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sido, no século XVI, os únicos religiosos presentes em muitasregiões brasileiras. Devido à escassez de clérigos seculares eregulares, mesmo em cidades importantes como o Rio de Janeiro, osJesuítas pregavam e confessavam a maior parte dos portugueses erestantes fiéis.Depois do alargamento dos espaços determinados pelasexpansões europeias no final do século XV e no século XVI, asfronteiras entre os povos ficariam ligadas pela aceitação ou não dosprincípios de adesão ao Cristianismo. A Expansão procurou, antes demais, a reprodução de um modelo de unidade em torno do conceitode pax christiana. Encorajados pelo desejo de propagação da Féentre os povos, os Jesuítas encararam como uma urgênciafundamental ensinar exemplarmente todos aqueles que não estavaminstruídos na doutrina cristã.Uma nova globalização proporcionou a universalização doCristianismo. As missões nasciam, neste contexto, com naturalidadeno solo da Igreja, em geral, e das Ordens em particular. A criação doImpério Português deve-se, em grande medida, à Igreja e à suaassessoria espiritual, intelectual e até mesmo técnica, fazendo assimdo Cristianismo um dos elementos essenciais de expansão.Este é o contexto histórico em que se afirmou a açãoeducativa dos Jesuítas, sobejamente importante, tendo em conta suadoutrina, seu projeto educativo e sua pedagogia. As instituições quefundaram, dirigiram e fizeram proliferar estavam comprometidascom um ideário religioso.Podemos, em certa medida, aventar que a primeira tentativade criar redes globais de ensino está associada aos colégiosdependentes de congregações religiosas. Neste sentido, é pioneira eemblemática a rede de colégios intercontinental dos Jesuítas, com amesma estrutura, o mesmo idéario, os mesmos manuais e até omesmo método de ensino. Com efeito, a Companhia de Jesus faz doscolégios uma realidade internacional, expandindo-os de Ocidente aOriente.Palavras-chave: Jesuítas, colégios, pax christiana, Expansão,missões ultramarinas.465