tranquilos,outros com trânsito intenso. Estimular osalunos a perceber que nas grandes cidades otrânsito é intenso devido ao número de automóveis,ônibus (que atendem às necessidadesde transporte dos cidadãos) e caminhões(que transportam mercadorias). Já em muitascidades do interior a população é menor, diminuindoassim a necessidade de transportecoletivo; por isso, o trânsito é mais tranquilo.Comparar com os alunos o trânsito e osmeios de transporte das cidades grandes comos das cidades de zonas rurais e do litoral. Pormeio da discussão e da reflexão, identificarquando e por que o trânsito se transforma emum problema (excesso de automóveis, poluiçãodo ar, sonora e visual, estresse, alergias,má qualidade do ar e de vida, desperdício detempo etc.).Arte* Propor aos alunos que criem ilustrações, baseadasem passeio que eles tenham feito, cheiasde detalhes, como as ilustrações do livro.* Pedir que a turma dramatize a história. Dividiros papéis entre os alunos e orientar a produçãode cenários e figurinos de acordo com o ambienteretratado no livro.* A partir do livro Vamos para a praia!, proporaos alunos que, coletivamente, digam oque sabem sobre o mel. Trazer e pedir que osalunos também tragam imagens de abelhas.(Algumas informações sobre mel e abelhas: omel é uma substância produzida pelas abelhasa partir do néctar das flores. As abelhas vivemem uma sociedade na qual cada um doscomponentes tem uma tarefa específica – umarainha, mãe de todas as abelhas da colmeia,poucos zangões e as operárias. Na colmeiapode haver mais de 50 mil delas. Elas cuidamdos filhotes e da rainha, coletam néctar e pólen,fabricam cera, mel, própolis, geleia real, eainda limpam a casa e protegem o ninho. Asabelhas produzem um veneno com o qual sãofeitas vacinas, cera, geleia real, além de própolis(usado na fabricação de remédios) e mel,que ajuda na digestão e previne doenças respiratórias.Reunir todo o material e mostrá-lo àturma. Promover uma conversa para estimulara compreensão do tema tratado.* Com base na leitura de Que trânsito maluco!,discutir com a turma a questão da poluição doar provocada pelo trânsito intenso de veículosnos grandes centros urbanos.* Identificar, com a turma, na história lida, quaisos animais tipicamente urbanos e quais os rurais.Também observar, página por página, setodos os animais retratados são domésticos ouse aparece algum animal selvagem. A turmapode ainda pesquisar mais informações sobreesses animais e como vivem.26


cRiAÇÃO E PRODUÇÃOconhecendo o lugar onde eu vivo – exercício de observação e registroA coleção Passeio de Graça apresenta um narrador com um jeito detalhista de observar omundo. Por onde viaja, o personagem-narrador consegue identificar cenas curiosas, paisagensinteressantes, detalhes que normalmente passam despercebidos para a maioria das pessoas.Treinar o olhar é importante e pode levar os alunos a experiências de percepção diferenciadas.Conhecendo o lugar onde eu vivo propõe um exercício direcionado ao ambiente local, seguidode registro e análise crítica, para identificar regularidades e particularidades da paisagem.Etapas1. Inicialmente, cada aluno redige um texto descrevendoo bairro ou a cidade em que vive. Aturma deve ser orientada a ser o mais detalhistapossível, descrevendo tudo o que lembrar. Darsugestões aos alunos (lojas, padarias, semáforos,árvores, flores, pontes, mercados etc.) epermitir que eles tenham tempo suficiente pararealizar a atividade.2. Organizar passeios com o grupo pelo bairroou pela cidade. Se houver possibilidade, fazertrajetos com um ônibus, observando a paisagemda janela e registrando o que veem naforma de anotações, fotografias e desenhos.Depois, realizar com eles o mesmo trajeto apé, solicitando que façam outros registros semelhantesao que fizeram anteriormente.3. Em sala de aula, discutir os registros feitos pelaturma. Comparar o que registraram no passeiode ônibus com o registrado no passeio a pé.Verificar o que foi observado por uns e não poroutros. Questioná-los sobre os motivos de pessoasdo mesmo grupo perceberem o passeio deforma diferente.4. Repetir o passeio com a turma um mês depois.Os alunos vão tentar perceber o que não tinhamvisto anteriormente e fazer novos registros dopasseio. Todo detalhe é importante: onde háum rio (e as condições desse rio), onde há mato,onde há pavimentação ou ausência dela etc.5. Em sala de aula, perguntar aos alunos se houvealguma mudança depois de um mês. Compararos diferentes registros feitos. Destacar o quedescobriram na região em que vivem e que nãotinham notado antes do início do projeto.6. Orientar os alunos a organizar, em um caderno,todo o material individual que reuniram ao longodo projeto, que deve começar com o textoredigido antes do primeiro passeio.7. Para encerrar o caderno, os alunos fazem outrotexto descrevendo sua nova percepção.8. É importante, ao final do projeto, perceber quemuitas vezes percorremos um trajeto diariamentesem observá-lo em detalhes, concentrandonossa atenção em outras coisas. Observar tambémque a paisagem muda com o passar dotempo, mesmo em um período curto.Elaboração: Shirley Souza27


2oanO desenvolvimento da capacidade leitora é uma das maisimportantes conquistas do ser humano. Nessa fase, a compreensãode mundo da criança pode ser estimulada por temas quetenham relação com seu cotidiano, embora com personagensimaginários, como animais, plantas ou objetos que falam.Quando o leitor está dando os primeiros passos de sua longajornada pelo mundo da leitura, uma forma de despertar seuinteresse é fazê-lo mergulhar em histórias divertidas e envolventesque guardem similaridade com suas próprias histórias,descobertas e vivências.


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AP.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.A<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>cultivando leitoresCIRANDA DOS INSETOSInsetos conhecidos e insetos esquisitos.Em vinte e três estrofes, trinta e uminsetos vão desfilando, do mais comumao mais raro, apresentados com humore delicadeza, na ciranda bem-humoradade Ciça.doa partir2 o anoLivro: Ciranda dos insetos,!7II5D2-cghjce!ISBN 978-85-322-6792-4Autora: CiçaIlustradora: Elisabeth TeixeiraNúmero de páginas: 32Formato: 21 cm × 24 cm13307183Tema abordado:* InsetosTemas transversais:* Ética* Meio AmbientesÍntese da ObraInsetos conhecidos e insetos esquisitos. Imagine uma ciranda superdivertida, capaz de misturar váriosnomes de insetos, dos mais comuns aos mais estranhos. Em vinte e três quadrinhas, trinta e um insetos vãodesfilando, apresentados com humor e delicadeza na ciranda de Ciça.sObre a autOraCecília Whitaker Vicente de Azevedo Alves Pinto, a Ciça, nasceu em São Paulo, onde vive atualmente.Durante vinte anos, suas histórias em quadrinhos foram publicadas por grandes jornais brasileiros, como aFolha de S.Paulo e o Jornal do Brasil. Tem mais de vinte livros publicados, entre poesias, quadrinhos e livrosinfantojuvenis, dentre eles O tapa e Bichos, Bicho!, pela <strong>FTD</strong>.29


JoAninhAPensa Joana Joaninha,triste, na frente do espelho:– Ando tão enjoadinhadeste casaco vermelho...17libélulALibélula, Libelinha,não namore o louva-a-deus!Se ele te der um abraço,adeus, Libelinha, adeus!ObjetivOs pedagógicOs* Aproximar os leitores do livro Ciranda dos insetos,por meio de uma conversa preliminar sobreo tema dos poemas; exercitar a leitura dasquadrinhas de diferentes maneiras; aprender oque são quadrinhas; conhecer quadrinhas populares;escrever quadrinhas e narrativas sobreinsetos ou sobre animais vertebrados, como osmamíferos.* Conhecer um pouco sobre o papel simbólicode alguns insetos na cultura e na história dedeterminados povos.* Ampliar os conhecimentos sobre os locais geográficosonde ocorrem algumas espécies deinsetos.* Realizar diversas atividades artísticas que tenhamcomo ponto de partida os insetos tematizadosno livro de Ciça.* Aprender que alguns insetos brasileiros corremrisco de extinção; pesquisar como são e comovivem esses insetos.antes da leitura* Conversar sobre insetos com a turma, lembrandoos nomes de alguns deles, quais são consideradosbonitos, quais provocam medo ounojo, de quais os alunos gostam mais. Informaros alunos de que os insetos são a forma de vidadominante na terra: existem mais de setecentasespécies catalogadas. Muitas ainda não foramdescobertas nem estudadas.* Abrir espaço para que os alunos comentem experiênciasque tiveram com insetos: alguém jávisitou um museu de história natural? Alguémtem uma história engraçada para contar, envolvendouma barata, um grilo, uma borboleta?Ou o relato de um susto?* Observar a capa do livro com os alunos: elesreconhecem alguns dos insetos retratados nailustração? Pedir a eles que imaginem qual oconteúdo do livro, a partir do título, Cirandados insetos. Registrar as respostas, para retomá--las após a leitura.30


atividades interdisciplinareslíngua portuguesa* Após a leitura dos poemas do livro, retomar asideias sobre insetos e as histórias contadas pelosalunos antes da leitura. Será que alguém fezcomentário sobre barata, por exemplo, parecidocom a quadrinha “Barata”?* Pedir aos alunos que localizem no livro trechosque consideram engraçados e expliquem porque provocam efeito cômico.* Solicitar aos alunos que identifiquem as quadrinhasde que mais gostaram, justificando aresposta: os versos são surpreendentes? Fazempensar? Fazem rir?* Promover uma leitura coletiva das quadrinhaspreferidas da turma enfatizando ritmo e rima.* Explicar à turma o que é quadrinha: uma formapoética muito popular no Brasil, formada geralmentepor quatro versos de sete sílabas cada um.As quadrinhas são muito usadas em canções,desafios, adivinhas, provérbios populares.* Apresentar à classe quadrinhas populares,como “O anel que tu me destes/Era vidro e sequebrou/O amor que tu me tinhas/Era pouco ese acabou”. Os alunos podem pesquisar outrasquadrinhas assim e trazê-las para a sala de aula,a fim de compartilhá-las com os colegas.* Dividir a turma em grupos e pedir que façamquadrinhas bem-humoradas, como as de Ciça,sobre outros insetos ou sobre animais vertebrados,como os mamíferos.* Solicitar aos alunos que produzam uma narraçãosobre determinado inseto a partir de umaquadrinha de Ciça. Eles podem, por exemplo,escrever uma história curta sobre a Joaninha,que estava cansada de seu casaco vermelho.História* Informar os alunos de que alguns insetos tiveramgrande importância na história de determinadospovos. No Egito antigo, o escaravelho eraconsiderado sagrado: muitas vezes o deus-Solfoi retratado como um escaravelho. Já as abelhastinham papel importante para os antigosegípcios, gregos e romanos. As moedas gregastinham uma abelha estampada em uma de suasfaces, como símbolo de riqueza.* Pedir à turma que pesquise dados, incluindo imagens,sobre o papel simbólico que alguns insetostêm ou tiveram em determinadas sociedades. Asformigas, por exemplo, costumam ser associadasao trabalho, à disciplina, à união. Já as borboletasmuitas vezes são relacionadas à alma e àimortalidade, porque se transformam dentro dascrisálidas, das quais saem para voar.* Dividir a turma em grupos e solicitar que osgrupos criem cartazes com imagens de insetosque mostrem o que simbolizam em nossa sociedade.Com base nas informações encontradas,cada grupo pesquisa um inseto e produzum cartaz informativo. No final da atividade,os cartazes serão afixados na classe ou em outroponto da escola e formarão um mosaicobastante instrutivo e bonito.geografia* Pedir aos alunos que identifiquem os insetos quecostumam aparecer em ambientes domésticos eaqueles mais comumente vistos na natureza.* Solicitar à turma que pesquise quais dos insetostematizados no livro são comuns em sua regiãoe onde são encontrados.31


ciências naturais* Incentivar a turma a pesquisar insetos que existemapenas no Brasil ou nas Américas. A borboleta-coruja,por exemplo, é encontrada apenasna América do Sul. Trata-se da maior borboletada fauna brasileira: de ponta a ponta das asas,ela pode medir até 17 cm de envergadura.arte* Observar as ilustrações da história e discutir apossível técnica usada pelo ilustrador. Propor aosalunos que criem novas ilustrações buscando desenvolvertécnica semelhante à utilizada no livro.* Criar fantoches com base nos insetos retratadosno livro para encenar com eles uma peça de teatroem que as quadrinhas sejam declamadas.* Assistir com a turma a filmes de animação quetenham insetos como personagens principais.Vida de inseto, da Pixar, FormiguinhaZ, daParamount, e Bee-Movie, da Dreamworks, sãoalgumas animações que podem ser assistidas ecomentadas em sala de aula.* Apresentar aos alunos canções populares sobreinsetos, como A barata, que começa assim: “Abarata diz que tem/ sete saias de filó/ é mentirada barata/ ela tem é uma só”...* Pedir aos alunos que transformem as quadrinhasdo livro de Ciça em tirinhas ilustradas,como aquelas publicadas em jornais. Auxiliar aturma nessa atividade.* Em uma atividade coletiva, construir móbiles,usando materiais como papel ou papelão, emque haja vários tipos de insetos reunidos, comoborboletas, mariposas, cigarras.* Perguntar aos alunos se eles conhecem todosos insetos tematizados nas quadrinhas. Listaros que desconhecem. Pedir-lhes que façamuma pesquisa e tragam imagens e textos sobreesses insetos. Compor um painel com o resultadodas pesquisas.* Informar os alunos de que há 96 insetos quecorrem risco de extinção no Brasil, segundo oInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE). A lista inclui abelhas, besouros, formigas,borboletas, libélulas e mariposas. Há,ainda, 34 invertebrados terrestres que tambémpodem desaparecer em nosso país, entre elesaranhas, caracóis e minhocas.* Explicar que, de acordo com pesquisas do IBGE,quatro espécies de insetos já teriam entrado paraa lista de animais extintos do Ibama: a formigaSimopelta minima, que ocorria na Bahia, a libélulaAcanthagrion taxaense, no Rio de Janeiro,e as minhocas Fimoscolex sporadochaetus (conhecidacomo minhoca branca) e Rhinodrilusfafner (minhocuçu ou minhoca gigante), quetinham ocorrência em Minas Gerais.* Solicitar aos alunos que façam pesquisas sobreos insetos que correm risco de extinção ou quejá estariam extintos. Eles devem procurar sabercomo são esses insetos, como e onde vivem,por que estão desaparecendo ou já são consideradosextintos. Um bom ponto de partida paraa pesquisa é o site do IBGE, onde estão disponíveisos mapas da extinção de insetos noBrasil: . Em dia previamentemarcado, pedir que a turma traga todos os dadosresultantes da pesquisa.32


criaÇÃO e prOduÇÃOOs insetos na arteO projeto Os insetos na arte propõe um exercício de pesquisa que possibilita conhecerdiferentes obras de arte que têm insetos como tema ou personagens. Por meio da pesquisa eda aproximação com diferentes formas de arte, os alunos poderão aprender o importante papelsimbólico dos insetos em nossa cultura. O objetivo principal é aumentar o repertório artísticodos alunos, estimulando diferentes competências, como pesquisar um tema e preparar umaapresentação sobre ele.Etapas1. Dividir a classe em grupos e propor a cada umdeles que faça uma pesquisa sobre insetos naliteratura, na música, nas artes visuais, no cinema,no teatro, nas histórias em quadrinhos,entre outras possibilidades.2. Orientar os grupos na realização da pesquisa,indicando artistas, livros, sites. Na literatura,por exemplo, há várias fábulas protagonizadaspor insetos, como A cigarra e a formiga. Hácanções populares, como A barata, em que insetossão o tema principal. São vários os filmesinfantojuvenis, os desenhos animados, as históriasem quadrinhos cujas personagens são insetos.3. Solicitar aos alunos que tragam os dados dapesquisa para a sala de aula, a fim de compartilhá-loscom os colegas.4. Propor aos alunos que preparem apresentaçõese exposições sobre os textos, canções, imagens,filmes, peças etc. que pesquisaram, paramostrá-los aos colegas de outras classes. Asapresentações e exposições podem ocorrer emum grande evento, num dia especialmente reservadoàs atividades.5. Produzir cartazes informativos ou painéissobre insetos nas artes, com breves textosinformativos e ilustrações, colagens, fotografias.Organizar o material em formato deuma exposição. Monitorar de perto essa atividade,orientando os alunos quando houvernecessidade.6. Estimular a turma a ensaiar canções sobre insetos,para apresentar no dia do evento.7. Os alunos podem também organizar sessõesde cinema em que serão exibidos filmes ou desenhossobre o tema Os insetos na arte.8. Propor à turma que produza e encene uma peça(pode ser baseada em peças já existentes). Sepossível, criar, com os alunos, um figurino divertidopara caracterizar os personagens-insetos.Apresentar no dia do evento.9. Convidar profissionais, como biólogos, quepossam falar sobre a vida e as características dedeterminados insetos.10. Avaliar a atividade com os alunos, após sua realização.Conversar com eles sobre o que aprenderam,de que aspecto da atividade mais gostaram,o que poderia ter sido melhor.Elaboração: Cilza Bignotto33


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AP.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.A<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>A partirdo2o anoEsta e éuma historia sensvel e reveladorasobre as coisas que sao importantespara cada um de noós.Livro: Coisas importantesAutor: Peter CarnavasTradutora: Regina DrummondIlustrador: Peter CarnavasNúmero de páginas: 32Formato: 24 cm x 24 cmISBN 978-85-322-7920-09 788532 27920013301427CesCoisas importantesPeter CarnavasTraducaoRegina DrummondTemas abordados:* Família, perda, convivência comas diferenças, amor, saudades,superaçãoTemas transversais:* Pluralidade cultural* Ética e cidadaniasÍntese da obraA mãe de Felipe faz tudo em casa, dos reparos necessários às brincadeiras com o filho, ela sempre estápresente. Ela decide reunir os pertences do marido e levá-los a uma loja de objetos usados. Um jeito detentar esquecer. Felipe concorda, mas não aceita realmente a decisão. Em silêncio, aos poucos, o garotocomeça a trazer de volta os objetos como forma de se lembrar do pai. Mãe e filho conseguem revelar seussentimentos e decidem arrumar espaço para o que havia sido do pai e dão nova utilidade aos objetos, alémde eles servirem como uma doce lembrança.sobre o autorPeter Carnavas sempre gostou de desenhar e escrever histórias, mas também sonhava em ser um músicofamoso em todo o mundo. Depois de fazer livrinhos para a família e lecionar por alguns anos, dedicou-seaos livros de imagens. Imediatamente se apaixonou pelo trabalho. Atualmente, mora em Sunshine Coast,Austrália.34


e deixaram todas aquelas coisas sem importânciaem uma loja de objetos usados.– Talvez alguém ainda possa usar algumas dessas coisas –disse a mãe de Felipe. – Nós não precisamos mais delas.objetivos pedagógicos* Aproximar o leitor do texto e estabelecer relaçõesentre o ficcional e a realidade cotidiana;exercitar a capacidade de formulação de hipótesesa partir da observação das ilustrações.* Verificar a confirmação ou não das hipóteses formuladas;estudar as características do narradorda história; estudar foco narrativo; avaliar comoa ilustração amplia as informações do texto; desenvolveruma reflexão sobre a importância dascoisas para o cotidiano dos alunos; conversar sobrea dificuldade de falar sobre sentimentos; criaruma continuação para a história.* Refletir sobre a estrutura familiar atual e comoela mudou ao longo do tempo; conhecer o comérciode objetos usados; refletir sobre a distribuiçãodas atividades no núcleo familiar.* Identificar características do lugar em que a históriase passa a partir das ilustrações; pesquisarinformações sobre o país em que vive o autor;comparar a realidade da Austrália com a do lugarem que vivem os alunos.* Realizar a dramatização da história; analisar asilustrações do livro e reconhecer a relação delascom o texto; identificar os momentos ilustradose desenvolver novas ilustrações; criar retratosde família; desenvolver práticas de reutilizaçãode objetos.* Retomar ou desenvolver o conceito dos 3Rs;avaliar a caracterização do ambiente em que sepassa a história; relacionar os animais conhecidoscomo domésticos ou silvestres.antes da leitura* Discutir com os alunos o título do livro e a ilustraçãoda capa, levantando hipóteses sobre quemsão os personagens retratados e que coisas importantessão mencionadas pelo título. Pedir a elesque folheiem o livro e observem mais atentamenteas ilustrações. Perguntar-lhes como as imagensrefletem o texto: “A mãe de Felipe fazia tudo”.35


atividades interdisciplinaresLíngua Portuguesa* Retomar as hipóteses criadas pelos alunos antesda leitura e verificar quais delas se confirmaram.Discutir por que esses objetos eram importantespara os personagens.* Conversar com os alunos sobre quem é o narradorda história e trabalhar outros focos narrativos,pedindo a eles que reescrevam trechosusando outro narrador. Discutir com a turma oque muda na história com a alteração do foconarrativo.* Questionar os alunos sobre o sentido da frase“A mãe de Felipe tinha de fazer tudo, porque opai havia saído da vida deles”: ele abandonou afamília e deixou para trás alguns pertences? Ossentimentos de Felipe e sua mãe indicam queo pai morreu ou foi embora? Deixar que os alunosexponham suas opiniões em uma roda deconversa e retirem do texto os argumentos paraembasar suas conclusões. O importante é queeles compreendam que o texto fala de perda,mas não especifica como ela ocorreu.* Propor aos alunos que pensem em objetos quefazem parte de seu dia a dia e que normalmentenão parecem importantes, mas que lembrampessoas queridas. Pedir-lhes que criem umahistória sobre um desses objetos que mostre omotivo de sua importância.* Salientar para os alunos que, nas páginas 24e 25, não é o texto que revela o encontro deFelipe e sua mãe e sim a ilustração. Pedir quedescrevam o desenho, transformando-o emtexto. As versões podem ser comparadas emuma roda de conversa.* Discutir com a turma os sentimentos de mãe efilho: ela queria esquecer, ele queria lembrar epor que ela mudou de ideia.* Em uma roda de conversa, discutir com os alunosa dificuldade que algumas pessoas têm defalar o que sentem. Incentivá-los a contar situaçõesem que também não conseguiram explicarseus sentimentos.* Propor aos alunos que criem uma continuaçãopara a história, que pode ser compartilhada emuma roda de leitura.História* Conversar com os alunos sobre as diferentes estruturasfamiliares possíveis hoje em dia e comoelas foram mudando ao longo do tempo. Naorigem, o núcleo familiar era pai, mãe e filhos.Hoje é comum avós, padrasto, madrasta, tiosfazerem parte desse núcleo.* Sugerir aos alunos que analisem as atividadesrealizadas pela mãe de Felipe e avaliem quaispoderiam ser atribuídas ao pai do garoto.Estimular a conversa sobre a divisão de tarefasdomésticas: o que a mãe faz, o que o pai faz eo que os filhos podem fazer.geografia* Pedir à turma que observe atentamente as ilustraçõese verifique as informações que elas trazemsobre o lugar em que a história se passa:como as pessoas se vestem? Como é o clima?O relevo? A flora? É parecido com o Brasil?.36


* Retomando a informação de que o autor morana Austrália, sugerir aos alunos que busquemdados sobre esse país e a região de SunshineCoast e comparem-nos com os do lugar em queeles próprios vivem, identificando semelhançase diferenças.arte* Ajudar os alunos a preparar uma leitura dramatizadada história, que pode ser realizada com aprojeção das ilustrações do livro. Outra opção éorientá-los a realizar uma “contação” de história,em que eles possam usar recursos cênicos,música, interpretação e objetos para representá-la.* Incentivar os alunos a observar as ilustraçõesdo livro e analisar suas características: asuavidade das cores, os traços leves, as imagensora simples, ora detalhadas, o efeito de aquarela.Discutir como essas características dialogamcom o texto e os sentimentos de Felipe e suamãe.* Discutir com a turma como as ilustraçõescontam detalhes que vão além do texto.Solicitar aos alunos que realizem, coletivamente,uma leitura detalhada das ilustraçõespara identificar como isso acontece econtem a história apenas pela observaçãodas imagens.* Propor aos alunos que criem novas ilustraçõespara o livro, destacando outros detalhes do texto,ou dando nova interpretação a ele.* Propor à turma que crie quadros tendo comotema a família de cada um. Antes de os alunoslevarem o trabalho para casa, as imagens poderãoser expostas na sala ou na escola.* Promover na sala de aula o dia do “novo uso”.Os alunos podem trazer de casa objetos usadosou embalagens vazias e dar a eles novas utilidades,como, por exemplo, transformar um potede maionese vazio em porta-lápis.ciências naturais* Retomar com a turma a reflexão da mãe deFelipe na página 15: “Talvez alguém ainda possausar algumas dessas coisas. [...] Nós nãoprecisamos mais delas”. Relacione essa atitudeao ato de reutilizar e relembre ou desenvolva oconceito dos 3Rs.* Trabalhar o ciclo de vida dos animais para queas crianças entendam que a morte é uma etapanatural desse processo. Desenvolver a reflexãocientífica sobre o tema e deixar os alunos manifestaremsua opinião, bem como suas crenças,sobre o assunto.* Em uma roda de conversa, propor aos alunosque avaliem o ambiente retratado na história: érural? Urbano? Preservado? Degradado? Comoé a casa de Felipe? E o quintal? Compará-lo àrealidade da região em que vivem os alunos.* Pedir aos alunos que identifiquem os animaispresentes nas ilustrações (peixe, cachorro epássaros). Trabalhar com eles o conceito deanimal doméstico e silvestre.37


CRIAÇÃO E PRODUÇÃOCoisas importantes, pessoas importantes – exposição artística e diade atividadesEm Coisas importantes somos levados a refletir sobre o que torna algo especial, nas relações quetemos com nossos familiares, no sentimento de perda e no desafio de expressar nossos sentimentos.A valorização da relação familiar é um tema muito importante nos dias atuais, na medida em quenem sempre damos atenção a quem está ao nosso lado. A atividade Coisas importantes, pessoasimportantes propõe algumas ações de sensibilização em que a família ocupa o papel central.Etapas1. Pedir aos alunos que tragam de casa um objetoque lembre cada um dos seus familiares, comopeça de roupa, objeto de uso pessoal, fotografiaetc.2. Na sala de aula, se for possível, fotografar essesobjetos, imprimir as fotos e montar um painel.Os alunos podem também fazer desenhos doobjeto. Cada aluno montará o painel da sua família,fazendo colagem de imagens e escrevendoo nome de quem cada imagem representa.Esses painéis poderão ser feitos com cartolinae usando diferentes recursos artísticos: criaçãode molduras, colagem de folhas e flores secas,diversas texturas, elementos que decorem eunam as fotos.3. Orientar os alunos a desenharem um retrato desua família, incluindo-se nele. Trabalhar diferentestécnicas plásticas nessa atividade.4. Discutir com a turma atividades interessantesde realizar com os familiares em um dia especial,dedicado a eles na escola. Proponha ideiasgenéricas como gincanas, brincadeiras, cantigasetc. Depois, pedir aos alunos que especifiquemcada atividade, elaborando como serãoas ações.5. Preparar a releitura do livro, ensaiando com elesuma apresentação, que pode ser acompanhadada projeção das ilustrações ou encenada pelaturma.6. Confeccionar com a turma convites para o eventoe enviá-los aos familiares.7. Organizar o dia da família na escola, preparandouma exposição com painéis feitos por elesnas etapas 1 e 2 e com os retratos da etapa 3.Isso pode ser feito na sala de aula ou em outroambiente da escola, como pátio ou auditório.8. Promover a apresentação do texto trabalhadopela turma e, depois, realizar as atividades ebrincadeiras selecionadas pelos alunos.9. Formar uma roda de conversa, ao final do período,em que os familiares possam dizer como sesentiram ao participar do evento, o que viramde especial nesse dia.10.Avaliar os resultados da mobilização e o quesua turma aprendeu ao longo do projeto. Issopode ser feito por meio de um bate-papo emsala de aula após o encerramento das atividades.Também é interessante pedir aos alunosque escrevam um texto sobre o que é especialem suas famílias.Elaboração: Shirley Souza38


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.A<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>MUITAS HISTÓRIAS EM UM SÓ LIVRO!A partirdoEra uma vEz um lugar.Era uma vEz pai E filha.Era uma vEz uma sEmEntinha.Então... o quE acontEcEu com cada um?1 o anoEstE livro conta muitas históriaspor mEio dE imagEns quE mostram dE tudo:a história do lugar, a história das pEssoasE a história dE uma árvorE, a maciEira.divirta-sE com tantas histórias!Livro: Mas será que nasceria a macieira?Autores e ilustradores: Alê Abreu eNúmero de páginas: 32Formato: 22,5 cm x 26,5 cmPriscilla KellenISBN 978-85-322-7411-39 788532 27411313301424Alê AbreuPriscilla KellenMas seráque nasceriaa macieira?Temas abordados:* Transformações dapaisagem natural empaisagem humanizada,história de uma famíliaTema transversal:* Meio ambientesÍNtese da obRaUma narrativa visual em 14 cenas: uma paisagem natural; da paisagem resta apenas uma árvore, surgeuma casa; pai e filha fazem piquenique; o pai vê o resto de uma maçã no chão; os dois plantam a maçã;a macieira brota; a menina cuida da macieira; o pai e a filha, agora moça, veem a macieira dar flores; amoça e um rapaz comem maçãs; a moça e o rapaz passeiam próximos à macieira; a moça fica grávida;a moça, o rapaz e o filho pequeno voltam para casa porque começa a relampejar; em frente à macieiraqueimada, mãe e filho plantam; um rapaz toca flauta, sentado sobre um tronco de árvore, atrás dele, vê--se uma árvore crescendo.sobRe os aUtoResAlê Abreu ilustra livros e faz desenhos animados, como Garoto cósmico, lançado no Brasil em 2008 etransformado em livro pela <strong>FTD</strong>. Priscilla Kellen é ilustradora e designer gráfico.39


27objetivos pedagógicos* Declamar uma letra de música em forma dejogral; narrar a história sob diferentes pontosde vista; criar falas para as cenas; escrever umrelato autobiográfico; conhecer a estrutura dogênero receita; narrar, oral e coletivamente, ahistória do lugar onde se passa a história.* Pesquisar a história do lugar onde os alunos vivem.* Refletir sobre a participação do ser humano natransformação da paisagem.* Conhecer o gênero natureza-morta; conhecer apintura de René Magritte; conhecer a colagemna história da arte; ouvir grandes flautistas eviolonistas brasileiros.aNtes da LeitURa* Mostrar a capa do livro e propor aos alunos observarema ilustração: o que a ilustração representa?O que a menina está fazendo? O que aconteceuantes? O que será que vai acontecer depois?* Ler o título da obra e propor aos alunos relacionaremo título com a ilustração: observando ailustração e lendo o título, dá para ter algumaideia sobre essa história?* Mostrar aos alunos a quarta capa do livro. Ler otexto de quarta capa e perguntar se eles descobrirammais pistas sobre a história.* Pesquisar e comparar preços de diferentes tiposde maçã; estimar preços de diferentes produtose compará-los com os preços praticados nomercado.* Pesquisar informações sobre a maçã e o cultivoda macieira; participar de uma gincanasobre esse assunto; escrever sobre as característicasfísicas e o comportamento dos animaisque aparecem na história; a partir dasilustrações, elaborar questões de interessecientífico e apresentá-las sob a forma “Vocêsabia?”.40


atividades iNteRdiscipLiNaResLíngua portuguesa* Ler a letra da música “Mas será que nasceria amacieira?”, na página 3; propor aos alunos queleiam essa letra em forma de jogral: em grupo de8 alunos, cada aluno lê um verso; em grupo de 4alunos, cada aluno lê um verso da primeira estrofee, depois, da segunda; em dupla, cada alunolê um verso, alternadamente, da primeira estrofe;na segunda, alternam o turno de fala a cada sinalde pontuação (vírgula e ponto de interrogação).* A história é composta por 14 cenas. Dividir osalunos em grupos para que cada grupo narreuma cena do ponto de vista do leitor (que estáfora da cena) e, em seguida, do ponto de vistade cada personagem.* Escrever a história do ponto de vista de um dosseguintes personagens: a menina, o pai, o namorado,o filho.* Propor aos alunos que escolham uma cena da históriae escrevam falas para os personagens, comose a cena fosse de uma história em quadrinhos.* A cena das páginas 8-9 mostra um piquenique.Conversar com os alunos se já participaram de umpiquenique, com quem, onde, quando etc. Depoisdesse aquecimento oral e coletivo, propor que relatem,por escrito, um piquenique de que participaram.Sugerir que leiam seus relatos para a turma.* Na ilustração das páginas 8-9, aparece um bolo.Conversar com os alunos sobre o possível sabordesse bolo. Propor que pesquisem, em casa,uma receita de bolo. Escrever, no quadro degiz, uma dessas receitas. Conversar sobre a estruturade uma receita: ingredientes e modo de fazer.Se possível, preparar um bolo com os alunos.* Ler o texto de quarta capa para os alunos. Otexto afirma: “Este livro conta muitas histórias”e, mais adiante, enumera, entre outras: “a históriado lugar”. Propor aos alunos narrarem, orale coletivamente, a história desse lugar. Depois,registrar essa história no quadro. Sugerir quecopiem e ilustrem a história.História* Propor aos alunos pesquisarem fotografiasdo lugar onde vivem, de épocas diferentes. Aabrangência pode ser a rua, o bairro, a cidade.geografia* O livro mostra a paisagem natural e a paisagem humanizada.Para saber mais sobre esses conceitos,ler A paisagem construída pela sociedade, em:. Propor aos alunos que, em grupos, discutamas seguintes questões: 1) O homem transformaa paisagem em que vive? Como, por que e paraquê? 2) Que resposta o livro Mas será que nasceriaa macieira? dá a essas questões? 3) Vocêscuidam bem da paisagem onde vivem? Como?arte* A maçã é uma fruta bastante presente na históriada pintura. Mostrar aos alunos reproduçõesde pinturas representando maçãs, por exemplo,Natureza-morta com maçãs, de Paul Cézanne(1839-1906), . Explicarque um tipo de pintura em que aparecem frutas,flores e objetos sobre uma mesa é chamadanatureza-morta. Propor aos alunos que desenhemou pintem uma natureza-morta.41


* A maçã verde está muito presente em pinturasde René Magritte (1898-1967). Mostrar algumasreproduções de pinturas em que aparecemmaçãs e outras em que não aparecem e sugerirque façam um desenho ou uma pintura à maneirade Magritte.* Propor aos alunos observarem as ilustrações edizer a técnica. Se necessário, dar dicas: é pintura,é fotografia, é colagem? Explicar que asilustrações do livro são feitas em técnica mista,misturando pintura e colagem. Sugerir aosalunos pesquisarem uma reprodução de umacolagem de um dos seguintes artistas: MaxErnst (1891-1976), Pablo Picasso (1881-1973),Georges Braque (1882-1963), Kurt Schwitters(1887-1948), Henri Matisse (1869-1954). Cadaaluno deve mostrar a reprodução escolhida,justificar a escolha e apresentar algumas informaçõessobre a obra e o artista.* Nessa história, há personagens que tocamflauta e violão. Apresentar aos alunos vídeos,CDs ou arquivos sonoros de flautistas, comoAltamiro Carrilho, , e/ou de violonistas, como YamanduCosta, . Convidarum flautista e/ou um violonista para se apresentaraos alunos.Matemática* Propor aos alunos irem a uma quitanda ou supermercadopróximo de casa e anotar os tiposde maçã e o preço. Comparar os preços.* Sugerir aos alunos abrirem o livro ao acaso ouem uma cena de sua preferência e, em duplas,escolher 5 elementos para fazer uma estimativade preço. Depois, pesquisar os preços e compará-loscom as estimativas feitas. Compartilharos resultados com a turma.ciências Naturais* Propor aos alunos que levantem informaçõessobre o cultivo da macieira, o valor nutritivo damaçã, alimentos à base de maçã. Sugerir a cadaaluno que diga uma informação que achou maisinteressante. Em grupos, escrever as 10 informaçõesque o grupo achou mais interessantes,sob a forma de pergunta e resposta. Copiar asinformações para todos os alunos. Organizaruma gincana de conhecimentos sobre a maçã.* Sugerir aos alunos abrirem o livro nas páginas20-21 e listar os animais que aparecem nessacena e nas seguintes (até as páginas 26-27).Propor que desenhem esses animais e escrevamsobre suas características físicas e seu comportamento.* Propor aos alunos abrirem o livro nas páginas26-27 e perguntar o que mais chama a atençãonessa ilustração. Sugerir questões como:por que os balões sobem? O que são os raios?Qual o comportamento das pessoas em relaçãoao lixo? Sugerir que observem as ilustrações dolivro, pesquisem sobre o que elas mostram eapresentem essas informações sob a forma de“Você sabia?”.42


cRiaÇÃo e pRodUÇÃoimagens contam históriasMas será que nasceria a macieira? narra, por meio de imagens, uma história que entretece outrastrês: a história de um lugar, de uma menina e seu pai, e de uma sementinha. Por meio da leituradas imagens dessa história, os alunos podem conhecer um gênero literário narrativo: o livro deimagem ou narrativa visual. A narração é uma característica da linguagem visual desde a pintura pré--histórica, por isso pode-se dizer que as imagens contam histórias. O projeto Imagens contam históriaspropõe a observação de obras de arte e a criação de narrativas visuais a partir dessas obras.Etapas1. Escolher uma pintura para mostrá-la aos alunose incentivar sua observação por meio deperguntas como: quem, onde, como, o quê,para que, quando etc., visando a percepçãode personagens, ações, tempo e espaço. Porexemplo, uma pintura de Tarsila do Amaral,, de CandidoPortinari, etc.2. Dividir a turma em grupos, sortear um pintor paracada grupo e propor que o grupo pesquise obrasdo artista sorteado. Cada aluno deve trazer a reproduçãode uma obra de sua preferência. O grupose reúne e escolhe a obra de sua preferência.Se necessário, ajudar os grupos a selecionaremobras em que haja espaço, personagens, ações,de modo a favorecer a criação de narrativas.3. Propor que cada grupo mostre para a turma a obraselecionada. Incentivar a observação da pinturapor meio de perguntas que levem à percepção depersonagens, ações, espaço, tempo etc.4. Em grupo, elaborar oralmente a história e apresentá-lapara a turma. Incentivar os alunos a contribuíremcom ideias para enriquecer as narrativas.5. Em grupo, escrever um roteiro, descrevendo as cenasda história – de 4 a 8 cenas (de modo que cadaaluno fique responsável por uma ou duas cenas).6. Produzir as imagens por meio de desenho, pintura,colagem ou técnica mista.7. Escolher um título para a história; confeccionara capa, com o título da história, os nomes dosautores e o nome da escola.8. Em grupo, escrever uma apresentação, relatandoo processo de elaboração do livro, desde aleitura de Mas será que nasceria a macieira?9. Propor aos alunos que leiam a autoapresentaçãodos autores, Alê Abreu e Priscilla Kellen, na página32, tragam uma fotografia e escrevam umaautoapresentação também, para colocar no livro.10. Se possível, fazer uma cópia do livro de cadagrupo para os alunos integrantes do grupo euma cópia para a biblioteca da escola.11. Elaborar, coletivamente, o convite para o lançamentodos livros. Enviar os convites para osfamiliares.12. Planejar e realizar, com os alunos, o lançamento.13. Depois do lançamento, propor aos alunos quefaçam uma avaliação individual, escrevendo: 1)O que eu já sabia sobre narrativas visuais antesde ler Mas será que nasceria a macieira? 2) Oque eu aprendi lendo esse livro; 3) O que eugostaria de aprender.Elaboração: Luís Camargo43


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.Acultivando leitores<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>doa partir2 o anoLivro: Uma noite sem igualAutora: Ana Maria MachadoIlustradora: Fabiana SalomãoNúmero de páginas: 32Formato: 21 cm × 24 cmTemas abordados:* Nascimento de JesusCristo, visão infantilTema transversal:* Pluralidade cultural* ÉticasÍntese da ObraA história é narrada a partir do olhar de uma criança: um pequeno pastor de ovelhas chamado Benjamim.O menino convive com os mistérios do universo e se encanta com os animais, com os sons da noite, coma beleza dos astros. Benjamim é amigo de Gabriel, um anjo de asas muito brancas.A narrativa recria o cenário do presépio, um dos mais emocionantes símbolos do Natal. É nesse presépioque Benjamim cria a coroa de luz em torno da cabeça do Menino Jesus. Uma coroa feita de estrelas, outalvez de vaga-lumes. Com este conto de Natal, a autora reinventa, com muita poesia, nosso eterno sonhode “Paz na Terra aos homens de boa vontade”.sObre a autOraAna Maria Machado escreve para o público infantil e juvenil. Muitos de seus livros receberam prêmiosde diversas instituições nacionais e internacionais. São mais de cem títulos editados no Brasil, além dastraduções em 18 países.44


ObjetivOs pedagógicOs* Despertar a imaginação e a fantasia.* Promover a leitura compartilhada, destacandoos efeitos expressivos de linguagem: sonoridadedas palavras, entonação, pausas etc.* Trabalhar com diversos gêneros textuais, como apoesia, o teatro, a crônica, a reportagem, a históriaem quadrinhos, a charge etc., tendo comoponto de partida a leitura de narrativas conhecidas,como contos de fada, recontos de textosbíblicos e de contos populares, entre outros.* Promover a realização de um projeto visandoao conhecimento e à divulgação na escola dasfestas do ciclo natalino, que fazem parte da culturapopular de nosso país.* Pesquisar características culturais do povo judeu.* Compreender e respeitar o meio ambiente.* Explorar a intertextualidade, observando as referênciasfeitas às narrativas bíblicas e às obrasde arte de pintores que retrataram o cenáriomágico dos presépios de Natal.antes da leitura* Apresentar o livro, de modo que os alunos possamconhecê-lo, manuseá-lo, observar ilustrações,formato, capa etc.* Incentivar os alunos a verificar o nome da autora,da ilustradora, da editora, a consultar aficha catalográfica, a perceber que a ediçãode um livro depende do trabalho de váriosprofissionais: editores, assistentes editoriais,revisores, editores de arte, diagramadoresetc.* Ler o resumo ou resenha do livro que está naquarta capa.* Antes de dar início à leitura, individual oucompartilhada, ouvir o que os alunos têm a dizersobre a história. Anotar os comentários noquadro, ou em um cartaz, de maneira bem lúdica,de forma que todos se sintam envolvidosnessa atividade.* Promover uma conversa sobre os nascimentosque os alunos já presenciaram: de irmãos, vizinhos,amigos, primos, etc.45


atividades interdisciplinareslíngua portuguesa* A leitura do livro pode proporcionar muitosdesdobramentos, em especial no que se refereao trabalho com a linguagem. Na construçãode um texto literário, os escritores usam diversosrecursos expressivos, criando imagens quefascinam o leitor. Solicitar que apontem as passagensdo texto que mais os emocionaram.* Observar com os alunos a presença de elementosdescritivos, como esses: “um menino deasas mais brancas que os carneirinhos”; “tudocomeçou a clarear em volta e eles ficaram nomeio de uma bola de luz, em plena noite”.Pedir que localizem, neste ou em outros textos,trechos que apresentem descrições.* Estimular os alunos a perceber que os recursosexpressivos de linguagem literária sensibilizamo leitor, convidando-o a fazer parte desse grandeacontecimento, anunciado pelos anjos: onascimento de Jesus. Pedir que citem palavrasdo texto que consideram “sensibilizadores”.* Para complementar os trabalhos com o livro, apresentarsugestões de produção de textos como, porexemplo, recriar a história lida para ser representadaem sala de aula. Nesse caso, com a orientaçãodo professor de Artes, ou de uma pessoa da comunidadeque tenha experiência com a linguagemteatral, os alunos irão se caracterizar como os personagensda história, usando roupas e adereços típicosda época e da região; escreverão os diálogos,retirando frases do texto e inventando novas frasese construindo um roteiro; montarão os cenários,onde vão se locomover os pastores, os anjos, osanimais e tudo o mais que for necessário para criaro ambiente fascinante e encantador do livro.* Incentivar os alunos a criar um “clube de leitura”em sala de aula. É essencial que eles tenhama oportunidade de ler os textos clássicos e osautores contemporâneos. Existe um rico repertóriode contos, lendas, mitos, histórias de encantamento,transmitido pela literatura oral, erecriado pelos escritores de literatura para criançase jovens, que deve ser ouvido, lido, recontado,nas aulas de Língua Portuguesa.História* Pedir aos alunos que pesquisem algumas históriaspopulares, como as dos santos, de personalidadesimportantes etc. Conversar sobre a origemdas histórias: Portugal e Espanha, tradição oralafricana, tradição oral dos povos indígenas etc.Solicitar que inventem histórias com os personagenscitados e as contem para os colegas.* Explorar a riqueza e a diversidade de contos, lendas,fábulas e mitos recontados pelas diferentesetnias e culturas, sem privilegiar este ou aquelegrupo, pois somos um país multiétnico e pluricultural.Valorizar as mais diversas tradições culturaisdo povo brasileiro é um dos caminhos paracombater os preconceitos e estereótipos que,muitas vezes, prejudicam o relacionamento entreos alunos e entre a escola e a comunidade.Sugerir que os alunos contem para os colegas históriasde heróis e heroínas de que ouviram falarem sua família, na vizinhança ou entre amigos.* Convidar os alunos a criar uma “rede de histórias”,produzindo novos textos e ilustrando--os. Toda essa produção, coletiva ou individual,pode ser divulgada na sala de aula e na escola.46


geografia* Em conjunto com os alunos fazer uma pesquisaem livros ou na Internet sobre os judeus quevivem atualmente no Brasil.* Para conhecer melhor como era essa região nopassado, e também saber mais informações sobrecomo ela é no presente, sugerir que os alunospesquisem sobre os hábitos alimentares,as vestimentas etc. dos povos que vivem emJerusalém.* Localizar no mapa a região de Jerusalém, bemcomo as cidades que fazem parte desta história,como Belém, considerada a cidade ondenasceu Jesus, e Nazaré, onde ele viveu com suafamília, atualmente uma grande cidade, capitaldo Distrito Norte de Israel. Nessas duas cidadessão feitas muitas peregrinações por cristãosde todo o mundo.ciências naturais* Promover uma conversa sobre como são as noitesnos locais em que os alunos moram. Depois,pedir que registrem o conteúdo da conversa pormeio de um desenho.* Incentivar os alunos a observar que os sereshumanos são parte integrante da natureza eque é necessário haver equilíbrio e harmonianas relações que estabelecemos com plantas,animais e todos os materiais que existem nouniverso. Sugerir aos alunos que elaborem desenhos,que podem ser expostos em cartazesno jornal mural da sala de aula, mostrando ascaracterísticas do ambiente em que se passaa história. Se possível, comente detalhes dosdesenhos individualmentearte* O trabalho com as linguagens artísticas – desenho,pintura, música, dança, representaçõesteatrais – pode proporcionar criações de grandebeleza e plasticidade. Entre essas criações, destacamosa montagem de um presépio, na épocados festejos natalinos, com imagens construídaspelos próprios alunos. Outra possibilidade éa encenação de um presépio vivo, que pode darorigem a um “auto de Natal” criado pela turma,como já foi sugerido em Língua Portuguesa.* “E por todos os séculos, todos os pintores sempreviram e pintaram a luz dessa coroa.” Estaé uma bela referência à auréola (coroa de luz)que aparece envolvendo a cabeça do MeninoJesus em muitos quadros de pintores consagrados.Apresentar aos alunos algumas reproduçõesdessas pinturas, que podem ser encontradasem livros de arte e em sites da internet. Apartir da observação desses quadros e de outrasobras artísticas, os alunos podem elaborar cartõesde Natal, com desenhos, pinturas, recortes,colagens e muita criatividade.* Todas as produções artísticas dos alunos podemficar expostas na sala de aula, e tambémem outros espaços da escola. É importante queas outras turmas, os funcionários da escola e osfamiliares dos alunos sejam convidados a participardessa grande confraternização, dessesmomentos de convivência, de solidariedade ede respeito mútuo, princípios básicos da éticaque devem estar sempre presentes nas relaçõeshumanas. Sugerir que essas pessoas deixem recadosaos alunos, expressando palavras de incentivoà produção deles.47


CRIAÇÃO E PRODUÇÃOUma festa de NatalComo projeto complementar, sugerimos uma pesquisa sobre as festas do ciclo natalino, quesão comemoradas, de diferentes formas, em todo o país. A proposta é que sejam criados diferentestipos de textos a partir da organização de uma festa de Natal. Também serão abordadas formasalternativas de comemoração do Natal.Etapas1. Trazer para a sala de aula textos, fotos, vídeose sites da Internet que abordem as festas popularesdo ciclo natalino, propondo aos alunosque se informem sobre essas manifestações tãoexpressivas da cultura popular de nosso país.2. Expor os textos e fotos no jornal mural da salade aula e exibir os vídeos na sala de leitura e/ou na biblioteca, se possível convidando outrasturmas e os familiares dos alunos (consultaro Catálogo da TV Escola, ou de outrasvideotecas, para encontrar esses vídeos).3. Conversar com os alunos sobre o que eles leram,ouviram e assistiram, perguntando-lhesse já conheciam essas manifestações culturaise se há pessoas na comunidade que poderiamoferecer mais informações sobre as festas dociclo natalino.4. Pedir aos alunos que entrevistem pessoas dacomunidade, solicitando que elas comentemsobre as formas de comemoração dos festejosnatalinos que são tradicionais na região ondefica a escola, ou nas regiões de onde elas vieram,no caso de moradores que são de outrosestados e regiões. É importante que os alunossejam orientados sobre a maneira de fazer essasentrevistas e sobre a forma de registrar asinformações (cadernos de notas, gravador, vídeosetc.).5. Promover uma conversa a respeito das entrevistas,de modo que os alunos possam compararinformações e dados.6. Divulgar na escola todo o material recolhidonas entrevistas, em jornais murais, cartazes,jornais impressos etc. Os alunos também podemdivulgar suas pesquisas na Internet. E,se não houver computadores nem o acesso àInternet, propor que os alunos elaborem cartaspara os órgãos competentes, pois a escolada atualidade precisa estar conectada e fazeruso dos diversos recursos midiáticos.7. Solicitar que os alunos produzam seus própriostextos sobre esta temática, tendo como pontode partida suas pesquisas e as entrevistas feitas.Sugerir que elaborem textos nos mais variadosgêneros: reportagens, artigos, charges, propagandas,cartas, histórias em quadrinhos, entrevistas,biografias, textos teatrais etc.8. Os alunos podem também organizar representaçõesdas festas do ciclo natalino na escola,recriando estas manifestações de maneira lúdica,numa confraternização que envolva todaa escola e também a comunidade.9. Convidar os familiares de alunos que tenhamnascido em outros estados ou em outros paísespara contar como o Natal era comemoradoem suas comunidades.Elaboração: Magda Frediani Martins48


3oanEsse pequeno leitor interessa-se por livros que trazemhistórias de aventura, sejam elas habitadas por animais, fadasou outros seres encantados, meninas e meninos corajosos etc.Essas aventuras permitem que a criança viva ora o papel dosheróis, ora o dos vilões, de modo que vá elaborando suas própriasvivências. Ela se diverte e cresce por meio de leituras quemostram o mundo da fantasia e a realidade, o tempo passado eo presente, o próximo e o distante etc.


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AP.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.A<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>a partirdo3 o anoLivro: Gente bem diferenteAutora: Ana Maria MachadoIlustradora: Fabiana EgrejasNúmero de páginas: 32Formato: 17 cm x 24 cmTemas abordados:* Família, identidade, estereótiposTemas transversais:* Pluralidade Cultural* Trabalho* ConsumosÍntese da ObraRodrigo e Andreia começam a pensar em como a família deles é diferente. E diferente porque a avó éuma mulher vaidosa, que trabalha bastante em sua floricultura, o avô é um dinâmico gerente de banco, amãe trabalha também e vive de bom humor, e o pai é divertido e carinhoso com eles. Chegam à conclusãode que a avó é uma princesa, o avô é um ex-pirata, a mãe, uma fada, e o pai, um gênio ou um gigante. Umahistória para fazer o leitor pensar que ninguém é exatamente como toda gente espera que a gente seja, e quecada um de nós é bem do seu jeito, bem diferente.sObre a autOraAna Maria Machado é autora de mais de cem livros publicados no Brasil e em mais de 17 países. Em2000, ganhou o prêmio Hans Christian Andersen, considerado o prêmio Nobel da literatura infantil mundial.Em 2001, a Academia Brasileira de Letras lhe deu o maior prêmio literário nacional, o Machado de Assis, peloconjunto da obra. Em 2003, foi eleita para ocupar a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras.50


a uma vez um avô e uma avó.Um pai e uma mãe.E dois netos – Rodrigo e Andreia.2 3ObjetivOs pedagógicOs* Aproximar o leitor do texto a ser trabalhado econstruir a compreensão da relação entre a ficçãoe a realidade, com uma reflexão crítica sobreseu cotidiano; conhecer os diferentes tiposde poesia; conhecer algumas expressões formadasa partir das palavras mão e pé; produzir textodescritivo e elaborar questionário para umaentrevista.* Pesquisar figuras da nobreza na Idade Média;aprofundar conhecimentos sobre a pirataria;comparar o papel da mulher na sociedade atuale na Idade Média.* Conhecer o lugar de origem da família.* Ampliar os conhecimentos sobre o médico, oprofissional de saúde e sobre os avanços damedicina; pesquisar as causas e tratamentos doronco; aprender alguns procedimentos relativosa primeiros-socorros.* Praticar cálculos relativos a operações bancárias.* Conhecer e exercitar diversas formas de expressãoartística.antes da leitura* Checar com o grupo se a imagem que todostêm de avô e avó confere com a realidade familiarque cada um experimenta. Ressaltar (evalorizar) as diferenças entre os familiares mencionadospelos diferentes alunos.* Solicitar aos alunos que folheiem o livro, observandoas imagens, tentando localizar a ambientação– urbana e contemporânea – em queacontece a história.* Ler o texto da 4 a capa em sala e estimular osalunos, a partir daí, a pensarem como vai ser ahistória que vão ler.* Falar com a turma sobre algumas profissões:bancário, florista, enfermeiro, artesão, poeta: oque cada um faz exatamente? Perguntar a profissãodos pais e mães dos alunos.51


atividades interdisciplinareslíngua portuguesa* Conversar com os alunos sobre os diferentes tiposde poesia: a tradicional, a popular (cordel,quadrinhas infantis etc.), a das letras de músicaetc. Pedir que tragam de casa poemas de diferentestipos para ler e comentar com os colegas.* Trazer alguns poemas para que os alunos conheçam.Leia alguns para eles. (Há vários sites,como http://revista.agulha.nom.br/infan01.html,http://www.bibvirt.futuro.usp.br/links/links_inf.html e http://www.unicamp.br/iel/memoria/Ensaios/LiteraturaInfantil/autores.htm,quedisponibilizam poemas infantis de diversos escritores.)Pedir que escolham alguns. Promovera leitura coletiva dos poemas escolhidos pelosalunos.* Pedir que, consultando dicionários, os alunoslistem diferentes expressões com a utilização dapalavra mão e seus significados (por exemplo:mãos de fada, mão dupla, mão na roda etc.).Ampliar a atividade buscando expressões coma palavra pé (pé ante pé, dar no pé etc.). Comisso, poderão observar uma interessante variaçãodo significado das palavras, dependendodo contexto.* Propor à turma um exercício de imaginação queresultará em um texto. Rodrigo e Andreia seriamimaginados por um dos personagens dahistória ou por um irmãozinho mais novo especialmenteinventado. Como esse irmão os descreveria?O que observaria de diferente neles?* Solicitar aos alunos que tracem um perfil de algumparente de que eles queiram falar. Sugerirque escrevam esse trabalho em versos.* Conduzir em classe, para estimular a expressãooral, um debate com o tema: o que é ser diferente?Checar a compreensão dos alunos sobreos estímulos que recebem para seguir a modae/ou hábitos comumente aceitos. Pedir aos alunosque produzam um texto resumindo a discussãoe apontando os argumentos utilizados.* Dividir os alunos em grupos. Cada grupo vaificar encarregado de entrevistar o gerente deum estabelecimento comercial próximo à escola(ex.: um banco, uma floricultura, um bazar,uma lanchonete, um restaurante, um café etc.).Pedir aos alunos que elaborem um questionárioque servirá de guia no momento da entrevista.Orientá-los a perguntar o que exatamente elefaz, como e por que começou a exercer essaatividade, como funciona o lugar, o que vende,quanta gente emprega, há quanto tempo estáestabelecido no local, se lembra de algum fatocurioso que tenha ocorrido com a clientela etc.Em outro momento, os alunos redigem um textorelatando as informações obtidas. Pedir quecada grupo apresente aos colegas tudo o quedescobriu na entrevista.História* Aproveitar a menção a rainhas e princesas epropor aos alunos uma pesquisa sobre a IdadeMédia, quando essas figuras da nobreza eramcomuns na Europa. Pedir que tragam ilustraçõesde brasões, castelos, armas medievais etc., quepossam buscar na Internet, ou em livros e outraspublicações.52


* Os garotos da história acreditam que o avô sejaum pirata. Pedir aos alunos que façam um estudosobre pirataria consultando sites e livros.* Conversar com a turma sobre o papel da mulherna sociedade. Pedir que façam uma pesquisasobre a situação da mulher na Idade Média ea situação da mulher hoje.geografia* Os avós têm um papel relevante nesta história.Pedir aos alunos que perguntem aos pais ouavós de onde eles vieram (cidade, estado, país).Localizar, com a turma, em um mapa-múndi,os países e regiões do Brasil mencionados.ciências naturais* Convidar um médico ou profissional de saúdepara falar à turma sobre algumas especialidadesmédicas e o funcionamento de um hospital.* Incentivar os alunos a complementar as informaçõesda palestra com pesquisas a respeitodos avanços mais recentes da medicina.* O pai dos garotos da história conserta aparelhos.Estimular os alunos a descobrir, por meiode revistas, Internet, livros e manuais, comofuncionam os eletrodomésticos.* Solicitar aos alunos que busquem dados relativosao ronco em livros, revistas e Internet e quecolham depoimentos (inclusive de tratamentoscontra ronco). Reunir todos os dados pesquisadose promover uma roda de conversa em queos alunos apresentem o que descobriram.* Solicitar que os alunos, em grupos, façam umapesquisa sobre primeiros socorros. Cada grupoescolhe um tipo de acidente e elabora um cartazexplicativo, com textos e fotos. Os cartazesserão afixados no mural da classe.Matemática* Aproveitar a profissão do avô da história parafalar com a turma sobre algumas operaçõesbancárias que exigem cálculos matemáticos,como parcelamento de pagamentos, juros etc.Praticar algumas com os alunos.arte* Beth, a avó dos garotos, é dona de uma floricultura.Aproveite o tema para pedir aos alunosque façam colagens utilizando flores secas oufotos e desenhos de flores. Organizar os trabalhosem mural na sala de aula.* Se houver possibilidade, levar os alunos paravisitar uma exposição de ikebana (arranjos florais)ou similar, ressaltando a prática como umaexpressão de criatividade e arte.* A mãe dos garotos tem muita habilidade manual:borda e pinta caixinhas para dar de presenteno Natal. Propor que cada aluno, de acordocom sua habilidade, produza um objeto ou desenhopara presentear um amigo.* Pedir aos alunos que produzam um retrato darotina de seus pais e avós por meio de desenhos.Sugerir que componham com eles umahistória em quadrinhos.53


criaÇÃO e prOduÇÃOMostra de poesiaA poesia, uma forma de expressão artística, é o tema deste projeto. Os alunos vão selecionaras poesias de que mais gostam e também criar algumas, baseando-se e inspirando-se naleitura de vários autores. A mostra de poesia será um evento aberto a todos da escola e dacomunidade. O objetivo é dar asas à criatividade e praticar esse gênero textual.Etapas1. Conversar com os alunos sobre os diversos tiposde poesia e também sobre as diferentesformas de apresentação: declamação, em cartazes,em fita (no caso principalmente de letrasde música). Se possível, apresentar aos alunoslivros de poesia de diferentes autores e deixá--los manusear.2. Propor que cada aluno, individualmente, crieuma poesia. (Se os alunos tiverem dificuldade,permitir que eles o façam em casa.)3. Marcar uma data para os alunos trazerem apoesia criada. Estimular os alunos a ler sua poesiapara os colegas ou trocar com eles.4. Levar poesias para a classe. Pedir que os alunostambém tragam. Durante a aula, a turmavai fazer uma seleção das poesias de que maisgostam. Supervisionar a escolha desse materialpara evitar repetições.5. Dividir a turma em grupos. Cada grupo ficará encarregadode visitar algumas turmas para divulgaro evento e também pela montagem de cartazescom as figuras e as poesias. Orientar a turmapara compor cartazes com um número equilibradode imagens e de texto. Cada grupo deverádeixar prontos alguns cartazes vazios, ondeserão colocadas as poesias das outras turmas.6. Solicitar que cada grupo escolha um de seuscomponentes para formar um grupo especial,que ficará encarregado de conversar com a diretoriada escola para marcar a data e o local damostra, bem como de preparar o local e fazera divulgação e cobertura do evento, providenciandoo registro dos fatos mais interessantes,entrevistando algumas pessoas, tirando fotos.7. Pedir à turma que chegue mais cedo no dia damostra. O grupo especial deverá estar preparadopara a cobertura do evento e para orientar osparticipantes e visitantes.8. Organizar um concurso de performances, emque candidatos declamem suas poesias favoritas.Outra ideia seria convidar um poeta para lersuas poesias e falar sobre seu trabalho.9. Depois do evento, todos os grupos ajudarão areunir o material colhido pelo grupo especial.Ele poderá compor um painel a ser exposto nopátio da escola para que todos possam ver.10. Avaliar com a turma o processo de preparaçãoe realização do evento: Todos colaboraram?Houve espírito de equipe? Faltou entrosamento?As opiniões foram respeitadas? É importanteavaliar o aprendizado dos alunos em termosde convivência e de conteúdo.Elaboração: Veio Libri54


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.Acultivando leitores<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>a partirdo3 o anoLivro: Meu pai sabe voarAutores: Daniela Pinottie Marcelo MalufIlustrador: Roberto WeigandNúmero de páginas: 48Formato: 17 cm x 24 cmTemas abordados:* Fantasia, infânciaTema transversal:* ÉticasÍntese da ObraJúlio, de 7 anos, adora tudo o que voa. Essa característica é incentivada pelo pai que, todo dia, ao chegardo trabalho, presenteia o menino com asas feitas de papel. O menino “voa” toda noite, impulsionado pelashistórias que o pai inventa ao lhe dar as asas de presente. Um dia, Júlio vê seu pai “voando” em um carrinhode reciclagem, pois seu pai trabalhava como catador de papéis. Uma bela e sensível apologia ao poder dashistórias.sObre Os autOresDaniela Pinotti nasceu em São Paulo e é psicóloga. Este é seu primeiro livro, para crianças de todas asidades. Também tem um conto publicado na antologia Era uma vez para sempre (Terracota, 2009).Marcelo Maluf é paulista. Neto de sírio-libaneses, por parte de pai, traz no nome a herança dos contadoresde histórias do mundo árabe das mil e uma noites. E, por parte de mãe, é neto de caboclos. Fezgraduação e mestrado em Artes pela Unesp. Além de escritor, é músico e arte-educador.55


Meu pai sabe voar15Asa de dedo ultrarrápidaerta vez, o Pai de Júlio lhe trouxe uma asamuito pequena, tão pequena que só cabiano dedo de Júlio. E, mesmo com toda a experiênciae conhecimento que tinha sobreelas, Júlio olhou para o pai com cara de espanto, comose perguntasse: “Como poderei voar com essa asa tão pequena?”.Ele conseguiria vesti-la? Será que ela sustentariao peso do seu corpo no ar? A asa era delicada, bem dobradinha,com desenhos feitos à caneta. “Mas para que serveuma asa que não nos dá a possibilidade de voar?”, Júliose perguntava.Não demorou muito e seu pai resolveu o problema.Pediu a Júlio que esticasse o dedo fura-bolos e colocounele uma pequena argola, como essas argolas dechaveiro, com a pequenina asa amarrada nela. Mas anteso preveniu: que não se iludisse com a aparência, porqueaquela era uma das asas mais poderosas que ele já haviaencontrado, e que estivesse preparado, pois voaria numavelocidade estonteante.Não deu outra, Júlio quase desapareceu; ele voavamais rápido que a velocidade do som, quase na velocidadeda luz, faíscas saíam quando as asas batiam uma naObjetivOs pedagógicOs* Aproximar o leitor do texto a ser trabalhado econstruir a relação do ficcional com a realidadecotidiana. Estimular a análise crítica e a capacidadede pesquisa dos alunos.* Apresentar e analisar o conceito de substantivocoletivo.* Apresentar e analisar o conceito de linguagemfigurada, explorando figuras de linguagemcomo a prosopopeia e a hipérbole.* Buscar informações sobre animais que voam;Sistema Solar, Via Láctea.* Aprender sobre a reciclagem de materiais noBrasil e no mundo.* Explorar conhecimentos de figuras geométricas.antes da leitura* Ler em sala de aula o texto de quarta capa.Observar com os alunos que o texto mencionaque o menino “voa”. Em uma roda de conversa,questionar os alunos a respeito da capacidadede voar: o homem sabe voar? Argumentar queo sonho de voar é bastante antigo, que acompanhao homem há muitos séculos.* Apresentar o título do livro, pedindo aos alunosque formulem hipóteses acerca da possibilidadede o pai do protagonista do livro saber voar.* Pedir aos alunos que folheiem o livro e observemas ilustrações. Solicitar então que imaginemo que acontecerá na história. Na sequência,explorar as hipóteses formuladas pelos alunosa respeito da narrativa.56


atividades interdisciplinareslíngua portuguesa* “Júlio era um garoto feliz, não de uma felicidadede gargalhada, mas de uma felicidade de sorrisono canto dos olhos [...]”. A partir de um trechocomo esse, apresentar aos alunos o conceito delinguagem figurada, mostrando-lhes que recorrera esse tipo de linguagem enriquece a narrativa.Pedir-lhes que escrevam frases com exemplosde linguagem figurada e as leiam para a turma.* Júlio tem uma coleção de asas. A partir dessaideia de coleção, pedir aos alunos que pesquisemo conceito de substantivo coletivo e quelistem aqueles que conhecem. Sugerir aos alunosque criem um substantivo coletivo que nomeieuma “coleção de asas”.* “Os ruídos vindos das madeiras cansadas dacasa, o rangido da geladeira de barriga vazia[...].” Madeiras cansadas? Geladeira de barrigavazia? Apresentar aos alunos o conceito de prosopopeia(ou personificação) e pedir a eles queformulem e escrevam outros exemplos dessa figurade linguagem.* “Foram dormir acompanhados de mil pontosde interrogação.” Apresentar aos alunos o conceitode hipérbole e pedir a eles que formulemoutros exemplos dessa figura de linguagem.Propor que escrevam uma redação com um númeroexagerado de hipérboles, ressaltando situaçõesengraçadas que a hipérbole pode gerar nodia a dia.* “Preparou-se para a decolagem, pôs o cintode segurança. E o avião subiu.” A partir dessetrecho da página 45, solicitar aos alunos queescrevam uma redação com a continuação dahistória.História* A partir da coleção de asas de Júlio, perguntaraos alunos se eles mantêm algum tipo de coleção:selos, moedas, figurinhas, tampinhas degarrafas etc. Deixar que troquem informações.Caso colecionem objetos, sugerir que os tragampara a sala de aula em um dia determinado peloprofessor. Solicitar que disponham as coleçõescomo se fosse um museu. Se possível, convidaralunos de outras salas para apreciar a exposição.* Apresentar aos alunos a noção de reciclagemde materiais e discuti-la de um ponto de vistahistórico. Pedir que busquem informações nainternet ou em livros sobre a industrializaçãocontínua e a crescente produção de objetosdescartáveis. Orientá-los a concluir que a produçãoexcessiva do lixo tem se tornado um problemadiscutido em vários países do mundo.* Dividir a sala em grupos e sugerir que pesquisemsobre a reciclagem em vários países do mundo,quais as iniciativas tomadas nesse sentido,quais os efeitos positivos já detectados etc. Casoseja pertinente, cada grupo pode se responsabilizarpela pesquisa de um determinado país.geografia* Júlio vive em São Paulo, sua professora já viajou,de avião, ao Rio de Janeiro. Dividir a turmaem grupos e pedir que cada um se encarreguede pesquisar algum aspecto a respeito das cidadesde São Paulo e do Rio de Janeiro: localizaçãogeográfica, vegetação, clima, culinária,música, danças típicas etc. Sugerir que façamcartazes com as informações obtidas e que osexponham na sala de aula.57


* Sugerir aos alunos que pesquisem sobre a primeiraviagem do ser humano à Lua, como o dia,o ano, os nomes dos astronautas etc.arte* Solicitar aos alunos que confeccionem asas depapel como as que o pai de Júlio fazia para omenino. Em um dia predeterminado pelo professor,pedir-lhes que tragam diferentes tipos depapéis como folhas de jornal, de papel sulfite,de revistas etc. e criem asas de vários tamanhose cores. Poderá ser feita uma exposição na salade aula com todas as asas.* Transformar a história de Júlio em uma históriaem quadrinhos. O trabalho pode ser feito emduplas ou em grupos e podem ser utilizadas váriastécnicas e materiais como giz de cera, lápisde cor etc.* Pedir aos alunos que tragam, de suas casas,materiais recicláveis para a sala de aula: garrafasde refrigerante, embalagens de iogurte, caixasde ovos etc. Sugerir, a partir daquilo que fortrazido pelos alunos, que eles lancem mão dacriatividade e criem algum brinquedo utilizandoos materiais recicláveis.ciências naturais* Júlio se interessa por tudo que voa. Dividir aturma em grupos e sugerir a cada um deles quese encarregue de pesquisar um animal voador:beija-flor, borboleta, morcego etc. Os resultadosda pesquisa deverão ser apresentados aosdemais colegas em forma de cartazes, expostosna sala de aula.* O pai de Júlio é um catador de papel e materialreciclável. Apresentar aos alunos o conceito derecursos naturais renováveis e não renováveise, a partir disso, propor um debate a respeitoda importância da reciclagem para a sociedadecontemporânea.* “Chegaram a voar perto da Lua e dos planetas,viram algumas estrelas cadentes e os anéis deSaturno.” A partir desse trecho, explorar osconhecimentos dos alunos a respeito dos corposcelestes (luas, planetas, cometas etc.) e,em especial, os conhecimentos relativos à ViaLáctea e ao Sistema Solar. Solicitar-lhes queconstruam, em duplas, com materiais de sucata,o Sistema Solar e exponham-no em salade aula.* Pedir aos alunos que imaginem o que o meninoveria, caso voasse sobre a região emque moram. Estimule-os a imaginar um roteiroturístico para o personagem. O que elesacreditam que Júlio gostaria de conhecer nacidade em que os alunos moram? As bibliotecas,as praças, o zoológico, o circo, a livraria,a escola?Matemática* “As plantações formavam quadrados e círculos,cada um de uma cor, como num imensodesenho”. Trabalhar com os alunos conceitosligados a essas e outras figuras geométricas, deforma a familiarizá-los com o assunto. Sugerirque, no caderno, desenhem figuras geométricasde vários tamanhos e cores.58


criaÇÃO e prOduÇÃOO sonho de voarEm Meu pai sabe voar, estimulado desde pequeno pelas asas que o pai lhe trazia, Júlio acabouse interessando por tudo aquilo que voa: borboleta, passarinho, vaga-lume, pipa, avião...Da mesma maneira que Júlio, muitos homens, ao longo da história da humanidade, sonharamcom a possibilidade de voar. Contudo, esses homens não ficaram apenas sonhando. Muitosdos inventos de que dispomos hoje, como aviões, helicópteros, foguetes etc., foram frutosdesse sonho. Que tal saber um pouco mais a respeito do antigo sonho do homem de voar? Osalunos podem exercitar a criatividade e a expressão escrita com o projeto O sonho de voar.Etapas1. Promover uma roda de conversa e exploraro conhecimento prévio dos alunos a respeitodo antigo sonho humano de voar. Em seguida,perguntar se alguém na sala de aula jávoou de avião. Pedir que contem suas experiências.Caso não haja ninguém que tenhavoado, sugerir que contem como acreditamque seria esse momento, o que sentiriam, seteriam medo etc.2. Dividir a turma em grupos e propor a cada umque pesquise um tema ligado à história do sonhode voar: por exemplo, um grupo (ou dois)pode pesquisar a respeito da mitologia em tornoda questão (como o personagem Ícaro, da mitologiagrega); outro grupo pode pesquisar sobreas invenções de Leonardo da Vinci; um terceirogrupo poderá se dedicar às experiências deBartolomeu de Gusmão; outro ainda, ao balonismoe aos dirigíveis; outro grupo pode pesquisara vida e obra de Santos Dumont; outro podeestudar a vida e os trabalhos dos irmãos norte--americanos Wilbur e Orville Wright; outropode pesquisar a respeito de super-heróis quevoam; há ainda os foguetes etc.3. Os alunos podem estudar a evolução dos aviõesdesde sua invenção, em 1901, até os de últimageração.4. Sugerir aos alunos que anotem cada informação obtidana pesquisa em uma espécie de diário, que servirácomo fundamento para a elaboração de fichasde leitura e de painéis que exponham os resultadosde suas pesquisas. Eles podem pesquisar imagensem livros, internet, história em quadrinhos etc.5. Auxiliar os alunos na produção dos cartazes oupainéis que exponham os resultados de suas pesquisas.Organizar uma exposição desses cartazesou painéis em sala de aula ou nos corredores daescola.6. No dia programado, convidar a comunidade escolarpara apreciar a exposição, que poderá seracompanhada de uma palestra de profissionaisligados à Aeronáutica.7. Após a exposição, discutir com a turma o processode pesquisa para a elaboração dos cartazes,as fichas informativas, a avaliação do trabalho, asdificuldades, os momentos mais interessantes, asdescobertas mais surpreendentes etc.Elaboração: Emerson Tin59


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AA partirdo3 o ano<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>Coleção: Contos PopularesLivros: O samurai e a cerejeira; O diabo e o granjeiro;O gato professor; O cocheiro erudito; Contanabos,o senhor das montanhas; História de dois irmãos;Vrishadarbha e a pomba; O rei que só queriacomer peixe; O simplório e o malandro;As três respostas; KanniferstanTexto: Tatiana BelinkyOBJETiVOS PEDAGÓGiCOSIlustrações: Lúcia Hiratsuka, Laurabeatriz, Salmo Dansa,Edu, Lúcia Brandão, Jótah, SuppaFormato: 17 cm x 24 cmTema abordado:* Folclore mundialTemas transversais:* Ética* Meio Ambiente* Pluralidade Cultural* Trabalho e ConsumoApresentamos algumas atividades que integram diversos assuntos abordados na(s) história(s) a outrasáreas do conhecimento, sem, contudo, esgotar as possibilidades que o(s) livro(s) oferece(m). Visamos colaborarpara a construção do conhecimento, valorizando a interdisciplinaridade e despertando o senso críticodo aluno, de modo que sua aprendizagem e seu comportamento estejam pautados na ética, no respeito àsdiferenças, para o desenvolvimento pleno do exercício de cidadania a que todos têm direito.Objetivamos trabalhar a narrativa oral, o exercício dos diferentes focos narrativos, a criação de diversasformas de expressão escrita e artística. Também buscamos despertar o olhar crítico do leitor por meio depesquisa e comparação da realidade do país no qual a história se originou com o cotidiano vivido por ele.60


SÍNTESES DAS OBRASO samurai e a cerejeira: Um velho samurai tem como companheira uma cerejeira. Certo dia percebeque a árvore secou e oferece sua vida aos deuses para salvá-la. Transforma-se, assim, no espíritoda cerejeira.O diabo e o granjeiro: Um pobre agricultor não consegue construir o galinheiro de que precisa. Semsaber, negocia com o diabo a construção em troca de um bem que possui. Descobre que prometera opróprio filho. Mas sua mulher engana o diabo e salva o filho.O gato professor: Um tigre pede a um gato que lhe ensine a ser ágil. Na última lição, o gato percebeque o felino pretende devorá-lo e foge sem ensinar seu último segredo: como subir em árvores.O cocheiro erudito: Um cocheiro pede para trocar de lugar, por um dia, com seu sábio senhor, quehesita, mas acaba concordando. Quando interrogado por eruditos, o cocheiro diz que a questão é tãosimples que até seu cocheiro pode responder. Dessa forma sai bem da situação delicada.Contanabos, o senhor das montanhas: O Espírito das Rochas raptou uma princesa que, nãoquerendo se casar com ele, pediu que ele contasse todos os nabos mágicos de sua enorme horta.Enquanto ele conta e reconta, ela foge.História de dois irmãos: Um irmão rico não ajuda seu irmão pobre, que consegue capturar e aprisionara Miséria. Sua sorte muda e ele enriquece. O irmão rico, invejoso, liberta a Miséria para que voltea perseguir seu irmão, mas ela, agradecida, resolve ser sua companheira, empobrecendo-o.Vrishadarbha e a pomba: Para salvar uma pomba de um gavião, um rei oferece a carne de seupróprio corpo. Os deuses se compadecem e levam o bondoso rei para viver com eles no céu.O rei que só queria comer peixe: Uma grande seca mata todos os peixes, alimento predileto do rei,que oferece qualquer coisa a quem lhe trouxer peixes. Um pescador consegue, mas um guarda do Palácioexige metade do prêmio para si. Para puni-lo, o pescador pede ao rei 200 chibatadas como recompensae o guarda recebe seu castigo.O simplório e o malandro: Um homem simples é enganado por um malandro que rouba seu burro,se coloca no lugar do animal e diz que fora castigado por Alá e transformado em burro. Agora, fora perdoado.O simplório acredita na história e o solta. Quando vai comprar outro burro, vê seu antigo animale pensa que o homem foi de novo castigado.As três respostas: Um abade, por viver gabando-se de suas posses, é punido pelo rei: responderia a trêsperguntas ou morreria. Um pastor vai em seu lugar e responde às perguntas de forma divertida, obtendoo perdão para si e para seu mestre.Kanniferstan: Um jovem alemão sai pelo mundo em busca de experiência de vida. Na Holanda, sementender o idioma, interpreta os fatos ao redor de um jeito todo seu.61


ATiViDADES iNTERDiSCiPLiNARESAntes da leitura* Ler o título do(s) livro(s) com os alunos e estimulá-losa discutir sobre o que eles acham queseja o tema principal, onde e quando a históriaacontece, quem são os personagens principais.* Observar rapidamente as ilustrações do(s) livro(s)e contar, oralmente, a(s) história(s) imaginada(s)a partir delas.* Buscar informações sobre a autora e sua obra.* Em uma roda de conversa, discutir o que os alunossabem sobre o país de origem do texto quevão ler.Língua Portuguesa* Os livros da coleção podem ser recontadosoralmente pelo grupo: fazendo uma leitura dostextos originais ou contando-os de memória.Cada aluno narra um trecho.* Criar, com os alunos, um vocabulário com aspalavras desconhecidas que aparecem na histórialida.* Propor à turma que reconte, por escrito, uma dashistórias alterando o foco narrativo, dando voz auma das personagens que participam da aventura.* Alunos recontam a história lida, oralmente oupor escrito, mudando a forma de agir dos personagense, portanto, o rumo da história.* Discutir com os alunos as posturas e as atitudesdos personagens, incentivando-os a identificarquais tiveram um comportamento louvável equais se comportaram de forma menos nobre,expressando suas opiniões a respeito.* Pedir aos alunos que reflitam, depois da discussão,sobre a forma pela qual cada personagemagiu nas histórias. Depois, solicitar que eles escrevamum texto em que se coloquem no lugarde cada personagem, como se estivessem vivendoa mesma situação.* Incentivar os alunos a pesquisar outros contosou lendas do mesmo país de que o textolido provém. Organizar uma roda de históriaspara compartilhar o material pesquisado.História* Rei, samurai, rabi, lavrador, cocheiro, pastor,abade, personagens importantes das culturasde diversos povos aparecem retratadosnos livros da coleção. Solicitar aos alunosque identifiquem os papéis sociais dos personagense pesquisem a época em que viveramno país em que a história acontece e opapel que desempenharam na cultura dessepovo.* Orientar a turma a pesquisar o cotidiano atualdos moradores do país em que se passa a narrativalida e comparar a realidade encontrada coma vivida pelo aluno.* Os seres fantásticos de alguns textos fazemparte da cultura dos povos descritos. Pedir aosalunos que busquem mais informações sobreas crenças do povo da história.* Sugerir à turma que procure, nas crenças denosso país, por mitos que se aproximem daquelespesquisados nas culturas estrangeiras.62


Geografia* Auxiliar a turma a localizar em um mapa-múndio país de origem da história.* Estimular os alunos a retirar do texto e das ilustraçõesas informações sobre a paisagem natural,a flora e a fauna desse país.* Solicitar aos alunos que ampliem a pesquisa dapaisagem natural e do clima do país de origemda história e formem um painel informativocom o material reunido.* Organizar um debate em que a turma apontesemelhanças e diferenças entre o país estudadoe o ambiente em que vive.Arte* Observar com os alunos as ilustrações do livroe discutir possibilidades sobre a técnica usadapelo ilustrador. Usar a mesma técnica para ilustraruma outra história que os alunos tenhamlido ou produzido.* Propor que dramatizem o texto lido, produzindocenários e figurinos de acordo com a culturado país de origem da história.* Pesquisar músicas típicas do país da história etrazê-las para a sala de aula, para que sejam ouvidaspela turma.* Orientar os alunos a criar uma música que contea história lida no ritmo de uma das músicasapresentadas.* Pedir à turma que pesquise obras de arte e artesanatodo país de origem do texto e comparecom a capa do livro.* Explicar aos alunos que a imagem de capa representauma janela. Incentivá-los a refletir sobreo uso dessa imagem em todos os livros dacoleção.* Sugerir aos alunos que criem uma nova capapara o livro, tentando se aproximar da linguagemusada nas obras de arte e no artesanatopesquisados.Ciências Naturais* Pedir aos alunos que identifiquem, no texto,animais e que os classifiquem em domésticosou selvagens. No caso de animais selvagens,seria interessante pedir que a turma pesquisasseem revistas e jornais, em que outras regiõesdo mundo eles podem ser encontrados e comovivem hoje: do que se alimentam, se estão ameaçadosde extinção etc.* No caso de aparecer alguma planta típica notexto, também é interessante fazer uma pesquisadetalhada.* Observar com a turma como o ser humano interagecom o meio em que vive em cada uma dashistórias: se ele cultiva a terra; se cria animais;se respeita a natureza, os animais e o próximo.Comparar a realidade identificada com aquelavivida pelo aluno.* Solicitar à turma que pesquise os hábitos alimentaresdo país de origem da história, destacandopratos típicos e comparando os costumesdesse povo com os da região em que vivemos alunos.63


CRiAÇÃO E PRODUÇÃOMeu povo, seu povo – exposição comparativaA partir de uma pesquisa cultural, os alunos poderão comparar a realidade que vivemcom a de outros países. Meu povo, seu povo propõe uma aproximação dessa cultura múltipla,usando o material já construído até aqui e despertando o olhar crítico dos alunos.Etapas1. Dividir a turma em grupos de cinco ou seisalunos. Cada grupo deverá tentar encontrar,entre familiares e conhecidos, imigrantes oudescendentes de imigrantes. Se houver umacolônia na região, promover uma visita coma turma. Caso os alunos tenham dificuldadespara realizar a entrevista, pode ser feita umapesquisa na Internet, visitando sites comohttp://www.memorialdoimigrante.sp.gov.br.2. Encontrado o descendente ou o imigrante, ogrupo deve realizar uma entrevista, identificandocostumes típicos, festas, histórias queouvia quando criança, fotos que retratem seupaís, memórias de uma forma geral. No casode o entrevistado ser um imigrante, é interessantequestioná-lo sobre as principais diferençasentre seu país e o Brasil.3. Os grupos podem compartilhar as pesquisasem sala de aula, ou mesmo trazer o entrevistadopara um bate-papo com a turma.4. Na sequência, todo o material pesquisado emlíngua portuguesa, geografia, história, ciênciase artes, pode ser organizado em cartazes,construindo um painel informativo sobre acultura desse país, sua paisagem natural, suaarte e a forma de vida de seus habitantes.5. Com a ajuda dos entrevistados, os grupos podemenriquecer esses cartazes, complementando-oscom fotos, objetos, documentos etc.6. Também poderão ser expostas as músicas típicasdo país e até pode ser feita uma degustaçãode comidas típicas, compradas ou preparadaspelos alunos. Seria interessante realizar umaoficina de cozinha típica na própria escola, coma participação dos alunos, familiares e pessoasda comunidade.7. Comparativamente, os grupos podem montarcartazes que mostrem a realidade equivalentena comunidade em que vivem, destacando osmesmos componentes dos cartazes que retratamos países.8. Coordenar os alunos na organização de umaexposição na escola, que poderá ser realizadaem um fim de semana. Durante o evento,além dos cartazes, os alunos podem colocarCDs com as músicas típicas dos países e atécantar junto com o convidado estrangeiro.9. Pode-se organizar uma mesa redonda com osentrevistados, quando eles terão a oportunidadede contar um pouco sobre seus países de origempara toda a comunidade escolar – seus costumes,sua língua, sua localização geográfica.Elaboração: Shirley Souza64


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AP.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.A<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>a partirdo3 o anoLivro: Sumaúma,mãe das árvoresAutora e ilustradora:Lynne CherryTradutora: Ana Maria MachadoNúmero de páginas: 40Formato: 23 cm x 28 cmTemas abordados:* Ecologia, solidariedade,preservação da naturezaTemas transversais:* Ética* Meio AmbientesÍntese da ObraDois homens entram na floresta e um deles, o mais alto, escolhe a árvore que será derrubada. É umaenorme sumaúma. Ele vai embora, deixando ao outro a tarefa. Mas este logo se cansa e acaba adormecendo.Então, um a um, animais da floresta e um indiozinho ianomâmi pedem a ele que não corte a árvore,explicando a utilidade que ela tem para cada um e para o mundo. Quando acorda, o homem vê ao seu redortodos os animais, a floresta, o indiozinho, desiste de cortar a árvore e vai embora.sObre a autOraLynne Cherry é americana e já ganhou diversos prêmios por seus livros infantis: o Prêmio Nacional doLivro Infantil da Academia de Ciências de Nova York, o Prêmio da Associação Nacional de Professores deCiências e o Prêmio do Instituto de Tecnologia de Nova Jérsei para ilustração de livro infantil. Para fazer asilustrações de Sumaúma, mãe das árvores, passou um tempo pesquisando na Floresta Amazônica.65


ObjetivOs pedagógicOs* Aproximar o leitor do texto a ser trabalhado econstruir a compreensão da relação entre a ficçãoe a realidade, com uma reflexão crítica sobreo tema abordado; criar uma outra história apartir do texto lido; produzir texto de carta.* Conhecer um pouco da história de ChicoMendes; compreender alguns problemas da regiãoamazônica; desenvolver a consciência deque o que acontece nessa região afeta o mundointeiro e a vida de cada um de nós; compreendera floresta como um meio vivo, em queos organismos e sistemas se apoiam uns nosoutros para sua sobrevivência; conhecer umpouco sobre a cultura dos povos indígenas.* Refletir sobre o papel do homem diante daproblemática ambiental e de problemas comodesflorestamento, efeito estufa, queimadas,contrabando de animais etc.; conhecer umpouco a respeito dos povos da floresta e suasatividades econômicas.* Pesquisar espécies da fauna e da flora amazônica;discutir temas como aquecimento global edegelo dos polos.* Exercitar a criatividade por meio de produçõesartísticas.antes da leitura* Localizar para os alunos, no mapa-múndi dolivro, a Amazônia, onde se passa a história, epedir que digam o que já ouviram falar, leramou viram na tevê sobre a Floresta Amazônica.* Pedir para a turma folhear o livro e, por meioda observação de imagens, dizer o que imaginaque acontecerá na história.* Perguntar aos alunos sobre a vida vegetal: elessabem que uma árvore é um ser vivo? Se houverpossibilidade, levar os alunos a observar umaárvore grande, orientando-os a avaliar cada detalhedela e de tudo que a cerca.66


atividades interdisciplinareslíngua portuguesa* Pedir aos alunos para trazerem material coletadoem jornais, revistas e na Internet com notíciassobre a Amazônia (texto e imagens). Lercom eles, ou pedir para voluntários lerem, partedesse material e comentar.* Solicitar aos alunos que façam um levantamentodas lendas da Amazônia. Promover uma rodade histórias em que cada um possa contar umadas lendas que escolheu.* Pedir aos alunos que escrevam uma versão dotexto lido na qual a sumaúma conta a história:como ela viu a chegada dos homens, se teriapedido aos animais e ao indiozinho para falaremcom o homem durante o sono, como reagiudepois que ele desistiu e foi embora etc.* O nome da região – Amazônia – vem de ummito grego antigo (ver o site http://pt.wikipedia.org/wiki/Amaz%C3%B4nia, no item “Origemdo nome”). Apresentar esse mito aos alunose pedir que ampliem a pesquisa e contem essahistória por meio de cartazes com imagensacompanhadas de legendas.* Orientar os alunos a refletir sobre a importânciadas árvores no seu dia a dia e estimulá-losa escrever uma carta às autoridades, cada qualdando os argumentos que achar mais importantes,com o objetivo de pedir medidas que contribuampara a preservação das reservas florestais.* Estimular a reflexão e a imaginação dos alunosa partir da seguinte questão: como seria ummundo sem árvores? Com base na questão,propor que cada aluno produza um texto descrevendoesse cenário.História* Sumaúma, mãe das árvores é dedicado a ChicoMendes, um personagem importante de nossahistória recente (ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Mendes). Pedir aos alunos que façamuma pesquisa sobre Chico Mendes. Numaroda de conversa, abrir espaço para cada umcontar o que descobriu sobre ele.* Orientar os alunos para organizar e apresentarum seminário sobre a história da Amazônia.Sugerir que pesquisem em livros de história, emenciclopédias e na Internet. Os alunos, divididosem grupos, apresentam os resultados utilizandocartazes.* Solicitar à turma que faça um estudo sobre asituação dos povos indígenas no Brasil nos diasde hoje. Promover um debate a respeito dosproblemas indígenas que os estudos revelaram.Cada aluno vai expor seus resultados. Garantira participação de todos.* No site http://www.funai.gov.br há uma seçãochamada “Índios do Brasil”, que apresenta umhistórico das nações indígenas e informaçõessobre a cultura indígena. Sugerir que os alunosvisitem esse e outros sites ou consultem livros erevistas para colher dados e imagens. Organizarem um mural os dados obtidos pela turma.geografia* Dividir os alunos em grupos e pedir que cadagrupo elabore um trabalho sobre a cultura naAmazônia, que mencione pratos típicos, festividades,cidades e destaques do meio urbano(como o Teatro Amazonas, por exemplo).67


ciências naturais* Examinar com a turma o mapa-múndi na aberturado livro. As florestas do planeta já cobriramextensões muito maiores. A Europa e aAmérica do Norte, hoje sem florestas, eram emboa parte providas de matas. A Amazônia tambémsofreu diminuição drástica, assim como asreservas na África e na Oceania. Diante dessequadro, o que os alunos acham da importânciada preservação das florestas que ainda sobrevivemno mundo? Estimular uma conversa emque os alunos expressem seus pontos de vista efaçam sugestões de medidas que poderiam seradotadas para a preservação da natureza.* Dividir os alunos em grupos e pedir que, combase em pesquisas, façam pequenos relatóriosexplicando os seguintes assuntos: desflorestamento,efeito estufa, queimadas na florestaamazônica, contrabando de animais.* Em um globo terrestre, mostrar aos alunos a localizaçãoda linha do Equador e dos trópicos.Pedir que façam uma pesquisa para descobrir aextensão da Amazônia e os países que engloba.* Conversar com os alunos sobre a diferença entrea devastação desenfreada da floresta e atividadeseconômicas de subsistência, secularesalgumas, praticadas pelos povos da floresta.Explicar, por exemplo, o trabalho de quem colhecastanhas, pescadores, seringueiros etc.* Apresentar à turma o rio Amazonas: extensão,afluentes e outras características, como o fatode ser ele o principal meio de transporte da região.Para maiores informações, visitar o sitehttp://www.ibge.gov.br.* Apresentar aos alunos a sumaúma (http://www.jbrj.gov.br/ebendinger/trilhas/54.htm) e proporque eles procurem conhecer outras espécies dafauna e da flora amazônicas, principalmente asameaçadas de extinção.* Conversar com os alunos sobre os problemasde mudança de clima acarretados pela diminuiçãode florestas e de sua importância na renovaçãodo oxigênio do planeta. Abordar e discutircom a turma temas como o aumento docalor global e o degelo dos polos.* Propor que a turma busque informações sobreos habitantes da floresta que são citados nolivro: jiboia, abelha, macaco, arara-vermelha,galo-da-serra, perereca, onça-pintada, ouriço,tamanduá, bicho-preguiça (pesquisar seuhábitat, o tipo de alimento que consomem,como se locomovem, suas características físicas,seus predadores, quais podem ser domesticadosetc.). Especificar, junto com os alunos,a que classe cada um deles pertence: répteis,aves, mamíferos etc.arte* Solicitar que cada aluno escolha um dos animaiscitados e o represente na forma de desenho,em uma cartolina, colocando as informaçõesobtidas a respeito dele.* Propor aos alunos que criem desenhos e objetosbaseando-se em um dos temas a seguir: asumaúma, a floresta amazônica, a preservaçãoda natureza, a arte indígena no Brasil. Váriastécnicas podem ser utilizadas nas produções.68


criaÇÃO e prOduÇÃOexpoamazôniaUm texto envolvente e delicado como o deste livro favorece a reflexão dos alunos e odespertar para o grave problema do desmatamento, decorrente da exploração irresponsávelda Amazônia. O processo de elaboração do projeto, que requer ampla pesquisa, é uma formade os alunos compreenderem a situação e se mobilizarem a fim de contribuir para a conscientizaçãodos demais alunos da escola e da comunidade para as importantes questões ambientaisda região, além de divulgar a cultura regional. O resultado será uma abrangente exposiçãosobre a Amazônia, cuja elaboração e montagem permitirão a integração com outras áreas doconhecimento.Etapas1. Conversar com os alunos e pedir que selecionemos diversos assuntos que serão abordados.Cuidar para que sejam interessantes paraas pessoas que visitarem a exposição e queconsigam transmitir uma ideia clara do que é aAmazônia.2. Dividir a turma em grupos e deixar que cadagrupo escolha um assunto: desmatamento,exploração desmedida dos recursos naturais,riqueza da fauna e da flora, os povos indígenasda região, extinção de espécies, contrabandode animais, representação por meio deimagens etc.3. Escolhidos os temas, cada grupo começa apesquisa.4. Orientar os alunos a utilizar, na mostra, cartazes,fotos, objetos, devidamente identificadoscom textos e legendas.5. Acompanhar a montagem dos painéis e a produçãodos textos. Alertar os alunos para observara pertinência dos textos e imagens.6. Os grupos podem também trazer músicas elivros e exibir filmes cujo tema seja a preservaçãoda natureza e da Amazônia (por exemplo,Tainá, uma aventura amazônica, de PedroRovai).7. Um grupo deve cuidar da divulgação e da organizaçãoda exposição, marcando datas e definindoo local com a direção da escola.8. Seria interessante, se possível, documentar aexposição com fotos ou vídeo. Um grupo podeser escalado para fazer isso, se houver acessoao material necessário.9. Supervisionar a montagem no espaço da exposição.Esse trabalho deve ser feito com antecedênciapara evitar atropelos.10. A exposição poderá permanecer montada naescola por alguns dias para que todos tenham aoportunidade de visitá-la.11. Avaliar depois com a turma os resultados doevento e a experiência de cada um no decorrerda organização e realização do projeto.Elaboração: Veio Libri69


4oanAlém de serem fontes inesgotáveis de prazer e aprendizagem,boas leituras exercem importante papel no desenvolvimentosociocultural do indivíduo. O contato sensível e afetivoentre o leitor e o livro é um dos caminhos mais ricos para aampliação do universo cultural de qualquer pessoa. Nessa fase,favorecem essa ampliação as leituras que envolvem o desenvolvimentode capacidades e habilidades fundamentais para aconstrução de valores, ambas essenciais à convivência e ao reconhecimentodo outro.


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.A<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>doA partir4 o anoColeção: O Pequeno FilósofoLivros: A fábula da convivência,A origem do amor,O planeta guerraTexto: Lecticia Dansa e Salmo DansaIlustrações: Salmo DansaFormato:19 cm x 25,5 cmTema abordado:* Respeito pela individualidade, pela paz e pela intimidade.Temas transversais:* Ética* Meio Ambiente,* Pluralidade Cultural* Trabalho* ConsumoOBJETivOS PEDAGÓGicOSApresentamos algumas atividades que integram diversos assuntos abordados na(s) história(s) a outrasáreas do conhecimento, sem, contudo, esgotar as possibilidades que o(s) livro(s) oferece(m). Visamos colaborarpara a construção do conhecimento, valorizando a interdisciplinaridade e despertando o senso críticodo aluno, de modo que sua aprendizagem e seu comportamento estejam pautados na ética, no respeito àsdiferenças, para o desenvolvimento pleno do exercício de cidadania a que todos têm direito.Objetivamos trabalhar a narrativa oral, o exercício dos diferentes focos narrativos, a composição detextos em prosa e verso e a expressão artística, dramática e musical. Também buscamos despertar o olharcrítico do leitor, pela pesquisa e comparação de diferentes tempos e realidades, e instigar o raciocínio matemáticoe científico, aprofundando o conhecimento nos temas estudados.71


SÍNTESES DAS OBRASA fábula da convivênciaNuma era glacial, há milhões de anos, um grupo de porcos-espinhos, parasobreviver, procura uma maneira de se esquentar. Ficam juntinhos e conseguemproduzir calor. Quanto mais se aproximam, mais se esquentam. Porém, ficandotão próximo, um acaba ferindo o outro com os espinhos. Ressentidos, muitosse afastam do grupo e morrem congelados. Os sobreviventes aprendem umalição: respeitar os limites, manter uma distância segura do companheiro, ficarpróximos apenas o suficiente para manter o corpo aquecido, garantindo assimsua individualidade e sobrevivência.A origem do amorQuando foram criados pelos deuses, os humanos eram seres muito complexos.Sua aparência era bem diferente da atual: era uma forma esférica que reuniaem um só corpo duas cabeças, dois sexos, quatro mãos e quatro pés. Essa raçachamada homens-mulheres tinha força descomunal, ambição desenfreada, aparênciamonstruosa, e logo começou a pensar em dominar o mundo. Irritado,Júpiter decidiu puni-la e separou-a em duas partes, uma feminina e outra masculina.Desde então, homem e mulher vivem a desejar e a procurar a metade queos completa. Esse encontro entre os dois seres se chama amor.O planeta guerraDois gigantes, Saturno e Sirius, saem de seus planetas para se aventurar nouniverso. Em sua viagem, chegam a um pequeno planeta chamado Terra e sesurpreendem com as criaturas minúsculas, de alma imortal, que nele habitam, osseres humanos. Para conhecer mais sobre essa espécie, conversam com os tripulantese passageiros de um navio e, para decepção dos gigantes, descobrem quea raça humana tem uma natureza bélica, buscando na guerra um caminho paraconquistar coisas que não lhe pertencem. Os gigantes, decepcionados, voltam aseus lares sem compreender esse planeta “guerra”.72


ATiviDADES iNTERDiSciPLiNARESAntes da leitura* Observar com o grupo as ilustrações do livro ediscutir como foram feitas. Tentar reproduzir atécnica utilizada pelo ilustrador.* Em uma roda de conversas, discutir o que osalunos sabem sobre filosofia. Passar alguns conhecimentosbásicos para eles compreenderemessa ciência. (A filosofia é uma tentativa do homemde compreender a realidade e a si próprio,a razão e o início da vida.)* Ler para a turma o texto da página 30 sobre ofilósofo que inspirou a história do livro.Língua Portuguesa* Efetuar a leitura oral do livro, que pode ser organizadaem forma de jogral ou dramatizada pordiferentes grupos.* Propor à turma que reflita e, se necessário, façaum estudo sobre as maiores inquietações dohomem. Depois, promover um debate em quetodos tenham a oportunidade de expor sua opinião,exercitando “o pequeno filósofo” que hádentro de cada um.* Pedir à turma que selecione as palavras desconhecidasque aparecem no livro e crie um vocabuláriocom elas.* Solicitar aos alunos que recontem a história emprosa, criando um texto em 3 a pessoa e outroem 1 a pessoa, adotando, nesse caso, um personagemcomo narrador.* Em uma roda de conversa, discutir com o grupoas posturas e atitudes dos personagens. Sugerirque cada aluno se coloque no lugar deles e digacomo teria agido se vivesse a mesma situação.Depois da discussão, pedir aos alunos que, individualmente,escrevam um texto expondosua postura.* Propor à turma que pesquise outras históriascom temática parecida: convivência, origem dohomem, natureza guerreira da humanidade.Realizar uma roda de histórias para que sejacompartilhado o resultado da pesquisa.História* Auxiliar os alunos em pesquisa sobre a épocaem que viveu o filósofo no qual o texto foi inspirado,buscando compreender o modo comoas pessoas viviam nessa época.* Comparar com a turma o período estudadocom os dias atuais, identificando semelhançase diferenças entre os dois períodos.* A origem do amor faz referência a Júpiter, deusda mitologia romana. Propor aos alunos querealizem uma pesquisa sobre a mitologia greco--romana reunindo diversos materiais: objetos,fotos, ilustrações, textos etc. Os trabalhos podemser expostos no mural da classe.Geografia* Localizar, com a turma, em um mapa-múndi ouem um globo terrestre, o país de origem do filósofoque inspirou o texto.* Apresentar aos alunos as características geográficase culturais desse país e propor uma discussão:a história poderia ter acontecido no país deorigem do filósofo? Por quê?* Em A fábula da convivência os personagensvivem na era glacial. Hoje, há no globo terrestreregiões muito frias, como as da era glacial: ospolos norte e sul. Mostrar aos alunos a localizaçãodos polos em um mapa-múndi e solicitarque busquem informações sobre esses lugares.73


Arte* Trazer para a turma informações e imagens sobrea produção artística do país de origem do filósofoestudado, correspondente ao período emque ele viveu (artes plásticas, música, teatro).Ampliar o assunto pedindo que os alunos tambémtragam outras informações sobre o país.* Propor aos alunos que façam uma ilustração livrede acordo com o livro lido: no caso de O planetaguerra, os alunos desenham os dois gigantes,protagonistas da história; com base em A origemdo amor, eles desenham o estranho ser da raçahomens-mulheres e depois os seres separados;a partir de A fábula da convivência, os alunosdesenham os porcos-espinhos. Não é necessárioguardar semelhança com as ilustrações da história.* Auxiliar os alunos a transformar a história empeça teatral, construindo o cenário e o figurino.Dividir a turma em grupos e distribuir as tarefas:o grupo 1 cuida do roteiro final (o que cada umvai dizer e quando) e dirige os alunos que vãoatuar; o grupo 2 vai preparar o cenário; o grupo3 cria o figurino usando materiais reciclados,como retalhos de tecidos, papel crepom etc.* Solicitar aos alunos que produzam ilustrações apartir da história lida, usando diferentes técnicas.* Pedir que a turma transforme os versos da históriaem canção. O trabalho pode ser feito emgrupos, explorando diferentes ritmos e usandoinstrumentos com que os alunos estejam familiarizados.Acompanhar de perto o desenvolvimentoda tarefa, auxiliando os alunos e fazendosugestões quando for necessário.* Propor aos alunos que façam um autorretratocomo se fossem um dos personagens do livro.Matemática* No livro A fábula da convivência, página 7, vê--se a figura de um dado; a partir dele, pedir paraos alunos realizarem alguns cálculos, somando,subtraindo, dividindo, multiplicando. Havendopossibilidade, pedir que tragam um dado para asala de aula para que cada aluno jogue, crie eefetue uma operação matemática com base nosnúmeros que surgem.* A partir da leitura do livro A origem do amor,trabalhar o conceito do todo e suas partes, demonstrando,em objetos reais, o que é dividiralgo pela metade e experimentando outras divisões(terço, quarta parte e assim por diante).ciências Naturais* Pedir que os alunos busquem informações e imagensdo porco-espinho em livros e na Internet.Dividir os alunos em grupos para que troquem asinformações que trouxeram.* O livro A fábula da convivência descreve um invernorigoroso no qual flores desapareceram e algunsanimais morreram. Discutir com os alunoso efeito do frio nas diferentes espécies (animaise vegetais). Pedir que eles listem os animais maiscomuns presentes em regiões frias e tropicais.* Explicar que o ambiente determina hábitos alimentarese sociais das pessoas. Pedir aos alunosque procurem informações, em livros, revistas,jornais e na Internet, sobre os hábitos alimentaresde uma pessoa que vive na Groenlândiae os de uma pessoa que vive no Caribe, porexemplo. Os alunos trazem as informações e ascompartilham.74


cRiAÇÃO E PRODUÇÃOO pequeno filósofo – livro de reflexõesAo longo do trabalho desenvolvido até aqui, os alunos puderam praticar a pesquisa e areflexão sobre temas existenciais, constantemente colocados em foco pelos grandes filósofosda história. A partir de novas reflexões e pesquisas, os alunos – os pequenos filósofos – experimentamo filosofar e criam um livro com o desenvolvimento e o resultado dessas reflexões.Etapas1. Eleger na sala cinco ou seis grandes temas sobreos quais a turma queira discutir ao longo dospróximos meses. Exemplos: origem do homem,o universo, a arte de conviver em sociedade,guerra, paz, vida, morte, amor, ódio, Deus etc.2. Dividir os alunos em grupos. Escolher o primeirotema.3. Um tema por vez, comum a todos os grupos,será trabalhado à exaustão para que, então, umnovo tema seja iniciado. Cada tema terá três registros:o primeiro, fruto das opiniões do grupo;o segundo, apresentando o material pesquisado;o terceiro, finalizando a visão geral sobre o temae registrando se houve mudança na forma decompreendê-lo ou não, justificando.4. Para cada tema será produzido um texto, em prosaou verso, com as opiniões iniciais do grupo. Ummembro do grupo fará os registros por escrito.5. Na sequência, será realizada ampla pesquisasobre o tema, buscando histórias ou lendasque o discutam, explicações encontradas emoutras culturas, músicas que falem sobre ele,filmes que tragam abordagens diversas etc.6. Todo o material da pesquisa será organizadopelo grupo. O resultado será registrado no livro.7. Depois dessa fase, em um grande encontro, osgrupos vão conversar e debater suas opiniõese pontos de vista e compartilhar suas ideiassobre o tema em que todos se aprofundaram.8. Cada grupo se reúne e cria um novo textoreafirmando ou mudando sua forma de compreendero tema e identificando o que determinoua revisão de seus conceitos ou o queconfirmou seu modo de pensar.9. Esgotado o estudo do primeiro tema, o mesmoprocesso deve ser repetido com os demais, atéconcluir o livro de reflexões de cada grupo.10. Discutidos e redigidos os textos de todos ostemas, orientar os grupos a organizá-los emformato de livro: colocar na página 1 o título(Os pequenos filósofos), seguido dos temasdiscutidos. Na página 2, os nomes dos componentesdo grupo. O texto só começará napágina 3. Havendo possibilidade, pedir queos alunos providenciem uma capa bem bonitapara os livros.Elaboração: Shirley Souza75


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.A<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>Flavio de SouzaF l a v i o d e S o u z aQuando uma menina pede para seu pai contaruma história na hora de dormir, ela não pode imaginarque o pai não vai se lembrar direito de nenhuma. E vai misturarpersonagens e acontecimentos de vários contos de fada, fazendouma salada absurda com uma menina de chapéu vermelho,um coelho atrasado, um príncipe sapo, uma bruxa e muito, muito mais.O que a menina e quem ler este livro vão descobrir é que,com esses velhos personagens, uma nova e maravilhosa históriavai aparecer e acontecer. E entre os novos personagens o maisengraçado é o próprio pai contador de histórias, que começacomo um trapalhão e acaba como um verdadeiro criador.Se você gostou dos desenhos animados de um certoogro verde, não pode deixar de ler Chapeuzinho Adormecidano País das Maravilhas. Uma aventura emocionante,surpreendente e hilariante!Chapeuzinho Adormecida no País das Maravilhashapeuzinhodormecida nodasnoaravilhasaísA partirdo4o anoLivro: Chapeuzinho adormecidano país das maravilhasAutor: Flavio de SouzaIlustrador: JótahNúmero de páginas: 72Formato: 17 cm x 17 cmISBN 978-85-322-6099-49 788532 26099413307204Temas abordados:* Paródia de conto de fadas,fantasia, humorTemas transversais:* Pluralidade Cultural* Ética* Trabalho e ConsumosÍntese da ObraA menina está sem sono, por mais que tente não consegue dormir, e decide que precisa ouvir uma história.É o pai quem atende ao chamado, mas ele é um tanto atrapalhado e nem lembra direito da história pedidapela filha: “Chapeuzinho Vermelho”. Chapeuzinho é enganada pelo lobo, perde-se na floresta, segue umcoelho apressado, cai num buraco e acaba em um mundo maluco buscando um certo Mágico de Voz…Quando a aventura termina, pai e filha são acordados pela mãe… Teria sido tudo um sonho, uma históriaou aconteceu de verdade?sObre O autOrFlavio de Souza é roteirista, dramaturgo, diretor e ator de teatro, televisão e cinema. Autor de vários livrosinfantis, em 1986 recebeu o prêmio APCA de melhor livro infantil e, em 2006, teve o Chapeuzinho adormecidano país das maravilhas premiado com o segundo lugar no Jabuti. Escreveu roteiros para os programasCastelo Rá-Tim-Bum e Mundo da Lua, ambos da TV Cultura.76


Flavio de SouzaChapeuzinho adormecida no pa’ s das maravilhasOs quatro gritaram de alegria e se abraçaram. O porteiro jogou água frianeles e resmungou:– Ainda faltam duas provas. Segunda: o que significam zizio, zimba ezibelina?A bruxa esfregou a berruga, respirou fundo, quase desmaiou e respondeu:– Zizio é o zumbido de insetos, como, por exemplo, a cigarra. Zimba éo nome da toca do tamanduá e zibelina é um bicho mais-que-a-doninha.– Como assim? – perguntaram os outros, inclusive o porteiro.– A zibelina é um bicho mais-que-a-doninha porque é como uma doninha,só que maior, portanto tem mais tamanho. E tem mais peso, o focinhomais longo e mais pontudo e a cauda mais peluda!“Exatamente igual ao nariz de um certo alguém” – pensou a Chapeuzinho,olhando para o porteiro. Mas ela ficou bem quieta, e ele disse:– Está certo, mas ainda falta a terceira prova. Terceira: vocês terão queir até a Lua e voltar!– É?– Quem diria!– É mesmo?– Pombas!Os quatro amigos perderam rapidinho a vontade de comemorar a segundaprova, porque a terceira era impossível! A Chapeuzinho começou a chorarporque os doces que ela tinha na cestinha iam ficar podres de tanto que ela iademorar para chegar na casa da avó. Porque nunca mais é um tempo muito longo.Ela nunca mais ia ver a mãe e o pai dela. Nunca mais ia deitar na caminhadela. Nunca mais ia colocar o maiô e nadar no rio da floresta. Nunca mais...Ela parou de pensar em frases começadas com “Nunca mais”, porque osapo puxou todos para um canto e contou uma ideia que tinha acabado deter. A bruxa concordou, todos voltaram sorrindo para perto do porteiro e osapo disse:– Olhe, note, veja bem, senhor porteiro!A bruxa bateu de leve no nariz do sapo, do coelho e da Chapeuzinho,bateu de leve em sua berruga, deu três risadas para fora, três risadas paradentro, rangeu os dentes, soltou três beijinhos na direção do sapo. E de repentefez som de foguete partindo. PUF! Os quatro desapareceram.O porteiro ficou com cara de tacho. Tentou segurar a vontade, mas nãoconseguiu e olhou na direção da Lua, que estava no céu claro. Bufou e ficoutrêmulo de indignação quando os quatro reapareceram na frente dele doisminutos depois. E comentaram, com ar zombeteiro:– Interessante o solo lunar! Dizem que aquelas crateras todas foramcausadas por meteoros!– É mesmo? E eu que sempre achei que ela era feita de queijo!– Quem diria! Eu também ouvi essa história quando era criança!– É? Eu achei que a gente ia encontrar o São Jorge.– Eu também. E com o dragão, pombas!O porteiro pôs as mãos peludas na cintura e resmungou:– Vocês sumiram por alguma bruxaria dessa senhorita e voltarama ficar visíveis. Vocês não foram nem para Júpiter, nem paraSaturno, e muito menos para a Lua!57ObjetivOs pedagógicOs* Relembrar e conhecer contos clássicos; compararos contos originais à história lida; criar textosinspirados no livro; discutir caracterização depersonagens e de suas falas; analisar a criação depalavras realizada pelo autor e criar outras.* Observar o que o espaço descrito tem de realidadee de imaginário; verificar a ideia que os alunosfazem de floresta; apresentar diferentes tipos defloresta; estudar a fauna e a flora da região emque vivem; relacionar os ambientes fantásticos apaisagens naturais de nosso planeta.* Avaliar o caráter e o comportamento ético dospersonagens; conhecer personagens da mitologiaclássica e personagens que existiram e forammitificados ao longo do tempo.* Conhecer o cinema mudo; relacionar cores a sensações;resgatar cantigas infantis; criar novas cantigas;realizar um “dia de contar histórias”; adaptara história em enredo para teatro de bonecos.* Conversar sobre a Lua e suas características;apresentar alguns dados sobre modificaçõesgenéticas e verificar o que a turma sabe.antes da leitura* Discutir em uma roda de conversa quais históriasclássicas o título do livro faz lembrar(Chapeuzinho Vermelho, A Bela Adormecidae Alice no País das Maravilhas). Verificar seos alunos conhecem todas elas e, coletivamente,relembrar seus enredos.* Observar as ilustrações do livro e identificarquais são os personagens da história deChapeuzinho e quais pertencem a outras histórias.Tentar relembrar as histórias originaisdesses personagens deslocados.* Olhar as ilustrações das páginas 36/37, 48/49e 69 e discutir o que está acontecendo nessesmomentos da história.77


atividades interdisciplinareslíngua portuguesa* Relacionar com a turma todos os contos clássicosa que o texto faz referência ao longo da aventura.* Realizar uma roda de histórias em que os alunosrecontem as histórias originais a que o livrofaz referência.* Pedir aos alunos que comparem o que acontecenesses contos com o que foi narrado no livro.* Avaliar com o grupo a caracterização dos personagens:bruxa, fada, príncipe… Todos se parecemcom os dos contos clássicos? Solicitar à turmaque identifique as diferenças entre os personagenstradicionais e aqueles citados na história.* Propor que os alunos criem um texto em queoutros personagens de contos clássicos se encontreme vivam uma aventura juntos, inspirando-seno livro.* Discutir as palavras ou expressões que os alunoscostumam usar excessivamente e por quemotivo fazem isso.* O pai de Chapeuzinho entra na história comoo Mágico de Voz e muda o rumo dos acontecimentos.Pedir aos alunos que, individualmente,reescrevam um conto clássico, entrando naaventura e mudando o que acontece.* Propor à turma que relacione as palavras criadaspelo pai contador de histórias e seus significados,formando um glossário.* Solicitar ao grupo que crie novas palavras paradescrever ações que fazem ao mesmo tempo nodia a dia. Exemplos: falar comendo, cantar dançando,ler ouvindo música, pular correndo etc.* Listar as expressões características de cada personageme relacioná-las às suas personalidades,questionando os alunos: por que Chapeuzinhosempre perguntava “É?”? (por ser curiosa); epor que o coelho vivia dizendo “Pombas”? (porser impaciente e mal-humorado).geografia* Pedir que os alunos releiam a página 22 do livroe observem o que Chapeuzinho e o coelho viramao cair no buraco. Discutir quais dos itensdescritos seriam vistos se esse buraco fosse nacidade ou no campo, e quais não seriam vistosem nenhum desses ambientes.* Retomar com a turma, na página 18 do livro, adescrição do pai narrador sobre a mata fechada.Perguntar que ideia os alunos têm de mata.* Apresentar imagens e informações de diferentestipos de floresta, localizando em um mapa-múndiou em um globo as regiões em que cada tipopode ser encontrado.* Solicitar aos alunos que relacionem os diferentestipos de vegetação da região em que vivem. Senecessário, pedir a realização de uma pesquisasobre o tema, identificando também os animaiscomumente encontrados em áreas preservadasde sua região.* Pedir à turma que encontre exemplos reais deambientes parecidos com os mundos coloridos:frio e escuro como o roxo; fresco e amenocomo o azul; seco e cheio de luz como o amarelo;quente demais como o laranja.78


História* Promover uma discussão sobre o caráter dos personagens.Questionar os alunos sobre o comportamentoe a ética de cada um deles. Por exemplo:a bruxa é sempre má e a fada é sempre boa?* Reler, com o grupo, o final da página 45 e a página46 do livro, quando os personagens chegamao mundo vermelho e encontram, entre outrosseres, amazonas, centauros e piratas. Verificar seos alunos conhecem esses personagens. Se elesnão conhecerem, pedir que pesquisem suas histórias.Posteriormente, discutir quais deles realmenteexistiram e quais são seres mitológicos.arte* Rever a passagem da página 66 que faz referênciaàs cenas de corre-corre dos antigos filmes empreto e branco. Assistir a um filme mudo coma turma, como um dos clássicos de Chaplin.Caso não seja possível, apenas conversar comos alunos sobre esses filmes, descrevendo suascaracterísticas.* Listar a relação das cores dos mundos que os personagensencontram ao longo da estrada invisívelcom suas características. Destacar que sensaçõesdesperta cada uma dessas cores. Promoverexperimentação de misturas de cores e debateras sensações que cada cor criada desperta.* Reler com os alunos a canção de Chapeuzinhoe a do Lobo Mau que aparecem no livro. Pedirque relembrem as canções originais nas quaisessas foram inspiradas.* Propor à turma que crie novas canções paraos personagens da história: fada, bruxa, sapo,coelho etc.* Promover um “dia de contar histórias” na escola.Os familiares e amigos podem ser convidadosa participar e também a contar histórias.* Fazer, com a turma, uma adaptação do textopara peça teatral e, a partir dela, organizar umaapresentação em forma de teatro de bonecos.Os alunos podem confeccionar os bonecoscom materiais diversos ou a partir da produçãode papel machê.ciências naturais* Conversar com os alunos sobre as ideias dos personagensa respeito da Lua, que podem ser lidasna página 57 do livro. Sem muito aprofundamento,fornecer à turma algumas informações sobreesse satélite natural e, se possível, apresentarimagens dele para os alunos. O site http://astro.if.ufrgs.br/solar/moon.htm, disponível em agostode 2006, traz informações e imagens da Lua.* Na página 46 os viajantes encontram “baleiasmodificadas geneticamente” para conseguir viverem água doce. Verificar se as crianças entendemo que significa uma modificação genética eo que sabem sobre o assunto. Há diversos filmesde ficção que discutem o tema e podem servirde referência. Visitar o site http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2001/jusp556/caderno/pesquisa02.html,disponível em agosto de 2006, sehouver possibilidade. O site apresenta informaçõessobre animais geneticamente modificados.No entanto, não se deve esquecer que os alunosdessa faixa etária ainda não têm maturidadesuficiente para se aprofundar no tema. Por isso,o melhor a fazer é comentar e explicar, apenassuperficialmente, para que eles possam entendero que o autor do livro quis dizer.79


criaÇÃO e prOduÇÃOFantasia e realidade – peça teatralHistórias tradicionais, histórias inventadas e uma mistura das duas se entrelaçam emChapeuzinho adormecida no país das maravilhas, envolvendo os personagens em um climamágico. Os alunos exercitam a criatividade e a expressão artística com o projeto Fantasia erealidade. A proposta é desenvolver uma peça teatral em suas diversas etapas e motivar aturma a participar de todas elas.Etapas1. Propor aos alunos a criação de uma história fantástica,como a do livro, em que personagensde contos clássicos se misturem. As narrativaspodem ser criadas em grupos e compartilhadasem uma roda de histórias.2. Eleger a melhor aventura para ser transformadaem peça teatral. Também é possível fundirpassagens de diferentes histórias criadas paraformar uma nova.3. Dividir a sala em três grupos. O grupo 1 cuidaráda redação da peça e montará a trilha sonora;o grupo 2 se constituirá dos atores; o grupo 3criará e confeccionará o figurino, o cenário e osobjetos de cena (deve ser o maior grupo).4. O grupo 1 vai transformar a história em peçateatral. Para facilitar, apresentar aos alunosum texto de teatro. Destacar sua estruturacom indicação de cenas, falas e descrição depersonagens.5. Somente depois que o grupo 1 tiver finalizadoa conversão do texto em peça teatral os outrosgrupos começam a trabalhar.6. O grupo 2 iniciará os ensaios. Auxiliar o grupocom o tempo de fala e orientá-los a fazer umaatuação convincente.7. O grupo 1 vai cuidar da trilha sonora. Orientaro grupo a reunir músicas que tenham relaçãocom a peça criada. No dia da apresentação,cada um vai se encarregar de uma atividade.8. O grupo 3 começa a produção do material paraa apresentação: as roupas, o cenário e os objetos.Sugerir que utilizem material reciclado.9. Acompanhar cada etapa e estimular os alunospara que avaliem o trabalho uns dos outros edeem suas opiniões ao longo do processo.10. A turma toda ajuda a preparar o material de divulgação:cartazes, folhetos e convites a seremdistribuídos na escola e para os familiares.11. Um ensaio geral deve ser feito antes da apresentaçãoao público. Tudo deve estar pronto:roupas, cenário, músicas.12. A peça pode ter mais de uma apresentação.Ao final, conversar sobre os resultados e avaliartodo o processo pelo qual passaram.Elaboração: Shirley Souza80


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.A<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>partirAdo4o anoLivro: Dona PalavraAutor: Ronald ClaverIlustrador: FêNúmero de páginas: 48Formato: 17 cm × 24 cmTemas abordados:* Escola, experiência coma escrita, infânciaTema transversal:* Pluralidade CulturalSÍNTESE DA OBRADurante uma aula, a professora Mariana é chamada de dona Palavra por um de seus alunos e isso a fezlembrar que também teve uma dona Palavra em sua infância: a professora Margarida, que a ensinou a ler e aescrever e, ainda, serviu de inspiração para que também quisesse ensinar.Com a volta das lembranças, Mariana procurou um caderno antigo, em que registrava seus textos quandomenina. Fantasia, memórias, surpresas, alegrias… o cotidiano de um tempo remoto brota dos seus escritos,de suas cartas para a avó, de suas histórias mirabolantes e de suas confissões para o diário, numa deliciosaviagem pelo mundo das palavras.SOBRE O AUTORRonald Claver é mineiro de Belo Horizonte e foi envolvido pela literatura ainda menino. Trabalhou com teatroe audiovisuais, como diretor de colégio, secretário municipal de esportes, mas nunca deixou de escrever prosae versos. Muitos de seus textos foram premiados, e mais de vinte livros, publicados por diversas editoras.81


O mundo1 a mente invente 1+a bola e deixe-a desli-zar no espaço sideral.Depois d(-p) que a água escorra-pa por inteiro para ela não morrer de sede.“Deus fez o mundo do nada”, dissedona Margarida, “e agora quero quecada um também invente um mundo”.E nos deu papel em branco, lápis decor, canetinhas, tinta e pincéis. “Comecemdesenhando uma paisagem. Nãose esqueçam dos rios, das montanhas edas nuvens. E, para habitar esse mundo,inventem uma personagem.Em seguida, coloquee mataspara que ela possa respirar.E com o seu (- o) inho mágicová arrumando as coisas: uma cachoeira aqui, 1rio acolá. A paisagem está pronta para ser habi-tada. Depois você cria o homem e reza para elenão chutar a suapara fora.3637OBJETIVOS PEDAGÓGICOS* Aproximar o leitor do texto a ser trabalhado econstruir a relação do ficcional com a realidadecotidiana; estudar e exercitar diferentes focosnarrativos e gêneros textuais em rodas de conversae na produção de textos; refletir sobre ouso das palavras e sua riqueza de significados ede formas de expressão.* Reconstruir a realidade de outras épocas a partirdo diálogo com pessoas mais velhas e da trocade experiências com os colegas.* Observar e analisar as ilustrações do livro; criarnovas formas de expressão visual das palavras;experimentar formas de comunicação que nãose utilizem da linguagem oral e da escrita.* Refletir sobre os cuidados necessários com osanimais de estimação; pesquisar e trocar informaçõessobre alguns animais; discutir oscuidados necessários com a saúde e as dificuldadesvivenciadas em caso de doenças; entendera importância das matas e florestas para ahumanidade.* Criar problemas matemáticos com imagensenig máticas.ANTES DA LEITURA* Observar as palavras ilustradas na página 19:rio e serpente. Questionar os alunos sobre oque a forma delas representa. Pedir a eles quefolheiem o livro rapidamente e observem outraspalavras escritas com um visual diferente e umaforma coerente com seu significado.* Discutir, em uma roda de conversa, o tema dolivro: a partir do que os alunos viram ao folheá--lo e de seu título, qual a expectativa quanto àhistória? Incentivar os alunos a criar oralmentediversas possibilidades de enredo e a compartilharessas ideias.82


ATIVIDADES INTERDISCIPLINARESLíngua Portuguesa* Pedir à turma que busque no texto as palavrasdesconhecidas e procure o significado delas nodicionário, compondo um glossário. As palavrasinventadas pelo autor também podem fazer partedessa relação e ter o significado criado peloaluno, de acordo com sua contextualização.* Informar aos alunos que o texto é narrado emprimeira pessoa. Propor a eles que, em grupos,observem exemplos que comprovem essa informaçãoe selecionem trechos para serem lidoscoletivamente e reescritos com narrador em terceirapessoa do singular.* Propor produções de texto com os temas desenvolvidospor Mariana, quando menina: umacarta para a avó; a descrição de sua casa (realou imaginária); uma fantasia (como a históriada bruxa Lililde); um passeio (como o queMariana fez ao zoo) ou uma viagem (como aque ela fez à praia para conhecer o mar); umdiário. É importante que os alunos aproveitempara exercitar diferentes gêneros de texto (poema,conto, carta etc.) e focos narrativos.* Sugerir aos alunos que criem mensagens enigmáticas,como as das páginas 22 a 24, em quedesenhos substituam palavras ou parte de palavras(página 37). Propor a eles que troquemas mensagens com os colegas e depois as decifrem.Criar uma mensagem como desafio paraa turma decifrar.* Observar a descrição do elefante, na página 33,e, seguindo o modelo, solicitar que os alunosdescrevam a girafa e a zebra. Outros animaisque lhes pareçam interessantes podem tambémser descritos.* Pedir aos alunos que tragam outras históriasque mencionem bruxas e fadas madrinhas. Ashistórias podem ser lidas em uma roda de leiturae depois as bruxas podem ser comparadas àpersonagem Lililde. É interessante que a turmaperceba a oposição entre bruxas (mal) e fadas(bem).* Se possível, para aprofundar a discussão sobrebem e mal, assistir com os alunos ao filme“Shrek 2”, em que nem a fada madrinha nemo príncipe encantado são bons. Depois de vero filme, a turma pode reavaliar as ideias que fazemde bem e mal e se a aparência está relacionadaa esses conceitos: o bom é sempre belo? Eo feio é sempre mau?* Mário Quintana é citado na página 16. Pedir aosalunos que pesquisem informações sobre a vidado poeta e leiam algumas de suas poesias.História* Conversar com a turma sobre as lembrançasde dona Mariana e as sensações que elas provocamna professora. Discutir sobre o retratode um outro tempo, possível de ser traçadopelas memórias da personagem. Pedir queconversem com seus pais e avós e perguntemcomo era a época em que tinham sua idade,como era a escola, as brincadeiras, a casa emque viviam.83


* Solicitar aos alunos que enumerem as brincadeirasque conhecem e façam uma comparaçãocom as que existiam nos tempos antigos, destacandoas que se mantêm atualmente, as quese perderam no tempo e as novidades do mundocontemporâneo.Arte* Observar com os alunos que o livro apresentadiferentes ilustrações, algumas às margens dostextos de Mariana, como se a menina tivessetraçado, rabiscado, enquanto escrevia, outrasfazendo parte do texto, cifrando-o ou ilustrando-o.Analisar coletivamente esses desenhos erefletir sobre as características de cada tipo.* Propor aos alunos que desenhem outras palavrasque não apareçam no livro, buscando expressarseu significado em sua forma, em suaexpressão visual.* Criar palavras ilustradas em outras formas deexpressão: colagem, pintura, modelagem etc.* Da mesma forma que as palavras são substituídaspor desenhos em algumas das cartasde Mariana, elas podem ser representadas pormímicas. Solicitar aos alunos que, em grupos,combinem mensagens a serem transmitidasaos outros grupos por meio de mímicas, numaforma de comunicação diferente da usada pelamaioria das pessoas no cotidiano.* Pedrita é a cachorrinha da menina Mariana. Elateve filhotes e está brava, não deixa ninguémse aproximar deles. Além dela, vivem na casa ogalo Godofredo e o cachorro Mandioca. Conversarcom a turma sobre animais de estimaçãoe os cuidados de que eles necessitam.* Verificar se os alunos já viram girafa, zebra, elefante,seja no zoológico, em filmes ou em desenhos.Pedir a eles que descrevam esses animaise o que sabem sobre eles. Depois, solicitarque a turma pesquise outras informações sobreeles (hábitat, principais características, hábitosalimentares, se vivem sozinhos ou em bandos,quanto tempo vivem etc.). As informações devemser registradas em forma de relatório ouficha de pesquisa, aproximando os alunos dalinguagem científica.* A partir da carta de Mariana para sua avó, épossível discutir o tema “doenças”. Sua outraavó está doente e seu pai diz: “mãe e flor nãodeveriam ficar doentes nunca de nunca”. Essaideia pode ser discutida em uma roda de conversa.Depois, podem ser comentados algunscuidados que devemos ter com a saúde e, sutilmente,abordadas algumas dificuldades vivenciadasquando há problemas graves de saúdena família.* Em “O mundo”, texto da página 37, Mariana dizque para um mundo respirar ele precisa de matas.Essa é uma boa oportunidade para discutircom os alunos a importância das áreas verdes eda preservação das florestas. Um bom ponto departida é relacionar a frase “Amazônia, pulmãodo mundo” com o texto de Mariana.Ciências NaturaisMatemática* Sugerir que os alunos criem um problema matemático,utilizando mensagens cifradas em desenhos,como nos textos de Mariana, e deempara um colega resolver.84


CRIAÇÃO E PRODUÇÃOHistória individual - um diário de percepçõesAo começar a folhear seu antigo caderno, a professora Mariana antecipa as emoções que viverálendo aqueles escritos. Neste projeto, História individual – um diário de percepções, os alunosfarão registros que possam ser revisitados por eles mais tarde e que lhes permitam ver algumasdas transformações pelas quais passam na forma de ser e de perceber o mundo.Etapas1. Pedir aos alunos que providenciem um cadernoespecialmente destinado a se transformarem diário.2. Propor a eles que observem e manuseiem algunslivros na biblioteca escritos em forma de diário,como O diário de Anne Frank, para se familiarizaremcom outros exemplos desse gênero textual.3. Orientá-los quanto às características do gênerodiário e quanto à ideia de privacidade,esclarecendo que um diário é particular e quegeralmente quem o escreve não o mostra aninguém. Propor a eles que planejem algunsregistros específicos que possam ser compartilhadoscom a turma ao final do projeto.4. Discutir com a turma ideias quanto à forma deregistro. Algumas delas podem ser inspiradasnos textos de Mariana. Antes de começarema escrever o diário, os alunos podem discutirideias de como fazer isso, garantindo que,mesmo partindo de um trabalho coletivo, eletenha o estilo pessoal de cada um.5. Pedir aos alunos que durante um bimestre registrempelo menos um acontecimento diárionesse caderno, da forma como quiserem: narrandoo que aconteceu, ou o que sentiram,fazendo desenhos, escrevendo uma carta, colandouma foto e legendando-a, transformandoo acontecimento em música ou poesia, oumesmo em frases curtas etc.6. Fazer um acompanhamento semanal desseregistros, olhando os cadernos e, em rodasde conversa, pedir a cada aluno que exponhapara os colegas o registro que preferir.7. Ao final do bimestre, pedir a cada aluno queselecione de três a cinco registros. Fotocopiá--los e ampliá-los em tamanho A3 para comporuma exposição, que pode ser restrita à comunidadeescolar ou aberta aos pais e familiares.8. Depois que a exposição for concluída, os alunospodem discutir em sala o que acharam daexperiência de registrar o cotidiano, as emoçõese as impressões individuais. É interessantedebater como eles se sentem lendo essesregistros.9. Propor aos alunos que descrevam por escritoseus pensamentos e sentimentos sobre todoo processo. Depois, ao observar os própriosregistros, perguntar-lhes se notaram algumamudança em si mesmos ao longo desse período;em caso afirmativo, pedir-lhes que a comentem.10. Incentivar a manutenção dessa forma de registro,que é um exercício de expressão e umaforma de elaborar e guardar a própria história.Elaboração: Shirley Souza85


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AP.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.A<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>A partirdo4o anoColeção: Ciranda do São FranciscoLivros: A bordadeira de histórias,A sereia dos cabelos de ouro,O menino e o Caboclo-d’água,RomãozinhoAutores: Ana Raquel e RogérioAndrade BarbosaIlustradora: Ana RaquelNúmero de páginas: 32Formato: 20,9 cm x 26,8 cmTema abordado:* FolcloreTemas transversais:* Ética* Pluralidade Cultural* Trabalho e Consumo* Meio AmbienteOBJETivOS PEDAGÓGiCOSApresentamos algumas atividades que integram diversos assuntos abordados na(s) história(s) a outrasáreas do conhecimento, sem, contudo, esgotar as possibilidades que o(s) livro(s) oferece(m). Visamos colaborarpara a construção do conhecimento, valorizando a interdisciplinaridade e despertando o senso críticodo aluno, de modo que sua aprendizagem e seu comportamento estejam pautados na ética, no respeito àsdiferenças, para o desenvolvimento pleno do exercício de cidadania a que todos têm direito.Objetivamos trabalhar a narrativa oral, o exercício dos diferentes focos narrativos, a composição detextos em prosa e verso e a expressão artística, dramática e musical. Também buscamos despertar o olharcrítico do leitor, pela pesquisa e comparação de diferentes realidades, e instigar o raciocínio matemático ecientífico aprofundando o conhecimento nos temas estudados.86


SÍNTESES DAS OBRASA bordadeira de históriasUma menina traz da escola uma tarefa diferente: pesquisar mitos da região em que vive. A avó bordadeiraé famosa por conhecer lendas e saber contá-las como ninguém. É ela quem ajuda a netinha nessetrabalho, contando o mito da Serpente Emplumada, que assombra as profundezas da terra do santuáriode Bom Jesus da Lapa, uma ameaça mantida sob controle pelas muitas orações realizadas pelos fiéis nosantuário. Enquanto conta a lenda, a avó borda um tecido com as imagens que ilustram sua narrativa. Nodia da exposição na escola, são muitos os mitos narrados, mas a história e o bordado da avó recebem aadmiração de todos.A sereia dos cabelos de ouroConta-se que, em certa hora da noite, uma sereia aparece no rio São Francisco para banhar-se com aluz do luar. Um jovem pescador se apaixona por ela, cujos cabelos são de ouro. A sereia lhe dá muitosfios de cabelo e Marinho torna-se um homem rico. De início, ele usa o dinheiro para comprar-lhe presentes,porém gasta toda a sua fortuna buscando um meio de fazer sua sereia virar mulher. Depois demuito tentar, quando já está pobre, seu sonho se realiza e os dois passam a viver em uma casa simples, àbeira do rio. Ele volta a trabalhar como pescador e ela lava roupas no rio São Francisco, onde passa horascantando alegremente.O menino e o Caboclo-d’águaO Caboclo-d’água é muito respeitado e, também, temido nas águas do Velho Chico. Josino é ummenino curioso que decide aprisionar o Caboclo, mas acaba sendo capturado por ele no fundo do rio.Para libertá-lo, o Caboclo o obriga a trazer-lhe, semanalmente, um litro de pinga e um rolo de fumocomo oferenda. Josino concorda, mas não pode cumprir a promessa, pois é muito pobre. Como elenão aparece no rio, o Caboclo, como vingança, vira as embarcações dos pescadores e agita as águas.O menino então procura a ajuda da avó rezadeira, que prepara uma oferenda para acalmar o Caboclo elibertar o neto de sua aflição.RomãozinhoA lenda do Romãozinho o descreve como um garoto travesso que, por medo de ser punido, fugiu dacasa dos pais e ficou criança para sempre. Diz-se que somente as crianças são capazes de vê-lo e queRomãozinho pode aprontar muito, mas também pode ajudar a quem precisa. O pai de Bentinho é o rei daCongada e está coletando fundos para a festa, mas seu saco de moedas caiu no rio e se perdeu. Bentinhodecide ajudar o pai e faz uma oferenda a Romãozinho, invocando sua presença. O garoto aparece e ajudaa recuperar o dinheiro, pois ele mesmo adora a festa e a animação da Congada. No dia dos festejos,Bentinho avista Romãozinho ao longe, acenando em meio a um redemoinho de vento.87


ATiviDADES iNTERDiSCiPLiNARESAntes da leitura* Ler coletivamente os textos das páginas 24-25 e28-29, que narram como nasceram os livros dacoleção e quem são os autores.* Em uma roda de conversas, checar se os alunosconhecem histórias semelhantes às que vão lere como é a versão que eles conhecem.* Verificar se os alunos conhecem outros mitose se acreditam neles. Questioná-los sobre ascrenças dos familiares e conhecidos e comoisso se manifesta no dia a dia (assombrações,figuras folclóricas, seres fantásticos etc.).Língua Portuguesa* Propor que a turma troque impressões sobre ahistória lida e dê opiniões sobre a(s) figura(s)que nela aparece(m).* Observar com os alunos que no texto há passagensem prosa e em verso. Avaliar quando overso é utilizado e o que ele traz para a narrativa(musicalidade, retrato de crenças locais, cantoriastípicas, um pouco da realidade cotidianaregional).* Fazer uma leitura coletiva dos versos para queos alunos percebam o ritmo.* Pedir aos alunos que identifiquem um mito queseja conhecido por todos e, individualmente,narrem sua história, procurando usar prosa everso, como no livro.* Solicitar que os alunos criem um vocabuláriocom as palavras de uso regional que aparecemno texto e que são características do rio SãoFrancisco. Discutir com eles o uso dessas palavrase seu efeito.* Fazer, coletivamente, um levantamento das gíriaslocais que sejam equivalentes às palavrasapontadas por eles.* Propor que reescrevam trechos da história substituindoas palavras regionais por outras equivalentese de uso corrente em todo o país.* Pedir que os alunos, em duplas, recontem a história.Se eles quiserem, podem fazê-lo na formade versos.* Dividir os alunos em grupos. Sugerir que cadagrupo escolha uma das histórias de mito narradasanteriormente e a reescreva em 1 ạ pessoa.Os alunos e os personagens folclóricos devemnela viver uma aventura.História* Conversar com os alunos sobre a forte influênciaindígena e africana nos mitos da região do SãoFrancisco. Orientá-los em um trabalho de pesquisasobre a formação do povo ribeirinho do SãoFrancisco, identificando sua origem, sua culturae a forma como vive nos dias de hoje, destacandoa realidade econômica, social e educacional.* Sugerir que a pesquisa seja transformada emum painel informativo, que pode ser exposto naescola com o título: “A vida no Velho Chico”.* Comparar, com os alunos, as condições de vidaestudadas com a realidade da sua região. Proporque a turma crie um quadro comparativo, analisandoos diversos aspectos: educação, saúde,economia, características culturais etc.* Fazer um levantamento, com os alunos, daorigem da população de sua cidade, buscandoidentificar como ela se formou.* Pedir que os alunos conversem com parentes,amigos e vizinhos mais velhos em busca deinformações históricas de sua cidade. Pode-seconvidar uma dessas pessoas para ir à escolaconversar com a turma.88


Geografia* Localizar com a turma, em um mapa do Brasil,o percurso do rio São Francisco e as cidadesque são banhadas por ele, destacando as quesão citadas nas páginas 24 e 25 do livro e nahistória lida.* Propor que os alunos busquem informaçõesgeográficas sobre as regiões cortadas pelo rio:clima, vegetação, solo, fauna, tipos de cultivoe de criações, população, densidade demográficaetc.* Os alunos compartilham o resultado da pesquisae compõem um painel com ilustrações oucolagens de imagens pesquisadas.* Apresentar à turma o rio em seus diferentes papéis:transporte, abastecimento de água, fontede pesca etc.* Conversar com a classe sobre a importância dorio São Francisco para o desenvolvimento dascidades banhadas por ele e para o dia a dia dapopulação ribeirinha.* Fazer com a turma um estudo do São Francisco– da nascente à sua foz –, identificando os problemasecológicos atuais ao longo de seu percurso.Fornecer aos alunos informações sobre extensãoe volume de água do rio São Francisco.Arte* Analisar com os alunos as ilustrações do livrolido. Discutir como eles acham que foram feitas,quais as técnicas e materiais utilizados.Estimular a turma a fazer ilustrações usandotécnicas semelhantes.* Promover uma oficina de criação de bonecos,inspirados nos personagens da história, usandodiferentes materiais: pano, papel machê, palhade milho, meia etc.* Se houver possibilidade, fazer uma oficina deartesanato, para a qual pode ser convidado umartesão local.* Propor aos alunos que pesquisem, em livros,jornais, revistas e na Internet, aspectos culturaisda região do São Francisco (como artesanato,canções, festas, comidas típicas), que tragam omaterial obtido para a sala de aula e que organizemum painel.* Solicitar à turma que dramatize o texto lido,criando o cenário e os figurinos de forma quese aproximem do visual do artesanato regionaldo São Francisco.Ciências Naturais* O Caboclo-d’água, personagem de um doslivros, não aceita a poluição do rio, buscandocastigar quem atira sujeira em suas águas.Propor uma pesquisa sobre o nível de poluiçãodo São Francisco e compará-la à realidade dosrios locais. Identificar quais são os principaisagentes poluidores nos dois casos.* Seria interessante propor um trabalho deconscientização em torno da questão ambiental.Os alunos podem conversar com parentes,amigos e vizinhos para saber comoera a cidade tempos atrás, especialmente noque diz respeito aos rios de sua cidade. Elessão poluídos? Há algum tipo de estudo ouação para preservá-los? Concluir o trabalhode pesquisa permitindo que todos exponhamseus trabalhos e troquem informações na salade aula.* O resultado pode ser um grande painel afixadoem algum lugar da escola, que chame a atençãode todos.89


CRiAÇÃO E PRODUÇÃOAs riquezas do velho Chico – apresentação culturalA valorização de nossa cultura passa pela experimentação e pelo conhecimento. As riquezasdo Velho Chico propõe um aprofundamento do estudo interdisciplinar realizado até aqui.Por meio de pesquisas, reproduções de expressões artísticas, aproximação da cultura estudada,os alunos desenvolverão uma apresentação desse conhecimento à comunidade escolar.Etapas1. Orientar os alunos a rever o material pesquisadoe estudado ao longo das aulas. Identificar aspectosculturais que mais despertam a atençãodos alunos: música, artesanato, mitos, folguedos,crenças, literatura, festas, danças etc.2. Dividir esses aspectos culturais entre os gruposde alunos, de acordo com a área de interessede cada um. Solicitar, a cada equipe, umapesquisa aprofundada sobre o tema escolhido,buscando diferentes mídias que o documentem.As equipes organizam o material obtidoe se preparam para apresentá-lo e discuti-locoletivamente.3. Reunir o material pesquisado em sala de aulae compartilhá-lo com todos os grupos, identificandoas manifestações mais curiosas e quemais chamaram a atenção da turma.4. Discutir com cada grupo um caminho para apresentaresse conteúdo pesquisado à comunidadeescolar: uma peça teatral, um espetáculo de dança,a reprodução de um folguedo, uma palestracom especialistas ou representantes dessa cultura,a exposição de peças de artesanato típicas oua manufatura dessas peças pelo grupo etc.5. É importante que cada grupo defina uma linguagemprópria para dar conta de passar o conteúdocultural estudado a um público leigo.6. Acompanhar o desenvolvimento das apresentaçõese reorientá-las sempre que necessário,fazendo sugestões e estimulando a criatividadedos alunos.7. Organizar o evento cultural, que pode ser voltadoà comunidade escolar e, também, aos familiaresdos alunos. O evento pode ter uma programaçãocom diferentes horários para as apresentaçõese exposições. Também pode incluircomidas típicas da região do rio São Francisco eoficinas culturais administradas pelos própriosalunos, a partir de seus temas.8. Os alunos elaboram uma ficha de avaliação doevento a ser entregue aos visitantes.9. Finalizadas as apresentações, os grupos devemdiscutir os resultados obtidos, avaliando criticamenteo desempenho coletivo e individual daturma e destacando as experiências que tiveramcom todo o processo. Monitorar a discussãodos alunos, garantindo que todas as opiniõessejam respeitadas.Elaboração: Shirley Souza90


5oanNessa etapa, em geral o pré-adolescente já consegueconversar mais longamente sobre as leituras feitas, a trama dashistórias, a caracterização das personagens, seus motivos, suasatitudes e seus comportamentos. As leituras podem aprimorar acompetência linguística, promover o autoconhecimento e levaro aluno a conhecer outras realidades, outros espaços, outrostempos, outras culturas. O mediador de leitura tem grandes responsabilidades:contribuir para o desenvolvimento da identidade,a percepção e a valorização das diferenças, o conhecimentoda nossa tradição cultural e o interesse por outras culturas.


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.Acultivando leitores<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>doa partir50.anoConheça os títulos da coleção:• A bailarina encantada, de Bruna Dias do Carmo Costa• Mil – a primeira missão, de Breno Fernandes Pereira• O casamento de Carla e Cláudio, de Yana Tassis• O mistério da Casa da Colina, de Breno Fernandes PereiraSérie Kelly Martoer de Natália Azevedo de Carvalho• Kelly Martoer e a máquina do tempo• Kelly Martoer e o jardim de raios• Kelly Martoer e o mistério do reiLivro: Mil – a primeira missãoAutor: Breno Fernandes PereiraIlustrador: OrlandoNúmero de páginas: 80Formato: 17 cm x 24 cm,!7II5D2-cfgjjh!ISBN 85-322-5699-613307158Mil - a primeira missão Breno Fernandes PereiraMila primeira missãoTemas abordados:* Aventura, família, amizade, perdaTemas transversais:* Ética* Pluralidade Cultural* Meio AmbientesÍntese da ObraCacá está no 7 ọ ano e foi morar em Lua Nova há pouco tempo, depois que ele e sua família sofreramum acidente de carro, no qual sua mãe morreu. Agora, ele vive com o pai, a avó, a tia e o primo. Seutemperamento mudou muito: de descontraído e popular, passou a ser um garoto tímido e recluso.No mundo dos amigos invisíveis, Mil é designado para cuidar do caso de Cacá. Com muita dedicação,Mil conquista a amizade do garoto e transforma sua vida, fazendo-o perceber quanto é especial e queridopelas pessoas ao seu redor, numa história que mostra como a amizade é capaz de transpor qualquerobstáculo.sObre O autOrBreno Fernandes Pereira nasceu em Salvador, capital da Bahia, para onde voltou depois de morar seusdoze primeiros anos no interior do estado, em Riacho de Santana. Desde pequeno gosta de inventar histórias.Aos 16 anos publicou seu primeiro livro pela <strong>FTD</strong>, O mistério da Casa da Colina, e sente cada vez maisprazer em contar suas histórias por escrito.92


– Exactly 32 ! Nós o esperaremos bem aqui. I promess 33 – e Beto riu.Cacá olhou para a mina e sentiu um frio na espinha.– Eu trouxe uma lanterna, Cacá – disse Paulinha. – Você vaiprecisar de... Fifi, o que você faz por aqui?!– Miau!– Tava blincando, foi, minha fofinha? Gúti-gúti – dizia ela comvoz boba. – Que danadinha!– Deixa a sessão bicho de estimação pra depois, Paulinha– queixou-se Bila.Cacá pegou a lanterna e foi andando em direção à entrada.– Vamos, Cacá, não tenha medo! Eu estou contigo. Vai acabarmais rápido do que você imagina – incentivou-o Mil.– Você não quer ir pegar isso pra mim, não? – perguntou elebaixinho, para os outros não escutarem.– E você ia conseguir conviver com este logro?– Não...Cacá se espremeu por entre as grades e entrou. Algumaspedrinhas caíram-lhe no cocuruto. Ali não estava escuro, porémmais adiante a escuridão devorara tudo: paredes, teto, chão.Provavelmente devoraria sua lanterninha também.Dez ansiosos passos depois, Cacá sentiu as pernas pesadas,presas ao chão; não conseguia se mover. Era o pânico. Sua bocasecou, parecia que as paredes estavam se estreitando, a fim deamassá-lo. A vertigem era tão forte, que achou que ia desmaiar.Ou pior: morrer.De repente, sentiu uma mão no ombro. Era Mil. Ele olhoupara o amigo e, mesmo mal o enxergando, começou a se sentirmelhor. O sufoco foi passando.Mil ia à frente e encontrou os trilhos logo adiante. Cacá foiseguindo-o, com cuidado para não levar uma baita queda.– Mil – sussurrava ele, de tempos em tempos, baixinho, paranão chamar a atenção de quem (ou do que) habitasse por ali.– Eu – respondia o amigo invisível.Entrementes, lá fora, Beto e Bila não pretendiam facilitar ascoisas. Cinco minutos após Cacá ter entrado, eles correram atésuas mochilas e tiraram de lá máscaras de monstros, lençóisbrancos e outros apetrechos.– Ei, vocês não vão fazer isso! – protestou Paulinha.– Oh, yeah, vamos sim! – disse Beto, malévolo.– Não vão, não!– Pra nos impedir, você vai ter de entrar lá também – falouBila. – É tão corajosa assim, Paulinha?E os dois amigos correram para a mina.– Voltem aqui! – gritou, em vão, Paulinha.Ela não sabia o que fazer. Mas tinha de fazer algo. Andavapara lá e para cá, roendo as unhas.– Miau! – miou Fifi, de cima da árvore.A garota a fitou. O olhar da gatinha era claro.Paulinha também entrou.32 Exatamente.33 Eu prometo.5657ObjetivOs pedagógicOs* Aproximar o leitor do texto a ser trabalhado econstruir a relação do ficcional com a realidadecotidiana.* Conhecer um pouco da formação das palavrasda língua portuguesa e desenvolver postura críticaem relação a estrangeirismos, a gírias e aoutras marcas de oralidade no texto escrito.* Exercitar a produção escrita com mudança defoco narrativo.* Refletir sobre os valores éticos passados notexto e aplicá-los à realidade vivida pelo leitor,numa avaliação das atitudes cotidianas.* Conhecer a história de lugares brasileiros e obteralgumas informações sobre a língua latina.* Pesquisar as atividades econômicas do estadoque serve de cenário para a história.* Buscar informações sobre o extrativismo mineral,sua importância econômica e seus impactosambientais.* Resgatar brincadeiras infantis do universo tradicionalpopular.* Ampliar o conhecimento da cultura brasileirapelo estudo da arte regional baiana e exercitar aarte de dramatizar.* Trabalhar o conceito da identificação numéricaque usamos em várias áreas de nossa sociedade.* Discutir temas abordados na história lida a partirde um enfoque jornalístico e científico.antes da leitura* Conversar com os alunos sobre o que pensam arespeito dos amigos invisíveis, quem já teve algum,como era, até quando conviveu com ele.* Assistir ao filme Chocolate, dirigido por LasseHallström, e discutir a relação da filha de Vianne(a protagonista) com seu amigo invisível, umcanguru. Avaliar como os adultos interagemcom essa realidade da garota e em que momentoela se despede do amigo.* Discutir em grupo: quem já viveu a realidade demudar de escola, de casa, de cidade, e ter defazer novos amigos? Como foi? Como em gerala turma recebe um novo integrante na classe?93


atividades interdisciplinareslíngua portuguesa* Destacar do texto as expressões usadas comolemas pelos amigos invisíveis. Pedir que osalunos identifiquem qual o idioma em queelas estão (latim) e contar para a turma a influênciado latim na formação da língua portuguesa.* Rever as palavras usadas em inglês por Beto aolongo do texto, relacionando-as a outras palavrasestrangeiras que usamos em nosso dia adia. Preparar um glossário com essas outras palavras,registrando ao lado de cada uma, sempreque possível, vocábulos equivalentes do nossoidioma.* Beto fez intercâmbio no exterior e voltousupervalorizando a cultura norte-americana,em detrimento da nossa. Cacá discorda dessecomportamento do primo. Realizar um debateem sala de aula avaliando essa questão: oque vem de fora sempre é melhor? E nossacultura, como a preservamos? Por que estamosusando tantas palavras estrangeiras emvez de usar as equivalentes de nossa língua?Verificar se, por exemplo, eles sabem que emPortugal “site” é traduzido como “sítio”. Porque isso não acontece por aqui? Questõescomo essas podem estimular a reflexão e discussãona turma.* Analisar o jeito de falar de Bila, repleto degírias. Destacar algumas de suas falas e reescrevê-lasde acordo com a norma culta.Uma sugestão é reescrever o diálogo queacontece entre ele e Beto no início do capítulo2.* Também no capítulo 2, lê-se: “[...] você vai fazerum ‘esforço’ – e Nini pronunciou esta últimapalavra com certa ironia – de comer na sala.Certo?”. Introduzir algumas noções a respeitode ironia, comentar alguns exemplos vistos naTV e pesquisar outros veículos e textos em queo recurso é usado.* Selecionar um trecho da história e mudar o foconarrativo para primeira pessoa, deixando, porexemplo, Mil ou Cacá assumir o ponto de vista.* Discutir os valores transmitidos no livro sobre aamizade e escrever uma poesia com esse tema.Esse é o momento para que cada aluno mostre,em um texto, as suas ideias a respeito de companheirismo,cooperação, solidariedade etc.História* Em grupos, pesquisar as cidades históricas deMinas Gerais, citadas no livro, trazendo o materialpesquisado (imagens e informações) paraser compartilhado em sala de aula.* Cacá viveu muito tempo em Salvador, lugar quetambém teve um importante papel na históriado Brasil. Pesquisar a história de Salvador damesma forma que na atividade anterior.* Pesquisar a origem do latim: onde e quando erafalado? Por que é considerado uma língua morta?geografia* Localizar em um mapa os estados citados no livro,Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, e tambémas cidades históricas mineiras.94


* Pesquisar as atividades econômicas importantesno estado da Bahia, discutindo, por exemplo, ostipos de minérios extraídos. Estabelecer comparaçõescom o estado em que o aluno mora.* Debater os impactos ambientais do extrativismomineral, principalmente o de minério dechumbo. Avaliar os problemas que pode geraruma mina abandonada como a que aparece notexto e a importância de uma área de reservaambiental. Seria interessante entrevistar umprofissional da área ecológica e trazê-lo paraum debate em sala de aula.* Traçar um perfil do extrativismo mineral noBrasil, buscando identificar sua importânciapara nossa economia.arte* No mundo dos amigos invisíveis, as brincadeiraspopulares são praticadas todas as noites: campeonatode ioiô e de pião, bandeirinha, pega--pega, esconde-esconde, cabra-cega. Propor queos alunos organizem essas brincadeiras em atividadeslúdicas que envolvam toda a turma.* Pedir que os alunos conversem com pais e avóse, em sala de aula, relacionem as brincadeirastradicionais que não são praticadas mais hojeem dia pelas crianças. Escolher algumas paraserem experimentadas pelos alunos.* Buscar conhecer a cultura tipicamente baiana:seu artesanato, sua música, suas crenças, suasfestas populares, sua culinária. As informaçõespodem ser pesquisadas em grupos e, depois,compartilhadas em sala de aula.* Dramatizar a história Mil – a primeira missãopor meio de um teatro de sombras. A técnicapode ser explorada por toda a turma e, depois,cada grupo pode preparar um trecho do livro.Matemática* Na história, os amigos invisíveis são identificadospor números. Na vida real, as pessoas tambémusam esse tipo de identificação: o número da chamadana sala de aula, os números de telefone, doRG, do CPF, do CEP, da conta bancária, as muitassenhas (banco, Internet etc.)… Fazer um levantamentocom o grupo de todas as formas de identificaçãopor números que conhecem e, depois,verificar se sabem a função que cada uma tem.ciências naturais* Uma das amigas invisíveis acompanhou um casode irmãs siamesas. Checar se a turma já tinha ouvidofalar de casos como esse. Pesquisar a existênciade casos semelhantes ao redor do mundo,suas possíveis causas, exemplos de cirurgiasbem-sucedidas (que separaram os irmãos) etc.* Apresentar elementos tóxicos presentes na natureza,como o mercúrio, utilizados em diversasatividades econômicas. Estudar aplicações práticasdesses elementos tóxicos em nosso dia a dia,mostrando suas utilidades quando bem empregadose os cuidados necessários para isso.* Pesquisar variados casos de contaminação domeio ambiente (em jornais, revistas e Internet),que tenham sido causados pelo uso de elementostóxicos, e suas repercussões. A poluiçãodos rios seria um bom tema a ser pesquisado.95


CRIAÇÃO E PRODUÇÃOMinha cidade, minha históriaO professor de História, de Cacá, pede aos alunos uma pesquisa sobre o passado dacidade fictícia de Lua Nova, um resgate dos registros oficiais e também daqueles obtidosjunto aos moradores mais antigos: fotos, memórias, jornais, publicações diversas.Percorrendo caminhos como esse, os alunos vão conhecer mais sobre o lugar onde viveme construir um rico painel sobre o próprio passado.Etapas1. Discutir com a turma a pesquisa proposta peloprofessor de História, de Cacá. Observar os detalhesnecessários para reconstruir a história dacidade (ou do bairro, se você julgar mais apropriado)em que os alunos vivem: como foi formada,primeiros habitantes, construções maisantigas, tradições e suas origens, economia local,comidas típicas, festas regionais, transformaçõese permanências etc.2. Orientar os alunos em relação às fontes de pesquisapara esses tipos de informação: livros dehistória, jornais antigos, dados do IBGE, site domunicípio, depoimentos de moradores, fotografias,cartões-postais, cartas familiares etc.3. Realizar um passeio com o grupo pela cidade.Seria interessante visitar um museu local,identificar as construções antigas e as recentes,compará-las, visitar praças, monumentos, lugaresque retratem episódios da história local.4. Dividir a turma em grupos para que iniciem umapesquisa para conhecer o passado da cidade.5. Cada grupo deve traçar sua própria estratégiade pesquisa, definindo o que deseja descobrir eas fontes a serem consultadas.6. Durante o desenvolvimento da pesquisa, é importanterealizar apresentações parciais do materialque está sendo reunido e avaliar as descobertasfeitas.7. Realizar a apresentação sobre o que foi descobertopela turma: curiosidades, fatos históricos,mudanças diagnosticadas. Avaliar o que mudoupara melhor na cidade e quais problemassurgiram nos últimos anos.8. Propor uma roda de conversa sobre possíveissoluções para tais problemas. Avaliar comocada habitante poderia agir para melhorar a cidade.9. Preparar a apresentação dos trabalhos e as propostaspara uma vida melhor em painéis informativosou em jornais que possam ser copiadose distribuídos na escola.Elaboração: Shirley Souza96


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.A<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong><strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>A partirdo5 o anoLivro: Quem é quem nesse vaivém?Autor: Nelson de OliveiraIlustrador: Nelson CruzNúmero de páginas: 64Formato: 14 cm x 21 cmNelson de OliveiraQUEM ÉQUEMNESSEVAIVÉM?<strong>FTD</strong>Temas abordados:* Infância e escritoresTemas transversais:* Pluralidade Cultural* Ética* Meio AmbientesÍntese da ObraPedro deixa o lugarejo em que vive para morar e trabalhar na cidade grande. Ele pretende ser escritor earruma tempo para escrever todas as noites. A vida na metrópole o surpreende de diversas formas: os muitosbarulhos, a agitação, a diversidade dos habitantes.No prédio em que mora, Pedro convive com seres estranhos que parecem ter saído das páginas doslivros, mas ele faz um esforço para encarar tudo normalmente e, quando menos espera, percebe que estáacostumado a eles e aprecia essa convivência. Isso não o impede de continuar a imaginar a origem de todoseles e de suspeitar de uma garotinha, Célia, sua vizinha, que adora ler histórias e é muito parecida com aAlice do livro Alice no país das maravilhas. Mas uma dúvida se instala em Pedro: se Célia é a razão daexistência de todos esses seres, seria ele também uma das criações da menina?sObre O autOrNelson de Oliveira nasceu em Guaíra, interior de São Paulo. É mestre em Letras pela USP e desenvolveusua paixão pela escrita colaborando com diversas publicações e criando seus próprios livros. Recebeu váriosprêmios, entre eles o da Fundação Cultural do Estado da Bahia e o Casa de las Americas. Tem seis livrospublicados, um deles já foi editado no México e outro em Portugal.97


Naquela época, todas asnoites antes de dormir euficava pensando no coelho, nounicórnio, no gato de botas eem todas as outras criaturasestranhas que ainda hoje moramneste prédio.— De onde, afinal, será que vieram? — eume perguntava, curioso. Mas, por mais quetentasse com insistência, não encontravauma boa resposta em nenhuma parte.Quando não matutava a respeito dos seresfantásticos que viviam pelos corredores,ficava pensando na menina alegre e saltitante,na sua sala cheia de estantes e livros.Pensava tanto nisso, na beleza daquelasmuralhas multicoloridas formadas apenas delombadas, que às vezes acabava sonhando.No sonho, vivíamos todos nós, o coelho,o unicórnio, a bruxa, a princesa, enfim, todos,numa gigantesca biblioteca formada por umnúmero infinito de salas. Em cada uma dassalas existiam vinte estantes, mais ou menos,cobrindo todas as paredes de cima a baixo.20Uma porta pequena, numa das paredes,levava a um saguão estreito, quedesembocava em outra sala, idêntica àprimeira e a todas as outras. Um verdadeirolabirinto, um labirinto formado praticamentede livros.Às vezes esse sonho era bom. Os livros queeu encontravanas prateleiraseram divertidose instigantes.Outras vezes eume via perdido,completamentesozinho,naquelas galeriassilenciosas.Nessas horas eusempre acordavano meio dosonho, suandofrio, balbuciando:— Horror,horror…21ObjetivOs pedagógicOs* Exercitar a criação e a redação de diversos estilosnarrativos; ampliar o vocabulário dos alunose empregar as novas palavras; estudar as onomatopeiase suas aplicações.* Conhecer a história do cinema e assistir a vídeosque representem sua evolução.* Analisar as complexidades da vida em uma cidadegrande e compará-las com o cotidiano local;conhecer a realidade de diferentes metrópolese compará-las; avaliar a realidade da migraçãocampo–cidade em busca de emprego.* Exercitar habilidades de criação artística.* Identificar e comparar grandezas mensuráveis.* Identificar os diferentes tipos de poluição eseus efeitos; conhecer a salamandra; introduziro conceito de camadas da atmosfera e relacionaros efeitos da poluição atmosférica a elas.antes da leitura* Pedir aos alunos que, com base na capa e no títulodo livro, tentem imaginar qual será o temada história.* Observar as ilustrações das páginas 19, 21, 33e 47. Discutir com os alunos sobre o que elesacham que está acontecendo e quem são ospersonagens que aparecem retratados.* Localizar, na biblioteca da escola, livros de contosclássicos em que apareçam personagenssemelhantes aos dessas ilustrações. Mostrá--los à turma, perguntando se alguém conhecealgum deles. Esclarecer quem são e quais sãoessas histórias.* Apresentar o conceito de onomatopeia aos alunos.Trazer para a sala de aula algumas revistasem quadrinhos. Estimular a turma a examinaras revistas e a perceber como se dá o uso dasonomatopeias.98


atividades interdisciplinareslíngua portuguesa* Pedir aos alunos que escrevam o suposto primeirocapítulo do livro, perdido pelo escritor.Atentar para o fato de que ele deve falar sobre avida de Pedro e deve ser chato, como é descritoao longo da história.* Solicitar à turma que destaque do texto as palavrasdesconhecidas para, com a ajuda de umdicionário, compor um vocabulário. Para cadadefinição, os alunos criam uma frase usando anova palavra.* Propor aos alunos que selecionem as diversasonomatopeias usadas pelo autor, identificandoo que elas representam.* Estimular os alunos a compor um texto em quedescrevam o trajeto que percorrem de casa paraa escola, indicando, na forma de onomatopeias,os diversos sons que ouvem pelo caminho.Compartilhar os textos em uma roda de leitura.* Discutir com a turma o comportamento dePedro: ele aceita as figuras estranhas de seuprédio por medo de ser considerado matuto,caipira. Questionar como os alunos se comportariam,quanto levam em consideração o julgamentodos outros e quanto se comportam daforma que o grupo espera que seja normal, emvez de agirem naturalmente.* Sugerir a criação coletiva de uma poesia comrimas, como Pedro e Célia fazem no livro. Podeser feita oralmente, com um aluno encarregadode escrever o que é dito para que seja lido portodos após a conclusão da atividade. O exercíciopode ser realizado diversas vezes, com diferentestemas.* Ler oralmente com a turma o segundo parágrafoda página 13, escrito sem pontuação. Discutirqual a intenção do autor ao fazer isso, qual oefeito conseguido. Comparar com o efeito produzidopela aglutinação de palavras na descriçãoda salamandra, na página 31.* Pedir aos alunos que reescrevam o parágrafoda página 13, pontuando-o. Ler oralmentemais uma vez, comparando com a leitura anterior.* Verificar quais dos livros citados na página 17são conhecidos pelos alunos. Indicar uma pesquisasobre o conteúdo deles e seus autores.Conversar sobre o resultado da pesquisa emsala de aula.História* Propor a seguinte reflexão: Como era a vida emnossa cidade há dez, vinte ou trinta anos? Seráque os problemas da nossa região sempre existiram?Quando e por que surgiram? A turmapode conversar com pais, tios e avós e trazerimagens (fotos, ilustrações, desenhos, plantasetc.). Voltar a discutir essas questões em salade aula com o material trazido pelos alunos ecomparar a época atual com as décadas anteriores.* Se houver possibilidade, trazer para a sala deaula um episódio de “O Gordo e o Magro”, emvídeo. Pedir aos alunos que pesquisem, em livrose na Internet, informações sobre essa antigae famosa série de televisão.99


arte* Apresentar para a turma a evolução do cinemae da televisão, dos filmes mudos em preto ebranco à atual influência da computação gráficana criação dos efeitos especiais. Uma pesquisana Internet pode fornecer muito material didático,ou a aula pode se basear na apresentaçãode trechos de alguns vídeos.geografia* Solicitar aos alunos que destaquem do textoos problemas da cidade grande apontados pelonarrador. Completar coletivamente essa listacom outros problemas conhecidos dos alunos,ou que sejam retirados de notícias de jornais.* Elencar, com a turma, os problemas da regiãoem que mora e compará-los com os problemasdas cidades citadas no livro.* Pedir aos alunos que busquem informações eimagens sobre as cidades citadas no livro comoexemplos de metrópoles: São Paulo, Nova Yorke Tóquio. Compartilhar o material trazido pelosalunos em sala de aula, identificando pontosem comum e diferenças existentes entre as trêscidades.* Localizar com a turma as cidades de São Paulo,Nova York e Tóquio em um mapa-múndi ou emum globo terrestre.* Discutir com a turma a situação descrita porPedro: a ida do morador do interior para a cidadegrande em busca de emprego. Mostrar aogrupo como isso acontece em nossos dias eem que regiões do país esse tipo de migração émais acentuado.* Criar instrumentos que reproduzam sons docotidiano, utilizando materiais reciclados.* Perguntar se alguém conhece a história do livroAlice no país das maravilhas. Se houver alguém,pedir que a conte à turma. Solicitar aos alunosque busquem informações em livros, na Internete na biblioteca da escola ou do bairro sobre esselivro. Reunir todo o material e conversar sobre ascoisas maravilhosas da história de Alice.* Propor a criação coletiva de uma canção quefale sobre o que nosso dia a dia tem de maravilhosoe que normalmente passa despercebido.Matemática* Propor aos alunos que pesquisem o número dehabitantes de sua cidade e o número de alunosde sua escola. Pedir que, com esses dados,façam operações matemáticas como: quantasvezes o número de alunos de nossa escola serianecessário para chegar ao número de habitantesde nossa cidade?ciências naturais* Apresentar os diferentes tipos de poluição quepodem existir em uma cidade grande. Pedir aosalunos que avaliem a região em que vivem eidentifiquem os tipos de poluição a que estãosujeitos no dia a dia.* Solicitar à turma que traga informações e imagensda salamandra, que aparece no texto comouma figura mítica. Compartilhar as informaçõesencontradas.100


criaÇÃO e prOduÇÃOFicção e realidade – criação de um livroNa história de Pedro, os personagens de vários contos tradicionais invadem seu cotidiano eo transformam em algo mágico, quebrando o tédio e a monotonia. Essa experiência faz com quePedro reveja seus valores, reavalie o que é normal, estranho ou apenas diferente. Ficção e realidadepropõe a criação de um livro em que os alunos sejam autores e personagens, encontrando,em suas aventuras, personagens dos livros que já leram e transformando a realidade em que vivem.Etapas1. Pedir a cada aluno que faça uma lista com seuspersonagens favoritos, retirados de livros que játenham lido. A lista deve ser completada com ojeito de ser de cada personagem, suas característicaspsicológicas, sua aparência, seus hábitos,o lugar em que vive.2. Com essa descrição detalhada concluída, cadaaluno deve esquematizar uma história em queesses personagens invadam seu cotidiano de algumaforma.3. O roteiro de perguntas pode orientar a criação:Onde encontrariam esses personagens? O queestariam fazendo fora de suas histórias? Comoseria a convivência entre eles? Qual seria suareação ao encontrá-los? Quais seriam as experiênciase aventuras vividas por vocês? O quemudaria no seu dia a dia com a chegada dessespersonagens?4. A partir das respostas a esse roteiro, cada alunoredige sua história e, depois de concluído o trabalho,pode ilustrá-la usando diferentes técnicas.5. Sugerir aos alunos que escolham um título parao livro que criaram.6. Pode ser feita uma variação interessante, trocandoos textos na sala de aula e fazendo comque os alunos ilustrem o texto que um colegaescreveu, ou seja, cada história terá um autor eum ilustrador diferentes.7. Em caso de a escola não dispor de sala de informática,texto e ilustrações podem ser organizadosem várias folhas de papel sulfite, todas domesmo tamanho, para que sejam encadernadasao final do trabalho.8. Se a escola contar com uma sala de informática,as ilustrações podem ser escaneadas e, depois,intercaladas no texto usando-se programas simples,como o Word. Finalizada a preparação dolivro, ele deve ser impresso.9. Com o material concluído, a turma pode fazerum rodízio de leitura, trocando os diversos livrosproduzidos.10. Após um período determinado pelo professor,o ciclo de leituras pode ser interrompido paraque a turma troque suas impressões sobre ostextos que leu e possa compará-los com suasideias individuais.Elaboração: Shirley Souza101


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AP.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.A<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>cultivando leitoresSaudade doídaSônia BarroSSaudade é uma palavra tão especial,que dizem que ela só existe na línguaportuguesa.E o que se faz quando a saudade dói?Mila vai descobrir que saudade fazsonhar e faz a gente virar o tempo peloavesso.Em seus domingos de brincadeiras napraia, no carinho do pai e da cachorrinhaPreta, a menina descobre que o segredoda saudade é que nem toda saudade étão doída assim... É uma dorzinha que,se a gente conversa direito com ela, dóimas não machuca... que saudade étambém um jeito de gostar. Para sempre.doa partir5 o anoLivro: Saudade doídaAutora: Sônia BarrosIlustradora: ,!7II5D0-fadbif!ISBN 85-305-0318-XCamila de GodoyNúmero de páginas: 48Formato: 16 cm x 23 cm23300241Temas abordados:* Família, perda da mãe erelacionamento entre paie filhoTema transversal:* ÉticasÍntese da ObraMila perdeu a mãe, e ela e o pai ainda não se conformaram com a situação. Sentem muita saudade: umasaudade que dói. Solitária e carente, ela quer um amigo especial – um cachorro – e toda a atenção do pai.Ciumenta, não aceita que o pai se aproxime de nenhuma mulher. Mas, aos poucos, vai entendendo que avida tem de ser levada adiante, vai resolvendo seus conflitos e, ao final da história, se sente cheia de boasexpectativas.sObre a autOraSônia Barros mora em Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo. Tem vários títulos editados pela<strong>FTD</strong> e Quinteto Editorial.102


– Obrigada! Depois o meu pai paga, viu? – Mila agradeceu,pegando o sanduíche da mão da Malu. E só aí ela se lembrou dopai, que não estava mais ali do lado, e perguntou:– Você viu aonde ele foi?– Olhe lá na barraca!– O que que o meu pai tá fazendo lá?Mila viu o pai cortando dois cocos, botando canudinho neles,e arrumando numa bandeja. Daí a Malu foi lá, pegou a bandejae foi servir uma mesa.Mila correu até o pai:– Posso ajudar também?– Acho melhor você ficar brincando com o Lucas, filha. Assimvocê ajuda a tomar conta dele.– É mesmo, pai. Ele é tão pequenininho, né? E eu tô adorandobrincar com ele e com a Preta!– Então volte lá, que eles estão esperando você.28O MEDOMila voltou para junto do Lucas e da Preta. Achando bom opai ficar ocupado. Assim, não bebia com os amigos.Depois de um tempo, Malu apareceu:– Saco vazio não fica em pé! Mais um sanduichinho!– Minha vó Anita também fala a mesma coisa! – Mila sorriue pegou o sanduíche. – Que bom que o meu pai está ajudandovocê, né?– Ele é muito legal! Você tem sorte de ter um pai feito ele.Ouvindo Malu falar do pai, Mila pensou numa coisa queainda não tinha pensado. E perguntou:– E o pai do Lucas? Por que que ele não ajuda você?– Ele não aparece por aqui, não. A gente se separou, e elemora longe – Malu respondeu e foi voltando para a barraca. Nempercebeu a cara esquisita da Mila.O sanduíche não descia, estava enroscado na garganta. Perguntase mais perguntas começaram a aparecer.Se a Malu não tinha marido e o pai estava sozinho, será queeles iam namorar? O pai ia esquecer da mãe e se apaixonar pelaMalu? E a Malu ia ficar no lugar da mãe da Mila?...Ah, mas não ia mesmo!Ela pensava, pensava, eacarinhava a barriga da Preta,que estava esparramadana areia. Ao lado dos dois,Lucas comia um sanduíche,distraído.– Mila! – o pai chamou –Está na hora de ir embora. Vairecolhendo os brinquedos.– Tá bom, pai – ela respondeu, achando melhor ir emboramesmo.Lucas fez cara de choro. Não queria parar de brincar. Entãoa Malu apareceu e falou que eles iam embora para dar banho na29ObjetivOs pedagógicOs* Aproximar o leitor do texto a ser trabalhadoe construir a compreensão da relação entre aficção e a realidade, com uma reflexão críticasobre o tema abordado; reescrever uma passagemda história em 1 a pessoa; reescrever umcapítulo do livro transformando-o em notícia;produzir texto descritivo; conhecer várias linguagensliterárias; pesquisar, ler e interpretarditos populares.* Conhecer um pouco a época da monarquia noBrasil; observar as mudanças ocorridas de umtempo para outro.* Apresentar seminário de temas relacionadosao mar; estudar as condições climáticas dacidade; compreender os fenômenos da natureza.* Dramatizar a história; recontá-la na forma dehistória em quadrinhos.* Pesquisar os cuidados que devem ser tomadosquando se vai à praia; conversar sobre cuidadoscom animais de estimação; pesquisar asconchas.antes da leitura* Ler em sala o texto da 4 a capa. Discutir com osalunos o que esse texto lhes sugere sobre a históriaque vão ler.* Observar a capa do livro e realizar, com a turma,uma leitura das ilustrações, procurando fazerpredições sobre o enredo.* Solicitar aos alunos que folheiem o livro, observandoas imagens e tentando localizar a ambientação– urbana e contemporânea – em queacontece a história.* Ainda observando as ilustrações, pedir aos alunosque procurem imaginar o que vai acontecerna história.103


atividades interdisciplinareslíngua portuguesa* Pedir que cada aluno selecione uma passagemda história, um episódio, como o capítulo “Oencontro”, por exemplo, e o reconte em 1 a pessoa,na voz de Mila.* Solicitar aos alunos que tragam de casa recortesde jornais. Orientá-los a observar as manchetese as notícias, reparando em algumas característicasespeciais do texto jornalístico. Recontaralguma passagem da história – como, por exemplo,o capítulo “A festa” –, transformando-a emnotícia. Explicar à turma que o texto jornalísticoutiliza uma linguagem mais objetiva, sem adjetivosnem comentários opinativos.* Estimular os alunos a refletirem sobre o temasaudade. O que entendem por isso? Do quesentem saudades? É uma saudade doída oumais tranquila? Depois, pedir a cada um paraproduzir um texto descrevendo, da melhor maneiraque puder, sua saudade. Comparar os textosdos alunos para mostrar como um sentimentoganha diversas interpretações.* Propor aos alunos que tragam poemas e letrasde música nos quais a palavra saudade seja otema ou um elemento importante, de modoque percebam diferentes meios pelos quais aexpressão de um sentimento se transforma emliteratura.* Pedir aos alunos que produzam um texto descritivode Mila ou do seu personagem favoritona história (o pai que não tem nome, Malu,a cadelinha Preta etc.). Promover a leitura dostextos e compará-los, chamando a atenção parao que cada aluno destaca em seu personagem.* No capítulo “O medo”, Malu comenta: “Sacovazio não fica em pé!”. Solicitar aos alunos quepesquisem e reúnam ditos populares. Em umaroda de leitura, cada aluno lê um dito popular.Discutir, com a turma, a interpretação mais correntedesses ditos.* Como prática de expressão oral, promover umdebate com o grupo sobre o dilema de Mila,expresso no capítulo “As duas vontades”. Pedirque escrevam um texto em que exponham oponto de vista defendido.* Estimular a criatividade dos alunos propondoque, individualmente, criem um outro capítulopara o livro, um final para a história de Mila: oque acontece quando Mila e seu pai chegam àpraia? Será que ela vai incentivar um namoro dopai com Malu?História* Mila, no início da história, está construindocastelos de areia na praia, envolvida numa fantasiade reis, rainhas e princesas. Conversarcom a turma sobre a época em que havia umamonarquia no Brasil, e de como e quando foia passagem para a república (ver site http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil).* No capítulo “O retrato”, o pai de Mila é porela flagrado segurando o retrato da mãe. Pediraos alunos que tragam fotos antigas e atuais defamília. Orientá-los a observar as modificaçõescom relação a roupas, móveis, qualidade fotográfica,paisagens etc. Sugerir que os alunos organizemas fotos no mural da classe.104


geografia* Dividir os alunos em grupos e pedir que organizemseminários sobre temas ligados ao mar.Sugestões: os oceanos; a costa brasileira; a poluiçãonos mares etc.* No capítulo “A espera”, o domingo amanhecechuvoso e Mila não pode ir à praia. Sugerir queos alunos façam um estudo das condições climáticasna sua cidade.* Propor aos alunos que, por meio de trabalhosque combinem textos e figuras, compreendamos fenômenos da natureza mais comuns.Sugerir que incluam fenômenos mais drásticos,como furacão, vendaval, tsunamis etc.arte* Pedir aos alunos que, coletivamente, criem umtexto baseado na história de Mila para que sejadramatizado. Dividir a turma em dois grupose definir o que cada aluno vai fazer: escrever edistribuir as falas de cada personagem, atuar,criar figurinos, selecionar as músicas que vãocompor a trilha sonora, cuidar do cenário etc.* Incentivar o grupo a experimentar a modelagemcomo expressão artística fazendo uso de diferentesmateriais.* Organizar uma visita a um museu onde hajaesculturas expostas. Pedir aos alunos que pesquisemos artistas vistos e suas obras.* Solicitar à turma que, individualmente, recontea narrativa na forma de história em quadrinhos.Organizar um concurso para eleger as duas melhoreshistórias.ciências naturais* Pedir aos alunos que pesquisem os cuidadosque devem ser tomados quando se vai à praia.Propor que façam um pequeno manual, ilustradocom fotos, desenhos, recortes de jornais erevistas, expondo o resultado da pesquisa.* Conversar com os alunos sobre o fato de queter animais de estimação requer atenção especial,como higiene do animal, vacinação etc.* No capítulo “A espera”, há uma referência a umcalendário grande que ajudava Mila a contar osdias até o domingo. Os calendários apresentamos dias da semana e os meses do ano. Pedir aosalunos que façam uma pesquisa (em livros, enciclopédiase na Internet) sobre os calendáriosmodernos para saber sua origem, seu uso (paraque serve), sua relação com o Sol e a Lua etc.Promover uma roda de conversa para que as informaçõessejam partilhadas.* As conchas fascinam Mila. Pedir aos alunosque, individualmente, procurem informações –texto, imagens e conchas de verdade – sobre asconchas, trazendo para a classe o resultado desuas pesquisas (espécimes coletados, texto, fotos,ilustrações etc.). Orientá-los a dispor o materialem cartazes, que serão afixados no muralda classe. Também poderá ser organizada umaexposição que envolva toda a escola.* Dividir a turma em grupos e propor que cadagrupo apresente trabalho de algum tema relacionadoao mar: o mar e o meio ambiente, animaismarítimos em extinção, flora e fauna marítima,pesca de subsistência e pesca predatória,marés, maremotos etc.105


criaÇÃO e prOduÇÃOtalentos na escola – exposição de arteA proposta deste projeto é estimular nos alunos o interesse pela arte e a criatividade artística.Com base no tema “saudade”, os alunos vão refletir, elaborar e produzir uma forma deexpressão artística, que poderá se concretizar como um objeto (escultura), uma pintura, umpoema, uma peça, uma história em quadrinhos, um conto, uma foto, um número de dança,uma música ou qualquer outra linguagem artística com que o grupo se identificar. Talentosna escola será uma exposição das peças produzidas pelos alunos.Etapas1. Conversar com o grupo sobre o tema “saudade”.Cada aluno diz o que entende e cria umtexto a respeito.2. Dividir a turma em pequenos grupos. Cada grupoescolhe uma linguagem. Explicar que ninguémprecisa ser um artista experiente para seexpressar. Estimular os alunos a relaxarem e adarem asas à imaginação.3. Sugerir aos grupos que escolham um membrode sua equipe para tomar providências relacionadasà logística: marcar o dia da exposição,reservar o espaço na escola, criar e produzir materialde divulgação, fazer o registro do evento(se possível, tirando fotos ou filmando, entrevistandoos visitantes na saída ou solicitandoque escrevam suas impressões).4. A exposição será aberta à comunidade escolar,aos alunos, professores, pais, parentes e amigos.5. Se possível, convidar artistas, atores e escritorespara falarem um pouco de sua atividade.6. Acompanhar a confecção das peças artísticasou os ensaios, dependendo do caso, certificando-sede que tudo estará pronto um dia antes eque os trabalhos estejam adequados ao tema.7. Supervisionar o local e a montagem da exposição,orientando os alunos e checando se todasas produções estão com o devido destaque.Verificar, também, se não há problemas de segurançacom o manuseio das peças ou seu posicionamentono local de exposição.8. Acompanhar de perto a abertura da exposição,que pode permanecer por alguns dias.9. Depois do evento, todos os alunos ajudam areunir o material registrado pelos encarregadosda logística. Sugerir que a turma componhaum painel, que poderá ser exposto no pátioda escola para que todos possam ver. Orientaros alunos a preparar uma pequena publicação,registrando as fotos das produções, os nomesdos participantes, dos visitantes, dos palestrantesetc.10. Avaliar com a turma o processo de preparaçãoe realização do evento: todos colaboraramigualmente? Houve espírito de equipe?Faltou entrosamento? As opiniões foram respeitadas?É importante avaliar o aprendizadodos alunos em termos de convivência e deconteúdo.Elaboração: Veio Libri106


P.R.O.J.E.T.O D.E L.E.I.T.U.R.AA partirdo5 o ano<strong>Cultivando</strong> <strong>Leitores</strong>EDSON GABRIEL GARCIAEDSON GABRIEL GARCIATANTAS HISTÓRIAS NOESCURINHO DA ESCOLAColeção: Tantas históriasLivros: Tantas histórias no escurinho da escola;Tantas histórias no outro lado do espelho;Tantas histórias numa caixa de sapatosAutor: Edson Gabriel GarciaIlustrações: Marcos Guilherme, Rogério BorgesFormato: 17 cm x 24 cmTemas abordados:* Amizade, solidariedade, humor, lembrançasTemas transversais:* Meio Ambiente* Saúde* ÉticaOBJETIVOS PEDAGÓGICOSApresentamos algumas atividades que integram diversos assuntos abordados na(s) história(s) a outrasáreas do conhecimento, sem, contudo, esgotar as possibilidades que o(s) livro(s) oferece(m). Visamos colaborarpara a construção do conhecimento, valorizando a interdisciplinaridade e despertando o senso críticodo aluno, de modo que sua aprendizagem e seu comportamento estejam pautados na ética, no respeito àsdiferenças, para o desenvolvimento pleno do exercício de cidadania a que todos têm direito.As propostas deste projeto possibilitam aos alunos trabalhar com a produção de textos narrativos epoéticos, recuperar informações sobre os fatos de sua história, refletir sobre problemas e relações sociais efamiliares, registrar paisagens de diferentes pontos de vista, demonstrar habilidades físicas em interpretaçõesdramáticas, estudar os sentidos humanos e os hábitos de higiene, lazer e alimentação para a manutençãoda saúde, elaborar e realizar cálculos matemáticos.107


SÍNTESES DAS OBRASTantas históriasno escurinho da escolaJosé Roberto, o Sacarrolha, consegue convencer seus pais a deixá-lo ir para o acantonamento na escolacom seus colegas de classe. À noite, como não consegue dormir, resolve bater um papinho com o vigia,mas o guarda está dormindo. Qual não é sua surpresa ao ver que quem está acordado é a foto do quadropendurado na parede, ou seja, o dr. Paulo, o mesmo dr. Paulo que dá nome à escola. E não é que ele o chamapara conversar? Sacarrolha fica sabendo então que foi escolhido para resolver um problemão dos contos defadas: Cinderela não quer mais ir ao baile numa carruagem de abóbora. Quando o menino se encontra comos personagens do mundo da fantasia, sugere trocar a abóbora por uma melancia, o que agrada Cinderela.Para resolver efetivamente o problema, conta com o apoio da tia Lenice, que embarca sempre no mundo daimaginação com as crianças.Tantas históriasno outro lado do espelhoZé Francisco mora com o pai e uma irmã mais velha. Um dia, ele tem de fazer uma lição de casa muitoespecial: uma redação com o título “Se eu fosse...”. Sua animação é visível e surpreende a irmã, que nãoentende tamanha ansiedade do irmão só porque tem uma redação para fazer. Zé Francisco entra no mundoda fantasia e imagina primeiro que ele é o Homem Aranha. Mas o tipo de ajuda que as pessoas lhe pedemnão é o que ele esperava. Elas estão famintas e lhe pedem comida, mas ele não consegue descobrir comoajudá-las. Então vai pedir ajuda ao Batman, que já está meio velho, não enxerga bem e não consegue escolheruma armação para seus óculos. Zé Francisco resolve então ser invisível, mas, sem ser visto, tambémnão pode ser ouvido e isso não pega bem. Depois imagina ser o príncipe na história de Branca de Neve, oque mais uma vez não dá certo. Finalmente ele tem uma boa ideia: escrever sobre ele mesmo. Suas ideiasrapidamente vão para o papel e ele consegue realizar, feliz, o seu dever de casa.Tantas históriasnuma caixa de sapatosEnquanto se arruma para sair com a mãe, Vânia derruba do alto de seu armário uma velha caixa de sapatos,cheia de objetos de recordação. Um botão alaranjado que a leva de volta ao momento em que enfrentouum colega malcriado, dois gizes coloridos que ela ganhou da professora da primeira série, uma presilha decabelo trazida pelo seu cachorrinho Nanuque, uma foto rasgada de alguém que se fora para sempre e deixaraum buraco de saudade enorme... Enquanto sua mãe insiste em chamá-la para sair, ela revive com essespequenos objetos muitas histórias e recordações. Quando finalmente guarda a caixa no lugar e sai, levaconsigo todas as suas lembranças queridas.108


ATIVIDADES INTERDISCIPLINARESAntes da leitura* Sugerir que os alunos manuseiem o(s) livro(s),vejam as ilustrações e apreciem o visual gráfico,que utiliza ilustrações, montagem comfotos e ilustrações, interferências gráficas noenredo etc.* Pedir que os alunos observem o título da coleçãoe que expliquem as imagens que ele lhestraz à mente, de modo que explorem as váriasinferências que o vocábulo “histórias” permite,como memória, lembrança, vivência etc.Língua Portuguesa* Propor aos alunos que produzam um texto apartir do título “Se eu fosse...”. Depois, solicitarque deem a redação para um colega revisar,que façam as correções sugeridas por ele e queleiam o texto final corrigido para os outros colegasda classe.* Pedir à turma que converse sobre alguns contosde fadas tradicionais. Cada aluno deve criare registrar no caderno situações-problema paraos personagens e propor tais situações para umdos colegas resolver.* Sugerir aos alunos que escolham um trechoda(s) história(s) para transformar em versoscom rimas, exercitando a linguagem poética.* Propor aos alunos que inventem novas aventuraspara os personagens dos contos de fadas,de modo que eles vivam situações esquisitas,hilárias, divertidas. Os personagens podem trocarde papel uns com os outros, as históriaspodem ser misturadas, enfim, pode acontecertudo o que a criatividade dos alunos permitir.História* Recuperar a história do nascimento dos alunos,da escolha do nome, de como foram os primeirosanos de vida. Auxiliá-los na elaboração deuma linha do tempo com os principais fatos.* Propor um debate sobre alguns problemas sociaisvividos na região em que os alunos moram,como falta de escola, de moradia, de condiçõesdignas para as crianças viverem bem.* Pedir aos alunos que registrem por escrito o quepensam das relações com os irmãos, aproveitandopara valorizar a paciência e a compreensãocomo instrumentos de manutenção da harmoniae da afetividade na vida familiar.Geografia* Solicitar aos alunos que desenhem a sala de aulavista da porta de entrada (na visão frontal), quedepois a desenhem vista de cima (visão vertical)e que a desenhem na visão oblíqua (visãodo alto e de lado). Em todos os desenhos deverãoconstar mesa do professor, carteiras e cadeirasdos alunos, cesto de lixo, estantes, armáriosetc., de acordo com a composição da classe.* Pedir que cada aluno faça uma planta baixa deseu quarto e que disponha nessa planta a localizaçãodos móveis, da porta, da janela e outrascaracterísticas desse ambiente.* Propor um passeio monitorado pelos arredoresda escola (pedir que levem papel, lápis e pranchetapara anotações). Orientar os alunos a registrartipos de construções, nomes de ruas ede estabelecimentos. Depois, em classe, fazerum mapa da região.109


Arte* Promover momentos em que os alunos possamdemonstrar habilidades físicas, mímicasou expressões faciais em representações de cenasda(s) história(s) lida(s), sem verbalizar, demodo que os colegas descubram o trecho queestá sendo dramatizado.* Propor que os alunos se reúnam em duplas paratransformar em texto dramático e interpretar ostrechos da(s) história(s) de que mais gostaram.* Solicitar que interpretem os super-heróis ou ospersonagens dos contos de fadas citados ou personagensdas histórias lidas, vivenciando situaçõesnovas, inventadas por eles. Os alunos podemcriar novos poderes e novos desfechos etc.Matemática* Propor que a turma faça uma visita à bibliotecae que observe e registre a organização de umaestante de livros que eles escolherem. Depoiseles devem desenhar novamente a estante, propondouma nova forma de organização.* Sugerir alguns cálculos, de multiplicação, porexemplo, que tenham números de 6 ou 7 algarismos.Solicitar que os alunos elaboremproblemas-desafio para os colegas resolverem,propiciando momentos de integração e solidariedadeentre os alunos.Ciências Naturais* Explorar com a classe hábitos saudáveis de higiene,abordando o modo correto de fazer umaboa escovação de dentes, o banho diário, a manutençãode unhas limpas e curtas etc.* Conversar com os alunos sobre os sentidos,destacando com quais órgãos o tato, o olfato,a audição, a visão e o paladar humanos percebemo mundo. Promover experiências com osolhos vendados para os alunos sentirem o gostode diferentes alimentos, tocarem superfíciesde texturas diversas, ouvirem sons próximos edistantes, verem objetos pequenos e grandes,de longe ou de perto, sentirem cheiros diversos.* Trabalhar com a ideia de que muitas vezes adoença decorre da falta de higiene, como, porexemplo, nos casos em que a falta de higienebucal pode causar cáries e dores ou mesmo perdade dentes. Pedir à turma que pesquise outrasconsequências da falta de higiene, como leptospirose,verminoses, piolhos etc. Relacionarisso às condições precárias em que vive grandeparte da população brasileira, tomando cuidadopara a abordagem não resultar em preconceito.* Destacar a importância de atividades físicas parao desenvolvimento das crianças. Incentivar aprática de alguns exercícios de expressão corporal.Abordar atividades infantis que colaborampara o desenvolvimento físico, como futebol,pega-pega, vôlei, roda etc.* Como o lazer e o descanso são fundamentaispara o crescimento saudável, propor que os alunosregistrem na forma de desenhos o modocomo se divertem, o que fazem para relaxar etc.* Sugerir a elaboração de um cardápio semanalpara o café da manhã, o almoço, o café da tardee o jantar dos alunos, com base no que eles jáestudaram sobre uma alimentação saudável.110


CRIAÇÃO E PRODUÇÃOColecionando histórias e lembrançasAssim como os personagens dos livros desta coleção, as pessoas do mundo real têm muitashistórias para contar, histórias que ficam guardadas na memória ou em objetos mantidos comcarinho em lugares especiais. Este projeto pretende trabalhar com as lembranças e os objetosque compõem a história dos alunos. O produto final será a reunião desses elementos em formade livro de memórias, caixa de lembranças ou álbum de recordações.Etapas1. Propor que os alunos reflitam sobre fatos importantesde suas vidas e que os registrem naforma de lista. Essa lista deve ficar aberta poralgum tempo e ser completada de acordo comas recordações dos alunos.2. Pedir que eles desenvolvam individual e oralmenteos fatos listados, explicando detalhadamentecomo e quando aconteceu, assim comoas pessoas que estavam presentes. Sugerir quetrabalhem um ou dois desses fatos por semana.3. Solicitar que cada aluno faça uma análise doselementos presentes em sua memória e os anotepara definir que tipo de trabalho final produzirá.Se tiver objetos, cartas, bilhetes, roupas, brinquedosetc., o aluno poderá optar por uma caixade lembranças. Se possuir correspondência, fotose pequenos objetos, ele pode optar por umálbum de recordações. Se não dispuser de materialconcreto, a opção é o livro de memórias.4. Tendo definido o produto final, orientar os alunosem sua execução, ou seja, conseguir a caixaou o caderno que servirá de álbum ou livro edecorar com papel colorido e colagens ou desenhos.Cada produto deve ser identificado com:autor, série (ano), professor, escola, data.5. As histórias devem então ser escritas. Promovera troca dos textos entre os alunos, para que asproduções sejam, de modo sempre respeitoso,revisadas e corrigidas antes de sua finalização.6. Pedir que os alunos contemplem situações vividascom os colegas em sala de aula, de modoque o passado recente também componha partede sua história de vida.7. Orientar os alunos na ilustração dos textos,usando diferentes técnicas, de acordo com oque cada um desejar. No caso de caixas de lembranças,também podem ser utilizados papéisde diferentes texturas e cores. Se a opção forálbum ou livro, podem variar a cor da caneta eos lápis de registro.8. Após o término dos trabalhos, agendar com acoordenação e a diretoria uma data inauguralpara a exposição, que, se possível, deve seraberta para visitação de outras turmas e de familiaresdos alunos.9. Depois da exposição, propor uma avaliaçãodo projeto realizado, coletando a opinião dosalunos sobre a participação nas várias etapas,incluindo a colaboração com os colegas, o respeitoà diversidade de opiniões etc.Elaboração: Valéria de Freitas Pereira111


Impresso no Parque Gráfico da <strong>Editora</strong> <strong>FTD</strong>Avenida Antonio Bardella, 300Fone: (0-XX-11) 3545-8600 e Fax: (0-XX-11) 2412-537507220-020 GUARULHOS (SP)

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