Protocolo REN-ICN.pdf - Centro de Informação REN
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Monitorização <strong>de</strong> uma linha <strong>de</strong> muito alta tensão3.4. CARTOGAFIA DO USO DO SOLONa área <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> Castro Ver<strong>de</strong> recolheu-se informação sobre os habitatspresentes na envolvência da LMAT. Para isso, as parcelas agrícolas 1km em redor dalinha foram <strong>de</strong>limitadas numa escala <strong>de</strong> 1/25000. Mensalmente foi cartografado o usodo solo respectivo, tendo-se calculado a superfície ocupada por cada uso agrícolacom o software ARCVIEW GIS 3.2 (Esri, 1996).Foram consi<strong>de</strong>radas as seguintes classes <strong>de</strong> uso do solo: alqueive (superfícieslavradas), cereal (áreas semeadas com cereal, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a semente até à ceifa),leguminosas (superfícies <strong>de</strong>dicadas ao cultivo <strong>de</strong> leguminosas, como grão-<strong>de</strong>-bico ouervilha), restolho (áreas resultantes do corte <strong>de</strong> cereal e durante o ano subsequente,até ao reinício das ceifas), pousio (área <strong>de</strong> pousio/pastagem um ano ou mais após ocorte do cereal), montado (manchas <strong>de</strong> azinheiras e sobreiros) e outros (classes compouca expressão ou pouco utilizadas pelas das abetardas, que incluem florestações,matos, ribeiras, hortas, áreas habitadas, caminhos e barragens).4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOSOs dados apresentados neste relatório dizem respeito a um ano <strong>de</strong> amostragem(Outubro <strong>de</strong> 2004 a Setembro <strong>de</strong> 2005) na área <strong>de</strong> estudo <strong>de</strong> Castro Ver<strong>de</strong>, e a seismeses (Abril a Setembro <strong>de</strong> 2005) na área <strong>de</strong> Ervi<strong>de</strong>l.4.1. DETECÇÃO DE AVES MORTAS/FERIDASNa área <strong>de</strong> Castro Ver<strong>de</strong>, durante os doze meses <strong>de</strong> trabalho foram realizados 24percursos para pesquisa <strong>de</strong> cadáveres. No total foram encontradas 209 aves mortas<strong>de</strong>baixo a linha (Tabela I), <strong>de</strong> 27 espécies diferentes, das quais 16 abetardas e 25sisões.Detectaram-se aves <strong>de</strong> diferentes classes <strong>de</strong> tamanho e <strong>de</strong> diferentes grupostaxonómicos. As espécies mais afectadas foram a Garça-boieira (Bubulcus ibis) (27),o Sisão (25) e o Abibe (Vanellus vanellus) (23). Destaca-se igualmente o elevadonúmero <strong>de</strong> passeriformes (40), grupo <strong>de</strong> difícil <strong>de</strong>tecção, <strong>de</strong>vido às dimensõesreduzidas, e o Alcaravão (Burhinus oedicnemus).Alguns <strong>de</strong>stes cadáveres, mais especificamente 23, foram encontrados <strong>de</strong>baixo dospostes que suportam a LMAT. Estes locais são utilizados como poiso por aves <strong>de</strong> presaornitófagas, como o Falcão-peregrino (Falco peregrinus), pelo que é possível queestas 23 aves tenham sido predadas. Todavia, também é expectável que tenhammorrido por colisão, tendo sido arrastadas para estes locais por espécies necrófagas8