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Sendo assim a prece é antes de tudo um fruto do trabalho doshomens, passando de geração a geração.Quando a prece é feita em um conjunto, ou seja, feitacoletivamente, ela é regida através de regras e formalidades,nas quais são rigorosamente respeitadas pelos fiéis. Outro fatorque demonstra como a prece é um fenômeno social é que, estaé regida por grupos ou pela autoridade sacerdotal. SegundoMauss (1979)O que encerra a demonstração de que aprece é um fenômeno coletivo são asrelações que a ligam a outros fenômenoscoletivos. Há notadamente toda uma ordemde fatos evidentemente sociais que mantémcom ela relações estreitas de parentesco.São as fórmulas jurídicas e morais. Umateoria da prece certamente não será inútila quem quiser compreender o juramento, ocontrato solene, os estilos de frasesexigidos pela etiqueta, quer se trate dechefes, de reis, de cortes ou deparlamentos, as designações de cortesia.Todos estes fatos são tão próximos daprece que não precisaremos distingui-losmais tarde. A fórmula inicial da maioriadas preces sacramentais no catolicismo eaquela pela qual se abre o pronunciamentode nossos julgamentos se pressupõemquase traço por traço. (MAUSS: 1979:121)Sendo assim, encontramos na Paróquia Santa Rita deCássia em Maringá um grande número de fiéis fazendo pedidose agradecendo a santa das causas impossíveis através dasintenções votivas e dos ex-votos. Notamos a relação existente16