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01PORTUGAL POST -Jan. Druck:portugal POST Feb 09

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4<br />

Nacional & Comunidades<br />

Deputado socialista Paulo Pisco quer conhecer estudos<br />

que fundamentaram fecho de consulados<br />

O deputado socialista pela Europa<br />

quer conhecer os estudos<br />

que fundamentaram o fecho de<br />

postos consulares em França e<br />

na Alemanha, acusando o Governo<br />

de manipular informação<br />

sobre custos e receitas para justificar<br />

esta opção.<br />

„O Governo tem que explicar<br />

quais foram os estudos analíticos<br />

detalhados que serviram<br />

de base à decisão de encerrar<br />

vários postos consulares. É fundamental<br />

que essa informação<br />

detalhada sobre despesas de<br />

funcionamento e receitas dos<br />

consulados seja divulgada“,<br />

disse Paulo Pisco.<br />

O ministro dos Negócios<br />

Estrangeiros (MNE), Paulo Portas,<br />

anunciou a 16 de Novembro<br />

o encerramento de sete embaixadas<br />

e cinco postos consulares<br />

em França (Nantes, Clermont-<br />

Ferrand, Lille) e na Alemanha<br />

(Frankfurt e Osnabrück).<br />

Entre as embaixadas a encerrar<br />

conta-se Andorra, onde<br />

os 13 mil portugueses residentes<br />

passarão a ser servidos pelo<br />

consulado de Portugal em Barcelona.<br />

Num pedido de esclarecimento<br />

enviado ao MNE,<br />

Paulo Pisco sublinhou que, apesar<br />

de o Governo ter invocado<br />

quatro critérios para o encerramento<br />

de consulados - dimen-<br />

Portugal passou em 2011 de uma<br />

situação de democracia plena para<br />

uma democracia com falhas, o que<br />

se deve sobretudo à erosão da soberania<br />

associada à crise da zona<br />

euro, revela o Índice da Democracia<br />

2011 do Economist Intelligence<br />

Unit.<br />

O índice, realizado pelo serviço<br />

de investigação da revista “The<br />

Economist”, vai na quarta edição<br />

e avalia as democracias de 165 estados<br />

independentes e dois territórios,<br />

colocando-os em quatro<br />

categorias: democracias plenas,<br />

democracias com falhas, regimes<br />

híbridos e regimes autoritários.<br />

Pela primeira vez, Portugal,<br />

que desceu do 26.º para o 27.º<br />

lugar na lista, surge este ano no<br />

grupo das democracias com falhas,<br />

depois de em 2010 o mesmo<br />

ter acontecido à França, Itália e<br />

Grécia.<br />

Num total de 10 pontos, Portugal<br />

obtém 7,81, o que resulta de<br />

são da comunidade portuguesa,<br />

custos de funcionamento, número<br />

de atos consulares e a importância<br />

económica da região<br />

-, têm apenas sido feitas referências<br />

aos custos globais de<br />

funcionamento e ao número de<br />

atos consulares.<br />

„O secretário de Estado das<br />

Comunidades está a utilizar informação<br />

manipulada e a amalgamar<br />

tudo de forma a que não<br />

se compreenda bem quais os<br />

custos de funcionamento de<br />

uma avaliação de cinco critérios:<br />

Processo eleitoral e pluralismo<br />

(9,58 pontos), funcionamento do<br />

governo (6,43), participação política<br />

(6,11), cultura política (7,50) e<br />

liberdades cívicas (9,41).<br />

No cômputo geral, o país mais<br />

democrático é a Noruega (9,8<br />

pontos), seguido de Islândia<br />

(9,65), Dinamarca (9,52) e Suécia<br />

(9,50). Nos últimos lugares da<br />

lista, surgem a Coreia do Norte<br />

(1,08 pontos), Chade (1,62) e Turquemenistão<br />

(1,72).<br />

A classificação de democracia<br />

diminuiu em 48 dos 167 países,<br />

aumentou em 41 e manteve-se em<br />

78 deles. Oito países mudaram de<br />

categoria, tendo quatro regredido<br />

(Portugal, Ucrânia, Guatemala e<br />

Rússia) e quatro melhoraram (Tunísia,<br />

Mauritânia, Níger e Zâmbia).<br />

O relatório conclui que, em<br />

2011, o declínio da democracia se<br />

concentrou na Europa, tendo sete<br />

cada posto“, alertou Paulo<br />

Pisco, sublinhando que as despesas<br />

com o pessoal do MNE<br />

não podem ser contabilizados,<br />

já que se mantêm depois do<br />

fecho dos postos.<br />

„É fundamental que o Governo<br />

divulgue os dados sobre<br />

despesas, receitas, funcionários<br />

e titulares de todos os postos<br />

consulares em França e na Alemanha,<br />

de forma a ser possível<br />

a comparação entre os postos<br />

que vão encerrar e os que vão<br />

países descido na classificação do<br />

índice democrático (Finlândia, Irlanda,<br />

Alemanha, Espanha, Portugal,<br />

Itália e Grécia) e nenhum<br />

subido.<br />

A principal razão, explica o relatório,<br />

foi a erosão da soberania e<br />

da responsabilidade democrática<br />

associada aos efeitos e às respostas<br />

à crise da zona euro.<br />

Seis governos da zona euro<br />

caíram em 2011 e em dois destes<br />

países (Grécia e Itália) governantes<br />

eleitos foram substituídos por<br />

tecnocratas, recorda o relatório,<br />

alertando que a perspetiva de<br />

curto prazo no velho continente é<br />

preocupante.<br />

O relatório destaca ainda que<br />

em alguns países já não são os governos<br />

eleitos que definem as políticas,<br />

mas sim os credores<br />

internacionais, como o Banco<br />

Central Europeu, a Comissão Europeia<br />

e o Fundo Monetário Internacional.<br />

manter-se em funções. Quanto<br />

às despesas dos titulares dos<br />

postos, deve constar a descriminação<br />

dos vencimentos, abonos<br />

e subsídios“, reforçou.<br />

O deputado lembrou que o<br />

ministro Paulo Portas disse que<br />

o encerramento de embaixadas<br />

e postos consulares originaria<br />

uma poupança de 12 milhões de<br />

euros, e quer saber onde o Estado<br />

vai conseguir a poupança<br />

referida.<br />

„As embaixadas não têm receitas,<br />

só despesa. Os consulados<br />

têm receita e é preciso<br />

distinguir uma coisa da outra. É<br />

necessário que se façam todos<br />

estes esclarecimentos para que<br />

se possa compreender quando<br />

custam efetivamente os consulados“,<br />

disse. Paulo Pisco mostrou-se<br />

ainda desagradado<br />

com a forma como os seus pedidos<br />

de esclarecimento têm sido<br />

tratados pelo MNE.<br />

„Acho insultuoso que cada<br />

vez que procuro obter esclarecimentos<br />

por parte do MNE, particularmente<br />

da secretaria de<br />

Estado das Comunidades, o secretário<br />

de Estado me responda<br />

através do seu Facebook pessoal“,<br />

lamentou Paulo Pisco,<br />

considerando tratar-se de uma<br />

„falta de respeito“ pela Assembleia<br />

da República.<br />

Democracia:<br />

Portugal desceu de categoria em 2011<br />

segundo o “The Economist”<br />

A severidade das medidas de<br />

austeridade contribuiu para enfraquecer<br />

a coesão social e diminuir<br />

ainda mais a confiança nas instituições<br />

públicas, que já estavam<br />

em declínio desde a crise económica<br />

de 2008/20<strong>09</strong>, conclui o relatório.<br />

Por outro lado, o relatório<br />

alerta para a falta de participação<br />

no processo político e o défice democrático<br />

e exemplifica com o<br />

caso da Alemanha, onde está em<br />

queda a militância partidária e a<br />

participação nas eleições.<br />

„A austeridade rigorosa, uma<br />

nova recessão em 2012, o elevado<br />

desemprego e o facto de não se<br />

verem sinais de crescimento renovado<br />

vão testar a resiliência das<br />

instituições políticas europeias“,<br />

pode ler-se no relatório.<br />

A nível mundial, apenas 11,3<br />

por cento da população vive em<br />

democracias plenas e 37,6 por<br />

cento em regimes autoritários.<br />

PORTUGAL <strong>POST</strong> Nº 210 • <strong>Jan</strong>eiro 2012<br />

FLASH<br />

Manifestação<br />

O movimento contra o encerramento<br />

do vice-consulado<br />

„Osnabrück não desiste“ está<br />

apelar nas redes sociais à comunidade<br />

para se juntar num<br />

protesto de rua a reliza no próximo<br />

dia 7 de Dezembro. O<br />

local da concentracão é na<br />

Universitätsplatz, sendo que<br />

dali os presentes seguirão em<br />

manifestação até ao vice-consulado.<br />

O movimento pede aos<br />

manifestantes para que tragam<br />

velas vermelhas. A hora do encontro<br />

está marcada para as<br />

17h00.<br />

Entretanto, „Osnabrück<br />

não desiste” continua a angariar<br />

assinaturas para uma petição<br />

para entregar na<br />

Assembleia da República.<br />

Caro/a Leitor/a:<br />

Se é assinante,<br />

avise-nos se<br />

mudou ou vai<br />

mudar de<br />

residência<br />

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