ou rectangulares (Trahan e Dassa, 1978). Certamenteque, apurando - sobretudo a posteriori- a selecção dos items, permanece sempreteoricamente possível reconstruir uma curva deGauss. Mas será a modificação então introduzidano leque dos items pertinente do ponto devista pedagógico? Incidirá ela efectivamentesobre elementos essenciais do ensino? Se tal 6o caso, eles deveriam ter sido anteriormenteprevistos na construção do instrumento e demonstrariamassim que a intervenção pedagógicanão atingiu a sua finalidade: ensinar a todosos alunos as noções escolhidas. Vê-se que existeaqui, de novo, um problema de interpretação:a quem atribuir as causas do <strong>insucesso</strong> do actode ensino? Uma intervenção pedagógica é umacto social interactivo de comunicação já queo educador se constitui em porta-voz de umaintenção particular, e previamente definida,quanto às condutas esperadas do aluno e estaexpectativa deve, de uma maneira ou de outra,ser comunicada ao aluno para que este lhecorresponda.Se num dado contexto, no seguimento deuma acção didáctica, a criança não correspondeh expectativa: isso deve-se 5 incapacidade doaluno, do professor ou do método? Responderimputando o fracasso a um ou outro destestermos não tem nenhum sentido, pois são, todoseles, elementos de um processo interactivu. Pelocontrário, poder determinar e observar taissituações e, sobretudo, atribuir-se os meios paraobservar os efeitos de modificações introduzidasnum ou noutro destes elementos, deveria permitiraos parceiros da empresa pedagógica entregarem-seA investigação, i reflexão sobre assuas práticas (de aprendizagem, ensino, avaliação,comunicação, relação social, etc ...), a fimde criar novas situações, de escolher e negociaros obiectivos visados e de colaborar na elaboraçãode meios que permitam atingi-los. Uma taldinâmica não apelaria já a uma centração nasdiferenças interindividuais, mas na qualidade emodalidades da intervenção educativa: ela nãoteria os tão pesados custos sociais a que a competiçãodá origem e que pudemos evocar emtermos de perturbação psicológica, de deprecia-ção das potencialidades de numerosos indivíduos,de estereotipia dos grupos sociais e dassuas relações, de agressividade; e isto tanto aonível dos alunos como dos professores; e noque diz respeito às capacidades gerais como aaptidões profissionais.Finalmente, para isso é necessário que o própriosistema educativo reveja certas modalidadesdo seu funcionamento institucional, particularmenteno que diz respeito ao papel do factortempo. Em muitas ocasiões, o acesso a uma formaçãoé condicionado pela conclusão de umoutro ensino num prazo fixado normativamente(limite de idade, duração dos planos de estudo,etc.). Seleccionar com base no critério darapidez de aprendizagem no contexto <strong>escolar</strong>(com o risco, aliás, de que essas aprendizagenstenham tido lugar fora de escola) é uma modalidadede reforço da competição que não temnada a ver, nem com a capacidade efectiva dosujeito de fazer face a aprendizagens, nem comas potencialidades da acção pedagógica paraatingir os objectivos fixados. Qual é, pois, olimite do tempo? Aliás, não se regozijam asnossas teorias psicológicas em explicar, justamente,a relativamente grande duração da infânciahumana, em comparação com as de outrosseres vivos, pela riqueza das potencialidadesque permite desenvolver? Estas potencialidades,na sua extensão, na sua diversidade e na suariqueza para a comunidade, estão talvez aindapor descobrir. Se existe uma urgência para aescola, é sem dúvida aí, nesse campo, que elase situa.REFERÊNCIASBRUN J. (1970)-«L'évaluation formative dans unenseignement différencié de mathématique». Communicationau Colloque de Genève (a publicar):Allal L., Cardinet C., Perrenoud P. (eds.) L'éva-Zuation formative dans un enseignernent différencié,P. Lang, Berna.CARDINET, J. (1978)- L'évaluarion scolaire etZ'égaZité des chances. IRDP/R 78.20. Institut romandde Rechreches et de Documentation Pédagopiques,Neuchâtel.COLL-SALVADOR, C.; COLL-VENTURA, C.; MI-RAS MESTRES, M. (1974)-«Genesis de Ia clasificaciony medios socio-économicos. Genesis dela seriacion y medios socio-économicos», Annuariosde psicologia, Universidade de Barcelona: 10,53-99.80
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