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DISSERTAÇÃO _Biblioteca_ - 2007 - UNISC Universidade de Santa ...

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMAS E PROCESSOSINDUSTRIAIS - MESTRADO - ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EMCONTROLE E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS INDUSTRIAISSílvia Letícia Pozzebon WermuthMODELAGEM MATEMÁTICA E COMPUTACIONAL DE UM SISTEMA DEAPOIO À DECISÃO NA INDÚSTRIA<strong>Santa</strong> Cruz do Sul, fevereiro <strong>de</strong> <strong>2007</strong>


DEDICATÓRIAExistem pessoas em nossa vida que nos marcam para sempre,através da ajuda que nos dão diariamente ou nos <strong>de</strong>ram durantetoda, ou parte da nossa existência nos apoiando nasdificulda<strong>de</strong>s.Dedico este trabalho aos meus pais, Leonardo e Lídia, por tudoque me transmitiram e que ainda continuam a transmitir.Aos meus irmãos, Vergínia e Márcio por serem meus eternosamigos.Também <strong>de</strong>dico ao professor Panta pela valiosa orientação.Dedico em especial, ao meu esposo Altair e a minhaorientadora Rejane que me acompanharam em toda trajetóriame apoiando em todos os momentos.


AGRADECIMENTOSA liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> voar, nos imprime uma nova realida<strong>de</strong> a ser conquistada. Aliberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> falar, nos imprime uma nova forma <strong>de</strong> discutirmos a vida. A liberda<strong>de</strong><strong>de</strong> pensarmos, nos imprime a busca <strong>de</strong> uma nova realida<strong>de</strong>. E a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> viver,nos imprime a verda<strong>de</strong>ira luta do ser humano na construção <strong>de</strong> um mundo melhor.(Autor <strong>de</strong>sconhecido)Ao concluir esta etapa é com muito prazer que agra<strong>de</strong>ço as pessoas que estiveramcomigo durante o processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong>ste trabalho. Primeiramente, agra<strong>de</strong>ço a Deus porguiar meus passos, iluminando meus caminhos e me transmitindo forças para seguir emfrente.A gerência da empresa que oportunizou a realização <strong>de</strong>ste trabalho. Também agra<strong>de</strong>ço,aos supervisores e a todos os funcionários que me repassaram as informações com <strong>de</strong>dicação eética profissional, todas as vezes que necessitei. Ao usuário do sistema que disponibilizou <strong>de</strong>seu tempo para auxiliar antes e após a implementação do sistema.Aos professores do mestrado, pelos conhecimentos repassados no <strong>de</strong>correr dasdisciplinas, contribuindo para ampliar a visão <strong>de</strong> mundo. Obrigada também, às secretárias queestiveram sempre disponíveis a ajudar.Aos colegas da inesquecível turma do mestrado, pelos momentos <strong>de</strong> alegria, pela troca<strong>de</strong> idéias, por nossa união no <strong>de</strong>correr das ativida<strong>de</strong>s e pela amiza<strong>de</strong> que nos incentivava aprosseguir.Agra<strong>de</strong>ço aos membros da banca da <strong>de</strong>fesa que aceitaram em participar, na pessoa dosprofessores Dr. João Carlos Furtado e Dra. Adriane Prisco Petry.Agra<strong>de</strong>ço aos meus pais e ao meu irmão pela compreensão, respeitando minhas escolhase reduzindo nossos momentos <strong>de</strong> convívio em virtu<strong>de</strong> do mestrado. Agra<strong>de</strong>ço a VergíniaPozzebon Rossetti, minha irmã e companheira que me apoiou dispondo <strong>de</strong> suas férias paracorreção final <strong>de</strong>ste trabalho.


Ao meu co-orientador Ruben Edgardo Panta Pazos, pela amiza<strong>de</strong>, motivação eprofissionalismo, estando disponível ao me auxiliar por meio <strong>de</strong> suas experiências. Muitoobrigada pelos conhecimentos repassados e pelo incentivo a cada etapa percorrida nestatrajetória, em especial estando presente conosco no CNMAC para apoiar o trabalho <strong>de</strong> cadaaluno que orientou ao transmitir seus ensinamentos.Agra<strong>de</strong>ço em especial a minha orientadora e ao meu esposo que caminharam comigolado a lado, compartilhando os momentos <strong>de</strong> mestranda, fazendo dos meus sonhos, seuspróprios objetivos e dos meus objetivos sua própria luta.A você, adorável orientadora, Rejane Frozza, por sua trajetória brilhante que me enche<strong>de</strong> admiração e respeito. Muito obrigada por dividir comigo todos os momentos <strong>de</strong>stacaminhada, pela constante <strong>de</strong>dicação, sempre indicando a direção a ser tomada, conduzindo achegar ao final <strong>de</strong>sta trajetória. Obrigada pela amiza<strong>de</strong> e pelos ensinamentos especiais queficarão comigo para sempre.A você, meu esposo Altair José Wermuth, por estar sempre presente em toda estacaminhada, acompanhando os momentos <strong>de</strong> angústia, <strong>de</strong>sânimo, superação e alegrias.Obrigada pela paciência e gran<strong>de</strong> apoio, compreen<strong>de</strong>ndo esta fase que enfrentei, enten<strong>de</strong>ndominhas ausências e me incentivando a cada etapa vencida.Enfim, agra<strong>de</strong>ço a todos aqueles que, <strong>de</strong> uma forma ou <strong>de</strong> outra, contribuíram pelaconcretização <strong>de</strong>sse trabalho.


“Não é o <strong>de</strong>safio com que nos <strong>de</strong>paramos, que <strong>de</strong>termina quemsomos e o que estamos nos tornando, mas a maneira com querespon<strong>de</strong>mos ao <strong>de</strong>safio.Somos combatentes, i<strong>de</strong>alistas, mas plenamente conscientes,porque o ter consciência não nos obriga a ter teorias sobre ascoisas; só nos obriga a sermos conscientes. Problemas paravencer, a liberda<strong>de</strong> para provar.E, enquanto acreditamos em nossos sonhos, nada é poracaso.”(Henfil)


RESUMOEste trabalho relata o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema computacional <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisãobaseado em conhecimento e a mo<strong>de</strong>lagem matemática para comprovar os resultados obtidos.O sistema <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong>fine o cronograma <strong>de</strong> produção da Gráfica X da Empresa Z, a fim<strong>de</strong> minimizar o tempo <strong>de</strong> setup (tempo necessário, em cada produção, para realizar a troca dasvariáveis). O objetivo é aproveitar ao máximo as mesmas variáveis <strong>de</strong> uma produção paraoutra, diminuindo o número <strong>de</strong> trocas e, conseqüentemente, o tempo <strong>de</strong> setup. Cada produtopossui quatro variáveis: faca, cilindros, cores e papel, as quais são utilizadas por uma máquinaem cada produção. O sistema <strong>de</strong>senvolvido foi implantado na Empresa Z e utilizado peloespecialista humano, a fim <strong>de</strong> auxiliá-lo na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão relativa ao próximo produto aser produzido.Palavras-chave: Sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão baseado em conhecimento; Sistemaespecialista; Ferramenta Expert SINTA; Distância Euclidiana; Tempo <strong>de</strong> setup.


ABSTRACTThis work relates the <strong>de</strong>velopment of a support computational system to the <strong>de</strong>cisionbased on knowledge and the mathematical mo<strong>de</strong>l to check the obtained results. The <strong>de</strong>velopedsystem <strong>de</strong>fines the chronogram of production of Printer´s X of Company Z, in or<strong>de</strong>r tominimize the setup time (necessary time, in each production, to accomplish the change of thevariables). The objective is to use the most the same variables of a production for other,reducing the number of changes and, consequently, the setup time. Each product has fourvariables: knife, cylin<strong>de</strong>rs, colors and paper, which are used by a machine in each production.The <strong>de</strong>veloped system was implanted in the Company Z and used by the human specialist, inor<strong>de</strong>r to assist him in the taking of <strong>de</strong>cision related to the next product to be produced.Key-words: System support to the <strong>de</strong>cision based on knowledge; Expert system; ExpertSINTA Tool; Euclidian Distance; Setup time.


LISTA DE FIGURAS1 Processo <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemas......................................................................................222 Processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão..............................................................................................243 Características <strong>de</strong> um SAD....................................................................................................254 Processo <strong>de</strong> um sistema baseado em conhecimento..............................................................315 Componentes <strong>de</strong> um sistema especialista..............................................................................336 Classificação das técnicas <strong>de</strong> aquisição do conhecimento. ...................................................387 Exemplo <strong>de</strong> regra simples e composta ..................................................................................418 Exemplo <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> semântica ...........................................................................................429 Exemplo <strong>de</strong> frame..................................................................................................................4310 Exemplo <strong>de</strong> lógica <strong>de</strong> predicados. .......................................................................................4411 Passos no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema especialista ..................................5512 Organograma da empresa ....................................................................................................5613 Localização da máquina “L”................................................................................................6214 Mo<strong>de</strong>lo geral do sistema......................................................................................................6515 Etapas para a construção do mo<strong>de</strong>lo....................................................................................6616 Informações sobre a base <strong>de</strong> conhecimento.........................................................................6717 Variáveis da ferramenta SINTA ..........................................................................................6818 Variáveis com seus respectivos valores...............................................................................6819 Objetivos utilizados na ferramenta SINTA .........................................................................6920 Interface utilizada na ferramenta SINTA.............................................................................7021 Tela inicial da ferramenta SINTA .......................................................................................7122 Tela para indicar o produto atual.........................................................................................7223 Indicação <strong>de</strong> um produto .....................................................................................................7324 Produtos comuns ao produto inicial ....................................................................................7425 Cilindros comuns ao produto inicial....................................................................................7526 Cores comuns ao produto inicial .........................................................................................7527 Faca comum ao produto inicial ...........................................................................................7628 Papel comum ao produto inicial ..........................................................................................7629 Produtos com suas variáveis................................................................................................8330 Cálculo da distância.............................................................................................................8431 Cálculo da distância com resultados <strong>de</strong> excel......................................................................8532 Resultados <strong>de</strong> todas as distâncias ........................................................................................86


1033 Distância pseudométrica entre os pontos.............................................................................8934 Matriz quadrada 6x6 com resultados das pseudométricas...................................................9035 I<strong>de</strong>ntificação das diferentes variáveis..................................................................................9336 Planilha excel com coor<strong>de</strong>nadas e valores da pseudométrica <strong>de</strong> cada ponto com aorigem.......................................................................................................................................93


LISTA DE QUADROS1 Ocorrências principais do diário <strong>de</strong> bordo.............................................................................592 Resultados das distâncias entre produtos...............................................................................893 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 11 a 17 <strong>de</strong> julho/ 2006..........................................................................1004 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 19 a 29 <strong>de</strong> julho/ 2006..........................................................................1015 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 01 a 11 <strong>de</strong> agosto/ 2006........................................................................1026 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 14 a 31 <strong>de</strong> agosto/ 2006........................................................................1037 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> setembro/ 2006 .....................................................................................1048 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 16 a 20 <strong>de</strong> outubro/ 2006......................................................................1069 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 20 a 24 <strong>de</strong> outubro/ 2006......................................................................10710 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 01 a 18 <strong>de</strong> novembro/ 2006 ................................................................10711 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 20 a 29 <strong>de</strong> novembro/ 2006 ................................................................10812 Tempo <strong>de</strong> setup referente a <strong>de</strong>zembro/ 2006.....................................................................108


LISTA DE GRÁFICOS1 Setup máquina L (Horas).......................................................................................................602 Gráfico da matriz com as 5184 distâncias .............................................................................883 Gráfico da matriz 6x6 ............................................................................................................914 Valores da pseudonorma dos produtos..................................................................................945 Visualização das projeções dos pontos do conjunto subjacente sobre o subespaço geradopelas variáveis faca, cilindro e cor. São visualizados mais <strong>de</strong> 60 % dos primeiros 51pontos. ......................................................................................................................................956 Gráfico das bacias produzidas pelos valores da pseudométrica entre cada par <strong>de</strong> pontos(com o comando surfplot <strong>de</strong> Maple).........................................................................................967 Gráfico das bacias produzidas pelos valores da pseudométrica entre cada par <strong>de</strong> pontos(com o comando matrixplot <strong>de</strong> Maple). ...................................................................................978 Tempo <strong>de</strong> setup 2006 (horas) ..............................................................................................1109 Setup <strong>de</strong> julho a novembro <strong>de</strong> 2006.....................................................................................111


LISTA DE EQUAÇÕES1 Distância euclidiana entre dois objetos no plano...................................................................812 Equação da distância euclidiana ............................................................................................823 Equação do conjunto <strong>de</strong> quaternos ........................................................................................88


LISTA DE ABREVIATURASBRADACECiCyCADCAPPCNMACCoDMEDSSFFACSESHITELIFAPaPCAPCPSADSESISBCSPIRITVQAYTD’05 Year To Day 2005YTD’06 Year To Day 2006Brainstorming AdaptadoComércio EletrônicoCilindroCilindroComputer Ai<strong>de</strong>d DesignComputer Ai<strong>de</strong>d Process PlanningCongresso Nacional <strong>de</strong> Matemática Aplicada e ComputacionalCorDesenvolvimento <strong>de</strong> Materiais e EmbalagensDecision Support SystemsFacaFatores Críticos <strong>de</strong> SucessoHipóteses TerminaisListas <strong>de</strong> FatosPapelAnálise <strong>de</strong> Componente PrincipalPlanejamento do Controle <strong>de</strong> ProduçãoSistemas <strong>de</strong> Apoio à DecisãoSistemas EspecialistasSistemas <strong>de</strong> InformaçõesSistemas Baseados em ConhecimentoSymmetrical Probabilistic Intensional Reasoning in InferenceNetworksin TransitionVisual Quality Audit


SUMÁRIOINTRODUÇÃO........................................................................................................................171 SISTEMA DE APOIO À DECISÃO.....................................................................................201.1 Tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em organizações..................................................................................201.2 Estrutura <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão .......................................................................231.3 Consi<strong>de</strong>rações.....................................................................................................................282 SISTEMAS BASEADOS EM CONHECIMENTO..............................................................302.1 Sistemas especialistas.........................................................................................................322.1.1 Características e recursos dos sistemas especialistas.......................................................352.2 Aquisição do conhecimento................................................................................................362.3 Representação do conhecimento.........................................................................................392.3.1 Regras <strong>de</strong> produção..........................................................................................................392.3.2 Re<strong>de</strong>s semânticas.............................................................................................................412.3.3 Frames .............................................................................................................................422.3.4 Lógica <strong>de</strong> predicados .......................................................................................................432.4 Consi<strong>de</strong>rações.....................................................................................................................443 APLICAÇÕES EM SISTEMAS DE APOIO À DECISÃO..................................................453.1 Um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas CAPP para a indústria metal-mecânica......453.2 Sistema Especialista <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão em ventilação mecânica......................................463.3 A Utilização <strong>de</strong> sistemas especialistas no processo <strong>de</strong> negociação em sistemas <strong>de</strong>comércio eletrônico. .................................................................................................................473.4 Um Sistema especialista probabilístico para o apoio à análise <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong>empresas <strong>de</strong> base tecnológica. ..................................................................................................483.5 Construção <strong>de</strong> sistemas especialista: estudos <strong>de</strong> caso. .......................................................503.6 Sistema especialista para o forjamento a quente <strong>de</strong> precisão. ............................................513.7 Consi<strong>de</strong>rações.....................................................................................................................524 MODELAGEM COMPUTACIONAL..................................................................................544.1 Desenvolvimento do sistema especialista...........................................................................544.1.1 Determinação <strong>de</strong> requisitos .............................................................................................554.1.2 I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> especialistas...........................................................................................624.1.3 Construção <strong>de</strong> componentes do sistema especialista.......................................................644.1.4 Implementação <strong>de</strong> resultados...........................................................................................774.1.5 Manutenção e revisão <strong>de</strong> sistemas...................................................................................774.1.6 Consi<strong>de</strong>rações..................................................................................................................785 MODELAGEM MATEMÁTICA .........................................................................................795.1 Mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> sistemas......................................................................................................805.2 Mo<strong>de</strong>los matemáticos.........................................................................................................805.2.1 Distância euclidiana.........................................................................................................815.2.1.1 Ferramenta Maple.........................................................................................................865.2.1.2 Utilização da ferramenta Maple....................................................................................875.2.2 Análise <strong>de</strong> componentes principais (PCA)......................................................................915.3 Consi<strong>de</strong>rações.....................................................................................................................976 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS .....................................................99


166.1 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> julho a setembro ..................................................................................996.2 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> outubro a <strong>de</strong>zembro...........................................................................1066.3 Avaliação geral do setup...................................................................................................1096.3.1 Análise do tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> julho a novembro...........................................................1116.4 Consi<strong>de</strong>rações...................................................................................................................112CONCLUSÃO........................................................................................................................113REFERÊNCIAS .....................................................................................................................117ANEXO A - Diário <strong>de</strong> bordo..................................................................................................121ANEXO B - Levantamento das ocorrências...........................................................................123ANEXO C - Código dos produtos..........................................................................................124ANEXO D - As facas <strong>de</strong> cada produto (<strong>de</strong>senho técnico)......................................................126ANEXO E - Cores dos produtos.............................................................................................127ANEXO F - Estoque <strong>de</strong> cilindros ...........................................................................................128ANEXO G - Cores e cilindros dos produtos ..........................................................................129ANEXO H - Papel dos produtos.............................................................................................130ANEXO I - Semelhança entre produtos .................................................................................131ANEXO J - Regras <strong>de</strong> produção dos produtos .......................................................................132ANEXO K - Relação entre as variáveis .................................................................................133ANEXO L - Variáveis e valores.............................................................................................134ANEXO M - Regras <strong>de</strong> produção do sistema.........................................................................135ANEXO N - Questionário ......................................................................................................136ANEXO O - Questionários referentes à utilização do sistema...............................................137ANEXO P - Parecer do usuário do sistema............................................................................168


INTRODUÇÃO“Um problema só surge quando estão presentestodas as condições para solucioná-lo".(Karl Marx)Os avanços tecnológicos estão presentes nas mais diferentes áreas do conhecimento. Anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações faz com que as organizações implementem sistemas queofereçam novas soluções para problemas por meio <strong>de</strong> diversas alternativas, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ando umprocesso <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, é fundamental adquirirconhecimento dos fatos <strong>de</strong>correntes da situação e compreen<strong>de</strong>r o conjunto <strong>de</strong> informações queserão úteis.Na tecnologia da informação, verifica-se a existência do homem e da máquina. Amáquina <strong>de</strong>sempenha a função <strong>de</strong> processador, mas é sempre o homem que prevê a entradados dados. A máquina é o condutor que possui capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obter soluções, mas é o homemque possui capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> raciocínio (Audy, 2005).A partir da segunda meta<strong>de</strong> do século XX ocorreram transformações, enfatizando ainformação e o conhecimento como recursos valiosos para a socieda<strong>de</strong>. Ambos aumentaram<strong>de</strong>ntro das organizações <strong>de</strong> acordo com o seu crescimento, obrigando-as a criarem sistemas <strong>de</strong>informações, nos quais o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão é imprescindível para uma a<strong>de</strong>quadasolução, em relação aos processos da empresa.Um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão, que utiliza a coleta dos dados reais e um processo <strong>de</strong>tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, baseado em conhecimento heurístico (experiências) das pessoasenvolvidas na ativida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> proporcionar:- ações corretivas: indicação <strong>de</strong> ações para melhoria do processo;- ações preventivas: indicação <strong>de</strong> ações para prevenir possíveis problemas no processo;- ações preditivas: indicação <strong>de</strong> ações a serem tomadas/ executadas no processo.O uso <strong>de</strong> formalismos matemáticos proporciona uma comprovação matemática dascaracterísticas do sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão, tornando-o mais confiável para ser utilizado emuma empresa com a aplicação <strong>de</strong> dados reais.


18O objetivo geral <strong>de</strong>ste trabalho foi realizar o levantamento e a mo<strong>de</strong>lagem dasinformações utilizadas pelo setor da gráfica <strong>de</strong> uma empresa, utilizando um processoheurístico <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, <strong>de</strong>senvolver um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisãobaseado em conhecimento e efetuar uma análise matemática dos resultados atingidos.Como contribuições <strong>de</strong>ste trabalho, po<strong>de</strong>m-se citar:- fortalecimento <strong>de</strong> projetos entre <strong>Universida<strong>de</strong></strong> (através do Mestrado) e Empresa, com o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> soluções práticas e eficientes para os problemas do processo industrial;- aumento <strong>de</strong> segurança nos mecanismos que a indústria possui, bem como redução <strong>de</strong>falhas na produção;- maior produção e lucro para a empresa, fornecendo agilida<strong>de</strong> e melhor <strong>de</strong>sempenho noprocesso <strong>de</strong> impressão (no caso da gráfica);- espírito <strong>de</strong> colaboração e crescimento em equipe no grupo <strong>de</strong> profissionais que atuamnos processos organizacionais;- eficiência nas ocorrências existentes, possibilitando soluções viáveis e ágeis;- oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> verificar as vantagens que o sistema traz à empresa;- possibilida<strong>de</strong> da empresa dispor <strong>de</strong> um sistema que ofereça todas as informaçõesnecessárias ao aproveitamento das variáveis utilizadas, sendo que a empresa até então nãopossuía um sistema para esta finalida<strong>de</strong>;- continuida<strong>de</strong> na utilização do uso do sistema implementado com a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>atualizações, conforme as mudanças que surgirem <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> cada produto.Esta pesquisa abordou sistemas <strong>de</strong> apoio à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão baseados emconhecimento, com o objetivo <strong>de</strong> aproximar o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão ao processoheurístico humano. Para isso, realizou-se o levantamento das informações da produção nosetor da gráfica X da Empresa Z, consi<strong>de</strong>rando-se o processo <strong>de</strong> aquisição do conhecimentosobre o domínio; a mo<strong>de</strong>lagem das informações, com o uso <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> produção comoformalismo <strong>de</strong> representação; a análise do processo heurístico para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, a fim<strong>de</strong> atingir índices para a melhoria da produção, que se refere à minimização <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> setup(tempo necessário, em cada produção, para realizar a troca das variáveis envolvidas); o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema computacional implantado na empresa para uso; amo<strong>de</strong>lagem matemática do problema; e a análise das variáveis dos resultados obtidos.


19O presente trabalho está organizado nos seguintes capítulos:O capítulo 1 relata o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e as características <strong>de</strong> um sistema<strong>de</strong> apoio á <strong>de</strong>cisão.O capítulo 2 apresenta os sistemas baseados em conhecimento que resolvem problemasauxiliando as <strong>de</strong>cisões dos especialistas humanos.No capítulo 3, são <strong>de</strong>scritas algumas aplicações realizadas em empresas, as quaisutilizaram o sistema especialista para o <strong>de</strong>senvolvimento.O capítulo 4 relata a mo<strong>de</strong>lagem do sistema, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a aquisição do conhecimento até asua implementação.O capítulo 5 aborda a mo<strong>de</strong>lagem matemática dos resultados obtidos com o<strong>de</strong>senvolvimento do sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão.empresa.No capítulo 6, são <strong>de</strong>scritos os resultados após a implementação e o uso do sistema naFinalmente, são apresentadas as conclusões do trabalho, com suas principaiscontribuições e direções para trabalhos futuros.


1 SISTEMA DE APOIO À DECISÃO“Estamos afogados em informação, masmorrendo <strong>de</strong> fome por conhecimento.”(John Naisbett)Este capítulo apresenta aspectos relacionados ao processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e suaimportância para o aumento da produtivida<strong>de</strong> e melhorias nas organizações.1.1 Tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em organizaçõesAté o início <strong>de</strong> 1980, o principal objetivo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão era ajudar os sereshumanos a tomar <strong>de</strong>cisões refletindo em suas próprias preferências. Nos dias atuais, cada vezmais os processos <strong>de</strong>cisórios são automatizados e a análise <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão é utilizada para garantirque os processos automatizados se comportem como <strong>de</strong>sejados (Russel, 2004).O ato <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisão é inerente a todos os seres humanos e acontece nas mais variadascircunstâncias. A importância da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão nas organizações é clara, sendo asativida<strong>de</strong>s realizadas nas empresas essenciais às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e <strong>de</strong>resolução <strong>de</strong> problemas.Segundo Ensslin (2001), para tomar uma <strong>de</strong>cisão é necessário <strong>de</strong>finir claramente asregras <strong>de</strong> trabalho a serem utilizadas que <strong>de</strong>finem o que é ou não é válido realizar, quaismétodos po<strong>de</strong>m ser utilizados, os problemas a serem resolvidos, o objetivo <strong>de</strong>sejado e comoadquirir as informações.Uma <strong>de</strong>cisão é o resultado <strong>de</strong> um processo que se <strong>de</strong>senvolve a partir do instante em queo problema foi <strong>de</strong>tectado, ocorrendo geralmente através da percepção <strong>de</strong> sintomas. Com isso,o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão empresarial se inicia quando uma pessoa ou grupo percebe sintomas <strong>de</strong>que algo não está transcorrendo como planejado (Andra<strong>de</strong>, 1998).


21Conforme Lachtermacher (2004), a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão afeta os fatores seguintes: tempodisponível para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, a importância da <strong>de</strong>cisão, o ambiente, certeza e incerteza<strong>de</strong> risco, agentes <strong>de</strong>cisores e conflitos <strong>de</strong> interesse.Segundo Freitas (1997), processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão compreen<strong>de</strong> a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> açõesconcretas, compondo o processo <strong>de</strong>cisório por meio <strong>de</strong> informações, <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> açõesalternativas e <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s a serem tomadas pelo tomador <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.O apoio à <strong>de</strong>cisão resulta em mo<strong>de</strong>los computacionais, diminuindo as limitaçõesnaturais do tomador <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, por meio <strong>de</strong> processamento e avaliação <strong>de</strong> informações comestratégias <strong>de</strong>senvolvidas no processo <strong>de</strong>cisório.A palavra <strong>de</strong>cisão, conforme Gomes (2002), significa ”parar <strong>de</strong> cortar” ou “<strong>de</strong>ixar fluir”.Uma <strong>de</strong>cisão precisa ser tomada sempre que se está diante <strong>de</strong> um problema que possui maisque uma alternativa para sua solução. Concentrar-se no problema <strong>de</strong> maneira corretapossibilita direcionar a<strong>de</strong>quadamente todo o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Conforme Audy (2005), as organizações po<strong>de</strong>m ser divididas em três níveis:- nível operacional: processo que assegura as ativida<strong>de</strong>s operacionais para se tornarem<strong>de</strong>senvolvidas, utilizando procedimentos preestabelecidos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões;- nível tático: <strong>de</strong>cisões utilizadas para <strong>de</strong>cidir sobre as operações <strong>de</strong> controle que serãoaplicadas por parte do pessoal <strong>de</strong> operação e recursos, compondo sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisãoe sistemas <strong>de</strong> informação gerencial;- nível estratégico: <strong>de</strong>senvolve estratégias para que a organização seja capaz <strong>de</strong> atingirseus objetivos, compondo sistemas <strong>de</strong> informação executiva.No momento <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, o tomador <strong>de</strong>fine o processo <strong>de</strong> análise e escolha entre asalternativas, existindo elementos comuns à <strong>de</strong>cisão, como:- tomador <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão: é quem faz uma escolha entre as várias alternativas;- objetivos: resultados que o tomador <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão preten<strong>de</strong> alcançar com suas ações;- preferências: critérios que o tomador usa para fazer a escolha da melhor alternativa;- estratégias: caminho que o tomador escolhe para melhor alcançar os objetivos;- situação: aspectos ambientais que envolvem o tomador <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;- resultado: conseqüência da estratégia utilizada.


22Sobretudo, o conhecimento é <strong>de</strong> extrema importância na <strong>de</strong>cisão a ser efetuada.Segundo Rosini (2003), o conhecimento é adquirido por meio do processo <strong>de</strong> comunicaçãoexistente no ambiente <strong>de</strong> solução. Assim, informações úteis geram sabedoria, a qual éconstruída através <strong>de</strong> experiências e vivências.No processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, a resolução <strong>de</strong> problemas é uma ativida<strong>de</strong> crítica<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> qualquer organização. Em Stair (2006), encontra-se um mo<strong>de</strong>lo que divi<strong>de</strong> a fase da<strong>de</strong>cisão do processo <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemas em três estágios: informação, projeto eescolha. Este mo<strong>de</strong>lo foi incorporado por George Hubner, conforme <strong>de</strong>scrito em Stair (2006),e transformado em um mo<strong>de</strong>lo que abrange todo o processo <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemas. Afigura 1 apresenta o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>senvolvido.InformaçãoTomada<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãoProjetoEscolhaImplementaçãoResolução<strong>de</strong> problemasMonitoramentoFigura 1 – Processo <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemasFonte: Stair, 2006, p.370Os estágios do processo <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong> problemas são <strong>de</strong>finidos como:- estágio <strong>de</strong> informação: i<strong>de</strong>ntificação e <strong>de</strong>finição dos problemas e oportunida<strong>de</strong>sexistentes. Também são i<strong>de</strong>ntificadas as informações relativas às causas e ao escopo doproblema, bem como restrições ao ambiente e aos recursos envolvidos;- estágio <strong>de</strong> projeto: <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> soluções alternativas para o problema eavaliação <strong>de</strong> viabilida<strong>de</strong>;


23- estágio <strong>de</strong> escolha: seleção da ação (alternativa) a ser executada, on<strong>de</strong> diversos fatorespo<strong>de</strong>m influenciar nesta fase;- estágio <strong>de</strong> implementação: a solução escolhida é posta em prática, sendo que esta faseesta incluída na resolução <strong>de</strong> problemas que vai além da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;- estágio <strong>de</strong> monitoramento: os tomadores <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão avaliam a implementação paraverificar se os resultados foram alcançados e se é necessário realizar alguma modificação pormeio das novas informações coletadas.O processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão está fortemente ligado ao conhecimento utilizado naestratégia <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Desta forma, a inteligência artificial, a qual enfatiza o uso <strong>de</strong>conhecimento humano em sistemas computacionais, oferece técnicas para que sejam<strong>de</strong>senvolvidos sistemas <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, baseados em conhecimento.1.2 Estrutura <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisãoOs SAD (Sistemas <strong>de</strong> Apoio à Decisão) ou DSS (Decision Support Systems) sãosistemas computacionais interativos, que preten<strong>de</strong>m facilitar o processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão,por meio <strong>de</strong>:- grau <strong>de</strong> incerteza, em relação às características do problema;- complexida<strong>de</strong> (do problema a resolver);- existência <strong>de</strong> múltiplos objetivos;- diferentes perspectivas (<strong>de</strong> resolução).O ciclo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, segundo Coelho (1995), atravessa quatro fases: inteligência(procurar as condições que exigem <strong>de</strong>cisões), procura (<strong>de</strong>senvolver possíveis ações,compreen<strong>de</strong>r o problema, gerar e testar soluções <strong>de</strong> acordo com a aplicação), escolha (fazeruma escolha e executar) e revisão (avaliar as escolhas).A figura 2 apresenta o ciclo <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, com três fasessugeridas: inteligência, projeto e escolha.


24Realida<strong>de</strong>SimplificaçãoSuposiçãoFase: InteligênciaOrganiza objetivos.Explora procedimentos.Coleta dados.I<strong>de</strong>ntifica o problema.Classifica o problema.Declara o problema.Valida<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo.Fase: ProjetoFormula o mo<strong>de</strong>lo.Estabelece o critério <strong>de</strong>escolha.Procura alternativas.Prediz o resultado.SUCESSOVerifica, testando parapropor solução.Fase: EscolhaSolução para o mo<strong>de</strong>lo.Sensível análise.Seleciona a melhoralternativa.Planeja a implementação.Projeta e controla osistema.Implementa paraobter solução.FALHAFigura 2 – Processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Fonte: Turban, 1995, p.46A fase da inteligência é a que coleta dados e <strong>de</strong>fine o problema, através da realida<strong>de</strong>, jáa fase <strong>de</strong> projeto escolhe alternativas e a fase <strong>de</strong> escolha seleciona a melhor alternativa,planejando a implementação. Todas as fases estão interligadas, passando por falha e sucessono <strong>de</strong>correr do processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.A necessida<strong>de</strong> dos SAD surgiu na década <strong>de</strong> 70, em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> diversos fatores,conforme Falsarella (2003):- competição cada vez maior entre as organizações;- necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informações rápidas para auxiliar no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;


25- disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tecnologias <strong>de</strong> hardware e software para armazenar e buscarrapidamente as informações;- possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> armazenar o conhecimento e as experiências <strong>de</strong> especialistas em bases<strong>de</strong> conhecimento;- necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistemas computacionais para apoiar o processo <strong>de</strong> planejamentoestratégico empresarial.Esses fatores contribuíram para que as organizações começassem a <strong>de</strong>senvolver SI(sistemas <strong>de</strong> informações), a fim <strong>de</strong> auxiliar no processo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.A figura 3 apresenta as características e capacida<strong>de</strong>s do SAD (Sistema <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão), segundo Turban (1995).14) Conhecimento.1) Estrutura da<strong>de</strong>cisão.2) Direção dosdiferentes níveis.13) Mo<strong>de</strong>lo.3) Para grupo eindividual12) Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>construção.11) Evoluir.SAD4) Seqüência <strong>de</strong><strong>de</strong>cisões.5) Apoio inteligente,projeto e escolha.10) Humano controlaa máquina.6) Apoio a várias<strong>de</strong>cisões eprocessos.9) Eficaz, nãoeficiente.7) Adaptável eFlexível.8) Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>utilizar.Figura 3 – Características <strong>de</strong> um SADFonte: Turban,1995, p.85


26Um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão possui catorze características e capacida<strong>de</strong>s que oi<strong>de</strong>ntificam na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, sendo utilizadas nos resultados adquiridos que levarão àsolução do problema.A seguir, <strong>de</strong>screvem-se as características e capacida<strong>de</strong>s do SAD.1) Estrutura da <strong>de</strong>cisão: Sustenta o apoio à <strong>de</strong>cisão, estruturando a situação por meioda comunicação homem-máquina.2) Direção dos diferentes níveis: Apóia os vários níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, executando a linha<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão mais apropriada.3) Para grupo e individual: Apóia o indivíduo, bem como o grupo. O menor problemafreqüentemente precisa <strong>de</strong> envolvimento <strong>de</strong> várias pessoas, diferentes <strong>de</strong>partamentos e níveisorganizacionais.4) Seqüência <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões: Apoio para suprir várias seqüências <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.5) Apoio inteligente, projeto e escolha: Apóia muitas fases no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão,como inteligência, projeto e escolha.6) Apoio a várias <strong>de</strong>cisões e processos: Possui o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> apoiar uma varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><strong>de</strong>cisões nos processos e estilos.7) Adaptável e flexível: Adapta-se ao tempo. A <strong>de</strong>cisão é capaz <strong>de</strong> mudar, é flexível,po<strong>de</strong>ndo suprir, acrescentar e associar elementos.8) Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> utilizar: SAD é fácil <strong>de</strong> utilizar, possui flexibilida<strong>de</strong>, proporciona umainterface eficaz entre homem e máquina.9) Eficaz, não eficiente: Tenta improvisar a eficiência na <strong>de</strong>cisão, melhorando aqualida<strong>de</strong>.10) Humano controla a máquina: A <strong>de</strong>cisão tem controle sobre os passos realizados aoresolver o problema.11) Evoluir: Conduz para saber qual a <strong>de</strong>manda do sistema e a continuida<strong>de</strong> doprocesso.12) Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> construção: O usuário é capaz <strong>de</strong> construir um simples sistema.13) Mo<strong>de</strong>lo: Usualmente utiliza mo<strong>de</strong>los analisando a situação da <strong>de</strong>cisão,possibilitando estratégias em diferentes configurações.14) Conhecimento: Avanço para preparar os componentes do conhecimento,possibilitando uma eficaz solução a vários problemas.


27Conforme Turban (1995) e Sprague (1991), um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão possui váriosbenefícios, os quais são i<strong>de</strong>ntificados a seguir:- capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apoio à solução para um problema complexo;- resposta rápida a inesperadas situações, mudando as condições;- aumento do número <strong>de</strong> alternativas examinadas;- possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realização <strong>de</strong> análises;- melhor comunicação e controle;- economia <strong>de</strong> custos e melhores <strong>de</strong>cisões;- várias estratégias objetivando diferentes configurações;- facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação;- improvisa o controle nas organizações;- aperfeiçoa a eficiência através dos objetivos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;- trabalho em equipe mais eficaz;- economia <strong>de</strong> tempo no melhor uso dos dados.Inicialmente, os SAD foram articulados na década <strong>de</strong> 70, por Michael S. Scott Morton,segundo Sprague (1991), sob o termo “sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão”. Alguns pesquisadorescomeçaram a pesquisa sobre estes sistemas caracterizando-os como sistemas computacionais,que ajudam na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão a utilizar os dados e mo<strong>de</strong>los para resolver problemas nãoestruturados.Para que um SAD possa apoiar à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, é necessário que a empresaplaneje e organize tanto os recursos humanos quanto os computacionais, cujo planejamento eorganização são a chave para o sucesso.Realizados o planejamento e a organização, um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão po<strong>de</strong> ser<strong>de</strong>senvolvido e colocado em uso. Conseqüentemente, surge a recompensa que o sistema sejacapaz <strong>de</strong> dar apoio em todas as fases do processo <strong>de</strong>cisório e melhorar a eficiência doresponsável pela tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões.Os sistemas <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão são sistemas <strong>de</strong> informação, dotados <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>mo<strong>de</strong>lagem científica, ferramentas <strong>de</strong> manipulação e <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> dados, configurados paraaten<strong>de</strong>r processos <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre problemas gran<strong>de</strong>s e mal ou semi-estruturados.


28Seus objetivos gerais são melhorar a eficácia (ou qualida<strong>de</strong>) da <strong>de</strong>cisão e eficiência doprocesso <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão no nível <strong>de</strong> planejamento e gerência (Neto, 2000).Um dos objetivos <strong>de</strong> um SAD é ajudar a melhorar a eficácia e a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>gerentes e profissionais, servindo como suporte para o julgamento, mas não o substituem, poisnão autorizam o processo <strong>de</strong>cisório. Tal sistema po<strong>de</strong> ser visto como um assistente, ao qual ogerente <strong>de</strong>lega as ativida<strong>de</strong>s envolvendo recuperação, análise <strong>de</strong> informações e geração <strong>de</strong>relatórios. Assim, permite um alto grau <strong>de</strong> interação homem-computador, capacitando ogerente-usuário a manter o controle sobre as ativida<strong>de</strong>s computacionais e os seus resultados(Sprague, 1991).Segundo Coelho (1995), Herbert Simon <strong>de</strong>finiu a <strong>de</strong>cisão como sendo uma funçãocomplexa capaz <strong>de</strong> ligar situações, obter conclusões possíveis com ações realizadas, existindoalgumas semelhanças na escolha da <strong>de</strong>cisão e na resolução do problema.Uma boa <strong>de</strong>cisão po<strong>de</strong> não garantir um bom resultado quando as <strong>de</strong>cisões reais possuemum processo incerto. Assim, uma <strong>de</strong>cisão é uma aposta que irá <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r dos processosexecutados para verificar se os resultados foram satisfatórios ou não.1.3 Consi<strong>de</strong>raçõesAtualmente, as empresas po<strong>de</strong>m se beneficiar da utilização <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão, que cada vez mais são <strong>de</strong>senvolvidos para auxiliar ativida<strong>de</strong>s diversas, relacionadas atarefas <strong>de</strong> gerência, administração e execução <strong>de</strong> ações.Um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão é um sistema computacional, que traz vantagens para asorganizações, se mo<strong>de</strong>lados corretamente, em relação às informações reais, já que seuobjetivo principal é melhorar o <strong>de</strong>sempenho das tarefas por meio da escolha da <strong>de</strong>cisão maisa<strong>de</strong>quada para a situação corrente.O conhecimento, baseado em experiências, po<strong>de</strong> ser um auxílio na construção dos SAD.Assim, o próximo capítulo enfatiza os SAD <strong>de</strong>senvolvidos como sistemas baseados emconhecimento.


2 SISTEMAS BASEADOS EM CONHECIMENTO“Não se po<strong>de</strong> ensinar tudo a alguém, po<strong>de</strong>-seapenas ajudá-lo a encontrar por si mesmo”.(Galileu Galilei)Neste capítulo são apresentados os sistemas baseados em conhecimento, que utilizam oconhecimento advindo das experiências <strong>de</strong> especialistas humanos.Conforme Rezen<strong>de</strong> (2003), a busca da transferência dos processos para o computadorconstitui um campo <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong>finido por inteligência artificial, com a proposta <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolver sistemas inteligentes capazes <strong>de</strong> simular o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão do ser humano,por meio do conhecimento.A inteligência artificial, por meio <strong>de</strong> suas técnicas, capacita o computador a executarfunções que são <strong>de</strong>sempenhadas, pelo ser humano, com uso <strong>de</strong> conhecimento e raciocínio.Um método para resolução <strong>de</strong> problemas constitui uma classe <strong>de</strong> conhecimento sobrecomo resolver o problema. Para isso, são utilizadas heurísticas que <strong>de</strong>finem como oconhecimento po<strong>de</strong> ser utilizado para reduzir o esforço <strong>de</strong> busca por soluções. A qualida<strong>de</strong>das heurísticas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da experiência das pessoas na resolução <strong>de</strong> problemas, integrado coma estratégia <strong>de</strong> raciocínio, constituindo os sistemas baseados em conhecimento.Os Sistemas Baseados em Conhecimento (SBC) são capazes <strong>de</strong> resolver problemasusando conhecimento específico sobre o domínio da aplicação. Os sistemas especialistas sãosistemas baseados em conhecimento que resolvem problemas solucionados por umespecialista humano, pois necessitam do conhecimento sobre a habilida<strong>de</strong>, a experiência e asheurísticas usadas pelo especialista (REZENDE, 2003).Os SBC, segundo Rezen<strong>de</strong> (2003), <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong>:- questionar o usuário por meio <strong>de</strong> uma linguagem simples para que seja possível reuniras informações que necessita;


31- <strong>de</strong>senvolver uma linha <strong>de</strong> raciocínio a partir das informações recebidas para obtersoluções satisfatórias;- explicar o raciocínio, caso o usuário venha a questioná-lo, apresentando-o <strong>de</strong> formacompreensível;- conviver com erros como um especialista humano, porém <strong>de</strong>ve possuir <strong>de</strong>sempenhosatisfatório para compensar seus possíveis enganos.Um processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Sistema Baseado em Conhecimento (SBC) po<strong>de</strong>ser visto na figura 4 (Rezen<strong>de</strong>, 2003).1. Planejamento do SBCI<strong>de</strong>ntificarO domínioSelecionar aEquipe <strong>de</strong>DesenvolvimentoSelecionar aFerramenta para oDesenvolvimento2. Aquisição <strong>de</strong> ConhecimentoI<strong>de</strong>ntificação Conceituação Formalização3. Implementação do SBCRepresentar oconhecimentona ferramentaImplementar ainterface do SBCGerardocumentos doSBC4. Verificação e Refinamento do SBCValidação eVerificação doSBCRefinamentodo SBCFigura 4 – Processo <strong>de</strong> um sistema baseado em conhecimento.Fonte: Rezen<strong>de</strong>, 2003, pg. 43Na próxima seção, <strong>de</strong>screve-se os sistemas especialistas, que são uma categoria <strong>de</strong>sistemas baseados em conhecimento, com seus componentes e as técnicas <strong>de</strong> aquisição erepresentação do conhecimento.


322.1 Sistemas especialistasA seguir, apresenta-se o conceito <strong>de</strong> Sistemas Especialistas, segundo alguns autores:- são sistemas baseados em conhecimento que se utilizam <strong>de</strong>ste conhecimento pararesolver problemas em <strong>de</strong>terminado domínio, como fazem os especialistas humanos(WEBER, 1993);- SEs computadorizados têm sido <strong>de</strong>senvolvidos para diagnosticar problemas, preverfuturos eventos e resolver problemas permitindo ao usuário o <strong>de</strong>sempenho similar ao <strong>de</strong> umespecialista do campo científico (STAIR, 2006);- são sistemas baseados em conhecimento que resolvem problemas resolvidos por umespecialista humano, os quais requerem conhecimento sobre a habilida<strong>de</strong>, a experiência e asheurísticas usadas pelo especialista humano (REZENDE, 2003);- SE é aquele que é projetado e <strong>de</strong>senvolvido para aten<strong>de</strong>r a uma aplicação <strong>de</strong>terminadae limitada do conhecimento humano, sendo capaz <strong>de</strong> emitir uma <strong>de</strong>cisão a partir <strong>de</strong> uma base<strong>de</strong> informações (FERRARI, 2005).- sistemas especialistas são sistemas computacionais que resolvem problemas <strong>de</strong>maneira bastante parecida com o especialista humano, com conhecimento amplo e objetivo <strong>de</strong>simplificar a busca da resposta (RABUSKE, 1995);- sistemas especialistas baseados em conhecimento é a combinação do computador eprogramas que usam o conhecimento e procedimentos <strong>de</strong> inferência para resolver problemas,necessitando da intervenção <strong>de</strong> seres humanos com conhecimento especializado na área doproblema (HOLTZ, 1991);- são sistemas <strong>de</strong> informação que resolvem problemas, capturando conhecimento <strong>de</strong>funcionários habilitados sob a forma <strong>de</strong> regras, o qual complementa a memória organizacionala tomar <strong>de</strong>cisões (LAUDON, 2004).- sistemas especialistas são projetados e <strong>de</strong>senvolvidos para aten<strong>de</strong>rem a uma aplicação<strong>de</strong>terminada e limitada do conhecimento humano. São capazes <strong>de</strong> emitir uma <strong>de</strong>cisão,apoiados em conhecimento justificado, a partir <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong> dados, tal qual um especialista<strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada área do conhecimento humano (TROJAN, 2006).- são programas computacionais que utilizam argumentação simbólica especializadapara resolver problemas difíceis (SPRAGUE, 1991).


33Conforme Stair (2006), um sistema especialista é composto por um conjunto <strong>de</strong>componentes: base <strong>de</strong> conhecimento, máquina <strong>de</strong> inferência, recursos para aquisição <strong>de</strong>conhecimento e interface com o usuário. Os componentes interagem entre si paraproporcionar o conhecimento, como observa-se na figura 5.RecursosparaexplicaçõesMáquina <strong>de</strong>inferênciaBase <strong>de</strong>conhecimentoRecursos paraaquisição <strong>de</strong>conhecimentoInterfacecom ousuárioEspecialistashumanosUsuárioFigura 5 – Componentes <strong>de</strong> um sistema especialistaFonte: Stair, 2006, pg. 429Base <strong>de</strong> conhecimentoA base <strong>de</strong> conhecimento armazena o conteúdo mo<strong>de</strong>lado do domínio que, neste caso,refere-se às informações <strong>de</strong> cada produto, incluindo conhecimento <strong>de</strong> experiências recentes.(STAIR, 2006).Conforme Ferrari (2005), a base <strong>de</strong> conhecimento é o conjunto <strong>de</strong> conhecimentos arespeito do domínio do problema que será utilizado nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, formalizada pormeio <strong>de</strong> fatos e regras, ou outro tipo <strong>de</strong> representação, como lógica matemática, re<strong>de</strong>ssemânticas ou frames.


34Máquina <strong>de</strong> inferênciaO objetivo da máquina <strong>de</strong> inferência, conforme Stair (2006), é buscar informações erelacionamentos na base <strong>de</strong> conhecimento e oferecer respostas e sugestões da maneira comofaria o especialista humano.O motor <strong>de</strong> inferência <strong>de</strong>termina a or<strong>de</strong>m com que serão processadas as informações, afim <strong>de</strong> resolver o problema e chegar a conclusões. Determina que conhecimento <strong>de</strong>ve serutilizado a cada momento da execução do sistema. A <strong>de</strong>cisão a ser tomada pelo processo <strong>de</strong>inferência também é conseqüência da aquisição <strong>de</strong> conhecimento (TROJAN, 2006).Existem duas formas da máquina <strong>de</strong> inferência efetuar suas tarefas:- enca<strong>de</strong>amento para trás ou backward chaining: o processo <strong>de</strong> inferência inicia pelasconclusões e segue para trás, provando os fatos;- enca<strong>de</strong>amento para frente ou forward chaining: é o processo <strong>de</strong> iniciar pelos fatos eseguir para frente, em direção às conclusões.Para Nascimento (2001), no enca<strong>de</strong>amento para frente a estratégia para pesquisar a base<strong>de</strong> regras <strong>de</strong> um sistema especialista começa com a informação entrada pelo usuário, queprocura chegar a alguma conclusão. Cada condição aciona a parte ”SE” <strong>de</strong> uma regra, gerandonovas condições. Já no enca<strong>de</strong>amento para trás começa com uma hipótese e proce<strong>de</strong>perguntando ao usuário questões sobre os fatos selecionados, até que a hipótese sejaconfirmada ou negada. Age como um solucionador <strong>de</strong> problemas por iniciar com umahipótese e procurar mais informações até que a hipótese seja aprovada ou reprovada.O objetivo da ferramenta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas especialistas Expert SINTA ésimplificar ao máximo as etapas <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> um SE completo. Para tanto, já oferece umamáquina <strong>de</strong> inferência básica, fundamentada no enca<strong>de</strong>amento para trás (backward chaining).Recursos para aquisição <strong>de</strong> conhecimentoA aquisição do conhecimento refere-se ao processo <strong>de</strong> extração do conhecimento doespecialista humano em um domínio específico. O conhecimento po<strong>de</strong> ser factual (advindo <strong>de</strong>livros, revistas, artigos e outros) e heurístico (advindo das experiências dos especialistas


35humanos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s). O método mais comum utilizado nesteprocesso é a entrevista.Interface com o usuárioA interface com o usuário é o seu meio <strong>de</strong> comunicação com o sistema especialista. Ousuário entra com os dados e recebe as respostas fornecidas pelo sistema, em relação a umatomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Alguns SEs contêm mecanismos <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> conhecimento em tempo real, quepermitem que o usuário “converse” com o sistema. Outros, permitem ao usuário acrescentarcomentários durante a execução do sistema, para esclarecer dúvidas (WEBER, 1993).No <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema especialista, o usuário é o alvo e a interface <strong>de</strong>veapresentar opções para esclarecer dúvidas, justificar suas perguntas e resultados (TROJAN,2006).2.1.1 Características e recursos dos sistemas especialistasOs sistemas especialistas possuem características como (Stair, 2006):- explicar o raciocínio: possuem capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explicar como e por que uma <strong>de</strong>cisão foiatingida;- apresentar comportamento inteligente: propor novas idéias para resolução <strong>de</strong>problemas;- extrair conclusões <strong>de</strong> relacionamentos complexos: avaliar relacionamentos complexospara atingir conclusões e resolver problemas;- oferecer conhecimento comportável: po<strong>de</strong>m ser usados para capturar o conhecimentohumano que po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong> outra maneira ser perdido;- capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lidar com incertezas: capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lidar com conhecimentoincompleto ou impreciso, usando probabilida<strong>de</strong>s, estatísticas e heurísticas.


36Dois processos importantes envolvidos no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema especialistabaseado em conhecimento são: aquisição e representação do conhecimento. Estes processosserão <strong>de</strong>scritos nas próximas seções.2.2 Aquisição do conhecimentoA aquisição do conhecimento é um processo <strong>de</strong> interação entre o agente humano,responsável por construir o sistema baseado em conhecimento (engenheiro do conhecimento)e a fonte humana <strong>de</strong> conhecimento (o especialista). Assim, o engenheiro do conhecimento temo papel <strong>de</strong> traduzir o conhecimento do especialista para uma base <strong>de</strong> conhecimento.Esta fase é consi<strong>de</strong>rada a mais complexa da montagem da base <strong>de</strong> conhecimento, portratar-se da interação entre o engenheiro do conhecimento e o especialista humano dodomínio.A tarefa <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> conhecimento é o processo <strong>de</strong> captar o raciocínio doespecialista para saber como ele resolve o problema e transferi-lo para um sistemacomputacional, capaz <strong>de</strong> tomar <strong>de</strong>cisões. Para isso, é fundamental que se compreenda oprocesso <strong>de</strong> raciocínio do especialista como um todo, para <strong>de</strong>pois mo<strong>de</strong>lar a base <strong>de</strong>conhecimento. Uma das tarefas mais difíceis do engenheiro do conhecimento é exatamentecaptar do especialista humano a estrutura do domínio do conhecimento. O engenheiro doconhecimento <strong>de</strong>ve ter uma visão clara do universo <strong>de</strong> conhecimento que ele irá extrair doespecialista (Weber, 1993).O processo <strong>de</strong> aquisição do conhecimento possui cinco fases (Rezen<strong>de</strong>, 2003):- i<strong>de</strong>ntificação: o engenheiro do conhecimento realiza levantamento bibliográfico eentrevistas, adquirindo dados necessários para enten<strong>de</strong>r o problema em estudo;- conceituação: o engenheiro do conhecimento realiza entrevistas estruturadas por meio<strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> perguntas, coletando dados a serem mo<strong>de</strong>lados e observando o especialistaem seu ambiente <strong>de</strong> trabalho. Também, verifica os conceitos importantes do problema,<strong>de</strong>terminando se existe ou não relevância nas informações coletadas;


37- formalização: é a fase em que o engenheiro do conhecimento realiza a mo<strong>de</strong>lagemcomputacional do problema, escolhendo a forma que melhor se adapte para representar oconhecimento e escolhe a linguagem <strong>de</strong> representação que utilizará para mo<strong>de</strong>lar o sistema;- implementação: <strong>de</strong>senvolvimento do sistema e sua implantação no ambiente real;- teste: após construir o sistema baseado em conhecimento, verifica-se através <strong>de</strong> testesa valida<strong>de</strong> do processo, on<strong>de</strong> o engenheiro do conhecimento se encarrega <strong>de</strong> avaliar junto como especialista o <strong>de</strong>sempenho do sistema.A aquisição do conhecimento é um processo diferente, não sendo somente atransferência <strong>de</strong> conhecimento existente em um dado formalismo, mas a mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> umdomínio. O especialista humano tem que ser encorajado a <strong>de</strong>screver seu conhecimento daforma mais natural para ele. O engenheiro do conhecimento <strong>de</strong>ve resistir à tentação <strong>de</strong>antecipar a representação do conhecimento (Kist, 1998).Conforme Kist (1998), o processo <strong>de</strong> aquisição do conhecimento po<strong>de</strong> ser feito pormeio <strong>de</strong> dois enfoques principais:- enfoque <strong>de</strong> transferência: consiste em visualizar a aquisição do conhecimento comoum processo <strong>de</strong> extração do conhecimento <strong>de</strong> um especialista humano;- enfoque <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem: visualiza o processo construtivo no qual o engenheiro doconhecimento <strong>de</strong>sempenha um papel fundamental na reconstrução racional do domínio.As técnicas <strong>de</strong> aquisição do conhecimento contribuem para estabelecer a interação entreo especialista humano e aquele que <strong>de</strong>senvolve o sistema especialista.1998).As técnicas <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> conhecimento classificam-se como ilustra a figura 6 (KIST,


38Aquisição do conhecimentoMétodosManuaisMétodosInterativosMétodosAutomáticosFigura 6 – Classificação das técnicas <strong>de</strong> aquisição do conhecimento.Fonte: Kist, 1998, p. 41Os métodos manuais divi<strong>de</strong>m-se em: entrevista, LIFA (geração <strong>de</strong> listas <strong>de</strong> fatos), HITE(hipóteses terminais), questionário, BRADA (brainstorming adaptado), análise <strong>de</strong> protocolo,FACSES (fatores críticos <strong>de</strong> sucesso), classificação por cartões, programaçãoneurolinguística, classificação por listas, matriz repertório e análise <strong>de</strong> tarefas e casos (KIST,1998).Os métodos interativos se <strong>de</strong>compõem em três conjuntos: classification framework(fornece suporte à análise e comparação <strong>de</strong> ferramentas), estratégias <strong>de</strong> pesquisa (relacionaproblema-método) e padrões em ferramentas semi-estruturadas (ferramentas <strong>de</strong> aquisição doconhecimento para diagnosticar problemas).Os métodos automáticos relacionam-se a máquinas <strong>de</strong> aprendizagem, as quais permitemuma aquisição <strong>de</strong> conhecimento automática, como, por exemplo, realizar a aquisição <strong>de</strong>conhecimento sobre um domínio específico por meio <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong> informações já existentee mo<strong>de</strong>lada.Após ser realizada a aquisição do conhecimento, a qual <strong>de</strong>ve estar bem fundamentada,então utilizam-se formalismos para a representação <strong>de</strong>ste conhecimento.


392.3 Representação do conhecimentoA representação do conhecimento é uma forma <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem do conhecimentohumano para o conhecimento armazenado em uma máquina, para que exista compreensão dasituação existente, a fim <strong>de</strong> construir um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão.Segundo Rezen<strong>de</strong> (2003), é uma forma sistemática <strong>de</strong> estruturar e codificar o que sesabe sobre uma <strong>de</strong>terminada aplicação, <strong>de</strong>vendo apresentar as seguintes características:- ser compreensível ao ser humano <strong>de</strong>vendo permitir a sua interpretação;- abstrair-se dos <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> como funciona internamente o processador <strong>de</strong>conhecimento (máquina <strong>de</strong> inferência) que a interpretará;- permitir sua utilização mesmo que não abor<strong>de</strong> todas as situações possíveis.A representação do conhecimento é a forma <strong>de</strong> representar o conhecimento adquirido doespecialista humano sendo capaz <strong>de</strong> reproduzir fatos. Algumas formas <strong>de</strong> representação doconhecimento são: regras <strong>de</strong> produção, re<strong>de</strong>s semânticas, frames, lógica <strong>de</strong> predicados, asquais estão <strong>de</strong>scritas nas próximas seções.2.3.1 Regras <strong>de</strong> produçãoUma regra é um conjunto <strong>de</strong> condições e ações ou resultados, que incorpora oconhecimento heurístico extraído da etapa <strong>de</strong> aquisição do conhecimento.As regras <strong>de</strong> produção possuem algumas vantagens, segundo Rabuske (1995):- modularida<strong>de</strong>: as regras são peças in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes on<strong>de</strong> novas regras po<strong>de</strong>m seracrescentadas ao conjunto já existente;- naturalida<strong>de</strong>: consi<strong>de</strong>ra-se a regra uma forma natural <strong>de</strong> pensar a solução <strong>de</strong>problemas;- uniformida<strong>de</strong>: as regras são escritas seguindo o mesmo padrão (Se Então). Esta forma <strong>de</strong> representação permite que pessoas não familiarizadas com o sistematambém possam analisar seu conhecimento.


40Como <strong>de</strong>svantagens, po<strong>de</strong>-se citar:- opacida<strong>de</strong>: característica resultante da modularida<strong>de</strong> e da uniformida<strong>de</strong>, fazendo comque seja difícil verificar os possíveis fluxos <strong>de</strong> processamento.- ineficiência: resulta do número <strong>de</strong> regras a combinar, necessário ao suporte <strong>de</strong>execução, e também do esforço <strong>de</strong> verificação das regras que se aplicam ao estado doproblema.As regras <strong>de</strong> produção são estruturadas do tipo:SE ENTÃO ou A parte SE é uma lista <strong>de</strong> condições a serem satisfeitas, e a parte ENTÃO é uma lista<strong>de</strong> conclusões a serem executadas.Cada regra possui:- conectivo: elementos utilizados na lógica clássica - NÃO, E, OU. Sua função é unirsentenças referentes às condições e ações das regras;- atributo: variável capaz <strong>de</strong> assumir uma ou múltiplas instanciações no <strong>de</strong>correr daconsulta à base <strong>de</strong> conhecimento;- operador: elo <strong>de</strong> ligação entre o atributo e o valor da premissa que <strong>de</strong>fine o tipo <strong>de</strong>comparação a ser realizada. São operadores relacionais: =, >,


41Regra simples:SE eu estiver com febre,ENTÃO eu ficarei <strong>de</strong> repouso.Regra composta:SE a criança está com febre E está com tosse,ENTÃO é gripe OU é resfriado.Figura 7 – Exemplo <strong>de</strong> regra simples e compostaFonte: Notas <strong>de</strong> aula2.3.2 Re<strong>de</strong>s semânticasUma re<strong>de</strong> semântica, conforme Rich (1993), é um grafo rotulado e direcionado formadopor um conjunto <strong>de</strong> nós, que representam os objetos (indivíduos, coisas, conceitos, situaçõesem um domínio) e por um conjunto <strong>de</strong> arcos, que representam as relações entre os objetos.Um arco é rotulado com o nome da relação que ele representa.As re<strong>de</strong>s semânticas possuem auxílio gráfico para visualização <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong>conhecimento e são capazes <strong>de</strong> representar objetos individuais, categorias <strong>de</strong> objetos erelações entre objetos (RUSSELL, 2004).As re<strong>de</strong>s semânticas são bem aceitas <strong>de</strong>vido à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> visualização gráfica, noentanto, há poucas linguagens <strong>de</strong> representação disponíveis. Um exemplo po<strong>de</strong> ser visualizadona figura 8.


42Figura 8 - Exemplo <strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> semânticaFonte: Notas <strong>de</strong> aulaNa figura 8, as partes que representam a re<strong>de</strong> semântica são:- nodos: meios <strong>de</strong> transporte, transporte aéreo, transporte terrestre, avião, helicóptero,ônibus, táxi, caminhão e boeing 747;- atributos: custo, lotação, velocida<strong>de</strong>, transporte, parte <strong>de</strong> e número <strong>de</strong> rodas;- valores: alto, gran<strong>de</strong>, alta, média, pequena, 4, carga, rodas, baixo e passageiros.Esta re<strong>de</strong> semântica para meios <strong>de</strong> transporte po<strong>de</strong> ser escrita na forma <strong>de</strong> sentenças,como: avião é um transporte aéreo, táxi é um transporte terrestre, ônibus é transporte terrestre,helicóptero é transporte aéreo, Boeing 747 é um avião, a velocida<strong>de</strong> do helicóptero é média, onúmero <strong>de</strong> rodas do táxi é 4, o custo do transporte terrestre é baixo, a lotação do avião égran<strong>de</strong> e que o transporte do caminhão é carga.2.3.3 FramesO frame possui um nome que i<strong>de</strong>ntifica o conceito por ele <strong>de</strong>finido e consiste <strong>de</strong> umconjunto <strong>de</strong> atributos, chamados slots. É uma estrutura <strong>de</strong> dados complexa que mo<strong>de</strong>la objetosdo mundo real.


43A hierarquia <strong>de</strong> frames <strong>de</strong>nota herança <strong>de</strong> atributos, na qual as proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> umframe são herdadas pelos frames <strong>de</strong>finidos como do mesmo tipo. Por exemplo, se um frameanimal carnívoro é <strong>de</strong>finido como do tipo frame mamífero, significa que animal carnívoroherda todas as características mo<strong>de</strong>ladas para mamífero.A figura 9 mostra um exemplo <strong>de</strong> frame.Frame CARNÍVOROé_um : mamíferohabitat : [savana, floresta, <strong>de</strong>serto, doméstico]número <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes : [20 a 100]recobrimento : [couro, pêlos, pele]número <strong>de</strong> patas : 4locomoção : caminharFigura 9 – Exemplo <strong>de</strong> frameFonte: Notas <strong>de</strong> aulaNa figura 9, o nome do frame é carnívoro e os atributos (slots) são habitat; número <strong>de</strong><strong>de</strong>ntes; recobrimento; número <strong>de</strong> patas e locomoção. Um exemplo <strong>de</strong> valor é caminhar para oatributo locomoção.2.3.4 Lógica <strong>de</strong> predicadosA representação lógica inclui a lógica matemática, que possui várias regras <strong>de</strong> <strong>de</strong>dução,o qual se refere ao comportamento <strong>de</strong> qualquer programa <strong>de</strong> computador que realizainferências a partir das leis da lógica. (Rezen<strong>de</strong>, 2003).A lógica <strong>de</strong> predicados possui:- um conjunto <strong>de</strong> sentenças <strong>de</strong>clarativas a respeito <strong>de</strong> objetos em si, os predicados;


44- a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> inferência com as quais se po<strong>de</strong>, a partir <strong>de</strong>fatos conhecidos, <strong>de</strong>duzir outros fatos que não estão explicitamente representados;- símbolos lógicos: implicação, negação, ambos, um dos dois ou ambos, existe e paratodos.Conforme Rabuske (1995), a lógica <strong>de</strong> predicados é também conhecida como <strong>de</strong>primeira or<strong>de</strong>m, a qual inicialmente era lógica <strong>de</strong> proposições se expandindo para a lógica <strong>de</strong>predicados.A figura 10 apresenta um exemplo <strong>de</strong> sentença na lógica <strong>de</strong> predicados.sentença: Todos amam Maria”lógica:∀ x , ama(x,Maria)sentença: Todas as aves têm asaslógica: ∀x, é_um(x,ave) → tem(x,asas)Figura 10 – Exemplo <strong>de</strong> lógica <strong>de</strong> predicados.Fonte: Notas <strong>de</strong> aula2.4 Consi<strong>de</strong>raçõesOs SE possuem um mecanismo <strong>de</strong> explanação das <strong>de</strong>cisões resultantes das consultasrealizadas pelos usuários. Isso representa um comportamento inteligente, já que é capaz <strong>de</strong>manipular as informações armazenadas, advindas do conhecimento do especialista humano.A solução <strong>de</strong> problemas, com a utilização <strong>de</strong> um SE, reforça e auxilia a <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>especialistas humanos.Para que o sistema possa ser <strong>de</strong>senvolvido com sucesso, é necessário que a aquisição doconhecimento esteja bem fundamentada, para que reflita as experiências reais dosespecialistas humanos.


3 APLICAÇÕES EM SISTEMAS DE APOIO À DECISÃO“Não há vento favorável para aquele que nãosabe aon<strong>de</strong> quer ir”.(Sêneca)Este capítulo apresenta a <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> algumas aplicações <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong>ntro do temaSistemas <strong>de</strong> Apoio à Decisão para problemas em empresas ou outras corporações que utilizamcomo mo<strong>de</strong>lo os sistemas especialistas. O objetivo é mostrar o estado da arte neste assunto eseus benefícios.3.1 Um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas CAPP para a indústria metal-mecânica(REZENDE, 1998).O trabalho refere-se a um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong> processos, (CAPP)responsável por obter a peça acabada, segundo as especificações do seu projeto. O estudo foirealizado em uma empresa do setor mecânico, fabricante <strong>de</strong> colheita<strong>de</strong>iras, planta<strong>de</strong>iras etratores.O planejamento é realizado por processistas, que são profissionais experientes, por seruma ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância na indústria, já que muitos produtos produzidos pelaempresa correspon<strong>de</strong>m a lotes com quantida<strong>de</strong>s menores que 50 unida<strong>de</strong>s e varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>peças elevada. O processo é efetuado freqüentemente, portanto o sistema CAPP foi<strong>de</strong>senvolvido e utilizado, a fim <strong>de</strong> acelerar o planejamento, reduzindo ou eliminando erros.O sistema CAPP utilizado é gerado a partir <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> produção construídas pelasinformações obtidas pelos processistas e pelo método <strong>de</strong> fabricação da indústria. Tal sistema écapaz <strong>de</strong> analisar o <strong>de</strong>senho da peça, selecionar a máquina e as ferramentas, i<strong>de</strong>ntificando ascaracterísticas <strong>de</strong> cada peça. Com o propósito <strong>de</strong> criar o <strong>de</strong>senho do projeto da peça, foiutilizado o sistema CAD 1 baseado em features, que é o conjunto <strong>de</strong> informações referentes à1 Computer Ai<strong>de</strong>d Design (<strong>de</strong>senho auxiliado por computador) – sistemas computacionais utilizados parafacilitar o projeto e <strong>de</strong>senhos técnicos.


46forma <strong>de</strong> cada peça. As informações são enviadas do CAD para o CAPP, <strong>de</strong>senvolvido com atecnologia <strong>de</strong> sistemas especialistas, baseados em regras <strong>de</strong> produção do tipoSeEntão.O funcionamento do sistema divi<strong>de</strong>-se em duas partes, <strong>de</strong>finição da peça e geração doplano <strong>de</strong> processos, <strong>de</strong>scritas a seguir:- <strong>de</strong>finição da peça: é utilizada a biblioteca <strong>de</strong> features do projeto existente que atenda atodas as famílias <strong>de</strong> peças com que se preten<strong>de</strong> trabalhar, sendo esta consi<strong>de</strong>rada a parte fixado sistema. As partes fixas do sistema CAPP que não necessitam ser alteradas <strong>de</strong> um sistemapara outro são: interface gráfica, biblioteca <strong>de</strong> features do projeto e motor <strong>de</strong> inferência;- geração do plano <strong>de</strong> processos para a peça: as <strong>de</strong>cisões a serem tomadas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>mdas condições do sistema <strong>de</strong> manufatura. Nesta fase, as partes são móveis e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m dascaracterísticas da célula <strong>de</strong> manufatura. As partes móveis a serem ajustadas a cada sistemasão: biblioteca <strong>de</strong> features <strong>de</strong> fabricação; mapeador <strong>de</strong> features do projeto em features <strong>de</strong>fabricação; base <strong>de</strong> conhecimento (possui a estratégia <strong>de</strong> usinagem); os bancos <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>máquinas, as ferramentas e os dispositivos <strong>de</strong> fixação.Visando <strong>de</strong>monstrar a viabilida<strong>de</strong> do mo<strong>de</strong>lo, o mesmo foi aplicado em uma empresa dosetor metálico a peças rotativas com operações <strong>de</strong> torneamento e furação, cujas peças dafamília em estudo possuem escalonamento em um único sentido (da direita para a esquerda).Este trabalho propôs um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> sistemas CAPP no qual aadaptação do sistema à realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada empresa pu<strong>de</strong>sse ser facilmente realizada. O mo<strong>de</strong>loproposto para o sistema permite que sejam realizadas alterações, já que possui uma partemóvel. Assim, a adaptação do sistema à realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada empresa fica garantida por meio dasua personalização.3.2 Sistema Especialista <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão em ventilação mecânica (ROSSO, 2002).


47O sistema especialista <strong>de</strong>senvolvido utiliza uma base <strong>de</strong> conhecimento extraída <strong>de</strong> umespecialista da área, tendo como mecanismo <strong>de</strong> representação <strong>de</strong> conhecimento as regras <strong>de</strong>produção. A ferramenta Sinta foi utilizada para seu <strong>de</strong>senvolvimento.A ventilação mecânica é um método <strong>de</strong> suporte para o paciente, que substitui asnecessida<strong>de</strong>s fisiológicas do pulmão e ajuda a preservar o funcionamento <strong>de</strong> outros órgãos. Ouso do sistema melhora o atendimento aos pacientes que necessitam <strong>de</strong> intervenção <strong>de</strong> umrespirador artificial.O objetivo do sistema é auxiliar os profissionais da saú<strong>de</strong>, principalmente aqueles quenão possuem conhecimento a<strong>de</strong>quado para trabalhar com tais equipamentos. O sistema sugereparâmetros a serem fixados no ventilador, a partir <strong>de</strong> uma base <strong>de</strong> conhecimento adquirida porentrevistas e <strong>de</strong>bates com o especialista humano. Os parâmetros são para iniciar a ventilaçãoartificial em pacientes que necessitam da intervenção do respirador artificial.As primeiras regras do sistema permitem saber o estado atual do paciente (coma,semiconsciente ou consciente), sendo que as <strong>de</strong>mais seguem com uma série <strong>de</strong> perguntas aoestado do paciente, como: sexo, peso e outros parâmetros que serão utilizados para a tomada<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em relação ao ventilador.O resultado do sistema refere-se ao volume que será inserido no ventilador mecânico.Esta <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>verá ser aprovada pelo profissional responsável pela operação do equipamento.O sistema foi validado com a realização <strong>de</strong> vários testes, até que fosse atingido um nívelsatisfatório <strong>de</strong> confiança. As respostas fornecidas pelo sistema foram comparadas com as dosespecialistas humanos para <strong>de</strong>terminar o índice <strong>de</strong> acerto do sistema. Além do sistema garantirmaior segurança na escolha dos parâmetros selecionados, facilita a manipulação <strong>de</strong>equipamentos <strong>de</strong> ventilação mecânica.3.3 A Utilização <strong>de</strong> sistemas especialistas no processo <strong>de</strong> negociação em sistemas <strong>de</strong>comércio eletrônico (JULIANI, 2004).


48O artigo trata <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo para a aplicação <strong>de</strong> sistemas especialistas no processo <strong>de</strong>negociação em comércio eletrônico (CE), com o objetivo <strong>de</strong> gerar ao proprietário melhoresresultados em suas vendas e propiciar aos clientes maior interativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> negociação. Comoexistem poucos processos implementados em sistemas <strong>de</strong> comércio eletrônico paranegociação <strong>de</strong> preços e prazos <strong>de</strong> pagamento, proprietários estão à procura <strong>de</strong> novastecnologias para a melhoria do processo. O objetivo é auxiliar e agilizar a negociação emcomércio eletrônico, que consiste em qualquer negócio transacionado eletronicamente entredois parceiros <strong>de</strong> negócio.No processo <strong>de</strong> vendas em um sistema <strong>de</strong> CE, é durante o estágio <strong>de</strong> negociação que ospreços são <strong>de</strong>finidos. Porém, no varejo eletrônico, os clientes estão habituados a obter preçosfixos. Um especialista em negociação possui várias regras, avaliando o momento em que oprocesso <strong>de</strong> negociação está ocorrendo e <strong>de</strong>terminando o preço <strong>de</strong> venda ou a proposta <strong>de</strong>compra. Desta forma, as experiências adquiridas pelos especialistas são mo<strong>de</strong>ladas em umconjunto <strong>de</strong> regras e armazenadas em uma base <strong>de</strong> conhecimento <strong>de</strong> um sistema especialista.Alguns elementos consi<strong>de</strong>rados em uma negociação e mo<strong>de</strong>lado por meio <strong>de</strong> regras são:percentual <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto solicitado pelo cliente, avaliação do histórico <strong>de</strong> compra e pagamentodo cliente, situação financeira da empresa e preços <strong>de</strong> concorrentes no mercado.Após a finalização da compra pelo usuário do sistema <strong>de</strong> comércio eletrônico, o sistemaespecialista propõe uma negociação do preço final da compra, utilizando <strong>de</strong>scontos, formas eprazos <strong>de</strong> pagamento, entre outros elementos.A tecnologia dos sistemas especialistas mostrou-se propicia para este fim, já que asvendas são <strong>de</strong>finidas principalmente como regras <strong>de</strong> negócio. As regras <strong>de</strong> negócio precisamser aplicadas aos preços dos produtos, já que estes não são fixos, mudam <strong>de</strong> acordo com anecessida<strong>de</strong> da empresa.3.4 Um Sistema especialista probabilístico para o apoio à análise <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> negócios<strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> base tecnológica (JULIANI, 2005).


49O artigo apresenta uma proposta <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema especialistaprobabilístico como forma <strong>de</strong> apoiar a análise dos planos <strong>de</strong> negócio <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong>tecnologia, para fim <strong>de</strong> ingresso em incubadoras <strong>de</strong> empresas.O processo <strong>de</strong> incubação normalmente inicia-se por meio da estruturação <strong>de</strong> um plano<strong>de</strong> negócios, formatado pelo empreen<strong>de</strong>dor interessado, por meio do qual são mapeadas asprincipais variáveis do negócio, sistematizando idéias e planejando <strong>de</strong> forma mais eficiente oinvestimento.A seguir, o plano <strong>de</strong> negócios é encaminhado para uma banca avaliadora, composta porconsultores especializados que analisam o projeto baseados em experiências pessoais,informações do mercado, pela própria incubadora e pelas informações contidas no plano,<strong>de</strong>liberando assim, a continuida<strong>de</strong> do processo. Com o objetivo <strong>de</strong> minimizar erros naavaliação, pela possível falta <strong>de</strong> critérios no julgamento dos planos, foi <strong>de</strong>senvolvido um SEprobabilístico como apoio para análise <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> negócios por parte dos consultoresespecializados.O plano <strong>de</strong> negócio é um documento que possibilita o entendimento completo da área<strong>de</strong> negócios, <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado empreendimento, que tem <strong>de</strong>staque com o aumento daimportância das pequenas empresas na economia das nações e com o crescimento dasativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> incentivo ao empreen<strong>de</strong>dorismo. O mesmo não possui mo<strong>de</strong>lo único, porém énecessário obe<strong>de</strong>cer a certos padrões, facilitando a compreensão do negócio, organização,estratégias e situação financeira.O processo <strong>de</strong> estruturação do sistema especialista iniciou-se por meio da i<strong>de</strong>ntificaçãodos atributos e seus valores, utilizados pelos especialistas durante a análise <strong>de</strong> planos. Para o<strong>de</strong>senvolvimento do sistema probabilístico foi utilizada a ferramenta SPIRIT (SymmetricalProbabilistic Intensional Reasoning in Inference Networksin Transition), com atributosagrupados em cinco tópicos: negócio, planejamento operacional, planejamento <strong>de</strong> marketing,planejamento financeiro e resultados da análise.A ferramenta SPIRIT é um sistema inteligente probabilístico com uma base <strong>de</strong>conhecimento baseada na distribuição <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong>, trabalhando com conceito do teorema<strong>de</strong> Bayes, no qual a partir dos dados <strong>de</strong> entrada são calculadas as relações existentes <strong>de</strong>ntro dosistema. A ferramenta disponibiliza também uma interface gráfica, possibilitando a criação <strong>de</strong>


50variáveis <strong>de</strong> diversos tipos e utilizando os conceitos <strong>de</strong> re<strong>de</strong>s bayesianas, incorporados nasregras <strong>de</strong> produção.As regras e as variáveis são associadas às probabilida<strong>de</strong>s, por meio das quais a re<strong>de</strong>bayesiana realiza seu aprendizado e inferência sobre a base <strong>de</strong> conhecimento do sistema.A conclusão do artigo ressalta a utilização <strong>de</strong> SEs como uma alternativa na minimizaçãodo problema no trabalho subjetivo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong> planos <strong>de</strong> negócio, por meio da formalizaçãodo conhecimento empregado por consultores da área na análise dos planos.3.5 Construção <strong>de</strong> sistemas especialista: estudos <strong>de</strong> caso (CARVALHO, 2003).O artigo apresenta dois estudos <strong>de</strong> caso, <strong>de</strong>senvolvidos como sistemas <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão baseados em conhecimento (sistemas especialistas), e com a utilização da ferramentaExpert SINTA. Um dos estudos foi realizado em uma empresa que fabrica produtosmédico/hospitalares, i<strong>de</strong>ntificando o motivo <strong>de</strong> parada <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas máquinas. O outro,apresenta um diagnóstico em sistema <strong>de</strong> inflamação <strong>de</strong>ntal.A seguir, <strong>de</strong>screve-se o sistema que i<strong>de</strong>ntifica as causas <strong>de</strong> paradas <strong>de</strong> máquinas nafabricação <strong>de</strong> seringas. Quando ocorre a parada <strong>de</strong> uma máquina, o operador solicita apresença do mecânico, mas muitas vezes o problema po<strong>de</strong>ria ser resolvido pelo própriooperador por ser <strong>de</strong> simples solução. Caso o operador solucionasse, resultaria na otimizaçãodo tempo do mecânico, o qual po<strong>de</strong>ria estar envolvido com problemas <strong>de</strong> maiorcomplexida<strong>de</strong>.O sistema foi <strong>de</strong>senvolvido para auxiliar na i<strong>de</strong>ntificação que leva à parada doequipamento. A partir do uso do SE, o operador po<strong>de</strong>rá i<strong>de</strong>ntificar a causa da parada, bemcomo saber que ação <strong>de</strong>verá ser tomada, para o retorno do equipamento na condição <strong>de</strong>operação.


51Para o <strong>de</strong>senvolvimento do sistema, foram realizadas entrevistas com especialistas daárea <strong>de</strong> manutenção, bem como verificação <strong>de</strong> registros <strong>de</strong> situações <strong>de</strong> paradas <strong>de</strong> máquina.As informações foram mo<strong>de</strong>ladas por meio <strong>de</strong> regras <strong>de</strong> produção.O SE foi validado a partir <strong>de</strong> testes realizados por usuários, analisando qualida<strong>de</strong> eutilida<strong>de</strong> do sistema para a solução do problema. Para os testes, foram simuladas váriasparadas da máquina para verificar se o sistema e o mecânico orientavam a mesma <strong>de</strong>cisão aser tomada.Os usuários ficaram satisfeitos ao utilizar o sistema, permitindo maior autonomia aosoperadores. Os mecânicos concluíram que o sistema representaria a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estaremenvolvidos em outras ativida<strong>de</strong>s mais relevantes no momento em que o sistema auxiliaria na<strong>de</strong>cisão do problema da máquina.3.6 Sistema especialista para o forjamento a quente <strong>de</strong> precisão (CAPORALLI, 2001).Devido a importantes avanços verificados nos processos, foi <strong>de</strong>senvolvido um sistemaespecialista para o forjamento a quente, interferindo na modificação da geometria dasferramentas e na qualida<strong>de</strong> dimensional e geométrica dos forjados. Essas modificações têm afinalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reduzir o peso inicial do forjado, o custo da matéria e as operações <strong>de</strong>acabamento da usinagem.Forjamento é um processo <strong>de</strong> fabricação no qual um tarugo <strong>de</strong> metal é <strong>de</strong>formado <strong>de</strong>ntrodas mais variadas formas geométricas e com gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>formações plásticas. Este processo <strong>de</strong>fabricação está dividido em três grupos: forjamento a frio, quente e morno.Após o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> diversos processos <strong>de</strong> forjamento, foi verificada anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se aplicar técnicas <strong>de</strong> produção para garantir a qualida<strong>de</strong> dos produtos forjadose reduzir o tempo das etapas <strong>de</strong> planejamento do processo em forjamento a quente. Com isso,substituiram-se os procedimentos dos projetistas por um conjunto <strong>de</strong> operações semiautomáticas,no qual o usuário é responsável pela <strong>de</strong>finição das informações relacionadas aoprocesso <strong>de</strong> forjamento.


52O sistema especialista foi <strong>de</strong>senvolvido utilizando-se dois programas computacionais <strong>de</strong>uso comercial: o primeiro, um software <strong>de</strong> CAD, o Solid Edge, o segundo, um software paracriação da interface com o usuário, o Visual Basic.O Solid Edge permite a geração <strong>de</strong> sólidos, possibilita a visualização tridimensional docomponente mo<strong>de</strong>lado e permite o <strong>de</strong>senho do projeto, realizando alterações automáticas eatualizadas do sólido original.Cada novo processo, disparado pelo sistema <strong>de</strong>senvolvido, <strong>de</strong>ve estar com o <strong>de</strong>senho doproduto pronto, a fim <strong>de</strong> obter o forjado.As etapas que constituem o SE são: reconhecimento do perfil, segundo famíliasexistentes; entrada das dimensões, segundo o <strong>de</strong>senho do produto usinado; <strong>de</strong>talhes inerentesao processo (sobremetal, ângulos <strong>de</strong> saída, espelho e raios); atualização da geometria; cálculos<strong>de</strong> volumes e esforços.O SE <strong>de</strong>senvolvido po<strong>de</strong> ser aplicado na indústria <strong>de</strong> forjamento a quente, facilitando osprocedimentos necessários para o projeto do processo, tornando-os mais simples, rápidos econfiáveis. Com isso, o tempo utilizado para as etapas <strong>de</strong> planejamento do processo éreduzido.3.7 Consi<strong>de</strong>raçõesAs aplicações relatadas neste capítulo mostraram a importância do uso <strong>de</strong> sistemasbaseados em conhecimento como uma técnica para auxílio à solução <strong>de</strong> problemas reais. Emtodos os casos, os sistemas especialistas (subgrupo dos sistemas baseados em conhecimento)foram utilizados.Os sistemas especialistas são <strong>de</strong>stinados a resolver problemas por meio da mo<strong>de</strong>lagemdo conhecimento <strong>de</strong> especialistas humanos em diversas áreas <strong>de</strong> atuação. Verificou-se que asaplicações <strong>de</strong>scritas exemplificam diferentes áreas do conhecimento, como comércio


53eletrônico, fabricação <strong>de</strong> peças e parada <strong>de</strong> máquinas, sempre com o objetivo <strong>de</strong> auxiliar atomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Desta forma, verifica-se a importância do uso <strong>de</strong> sistemas especialistas em diversassituações, com o propósito <strong>de</strong> auxiliar, agilizar e melhorar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> processosindustriais.


4 MODELAGEM COMPUTACIONAL“O impossível <strong>de</strong> hoje será o possível <strong>de</strong> amanhãse fizermos o possível <strong>de</strong> hoje”.(Paulo Freire)Este capítulo relata a aquisição do conhecimento adquirida, por meio dos contactos comos especialistas humanos e a mo<strong>de</strong>lagem do sistema especialista <strong>de</strong>senvolvido.4.1 Desenvolvimento do sistema especialistaPara o <strong>de</strong>senvolvimento do sistema especialista proposto, seguiu-se os passosapresentados na figura 11. A seguir, <strong>de</strong>screve-se sucintamente cada passo:• Determinação <strong>de</strong> requisitos: levantamento das características do problema, em funçãodo objetivo a ser atingido pelo sistema especialista.• I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> especialistas: pessoas, com experiência no domínio, para auxiliar noprocesso <strong>de</strong> aquisição do conhecimento.• Construção <strong>de</strong> componentes do sistema especialista: realizar o processo <strong>de</strong>mo<strong>de</strong>lagem das etapas <strong>de</strong> construção do sistema.• Implementação <strong>de</strong> resultados: colocar o sistema em utilização, no ambiente real, everificar a valida<strong>de</strong> e qualida<strong>de</strong> dos resultados.• Manutenção e revisão <strong>de</strong> sistemas: efetuar melhorias no sistema, conforme asnecessida<strong>de</strong>s do usuário.


55Determinação <strong>de</strong> requisitosI<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> especialistasConstrução <strong>de</strong> componentesdo sistema especialistaImplementação <strong>de</strong> resultadosManutenção e revisão <strong>de</strong> sistemasFigura 11 - Passos no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema especialistaFonte: Baseado em Stair, 2006, pg. 434As próximas seções <strong>de</strong>screvem as ações realizadas em cada passo no processo <strong>de</strong><strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um sistema especialista.4.1.1 Determinação <strong>de</strong> requisitosInicialmente, em julho <strong>de</strong> 2005, contactou-se a gerência da Empresa Z para verificar aviabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar o presente trabalho. Após o contato, as pessoas responsáveis pelagerência aprovaram a realização do trabalho e <strong>de</strong>finiram que o mesmo seria <strong>de</strong>senvolvido naGráfica X pertencente à Empresa Z. A figura 12 visa apresentar uma visão geral das unida<strong>de</strong>sda empresa, <strong>de</strong>stacando o setor da gráfica, escolhido para o <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho.


56EMPRESAUnida<strong>de</strong> IUnida<strong>de</strong> IIUnida<strong>de</strong> IIIProcessoSecundárioGRÁFICAProcesso PrimárioComprasFinançasDietLogística <strong>de</strong> FumoCast LeafExpediçãoFigura 12 – Organograma da empresaFonte: Fornecido pela empresaA empresa fumageira em estudo divi<strong>de</strong>-se em três unida<strong>de</strong>s. Na Unida<strong>de</strong> I existe oprocesso secundário (fabricação do cigarro), na Unida<strong>de</strong> II estão dispostas quatro partes:Gráfica, a qual foi realizado o presente trabalho; processo primário (prepara o tabaco); Diet(Dry ice expan<strong>de</strong>d – trabalha com o volume do tabaco) e Cast Leaf (reconstituição em folhados subprodutos do tabaco). A Unida<strong>de</strong> III possui os seguintes setores: compra, finanças,logística e expedição.Para <strong>de</strong>finição do trabalho a ser realizado na Gráfica X e <strong>de</strong>senvolvimento do sistemaespecialista, foi necessário adquirir conhecimentos <strong>de</strong> cada setor da gráfica, verificando qual aresponsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les para o funcionamento da produção.Iniciaram-se visitas semanais à gráfica, a fim <strong>de</strong> conhecer o seu processo <strong>de</strong> produção etodos os setores envolvidos com suas ativida<strong>de</strong>s.


57Os seguintes setores foram visitados, a fim <strong>de</strong> adquirir conhecimento geral da EmpresaZ:- Sistema <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>: este setor trata da melhoria na qualida<strong>de</strong> do processo. Por meiodo acompanhamento do especialista humano <strong>de</strong>ste setor verificou-se a localização dasmáquinas, bem como o funcionamento das mesmas durante a impressão.A gráfica possui dois processos <strong>de</strong> impressão, sendo rotogravura e offset. Rotogravuraé o processo realizado através <strong>de</strong> bobinas com impressão em cilindros, o qual utiliza tintaslíquidas. No processo Offset a impressão é realizada em folhas, por meio <strong>de</strong> chapas e sãoutilizadas tintas pastosas.- Sistema <strong>de</strong> prepress: cria o good print, ou seja, a imagem que o cliente solicita. Aocriar uma imagem, <strong>de</strong>ve-se seguir as normas padronizadas <strong>de</strong> cada país. Um exemplo disto éque cada país possui a sua especificação <strong>de</strong> advertência para consumo do produto.- Setor Fotolito: neste setor são reproduzidas as chapas, i<strong>de</strong>ntificando o produto a serimpresso. Há uma chapa para cada produto. As mesmas serão impressas somente nasmáquinas <strong>de</strong> impressão offset, as quais utilizam tintas pastosas durante a impressão.- Setor DME (<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> materiais e embalagens): setor que elabora a pastacontendo todas as especificações dos materiais do produto a ser produzido. A pasta contém:ficha <strong>de</strong> máquina (informa o país, máquina a ser processada, tinta com código, medidas,altura, recorte e largura), formulário <strong>de</strong> acompanhamento, pasta com good print, or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>produção feita pelo PCP (planejamento do controle <strong>de</strong> produção) com quantida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>veráser impressa, bem como cores, cilindros, faca e papel necessários a cada produção.- Controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e Processo Estatístico: neste setor são realizados testes <strong>de</strong> papele tinta em laboratório. Durante a impressão, observa-se o processo <strong>de</strong> hora em hora, retirandoseamostras para verificar se as cores estão conformes.- Departamento Técnico: especifica a gravação <strong>de</strong> cilindros, verifica quais os cilindrosnecessários para a produção, o qual <strong>de</strong>ve ser analisado com antecedência se está em condiçõesfavoráveis <strong>de</strong> gravação para o uso durante a produção. Também é responsável pelos


58orçamentos <strong>de</strong> tinta, cilindro, faca, e por verificar as informações com o fornecedor sobre cadamaterial.- Área Técnica: este setor prepara a tinta necessária a cada produção e realiza o acertoem máquina <strong>de</strong> cada cor utilizada em cada produto. Também, é responsável pelo estoque <strong>de</strong>tintas e por preparar a mistura a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> cada cor relacionada ao produto.- PCP (planejamento do controle <strong>de</strong> produção): este setor registra os dados fornecidospelo operador da máquina no Diário <strong>de</strong> Bordo 2 , verificando o tempo <strong>de</strong> Setup 3 , bem comocontrola os indicadores <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> na produção, eficiência do processo, quanto produziuno processo e utilização do tempo. Este também realiza o cronograma <strong>de</strong> produção mensal <strong>de</strong>cada máquina.- PULMÃO (área <strong>de</strong> apoio): setor que entrega o papel para iniciar a produção, comotambém recebe os palets, que são suportes <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira on<strong>de</strong> é colocado o material que foiproduzido, o qual está pronto para ser liberado. O mesmo setor também realiza o cálculo <strong>de</strong>quebras do papel.Após conhecer o funcionamento dos setores, em Dezembro <strong>de</strong> 2005, verificou-se anecessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar o trabalho focado no Diário <strong>de</strong> bordo ANEXO A, no qual sãoregistradas todas as ocorrências surgidas durante cada produção.O setor responsável pelo controle dos diários <strong>de</strong> bordo é o PCP (planejamento docontrole <strong>de</strong> produção). Este recebe dos operadores <strong>de</strong> máquina os diários <strong>de</strong> bordo após otérmino <strong>de</strong> cada produção o qual são repassados ao computador diariamente. Nestes diários,constam todas as informações do produto, como também todos os horários e problemas queacontecem no <strong>de</strong>correr da produção, como: produto a ser utilizado, código, tipo <strong>de</strong> papel,cores que serão utilizadas, bem como em qual das máquinas serão impressas, a quantida<strong>de</strong> aproduzir e as ocorrências surgidas.2 Diário <strong>de</strong> Bordo é o relatório utilizado em cada produção, no qual o operador da máquina registra todas asocorrências indicando a hora e o tempo.3 Setup: tempo necessário a cada produção para realizar a troca das variáveis (faca, cilindro, cor e papel).


59Os operários das máquinas anotam manualmente todos os problemas e ajustes quesurgiram no <strong>de</strong>correr daquele turno na produção, i<strong>de</strong>ntificando paradas da máquina, o horárioe a duração na qual ocorreram, bem como o motivo pelo qual foi necessário parar a produção.Em janeiro <strong>de</strong> 2006, iniciou-se a análise das planilhas <strong>de</strong> 2005 nas quais constam osdados mensais dos Diários <strong>de</strong> Bordo, i<strong>de</strong>ntificando as ocorrências <strong>de</strong> cada período. Estaanálise foi realizada nas máquinas <strong>de</strong> impressão por rotogravura e na impressão Offset,i<strong>de</strong>ntificando com isso os códigos principais mais freqüentes <strong>de</strong> cada máquina conformeQuadro 1. Entre os códigos i<strong>de</strong>ntificados no Quadro 1 verificou-se as ocorrências, o qual,parte dos resultados mostram no (Anexo B).CódigoDescrição da ocorrência100 Setup da máquina200 Ajuste em operação300 Espera <strong>de</strong> material400 Manutenção não planejada500 Aguardar solução600 Manutenção programada700 Falta <strong>de</strong> pessoal800 Falta <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>s900 Troca <strong>de</strong> material não-conforme1000 OutrosQuadro 1 - Ocorrências principais do diário <strong>de</strong> bordoFonte: Elaborado pela autora com as informações fornecidas pela empresaNo período <strong>de</strong> fevereiro a março, trabalhou-se com o especialista humano responsávelpela operação da máquina. Desta forma, foi possível acompanhar o funcionamento <strong>de</strong> cadamáquina e a localização <strong>de</strong> cada ocorrência existente no diário <strong>de</strong> bordo.Feita a análise das planilhas dos Diários <strong>de</strong> Bordo <strong>de</strong> 2005, fornecidas pelo especialistahumano que trabalha no setor <strong>de</strong> planejamento do controle <strong>de</strong> produção (PCP), observou-se,por meio da interação entre engenheiro do conhecimento e especialista humano, que cadamáquina possui suas peculiarida<strong>de</strong>s, o que implicaria em <strong>de</strong>senvolver um sistema <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão diferenciado para cada máquina. Portanto, como a máquina <strong>de</strong> maior produção é amáquina “L” com impressão em rotogravura, <strong>de</strong>terminou-se trabalhar apenas com esta


60máquina. O sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão proposto será utilizado pelo especialista humano doPCP, que faz o cronograma <strong>de</strong> produção.O especialista humano realiza o cronograma <strong>de</strong> produção utilizando o seu conhecimentosobre a ativida<strong>de</strong>, e conta com apoio do operador da máquina e supervisão. Também, recebe<strong>de</strong> outro setor as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção e quantida<strong>de</strong>s solicitadas pelos fornecedores pormês. Alguns produtos possuem data estipulada <strong>de</strong> produção, não sendo possível trocas.Porém, nos <strong>de</strong>mais dias po<strong>de</strong>m ocorrer trocas <strong>de</strong> produtos a serem fabricados no mês. Aempresa também possui estoque dos produtos mais solicitados.A montagem do cronograma <strong>de</strong> produção utiliza a seqüência faca, cilindro, cor e papel,tentando otimizar o aproveitamento <strong>de</strong>ssas variáveis. A variável faca é a que mais tempo levapara trocar, após cilindros e cores, e por último o papel.Os especialistas humanos da empresa possuem interesse em realizar melhorias naprodução da máquina “L” em primeiro plano, pois é o carro chefe em termos <strong>de</strong> produção. Ameta <strong>de</strong> setup estimada para o ano <strong>de</strong> 2006 é <strong>de</strong> 4,5 horas e nos primeiros meses este valor foiexcedido, conforme mostra o gráfico 1. Ele apresenta inicialmente a indicação YTD’05 (yearto day), que significa a média acumulada do ano <strong>de</strong> 2005, referente ao tempo <strong>de</strong> setup.8643,94,526,8 4,4 8,1 7,60YTD'05DezJan Fev Mar AbrMaiJunJulAgoSetOutNovGráfico 1 - Setup máquina L (Horas)Fonte: Fornecido pela empresa


61Setup é o tempo até a produção estar liberada pelo controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. O tempo variaa cada produção, mesmo se a produção for <strong>de</strong> um mesmo produto anterior. É todo o tempo <strong>de</strong>preparo, limpeza, máquina rodando e amostras retiradas até o controle <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> verificarque as amostras estão <strong>de</strong> acordo com o que o cliente <strong>de</strong>seja. O tempo do setup po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong>4 horas a 12 horas, pelas estimativas verificadas pela empresa.A partir das entrevistas efetuadas com os especialistas humanos e com o levantamentodas informações referentes a cada variável, realizou-se uma análise <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho daprodução atual, verificando-se, com isso, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver um sistemacomputacional <strong>de</strong> apoio à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão para indicar a seqüência <strong>de</strong> produtos a seremproduzidos. O sistema SAD <strong>de</strong>senvolvido <strong>de</strong>fine o cronograma <strong>de</strong> produção da Gráfica X daEmpresa Z, a fim <strong>de</strong> minimizar o tempo <strong>de</strong> setup (tempo necessário, em cada produção, pararealizar a limpeza da máquina e a troca das variáveis), com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aproveitar aomáximo as mesmas variáveis <strong>de</strong> uma produção para outra na máquina “L”, diminuindo onúmero <strong>de</strong> trocas e conseqüentemente o tempo <strong>de</strong> setup.


62A figura 13 apresenta a localização da máquina “L” e o roteiro <strong>de</strong> produção da mesma, aqual será <strong>de</strong>senvolvido o sistema.PULMÃOLREBOBINADEIRACFURREBOBINADEIRA REBOBINADEIRA REBOBINADEIRAACABAMENTOCONTROLE DEQUALIDADEVQAPalets liberadosou rejeitadosPALET PALET PALETFigura 13 - Localização da máquina “L”Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados da empresaRoteiro <strong>de</strong> produção da máquina L.Inicialmente o pulmão envia o papel necessário à máquina L para ser impresso. Apósimprimir o material é enviado ao acabamento, sendo este verificado pelo controle <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong> e pelo VQA (setor que libera o material). Após a liberação dos materiais, sãofechados os pallets (suportes <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira on<strong>de</strong> é colocado o material) para serem enviados aosclientes. Para o material rejeitado realiza-se mais uma classificação, o material que é rejeitadoé enviado para a <strong>de</strong>struição.4.1.2 I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> especialistas


63O sistema computacional <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>senvolvido na gráfica X da empresa Zindica a melhor seqüência <strong>de</strong> produtos, aproveitando o maior número <strong>de</strong> variáveis em cadaprodução durante o mês. Como o sistema utiliza as variáveis: faca, cilindro, cor e papel, sãonecessárias informações <strong>de</strong> cada variável relacionada a cada produto que compõe a máquinaL. Esta máquina possui a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produzir 72 produtos, porém nem todos são utilizadosna produção mensal, sendo produzidos aproximadamente 20 produtos por mês.Como existem quatro variáveis, cada uma <strong>de</strong>las possui um especialista humanoresponsável por seu controle e i<strong>de</strong>ntificação.Inicialmente, foi necessário consultar o especialista humano do setor <strong>de</strong> PCP(planejamento do controle <strong>de</strong> produção) para receber a informação da i<strong>de</strong>ntificação dos 72produtos. Estes são i<strong>de</strong>ntificados por códigos numéricos diferentes, os quais <strong>de</strong>finem serprodutos diferentes. (ANEXO C)Após obter os produtos, contactou-se com o especialista humano responsável pelasfacas. Ele repassou que existem 16 facas diferentes, i<strong>de</strong>ntificadas por números, sendoutilizadas pela máquina L para os 72 produtos, conforme ANEXO D, fornecido peloespecialista humano.O especialista humano que trabalha na área técnica forneceu as cores referentes a cadaproduto. O especialista listou as cores representadas por palavras colocando-as na seqüênciautilizada na máquina L durante a produção. Cada produto po<strong>de</strong> utilizar <strong>de</strong> 4 a 8 cores.Segundo as informações referentes a cores <strong>de</strong> cada produto representadas por palavras, omesmo forneceu os códigos numéricos <strong>de</strong> cada cor. (ANEXO E)Referente à variável cilindro, o especialista humano que realiza o controle dos mesmostrabalha no <strong>de</strong>partamento técnico. Este especialista forneceu a planilha ANEXO F, na qualconstam todos os cilindros, porém não estando em seqüência como as cores. Para obterem-seos cilindros em cada produto, foi necessário procurá-los na planilha, sendo i<strong>de</strong>ntificados pornúmeros. Após, o especialista humano conferiu se os cilindros foram i<strong>de</strong>ntificados erelacionados com as cores corretamente. (ANEXO G)


64Após obter informações referentes às variáveis: faca, cilindro e cores, proce<strong>de</strong>u-se abusca do código numérico do papel que cada produto utiliza. Esta consulta foi fornecida peloespecialista humano do setor DME (<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> materiais e embalagens). Veja o(ANEXO H).A aquisição do conhecimento refere-se ao processo <strong>de</strong> interação entre o engenheiro doconhecimento (<strong>de</strong>senvolvedor do sistema especialista) e o especialista humano (<strong>de</strong>tentor doconhecimento heurístico específico). Para obter a planilha completa com os 72 produtos esuas respectivas variáveis foram necessários vários contatos com cada especialista humano. Oprocesso <strong>de</strong> aquisição <strong>de</strong> conhecimento proce<strong>de</strong>u-se <strong>de</strong> abril a junho <strong>de</strong> 2006, com a troca <strong>de</strong>informações entre o especialista humano e o engenheiro do conhecimento até a obtençãocorreta das informações finais para o <strong>de</strong>senvolvimento do sistema. (ANEXO I)Após este processo, especificou-se o objetivo do SAD proposto: redução do tempo <strong>de</strong>Setup, por meio da escolha da melhor seqüência <strong>de</strong> produção, utilizando-se a máquina L.Atualmente, o processo é realizado manualmente pela experiência do operador da máquina.Para que o sistema realize a escolha da melhor seqüência <strong>de</strong> produção (seleção <strong>de</strong> produtosque aproveitem ao máximo as mesmas variáveis, diminuindo o número <strong>de</strong> trocas econseqüentemente o tempo <strong>de</strong> Setup), as variáveis são analisadas na seguinte seqüência: faca,cores, cilindros e papel. Esta or<strong>de</strong>m correspon<strong>de</strong> do maior ao menor tempo gasto nas trocasdas variáveis.4.1.3 Construção <strong>de</strong> componentes do sistema especialistaO uso <strong>de</strong> um sistema especialista é um importante aliado em uma organização,minimizando custos, otimizando tempo e visando encontrar respostas para um <strong>de</strong>terminadoproblema, como apoio a <strong>de</strong>cisões. Como ferramenta para <strong>de</strong>senvolvimento do sistemaproposto utilizou-se o Expert SINTA, uma ferramenta computacional que utiliza como mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong> representação do conhecimento as regras <strong>de</strong> produção, com tratamento probabilístico.A figura 14 apresenta o fluxo geral do sistema. O SAD baseado em conhecimentorecebe uma entrada (primeiro produto a iniciar a produção), realiza um processamento, e


65retorna como saída a indicação do próximo produto a ser produzido. O processamento(baseado em regras <strong>de</strong> produção) refere-se à etapa principal do sistema, utilizando oconhecimento obtido para reduzir o número <strong>de</strong> trocas das variáveis <strong>de</strong> um produto para outroe reduzindo, assim, o tempo <strong>de</strong> Setup.Entrada Processamento SaídaFigura 14 – Mo<strong>de</strong>lo geral do sistemaFonte: Baseado em Stair, 2006, pg. 328A seqüência <strong>de</strong> passos <strong>de</strong>scrita na figura 15, refere-se ao algoritmo utilizado pelo SAD<strong>de</strong>senvolvido para chegar a uma resposta – próximo produto a ser produzido, com menornúmero <strong>de</strong> trocas em relação à produção anterior – e seguindo a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> análise dasvariáveis:1. Iniciar a produção com um produto qualquer, que correspon<strong>de</strong> à Entrada do sistema(1ª Produção).2. Selecionar os produtos que utilizam mesma faca da 1ª produção.2.1 Selecionar os produtos com o maior número <strong>de</strong> cores e cilindros iguais aos da 1ªprodução.2.1.1 Se coincidir número <strong>de</strong> cores iguais para diferentes produtos, selecionar o quemantiver o mesmo papel da 1ª produção.3. Indicar o próximo produto a ser produzido, que correspon<strong>de</strong> à Saída do sistema.


661.1ª Produção Produtos comfacas iguaisentrada2. 2.1entre osselecionadosProdutos comcores e cilindrosiguais3. 2.1.1entre osselecionadosProduto escolhido parapróxima produçãoProdutos commesmo papelsaídaFigura 15 – Etapas para a construção do mo<strong>de</strong>loFonte: Elaborado pela autoraA planilha dos 72 produtos, com suas respectivas variáveis, iniciou o processo <strong>de</strong>mo<strong>de</strong>lagem. Inicialmente, foram construídas regras <strong>de</strong> produção do tipo: Se Então . Para cada produto foi construída uma regra, visualizando as variáveis quepertencem a cada um <strong>de</strong>les, como consta no (ANEXO J).A planilha do ANEXO K foi construída para i<strong>de</strong>ntificar a similarida<strong>de</strong> entre os produtosna seguinte or<strong>de</strong>m das variáveis: faca, cor, cilindro e papel. Esta planilha foi referência para aconstrução das regras dos produtos comuns.A partir da construção <strong>de</strong>stas planilhas, iniciou-se o <strong>de</strong>senvolvimento do sistemaespecialista utilizando-se a ferramenta Expert SINTA.a figura 16.O primeiro passo foi preencher as informações sobre a base <strong>de</strong> conhecimento, conforme


67Figura 16 – Informações sobre a base <strong>de</strong> conhecimentoFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvidoApós, foram especificadas as variáveis: cilindro, cor, faca, papel, produto e produtoscomuns. Para cada variável foram <strong>de</strong>terminados valores conforme planilha do (ANEXO L).As variáveis: cilindro, cor, faca, papel, e produtos comuns possuem o tipo multivalorada, poiscada uma <strong>de</strong>las recebe vários valores, exceto a variável produto que é univalorada, contendoapenas um valor. Ver ANEXO L e figuras 17 e 18.


68Figura 17 – Variáveis da ferramenta SINTAFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvidoFigura 18 – Variáveis com seus respectivos valoresFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvido


69Outro item a ser i<strong>de</strong>ntificado na ferramenta é o objetivo, sendo indicado como variávelprincipal: produto e como variáveis objetivo: produtos comuns, cilindro, cor, faca e papel.Observa-se na figura 19.Figura 19 – Objetivos utilizados na ferramenta SINTAFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvidoNo item interface, foi utilizada a variável produto para a pergunta, sendo: Qual o códigodo produto atual? . Como motivo/ajuda: “aquele que está em produção neste momento”. Verfigura 20.


70Figura 20 – Interface utilizada na ferramenta SINTAFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvidoA partir das especificações citadas, iniciou-se a construção das regras <strong>de</strong> produção.Foram <strong>de</strong>finidas 99 regras, conforme (Anexo M).A figura 21 apresenta a tela inicial <strong>de</strong> execução do SAD <strong>de</strong>senvolvido.


71Figura 21 – Tela inicial da ferramenta SINTAFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvidoA figura 22 apresenta a tela com a pergunta que é feita ao usuário sobre o produto atual.O sistema indicará os produtos comuns ao atual e as variáveis aproveitadas.


72Figura 22 - Tela para indicar o produto atualFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvidoNa figura 23 aparece o produto 40.2426 como produto atual em produção. O grau <strong>de</strong>confiança refere-se à porcentagem <strong>de</strong> confiabilida<strong>de</strong> na indicação do produto (consi<strong>de</strong>radasempre como 100 %).


73Figura 23 – Indicação <strong>de</strong> um produtoFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvidoApós ter indicado o produto 40.2426, a figura 24 mostra os seus produtos comuns, osquais possuem variáveis comuns, po<strong>de</strong>ndo aproveitá-las <strong>de</strong>sta produção para os produtoscitados. Quando o sistema apresentar como resultado mais do que um produto comum, fica acritério do especialista humano a escolha do produto a ser produzido.


74Figura 24 – Produtos comuns ao produto inicialFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvidoAs figuras 25, 26, 27 e 28 mostram as variáveis cilindro, cor, faca e papel as quaismostram as variáveis comuns ao produto 40.2426.


75Figura 25 – Cilindros comuns ao produto inicialFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvidoFigura 26 - Cores comuns ao produto inicialFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvido


76Figura 27 - Faca comum ao produto inicialFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvidoFigura 28 - Papel comum ao produto inicialFonte: Expert SINTA do sistema <strong>de</strong>senvolvido


774.1.4 Implementação <strong>de</strong> resultadosO sistema foi utilizado pelo especialista humano no setor da Gráfica da Empresa Z, apartir <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2006 para validação. Com a utilização do sistema no ambiente real daprodução, verifica-se o seu <strong>de</strong>sempenho em relação às <strong>de</strong>cisões sobre a seqüência <strong>de</strong> produtosa ser seguida na produção e o controle do tempo <strong>de</strong> Setup gerado. Desta forma, é possívelavaliar também os benefícios adquiridos em uma organização, com um sistema <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão baseado em conhecimento.Para a Empresa Z, o sistema será muito importante, pois indicará a seqüência daprodução a ser realizada, atingindo um melhor aproveitamento <strong>de</strong> seus componentes, nestecaso, as variáveis utilizadas, bem como a redução do tempo <strong>de</strong> Setup e aumento da produção.Para verificar os resultados do sistema em fase <strong>de</strong> utilização, elaborou-se umquestionário (ANEXO N). Por meio das respostas às questões, registradas pelo operador damáquina L, realizou-se a análise dos resultados com o uso da SAD <strong>de</strong>senvolvido, a qual seencontra no capítulo 6.4.1.5 Manutenção e revisão <strong>de</strong> sistemasO sistema proposto foi implementado na empresa em outubro <strong>de</strong> 2006 e sua fase <strong>de</strong>utilização, para análise dos resultados do setup, esten<strong>de</strong>u-se até janeiro <strong>de</strong> <strong>2007</strong>. Após, seráverificado junto ao especialista humano modificações necessárias a serem realizadas para amelhoria do sistema.


784.1.6 Consi<strong>de</strong>raçõesO sistema especialista foi <strong>de</strong>senvolvido com o cumprimento <strong>de</strong> todas as etapas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> acoleta <strong>de</strong> informações até a sua implantação na empresa em estudo, a fim <strong>de</strong> auxiliar a tomada<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão referente à produção.Inicialmente, foi necessário conhecer o funcionamento da empresa como um todo para a<strong>de</strong>finição do problema a ser abordado pelo sistema proposto. Após a <strong>de</strong>finição do setor e dosespecialistas humanos, iniciou-se o processo <strong>de</strong> aquisição do conhecimento, com a coleta <strong>de</strong>informações e a compreensão das ativida<strong>de</strong>s realizadas. Com base neste processo, regras <strong>de</strong>produção foram construídas para montar a base <strong>de</strong> conhecimento do sistema especialista.Com o sistema finalizado, incluindo a realização dos testes, proce<strong>de</strong>u-se com a suaimplantação no ambiente real da empresa.


5 MODELAGEM MATEMÁTICA“Ainda acredito na possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>construirmos um mo<strong>de</strong>lo da realida<strong>de</strong>.”(Albert Einstein)Este capítulo apresenta a mo<strong>de</strong>lagem matemática que i<strong>de</strong>ntifica e comprova osresultados que o mo<strong>de</strong>lo computacional fornece.Um mo<strong>de</strong>lo matemático é um mo<strong>de</strong>lo abstrato que utiliza a linguagem matemática para<strong>de</strong>screver o comportamento <strong>de</strong> um sistema. Os mo<strong>de</strong>los matemáticos são usados <strong>de</strong> formaespecial nas ciências naturais e na engenharia (como física, biologia, engenharia elétrica, eoutras), mas também nas ciências sociais (como economia, sociologia e ciência política).Eykhoff (1974) <strong>de</strong>fine um mo<strong>de</strong>lo matemático como uma representação dos elementosessenciais <strong>de</strong> um sistema existente (ou um sistema a ser construído) que apresenta oconhecimento <strong>de</strong>sse sistema <strong>de</strong> forma utilizável. Voigt (2002), menciona:As mo<strong>de</strong>lagens são um produto <strong>de</strong>ssa sofisticação teórica da ciência e o seu objetivoé constituir objetos mais simples com as ferramentas da matemática, em particular asequações diferenciais, visando à sofisticação <strong>de</strong> instrumentos que permitam nãoapenas uma compreensão a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado fenômeno e <strong>de</strong> suastendências no tempo, mas também a formulação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> intervenção quepossam or<strong>de</strong>nar, organizar, mudar, prever e mesmo prevenir, no que diz respeito àsua ocorrência e seus <strong>de</strong>sdobramentos, fenômenos, sejam eles físicos, naturais,sociais ou culturais.Nas seções seguintes, <strong>de</strong>talham-se particularida<strong>de</strong>s da mo<strong>de</strong>lagem do sistemaempregado neste trabalho. Como ferramentas computacionais foram utilizadas a planilhaExcel e o sistema <strong>de</strong> computação algébrica Maple.


805.1 Mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> sistemasConforme Carvalho (2003), o processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem e simulação é umaexperimentação computacional, no qual se utilizam mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> um sistema real, com oobjetivo <strong>de</strong> testar diferentes alternativas operacionais. O objetivo é encontrar e propormelhores formas <strong>de</strong> operação que visem à otimização do sistema como um todo.Construir um mo<strong>de</strong>lo que melhor represente o funcionamento do problema em estudo éuma das principais etapas do processo <strong>de</strong> simulação, pois exige, necessariamente, umconhecimento minucioso do cenário estudado. O mo<strong>de</strong>lo nasce com uma natureza lógica, pormeio <strong>de</strong> esquemas e representações gráficas. A partir daí, com o suporte tecnológico dado pelaferramenta computacional, o mo<strong>de</strong>lo lógico é transformado em um mo<strong>de</strong>lo computacional. Namo<strong>de</strong>lagem computacional, utiliza-se uma série <strong>de</strong> ações coor<strong>de</strong>nadamente planejadas paratransformar o mo<strong>de</strong>lo lógico em um mo<strong>de</strong>lo operacional.As ações, fundamentais no processo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem e simulação, po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scritascomo: coleta <strong>de</strong> dados e sua mo<strong>de</strong>lagem; programação, utilização <strong>de</strong> um software apropriadoà natureza do problema; verificação e validação.5.2 Mo<strong>de</strong>los matemáticosPara o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho, os mo<strong>de</strong>los matemáticos utilizados foram adistância euclidiana e a análise <strong>de</strong> componentes principais.


815.2.1 Distância euclidianaHair (2005), <strong>de</strong>fine distância euclidiana como a medida utilizada na similarida<strong>de</strong> entreobjetos, sendo uma medida do comprimento <strong>de</strong> um segmento <strong>de</strong> reta <strong>de</strong>senhado entre doisobjetos.Segundo Ferreira (2002), a distância euclidiana é a técnica <strong>de</strong> conexão baseada nadistância do vizinho mais próximo, sendo a metodologia mais utilizada para o cálculo dasimilarida<strong>de</strong>.A distância euclidiana é verificada na figura 29. Com isso, sejam dois pontos no planoque tenham, respectivamente, coor<strong>de</strong>nadas (x 1 , y 1 ) e (x 2 , y 2 ). A distância entre os pontos é ocomprimento da hipotenusa <strong>de</strong> um triângulo retângulo, conforme calcula-se pela fórmulaindicada na equação 1, sendo a distância entre dois objetos no plano. Este conceito tambémpo<strong>de</strong> ser realizado para mais <strong>de</strong> duas variáveis (Hair, 2005).Objeto 2(x 2 , y 2 )(1)y 2 – y 1Objeto 1(x 1 , y 1 )x 2 – x 1Distância =2( x − x ) + ( y − ) 22 12y1Equação 1 - Distância euclidiana entre dois objetos no plano


82Inicialmente, foi realizado o cálculo da distância entre os produtos em estudo. A distânciaeuclidiana entre dois pontos p r e p s , conforme equação 2, é indicada como:dj( pr, ps) ∑( pr, j− ps,j)= max j=12(2)Equação 2 - Equação da distância euclidianaEsta fórmula é facilmente justificada pela Geometria Plana, observando-se que d (p r , p s )é a medida da hipotenusa <strong>de</strong> um triângulo retângulo.Neste trabalho, apresenta-se o problema com apenas uma máquina e seus resultados.Foram utilizados os códigos dos produtos e também foram <strong>de</strong>finidas as distâncias d, (distânciaentre os produtos), a partir das informações fornecidas pela empresa.Para a <strong>de</strong>terminação da distância euclidiana, empregou-se uma planilha Excel. Aplanilha foi construída com as variáveis indicadas como faca (F), cilindro (Ci), cores (Co) epapel (P) com seus respectivos números (códigos) que diferenciam uma da outra. Estaplanilha contém 371 variáveis diferentes sendo 16 facas, 270 cilindros, 70 cores e 15 papéis.A figura 31 mostra parte da planilha <strong>de</strong>senvolvida.Inicialmente, a planilha foi construída com os 72 produtos que a máquina é capaz <strong>de</strong>produzir, i<strong>de</strong>ntificando por “1” as variáveis que cada produto compõe e por “0” as variáveisque não fazem parte do produto.


83Figura 29 - Produtos com suas variáveisFonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaApós, iniciou-se o cálculo das distâncias entre todos os produtos, sendo necessária aconstrução <strong>de</strong> 72 planilhas. Inicialmente foi utilizado o produto 40.2399, realizando-se adistância com o produto 40.2404. Para o cálculo da distância, utilizou-se a fórmula realizandoa diferença entre os dois produtos em cada uma das variáveis, como indicado na planilha dafigura 32. Determinou-se a diferença entre a célula C2 e B2, obtendo o resultado <strong>de</strong>stadiferença, o qual foi elevado ao quadrado. Este processo foi realizado com as 371 variáveis jámencionadas entre estes dois produtos. Após, calculou-se a distância do produto 40.2399 comos <strong>de</strong>mais 70 produtos. A seguir, iniciou-se uma nova planilha em excel utilizando o próximoproduto 40.2404, sendo calculada a distância <strong>de</strong>ste produto com os 71 seguintes. Este cálculoresultou em 72 planilhas, realizando a distância entre todos os produtos.


84Figura 30 - Cálculo da distânciaFonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaNa figura 33, verificam-se os resultados obtidos do cálculo da distância realizada entreos 72 produtos. A seguir, foram somados os resultados das 371 variáveis e extraída a raiz damesma, encontrando a distância entre os produtos, como verifica-se na figura 33. O resultado3,464102 foi obtido pela distância do produto 40.2399 com o 40.2404. Este cálculo tambémfoi realizado nas outras 71 planilhas.


85Figura 31 – Cálculo da distância com resultados <strong>de</strong> excel.Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaObtendo-se as planilhas com os resultados das distâncias, foi construída uma novaplanilha que agrupou todos os resultados, conforme figura 34. A planilha construída possui5184 distâncias, que são os resultados do cálculo das distâncias representadas por meio <strong>de</strong>uma matriz 72 x 72. Nesta planilha, po<strong>de</strong>m ser observados os resultados da diagonal principalcomo zero, pois é a distância <strong>de</strong> cada produto com ele mesmo.


86Figura 32 - Resultados <strong>de</strong> todas as distânciasFonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaTendo-se realizado o cálculo das distâncias na planilha Excel, o próximo procedimentofoi o trabalho <strong>de</strong>senvolvido na ferramenta Maple, <strong>de</strong>scrita na próxima seção.5.2.1.1 Ferramenta MapleEm 1980, Keith Ged<strong>de</strong>s e Gaston Gonnot iniciaram o <strong>de</strong>senvolvimento do Maple nauniversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Waterloo, Canadá. O objetivo era construir um sistema <strong>de</strong> softwarematemático para ser usado em pesquisa e na educação, sendo completada a primeira versãoMaple após três semanas. (WALZ, 1998)No ano <strong>de</strong> 1982/1983 foi introduzido em universida<strong>de</strong>s americanas e européias paravários campos científicos, tais como: matemática, informática, física, economia e engenharia.


874.1, e 4.2.Em 1984 foi divulgada a versão 3.3, sendo ao final <strong>de</strong> 1987 introduzidas as versões 4.0,A primeira versão do Maple V foi publicada em fevereiro <strong>de</strong> 1998 com melhorescaracterísticas, adquirindo tecnologias novas nos campos da matemática simbólica e animaçãopara construção <strong>de</strong> gráficos. Neste mesmo ano comemorou o décimo aniversário dacompanhia, que iniciou com 5 pessoas e a equipe <strong>de</strong> funcionários cresceu até 75 empregados.Atualmente, Maple está disponível na versão 11, que apresenta bibliotecas para seremutilizadas em várias áreas e ainda uma interface com outros softwares tais como Matlab, daMathworks (disponível http://www.maplesoft.com).5.2.1.2 Utilização da ferramenta MapleMaple é uma ferramenta computacional que realiza cálculos matemáticos, computaçõessimbólicas e gráficas. Esta ferramenta foi utilizada para gerar os gráficos resultantes dasplanilhas construídas em Excel. Utilizando a planilha com os resultados finais das distâncias,foi possível construir o gráfico 2. O gráfico tridimensional contém 5184 resultados dasdistâncias variando, aproximadamente, <strong>de</strong> 0 a 5,83; conforme as variáveis comuns existentesentre os produtos.


88Gráfico 2 – Gráfico da matriz com as 5184 distânciasFonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaDo ponto <strong>de</strong> vista matemático, a distância gerada anteriormente é conhecida comopseudométrica 4 . O conjunto subjacente para estabelecer uma pseudométrica foi <strong>de</strong>finidocomo o conjunto <strong>de</strong> quaternos or<strong>de</strong>nados, <strong>de</strong>finidos como na equação 3.Equação 3 - Equação do conjunto <strong>de</strong> quaternos⎡ F ⎤ ⎡ número do tipo <strong>de</strong> faca⎢Cy⎥⎢ quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cilindros⎢ ⎥ = ⎢⎢Co⎥⎢ quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cores⎢⎣Pa⎥⎦⎢⎣número do máximo tipo <strong>de</strong>⎤⎥⎥⎥papel⎥⎦(3)4 Dado um conjunto X não vazio, e a função d(P,Q ) que satisfaz as seguintes proprieda<strong>de</strong>s: d ( p,q) = 0 , ⇔ M p = q d ( p,q) = d( q, p) d( p,q) + d( q,r) ≤ d( q,r).d p, pque d é uma pseudométrica sobre X. (http://mathworld.wolfram.com/pseudometric.html)Se diz que d é uma métrica sobre X. Se a primeira proprieda<strong>de</strong> não é certa (apenas ( ) = 0, então se diz


89Uma planilha foi gerada, visando <strong>de</strong>terminar esta nova pseudométrica entre os pontosque representam cada um dos produtos. Para uma melhor visualização, obteve-se uma parte <strong>de</strong>resultados para fins gráficos. Os produtos utilizados foram 40.2399, 40.2404, 40.2426,40.2427, 40,2431 e 40.9528, com a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> suas variáveis. Como po<strong>de</strong>-se observar nafigura 36, foi calculada a distância entre o produto 40.2399 e os outros 71. A distância entreos produtos 40.2399 e 40.2404 resultou em 9,055385. O número 3,605551 representa adistância entre os produtos 40.2399 e 40.2426. E assim por diante.Figura 33 – Distância pseudométrica entre os pontosFonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaForam retirados 36 resultados da planilha, sendo estes utilizados no cálculo dasdistâncias, como i<strong>de</strong>ntificados no quadro 2.Ponto jPonto j (1) Ponto j (2) Ponto j (3) Ponto j (4) Ponto j (5) Ponto j (6)402399 402404 402426 402427 402431 409528Ponto i (1)402399 0,000000 9,055385138 3,605551275 3,872983346 3,872983346 4,690415760Ponto i (2)402404 9,055385138 0,000000 12,04159458 12,12435565 12,44989960 13,11487705Ponto i (3)402426 3,605551275 12,04159458 0,000000 1,414213562 4,242640687 1,732050808Ponto i (4)402427 3,872983346 12,12435565 1,414213562 0,000000 4,00000000 1,000000000Ponto i (5)402431 3,872983346 12,44989960 4,242640687 4,00000000 0,000000 4,123105626Ponto i (6)409528 4,690415760 13,11487705 1,732050808 1,000000000 4,123105626 0,000000Quadro 2 – Resultados das distâncias entre produtosFonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresa


90A figura 37 mostra a matriz em Maple, contendo os valores das pseudométricas dosprodutos, com a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerar um gráfico.Figura 34 – Matriz quadrada 6x6 com resultados das pseudométricas.Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaGerou-se em Maple o gráfico resultante da matriz das pseudométricas obtidas, comopo<strong>de</strong>m ser vistos os planaltos formados no gráfico 3. No gráfico, os componentes são osresultados das distâncias os quais foram i<strong>de</strong>ntificados no quadro 2. O resultado 4,690415760(cor azul do quadro 2), refere-se à distância do Ponto j (1), que representa o produto 402399,com o ponto Ponto i (6), que representa o produto 40.9528, e assim sucessivamente para os<strong>de</strong>mais resultados das distâncias pseudométricas.


91Valor daPseudométricaGráfico 3 – Gráfico da matriz 6x6Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaO gráfico 3 comprova que quanto maior o valor da distância entre dois produtos, menoro número <strong>de</strong> variáveis comuns. No entanto, quanto menor o valor da distância pseudométricaentre dois produtos, existe um maior número <strong>de</strong> variáveis comuns entre eles, ou seja, existemaior similarida<strong>de</strong>. Assim, obtém-se um melhor aproveitamento <strong>de</strong> variáveis durante aprodução, ou, quanto mais variáveis comuns existirem entre os produtos, o setup serárealizado em menor tempo. Isto será útil para a seguinte seção.5.2.2 Análise <strong>de</strong> componentes principais (PCA)Através do PCA (análise <strong>de</strong> componente principal) também é possível visualizar pontosdistintos em um plano tridimensional, utilizando três das variáveis, faca (F), cilindro (Cy), cor(Co). Por ser representado em um espaço tridimensional utilizando três das variáveismencionadas anteriormente, sendo as variáveis mais significativas em cada produto, pois opapel (Pa) não possui muitas opções <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> uma produção a outra.


92Segundo Pontes (2005), a análise <strong>de</strong> componentes principais (PCA) é um método <strong>de</strong>análise multivariada a qual envolve uma análise estatística <strong>de</strong> correlação entre oscomponentes que formam o objeto, tratados como estruturas vetoriais. Por meio <strong>de</strong> umaprojeção <strong>de</strong>ssas estruturas em espaços vetorias, obtêm-se redução da dimensionalida<strong>de</strong> daamostra, além <strong>de</strong> uma representação mais significativa do ponto <strong>de</strong> vista estrutural.O método <strong>de</strong> análise é realizado através da similarida<strong>de</strong> entre os objetos em estudo quese refere à existência <strong>de</strong> semelhança entre eles. Esta similarida<strong>de</strong> é medida utilizando-se ocálculo da distância euclidiana, em que as distâncias menores encontradas representam maiorsimilarida<strong>de</strong> entre as variáveis e distâncias maiores <strong>de</strong>notam menor similarida<strong>de</strong>, conformeobservado o gráfico 3.A análise <strong>de</strong> componentes principais (PCA), conforme Ferreira (2002), é um métodoexploratório que auxilia na elaboração <strong>de</strong> hipóteses gerais a partir dos dados coletados, noqual o agrupamento das amostras <strong>de</strong>fine a estrutura dos dados através <strong>de</strong> gráficos, cujos eixossão componentes principais nos quais os dados são projetados.A análise <strong>de</strong> agrupamentos, segundo Hair (2005), é o nome dado a um grupo <strong>de</strong> técnicasmultivariadas, cuja finalida<strong>de</strong> é agregar objetos com base nas características que elespossuem. Classifica objetos <strong>de</strong> modo que cada objeto é muito semelhante aos outros noagrupamento, em relação a algum critério <strong>de</strong> seleção pre<strong>de</strong>terminado.Para construir o gráfico, i<strong>de</strong>ntificando os produtos similares, inicialmente foi utilizada aplanilha contendo os 51 produtos dos 72 existentes, conforme i<strong>de</strong>ntificado na figura 38.


93Figura 35 – I<strong>de</strong>ntificação das diferentes variáveisFonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaApós construída a planilha com a i<strong>de</strong>ntificação das variáveis diferentes, estas foramagrupadas para a realização do cálculo da pseudométrica <strong>de</strong> cada produto. Os resultados sãoapresentados na figura 39.Figura 36 - Planilha excel com coor<strong>de</strong>nadas e valores da pseudométrica <strong>de</strong> cada ponto com a origemFonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresa


94O gráfico 4 indica os valores da pseudonorma <strong>de</strong> cada um dos primeiros 51 pontos àorigem (F,Cy,Co,Pa) = (0,0,0,0).Pseudométrica dos Produtos252015Série110501 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51Gráfico 4 – Valores da pseudonorma dos produtos.Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaQuanto ao gráfico 5 são apresentadas as projeções <strong>de</strong> cada um dos primeiros 51 pontosdo conjunto subjacente sobre o subespaço gerado pelas variáveis Faca, Cilindro e Cor, a fim<strong>de</strong> estabelecer uma visualização tridimensional.


95Gráfico 5 - Visualização das projeções dos pontos do conjunto subjacente sobre o subespaço gerado pelasvariáveis faca, cilindro e cor. São visualizados mais <strong>de</strong> 60 % dos primeiros 51 pontos.Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaOs valores da pseudométrica foram utilizados para estabelecer agrupamentos na análisedas componentes principais. Tomando em consi<strong>de</strong>ração as novas coor<strong>de</strong>nadas, isto é todo oconjunto subjacente, com as variáveis <strong>de</strong>finidas pela equação da figura 29. Foram inseridasduas figuras obtidas com o Maple. A primeira com o comando surfplot para ter uma idéia <strong>de</strong>prováveis bacias, que indicariam quais pontos estão mais próximos <strong>de</strong> outros, como po<strong>de</strong> serobservado no gráfico 6. Depois, para refinar a análise <strong>de</strong>stas bacias, que indicam ascomponentes principais, foi utilizado o comando matrixplot. No gráfico 7, as bacias estãomais perfiladas; há uma escala colorida que indica o valor da pseudométrica mencionada.


96Gráfico 6 - Gráfico das bacias produzidas pelos valores da pseudométrica entre cada par <strong>de</strong> pontos (com ocomando surfplot <strong>de</strong> Maple).Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaNo gráfico 7 po<strong>de</strong>m ser apreciadas bacias como a sub-matriz entre as linhas 29 e 44 eentre as colunas 29 e 44, em forma aproximada. Existem outros planaltos <strong>de</strong> cor azul. Tudoisto dá uma idéia bastante precisa da existência <strong>de</strong> vários “subconjuntos afins”, que é base da<strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> componentes principais.


97Gráfico 7 - Gráfico das bacias produzidas pelos valores da pseudométrica entre cada par <strong>de</strong> pontos (com ocomando matrixplot <strong>de</strong> Maple).Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresa5.3 Consi<strong>de</strong>raçõesEste capítulo apresentou a mo<strong>de</strong>lagem matemática utilizando as ferramentascomputacionais (planilha Excel e o sistema <strong>de</strong> computação algébrica Maple) e como mo<strong>de</strong>losmatemáticos utilizou-se a distância euclidiana e a análise <strong>de</strong> componentes principais.Através dos produtos utilizados nas produções, com as variáveis faca, cilindro, cor epapel, foi realizado o cálculo da distância entre os produtos, o qual apresenta a similarida<strong>de</strong>existente entre os produtos que possuem as mesmas variáveis.Por meio da análise <strong>de</strong> componente principal, foi possível visualizar pontos distintos emum plano tridimensional, i<strong>de</strong>ntificando as variáveis, realizando o cálculo da pseudométrica <strong>de</strong>cada produto e assim agrupá-los.


98Com a aplicação da mo<strong>de</strong>lagem matemática, comprova-se a i<strong>de</strong>ntificação dos resultadosque o mo<strong>de</strong>lo computacional também fornece, porém utilizando ferramentas matemáticas. Amo<strong>de</strong>lagem matemática mostrou a importância <strong>de</strong> utilizar outros mo<strong>de</strong>los que satisfaçam osmesmos objetivos e resultados. Por meio da utilização da mo<strong>de</strong>lagem matemática, conclui-seque a mesma comprova os resultados que o sistema especialista obteve, auxiliando com issona redução do tempo <strong>de</strong> setup nas produções.


6 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS“A mente que se abre a uma nova idéia jamaisvoltará a seu tamanho original”.(Albert Einstein)Este capítulo <strong>de</strong>screve os resultados obtidos do uso do sistema especialista<strong>de</strong>senvolvido, quando da sua implantação na empresa.A empresa possui um pré-cronograma <strong>de</strong> produção, contendo produtos em que a data <strong>de</strong>produção está <strong>de</strong>terminada em virtu<strong>de</strong> dos pedidos dos clientes. Outros produtos po<strong>de</strong>m sofreralterações na data <strong>de</strong> produção.O sistema <strong>de</strong>senvolvido foi utilizado pelo especialista humano que realiza o cronograma<strong>de</strong> produção, consi<strong>de</strong>rando os produtos que não po<strong>de</strong>m ser alterados. O objetivo do uso dosistema é aproveitar as variáveis <strong>de</strong> uma produção para outra, reduzindo o tempo <strong>de</strong> setup.As informações contidas em cada tabela, apresentadas neste capítulo, referentes aosmeses <strong>de</strong> julho a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006, são dados reais <strong>de</strong> setup ocorrido nas produções.Nas próximas seções, são apresentadas análises dos resultados do tempo <strong>de</strong> setup emcada produção <strong>de</strong>corrente da indicação do produto pelo sistema <strong>de</strong>senvolvido.6.1 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> julho a setembroA análise referente ao tempo <strong>de</strong> setup correspon<strong>de</strong>nte aos meses <strong>de</strong> julho, agosto esetembro foram realizados obtendo-se as informações reais <strong>de</strong> setup da empresa. Duranteestes meses, o SE não foi utilizado, pois ainda estava em <strong>de</strong>senvolvimento. Foram realizadassimulações no SE a partir dos cronogramas <strong>de</strong> produção da empresa e dos tempos estimados<strong>de</strong> setup. O objetivo das simulações foi i<strong>de</strong>ntificar os produtos que o sistema indicaria para aatual produção e analisar os tempos <strong>de</strong> setup ocorridos.


100Nos quadros 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 o Produto atual refere-se ao produto que estásendo produzido. O produto indicado pelo sistema especialista aparece na coluna Produtoindicado pelo Sistema Especialista, sendo indicados pelo sistema somente os produtos quepossuem aproveitamento <strong>de</strong> variáveis. Os produtos sublinhados nesta coluna são aquelesindicados pelo SE e que foram utilizados na próxima produção, como mostra a colunaProduto a ser produzido. O Tempo <strong>de</strong> Setup em minutos apresenta o tempo real em cadaprodução. Os tempos que aparecem com asterisco i<strong>de</strong>ntificam a produção realizada pelaindicação do sistema, obtendo na tabela, melhor visualização para a realização da análise dosresultados. A coluna Data da produção é um controle da produção para a empresa.Em virtu<strong>de</strong> da quantida<strong>de</strong> do produto a ser produzido, através dos pedidos solicitadospelos clientes, existem produções que levam vários dias para produzir o mesmo produto, noentanto, quando a quantida<strong>de</strong> a ser produzida é baixa, po<strong>de</strong> ocorrer a produção <strong>de</strong> maisprodutos no mesmo dia.Os quadros 3, 4, 5, 6, e 7 apresentam os dados obtidos da simulação nos meses <strong>de</strong> julho,agosto e setembro <strong>de</strong> 2006.ProdutoatualProduto indicado peloSistema EspecialistaProduto aserproduzidoData daproduçãoTempo <strong>de</strong>Setup emminutos1 40.A276 40.B004, 40.A277 40.A277 11-julho-06 185 *2 40.A277 40.B004 40.2427 12-julho-06 1803 40.24274 40.24265 40.243140.A277, 40.A276,40.B00440.A441, 40.2427,40.A277, 40.B004,40.A276, 40.243140.A276, 40.A277,40.B004, 40.242740.2426 14-julho-06 23040.2431 15-julho-06 150 *40.A277 17-julho-06 130 *Quadro 3 – Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 11 a 17 <strong>de</strong> julho/ 2006Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresa


101ProdutoatualProduto indicado peloSistema EspecialistaProduto aserproduzidoData daproduçãoTempo <strong>de</strong>Setup emminutos6 40.A277 40.B004 40.A098 19-julho-06 3757 40.A0988 40.C6849 40.C42210 40.C53840.B767, 40.B768,40.E616, 40.E39340.C422, 40.C450,40.C538, 40.C682,40.D034, 40.D 085,40.D08640.C450, 40.C538,40.C682, 40.C684,40.D034, 40.D085,40.D08640.C422, 40.C450,40.C682, 40.C684,40.D034, 40.D085,40.D08640.C684 20-julho-06 87040.C422 26-julho-06 400 *40.C538 29-julho-06 95 *40.C423 29-julho-06 215Quadro 4 – Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 19 a 29 <strong>de</strong> julho/ 2006Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresa


102Produtoatual1 40.C4232 40.C683Produto indicado peloSistema EspecialistaProduto aserproduzidoData daproduçãoTempo <strong>de</strong>Setup emminutos40.B944, 40.C539,40.C68340.C683 1-agosto-06 50 *40.B944, 40.C423,40.C539 40.E159 1-agosto-06 3903 40.E1594 60.A4815 60.A6716 60.B5407 60.A4808 60.B2519 60.A67210 60.A67011 60.A92840.B944, 40.C423,40.C539, 40.C68360.A188, 60.A671,60.B54060.A188, 60.A481,60.B54060.A188, 60.A481,60.A67160.A498, 60.A670,60.A672, 60.A895,60.A928, 60.B251,60.B54160.A480, 60.A498,60.A670, 60.A672,60.A895, 60.A928,60.B54160.A480, 60.A498,60.A670, 60.A895,60.A928, 60.B251,60.B54160.A480, 60.A498,60.A672, 60.A895,60.A928, 60.B251,60.B54160.A480, 60.A498,60.A670, 60.A672,60.A895, 60.B251,60.B54160.A481 1-agosto-06 54060.A671 2-agosto-06 90 *60.B540 3-agosto-06 60 *60.A480 3-agosto-06 17060.B251 4-agosto-06 60 *60.A672 4-agosto-06 55 *60.A670 4-agosto-06 50 *60.A928 4-agosto-06 45 *40.C273 7-agosto-06 119512 40.C273 40.B943 40.C682 10-agosto-06 54513 40.C68240.C422, 40.C450,40.C538, 40.C684,40.D034, 40.D085,40.D08640.C450 11-agosto-06 30 *Quadro 5 – Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 01 a 11 <strong>de</strong> agosto/ 2006Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresa


103Produtoatual14 40.C45015 40.D08616 40.D08517 40.C538Produto indicado peloSistema Especialista40.C422, 40.C538,40.C682, 40.C684,40.D034, 40.D085,40.D08640.C422, 40.C450,40.C538, 40.C682,40.C684, 40.D034,40.D08540.C422, 40.C450,40.C538, 40.C682,40.C684, 40.D034,40.D08640.C422, 40.C450,40.C682, 40.C684,40.D034, 40.D085,40.D086Produto aserproduzidoData daproduçãoTempo <strong>de</strong>Setup emminutos40.D086 14-agosto-06 45 *40.D085 15-agosto-06 25 *40.C538 15-agosto-06 30 *60.9829 15-agosto-06 56018 60.9829 60.9827 60.9833 16-agosto-06 27019 60.9833 60.9838, 60.9834 60.9834 18-agosto-06 145 *20 60.9834 60.9837, 60.9838 60.9837 19-agosto-06 485 *21 60.9837 60.9833, 60.9838 40.B361 22-agosto-06 92522 40.B361 40.B362 40.B362 23-agosto-06 145 *23 40.B362 40.B368, 40.B371 40.B361 29-agosto-06 17524 40.B361 40.B362 40.A277 31-agosto-06 630Quadro 6 – Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 14 a 31 <strong>de</strong> agosto/ 2006Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresa


104ProdutoatualProduto indicado peloSistema especialistaProduto aserproduzidoData daproduçãoTempo <strong>de</strong>Setup emminutos1 40.A277 40.B004 40.A276 5-set-06 2152 40.A276 40.B004, 40.A277 40.A277 15-set-06 200 *3 40.A277 40.B004 40.C422 17-set-06 7904 40.C42240.C450, 40.C538,40.C682, 40.C684,40.D034, 40.D085,40.C684 19-set-06 60 *40.D0865 40.C68440.C422, 40.C450,40.C538, 40.C682,40.D034, 40.D085,40.C450 19-set-06 55 *40.D0866 40.C45040.C422, 40.C538,40.C682, 40.C684,40.D034, 40.D085,40.C423 19-set-06 6540.D0867 40.C42340.B944, 40.C539,40.C68360.A481 21-set-06 5508 60.A48160.A188, 60.A671,60.B54060.A480 22-set-06 3109 60.A48060.A498, 60.A670,60.A672, 60.A895,60.A928, 60.B251,60.A670 23-set-06 70 *60.B54160.A480, 60.A498,10 60.A67060.A672, 60.A895,60.A928, 60.B251,60.A672 25-set-06 295 *60.B54111 60.A67260.A480, 60.A498,60.A670, 60.A895,60.A928, 60.B251,60.A498 25-set-06 50 *60.B54112 60.A49860.A480, 60.A670,60.A672, 60.A895,60.A928, 60.B251,40.2399 26-set-06 33060.B54113 40.2399 40.2404 40.2404 27-set-06 175 *Quadro 7 – Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> setembro/ 2006Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresa


105Analisando-se o tempo <strong>de</strong> setup ocorrido nestes meses, observa-se que, quando aprodução foi realizada conforme a indicação do produto pelo Sistema Especialista, o tempo <strong>de</strong>setup foi menor, em comparação com as produções realizadas sem utilizar os produtosindicados pelo sistema, refletindo em um elevado tempo <strong>de</strong> setup.É possível observar também que em alguns casos, mesmo com a utilização do produtoindicado pelo sistema, o tempo <strong>de</strong> setup foi elevado. Buscou-se resposta para este fato,juntamente com o especialista humano, nas informações registradas no diário <strong>de</strong> bordo. Nodiário <strong>de</strong> bordo estão <strong>de</strong>scritas as ocorrências, o horário do ocorrido, bem como o tempo <strong>de</strong>cada ocorrência.A seguir, <strong>de</strong>screvem-se os motivos pelos quais algumas produções tiveram tempo <strong>de</strong>setup elevado:- em 26/07 foi produzido o produto 40.C422, com 400 minutos <strong>de</strong> setup. Isto ocorreuporque foram gastos 365 minutos para acertar a cor do produto, exigido pelo controle <strong>de</strong>qualida<strong>de</strong>;- em 19/08 foi produzido o produto 60.9837, resultando em 485 minutos <strong>de</strong> setup, oqual ocorreu pela falta <strong>de</strong> tinta para dar continuida<strong>de</strong> à produção;- o produto 40.A277, produzido em 15/09, utilizou 200 minutos <strong>de</strong> setup, <strong>de</strong>vido adiversos fatores: retirada do cilindro, montagem do conjunto <strong>de</strong> impressão e o acerto da cor;- na produção <strong>de</strong> 25/09, foi produzido o produto 60.A672 com 295 minutos <strong>de</strong> setup.Isto ocorreu <strong>de</strong>vido à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trocar a faca que estava danificada. Só nesta troca foramperdidos 180 minutos;- em 27/09 foi produzido o produto 40.2404, com 175 minutos <strong>de</strong> setup. Destes 175minutos, foram gastos 100 minutos no acerto da máquina e na troca <strong>de</strong> engrenagem.As produções que não foram realizadas conforme a indicação do SE <strong>de</strong>monstraram umsetup maior. Isto indica que um maior aproveitamento das variáveis, objetivo do sistema<strong>de</strong>senvolvido, acarreta na diminuição do tempo <strong>de</strong> setup.


1066.2 Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> outubro a <strong>de</strong>zembroA partir <strong>de</strong> 16/10 até 05/12, o cronograma <strong>de</strong> produção da máquina L foi realizado coma utilização do sistema especialista <strong>de</strong>senvolvido. Em cada produção, o responsável preenchiaos questionários Anexo O, indicando as ações realizadas.Os quadros 8, 9, 10, 11 e 12 apresentam as produções e seus respectivos tempos <strong>de</strong>setup <strong>de</strong> outubro a <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006.ProdutoatualProduto indicadopelo SistemaEspecialistaProduto aserproduzidoData daproduçãoTempo <strong>de</strong>Setup emminutos1 40.2404 40.2399 40.C422 16-out-06 3202 40.C42240.C450, 40.C538,40.C682, 40.C684,40.D034, 40.D085,40.C538 17-out-06 40 *40.D0863 40.C53840.C422, 40.C450,40.C682, 40.C684,40.D034, 40.D085,40.D085 17-out-06 35 *40.D0864 40.D08540.C422, 40.C450,40.C538, 40.C682,40.C684, 40.D034,40.C682 18-out-06 30 *40.D0865 40.C68240.C422, 40.C450,40.C538, 40.C684,40.D034, 40.D085,40.C684 18-out-06 30 *40.D0866 40.C68440.C422, 40.C450,40.C538, 40.C682,40.D034, 40.D085,40.C423 18-out-06 7040.D0867 40.C42340.B944, 40.C539,40.C68340.C683 19-out-06 35 *8 40.C68340.B944, 40.C423,40.C53960.A481 19-out-06 4759 60.A48160.A188, 60.A671,60.B54060.A671 20-out-06 90 *Quadro 8 – Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 16 a 20 <strong>de</strong> outubro/ 2006Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresa


10710111213Produtoatual60.A67160.A48060.A67060.A928Produto indicadopelo SistemaEspecialista60.A188, 60.A481,60.B54060.A498, 60.A670,60.A672, 60.A895,60.A928, 60.B251,60.B54160.A480, 60.A498,60.A672, 60.A895,60.A928, 60.B251,60.B54160.A480, 60.A498,60.A670, 60.A672,60.A895, 60.B251,60.B541Produto aserproduzidoData daproduçãoTempo <strong>de</strong>Setup emminutos60.A480 20-out-06 12060.A670 23-out-06 80 *60.A928 23-out-06 60 *60.A672 24-out-06 80 *Quadro 9 – Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 20 a 24 <strong>de</strong> outubro/ 2006Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresa1Produtoatual60.A6722 40.A098Produto indicadopelo SistemaEspecialista60.A480, 60.A498,60.A670, 60.A895,60.A928, 60.B251,60.B54140.B767, 40.B768,40.E616, 40.E393Produto aserproduzidoData daproduçãoTempo <strong>de</strong>Setup emminutos40.A098 1-nov-06 60040.A277 7-nov-06 1853 40.A277 40.B004 40.A276 9-nov-06 1304 40.A276 40.B004, 40.A277 40.2404 14-nov-06 5005 40.2404 40.2399 60.A670 17-nov-06 5156 60.A6707 60.A67260.A480, 60.A498,60.A672, 60.A895,60.A928, 60.B251,60.B54160.A480, 60.A498,60.A670, 60.A895,60.A928, 60.B251,60.B54160.A672 18-nov-06 105 *60.A480 18-nov-06 80 *Quadro 10 – Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 01 a 18 <strong>de</strong> novembro/ 2006Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresa


108Produtoatual8 60.A4809 60.A92810 60.A48111 60.A671Produto indicadopelo SistemaEspecialista60.A498, 60.A670,60.A672, 60.A895,60.A928, 60.B251,60.B54160.A480, 60.A498,60.A670, 60.A672,60.A895, 60.B251,60.B54160.A188, 60.A671,60.B54060.A188, 60.A481,60.B540Produto aserproduzidoData daproduçãoTempo <strong>de</strong>Setup emminutos60.A928 20-nov-06 70 *60.A481 20-nov-06 13060.A671 21-nov-06 70 *40.A620 27-nov-06 104512 40.A620 40.A621 40.A621 28-nov-06 60 *13 40.A621 40.A620 40.A620 29-nov-06 270 *Quadro 11 – Tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> 20 a 29 <strong>de</strong> novembro/ 2006Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaProdutoatualProduto indicadopelo SistemaEspecialistaProduto aserproduzidoData daproduçãoTempo <strong>de</strong>Setup emminutos1 40.A620 40.A621 40.C683 1-<strong>de</strong>z-06 3602 40.C6833 40.C6824 40.C68440.B944, 40.C423,40.C53940.C422, 40.C450,40.C538, 40.C684,40.D034, 40.D085,40.D08640.C422, 40.C450,40.C538, 40.C682,40.D034, 40.D085,40.D08640.C682 2-<strong>de</strong>z-06 14040.C684 4-<strong>de</strong>z-06 50 *40.D085 5-<strong>de</strong>z-06 30 *Quadro 12 – Tempo <strong>de</strong> setup referente a <strong>de</strong>zembro/ 2006Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresaNo mês <strong>de</strong> outubro, foram realizadas 13 produções, das quais em 9 foram produzidos osprodutos indicados pelo SE, apresentando tempos baixos <strong>de</strong> setup.


109No entanto, para os 4 produtos que não utilizaram a indicação do sistema especialista,os questionários respondidos pelo especialista humano justificam que não existeaproveitamento <strong>de</strong> variáveis.No mês <strong>de</strong> novembro, foram realizadas 13 produções, das quais em 6 foram produzidosos indicados pelo SE. No entanto, na produção <strong>de</strong> 18/11, do produto 60.A672, o setupequivaleu a 105 minutos, o qual está justificado porque ocorreram ajustes nos cilindros e nafaca, não reduzindo o setup como esperado. O mesmo aconteceu em 29/11, que foi utilizado oproduto indicado pelo sistema, mas foram gastos 185 minutos para a regulagem do acerto dacor.Os tempos <strong>de</strong> setup das produções que não utilizaram a indicação do sistema foramelevados, porque foram escolhidos produtos que não possuíam aproveitamentos <strong>de</strong> variáveisem relação ao produto anterior.Em <strong>de</strong>zembro, a empresa realizou somente 4 produções. Verifica-se que em 2 produçõesforam utilizadas as indicações do sistema, resultando em setup baixo. Nas duas produções quenão utilizaram a indicação do sistema o tempo <strong>de</strong> setup foi alto por não existir aproveitamento<strong>de</strong> variáveis.Analisando-se os meses <strong>de</strong> simulação (julho, agosto e setembro) com os meses <strong>de</strong>utilização do SE (outubro, novembro, <strong>de</strong>zembro), constata-se que o tempo <strong>de</strong> setup, namaioria das vezes, foi menor quando seguida a indicação do sistema. Isso <strong>de</strong>monstra que autilização do SE é benéfico à empresa, sendo um dos fatores que auxilia na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãopara redução do tempo <strong>de</strong> setup.6.3 Avaliação geral do setupA empresa para a qual foi <strong>de</strong>senvolvido o sistema especialista realiza a cada mês umamédia do tempo <strong>de</strong> setup sobre as produções. Para o ano <strong>de</strong> 2006, a meta da empresa era obtera cada mês a média <strong>de</strong> 4,5 horas <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> setup, como mostra o gráfico 8. A empresa temseu ano base iniciado em <strong>de</strong>zembro, este sendo o primeiro mês contábil e novembro do


110próximo ano consi<strong>de</strong>rado o último mês, consi<strong>de</strong>rando o ano base <strong>de</strong> 2006 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>2005 a novembro <strong>de</strong> 2006. Em virtu<strong>de</strong> disto, no gráfico 8 não consta o mês <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>2006, mesmo o sistema sendo utilizado neste período. Observando-se no gráfico os meses <strong>de</strong>julho a setembro, meses em que foi realizada uma simulação do uso do SE <strong>de</strong>senvolvido,verifica-se que <strong>de</strong> julho a agosto houve um aumento <strong>de</strong> setup, mas <strong>de</strong> agosto a setembrohouve uma redução. Observando-se os quadros 8 e 9, referente ao mês <strong>de</strong> outubro, no qual foirealizada a simulação para verificar a indicação do sistema especialista, nota-se que a maioriadas produções seguiram a indicação do sistema. O resultado foi uma ótima redução do tempo<strong>de</strong> setup, superando a meta da empresa.O sistema foi utilizado para realizar o cronograma <strong>de</strong> produção da empresa <strong>de</strong> outubro a<strong>de</strong>zembro. Com isso, observa-se pelo gráfico que, <strong>de</strong> outubro para novembro, o tempo <strong>de</strong>setup elevou-se, <strong>de</strong>vido à maioria das produções apresentarem um tempo <strong>de</strong> setup alto por nãoutilizarem a indicação <strong>de</strong> SE, o que interferiu na média geral. O gráfico 8 apresenta aindicação YTD’06 (year to day), que significa a média acumulada do ano <strong>de</strong> 2006, referenteao tempo <strong>de</strong> setup.Setup Lemanic (Horas)3,94,56,84,48,17,68,18,35,49,24,55,34,23,05,66,3Ano/05 Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov YTD'06Gráfico 8 – Tempo <strong>de</strong> setup 2006 (horas)Fonte: Fornecido pela empresa


1116.3.1 Análise do tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> julho a novembroO gráfico 9 foi construído, relacionado aos meses <strong>de</strong> simulação e uso real do SE<strong>de</strong>senvolvido, a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar a variação ocorrida no tempo <strong>de</strong> setup.Analisando-se o tempo <strong>de</strong> setup referente aos meses utilizados na simulação, po<strong>de</strong>-seobservar um aumento <strong>de</strong> 18% no setup <strong>de</strong> julho para agosto e uma redução <strong>de</strong> 21% <strong>de</strong> agostopara setembro.A média <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> setembro para outubro reduziu ainda mais, em 28 %, o que sejustifica pelos resultados em cada produção nos quadros 8 e 9, com a ocorrência <strong>de</strong> valoresbaixos <strong>de</strong> setup. A maioria das produções foram realizadas com a indicação do sistema e como máximo <strong>de</strong> aproveitamento das variáveis.A média <strong>de</strong> outubro para novembro obteve um aumento <strong>de</strong> 87 %, elevado emconsi<strong>de</strong>ração aos meses anteriores. Em outubro, os resultados foram satisfatórios, e emnovembro o percentual foi elevado em virtu<strong>de</strong> das produções <strong>de</strong> novembro resultarem emtempos maiores <strong>de</strong> setup, interferindo no aumento da média do mês.Gráfico 9 - Setup <strong>de</strong> julho a novembro <strong>de</strong> 2006Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados fornecidos pela empresa


1126.4 Consi<strong>de</strong>raçõesComparando-se os meses <strong>de</strong> julho, agosto e setembro, nos quais foram feitas assimulações no sistema, a partir do cronograma <strong>de</strong> produção fornecido pela empresa Z, com osmeses <strong>de</strong> outubro, novembro e <strong>de</strong>zembro, nos quais o sistema <strong>de</strong>senvolvido foi utilizado emambiente real, verifica-se que na maioria das vezes em que a produção foi realizada conformea indicação do sistema, o tempo <strong>de</strong> setup em cada produção foi menor do que nas produçõesque não seguiram a indicação.Com isso, os resultados comprovam que o uso do sistema especialista <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão é um dos fatores que auxilia na redução do setup, contribuindo para melhorias naempresa.


CONCLUSÃO“Mesmo que já tenhas feito uma longacaminhada, há sempre um novo caminho afazer.”(Santo Agostinho)O <strong>de</strong>senvolvimento mundial está avançando a cada dia em relação às tecnologiasexistentes, principalmente referindo-se às empresas que procuram soluções rápidas eeficientes para os problemas, a fim <strong>de</strong> obter alto padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para aten<strong>de</strong>r as<strong>de</strong>mandas do mercado.Este trabalho apresentou a <strong>de</strong>scrição das etapas realizadas para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão, a fim <strong>de</strong> minimizar o tempo <strong>de</strong> setup <strong>de</strong> produção na gráfica<strong>de</strong> uma empresa. As etapas <strong>de</strong>senvolvidas na mo<strong>de</strong>lagem computacional foram: <strong>de</strong>terminação<strong>de</strong> requisitos; i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> especialistas; construção <strong>de</strong> componentes do sistemaespecialista; implementação <strong>de</strong> resultados; manutenção e revisão <strong>de</strong> sistemas. Já namo<strong>de</strong>lagem matemática foram realizadas as etapas <strong>de</strong>: cálculo da distância euclidiana entre osprodutos e análise <strong>de</strong> componentes principais. O sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>senvolvidocaracteriza-se como um sistema especialista baseado em conhecimento, já que a mo<strong>de</strong>lagemda sua base refere-se ao conhecimento obtido do trabalho realizado por especialistas nagráfica X da empresa Z. O sistema foi implantado na empresa para uso e validação.A partir <strong>de</strong> revisões bibliográficas realizadas para embasar a pesquisa e das aplicações já<strong>de</strong>senvolvidas em outras indústrias, utilizando sistemas computacionais, verifica-se aimportância <strong>de</strong> agilizar e melhorar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> processos industriais.Para a Empresa Z, os resultados da pesquisa mostram que o sistema <strong>de</strong>senvolvido foisatisfatório e representou avanços na execução das ativida<strong>de</strong>s da gráfica X. O SE apresenta aseqüência da produção a ser realizada, atingindo um melhor aproveitamento das variáveisutilizadas, bem como a redução do tempo <strong>de</strong> setup e a otimização do tempo no planejamentoda produção.


114A utilização <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão por indústrias po<strong>de</strong> possibilitarvantagens, como:- incentivar novas alternativas para solucionar outros problemas existentes, inovandocom isso o processo <strong>de</strong> produção;- proporcionar à gerência uma visão mais <strong>de</strong>talhada dos processos, possibilitando-atomar <strong>de</strong>cisões baseadas em situações reais;- implantar estratégias empresariais, maximizando o uso dos equipamentos que aempresa dispõe, proporcionando maior lucrativida<strong>de</strong>;- contribuir para que a gerência tome <strong>de</strong>cisões mais a<strong>de</strong>quadas, tendo clareza dos fatosque envolvem o processo industrial;- estabelecer parâmetros reais que sejam utilizados na aprovação <strong>de</strong> projetos queresultem na melhoria contínua das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas pela empresa.As principais contribuições <strong>de</strong>ste trabalho, referente ao <strong>de</strong>senvolvimento e uso dosistema especialista baseado em conhecimento, que po<strong>de</strong>m ser ampliadas a outros setores eunida<strong>de</strong>s da empresa, são: redução do tempo <strong>de</strong> setup da máquina L; auxílio para a tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão das produções a serem realizadas, a fim <strong>de</strong> otimizar o tempo útil <strong>de</strong> produção;melhoria no <strong>de</strong>sempenho das produções, para que a empresa possa alcançar sua meta<strong>de</strong>sejada; conhecimento do uso <strong>de</strong> um sistema computacional para auxílio em ativida<strong>de</strong>s; evisão <strong>de</strong> expansão <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> sistemas em outros processos da empresa.A pesquisa <strong>de</strong>senvolvida proporciona novas perspectivas para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>trabalhos futuros. Como sugestões, po<strong>de</strong>-se citar:- este trabalho foi realizado para uma máquina, portanto, po<strong>de</strong> ser estendido para todaunida<strong>de</strong>, ou para outros processos que tenham variáveis que possam ser consi<strong>de</strong>radassemelhantes;- o trabalho <strong>de</strong>senvolvido seguiu a produção mensal, mas nada impe<strong>de</strong> que com oacréscimo <strong>de</strong> variáveis específicas, o mo<strong>de</strong>lo possa ser usado para <strong>de</strong>finir um pré-cronogramaanual;- como a empresa trabalha com maquinários específicos, o mo<strong>de</strong>lo empregado po<strong>de</strong> serutilizado no suporte aos operadores <strong>de</strong> máquinas, não somente na gráfica, mas em outrasunida<strong>de</strong>s da empresa;


115- o sistema auxiliar no planejamento <strong>de</strong> manutenção preventiva e principalmente noplanejamento <strong>de</strong> manutenção preditiva, pois esta manutenção requer uma eficiência emrelação a tempo e necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> efetuar a manutenção no período a<strong>de</strong>quado;- o sistema auxilia na análise do <strong>de</strong>sempenho dos equipamentos que são utilizados pelaempresa, verificando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> substituição, para proporcionar a eficácia e agilida<strong>de</strong> naprodução;- a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inclusão <strong>de</strong> novos produtos, sem alteração diretamente da base <strong>de</strong>conhecimento do sistema especialista. O próprio sistema ter uma opção que possibilitasse aooperador incluir novos produtos, <strong>de</strong>stacando as variáveis comuns com os <strong>de</strong>mais;- a geração <strong>de</strong> relatórios pelo próprio sistema, que pu<strong>de</strong>ssem ficar armazenados paraposterior análise.Conforme parecer do usuário (Anexo P), com o uso do sistema especialista a empresaobteve ganhos em todos os processos envolvidos, por meio dos resultados fornecidos pelosistema, proporcionando a redução do tempo <strong>de</strong> setup e conseqüentemente o aumento daprodução. Consi<strong>de</strong>rando que existem outros fatores que influenciam no planejamento docronograma, fica evi<strong>de</strong>nte que o sistema dá suporte para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão comcredibilida<strong>de</strong>.O sistema <strong>de</strong> apoio à <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>senvolvido e implantado na empresa <strong>de</strong>monstrouauxiliar na redução do tempo <strong>de</strong> setup das produções, indicando os produtos que possuem omaior aproveitamento <strong>de</strong> variáveis. No entanto, <strong>de</strong>finido o cronograma <strong>de</strong> produção, conformea indicação do sistema, e iniciado o seu processo em ambiente real, pô<strong>de</strong>-se observar queexistem outros fatores que po<strong>de</strong>m interferir na produção, como: espera <strong>de</strong> material (tinta,cilindro), <strong>de</strong>feito <strong>de</strong> máquina, ajustes diversos em máquina, troca <strong>de</strong> alguma peça danificada,entre outros fatores. Assim, o SE construído é uma importante contribuição na redução dotempo <strong>de</strong> setup, mas não é a única solução para a melhoria <strong>de</strong>ste tempo, <strong>de</strong>vido àpossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência dos fatores citados.Durante o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho, foi apresentado e publicado um artigo nosanais do XXIX CNMAC (Congresso Nacional <strong>de</strong> Matemática Aplicada e Computacional)realizado em Campinas, São Paulo, <strong>de</strong> 18 a 21 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2006. O título do artigo é:“Problema da minimização do setup na mo<strong>de</strong>lagem matemática <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> apoio à<strong>de</strong>cisão na indústria”.


116Ao concluir esta dissertação, tendo-se alcançado o propósito <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lar e implementarum sistema especialista na empresa Z, obtendo-se resultados satisfatórios, foi possívelcomprovar a sua contribuição como auxílio à tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em um processo industrial.Segundo o especialista humano, a empresa preten<strong>de</strong> usar o sistema em outras máquinas, como objetivo <strong>de</strong> abranger as <strong>de</strong>mais produções e melhorar ainda mais o <strong>de</strong>sempenho da empresa.


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121ANEXO A – Diário <strong>de</strong> bordoProcedimento <strong>de</strong> Classificação <strong>de</strong> Ocorrências do Diário <strong>de</strong> BordoCÓDIGOOCORRÊNCIA100 SETUP DA MÁQUINA101 Acerto <strong>de</strong> registro102 Acerto <strong>de</strong> relevo104 Troca <strong>de</strong> faca (Rama)110 Acerto diverso <strong>de</strong> máquina (esp)Troca do conjunto <strong>de</strong> impressão (Roto)111 Troca <strong>de</strong> rolo <strong>de</strong> impressão112 Montagem do conjunto <strong>de</strong> impressão113 Conexão do conjunto <strong>de</strong> impressão a máquina114 Colocação da racles e tinteiros115 Abastecimento <strong>de</strong> tinta e acerto <strong>de</strong> viscosida<strong>de</strong>Limpeza <strong>de</strong> máquina para troca <strong>de</strong> produto116 Limpeza da platina117 Limpeza <strong>de</strong> tinteiros118 Retirada, lavagem e <strong>de</strong>smontagem cilindrosSETUP DE TINTA105 Troca <strong>de</strong> tinta108 Acerto <strong>de</strong> cor200 AJUSTE EM OPERAÇÃO201 Ajuste da faca (Rama)202 Ajuste <strong>de</strong> registro203 Ajuste <strong>de</strong> relevo204 Ajuste <strong>de</strong> racle205 Ajuste do conjunto <strong>de</strong> impressão (Roto)206 Ajuste <strong>de</strong> calço207 Ajuste <strong>de</strong> cauchú208 Ajuste <strong>de</strong> cor (após setup)209 Ajuste / Ruptura <strong>de</strong> papel210 Lavagem <strong>de</strong> rolos <strong>de</strong> tinta / cilindro212 Ajuste diversos em operação (esp.)300 ESPERA DE MATERIAL301 Espera <strong>de</strong> tinta302 Espera <strong>de</strong> papel303 Espera <strong>de</strong> cilindro306 Espera <strong>de</strong> faca (Rama)307 Espera pasta / O.P.308 Espera <strong>de</strong> material diverso (esp.)


122400 MANUTENÇÃO NÃO PLANEJADA401 Mecânica não planejada com parada402 Mecânica não planejada sem parada403 Elétrica não planejada com parada404 Elétrica não planejada sem parada500 AGUARDAR SOLUÇÃO501 Aguardar Supervisão <strong>de</strong> Produção502 Aguardar Controle <strong>de</strong> Qualida<strong>de</strong>503 Aguardar Área Técnica504 Aguardar Aprovação DMI505 Aguardar Avaliação mec./ elét.600 MANUTENÇÃO PROGRAMADA601 Mecânica Planejada (cronograma)602 Elétrica Planejada (cronograma)603 Mecânica Preventiva (cronograma)700 PESSOAL701 Falta <strong>de</strong> Auxiliar / Operador702 Falta <strong>de</strong> Mecânico / Eletricista703 Falta Assistente Qualida<strong>de</strong>704 Falta <strong>de</strong> Operador Empilha<strong>de</strong>ira705 Falta Operador <strong>de</strong> Tinta800 UTILIDADES801 Falta <strong>de</strong> Energia Elétrica803 Falta <strong>de</strong> Ar Comprimido805 Falta <strong>de</strong> Utilida<strong>de</strong> Diverso (esp.)900 MATERIAL NÃO-CONFORME901 Troca <strong>de</strong> tinta não-conforme902 Troca <strong>de</strong> papel não-conforme903 Troca <strong>de</strong> cilindro não-conforme904 Troca <strong>de</strong> material não-conforme diversos (esp.)1000 OUTROS1001 Falta <strong>de</strong> programa1002 I<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> não-conformida<strong>de</strong>1003 Paralização motivo segurança1006 Limpeza <strong>de</strong> máquina programada1007 Aprovação <strong>de</strong> novo produto1009 Teste1010 Treinamento1011 Reunião <strong>de</strong> grupo1012 Ginástica Laboral1013 Refeições


ANEXO B - Levantamento das ocorrências123


124ANEXO C – Código dos produtosCódigo doProdutoRegião1 60.9834 MÉXICO2 60.9838 MÉXICO3 60.9837 MÉXICO4 60.9833 MÉXICO5 60.9827 MÉXICO6 60.9829 MÉXICO7 60.A482 EXP8 60.A928 EXP9 60.A188 EXP10 60.B251 EXP11 60.B541 EXP12 60.B540 EXP13 60.A183 EXP14 60.A672 EXP15 60.A671 EXP16 60.A895 EXP17 60.A670 EXP18 60.A481 EXP19 60.A480 EXP20 60.A372 EXP21 60.A498 EXP22 60.B888 EXP23 60.A086 VENEZUELA24 60.A085 VENEZUELA25 60.A301 VENEZUELA26 60.A084 VENEZUELA27 40.B944 EXP28 40.D085 EXP29 40.D086 EXP30 40.E159 EXP31 40.E160 EXP32 40.C684 EXP33 40.C683 EXP34 40.D034 EXP35 40.C682 EXP36 40.C538 EXP37 40.C422 EXP38 40.C423 EXP39 40.C450 EXP40 40.C539 EXP41 40.C126 VENEZUELA42 40.B766 VENEZUELA


43 40.B361 MÉXICO44 40.B362 MÉXICO45 40.B371 MÉXICO46 40.B368 MÉXICO47 40.D708 BRASIL48 40.E040 BRASIL49 40.E041 BRASIL50 40.E042 BRASIL51 40.A621 BRASIL52 40.A620 BRASIL53 40.2426 DOMINICAN REP54 40.A441 URUGUAY55 40.2431 DOMINICAN REP56 40.2427 DOMINICAN REP57 40.B004 BRASIL58 40.A277 BRASIL59 40.A276 BRASIL60 40.9528 ARGENTINA61 40.A098 BRASIL62 40.E393 BRASIL63 40.B768 VENEZUELA64 40.B767 VENEZUELA65 40.E616 ECUADOR66 40.2399 URUGUAY67 40.C424 EXP68 40.B943 EXP69 40.C273 EXP70 40.E786 EXP71 40.2404 URUGUAY72 40.B763 VENEZUELA125


ANEXO D – As facas <strong>de</strong> cada produto (<strong>de</strong>senho técnico)126


ANEXO E – Cores dos produtos127


ANEXO F – Estoque <strong>de</strong> cilindros128


ANEXO G – Cores e cilindros dos produtos129


ANEXO H – Papel dos produtos130


ANEXO I – Semelhança entre produtos131


132ANEXO J – Regras <strong>de</strong> produção dos produtos(1)Se faca = 5290-00E cor ouro lateral b&h goldE cor verge retícula b&h goldE cor azul b&h goldE cor ouro roto richE cor ouro central b&h goldE cor vermelho b&hE cor verniz rotoE cilindro 19730E cilindro 369E cilindro 377E cilindro 19724E cilindro 19558E cilindro 5143E cilindro 14533E papel 50.0173Então produto = 60.9834(3)Se faca = 5290-00E cor prata lateral b&h liE cor prata central b&h liE cor ouro verge b&h goldE cor azul claro b&h liE cor ouro roto richE cor azul escuro b&h liE cor vermelho b&hE cor verniz rotoE cilindro 19725E cilindro 19726E cilindro 19727E cilindro 19729E cilindro 19560E cilindro 371E cilindro 19561E cilindro 14533E papel 50.0173Então produto = 60.9837(2)Se faca = 5290-00E cor prata ver<strong>de</strong> central b&h li mthE cor prata reticula globo b&h li mtE cor ouro roto richE cor vermelho b&hE cor ver<strong>de</strong> escuro texto b&h mentholE cor ver<strong>de</strong> claro b&h li mthE cor prata rotoE cor verniz rotoE cilindro 19725E cilindro 19726E cilindro 19727E cilindro 19728E cilindro 19560E cilindro 371E cilindro 19561E cilindro 14533E papel 50.0173Então produto = 60.9838(4)Se faca = 5290-00E cor ver<strong>de</strong> prata central b&h mthE cor ver<strong>de</strong> retícula b&h mentholE cor ouro roto richE cor ver<strong>de</strong> prata lateral b&h mthE cor ver<strong>de</strong> escuro texto b&h mentholE cor vermelho b&hE cor verniz rotoE cilindro 19730E cilindro 369E cilindro 377E cilindro 19723E cilindro 19558E cilindro 5143E cilindro 14533E papel 50.0174Então produto = 60.9833


133ANEXO K - Relação entre as variáveisSe faca 5350-01(1) Os produtos: 60.A928, 60.B251, 60.B541, 60.A672, 60.A895, 60.A670, 60.A480 e60.A498- possuem = faca e papel- possuem = 7 cores e 5 cilindros- somente possuem ≠ cilindro para bor<strong>de</strong>aux e black textAproveitamento = 14 elementos(2) Os produtos: 60.B540, 60.A671, 60.A481 e 60.A188- possuem = faca e papel- possuem = 6 cores e 5 cilindros- possuem ≠ cilindro para greenAproveitamento = 13 elementos(3) Os produtos: 60.A183, 60.A372- possuem = faca e papel- possuem = 7 cores e 1 cilindrosAproveitamento = 10 elementos(4) Os produtos: 60. A183, 60.B888 Os produtos: 60.A372, 60.B888- possuem = faca e papel - possuem = faca e papel- possuem = 3 cores e 1 cilindro - possuem = 3 cores e 1 cilindroAproveitamento = 6 elementosAproveitamento = 6 elementos(5) Os produtos: 60.A183, 60.B888, 60.A372, 60.A482- possuem = faca e papel- possuem = 1 cor e 1 cilindroAproveitamento = 4 elementos* Classificação entre os produtos: 60.A183, 60.B888, 60.A372, 60.A482 que possuem amesma faca, após maior número <strong>de</strong> cilindros e em seguida cores e papel.1º 60.A1832º 60.A372 10 (1 cilin.) ( 7 cores)3º 60.B888 6 (1 cilin.) ( 3 cores)4° 60.B482 4 (1 cilin.) (1 cor)1º 60.B8882º 60.A183 6 (1 cilin.) (3 cores)3º 60.A372 6 (1 cilin.) (3 cores)4° 60.A482 4 (1 cilin.) (1 cor)1º 60.A3722º 60.A183 10 (1 cilin.) ( 7cores)3º 60.B888 6 (1 cilin.) ( 3cores)4° 60.B482 4 (1 cilin.) ( 1cor)1º 60.A4822º 60.A372 4 (1 cilin.) ( 1 cor)3º 60.A183 4 (1 cilin.) ( 1 cor)4° 60.B888 4 (1 cilin.) ( 1 cor)


134ANEXO L – Variáveis e valoresVariável: CilindroValores: * (40.B943) - 17954* (40.2427) - não possui cilindro comum* (40.B362) - 38 e 1008 e 1050 e 11868 e 19287 e 20870 e 20877* (40.B004) - 127 e 18760 e 19631* (60.A183) - 19096Variável: CorValores: * (60.9829) - ouro roto rich, vermelho b&h e verniz roto* (40.B943) - azul escuro congress, vermelho claro congress e verniz roto* (40.B004) - amarelo seleção, azul seleção, ouro roto rich, preto roto e verniz roto* (60.A372, 60.A482 e 60.B888) - verniz roto* (40.D708) - cinza sombra l&m, red metalic l&m rtg, silver 1 l&m rtg e vernizVariável: FacaValores: * 5350-01* 5290-00* 4073-07 e unida<strong>de</strong> = 24* 4203-00 e unida<strong>de</strong> = 32 e relevo = sim* não possui faca comumVariável: PapelValores: * (60.A372) - 50.0153* (40.D708) - 50.0152* (40.B767 e 40.B768) - não possui papel comum* (60.A084) - 50.0054* (60.A372 e 60.B888) - 50.0153Variável: ProdutoValores: * 60.A086* 60.A301* 40.B944* 40.D086* 40.E160Variável: Produtos ComunsValores: * 60.9827* 40.2399* 40.B768 e 40.E616* 40.B944, 40.C539 e 40.C683* 40.C422, 40.C450, 40.C538, 40.C682, 40.C684 e 40.D034 e 40.D085


135ANEXO M – Regras <strong>de</strong> produção do sistemaRegra 1SE Produto = 60.9834ENTÃO Produtos Comuns = 60.9837 e 60.9838 CNF 100%Faca = 5290-00 CNF 100%Cilindro = (60.9837 e 60.9838) - 14533 CNF 100%Cor = (60.9837 e 60.9838) - ouro roto rich, vermelho b&h e verniz roto CNF 100%Papel = (60.9837 e 60.9838) - 50.0173 CNF 100%Regra 2SE Produto = 60.9833ENTÃO Produtos Comuns = 60.9834 CNF 100%Faca = 5290-00 CNF 100%Cilindro = (60.9834) - 369 e 377 e 5143 e 14533 e 19558 e 19730 CNF 100%Cor = (60.9834) - ouro roto rich, vermelho b&h e verniz roto CNF 100%Papel = (60.9834) - não possui papel comum CNF 100%Regra 3SE Produto = 60.9837ENTÃO Produtos Comuns = 60.9838 CNF 100%Faca = 5290-00 CNF 100%Cilindro = (60.9838) - 371 e 14533 e 19560 e 19561 e 19725 e 19726 e 19727 CNF100%Cor = (60.9838) - ouro roto rich, vermelho b&h e verniz roto CNF 100%Papel = (60.9838) - 50.0173 CNF 100%Regra 4SE Produto = 60.9833ENTÃO Produtos Comuns = 60.9838 CNF 100%Faca = 5290-00 CNF 100%Cilindro = (60.9838) - 14533 CNF 100%Cor = (60.9838) - ouro roto rich, ver<strong>de</strong> escuro texto b&h menthol, vermelho b&h everniz roto CNF 100%Papel = (60.9838) - não possui papel comum CNF 100%Regra 5SE Produto = 60.9837ENTÃO Produtos Comuns = 60.9833 CNF 100%Faca = 5290-00 CNF 100%Cilindro = (60.9833) - 14533 CNF 100%Cor = (60.9833) - ouro roto rich, vermelho b&h e verniz roto CNF 100%Papel = (60.9833) - não possui papel comum CNF 100%


136ANEXO N – QuestionárioANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DO SINTA-PRODUTOSProdutoatualProduto (os) indicado (os) pela ferramentaSINTAProduto aserproduzidoData da produçãoUtilizará nesta produção o produto indicado:( ) Sim( ) Não Justifique:* Tempo <strong>de</strong> SETUP nesta produção:* O sistema foi útil ao auxiliar na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, indicando o produto a ser produzido ?( ) sim ( ) nãoObservação:* O sistema indicou o aproveitamento real das variáveis na troca do produto ?( ) sim ( ) nãoObservação:* O aproveitamento das variáveis indicadas pelo sistema reduziu o tempo <strong>de</strong> SETUP ?( ) sim ( ) nãoObservação:


ANEXO O – Questionários referentes à utilização do sistema137


ANEXO P - Parecer do usuário do sistema168

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