21.07.2015 Views

Ilha de excelência Ilha de excelência - Fenacon

Ilha de excelência Ilha de excelência - Fenacon

Ilha de excelência Ilha de excelência - Fenacon

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Barrado no bancogo aroundPor Haroldo Santos FilhoHá dias que, notadamente, não acordamosbem. Dá até a impressão <strong>de</strong> que,propositadamente, se reúne uma conjuntura<strong>de</strong> ocorrências <strong>de</strong>sagradáveispara acontecer no mesmo dia. É a reclamaçãodo cliente,o funcionário quefaltou, aquela esperadaverba quenão saiu e, paravariar, o meu Vascãoper<strong>de</strong>ndo outra...Foi num <strong>de</strong>ssespremiadosdias que resolvi fazer algo que raramentecostumo: ir ao banco. Aliás, temos sidodoutrinados pelas próprias instituiçõesbancárias a passar longe <strong>de</strong> suas agênciasou, na pior das hipóteses, resolver todosos nossos problemas nos quiosques <strong>de</strong>auto-atendimento, normalmente localizadospouco antes daquelas famigeradasportas automáticas.Pois é. Foi um <strong>de</strong>sses diabólicos mecanismos<strong>de</strong> ‘proteção’ que terminoupor estragar o meu dia. Como nãopo<strong>de</strong>ria ser diferente, fui barrado naporta automática do banco em quemantenho conta há 12 anos. Para sairdo cubículo, primeiro tirei do bolso ocelular e o palm. Não adiantando, tireitambém 15 centavos e uma pastilhaforte. Mas, não teve jeito. Só a<strong>de</strong>ntreiao recinto quando botei o forro dos bolsospra fora e provei, <strong>de</strong>finitivamente,que não era o assaltante que pensavam.Sem contar com as reclamações na filaque havia se formado atrás <strong>de</strong> mim...Tenho aprendido a <strong>de</strong>senvolveratitu<strong>de</strong>s positivas diante do embaraço efoi isso que me fez concluir algo sobreaquela ridícula situação em que me vienvolvido. Por que será que não interessaaos bancos que seus clientes o visitem? Aresposta é simples e po<strong>de</strong>ria ser resumidaem uma única palavra: custo. Tem sidoprática internacional, nas empresas <strong>de</strong>serviços, fazer com que seus própriosclientes passem a executar parte doserviço contratado, reduzindo custosdiretos <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra, insumos e até“Por que será que nãointeressa aos bancos queseus clientes o visitem?A resposta é simples: custo”responsabilida<strong>de</strong>s. Afinal, com o chamadohome banking, você mesmo po<strong>de</strong> pagar suasfaturas, operar transferências, contratarnovos serviços e, <strong>de</strong> quebra, conhecer novosprodutos lançados pelo fornecedor.Uma empresa <strong>de</strong>aviação que costumaesten<strong>de</strong>r umtapete vermelho paraseus passageirospartiu na frente e jádivulga uma engenhoca<strong>de</strong> auto-atendimentoque emiteo bilhete, faz reservas e check in, sem quese tenha <strong>de</strong> enfrentar filas ou ser atendidopor funcionários uniformizados.Não é <strong>de</strong> hoje que as empresas inchadasestão per<strong>de</strong>ndo espaço paraestruturas mais enxutas e automatizadas.Restringem o atendimentoao cliente somente àquelescolaboradores extremamente bemtreinados, pois sabem que é nesteexato ponto que se costuma colocara per<strong>de</strong>r o trabalho <strong>de</strong> toda umaequipe. O cliente po<strong>de</strong> até estarrecebendo um bom serviço, entretanto,se tratado <strong>de</strong> forma ina<strong>de</strong>quada,não hesitará em mandaràs favas a tal ‘fi<strong>de</strong>lização’.Nas empresas <strong>de</strong> serviços contábeis,por exemplo, observa-se oinício <strong>de</strong>sta necessária adaptação ànova tendência. Muitos colaboradores(principalmente motoboys),muitas impressoras, muitosterminais e gran<strong>de</strong> área física, talvezestejam com as horas contadas. Caminhasepara um cenário em que os atos constitutivosdo cliente, tais como, contratossociais, alterações, alvarás, e toda a sorte<strong>de</strong> documentos po<strong>de</strong>rão ser disponibilizadosnum sítio na Internet para acessoautorizado a quem interessar.Alguns lançamentos básicos já po<strong>de</strong>mser feitos pelo próprio cliente, imediatamenteno momento em que suasoperações se concretizem, em tempo real.Basta que os programas <strong>de</strong> automatizaçãotenham os módulos próprios para o cliente,possibilitandoa integração. Além disso, as guias<strong>de</strong> tributos e cartas informativaspo<strong>de</strong>rão ser impressas do próprio sítioda empresa <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>, da seção<strong>de</strong>stinada àquele cliente. Menosmanutenção com impressoras e tinta(toner) a pesar nas planilhas <strong>de</strong> custos<strong>de</strong>stas empresas <strong>de</strong> serviços. E com isso,aumentam-se os lucros...Voltando ao <strong>de</strong>sagradável assuntoda porta automática, <strong>de</strong>vo dizer quenão foi fácil me livrar da lembrançado constrangimento pelo qual passei.Isso custou ao banco uma água geladae um cafezinho feito na hora, um bom<strong>de</strong>sconto nas taxas cobradas e, parafechar a questão, uns 20 minutos <strong>de</strong>Ilustração: Marcelo Venturaconversa com uma linda e atenciosagerente loira que me aten<strong>de</strong>u. Maisuma lição tirada <strong>de</strong>sta experiência: ouentramos na era do auto-atendimentoe excelência no trato com o cliente ou<strong>de</strong>vemos ir logo preparando um bomtime <strong>de</strong> ‘gerentes loiras’ para consertaro estrago que faz um mal atendimentoà nossa preciosa carteira <strong>de</strong> clientes.Haroldo Santos Filho é diretor <strong>de</strong>Relações Institucionais da <strong>Fenacon</strong>haroldo@fenacon.org.brRevista <strong>Fenacon</strong> em Serviços - Edição 94 - 33

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!