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EDIÇÃO 26 - Dezembro/12 - RBCIAMB

A Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB - publica artigos completos de trabalhos científicos originais ou trabalhos de revisão com relevância para a área de Ciências Ambientais. A RBCIAMB prioriza artigos com perspectiva interdisciplinar. O foco central da revista é a discussão de problemáticas que se inscrevam na relação sociedade e natureza em sentido amplo, envolvendo aspectos ambientais em processos de desenvolvimento, tecnologias e conservação. A submissão dos trabalhos é de fluxo contínuo.

A Revista Brasileira de Ciências Ambientais – RBCIAMB - publica artigos completos de trabalhos científicos originais ou trabalhos de revisão com relevância para a área de Ciências Ambientais. A RBCIAMB prioriza artigos com perspectiva interdisciplinar. O foco central da revista é a discussão de problemáticas que se inscrevam na relação sociedade e natureza em sentido amplo, envolvendo aspectos ambientais em processos de desenvolvimento, tecnologias e conservação. A submissão dos trabalhos é de fluxo contínuo.

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técnicas para exploração e análisedessa memória em relação aelementos de tomada de decisão doSCTI.MEMÓRIA ORGANIZACIONALA noção de memóriacoletiva originou-se dos estudos daescola sociológica de Durkheim, paraquem esse tipo de memória refereseao processo social de articular ecomunicar informação, levando ainterpretações compartilhadas, quesão armazenadas como normassociais e costumes (TRAUGOTF,1978, citado em STEIN, 1995). Destaformulação inicial emergiu a noçãometafórica da memória de umsistema social particular (STEIN,1995), como uma organização, umarede, um SCTI, entre outros. Naabordagempropostacompreendem-se as organizaçõescomo entidades sociaisintencionalmente construídas ereconstruídas, a fim de atingirobjetivos específicos (ETZIONI,1989), por isso a expressão memóriaorganizacional é utilizada pararepresentar um tipo específico dememória coletiva (HASEMAN et al.,2005).Apesar do campo damemória coletiva ter se expandidorapidamente nas últimas décadas deforma interdisciplinar, permanececomo um tema não paradigmático(OLICK, 2008). Um exemplo disso é aampla terminologia existente nosestudos sobre memória coletiva,que compreende termos comomemória organizacional, memóriacorporativa, base de conhecimentosda organização ou corporativa,conhecimento organizacional oucorporativo, memória cooperativa,memória social, inteligência coletivaou corporativa, genética corporativae memória de equipes (LEHNER;MAIER, 2000).A análise desses diferentesfocos de pesquisa sugere que háduas visões acerca da memóriacoletiva: uma visão focada noconteúdo da memória (ROWLINSON;BOOTH; CLARK; DELAHAYE;PROCTER, 2010) e outra visão focadanos processos da memória (STEIN,1995). A primeira visão define amemória pelo seu conteúdo,considerado a soma dosconhecimentos existentes nacoletividade (MORT, 2001; NISSLEY;CASEY, 2002, WALSH; UNGSON,1991; ROWLINSON; BOOTH; CLARK;DELAHAYE; PROCTER, 2010).Quando analisada pelo seuconteúdo, uma revista científica éum grande repositório deinformação e de conhecimentoacumulado, produzido por outrosatores do SCTI (pesquisadores,organizações científicas, etc.). Essavisão adequa-se à compreensão deque o conteúdo da memória é ainformação e o conhecimento, quepodem ser recuperados ereutilizados (ANDERSON; SUN, 2010)pela comunidade científica ou poroutros atores do SCTI.A noção de “repositório”(NISSLEY; CASEY, 2002, p. 37) estáancorada na visão de Walsh eUngson (1991) de “storage bins”,que “compõem a estrutura damemória para a organização e paraaqueles que estão fora daorganização” (WALSH; UNGSON,1991, p. 63). No caso da revistacientífica, esta visão explicita umapreocupação com a utilidade dainformação e do conhecimentorecuperados de sua memória para odesempenho do SCTI. A imagem derepositório de memória éamplamente aceita e central para aliteratura de sistemas de memóriaorganizacional, assim como épredominante na literatura da áreade sistemas de informação(ROWLISON; BOOTH; CLARK;DELAHAYE; PROCTER, 2010).A visão focada nosprocessos da memória, tambémdenominada de visão dinâmica(STEIN, 1995), busca compreenderos processos de criação, codificação,armazenamento e uso doconhecimento de uma coletividadeparticular (RAO; ARGOTE, 2006;CORBETT, 2000), ou seja, a formapor meio da qual o conhecimento setorna parte da organização e éutilizado em suas atividadespresentes (STEIN, 1995). A visãoprocessual ou dinâmica da memóriacoletiva tem se equacionado com ocompartilhamentodestaaprendizagem entre os membros dacoletividade (RAO; ARGOTE, 2006).Um recente estudo bibliométricosobre memória organizacional(SANTOS et al., 20<strong>12</strong>) identificou osmacro temas de artigos indexadosnas áreas de Gestão e Negócios dabase Web of Science. Verificou-seque os artigos que utilizam umaabordagem mais tecnológicapossuem como foco o conteúdo damemória e a utilização detecnologias da informação paraapoiar a estruturação da memóriaorganizacional. Esses artigosapoiam-se em diferentesabordagens conceituais, entre elas aEngenharia do Conhecimento.“Exemplos de temas incluemsistemas de informação baseadosem computador (computer-basedinformation systems) tratados comorepositórios de conhecimentos(p.ex. Kankanhalli et al., 2005);tecnologiascolaborativas(collaborative technologies) esistemas de apoio à decisão(decision support systems) tratadoscomo sistemas baseados emconhecimento (p.ex. Abecker et al.,1998); e ontologias (ontologies)empregadas para representação damemória organizacional (p.ex. Ju,2006; Weinberger et al., 2008)(SANTOS et al., 20<strong>12</strong>, p. 11)“O interesse científico namemória coletiva pode serverificado pelo número crescente depesquisas empíricas (MINER;MEZIAS, 1996; ACKERMAN;ALVERSON, 2000; SANTOS, URIONA-MALDONADO; MACEDO DOSSANTOS, 2011) sobre o conteúdo eos processos da memória coletiva(STEIL; SANTOS, 20<strong>12</strong>). Entretanto,ainda precisam ser desenvolvidos(OS, 2006) tanto uma maiorcompreensão sobre como aaprendizagem e o conhecimento sãoincorporados e recuperados emorganizações quanto um frameworkRevista Brasileira de Ciências Ambientais – Número <strong>26</strong> – dezembro de 20<strong>12</strong> 83 ISSN Impresso 1808-4524 / ISSN Eletrônico: 2176-9478

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