21.07.2015 Views

Aprendizagem neuronal para as práticas sociais de leitura e escrita

Aprendizagem neuronal para as práticas sociais de leitura e escrita

Aprendizagem neuronal para as práticas sociais de leitura e escrita

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Língua portuguesa: ultrap<strong>as</strong>sar fronteir<strong>as</strong>, juntar cultur<strong>as</strong>(Eds.) Mª João Marçalo & Mª Célia Lima-Hernan<strong>de</strong>s, Elisa Esteves, Mª do Céu Fonseca, Olga Gonçalves, AnaLuísaVilela, Ana Alexandra Silva © Copyright 2010 by Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora ISBN: 978-972-99292-4-3SLG 45 – <strong>Aprendizagem</strong> <strong>neuronal</strong> <strong>para</strong> <strong>as</strong> prátic<strong>as</strong> <strong>sociais</strong> <strong>de</strong> <strong>leitura</strong> e <strong>escrita</strong>.que processam a linguagem verbal e simultaneamente à região queprocessa o significado.Des<strong>de</strong> o início do século XX que a linguística propôs o conceito <strong>de</strong>fonema, a unida<strong>de</strong> que cobria tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> realizações possíveis tanto emnível da recepção quanto da produção, com a função <strong>de</strong> distinguirsignificados, como no par mínimo /´karu/ oposto a /´kaRu/,in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do fato <strong>de</strong> /R/ po<strong>de</strong>r se realizar como fricativavelar surda, vibrante ápico-alveolar múltipla, uvular ou glotal <strong>as</strong>pirada.A noção <strong>de</strong> fonema foi ampliada como sendo um feixe <strong>de</strong> traçosdistintivos (esses últimos também invariantes).Somente agora, através d<strong>as</strong> técnic<strong>as</strong> <strong>de</strong> neuro-imagem funcional(IRM), <strong>de</strong> eletroencefalografia (EEG) e <strong>de</strong> magneto-encefalografia(MEG), foi possível verificar que há neurônios especializados naregião occípito-temporal-ventral esquerda <strong>para</strong> reconhecer os traçosinvariantes d<strong>as</strong> letr<strong>as</strong> e isso é possível porque uma ou du<strong>as</strong> letr<strong>as</strong> (osgrafem<strong>as</strong>) estão <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> a um fonema, ambos com a função <strong>de</strong>distinguir significados: a mesma diferença que reconhecemos entre <strong>as</strong>realizações <strong>de</strong> /r/ e /R/, reconhecemos entre r e rr, R e RR, e R e RRe isso porque caro e carro têm significados diferentes.A verificação <strong>de</strong> que os neurônios na região occípito-temporalventralesquerda reconhecem <strong>as</strong> invariânci<strong>as</strong> dos traços quecompõem <strong>as</strong> letr<strong>as</strong> e <strong>de</strong> que eles apren<strong>de</strong>m a reconhecê-l<strong>as</strong> porque umaou du<strong>as</strong> letr<strong>as</strong> estão <strong>as</strong>sociad<strong>as</strong> aos fonem<strong>as</strong>, e os axônios <strong>de</strong> tais6

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!