L+D 21

l+d
international lighting magazine
MUSEU DO FUTEBOL, SÃO PAULO
As múltiplas formas da luz
MUSEU BMW, MUNIQUE
A luz que comunica
TORRES ROCHAVERÁ, SÃO PAULO
A sustentabilidade como premissa
SÃO PAULO MUSEUM OF FOOTBALL Multiple forms of light
MUNICH BMW MUSEUM Light that communicates
ROCHAVERÁ CORPORATE TOWERS, SÃO PAULO The premise of sustainability

show-room
al gabriel monteiro
da silva 1441
t +11 3898-0222
kube
linha de arandelas e
balizadores em alumino
para áreas externas e
internas
sua diversidade de
modelos possibilita
uma grande variedade
de aplicações, obtidas
através do uso de
diferentes tipos de
lâmpadas e difusores
de luz
podem ser fixadas em
parede ou piso, em
alguns modelos de
arandelas, há a opção
de escolha entre facho
direto ou indireto
através do uso de um
acessório
para ver a linha
completa acesse
www.lumini.com.br
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2
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design
fernando prado

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SÃO PAULO MUSEUM OF FOOTBALL MULTIPLE FORMS OF LIGHT
MUNICH BMW MUSEUM LIGHT THAT COMMUNICATES
ROCHAVERÁ CORPORATE TOWERS, SÃO PAULO THE PREMISE OF SUSTAINABILITY
l+d #21
EDITORES | EDITORS
Thiago Gaya
Winnie Bastian
l+d
INTERNATIONAL LIGHTING MAGAZINE
Capa | cover
Museu do Futebol,
São Paulo, Brasil.
Foto: Ding Musa
MUSEU DO FUTEBOL, SÃO PAULO
As múltiplas formas da luz
MUSEU BMW, MUNIQUE
A luz que comunica
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TORRES ROCHAVERÁ, SÃO PAULO
A sustentabilidade como premissa
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¿QuÉ Pasa?
70
44
46
56
64
70
PROJETOS | PROJECTS
Marcus Center for the Performing Arts
Museu do Futebol
Museu BMW
Rochaverá
Novartis
76
perfil | profile
Maurici Ginés
88
Produtos | products
76
L+D
8
L+D
9
36
CONSELHO EDITORIAL | EDITORIAL BOARD
Esther Stiller, lighting designer
Dante Della Manna, arquiteto | architect
Fernando Prado, designer

colaboradores | Contributors
Joana Canêdo é uma profissional do texto há dez anos, escrevendo, editando e traduzindo. Formada
em Letras pela USP e com um diploma de primeiro ciclo de arquitetura pela Universidade de Paris
VI, trabalhou para a revista Arc Design, editou livros e traduziu grandes obras, como o Paraíso das
Damas (2008), de E. Zola. Nesta edição, Joana assina o perfil do lighting designer espanhol Maurici
Ginés (p.76). | Joana Canêdo has been a professional writer for ten years, writing, editing and
translating. After graduating from the University of São Paulo in Modern Letters, and with a first stage
diploma in Architecture from the University of Paris VI, she went to work for Arc Design magazine,
edited books and translated major works, such as Émile Zola’s Paradis des Dames [Ladies’ Paradise].
In this edition, Joana authors the profile of Spanish lighting designer Maurici Ginés (p. 76).
Pedro Saito estuda arquitetura e
urbanismo na FAU-USP. Atualmente
trabalha com design gráfico e
arquitetura. | Pedro Saito studies
architecture and urban planning
at FAU-USP. He works with graphic
design and architecture, and is
the designer of L+D magazine.
Ding Musa é artista plástico e fotógrafo, tendo trabalhos
na coleção permanente de diversos museus brasileiros,
além de ter participado de diversas exposições no Brasil
e no exterior (Alemanha, Espanha e Reino Unido). Nesta
edição, suas fotos ilustram as matérias sobre o Museu
do Futebol (p.46) e o edifício Rochaverá (p.64). | Ding
Musa is an artist and photographer with works in the
permanent collections of several Brazilian museums,
besides having taken part in various exhibitions in
Brazil and abroad (Germany, Spain and the UK). In this
edition, his photographs illustrate the articles on
the Museum of Football (p. 46) and of
the Rochaverá building (p. 64).
L+D
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Márcia Bechara é jornalista, atriz e autora de Casa
das Feras, coletânea de contos lançada pela 7Letras
em 2007. Mineira radicada em São Paulo há 10 anos,
desenvolve conteúdo para mídias variadas como
publicações de arte, reportagem e documentários.
Nesta edição, Márcia assina a matéria sobre o complexo
Rochaverá (p.64). | Márcia Bechara is a journalist,
actress and authoress of “Casa de Feras” (‘House of
Beasts’), a collection of short stories published by
7Letras in 2007. Originally from Minas Gerais, but
settled in São Paulo for the last ten years, she works
with various types of media such as art publications,
reportage and documentaries. In this edition, Márcia
writes the article on the Rochaverá Complex (p. 64).
Valentina N. Figuerola é arquiteta formada
pela FAU-USP e jornalista especializada
em arquitetura e engenharia. Trabalhou
nas revistas Arquitetura e Urbanismo (AU)
e Téchne e, atualmente, colabora para
uma série de publicações especializadas
na área. Nesta edição, Valentina nos
apresenta o recém-inaugurado Museu do
Futebol (p.46). | Valentina N. Figuerola
is an architect trained at FAU-USP and
a journalist specialising in architecture
and engineering. She has worked for
“Arquitetura e Urbanismo” (Architecture
& Urbanism) and “Téchne” magazines
and currently contributes to a series of
specialised publications in these fields. In
this edition, Valentina presents to us the
recently opened Museum of Football (p. 46).
A L U Z Q U E V O C Ê Q U E R V E R
L+D
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EDITORIAL
A luz sempre foi um fator importante na concepção projetual
de museus e exposições em geral; afinal, uma boa iluminação permite a
apreciação da obra em sua plenitude. Hoje, no entanto, podemos observar
que o papel da luz nos museus vem se transformando: ela não atua
mais somente como o meio que permite a visão das obras, mas em certos
casos torna-se parte da obra, ou mesmo a obra em si.
Esta edição de L+D reúne alguns projetos nos quais esta situação se
verifica. No Museu do Futebol, inaugurado recentemente em São Paulo,
a iluminação convencional recebe a companhia da luz projetada – estática
ou dinâmica – e ainda dos backlights que iluminam fotografias. No
também novo BMW Museum, de Munique, a luz ganha materialidade
ao se transportar para os elementos construtivos, como as grandes paredes
de vidro iluminadas com LEDs. Já no caso do Marcus Center for the
Performing Arts, em Milwaukee, Estados Unidos, os lighting designers
reinterpretaram as obras da artista plástica Georgia O’Keefe e projetaram
esta criação na fachada, de modo a anunciar o espírito da instituição aos
que observam.
Em comum, entre os três, está o fato de a luz responder às demandas
funcionais e, ainda, assumir o papel de contribuir ativamente na construção
da experiência que é visitar um museu. Que bela missão...
PUBLICADA POR | PUBLISHED BY
IMAGINE E T RANSFORME.
LUZ QUE DIALOGA
COM E SPAÇOS E V OLUMES.
L+D
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Boa leitura!
Light has always been a fundamental factor in the design concepts
of museums and exhibitions in general; after all, good lighting permits
the fullest appreciation of the work. Today, therefore, we can see that the role
of light in museums has undergone a change: it no longer serves only as the
means to viewing the works, but, in some cases, becomes a part of the work
or even the work itself.
This edition of L+D brings together several projects in which we can witness
this phenomenon. In the Museum of Football, recently opened in São Paulo,
conventional lighting is accompanied by projected light, both static and dynamic,
as well as the back-lighting used to illuminate photographs. In the equally new
BMW Museum in Munich, the light is materialised as it is incorporated into
the constructional features, such as the huge glass walls lit up with LEDs. In
the case of the Marcus Center for the Performing Arts in Milwaukee, USA, the
lighting designers have reinterpreted the works of artist Georgia O’Keefe and
projected this creation onto the façade, so as to announce the spirit of the
institution to outside observers.
The common chord among these three projects is that, in each case, the
light answers to the functional needs, yet further assumes the role of an active
contributor to the construction of that experience constituted by a visit to a
museum. What a wonderful mission...!
Enjoy your reading!
Editora Lumière Ltda.
Matriz no Brasil | Headquaters in Brazil:
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PUBLISHER
>Thiago Gaya
EDITORES | EDITORS
>Thiago Gaya
>Winnie Bastian
TRADUÇÃO | TRANSLATION
>Michael L. Jordan
REVISÃO | PROOF READING
>Deborah Peleias
ARTE | ART
>Pedro Saito
>Andersom Baldime, Gustavo Cipriano e
Lygia Lacerda (arte final)
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ARACAJÚ Lúmina (79) 3214-1533 | BELÉM Design da Luz (91) 3230-4234 | BELO HORIZONTE Iluminar (31) 3284-0000 | BLUMENAU Lights On (47) 3329-2049 | BRASÍLIA Iluminatta (61) 3445-2018 |
BUENOS AIRES Concepto & Luz 54 (11) 4777-0023 | CAMPINAS Vertz (19) 3251-0501 | CAMPO GRANDE Cena (67) 3029-0401 | CAXIAS DO SUL Luz & Formmas (54) 3223-1952 | CRICIÚMA Luz + (48)
3437-4915 | CUIABÁ Todimo Design (65) 3615-5050 | CURITIBA e Iluminação (41) 3244-2066 | FLORIANÓPOLIS Ouse (48) 3222-0834 | FORTALEZA Paroma (85) 3267-0007 | GOIÂNIA Illuminato (62)
3216-3700 | JOÃO PESSOA Stiluz (83) 3244-4951 | LONDRINA Lumiarte (43) 3029-6900 | MACEIÓ Lúmina (82) 3327-7200 | MANAUS Primaluce (92) 3584-0247 | MARÍLIA Lumiarte (14) 3413-3776 |
NOVO HAMBURGO Luz & Luz (51) 3593-1236 | PORTO ALEGRE Vértice (51) 3328-6263 | RECIFE Daluz (81) 3465-9433 | RIO DE JANEIRO Pro-Light (21) 2438-7622 | SALVADOR Tuttoluz (71) 3341-0373 |
SANTOS Lumen (13) 3223-5543 | SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Iluminare (12) 3923-6288 | SÃO PAULO Wall Lamps (11) 3064-8395 | UBERLÂNDIA Ícaro Design (34) 3222-3500 | VITÓRIA Studio Design (27)
3227-6822
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¿QuÉ Pasa?
agenda
CURSOS DE FORMAÇÃO NA ASBAI
A AsBAI está desenvolvendo diversos módulos de formação profissional,
que serão oferecidos a arquitetos, paisagistas, engenheiros e
designers de interiores que desejem uma oportunidade real de inserção
na profissão de arquitetura de iluminação. O módulo inicial do curso,
Elementos de Iluminação Artificial, aconteceu pela primeira vez em
novembro e tem novas edições marcadas para janeiro e fevereiro de
2009. O conteúdo deste módulo, ministrado pela arquiteta Esther
Stiller, é bastante abrangente e busca proporcionar aos participantes
uma visão mais clara e sólida dos elementos do projeto de iluminação.
Informações sobre horários, preços e disponibilidade de vagas
(apenas 22 por edição) podem ser obtidas no site da AsBAI ou pelo
e-mail estherstiller@estherstiller.com.br
ASBAI TRAINING COURSES AsBAI is creating a series of professional
training modules to be offered to architects, landscapers, engineers and
designers who are looking for a real opportunity of entry into the profession
of lighting architecture. The starting module of the course, “Elements
of Artificial Lighting”, begins for the first time in November, with repeat
editions set for January and February 2009. The content of this module,
taught by architect Esther Stiller, is fairly wide-ranging and seeks to provide
the participants with a clearer and more solid vision of the elements
involved in a lighting project. Information on times, fees and availability of
places (only 22 per class) can be found on the AsBAI website or obtained
by e-mail from estherstiller@estherstiller.com.br.
Quando | When: de 19 a 24 de janeiro de 2009 (2ª edição);
fevereiro de 2009 (3ª edição, versão intensiva, data a ser
definida) | 19-24 January 2009 (2 nd edition); February 2009
(3 rd edition, intensive course, dates to be set.)
Onde | Where: Sede da AsBAI, São Paulo | AsBAI
headquarters, São Paulo
www.asbai.org
Foto divulgação | Publicity photo
RED DOT DESIGN AWARD
Estão abertas as inscrições para a edição 2009 do Red Dot Design
Award, uma das maiores e mais conceituadas premiações de design
em todo o mundo – prova disso são as mais de 10 mil inscrições recebidas
para a premiação em 2008, oriundas de mais de 60 países.
O prêmio está organizado em 17 categorias, dentre elas uma voltada
especificamente à iluminação (Lighting and Lamps). Mais informações
estão disponíveis no site do evento.
Entries are now being accepted for the 2009 edition of the Red Dot Design
Award, one of the largest and most prestigious design award ceremonies in
Quando | When: até 4 de fevereiro de 2009 | until 4 February 2009
the world — proof of this is in the more than 10 thousand entries received
Onde | Where: inscrições pelo site | entries through the website
for the 2008 event, from over 60 countries. The awards are divided into
www.red-dot.de/registration
17 categories, among which is one specifically for lighting (Lighting and
Lamps). More information is available on this event’s website.
PRÊMIO IDEA BRASIL
O International Design Excellence Awards (IDEA), promovido pela
International Designers Society of America desde 1980, passou a ter
uma “filial” brasileira. A primeira edição foi realizada este ano, tendo
L+D
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IDEA AWARDS, BRAZIL The International Design Excellence Awards
(IDEA), organised by the International Designers’ Society of America since
1980, has now spawned a Brazilian “subsidiary”. The first edition took
premiado 53 produtos de diversas áreas. No campo da iluminação,
foram reconhecidas as luminárias Cut, Super Bossa e Zip, todas de
Fernando Prado para a Lumini, e o sistema de iluminação remota para
L+D
15
place this year giving awards to 53 products from various different sectors.
vias públicas desenvolvido pela ZipLux, empresa incubadora da COPPE/
In the field of lighting, recognition was given to the Cut, Super Bossa and
UFRJ. As inscrições para a segunda edição brasileira do prêmio já estão
Zip light fittings, all by Fernando Prado for Lumini, and also to the remote
abertas; profissionais e estudantes podem se inscrever.
system of street lighting (photo), developed by ZipLux, an incubatory firm
for COPPE/UFRJ. Entry for the 2nd Brazilian edition of the awards is now
open; both professionals and students of design are eligible.
Quando | When: até 20 de fevereiro de 2009 | until 20 February 2009
Onde | Where: inscrições pelo site | entries through the website
A L U Z Q U E V O C Ê Q U E R V E R
www.ideabrasil.com.br

¿QuÉ Pasa?
EUROLUCE 2009
Alessandro Russoti - Cosmit
IMAGINE E T RANSFORME.
Ponto de referência no setor tanto pelo porte da feira quanto pela
qualidade dos expositores, a Euroluce, Salão Internacional da Iluminação,
acontece a cada dois anos em Milão, como parte do Salão do
Móvel. Além de reunir um amplo espectro de produtos, da iluminação
técnica à decorativa, da casa à cidade, a mostra se destaca por apontar
as tendências formais do universo da iluminação. Se você pretende
visitar a Euroluce, sugerimos programar-se já, pois durante a feira os
hotéis em Milão são concorridíssimos...
LUZ QUE DIALOGA
COM E SPAÇOS E V OLUMES.
L+D
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A reference point in the sector, as much for the quality of the exhibitors
as for the size of the fair, Euroluce International Lighting Salon takes
place every two years in Milan, as part of the Furniture Salon. As well as
bringing together a wide spectrum of products, ranging from technical and
decorative lighting to home and city applications, this show stands out as
an indicator of design trends in the world of lighting. If you mean to visit
Euroluce, then we suggest you make your reservations quickly, as Milan’s
hotels are very heavily booked for the duration of the event...
Quando | When: de 22 a 27 de abril de 2009 | 22-27 April 2009
Onde | Where: Fiera Milano Rho-Pero, Milão, Itália | Milan, Italy
www.cosmit.it
LIGHTFAIR 2009
A tradicional feira norte-americana do mercado de iluminação This traditional North-American trade fair for the lighting market marks
completa, em 2009, seu 20º aniversário e, como de costume, será its 20th anniversary in 2009 and, as usual, is to be accompanied by a busy
acompanhada por uma intensa programação paralela, composta por parallel programme made up of lectures and workshops, quite apart from
palestras e workshops, além dos cursos Lightfair Daylighting Institute the Lightfair Daylighting Institute and Lightfair Institute courses taking
e Lightfair Institute, que acontecem em 3 e 4 de maio. Uma ótima place from 3-5 May. This is a marvellous opportunity for anyone wishing
oportunidade para quem deseja investir em formação.
to invest in their own professional training.
Quando | When: de 3 a 7 de maio de 2009 | 3-7 May 2009
Onde | Where: Jacob K. Javits Convention Center, Nova York, EUA | New York, USA
www.lightfair.com
Foto divulgação | Publicity photo
www.iluminar.com.br
ARACAJÚ Lúmina (79) 3214-1533 | BELÉM Design da Luz (91) 3230-4234 | BELO HORIZONTE Iluminar (31) 3284-0000 | BLUMENAU Lights On (47) 3329-2049 | BRASÍLIA Iluminatta (61) 3445-2018 |
BUENOS AIRES Concepto & Luz 54 (11) 4777-0023 | CAMPINAS Vertz (19) 3251-0501 | CAMPO GRANDE Cena (67) 3029-0401 | CAXIAS DO SUL Luz & Formmas (54) 3223-1952 | CRICIÚMA Luz + (48)
3437-4915 | CUIABÁ Todimo Design (65) 3615-5050 | CURITIBA e Iluminação (41) 3244-2066 | FLORIANÓPOLIS Ouse (48) 3222-0834 | FORTALEZA Paroma (85) 3267-0007 | GOIÂNIA Illuminato (62)
3216-3700 | JOÃO PESSOA Stiluz (83) 3244-4951 | LONDRINA Lumiarte (43) 3029-6900 | MACEIÓ Lúmina (82) 3327-7200 | MANAUS Primaluce (92) 3584-0247 | MARÍLIA Lumiarte (14) 3413-3776 |
NOVO HAMBURGO Luz & Luz (51) 3593-1236 | PORTO ALEGRE Vértice (51) 3328-6263 | RECIFE Daluz (81) 3465-9433 | RIO DE JANEIRO Pro-Light (21) 2438-7622 | SALVADOR Tuttoluz (71) 3341-0373 |
SANTOS Lumen (13) 3223-5543 | SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Iluminare (12) 3923-6288 | SÃO PAULO Wall Lamps (11) 3064-8395 | UBERLÂNDIA Ícaro Design (34) 3222-3500 | VITÓRIA Studio Design (27)
3227-6822
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¿QuÉ Pasa?
PAVILHÃO DO BRASIL EM
VENEZA
“Da urbanidade à intimidade” foi o tema do pavilhão brasileiro na
11ª Mostra Internacional de Arquitetura de Veneza, que terminou
em 23 de novembro. “Out There: Architecture Beyond Building” (“Lá
fora: arquitetura além da construção”) foi o tema escolhido para esta
edição, que teve como curador o arquiteto Aaron Betsky, ex-diretor do
Netherlands Architecture Institute (NAI). “Arquitetura não é construção.
Construções são objetos e o ato de construir nos leva a estes objetos,
mas arquitetura é algo mais. É a maneira como pensamos e falamos
sobre edificações, como as experimentamos, como as representamos,
como as construímos. Isto é arquitetura”, defende Betsky.
Em harmonia com este conceito, o arquiteto Roberto Loeb propôs,
para o pavilhão brasileiro, uma exposição cujo foco não é a arquitetura
em si, mas, sim, a forma como as pessoas enxergam os espaços
que vivenciam, da casa à cidade. Uma série de depoimentos de nãoarquitetos
foi exposta em painéis e também em um catálogo, com
diversas cópias disponíveis para consulta.
O projeto luminotécnico, criado por Guinter Parschalk, reforça a
intenção de ir além da construção: “os textos abarcavam um universo
bastante amplo, indo da arquitetura construída ao espaço urbano. A
idéia foi criar uma atmosfera que permitisse ao visitante se inserir em
um contexto construído ou não”. Para tanto, o lighting designer criou
uma ambiência que remetia à natureza: um uplight com lâmpadas
fluorescentes azuis (T5 FH, 28W) fazia alusão ao céu, enquanto luzes
brancas instaladas nas mesas assumiam outro papel, como explica o
designer: “nos abajures, utilizei lâmpadas halógenas bipino de diversas
intensidades (25W, 40W e 60W) para dar a sensação de quando
você olha a cidade de cima, do avião ou do alto de um morro, e vê
alguns prédios mais claros, outros mais escuros...”. Os pontos de luz
nas mesas também tinham papel funcional, favorecendo a leitura dos
catálogos dispostos. Nas paredes, os painéis eram iluminados com
lâmpadas halógenas (PAR 20, 50W e PAR 30, 75W).
A referência à natureza, que norteou o projeto luminotécnico, também
se faz presente em um pequeno “milagre”, como define Parschalk:
a coloração violetada que surge no interior do pavilhão, apesar de
terem sido empregadas somente luzes brancas e azuis. “De onde vem
a luz violeta no pôr-do-sol? Este é um fenômeno do sistema aditivo.
A fusão em degradê do azul com o alaranjado, passa pelo salmão,
magenta e violeta. É um efeito óptico do azul com o âmbar. Como a
luz branca da halógena está dimerizada, ela fica próxima ao âmbar;
então, acontece esse efeito”, explica o lighting designer.
Fotos: Guinter Parschalk Photos: Guinter Parschalk
THE BRAZILIAN PAVILION IN VENICE “From urbanity to intimacy”
was the theme of the Brazilian pavilion it the 11th Venice International
Architectural Show, which came to a close on 23rd November. “Out There:
Architecture Beyond Building” was the theme chosen for the event, which
had as its curator architect Aaron Betsky, ex-director of the Netherlands
Architectural Institute (NAI). “Architecture is not building. Buildings are
objects and the act of building leads us to these objects, but architecture
is something more. It is the way in which we think and talk about constructions,
how we experience them, how we represent them and how
we build them. That is architecture,” Betsky argues.
In keeping with this notion, architect Robert Loeb’s proposal for the
Brazilian pavilion was an exhibition whose focus was not the architecture
itself, but rather the way in which people see the spaces they live in, from
their own homes to their towns. A series of testimonials from lay nonarchitects
was put on show on panels, as well as in a catalogue with a
number of copies available for reference.
The lighting project, designed by Guinter Parschalk, stresses the intention
of going beyond just building: “The texts embraced a rather broad sphere,
ranging from architecture per se to urban spaces. The idea was to create
an atmosphere that allowed the visitor to include himself or not within a
constructed context.” Thus, the lighting designer created an atmosphere
to remind one of nature: uplighting with blue fluorescent lamps suggested
the sky, while white lights fitted on the tables played another role, as the
designer explained. “In the table-lamps I used two-pin halogen lamps of
varying brightness (25W, 40W and 60W) so as to give that feeling of looking
at the city from above, from an aeroplane or a hill-top, where you see
some brighter buildings and some darker ones...” The light sources on the
tables also played a functional role, permitting reading of the catalogues
provided. On the walls, the panels were lit with halogen lamps.
The reference to nature behind the lighting project also makes its presence
felt in a small “miracle”, as Parschalk puts it: the violet coloration that
pervades the pavilion’s interior, in spite of the use of only white and blue
lights. “Where does the violet sunset light come from? This is the miracle of
the additive system. From blue, to reach orange, you go through salmonpink,
magenta and violet. It is an optical effect of blue light with amber.
Since the white halogen light is dimmable, it approaches amber, and so
this effect is produced,” explains the lighting designer.
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¿QuÉ Pasa?
TECNOECOLOGICAMENTE
CORRETO
Fotos divulgação | Publicity photos
Um ambiente com flexibilidade de uso e que reúne inovação tecnológica
e decisões projetuais ecologicamente corretas. Assim pode ser
definida a Sala de Reuniões criada pelo escritório Andrade Azevedo
Arquitetura Corporativa para o evento Casa Office, realizado em São
Paulo entre 12 de novembro e 2 de dezembro. Na mesa de reunião,
monitores escamoteáveis emergem para permitir que os participantes
acompanhem de perto as apresentações digitais da reunião, mas
também podem ficar ocultos, embutidos no tampo da mesa, para
permitir outros usos do espaço – um almoço, por exemplo. No que diz
respeito às preocupações ecológicas, os arquitetos optaram pelo uso
de madeira certificada e outros produtos com selo verde, buscando
minimizar ao máximo o impacto ambiental do projeto. Em sintonia
com este desejo, os lighting designers Gilberto Franco e Carlos Fortes
desenvolveram um projeto luminotécnico pautado pela ecoeficiência
e, para tanto, optaram por empregar somente LEDs e lâmpadas fluorescentes.
O uso de soluções econômicas, no entanto, foi combinada
a uma proposta sofisticada: para favorecer o bem-estar dos ocupantes,
as duas pequenas janelas do espaço deram lugar a uma grande
janela falsa, que ocupa toda a extensão de uma das paredes. Trata-se
de uma série de lâmpadas fluorescentes em duas diferentes temperaturas
de cor (uma quente – 3.000K – e outra fria – 6.500K) que são
combinadas entre si, de modo a reproduzir a variação de tonalidades
que a luz natural sofre ao longo do dia. Sobre a mesa, lâmpadas
fluorescentes são ocultas por uma placa de forro idêntica às demais
quando apagada, mas que ao ser iluminada revela uma interessante
textura canelada; complementam a iluminação da mesa oito spots com
LEDs, os quais são utilizados também para dar um efeito grazing às
paredes laterais, revestidas em painéis com padrão de madeira. “Nós
conseguimos a mesma dramaticidade que costumamos obter com as
dicróicas utilizando os LEDs, que têm a temperatura de cor não muito
fria, adequada a esse ambiente”, afirma Gilberto Franco.
Por sua excelência no conjunto, o espaço recebeu o prêmio de ambiente
mais tecnológico do evento.
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TECHNO-ECOLOGICALLY CORRECT An environment having flexibility
of use, and combining technological innovation with ecologically correct
design decisions. This is the way to define the Conference Room created
by the firm of Azevedo Arquitetura Corporativa for the event Casa Office,
which took place in São Paulo from 12 November to 2 December. Out of
the conference table-top emerge retractable monitors, so that participants
can closely follow the digital presentations made in a meeting, but the
monitors can also remain unseen, built into the table-top, so as to allow
for other uses of the space – a luncheon, for example. As for ecological
concerns, the architects chose to use timber of certified origin and other
green label products, seeking to minimise as far as possible the project’s
environmental impact. In keeping with this desire, the lighting designers,
Gilberto Franco and Carlos Fortes developed a lighting project penned for its
eco-efficiency, and therefore chose to use only LEDs and fluorescent lamps.
The use of economical solutions, moreover, was combined with a sophisticated
proposal: for the benefit of the occupants, a huge “fake window”
taking up the whole length of one wall. This is composed of two sets of
fluorescent lamps of differing colour temperature (one warm—3,000K—
and the other cool — 6,500K), which are combined with one another in
such a way as to reproduce the tonal variation undergone by daylight in
the course of the day. Over the table, fluorescent lamps are concealed by
the ceiling lining material, which, when lit, reveals an interesting ribbed
texture. The lighting of the table is complemented by eight LED spotlights,
which are also used to produce a grazing effect on the side walls, these
being covered in wood-grain patterned panels. “We managed to achieve
the same visual impact that we usually get with dichroic lamps, only using
instead the LEDs, which have a not-so-cool colour temperature, appropriate
for these surroundings,” states Gilberto Franco.
For its overall excellence, this project was given the award for the most
technological space in the event.
L+D
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¿QuÉ Pasa?
MAM 60 EXHIBITION The São Paulo Modern Art Museum (MAM) is
now 60 years old and, to celebrate its anniversary, is holding an exhibition
of its collection in the Oca building, located close by the museum,
in Ibirapuera Park. With over 500 works on display, the exhibition traces
the path of modern and contemporary art in Brazil, setting out from a nucleus
of historic modernism of the first half of the 20th century through
to present times.
Included in the display, at MAM’s invitation, is the exhibition “Frans
Kracjberg: Nature”, which brings together, in the museum’s basement,
some 65 sculptures and 40 photographs made and selected by the artist,
the forerunner of ecological art in Brazil.
The lighting project of this wide-ranging collection was assigned to
lighting designer Fernanda Carvalho, in close collaboration with Felipe
Tassara’s exhibition design.
Fernanda’s lighting takes advantage of the Oca’s unusual structure,
designed in the 1950s by Oscar Niemeyer: the great white cap covering
the building was used as a huge reflector to diffuse the light throughout
the surroundings.
The lighting designer had already used this principle in another MAM
exhibition in the Oca in 2006, only, at that time, with a different focus, as
Fernanda explains: “I was completely obsessed with the idea that the light
reflected from the dome should be extremely even, without any light spots.
Two years later, I suggested to Felipe that we light the dome unevenly this
time. I thought we could deliberately create light spots, veritable explosions
of light on the ceiling, which would sometimes themselves become gigantic
lamps. And thus we embarked on a new quest, painting bursts of light on
the ceiling in an intensive labour of fine-tuning the light.”
This diffuse light coming from the dome is complemented by lights
pointed at the walls, principally in the areas of low ceiling-height which
the reflected light could not reach.
In the Kracjberg exhibition, the approach is different. “The lighting
mixes an overall wash light with localised spotlighting on the sculptures
and the relief of the walls. The artist himself closely accompanied the task
of lighting, suggesting angles, with a critical eye highly sensitive to the
nuances of light and shadow. For the sculptures, he said, the light should
come from above. The shadows it makes are, in themselves, revealing,”
Fernanda Carvalho explains.
The MAM 60 exhibition opened on 16 th October and continues until
14 th December.
Exposição MAM 60
O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) completa 60 anos
houvesse manchas. Passados estes dois anos, propus ao Felipe que
e, em comemoração à esta data, realiza uma exposição de seu acervo
iluminássemos a calota, mas desta vez de maneira desigual. Achei
no prédio da Oca, instalado próximo ao museu, no Parque do Ibira-
que poderíamos criar manchas propositais, verdadeiros estouros de
puera. Com mais de 500 obras expostas, a mostra analisa a trajetória
luz no teto, os quais fariam as vezes de luminárias gigantes. E, assim,
da arte moderna e contemporânea no Brasil, partindo de um núcleo
embarcamos em uma nova busca, direcionando riscos no teto, em um
do modernismo histórico da primeira metade do século XX e chegando
trabalho intenso de afinação da luz”.
até os dias de hoje.
Esta iluminação difusa que provém das calotas é complementada
Integra a mostra, a convite do MAM, a exposição “Frans Krajcberg:
por luzes que são dirigidas para as paredes, principalmente nos lugares
Natura”, que reúne, no subsolo do museu, cerca de 65 esculturas
onde o pé-direito é baixo e a luz rebatida não alcança.
e 40 fotografias feitas e selecionadas pelo artista, precursor da arte
Na mostra de Krajcberg, a abordagem é diferente. “A iluminação
ecológica no Brasil.
mescla uma luz geral, lavada, com a iluminação pontual das esculturas
L+D
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O projeto de iluminação deste amplo conjunto esteve a cargo da
lighting designer Fernanda Carvalho, em diálogo com a museografia
criada por Felipe Tassara.
e dos relevos nas paredes. O artista acompanhou de perto o trabalho
da iluminação, sugerindo ângulos, com um olhar bastante crítico e
sensível para as nuances de luz e sombra. Para as esculturas, diz ele,
L+D
23
A iluminação criada por Fernanda tira partido da extraordinária
a luz deve vir de cima. As sombras que ela faz em si a revelam”, es-
estrutura da Oca, projetada na década de 1950 por Oscar Niemeyer:
clarece Fernanda Carvalho.
a grande calota branca que encerra o edifício foi utilizada como um
grande rebatedor, que difunde a luz no ambiente.
Este princípio já havia sido usado pela lighting designer em 2006, em
outra exposição do MAM realizada na Oca, mas, na época, com outro
enfoque, segundo explica Fernanda: “eu estava totalmente obsessiva
para que a luz rebatida na calota fosse muito homogênea, sem que
A exposição MAM 60 foi inaugurada em 16 de outubro e segue
até 14 de dezembro.
Fotos | Photos: Ding Musa

¿QuÉ Pasa?
Fotos | Photos: Martin Gagnon
A NATUREZA COMO SUPORTE
Um projeto realizado por Martin Gagnon e seu escritório, o Ambian-
NATURE AS A VISUAL SUPPORT A project carried out by Martin Gagnon
ces Lighting and Visual Design, transformou as margens de um lago
and his firm, Ambiances Lighting and Visual Design, has transformed the
privado em Quebec (Canadá) em um belo espetáculo de luz e som. A
banks of a private lake in Quebec, Canada, into a beautiful son et lumière
densa vegetação que margeia o lago foi utilizada como suporte visual
show. The thick lakeside vegetation was used as a visual support for the
para as projeções de vídeo e esquemas cromáticos criados a partir de
projection of video and chromatic patterns created on the basis of various
diversos temas – um deles, o magnífico fenômeno natural da Aurora
different themes, one of these being the magnificent natural phenomenon
Boreal. As imagens e vídeos projetados “dançam” de acordo com os
of the Aurora Borealis. The projected videos and images “dance” to the
ritmos do jazz, rock ou música clássica.
rhythm of jazz, rock or classical music.
A instalação permanente é controlada por um sistema multimídia
This permanent installation is controlled by an interactive multimedia
interativo ligado a uma tela wireless sensível ao toque, que, por sua vez,
system connected to a wireless touch screen, which, in turn, is connected
se conecta a computadores que armazenam o conteúdo dos vídeos,
to computers storing the video content, music and lighting programmes.
as músicas e os programas de iluminação. O cliente pode nadar ou
The customer can go swimming or just sit and admire the lovely kinetic
L+D
24
simplesmente sentar-se e observar as belas imagens cinéticas, criadas
especialmente para ele. Ao comando de um simples toque na tela, é
possível modificar completamente a ambiência, conforme a ocasião
images created especially for him. At the command of a simple touch on
the screen, one can completely change the atmosphere, according to the
occasion or the user’s mood.
L+D
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ou mesmo o estado de espírito do usuário.
All the equipment used has been integrated into the landscape so as to
Todo o equipamento utilizado foi integrado ao paisagismo de forma
leave nothing visible. The videos and images are projected onto the “screen”
a não deixar nada aparente. As imagens e vídeos são projetados na
of plants by four 16,000 lumen projectors fitted with long-focus lenses,
“tela” vegetal por quatro projetores de 16 mil lumens, equipados com
and these are camouflaged in fake rocks and supplied by underground
lentes de longo alcance, os quais estão camuflados em pedras falsas e
cables. To complement the installation, 120 RGB LED spotlights were fitted
alimentados por cabos subterrâneos. Complementando a instalação,
at foot of the trees to light them up.
120 projetores com LEDs RGB foram colocados nas bases das árvores
para iluminá-las em uplight.

¿QuÉ Pasa?
Fotos divulgação | Publicity photos
CAMPO ILUMINADO
Quem visitar, nos próximos meses, o centro Eden Project, na região
britânica da Cornualha, terá a chance de conhecer uma das esculturas
luminosas de Bruce Munro. Field of Light está instalada, desde o início de
novembro, no terraço-jardim do centro de visitantes, e lá permanecerá
até março de 2009. A escultura se tornou conhecida do público pela
primeira vez quando uma versão em menor escala foi exibida no Pirelli
Garden do Victoria and Albert Museum, de Londres, em 2004.
A inspiração para este projeto surgiu em uma viagem de Bruce Munro
pelo deserto vermelho da Austrália, há 15 anos. Dirigindo ao longo da
Stuart Highway, ele parava todas as noites em áreas de acampamento à
beira da estrada, as quais estão freqüentemente em absoluto contraste
com o estéril deserto que as cerca: oásis de verde (obtidos por irrigação),
cada um exibindo uma escultura gigantesca de design e proporções surreais
– pode ser uma banana gigante, um abacaxi ou uma ovelha.
Munro ficou chocado com o modo como o deserto vermelho era infecundo
até que choveu e, de repente, sementes que estavam latentes
floresceram. Ele fez uma série de desenhos no caderno que carregava
em seu bolso, e a idéia ficou em sua cabeça desde então.
Assim como a gigante e surreal banana do acampamento, Field of Light
é uma instalação alienígena no meio da natureza. E como as sementes
secas do deserto esperando pela chuva, os caules de fibra ótica ficam
dormentes até o cair da noite, quando desabrocham em luz.
L+D
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FIELD OF LIGHT Anyone visiting, over the next few months, the Eden
Centre Project in the English county of Cornwall, will get the opportunity
of seeing one of Bruce Munro’s illuminated sculptures. Field of Light has,
since the beginning of November, been installed in the garden-terrace of
the visitors’ centre, where it will remain until March 2009. This sculpture
first came to public notice when a smaller scale version was exhibited in the
Pirelli Garden of the Victoria and Albert Museum in London, in 2004.
The inspiration for this project arose during Bruce Munro’s trip through
the Australian Red Desert fifteen years ago. Driving along Stuart Highway,
he stopped nightly at roadside campsites, often contrasting starkly with
the barren desert surrounding them: sprinkler-fed oases of green, each
with a huge sculpture of surreal design and proportions — haply a giant
banana, cucumber or Merino sheep.
Akin to the gigantic and surreal banana of the campsite, Field of Light
is an alien installation intruding in the midst of its natural surroundings.
And like the dry desert seed, awaiting the rain, the fibre optic stems lie
dormant until darkness falls, when they burst out in light.
L+D
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¿QuÉ Pasa?
O branco impecável que caracteriza a fachada do edifício da Fundação
Iberê Camargo, em Porto Alegre (publicado em L+D n°19), foi
invadido por cores intensas e vibrantes em uma noite de outubro.
Tratava-se de uma instalação criada pelo lighting designer Osvaldo
Perrenoud para um evento, a pedido da agência de comunicação
Mazah. A projeção de um jogo dinâmico de luzes e cores na fachada
do edifício desconstruía temporariamente as formas criadas por Álvaro
Siza, e transformava a percepção que temos desta obra, que já se
tornou um ícone da capital gaúcha. A programação foi feita com o
software Capture Polar (a versão demo está disponível para download
em www.capturesweden.com).
FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO
EM CORES
THE IBERÊ CAMARGO FOUNDATION IN COLOUR The impeccable,
characteristic whiteness of the façade of the Iberê Camargo Foundation
building in Porto Alegre (reviewed in L+D Nº. 19) was invaded by vibrant
and intense colours one night in October. This was an installation created,
at the request of the Mazah communications agency, by lighting designer
Osvaldo Perrenoud, for an event. The projection of a dynamic play of lights
and colours onto the building’s façade temporarily deconstructed the forms
created by Álvaro Siza and altered one’s perception of this work, which has
now become an icon of this southern state capital. The programming was
done with Capture Polar software (demo version available for download
at www.capturesweden.com).
L+D
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Fotos divulgação | Publicity photos

¿QuÉ Pasa?
MANIPULANDO O ESPAÇO
Um dos destaques da Mostra Sesc de Artes, realizada de 8 a 18 de
outubro em São Paulo, foi uma instalação luminosa que transformou
a fachada do Sesc Pompéia. Criada pelos designers Alexander Stublic,
Holger Mader e Heike Wiermann, de Berlim, a instalação Folded Space
consistia em projetar, na fachada, formas abstratas bidimensionais em
movimento, as quais “dobravam” visualmente o espaço, proporcionando
novas leituras do icônico edifício criado por Lina Bo Bardi nos
anos 1980. Em uma coreografia de aproximadamente 12 minutos, a
projeção “cria uma nova camada no edifício, que flutua sobre a superfície
e fica fragmentada nos cantos, questionando o espaço pictórico
lógico”, explicam os designers. Mais detalhes sobre a instalação estarão
disponíveis em breve no site www.webblick.de
MANIPULATING SPACE One of the most outstanding features of the
Sesc Arts Show, taking place from 8th to 18th October in São Paulo, was a
light installation that completely transformed Sesc Pompeia’s façade. Created
by designers Alexander Stublic, Holger Mader and Heike Wiermann,
from Berlin, the Folded Space installation consisted of a projection onto the
façade of two-dimensional, abstract, moving forms which visually “folded”
space, giving rise to new readings of this iconic building, designed by Lina
Bo Bardi in the 1980s. In a choreography lasting about 12 minutes, the
projection “creates a new layer over the building that floats on the surface
and becomes fragmented at the edges, putting in question the logical
pictorial space,” the designers explain. More details about the installation
will shortly be available on the website www.webblick.de
Fotos divulgação | Publicity photos
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¿QuÉ Pasa?
NOCTIS
AsBAI INAUGURA SEDE EM SÃO PAULO
A Associação Brasileira de Arquitetos de Iluminação (AsBAI) inaugurou,
em 15 de outubro, sua sede. Localizado no bairro do Brooklin,
em São Paulo, o local oferece espaço para reuniões, workshops com os
patrocinadores e também para os cursos de formação profissional, que
já tiveram início neste mês de novembro (veja nota à página 14). Em
breve, os afiliados da associação também terão à sua disposição uma
biblioteca, com livros e publicações de referência e material técnico.
“Hoje, com a realização da sede da AsBAI, damos o primeiro grande
passo em direção à promoção e ao reconhecimento da profissão, ao
fortalecimento dos seus membros e associados e ao aprofundamento
do saber a arte e a ciência da iluminação, que se iniciou há cerca de
40 anos, no escritório do arquiteto Livio Levi”, declarou Maria Cristina
Maluf, presidente da AsBAI, na noite da inauguração. E completou:
“estamos preparando a AsBAI para o futuro”.
Confira as fotos da inauguração no site www.portallumiere.com.br/asbai
AsBAI OPENS NEW H.Q. IN SÃO PAULO The Brazilian Association of
Lighting Architects (AsBAI) opened its new headquarters on 15th October.
Located in the Brooklin district of São Paulo, the building provides space
for meetings, workshops and also for professional training courses, which
have already started in November (see note on p.14). Associates will, shortly,
also have a library available to them, with reference books and periodicals
as well as technical material.
“Today, with the completion of the AsBAI headquarters, we have taken
the first great step forward towards the promotion and recognition of
this profession, the strengthening of its associates and members and the
deepening of the knowledge, art and science of lighting, which all began
about forty years ago in the offices of architect Livio Levi,” declared Maria
Cristina Maluf, AsBAI’s president, on the inaugural night. And, she concluded,
“We are preparing AsBAI for the future.”
Photos of the opening party at www.portallumiere.com.br/asbai
SHOWROOM LA LAMPE SE RENOVA…
Fotos divulgação | Publicity photos
A linha deprodutos Noctis destaca-se entre os diversos projetores equipados
L+D
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…com a instalação “A Forma da Luz”, criada pelo cenógrafo José
Marton. A ambientação busca mostrar os vários efeitos que a luz pode
criar, dependendo de como é aplicada. “O uso do branco como única
cor de acabamento dos ambientes evidencia a luz como principal
elemento da instalação, capaz de mudar a percepção do visitante em
relação aos espaços”, explica Marton.
Dois dos ambientes (salas de estar e jantar) incorporam peças da série
Hydro, criadas por Ross Lovegrove para a Artemide. Nestes espaços, o
designer estimula os sentidos do visitante, ao utilizar formas orgânicas,
sinuosas e angulosas, além de efeitos pela reflexão, deformação ou
inclinação de paredes. ‘‘Fazendo um paralelo com a água, a instalação
procura dar a sensação de instabilidade e estranheza ao mexer com
o equilíbrio dos espaços’’, analisa o designer.
A ambientação foi inaugurada no final de outubro e deve permanecer
por cerca de um ano. O showroom La Lampe em São Paulo se localiza
na Al. Gabriel Monteiro da Silva, n° 1.258.
LA LAMPE SHOWROOM REVAMP... with the “Light Form” installation,
created by scenic designer José Marton. The atmosphere seeks to demonstrate
the various effects light can create, depending on how it is used.
“The use of white as the only finishing colour of the surroundings shows
up the light as the main feature of the installation, capable of altering the
visitor’s perception in relation to the spaces,” Marton explains.
Two of the spaces (living-room and dining-room) incorporate pieces
from the Hydro series, designed by Ross Lovegrove for Artemide. In these
spaces, the designer stimulates the visitor’s senses, using organic, sinuous
and angular forms, as well as effects through reflection, deformation or
sloping of the walls. “Using water as a parallel, the installation seeks to
impart a feeling of strangeness and instability by interfering with the spaces’
equilibrium,” comments the designer.
The display opened at the end of October and will remain for about
a year. The La Lampe show-room in São Paulo is located at N o . 1.258, Al.
Gabriel Monteiro da Silva.
com LEDsoferecidos pelaSchréder.Disponíveisem múltiplas configurações, os
Noctis podem ser equipados com LEDs nas cores branca, vermelha, verde, azul
ou âmbar,emversão diretaou indireta.Aconcepção do Noctis permite que os
equipamentos sejam instalados pré ou pós aconclusão do local de aplicação,
contando ainda com uma opção resistente apassagem ocasional de veículos,
versão HeavyLoad.Com grau de proteção IP67,alinha Noctis está disponível em
três tamanhos : Mini, Midi eMaxi, comacabamentos em aço inoxou alumínio.
Schréder do Brasil Iluminação Ltda.
Rua Forte do Rio Branco, 300
Parque Industrial São LourençoISão PauloISPIBrasilI08340-140
Tel: + 55 11 2014 4300 IFax: + 55 11 2014 4318
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Membro do Schréder Group G.I.E.
Copyright©Schréder S.A. 2008
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o aperfeiçoamento de nossos produtos, algumas características poderão ser alteradas, sem aviso prévio.
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conforme anorma ISO 9001:2000”
L+D
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¿QuÉ Pasa?
SOBRE A LUZ E SUAS SOMBRAS,
CORES, REFLEXÕES...
Elcio Moreno
A dupla “informação + inspiração” é essencial para arquitetos e
lighting designers que pretendam desenvolver trabalhos inovadores.
Pensando nisso, dois lighting designers residentes em Barcelona decidiram
criar o blog 300.000km/s, no qual publicam as últimas notícias
do universo da iluminação combinadas a outras notas atemporais,
como notícias históricas ou imagens inspiradoras que podem trazer
subsídios de projeto aos profissionais da área.
A relevância da informação – e não a freqüência de atualização – é
o critério para a inclusão de novos posts. A idéia é compartilhar as
informações da maneira mais clara e rápida possível (metaforicamente,
à velocidade da luz, como já indica o nome do blog).
Leitura prazerosa e com muito conteúdo, adicione a seus favoritos!
A NOVA IDENTIDADE DA LUZ?
Os LEDs vêm ganhando cada vez mais espaço no cenário do lighting
design. Prova disto é a grande quantidade de lançamentos com LEDs
das empresas durante as feiras do setor, como a Light and Building e a
Lightfair. Apostando neste crescimento, foi inaugurado recentemente na
Al. Gabriel Monteiro da Silva, em São Paulo, o Light ID, um showroom
dedicado exclusivamente à iluminação com LEDs, da casa ao escritório,
do jardim à iluminação pública. “Muitas pessoas acham que o LED não
ilumina, e nosso showroom mostra que isso é um equívoco: é possível
iluminar uma casa inteira utilizando apenas LEDs como fonte de luz”,
acredita Rodrigo Anzanello, diretor do Light ID.
LIGHT WITH A NEW IDENTITY LEDs are gaining ever more space on the
lighting design scene. Proof of this is in the huge quantity of LED products
launched in this sector’s trade fairs, such as Light and Building and Lightfair.
Counting on this growth, Light ID recently opened, in São Paulo, a new
showroom devoted exclusively to LED lighting, for home and office, for
gardens and public spaces. “A lot of people think that LEDs don’t provide
lighting, and our showroom shows that this is a mistake: it’s possible now
to light a whole house with LEDs as the only light source,” believes Light
ID’s director, Rodrigo Anzanello.
ON LIGHT & ITS SHADOWS, REFLECTIONS, COLOURS... The duo
“information + inspiration” is essential to architects and lighting designers
seeking to develop innovative projects. With this in mind, two lighting
designers living in Barcelona decided to create the blog, 300,000km/s, in
which they publish the latest news from the world of lighting, together
with other timeless notes, such as historical material or inspiring images
that may bring something extra to professionals in the field to help with
their projects.
The relevance of the information — rather than the frequency of its updating
— is the primary criterion for its inclusion in new posts. The idea is
to share information in the clearest and fastest way possible (metaphorically
speaking, at the speed of light, as implied by the site name).
Enjoyable reading with lots of content, add this to your favourites!
www.300000kms.com
NOVO SHOWROOM LIGHT DESIGN
Fotos divulgação | Publicity photos
L+D
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A Light Design inaugurou, no início de novembro, seu novo showroom
na cidade de Campo Grande (MS). O espaço tem projeto arquitetônico
NEW LIGHT DESIGN SHOWROOM At the beginning of November,
Light Design opened its new showroom in Campo Grande (MS). The architectural
project for this space is by Paulo Henrique Paranhos and, as
L+D
35
de Paulo Henrique Paranhos e, além de apresentar o mix de produtos
well as presenting a mix of products produced by the firm and automa-
fabricados pela empresa e sistemas de automação para iluminação
tion systems for artificial light, it also provides some additional customer
artificial, também proporciona algumas facilidades aos clientes, como sala
facilities, such as a massage parlour, gourmet area, panoramic elevator and
de massagem, espaço gourmet, elevador panorâmico, estacionamento e
external leisure area. The decoration of eight environments in the store
área de lazer externa. A decoração de oito ambientes da loja é assinada
is of the authorship of local professionals, drawn from among the thirty
por profissionais da cidade, sorteados dentre os 30 parceiros com mais
colleagues with the most projects nominated for Light Design 2006 and
projetos indicados à Light Design em 2006 e 2007. O novo showroom
fica à Rua Euclides da Cunha, n° 1.333, no bairro Santa Fé.
2007. The new showroom is located at Nº. 1.333 Rua Euclides da Cunha,
in the Santa Fé area.

¿QuÉ Pasa?
GRAFITTI, LUZ E DESIGN
A luz estava presente, de diversas formas, nos produtos apresentados
pelo designer britânico Ben Rousseau na mostra Designers Block 2008,
realizada em Londres durante a última London Design Week. Dentre as
peças expostas, destaca-se a cadeira criada por Rousseau em colaboração
com o grafiteiro INSA: a bolha de acrílico dos anos 1960 foi iluminada
por 7m de LEDs, dando forma, por meio da luz, à estampa autoral de
INSA, a Graffiti Fetish. A peça será produzida em edição limitada (dez
unidades). Mais informações em www.rousseau.co.uk
Joe Mcgorty
A iluminação da Philips está na Torre Eiffel, nas
Pirâmides do Egito,na Ópera de Sydney emuito
mais. Quem leva beleza eeconomia para
omundo todo tinha mesmo que estar em
um lugar chamado Boa Viagem.
GRAFFITI, LIGHT AND DESIGN Light made its presence felt, in various
forms, in the products presented by British designer Ben Rousseau at the
Designers’ Block 2008 exhibition, taking place during the last London Design
Week. Outstanding among the pieces on show is the chair created by Rousseau
in partnership with the graffiti artist INSA: an acrylic globe from the 60’s
was lit with seven metres of LEDs, forming, with the light, a bespoke print,
INSA designed, the Graffiti Fetish. This work is to be produced in a limited
edition of ten pieces. More information from www.rousseau.co.uk
SEMENTE ENERGÉTICA
Um timer controla o acendimento da luminária, programado para
o período noturno. À medida que a energia das pilhas é consumida,
a luz enfraquece, e este é o sinal para que as pilhas sejam recolhidas
(a abertura do coletor é feita com o uso de uma chave).
A imagem da luminária remete à de uma flor plantada em um
vaso, o que, associado ao modo como as pilhas são inseridas na base
coletora, faz com que as pessoas se sintam realmente “semeando a
luz”. Ainda em protótipo, é uma idéia promissora.
ENERGETIC SEED Energy Seed is a light fixture together with a receptacle
for used batteries, for installation in public spaces. The used batteries
are deposited in the base of the lamp, and their vestigial energy is used
to light the fixture’s LEDS.
This idea, from South-Korean designers Sungwoo Park and Sunhee
Kim, brings us an intelligent solution to three problems: energy economy
in public lighting, the disposal and collection of used batteries, and the
pollution caused by their premature disposal.
Most of the batteries discarded are still not completely discharged. Their
energy may be insufficient to power a digital camera or any other such
equipment, but can still be used to light up LEDs (only about 2V are needed).
Since most discarded batteries still discharge from 0.8V to 1.3V, by using
two or three of these cells together it is still possible to light up a LED.
A timer controls the switching on of the light, programmed for nighttime.
As the power from the batteries is used up, the light dims, a sign
that the batteries should be removed (the battery compartment is opened
with a key).
The appearance of the light reminds one of a pot-plant, which, together
with the way in which the batteries are “planted” in the deposit at the
base, gives people the feeling that they really are “sowing light”. Still in
prototype form , this is a promising idea.
Energy Seed é uma luminária combinada com um coletor para
pilhas usadas, para ser instalado em lugares públicos. As pilhas usadas
são depositadas na base da luminária, e a energia que ainda resta é
utilizada para acender os LEDs da luminária.
A idéia dos designers sul-coreanos Sungwoo Park e Sunhee Kim traz
uma solução inteligente para três questões: a economia energética
na iluminação pública, a coleta de pilhas e a poluição causada pelas
pilhas descartadas antes da hora.
A maioria das pilhas que vai para o lixo ainda não está completamente
vazia. Sua energia pode não ser mais suficiente para fazer funcionar
uma câmera digital ou outros equipamentos, mas ainda pode ser
utilizada para acender LEDs (aproximadamente 2V são necessários).
Como a maioria das pilhas que é jogada fora ainda possui de 0,8 a
1,3V, com o uso simultâneo de duas a três destas pilhas é possível
acender um LED.
L+D
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L+D
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Os cartões-postais mais importantes do mundo têm amarca dos
projetos de iluminação Philips. EaOrla de Boa Viagem éamais nova
na lista.Além de mais belezaesegurança, Recife vai ganhar em economia
de energia. Uma obra realizada com aprefeitura do Recife para destacar
ainda mais essa obra-prima da natureza.
www.philips.com.br

Iluminação diferenciada e exclusiva
Para lâmpadas dicróicas
Extraível em 65º
Rotatório em 360º
Acessórios:
- grelhas
- filtros UV
- filtros coloridos
Moldurador Regulável:
recorta a luz e a
distribui uniformemente
na superfície do quadro.
www.altenaplus.com.br
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DISTRIBUIDORES AUTORIZADOS
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¿QuÉ Pasa?
A LUZ E AS CORES
Conhecer e usar bem a cor é um requisito essencial não apenas para
LIGHT & COLOURS Good knowledge and use of colours is an essential
os artistas, mas também para os arquitetos e designers. No lighting
prerequisite not only for artists, but also for architects and designers. In
design contemporâneo, onde o uso de sistemas RGB é cada vez mais
contemporary lighting design, where the use of RGB systems is ever more
difundido, a cor constitui um importante elemento compositivo. A
widespread, colour constitutes a fundamental compositional feature. Th
editora Gustavo Gili lança o livro Color y Luz: Teoría e Práctica, escrito
publishing house, Gustavo Gili, is launching the book “Color y Luz: Teoría
por Jorrit Tornquist, um dos maiores especialistas em cor na atualidade.
y Prática” [Colour and Light: Theory and Practice], by Jorrit Tornquist, one
O autor estuda a cor, há quatro décadas, sob duas abordagens paralelas:
of the greatest contemporary specialists in colour. The author has studied
a cor na expressão artística e o projeto cromático para a arquitetura, o
colour from two parallel perspectives for the past four decades: colour in
urbanismo e o design. Neste livro, Tornquist analisa os fundamentos
artistic expression and colour projects for architecture, town-planning and
técnicos do uso da cor (sistemas cromáticos, princípios de física e de
design. In this book, Tornquist analyses the technical foundations of the use
fisiologia), as interações cromáticas (iluminação, sombras, luz colorida,
of colour (colour systems, physical and physiological principles), chromatic
filtros, interações e mesclas de cor), fenômenos sinestésicos ligados às
interaction (lighting, shadows, coloured light, filters, colour interaction and
cores e também a relação entre a luz e a cor do ambiente.
mixing) and synaesthetic phenomena linked with colours, as well as the
O livro já está disponível nas principais livrarias do país.
relationship between the light and the colour of the surroundings.
The book is now available from Brazil’s leading bookstores.
ON THE ROCHAVERÁ COMPLEX Publishers C4 have just launched
L+D
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ROCHAVERÁ COMENTADO
A editora C4 acaba de lançar mais um volume da série Arquitetura
another volume in the series “Arquitetura Comentada” [Commentated
Architecture], whose purpose is the analysis of an architectural project
from its inception to its completion. The theme, this time around, is
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Comentada, que se propõe a analisar um projeto de arquitetura
the Rochaverá complex, planned by the firm of Aflalo & Gasperini and
desde sua concepção até a finalização. O tema, agora, é o complexo
recently opened, in São Paulo. Written by Cris Corrêa, the book shows
Rochaverá, projetado pelo escritório Aflalo & Gasperini e inaugurado
how the questions concerning sustainability were handled in the devel-
recentemente em São Paulo. Escrito por Cris Corrêa, o livro mostra
opment of this project, which was awarded the first LEED certification
como as questões relacionadas à sustentabilidade foram tratadas no
label in Brazil.
desenvolvimento do projeto, que recebeu o primeiro selo de certificação
(See the Rochaverá’s lighting project in this edition on p. 64)
LEED no Brasil. (Confira o projeto luminotécnico do Rochaverá nesta
edição, à página 64).
www.editorac4.com.br

¿QuÉ Pasa?
Foto divulgação | Publicity photo
A MADEIRA REINVENTADA
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A cidade de Londres ganhou, recentemente, uma instalação fascinante:
a convite da marca Veuve Clicquot, a dupla de designers britânicos
Fredrikson Stallard, criou uma instalação para celebrar o London Design
Festival, na qual brincam com um dos mais antigos e conhecidos
materiais construtivos do design – a madeira.
Durante o dia, a escultura em aço corten – cujo desenho vazado
representa os veios da madeira – é o elemento dominante na paisagem;
à noite, são os espaços vazios que se destacam, iluminados por uma luz
amarela, no famoso tom que caracteriza a champanheria francesa.
REINVENTION OF WOOD The city of London recently acquired a fascinating
new installation: at the invitation of the Veuve Cliquot label, to
celebrate the London Design Festival, the British design pair, Fredrikson
Stallard, created an installation in which they toy with one of the oldest
and best-known design construction materials — wood.
In the daytime, the sculpture in Corten steel — whose cut-away design
represents the graining of wood — is the dominant feature of the landscape;
at night, it is the hollow spaces that stand out, lit up by a yellowish light in
that celebrated shade that typifies the French champagne.
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projetos | projects
Joshua Spitzig
PINTURAS
LUMINOSAS
JR Krauza
Chris Abele
As noites da cidade de Milwaukee, no estado
norte-americano de Wisconsin, estão mais movimentadas ultimamente.
É que desde abril o prédio do Marcus Center for the Performing Arts, projetado
pelo arquiteto Harry Weiss na década de 1960, tem sido “pintado
com luzes” todas as noites, atraindo o interesse não só dos habitantes
da cidade, mas até mesmo estimulando o turismo local.
O novo projeto de iluminação, projetado por Paul Gregory e sua equipe
do escritório Focus Lighting, consiste em uma série de esquemas cromáticos
luminosos que são projetados nas fachadas do Marcus Center,
literalmente pintando-o com luzes. O objetivo da proposta, segundo o
lighting designer, é fazer com que o exterior do edifício reflita a programação
dinâmica e diversificada que o centro abriga.
As pinturas florais da artista Georgia O’Keefe, especialmente Red Canna
(1923), Blue Flower (1918) e Petunias (1925), forneceram a inspiração
para muitas das combinações luminosas. “Os programas de iluminação
buscam a mistura suave de luz e cores que era freqüentemente encontrada
nas maravilhosas pinturas florais de O’Keefe”, conceitua Gregory.
A paleta de cores é complementada por outras referências ligadas à
natureza; o efeito Fall Foliage, por exemplo, incorpora os diversos tons
quentes da paisagem de outono de Wisconsin.
A cada 20 minutos, o esquema luminoso é modificado, dando lugar
a uma nova composição luminosa dentre as 16 existentes. A tecnologia
LED foi escolhida por sua diversidade de cores e pela facilidade de manutenção,
além do baixo consumo. Cerca de 900 wall-washers ColorBlast®
12 – cada um com 36 LEDs – iluminam todas as fachadas do edifício, que
ocupa uma quadra inteira e agora se destaca ainda mais na paisagem.
(Por Winnie Bastian)
Uma rica paleta de cores baseada nas
pinturas florais de Georgia O’Keefe foi
utilizada no projeto da nova iluminação
PAINTING WITH LIGHT The nights in the town of Milwaukee, in the
tion for many of the colour combinations. “The illumination programs
da fachada do Marcus Center for the
North American state of Wisconsin, have been busier of late. Since April,
strive for the soft blending of light and color combinations often found
Performing Arts | A rich palette of colours,
the Marcus Center for the Performing Arts building, designed by architect
in O’Keefe’s gorgeous paintings of flowers,” Gregory states. The palette
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based on Georgia O’Keefe’s flower
paintings, was used in the design of the
Harry Weiss in the 60’s, has been “painted with light” every night, attracting
the interest, not just of the town’s inhabitants, but also promoting
of colours is complemented by other references tied in to nature; the Fall
Foliage effect, for example, uses the varied warm tones of the Wisconsin
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new lighting for the Marcus Center for
local tourism.
autumn landscape.
the Performing Arts
The new lighting project, designed by Paul Gregory and his team from
Every twenty minutes, the lighting scheme changes, making way for a
Focus Lighting, consists of a series of coloured lighting schemes projected
new light composition from among the sixteen existing ones. LED technol-
Marcus Center for the Performing Arts
onto the façades of the Marcus Center, literally painting it with light. The
ogy was chosen for its diversity of colours and for its ease of maintenance,
Milwaukee, Estados Unidos | United States
aim of this scheme, according to the lighting designer, is to make the
as well as for its low power consumption. Around 900 ColorBlast® 12
Projeto de Iluminação | Lighting project:
building’s exterior reflect the dynamic and varied programme housed
wall-washers — each with 36 LEDs — light up all the façades of the build-
Paul Gregory, JR Krauza, John Spitzig / Focus Lighting
within the Center.
ing, which takes up an entire block and now stands out even more in the
Arquitetura | Architecture: Harry Weiss
The floral paintings by artist Georgia O’Keefe, especially Red Canna
nocturnal cityscape. (By Winnie Bastian)
Fornecedores | Suppliers: Color Kinetics, ETC
(1923), Blue Flower (1928) and Petunias (1925), served as the inspira-

projetos | projects
PARA CELEBRAR
A PAIXÃO DOS
BRASILEIROS
É possível unir emoção, história e diversão em um único
espaço? O Museu do Futebol, inaugurado em setembro deste ano, na
CULTIVATING A BRAZILIAN PASSION Is it possible to bring together
emotion, history and entertainment within one space? The Museum of
Zona Oeste de São Paulo, mostra que sim. Construído numa área de
Football, opened in September of this year, in the Western Zone of São
6,9 mil m² sob as arquibancadas do Estádio Municipal Paulo Machado
Paulo, clearly demonstrates that it is. Built in an area of 6.9 thousand square
de Carvalho – nome oficial do Pacaembu –, o museu narra a história do
metres under the stands of the Paulo Machado de Carvalho Municipal
esporte mais aclamado pelos brasileiros por meio de diversas exposições
Stadium — the official name of Pacaembu Stadium — the museum tells
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multimídia, divididas em três eixos temáticos. O projeto luminotécnico,
desenvolvido pelo escritório LD Studio, de Mônica Lobo, caminhou lado
a lado com as necessidades do projeto museográfico, criado por Daniela
the story of the Brazilians’ most popular sport, through various multimedia
exhibitions, organised into three thematic sections. The lighting project,
developed by Mônica Lobo of LD Studio, accompanied, side-by-side, the
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Thomas e Felipe Tassara, além de valorizar os novos espaços e a arquite-
needs of the museum project, created by Daniela Thomas and Felipe Tas-
tura original do estádio, concebido na década de 1930.
sara, as well as enhancing these new spaces and the original architecture
O projeto de arquitetura, feito por Mauro Munhoz, busca valorizar as
of the stadium, which was designed in the 1930s.
No hall de entrada, projetores lançam luz sobre o teto,
linhas originais do edifício e integrá-lo com a Praça Charles Miller. Além
The architectural project, carried out by Mauro Munhoz, seeks to make
valorizando o relevo das arquibancadas e a amplitude
de privilegiar o vidro como material de vedação externo, Munhoz tirou
the most of the original lines of the building and its integration with Charles
do espaço | In the entrance hall, spotlights throw
partido da grandiosidade da arquitetura art déco original, eliminando
Miller Square. As well as giving priority to glass as the external cladding
light onto the ceiling, emphasising the tiering of the
lajes para ampliar galerias e criar um grande hall de entrada, com pé-
material, Munhoz also took full advantage of the grandeur of the original
seating stands and the spaciousness
direito triplo. Embutidas no piso, junto à lateral dos pilares do acesso
art deco architecture, removing concrete slab floors to enlarge galleries

and make a huge entrance hall with a three-storey ceiling height. Built
into the floor, close beside the pillars of the main entrance, metal vapour
lights (CDMT, 150W, 3,000K) highlight the structure and the vast opening
of the entrance. In the galleries where the ceilings are lower, the columns
are treated to the same kind of up-lighting, only with less powerful lamps
(70W). “The lighting favours the awareness of the galleries and of the
openings, as well as helping them to stand out within the façade’s design,”
asserts Mônica. This “fill” lighting of the building’s spaces is complemented
with frontal lighting — made up of four metal vapour spotlights (1,000W),
fixed to an existing post in the square in front — which highlights the central
portion of the façade’s curve, while two other metal vapour spotlights
(2,000W), fitted to two other existing posts at the extremities of the curve
(cross-beams), light the trees covering the slope. “This complementary
lighting permits an appreciation of the building as a whole,” the lighting
director explains.
The round window openings that are scattered over the façades have
their shape emphasised by the light falling on them from fluorescent tubes
(T5, 28 W, 3,000k) installed in fixtures in the upper part of the openings,
between the frames and the internal metal protection screens against
direct sunlight.
Another architectural feature brought out by the lighting project is the
footbridge on the second floor, across the span of the portico that marks
the main entrance. Open to the square, this footbridge constitutes a key
point on the trajectory through the exhibition, since it combines a breathing
space, in which the visitor can gaze out over the city, with a transition
space between two of the museum’s thematic sections, (History and
Entertainment). A long linear bench stretches throughout the length of
the footbridge; behind it, built-in lights with fluorescent tubes (T5, 54W,
3,000K) light the walls and the ceiling of this area, again helping to define
the perception of space in the façade.
Inside the entrance hall, the walls are lined with hundreds of photographs
of personal accessories and of people connected with football; the ceiling,
as throughout most of the museum, is tiered, corresponding to the
underside of the stadium’s seating stands. Within this context, the overall
lighting of the space was carried out so as not to create visual pollution
of the ceiling: spotlights with metal vapour lamps (HCITS, 250W, 3,000K)
were fitted to the concrete pillars, and the ceiling tiers act as a reflector,
returning the light to the surroundings.
Another area very similar to the entrance hall, above all with regard
to the lighting, is the exit lobby, where the same kind of spotlights and
lamps throw the light upwards. The difference here is in the use of circular
aluminium reflectors to return the up-lighting from the spots (with metal
vapour lamps) to the surroundings.
In the daytime, daylight floods abundantly into the hall through the glass
cladding. However, in most of the areas of the museum, sunlight has been
totally excluded in favour of the multimedia resources, which, in themselves,
already light the surroundings. This is the case, for example, in the “Pé na
Bola” [Foot to the Ball] area on the first floor, where an enthralling succession
of video recordings of kids kicking the ball around in a number of
synchronised scenes sets the tone for the museum’s first thematic section
(Emotion). In this area the lighting is limited to LED bollards (2W 3,000K)
lighting the floor and indicating the itinerary to the visitors.
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principal, luminárias para lâmpadas a vapor metálico (CDMT, 150W,
3.000K) destacam a estrutura e o grande vão de entrada. Nas galerias,
onde o pé-direito é menor, as colunas recebem o mesmo tipo de uplight,
porém com lâmpadas de potência inferior (70W). “A luz privilegia
o reconhecimento das galerias e dos vãos, além de evidenciá-los no
desenho da fachada”, afirma Mônica. Esta luz que “recheia” os espaços
do edifício é complementada por iluminação frontal – composta por
quatro projetores para lâmpada a vapor metálico (1.000W), instalados
em um poste frontal existente na praça –, que destaca a porção central
da curva, enquanto outros dois projetores para lâmpada a vapor metálico
(de 2.000W), fixados em outros dois postes existentes nos extremos da
curva (fachos cruzados), iluminam as árvores que compõem o talude.
“Este complemento permite a leitura do edifício em sua plenitude”,
explica a lighting designer.
Os “óculos”, aberturas circulares que pontuam as fachadas, também
têm seu desenho destacado pela iluminação que recebem de lâmpadas
fluorescentes (T5, 28W, 3.000K) instaladas em luminárias na parte superior
do vão das janelas, entre os caixilhos e as telas metálicas internas
que protegem contra a incidência solar direta.
Outro elemento arquitetônico evidenciado pelo projeto luminotécnico é
a passarela localizada no segundo andar, no vão do pórtico que demarca
o acesso principal. Aberta para a praça, esta passarela constitui um ponto
importante no percurso da exposição, já que configura, ao mesmo tempo,
um momento de “respiro”, no qual o visitante pode contemplar a cidade,
e também um espaço de transição entre dois eixos temáticos do museu
(História e Diversão). Um extenso banco linear percorre toda a passarela;
atrás dele, luminárias embutidas recebem lâmpadas fluorescentes (T5,
54W, 3.000K) que iluminam a parede e o teto deste ambiente, mais uma
vez ajudando a definir a volumetria da fachada.
Já no hall de entrada, as paredes são forradas por centenas de fotos
de objetos pessoais de torcedores e pessoas relacionadas ao futebol; o
teto, assim como em grande parte do museu, é escalonado, correspondendo
ao “avesso” das arquibancadas do estádio. Neste contexto, a
iluminação geral do espaço foi feita de modo a não poluir visualmente o
teto: projetores com lâmpadas a vapor metálico (HCITS, 250W, 3.000K)
foram fixados nos pilares de concreto, e a arquibancada atua como um
rebatedor, devolvendo a luz ao ambiente.
Um espaço muito semelhante ao hall de entrada, sobretudo no que
se refere ao sistema de iluminação, é o saguão de saída, onde projetores
e lâmpadas do mesmo tipo jogam a luz para cima. A diferença está na
presença de rebatedores circulares de alumínio que refletem o uplight
dos projetores (com lâmpadas a vapor metálico) pelo ambiente.
Acima, vista da sala Anjos Barrocos. Na página ao lado,
vista parcial do espaço Exaltação | Above, view of
the Baroque Angels room. Facing page, partial view
of the Exaltation room
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Acima, a sala Origens. Na página ao lado, no alto, sala Copas do Mundo; embaixo,
a passarela que conecta os eixos História e Diversão | Above, the Origins room. Top
of facing page, World Cup room; below it, the footbridge connecting the History
and Entertainment sections
Durante o dia, a iluminação natural penetra o hall de maneira abun-
Following this, the Baroque Angels room is made up of transparent ho-
dante pela vedação de vidro. No entanto, em grande parte dos espaços
lographic screens with pictures of Brazilian football idols, who seem to float
do museu, a luz do sol foi totalmente banida em benefício dos recursos
in space. In this area — as in most of the rooms where video and projected
multimídia que, por si só, já iluminam, de certa forma, os ambientes. É o
images are the protagonists— the light filters in discreetly, indicating the
caso, por exemplo, do espaço Pé na Bola, no primeiro pavimento, onde
exhibition route and lighting the explanatory totems where necessary. This
uma instigante seqüência de vídeos com crianças e jovens chutando bola
lighting is achieved with halogen lamps (AR111, 65W, 8° and 24°) fitted
em vários cenários sincronizados inaugura e dá o tom ao primeiro eixo
to the sides of the concrete beams.
temático do museu (Emoção). Neste espaço, a iluminação se restringe
In the Goals and Radio room, the visitor will find video recordings of
a balizadores de LEDs (2W, 3.000K), que iluminam o piso, sinalizando o
well-known personalities talking about their favourite goals, as well as audio
percurso para os visitantes.
booths with radio commentaries of historic plays in the story of Brazilian
Na seqüência, a sala Anjos Barrocos é composta por telas holográficas
football. The bollard lighting described above is used here too.
transparentes com imagens de ídolos do futebol brasileiro, que parecem
In Exaltation, one of the most worthwhile spaces in the museum, the
flutuar no espaço. Neste ambiente – assim como na maioria das salas
visitor is carried away in the midst of a huge crowd of fans, an experience
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onde projeção e vídeo são protagonistas –, a luz surge de forma comedida,
indicando o caminho para o percurso da exposição e iluminando
os totens explicativos, quando necessário. Esta iluminação é feita com
achieved by a combination of audio and video systems with a programmed
display of lights. The show takes place in a vast open space connecting
the first and second floors, an area that preserves the original stadium
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projetores para lâmpadas halógenas (AR 111, 65W, 8º e 24º, respecti-
structure as well as earth and stones from the time of its construction.
vamente), fixados nas laterais das vigas.
The lighting here brings an enhanced reality to the experience: four LED
Na sala Gols e Rádios, o visitante tem acesso a vídeos de personali-
spotlights (Color Kinetics IW Blast, 50W, 24° and 10°), synchronised with
dades que discorrem sobre seus gols favoritos, e também a cabines de
the multimedia system, receive a DMX signal and, at the moment of the
áudio, com narrações radiofônicas de lances históricos do futebol bra-
fireworks simulation, “the light flickers with a strobe effect which, as well
sileiro. A iluminação de balizamento citada acima também é utilizada
as corresponding to the fireworks effects, reveals the vast space,” Mônica
neste ambiente.
elucidates. “It is the narrow-beam spot (10°) that gives the spectator the
notion of spatial depth,” the lighting designer adds.

Ao lado, vista parcial do setor Números
e Curiosidades. Abaixo, vista parcial
da sala Jogo de Corpo, mostrando,
à esquerda, o fichário gigante
com informações sobre 128 clubes
brasileiros | At left, partial view of
the Numbers and Curiosities room.
Below, partial view of the Body Play
room, showing, at right, the gigantic
card index holding information on 128
Brazilian football clubs
Continuing on his route, the visitor goes on to the History section, starting
with the Origins room, a nostalgic space whose walls are covered in
old gilt-framed photographs showing the beginnings of football in Brazil.
The diffused direct lighting is furnished by four huge lighting fixtures (2 x
2 x 0.25m) suspended from the concrete ceiling and beams of the stands.
Made of stretched sheets of translucent PVC and aluminium mouldings, each
fixture has 18 fluorescent tubes (T5, 28W, 3,000K). This large number of
lamps was needed to provide sufficiently even lighting, since the light-box is
only 25 cm deep, requiring closer spacing between the lamps for the line of
each one to be imperceptible. To balance the light’s intensity, dimmers were
needed, and this caused a drop in colour temperature (3,000K) producing
a greyish tone that was duly corrected with gel filters (#204).
In the World Cup room, three-dimensional structures, reminding one of
the shape of a trophy, carry a series of photographs of victories and defeats
from each of the World Cup series, all of these back-lit with fluorescent tubes
(T5, 8W, 2,500K). “This amount of back-lighting provides the surroundings
with a pleasing quality of light. The challenge here was in achieving the
minimum possible depth for the these back-lights. Daniela Thomas’ idea
was for them to look like plasma screens,” recounts Mônica.
Further on, the visitor crosses over the footbridge, mentioned above, on
his way to the Numbers and Curiosities room, which begins the Entertainment
section. Here, rules, stories, statistics and facts connected with the
sport, are presented to the public in the form of games, in a vast threedimensional
almanac. “Daniela Thomas wanted a cheerful atmosphere with
plenty of light,” recounts Mônica, who used a linear system of suspended
fittings for fluorescent tubes, combining direct lighting (T5, 54W, 3,000K)
with indirect (T5, 28W, 3,000K). The former favours the viewing of the
information panels, while the latter, with its light directed upwards, brings
out the pattern of the tiered ceiling. Based on simplicity, this solution was
used in the various parts of the museum not having a two-storey ceiling
height, including the auditorium, as the lighting designer explains: “when
Em Exaltação, um dos espaços mais preciosos do museu, o visitante é
utilização de dimmers, o que acabou por alterar a temperatura de cor da
virtualmente transportado para o meio de uma grande torcida, experiên-
luz (3.000K), resultando em um tom acinzentado, que foi devidamente
cia proporcionada pela combinação de sistemas de áudio e vídeo com
corrigido com o emprego de filtros de gelatina (#204).
um jogo programado de luzes. O espetáculo acontece num grande vão
Na sala Copas do Mundo, estruturas tridimensionais que remetem ao
que conecta o primeiro ao segundo andar, local que preserva a estrutura
formato de uma taça suportam uma série de fotos sobre as conquistas
original, além da terra e pedras da época da construção do estádio. A
e derrotas em cada Copa do Mundo, todas iluminadas por backlight
iluminação, aqui, traz mais realidade à experiência: quatro projetores de
de lâmpadas fluorescentes (T5, 8W, 6.500K). “Esta quantidade de
LEDs (Color Kinetics IW Blast, 50W, 24º e 10º) sincronizados ao sistema
backlights dá uma luz bastante agradável para o ambiente. O desafio,
multimídia recebem sinal de DMX e, no momento da simulação dos fogos,
ali, foi conseguir a menor espessura possível para esse backlight. A
“a luz pisca gerando um efeito estroboscópico, que, além de conversar
idéia da Daniela Thomas era de que esses backlights parecessem telas
com o efeito dos fogos, denuncia o grande espaço”, esclarece Mônica.
de plasma”, conta Mônica.
“É o projetor de facho fechado (10º) que dá ao observador a noção de
Mais adiante, o visitante cruza a passarela já mencionada em direção
profundidade espacial”, acrescenta a lighting designer.
à sala Números e Curiosidades, que dá início ao eixo da Diversão. Lá,
Continuando o percurso, o visitante segue para o eixo da História,
regras, histórias, estatísticas e fatos ligados ao esporte são apresentados
L+D
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estreado pela Sala das Origens, um ambiente nostálgico cujas paredes
estão repletas de fotos antigas com molduras douradas, que expõem os
primórdios do futebol no Brasil. A iluminação direta e difusa é propor-
ao público de forma lúdica, num grande almanaque tridimensional. “Daniela
Thomas queria um ambiente alegre e com iluminação abundante”,
conta Mônica, que utilizou um sistema linear de luminárias pendentes
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cionada por quatro grandes luminárias (2m x 2m x 0,25m) atirantadas
para lâmpadas fluorescentes, que combina iluminação direta (T5, 54W,
na laje e vigas de concreto das arquibancadas. Confeccionadas com telas
3.000K) e indireta (T5, 28W, 3.000K). A primeira favorece a visualização
tensionadas de PVC translúcido e perfis de alumínio, cada luminária possui
dos painéis informativos, enquanto a segunda, com a luz voltada para o
18 lâmpadas fluorescentes (T5, 28W, 3.000K). Esta quantidade de lâm-
alto, valoriza o desenho das arquibancadas. Pautada pela simplicidade,
padas foi necessária para a obtenção de uma luz bastante homogênea,
esta solução, foi utilizada em diversas partes do museu que não possuem
já que a caixa possuía apenas 25cm de altura, demandando uma proxi-
pé-direito duplo, inclusive o auditório, conforme explica a lighting designer:
midade maior entre as lâmpadas para que a linha luminosa de cada uma
“quando entrei nesse projeto, o Mauro Munhoz e a Daniela Thomaz já
não fosse percebida. Para equilibrar a intensidade da luz, foi necessária a
tinham um conceito forte de que todas as intervenções na arquitetura do

I joined this project, Mauro Munhoz and Daniela Thomas already shared a
strong opinion that every intervention in the museum’s architecture should
share the same language and follow the lines dictated by the architecture
itself. So we came up with this solution of a linear system that can be
modified in accordance with the lighting and architectural needs in each
of the spaces. When we needed local lighting, however, we used halogen
spotlights fitted to the sides of the concrete beams, since the architecture
defined this path for all of the installations. The idea was really to interfere
as little as possible with the architecture and allow all of the structural part
of the museum to make itself apparent”.
In the next room, the Football Dance, huge “balls”, formed by hexagonal
structures, work as multimedia stations showing plays that are veritable
choreographies. Each of these spheres has three halogen lights (AR111,
65W, 24°) lighting the floors around the stations and defining the interior
space, as well as halogen spotlights (AR111, 65W, 8°) indicating the entry
and exit points of this space.
The interactivity is reaches its height in the Body Play room, a section
that brings together activities such as games with virtual balls and “Score a
Goal” where the visitor simulates a free kick against a virtual goal-keeper.
This area also has a vast card index of information on 128 football clubs,
lit with down-lighting from four linear lights, each using three dichroic
lamps (35W, 36°, energy saver).
Next, in the Pacaembu room, the museum pays homage to the stadium
itself, one of São Paulo city’s architectural icons. The story of its construction
is told through video recordings, architectural plans and photographs from
the 1940s and 1950s. The pictures are lit by halogen spotlights (AR111,
65W), with varying beam widths. Since the ceiling of this area corresponds
to the underside of the seating tiers, the spotlights are fitted to the sides of
a sloping beam. So that the resultant light falling on the photos is even, two
different beam angles are used (8° and 24°) according to their height.
The Pacaembu room is the last exhibition room in the Museum of Football.
After finding out so much more about the stadium and having experienced
the emotion, the history and the entertainment furnished by this space
entirely devoted to the country’s most popular sport, the visitor arrives
in the exit lobby. And, in all probability, already having a strong desire to
return... (By Valentina Figuerola and Winnie Bastian)
MUSEU DO FUTEBOL | MUSEUM OF FOOTBALL
São Paulo, Brasil | Brazil
Projeto de Iluminação | Lighting project: Mônica Lobo, Daniele
Valle, Gabriel Vinagre, Caroline Reis / LD Studio
Arquitetura | Architecture: Mauro Munhoz Arquitetura
Museografia | Exhibition design:
Daniela Thomas e Felipe Tassara
Fornecedores | Suppliers:
Altena, Altrac, Comsystel, E-lite Technologies, Everlight,
Interpam, Lumini, Osram, Philips, Tensoflex
Fotos | Photos: Ding Musa
museu deveriam ter uma linguagem única, e acompanhar as linhas ditadas
baixo das arquibancadas, os projetores estão instalados nas laterais de
pela arquitetura. Por isso, chegamos a esta solução de um sistema linear
uma viga inclinada. Para que a luz resultante no plano das fotografias
que se transforma conforme a necessidade de luz e de arquitetura de
fosse homogênea, foram utilizados dois fachos diferentes (8º e 24º),
cada espaço. Quando precisávamos de luz pontual, no entanto, usávamos
conforme a altura da viga.
projetores para lâmpadas halógenas, fixados na lateral das vigas, porque
A Sala do Pacaembu é o último espaço expositivo do Museu do
todas as instalações tinham esse caminho definido pela arquitetura. A
Futebol. Depois de conhecer mais sobre o estádio, e de ter vivenciado
idéia era realmente interferir o mínimo possível na arquitetura e deixar
a emoção, história e diversão proporcionadas por um espaço total-
que toda a parte estrutural do museu aparecesse”.
mente dedicado ao esporte mais popular do País, o visitante se dirige
Na sala seguinte, Dança do Futebol, grandes “bolas” formadas por
para o saguão de saída. E, muito provavelmente, já com vontade de
estruturas hexagonais funcionam como estações multimídia, as quais
retornar... (Por Valentina Figuerola e Winnie Bastian)
exibem jogadas que são verdadeiras coreografias. Cada uma das esferas
dispõe de três luminárias com lâmpadas halógenas (AR 111, 65W, 24º),
que iluminam o piso das estações e definem o espaço interior, além de
projetores para lâmpadas halógenas (AR 111, 65W, 8º) marcam a entrada
e saída deste espaço.
A interatividade é experimentada ao máximo pelo público no Jogo de
Acima, o auditório do Museu do Futebol: o
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Corpo, setor que agrupa atividades como partidas com bolas virtuais e
o “chute a gol”, onde o visitante simula um pênalti frente a um goleiro
virtual. O ambiente também traz um grande fichário com informações
mesmo sistema linear utilizado na sala Números
e Curiosidades foi empregado aqui, combinado
a rebatedores de madeira curva. Na página ao
L+D
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de 128 clubes, que recebe downlight de quatro luminárias lineares com
lado, vista parcial da fachada e da galeria, com
três lâmpadas dicróicas cada (35W, 36º, energy saver).
o uplight junto aos pilares | Above, the Museum
Em seguida, na Sala do Pacaembu, o museu presta uma homenagem ao
of Football’s auditorium: the same linear lighting
estádio, um dos ícones da arquitetura da cidade de São Paulo. A história
system used in the Numbers and Curiosities
de sua construção é contada por meio de vídeos, plantas arquitetônicas
room was also used here, together with curved
e fotos das décadas de 1940 e 1950. As imagens são iluminadas por
wooden reflectors. Facing page, partial view of
projetores para lâmpadas halógenas (AR 111, 65W) com fachos de di-
the façade and gallery, with up-lights fitted close
ferentes aberturas. Como o teto deste ambiente corresponde à parte de
to the pillars

projetos | projects
L+D
56
À semelhança do universo automobilístico que o
inspira, o novo BMW Museum, inaugurado recentemente em Munique
(Alemanha), possui linguagem moderna e dinâmica, destacando-se pelo
design inovador aliado ao uso de alta tecnologia.
O novo museu integra-se ao Museum Bowl, um prédio expositivo
projetado em 1973 pelo arquiteto vienense Karl Schwanzer, que o imaginou
como uma “continuação da rua em um espaço modificado”. Por
A CITY OF ILLUMINATED HOUSES Like the motoring world providing
its inspiration, the new BMW Museum, recently opened in Munich (Germany),
uses modern and dynamic language, standing out in its innovative
design allied with its use of advanced technology.
The new museum forms part of the Museum Bowl, an exhibition building
designed in 1973 by Viennese architect Karl Schwanzer, who thought of
UMA CIDADE COM
CASAS iluminadas
L+D
57
meio de uma rampa em espiral, o visitante acessa os cinco andares que
it “as a continuation of the street in a modified space.” Via a spiral ramp,
parecem flutuar no espaço, os quais abrigam as áreas expositivas. A base
the visitor reaches the five floors, which seem to float in space and which
do museu, praticamente circular, se alarga progressivamente em direção
house the display areas. The almost circular base of the museum progres-
Acima, vista do complexo BMW em Munique: à esquerda, em
ao alto, e seu diâmetro varia entre 20m e 40m.
sively expands upwards, varying in diameter from 20 to 40m.
primeiro plano, o Museum Bowl e, atrás dele, o edifício térreo que
Escolhidos para projetar o novo museu, os arquitetos do Atelier Brück-
The architects, from Stuttgart’s Atelier Brückner, chosen to design the
foi reconvertido para integrar o novo museu | Above, general view
ner, de Stuttgart, decidiram manter as qualidades originais do Museum
museum, decided to stick to the original qualities of the Museum Bowl, yet
of the BMW complex in Munich; in the foreground, the Museum
Bowl, mas tornando-o apto para instalações e unindo-o a uma área
making it suitable for installations and linking it with an area devoted to the
Bowl and, behind it, the single storey building converted into a
dedicada às exposições permanentes. Este novo setor foi abrigado em
permanent displays. This new section was housed in an existing single-storey
part of the new museum

uilding, formerly used as a staff living area, conference hall and covered car
park. The building was stripped down to its structural shell and endowed
with a totally new interior with the dynamism its theme demanded.
Adhering to Schwanzer’s original concept, the Atelier Brückner developed
a system of ramps as the project’s main theme, as much with regard to the
architecture as to the exhibition itself. The ramp, a continuous pathway
stretching for about one kilometre, not only leads the visitor all through
the museum, but also connects the new permanent display area with the
Museum Bowl, now devoted to temporary exhibitions.
The new museum not only incorporates the metaphor of the street, as
in Schwanzer’s original plan, but also that of the city itself: the exhibition
halls are distributed all along the ramp and are designated “houses” by the
architects. All of the “houses” are homogeneous boxes with illuminated
façades in white glass; what distinguishes them is the lighting treatment
they are given, image projections and sound, in accordance with each one’s
thematic content — Design, The Business, Motorcycles, Technology, Motor
Sports, Series and The Brand. “Thus the spatial experience is developed
and generated from the specific contents of the exhibition,” explain the
architects, and the visitor is actively involved in the exhibition events, encountering
surprises and fresh emotions throughout his visit.
The heart of the whole new space is the BMW Platz [Square], around
which the “houses” containing the thematic displays are distributed. This
space is repeatedly revisited, from various different points of view along
the visitor’s route. And it is precisely here that a curious light-show takes
place: the architects, along with the firm of ART+COM, transformed the
“houses’ ” façades into huge media panels. Behind the 13m-tall glass panels
are concealed over 1.7 million LEDs, which reproduce video recordings
of abstract and thematic motifs expressing the “pleasure of driving” and
working as a huge index to the whole museum’s contents. In this choreography
of monochromatic white light, some 700m² of façade seem to
make the architecture melt away, immersing the museum in scenic lighting;
this is the scene for the original motor vehicles displayed in the square.
um edifício térreo já existente, adjacente ao Museum Bowl, e que até
então funcionava como área de estar dos funcionários, espaço para conferências
e estacionamento coberto. O edifício foi reduzido às paredes
estruturais e recebeu um interior completamente novo, com o dinamismo
que o tema pedia.
Seguindo o conceito de Schwanzer, o Atelier Brückner desenvolveu
um sistema de rampa como o principal tema do projeto, tanto no que
diz respeito à arquitetura quanto à exposição em si. A rampa, um passeio
contínuo com cerca de 1km de comprimento, não apenas conduz
o visitante ao longo do museu como também conecta a nova área de
exposições permanentes ao Museum Bowl, agora dedicado a exposições
temporárias.
O novo museu não incorpora apenas a metáfora da rua, como na
proposta original de Schwanzer, mas também a própria cidade: ao longo
da rampa, estão distribuídas as salas de exposição, apelidadas pelos
arquitetos de “casas”. Todas as casas são corpos homogêneos com fachadas
luminosas em vidro branco; o que as diferencia é o tratamento pela
iluminação, pelas projeções e também pelo som, conforme o tema que
cada uma abriga – Design, A Empresa, Motocicletas, Tecnologia, Motor
Sport, Séries e A Marca. “Assim, a experiência espacial é desenvolvida e
gerada a partir do conteúdo específico da exposição”, explicam os arquitetos,
e o visitante é envolvido ativamente nos eventos da exposição,
surpreendendo-se e emocionando-se ao longo de todo o percurso.
O núcleo de todo o novo espaço é a BMW Platz, onde se agrupam
L+D
58
Acima, vista de uma das “casas” e sua fachada midiática, composta
por milhares de LEDs que podem ser controlados individualmente;
os pontos de luz ficam ocultos por panos de vidro translúcidos
(detalhe no alto da página ao lado) | Above, view of one of the
“houses” and its media façade, made up of thousands of individually
controlled LEDs; the sources of the points of light are concealed
behind translucent glass panels (detail at top of facing page)
L+D
59

The system used (Chimera, from G-LEC) allows the LEDs to be individu-
A BMW Platz é o coração do novo museu: ao seu
ally controlled and their circuit boards to be cut precisely to the size and
redor, distribuem-se os espaços expositivos – as
shape required to fit the architectural plan. The challenge here was to
“casas” –, que são interligados por diversas rampas,
ensure that this vast number of LEDs would conform to the same colour
retomando a dinâmica da “rua” proposta em 1973
temperature (5,600K).
pelo arquiteto Karl Schwanzer | The BMW Platz is the
In spite of its importance in the context of this project, the technology
heart of the new museum: around it are distributed
remains concealed from the visitor’s view: the circuits of white LEDs were
the display spaces — the “houses” — which are
fitted behind double panels of white glass which give the impression of a
connected by a series of ramps, harking back to the
uniform image, even up close. Overall, the whole set-up furnishes an ample
“street” dynamics suggested in 1973 by architect
and generous impression, providing support for the “visual transparency”
Karl Schwanzer
of the other constructional features.
Among the spatial solutions involving light, the House of Technology
also calls for special attention. Its walls make use of opalescent acrylic
sheets with micro-perforations, back-lit by fluorescent lamps, creating a
somewhat futuristic atmosphere, leading one to an immediate association
with advanced technology, this area’s central theme.
Lighting is again used to create an atmosphere integrated with the thematic
display in the House of Brand. In this space celebrating the BMW
brand phenomenon, posters, printed advertisements and promotional
films, made since the company’s beginnings, are brought together, and
two antique motor-cars, much-cherished by the public, are presented: the
as casas que abrigam as exposições temáticas. Este espaço é vivenciado
Apesar de sua importância no contexto do projeto, a tecnologia fica
pelo visitante diversas vezes ao longo do percurso, de diferentes pontos
oculta do visitante: os circuitos com LEDs brancos foram posicionados
de vista. E é justamente aí que acontece uma interessante performance
atrás de painéis duplos de vidro branco, os quais proporcionam a im-
de luzes: os arquitetos, em conjunto com o escritório ART+COM, trans-
pressão de uma imagem uniforme, mesmo para quem olha de perto. No
formaram as “fachadas” das “casas” em grandes painéis midiáticos. Por
conjunto, uma impressão ampla e generosa é transmitida, suportando a
trás das paredes envidraçadas com 13m de altura estão ocultos mais de
“transparência visual” dos outros elementos construtivos.
L+D
60
1,7 milhão de LEDs, que reproduzem vídeos com imagens abstratas e
temáticas que expressam o “prazer de dirigir” e funcionam como um
índice gigante para todo o museu. Nesta coreografia de luz em branco
Dentre as soluções espaciais que envolvem a luz, também chama
atenção a House of Technology, cujas paredes empregam placas de
acrílico leitoso microperfurado iluminadas em backlight por lâmpadas
L+D
61
monocromático, cerca de 700m 2 de fachadas parecem desmaterializar
fluorescentes, criando uma atmosfera com algo de futurista que conduz
a arquitetura, imergindo o museu em uma luz cênica; este é o cenário
à imediata associação com a tecnologia, tema central do espaço.
para os veículos originais que estão expostos na praça. O sistema utilizado
A iluminação é novamente utilizada para a criação de uma atmos-
(Chimera, da G-LEC) permite que os LEDs sejam controlados individual-
fera integrada ao tema exposto na House of Brand. Neste espaço, que
Integrando a House of Technology, esta seção aborda a leveza da
mente e que as placas nas quais estão fixados sejam cortadas no tamanho
exalta o fenômeno da marca BMW, estão reunidos pôsteres, anúncios
construção dos veículos BMW, que tem sido um princípio adotado
e forma exatos para se ajustar ao projeto arquitetônico. O desafio, aqui,
impressos e filmes promocionais criados desde o início da companhia e
pela empresa desde 1970 | Forming part of the House of Technology,
foi garantir que esta enorme quantidade de LEDs mantivesse a mesma
são apresentados, com destaque, dois antigos automóveis muito que-
this section touches on the lightness of construction of BMW
temperatura de cor (5.600K).
ridos do público: o Isetta 250 Standard e o 2002 TI. Expostos sob uma
vehicles, a principle adopted by the company since 1970

O coroamento do percurso acontece no alto do
Museum Bowl, onde videoclipes e imagens projetadas
em seqüência colocam o espaço arquitetônico em
movimento | At the top of the Museum Bowl, videoclips
and sequences of projected images set the whole
architectural space in motion
grande clarabóia, os veículos são destacados por luminárias originais de
Isetta 250 Standard and the 2002 TI. Displayed beneath a huge skylight,
A seção Encounters, dentro da House of Brand,
Verner Panton, que dialogam com a linguagem da época: Topan (sobre
the vehicles are highlighted by original lights from Verner Panton, speaking
destaca dois modelos relevantes na história
o Isetta) e Flower Pot (acima do TI).
in a contemporaneous idiom: the Topan (over the Isetta) and the Flower
da BMW: o Isetta 250 Standard e o 2002 TI
No que diz respeito às exposições temporárias, agora locadas no Mu-
Pot (over the TI).
| The Encounters section, in the House of
seum Bowl, a reabertura do museu é marcada por uma mostra voltada
With regard to the temporary displays, now located in the Museum
Brand, displays two important models in the
aos carros-conceito desenvolvidos pela empresa alemã. Ao chegar no
Bowl, the museum’s reopening is marked by an exhibition devoted to the
history of BMW: the Isetta 250 Standard and
alto deste edifício (4º e 5º pavimentos), o visitante poderá apreciar um
“concept-cars” developed by this German firm. Arriving at the top of the
the 2002 TI
L+D
62
espetáculo de som e imagens, com projeções panorâmicas de 360 o que
ocupam toda a circunferência dos andares, em uma área de 120m de
comprimento e 6m de altura. É o desfecho, em grande estilo, da visita
building (4th and 5th floors) the visitor can enjoy a show of sound and
pictures, with 360° panoramic projection that takes up the whole circumference
of these floors in an area of 120m in length and 6m in height.
L+D
63
a um museu cujo foco principal não está na valorização dos produtos
This is the climax, in the grand manner, of one’s visit to a museum whose
BMW Museum
apenas, mas sim na criação de uma experiência memorável. (W.B.)
main focus is not simply on the appreciation of the products, but rather
Munique, Alemanha | Munich, Germany
on the creation of a memorable experience. (W.B.)
Projeto de Iluminação | Lighting project: Delux
Media design e instalações interativas | Media design and
Interactive installations: ART+COM
Arquitetura | Architecture: Atelier Brückner
Fornecedores | Suppliers: G-LEC, Zumtobel
Fotos | Photos: Marcus Buck

projetos | projects
No lobby, placas de gesso que parecem flutuar são iluminadas por
lâmpadas colocadas de maneira estratégica, de modo a não revelar
imediatamente a fonte da luz | In the lobby, plaster panels, seeming
to float in the air, are lit by lamps strategically placed so as not to
reveal, at first glance, the light’s source
Rochaverá:
uma abordagem
verde da luz
Em 20 de outubro, a cidade de São Paulo presenciou a
entrega da primeira etapa daquele que já é considerado o maior complexo
de escritórios de alto padrão do Brasil: o Rochaverá Corporate Towers.
Localizado na Marginal Pinheiros e em frente ao Morumbi Shopping, na
Zona Sul da capital, o megaempreendimento da Tishman Speyer inaugurou,
na ocasião, as duas primeiras torres das quatro previstas no projeto
inicial, cuja arquitetura leva a assinatura do escritório Aflalo & Gasperini
e o projeto luminotécnico é desenhado pelo experiente Guinter Parschalk
(Studio Ix), que traz no currículo, entre outros grandes trabalhos, o design
da luz do Hotel Unique, também em São Paulo.
Idealizadas dentro dos moldes do green building, ou construção verde
– tendência absoluta nos grandes centros do planeta não apenas pelo seu
apelo ambiental, mas pela real economia em manutenção e eficiência –, as
duas torres já saem do papel com o diferencial de serem as primeiras da
América Latina a possuírem a certificação LEED, ou Leadership in Energy
and Environmental Design, conferida pela entidade americana United
States Green Building Council (USGBC) e mundialmente aceita e reconhecida.
O projeto luminotécnico do lighting designer Guinter Parschalk
não foge à regra: “arquitetura não é showroom de iluminação”, dispara,
com o pragmatismo costumeiro de quem lida com grandes projetos e
conceitos de ponta.
L+D
64
Rochaverá Towers: a “green” lighting approach On 20th
October last, the city of São Paulo witnessed the opening of the first stage
of what is already considered to be the largest complex of de-luxe offices
in Brazil: Rochaverá Corporate Towers. Located on the Pinheiros Marginal
expressway in front of Morumbi Shopping Centre, in the state capital’s
southern zone, this mega-undertaking, by Tishman Speyer, inaugurated, on
this occasion, the first two office towers of the four planned in the original
project, whose architecture bears the signature of the firm of Aflalo &
Gasperini and whose lighting project is designed by the highly experienced
Guinter Parschalk (Studio Ix), whose curriculum includes, amongst other
great works, the lighting design of the Unique Hotel, also in São Paulo.
Conceived as a “green” building — an absolute tendency in the world’s
great centres, not just for environmental appeal, but for real economy
in maintenance and efficiency — the two towers, even on paper, are already
exceptional by being the first in Latin America to receive the LEED
certificate (Leadership in Energy and Environmental Design), given by the
American organisation, the United States Green Building Council (USGBC),
and receiving world-wide acceptance and recognition. Guinter Parschalk’s
lighting project does not side-step the issue: “architecture is not a lighting
showroom,” he quips, with the trained pragmatism of one who is constantly
handling huge projects and highly innovative concepts.
L+D
65

“Sempre trabalho respeitando a inspiração conceitual proposta pela
Volume, percepção & eficiência
O projeto arquitetônico das torres do Rochaverá Corporate Towers
absorveu alterações ao longo do tempo, devido a contingências como o
custo dos materiais. Inicialmente, o lobby receberia um forro luminoso com
filme de PVC branco leitoso, criando uma caixa luminosa branco-frontal.
A mudança exigiu um projeto de luz singular, com a iluminação indireta
dentro das sancas e as placas de gessos, que atuam como rebatedores.
“Trabalhei com o conceito unificado de luz rebatida”, afirma Guinter
Parschalk. “Normalmente, trabalha-se nos lobbies com a iluminação de
cima para baixo, onde o teto fica mais escuro e o piso completamente
iluminado. No Rochaverá, ao contrário, optamos pela luz rebatida pelas
placas de gesso, de baixo para cima, criando aquela sensação de flutuação
das mesmas e valorizando a percepção deste volume. Assim, a visão do
local fica mais enriquecida, uma vez que sabemos que quem está de fora
enxerga melhor da linha do horizonte para cima”, detalha o designer.
Todas as áreas sociais, assim como o paisagismo, reproduzem o conceito
de luz rebatida. Tanto o hall dos elevadores quanto o do andar
térreo receberam o mesmo tratamento com sanca e luz indireta, e o
hall dos andares-tipo recebeu uma versão simplificada deste conceito.
Nos andares-tipo modular, o lighting designer trabalhou com luminárias
duplo-parabólicas com lâmpadas fluorescentes (T5, 28W, 4.000K) e um
forro de gesso com o centro mais elevado, com uma sanca que joga luz
neste meio.
Outra preocupação pontual de Parschalk, durante a concepção do
projeto luminotécnico do Rochaverá, foi a utilização de materiais que
priorizassem uma tríade eficiente de atributos, respectivamente a conservação
de energia, a baixa geração de calor e a facilidade de manutenção.
“A manutenção não pode virar um problema; é necessário que o material
usado possua um grande ciclo de vida”, ressalta o lighting designer, que
optou, nas baterias do lobby, por lâmpadas importadas tipo T5, altamente
eficientes, que duram entre 20 e 24 mil horas e emitem de 100 a 105
lúmen por watt – lâmpadas de última geração que devem ser usadas
com reatores específicos, caso contrário não têm o rendimento declarado
pelos fabricantes. No lobby, além das lâmpadas fluorescentes, o lighting
arquitetura e tento captar qual a identidade expressa por ela. No caso do
Rochaverá, o desafio foi criar uma iluminação que fosse neutra e eficaz o
suficiente para contemplar a diversidade de empresas que normalmente
habitam um centro corporativo, tenham elas um perfil austero ou mais
criativo, por exemplo”, explica o lighting designer. “O Rochaverá possui
um lobby marcante e inovador: ao invés dos tradicionais spots, encontramos
ali placas que dão a sensação de flutuarem e não conseguimos
perceber, a princípio, de onde vem a luz”, afirma Parschalk. Para iluminar
este local, o profissional escolheu trabalhar com duas baterias de lâmpadas,
colocadas de maneira estratégica dentro de uma sanca de madeira,
construída especialmente para este fim, e que fica oculta atrás de um
painel feito com o mesmo material.
Com um mix composto por dois tipos de circuitos – com lâmpadas
fluorescentes (T5, 54W, 3.000K) e a vapor metálico (70W, 3.000K) –,
as duas baterias trabalham de modo diferente durante o dia e à noite.
De dia, como o lobby das torres do Rochaverá recebe uma luz intensa,
uma vez que é revestido externamente apenas por paredes de vidro, que
configuram uma grande pele transparente, o interior precisou de uma
quantidade de luz maior para não ser ofuscado por aquela que vem de
fora, acionando, portanto, as duas baterias, dado que o vapor metálico
oferece uma potência mais concentrada. À noite, quando a luminosidade
diminui, apenas as lâmpadas fluorescentes permanecem ligadas.
Durante o dia, o lobby é iluminado de forma mais intensa, para
evitar o ofuscamento pela luz natural que penetra pelo fechamento
em vidro | In the daytime, the lobby is lit more brightly to avoid
the glare of the daylight flooding in through the glazed façade
“My work always respects the conceptual inspiration of the architects’
proposals, and I try to capture the identity expressed by this. In the case of
the Rochaverá Towers, the challenge was to create lighting that was neutral
and efficient enough to encompass the diversity of companies that usually
occupy a corporate centre, some with a profile of austerity and others more
creative, for example,” the lighting designer explains. “The Rochaverá Towers
has a strikingly innovative lobby: instead of the traditional spotlights,
we find here panels that seem to float in the air and we can’t see, at first,
where the light is coming from,” Parschalk points out. To light this space,
this lighting professional chose to work with two batteries of lamps fitted
strategically within a wooden coving, built specially for this purpose, and
which is itself concealed behind a panel of the same material.
Using a mix composed of two different types of circuits — fluorescent
tubes (T5, 54W, 3,000K) and metal vapour lamps (70W, 3,000K) — these
two batteries work differently in the daytime and at night. In the daytime,
since the Rochaverá Towers lobby is flooded by intense daylight, being clad
externally only by glass walls constituting an enormous transparent skin,
the interior needed more light so as not to be obfuscated by that from
the outside, so both batteries are activated, given that the metal vapour
lamps yield more concentrated power. At night, when the external light
fades, only the fluorescent lamps remain on.
unified concept of reflected light,” states Guinter Parschalk. “Normally, one
works in lobbies with lighting coming from above, so that the ceiling is
darker and the floor fully lit. In the Rochaverá Towers, on the contrary, we
chose to have the light reflected upwards off the plaster panels, so creating
that feeling of them floating in the air and enhancing the perception
of the voluminous space. Thus, the vision of the space is enriched, since
we know that people in the open see better what is above the line of the
horizon,” the designer explains.
All the social areas, like the landscaping, hark back to the idea of reflected
light. Both the elevator lobby and the ground-floor hall received the same
treatment of covings and indirect lighting, while the hall of the typical floor
was treated to a simplified version of the same idea. On the modular typical
floors, the lighting designer used twin-parabolic lights with fluorescent
tubes (T5, 28W, 4,000K) and a plaster ceiling with a raised centre and a
coving to play the light directly onto the centre.
Another of Parschalk’s concerns in working out the Rochaverá Towers
lighting project was the use of materials giving priority to three attributes
of efficiency, namely energy conservation, low heat output and ease of
maintenance. “Maintenance cannot be allowed to turn into a problem;
the material used has to have a long life-span,” points out the lighting
designer, who chose, in the batteries of lights in the lobby, to use highly
efficient imported T5 lamps which last from 20-24 thousand hours with
an output of 100-105 lumens per watt — the latest generation of lamps,
requiring special ballasts, without which they will not yield the manufacturer’s
specified output. In the lobby, as well as the fluorescent tubes, the
lighting designer also used metal vapour lamps and, on the typical floors,
special halogen lamps (with a life-span of up to 10 thousand hours). Furthermore,
the towers have an automation system, for local and elevator
lights, which enables optimal use of these, and also local lights with pres-
L+D
66
L+D
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Space, perception and efficiency
The Rochaverá Corporate Towers architectural project suffered modifications
along the way, due to contingencies such as material costs. Originally,
the lobby was to have an illuminated ceiling, with a sheet of translucent
white PVC forming a white-faced light-box. The alteration demanded an
exceptional lighting project, with the indirect lighting installed within the
covings, and plaster panels acting as reflectors. “I was working within a

ence sensors, giving reduced consumption, since they cut down the time
for which the external lights remain switched on.
Towards “greener” lighting
According to Parschalk, the architectural and landscape projects for the
Rochaverá Towers simplified the task of conforming to the demands of
“green” legislation. “I had to make remarkably few adaptations to conform
to the LEED certificate requirements. The Canadian landscaper, Pamela
Johnson’s project already incorporated a useful alternative proposal for
the lighting, the idea of down-lighting using suspended LEDs (PAR20, 5W,
3,000K; PAR30, 9W, 3,000K), as well as lamp-posts with metal vapour
lamps fitted pointing downwards, an inversion of the normal practice in a
building’s external areas. Since this kind of certificate restricts the amount
of light projected skywards, — only 5% in the external areas — I had to
make few changes in terms of power, simply adjusting the limits of luminous
density in these places,” Parschalk states.
“In the area dedicated to the offices, I kept to the norm required by Brazilian
legislation, working with twin-parabolic lights with fluorescent tubes
(T5, 28W, 3,000K), which produce the equivalent of 500 lux/m²,” points out
the lighting designer. “My preference was to use plaster or modular ceilings
in these open areas, with even overall lighting, so as not to interfere with
the intentions of the future occupants. The main idea here was flexibility,
together with low costs and economy, conforming to the legislation,” the
specialist wraps up. (By Márcia Bechara)
L+D
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designer trabalhou com lâmpadas a vapor metálico e, nos andares-tipo,
com lâmpadas halógenas especiais (cuja duração é de até 10 mil horas).
Além disso, as torres possuem um sistema de automação de pontos de luz
e do elevador, que possibilita otimizar o uso destes dispositivos, e pontos
de luz com sensores de presença, que permitem reduzir o consumo, pois
diminuem o período em que as lâmpadas externas ficam acesas.
Por uma iluminação mais “verde”
Segundo Parschalk, os projetos arquitetônico e paisagístico das torres
do Rochaverá facilitaram a adequação à exigente legislação verde. “Precisei
fazer pouquíssimos ajustes para nos adequarmos à certificação LEED. O
projeto da paisagista canadense Pamela Johnson já propunha um diferencial
interessante de luz, o conceito downlight, utilizando pendentes LED
(PAR 20, 5W, 3.000K; PAR 30, 9W, 3.000K), além de postes com lâmpadas
a vapor metálico (70W, 3.000K), posicionadas de cima para baixo, o
oposto do que normalmente se faz nas áreas externas dos prédios. Como
este tipo de certificação restringe a quantidade de luz que é jogada para
o céu – apenas 5% na área externa – tive que efetuar poucas mudanças
em termos de carga, ajustando os limites de densidade luminosa nestes
locais”, afirma Parschalk.
“Na área reservada aos escritórios, mantive o exigido pela legislação
brasileira, trabalhando com luminárias duplo-parabólicas com lâmpadas
fluorescentes (T5, 28W, 3.000K), que produzem o equivalente a 500 lux
por metro quadrado”, ressalta o lighting designer. “Preferi usar forros de
gesso ou modulares nestas áreas livres, com uma iluminação uniforme e
chapada, para não interferir na proposta de quem for ocupar o local. A
idéia ali era flexibilidade, baixo custo e uma economia que atendesse à
legislação”, finaliza o especialista. (Por Márcia Bechara)
No paisagismo destaca-se a o conceito de
downlight, com a utilização de pendentes
LED (instalados em árvores) e de postes com
lâmpadas a vapor metálico posicionados de cima
para baixo. Os espelhos d’água são destacados
com o emprego de ledlines azuis | In the
landscape design, emphasis is given to the
notion of down-lighting, with the use of LED
pendant lights (fitted on trees) and of posts
with downward-pointing metal vapour lamps.
The ornamental pools are highlighted with
blue LEDlines
Rochaverá Corporate Towers
São Paulo, Brasil | Brazil
Projeto de Iluminação | Lighting project:
Guinter Parschalk / Studio Ix
Arquitetura | Architecture: Aflalo & Gasperini
Fornecedores | Suppliers: Lumicenter, Lumini, Osram e Philips
Fotos | Photos: Ding Musa
L+D
69

projetos | projects
PRAGMÁTICO E
IMPONENTE
O lounge localizado no piso térreo da nova sede
da Novartis é, ao mesmo tempo, exuberante e
clean, como as demais áreas representativas do
edifício | The lounge, on the ground floor of the
new Novartis headquarters, is at once “clean”
and exuberant, like the rest of the building’s
representative areas
Criar um espaço dedicado ao conhecimento, à inovação
e aos encontros. Com este objetivo, o grupo farmacêutico Novartis
vem transformando suas instalações na Basiléia suíça de um lugar industrial
em um conjunto de instalações para pesquisa, com prédios das
mais variadas tipologias. A mais recente adição ao conjunto é o edifício
Krischanitz, surgido a partir de uma exigência não-usual por parte do
cliente: a empresa solicitou que o edifício oferecesse uma infra-estrutura
de alta qualidade para as atividades cotidianas de pesquisa, ao mesmo
tempo em que abrigasse funções representativas de todo o campus,
como recepções, salas de conferências e de reuniões. O escritório austríaco
Krischanitz, encarregado do projeto de arquitetura, solucionou a
questão agrupando todos estes espaços ao redor de um esplêndido átrio
no piso térreo, com tecido espacial flexível e um generoso fechamento
envidraçado; os quatro andares superiores do edifício, por sua vez, abrigam
os laboratórios funcionais.
Esta dualidade entre o funcional e o simbólico também se refletiu no
projeto luminotécnico, conforme explica o designer Edwin Smida, do
L+D
70
PRAGMATIC AND IMPOSING To create a space devoted to knowledge,
to innovation and to meetings. With this aim in mind, the pharmaceutical
group, Novartis, is transforming its premises in Basle, Switzerland,
from an industrial site into a complex of research facilities with the widest
variety of types of buildings. The most recent addition to the complex is
the Krischanitz building, arising out of an unusual demand on the part of
the client. The firm requested that the building offer quality infra-structure
for the day-to-day activities of research, whilst simultaneously housing
other representative functions for the entire campus, such as receptions,
meetings or conferences. The Austrian firm, Krischanitz, responsible for
the architectural project, resolved the matter by grouping all these spaces
together around a splendid atrium on the ground-floor, with flexible spatial
fabric and an generous glazing. The four upper floors of the building, for
their part, house the functional laboratories.
This duality between the functional and the symbolic is carried over
into the lighting project, as lighting designer Edwin Smida, from the firm
of Licht Kunst Licht, explains: “In developing the lighting design we were
L+D
71

confronted with two conflicting requirement profiles. While the laboratories
had to fulfil predominantly technical needs and thus followed standard
stipulations the public spaces on the ground floor were to appear exquisite
and sumptuous”. A comprehensive, yet differentiated design approach
was essential. The interface between these two worlds is the atrium, for
which a very specific lighting solution was evolved, so as to bring out the
architect’s central concept: the luminous balustrade was one of the most
challenging tasks in the whole project, and accordingly treated as “art for
architecture”.
The building’s atrium acts as a huge light-well, with daylight flooding into
the area through the glazed roof. Furthermore, it is as if this space were
a huge light-sculpture: the parapets of each of the floors emanate light
over the whole of their external surfaces, since they are planked with semitransparent
acrylic panels with a white screen print. Forming a grid of 80 x
80mm, around ten thousand LEDs (0.4W) are fitted behind these translucent
panels to make a perfectly homogeneous surface of light. The panels are
pivoting, so as to facilitate maintenance of the LEDs, as necessary.
Within the atrium, the spatial impression is variable: with or without
backlighting, both effects are pleasing to the eye. With the LED lighting,
the parapets have a sculptural impact; when the panels are switched off,
on the other hand, the surrounding covings are lit, making each floor
stand out individually.
The galleries surrounding the atrium are lit with emphasis from a coving
with T5 fluorescent tubes. Beneath the glazed roof, fitted 28cm above
the floor, downlights using metal vapour lamps project a directional light
strong enough to reach the ground-floor.
On the ground-floor, bearing in mind the client’s request for a particularly
representative spatial framework within this area, the lighting designer created
rectangular lighting objects of 3.5 x 5.5m, which emanate the solemn
splendour of chandeliers. This solution was inspired by experiments using
laboratory test-tubes: the piece is composed of 360 glass cylinders, of
which 50 were fitted with QT12 lamps (CRI, 25W) on two different levels.
The result is a sparkling twinkle of light points along the whole length of
the 50cm glass tubes. In addition, 28 halogen lamps (QT12, 50W) are fitted
in spotlights. These create a palpable directional light within the space
and thus provide the necessary levels of illumination for the conference
and meeting tables. The lights’ components can be switched and dimmed
independently and thus the conference halls can be immersed in different
lighting moods.
In the laboratories, in order to deal with the problem of the constant
noise level of the equipment, without recourse to commercial acoustic
panels, the designers invented an acoustically efficient light fixture, designed
on the basis of a patent belonging to Sector 4, of Zurich. These
new lights not only supply the specified luminance of 500 lux for normal
tasks, but also act as “illuminated tiles”, furnishing the space with a visual
lightness and dynamism.
This light fixture has a honey-comb textured cover, whose geometry controls
glare and is acoustically absorbent as the result of micro-perforations
that are invisible to the naked eye. The lighting and acoustic equipment
is fitted in such away that it is easily interchanged with the neighbouring,
perforated metal panels, as may be necessary. The perforations in the
neighbouring ceiling panels were designed to make them similar in texture
escritório Licht Kunst Licht: “ao desenvolver o projeto luminotécnico,
O átrio do edifício atua como um grande fosso de luz, com a luz natural
nos confrontamos com dois perfis de exigências conflitantes. Enquanto
penetrando no espaço por meio de um teto envidraçado. Além disso, é
os laboratórios deveriam atender predominantemente a necessidades
como se esta área fosse uma grande escultura luminosa: os guarda-corpos
técnicas e, desta forma, seguirem estipulações-padrão, os espaços pú-
de cada andar emanam luz em toda sua superfície externa, pois são re-
blicos no piso térreo deveriam parecer requintados e suntuosos”. Uma
vestidos com painéis de acrílico semitransparente com uma impressão em
abordagem abrangente, mas diferenciada, era essencial. A interface
branco. Formando um grid de 80 x 80mm, cerca de 10 mil LEDs (0,4W)
entre os dois universos é o átrio, para o qual foi desenvolvida uma so-
estão montados atrás destes painéis translúcidos e criam uma superfície
lução particular de iluminação, assim colocando em evidência a idéia
luminosa absolutamente homogênea. Estes painéis são pivotantes, para
central do arquiteto: o guarda-corpo luminoso foi uma das tarefas mais
permitir a manutenção dos LEDs quando necessário.
desafiadoras de todo o projeto e é adequadamente tratado como “arte
Dentro do átrio, a impressão espacial pode variar, conforme o uso ou
para a arquitetura”.
não do backlighting. Ambas as versões são atraentes: com a iluminação
dos LEDs, os parapeitos ganham um aspecto escultórico; quando os
O átrio recebeu atenção especial no projeto de iluminação. Os
painéis estão apagados, no entanto, acendem-se frisos luminosos, que
guarda-corpos se transformam conforme a disponibilidade
fazem com que os andares individuais emerjam visualmente.
L+D
72
de luz natural: durante o dia, apenas os topos se acendem,
enquanto à noite todas as paredes dos guarda-corpos se
iluminam, emanando luz para o piso térreo, juntamente
As galerias que contornam o átrio são iluminadas e destacadas por uma
sanca com lâmpadas fluorescentes T5. Logo abaixo do teto envidraçado, a
28m acima do nível do piso, downlights com lâmpadas a vapor metálico
L+D
73
com os projetores instalados na cobertura envidraçada
geram uma luz dirigida forte o suficiente para alcançar o térreo.
| The atrium received special treatment in the lighting
Para o piso térreo, tendo em mente a solicitação do cliente de uma
project. The balustrades change according to availability
estrutura espacial representativa neste espaço, o lighting designer criou
of daylight: in the daytime only the top parts are lit, while
luminárias retangulares de 3,5 x 5,5m, que emanam o esplendor solene
at night the whole balustrade wall is lit up, radiating light
dos candelabros. A solução criada foi inspirada nos experimentos com
down to the ground floor, together with the spotlights
os tubos de laboratório: a peça é composta por 360 cilindros de vidro,
fitted on the glazed ceiling
dos quais 50 receberam lâmpadas QT12 (IRC, 25W) em duas alturas
diferentes. O resultado é um cintilar faiscante dos pontos de luz em

to the light covers, aiming at the creation of a harmonious whole. These
same lights were also used in the office areas.
The question of energy economy was addressed by the team right
from the very start of the lighting project. With the use of IRC technology
and LED modules, an acceptable compromise was established between
efficiency and representative aesthetics. The laboratories, for their part,
meet the most stringent demands of power density, at 10W/m². As well
as the economical fluorescent lamps and high-efficiency reflectors, lighting
controls in relation to daylight illumination and a presence sensor system
optimise the energy economy in the laboratories, so meeting the rigorous
Swiss requirements.
Edifício Krischanitz (Novartis) | Krischanitz
Building (Novartis)
Basiléia, Suíça | Basle, Switzerland
Projeto de Iluminação | Lighting project:
Edwin Smida / Licht Kunst Licht
Arquitetura | Architecture: Krischanitz Architekt
Fornecedores | Suppliers: Erco, Hegra, Regent, Steimet
Fotos | Photos: Lukas Roth
Na sala de reuniões e no auditório, tubos de vidro compõem
uma releitura do candelabro tradicional: à primeira vista, tem-se
a impressão de uma peça clássica, mas um olhar mais atento
permite descobrir o ineditismo da proposta | In the conference
hall and auditorium, an arrangement of glass tubes constitutes
a reinterpretation of the traditional chandelier: at first glance,
one has the impression of a classic piece of decoration, yet closer
inspection reveals the originality of the design
todo o comprimento dos tubos de 50cm. Além disso, 28 lâmpadas
uma microperfuração invisível a olho nu. Os equipamentos de iluminação
halógenas (QT12, 50W) estão localizadas em refletores. Eles criam uma
e acústicos estão posicionados de modo que podem ser flexivelmente
luz palpável e dirigida dentro do espaço, e assim adequam os níveis de
intercambiados com os painéis vizinhos em metal perfurado, se necessá-
iluminância nas mesas de conferência e de reuniões. Os componentes
rio. A perfuração dos painéis vizinhos no teto foi projetada para lembrar
do lustre podem ser ligados e dimerizados de forma independente entre
a textura da capa da luminária, visando a formação de uma entidade
L+D
74
si. Assim, as salas de conferência podem ser imersas em diversos climas
de iluminação.
Nos laboratórios, para tratar o problema dos níveis permanentes de
harmoniosa. Estas luminárias também foram implementadas para a
iluminação das áreas de escritórios.
As questões relativas à economia energética foram consideradas pela
L+D
75
ruído dos equipamentos sem utilizar painéis acústicos comerciais, os
equipe desde o início do projeto luminotécnico. Com o uso de tecnologia
designers desenvolveram uma luminária acusticamente eficiente, criada
IRC e módulos LED, fundou-se um compromisso aceitável entre eficiên-
Nos escritórios e laboratórios, o enfoque foi na funcionalidade:
a partir de uma patente do escritório Sector 4, de Zurique. As novas
cia e estética representativa. Os laboratórios, por sua vez, atendem às
além de integrar-se aos painéis acústicos, a luminária desenvolvida
luminárias não apenas proporcionam a iluminância estipulada de 500
mais altas demandas de densidade energética com 10W/m 2 . Além de
para o projeto possui uma capa especial, que a torna acusticamente
lux para as tarefas mas também atuam como “ladrilhos luminosos”,
lâmpadas econômicas fluorescentes e refletores eficazes, um controle de
eficiente | In the offices and laboratories, the focus was on
conferindo leveza visual e dinamismo ao espaço.
iluminação conforme a luz do dia e um sistema detector de presença
functionality: as well as integrating itself with the acoustic ceiling
A luminária possui uma capa com textura de favos, cuja geometria
potencializam a economia energética dentro dos laboratórios, assim
panels, the light developed for this project has a special cover
controla o ofuscamento e tem efeito de absorção acústica, resultado de
atendendo às rigorosas exigências suíças.
giving it acoustic efficiency

perfil | profile
artec3
Um autodidata, forçado a aprender o ofício na
experiência do dia-a-dia, sem referências precisas, Maurici Ginés pode ser
A self-taught lighting professional, forced into learning his trade from dayto-day
experience, with no specific pointers, Maurici Ginés might well be
considerado o primeiro lighting designer espanhol. A falta de tradição
considered the first Spanish lighting designer. Spain’s lack of tradition in this
neste campo na Espanha foi justamente o ponto de partida para todo
field was precisely the starting point for his professional development.
o seu desenvolvimento profissional.
“You could say that my entry into lighting design was through a side
“Pode-se dizer que minha entrada no lighting design foi através de uma
door, since I was completely unaware of any main door. I put together my
porta lateral, já que eu não sabia da existência de uma porta principal.
interest in light and space with my creative ability and my technical training
Combinei meu interesse em luz e espaço, minha potencial criatividade,
in lighting technology, as well as a certain understanding of architectural
meu gosto pelo projeto, meu treinamento técnico em tecnologia da ilu-
processes (thanks to my contact with my wife’s parents, who were archi-
minação e também uma certa compreensão do processo arquitetônico
tects), and I went to work.”
(graças ao contato com os pais da minha esposa, que eram arquitetos),
Constantly faced with the question “What exactly is it that you do?”, he
e parti para o trabalho.”
succeeded in braving the field of lighting design in Spain to become one
Confrontado permanentemente à pergunta: “Mas o que é mesmo isto
of its most successful representatives, receiving a number of national and
que você faz?”, conseguiu no entanto desbravar o campo do lighting
international prizes. Returning to his country after working two years in
design na Espanha e tornar-se um de seus representantes de maior su-
Argentina – where he opened his studio, Artecluminotecnia, in 1998 – one
cesso, com diversos prêmios nacionais e internacionais. Depois de voltar
of his missions was to introduce the figure of the independent lighting
de uma temporada de dois anos na Argentina – onde em 1998 abriu
designer in Spain.
seu estúdio Artecluminotecnia – uma de suas missões era introduzir na
The fact of being self-taught continues to have an influence on his day-
Espanha a figura do lighting designer de caráter independente.
to-day work and on his design perspectives. “Each one of our projects starts
O fato de ser um autodidata continua a ter influência no cotidiano de
with a period of investigation, followed by an analytical phase that supplies
seu trabalho e em sua perspectiva sobre o design. “Cada um de nossos
the basis for the design process that ensues. This experimental approach
projetos começa com um período de investigação, depois vem uma
— with emphasis on analysis and concept — leads to a continual develop-
fase analítica, que fornece o embasamento ao processo de design que
ment of knowledge within the studio. I believe that in this lies the strength
se segue. Esta abordagem experimental – com ênfase na análise e no
of our work.”
conceito – conduz a um constante desenvolvimento do conhecimento
Therein lay the importance of the studio’s composition — which became
dentro do estúdio. Acredito que essa é a força do nosso trabalho.”
artec3 in 2007 – as a multi-disciplinary group including lighting designers,
Daí a importância da composição do estúdio – que se tornou artec3 em
architects, engineers, industrial, and multi-media designers. Today, artec3
L+D
76
2007 – como uma equipe multidisciplinar, incluindo lighting designers,
arquitetos, engenheiros, desenhistas industriais e de multimídia. Hoje
o artec3 está divido em três departamentos: lighting, design e vision.
is divided into three departments: lighting, design and vision. These three
areas work together in a complementary fashion, with the aim of carrying
out lighting projects (lighting), developing special light fittings and fixtures
L+D
77
As três áreas trabalham de maneira complementar com o objetivo de
(design) and interactivity with the surroundings (vision). This is because it is
realizar projetos de iluminação (lighting), luminárias especiais (design)
e interatividade com o entorno (vision). Isso porque muitas vezes é necessário
oferecer soluções específicas de iluminação segundo as necessidades
de cada tipo de espaço e nem sempre elas estão disponíveis no
often necessary to offer specific lighting solutions according to the needs
of each kind of space, and these are not always available on the market.
Furthermore, lighting is seen by the studio as a vehicle of significance and
sensations that contributes to the interrelation between the human being
Maurici Ginés
mercado. Além disso a iluminação é vista pelo estúdio como um veículo
and the space he inhabits.
de significados e sensações, que contribui para as inter-relações entre o
ser humano e o espaço onde vive.

artec3
Edificio Veles e Vents | America’s Cup Building
Localização | Location: Valência, Espanha | Valencia, Spain
Ano de conclusão | Completion date: 2006
Arquiteto | Architect: David Chipperfield Architects + b720 arquitectos
Situado no porto industrial de Valência, o Edifício Veles e Vents é o centro social da regata America’s Cup. Junto
a um novo parque e à beira de um canal, o edifício se caracteriza por suas quatro plataformas que parecem
flutuar sobre as águas. Limitando-se aos elementos horizontais e inclinados, a iluminação procurou valorizar
este aspecto, o que também favoreceu a sensação de movimento, como se o edifício fosse um barco no porto
| Located in the industrial port of Valencia, the America’s Cup Building is the social focus of the America’s Cup
regatta. Beside a new park and on the bank of a canal, the building is marked by its four platforms which seem
to hover over the water. Limited to the horizontal and oblique features, the lighting sought to bring out this
aspect, also favouring the sense of motion, as if the building were itself a boat in the port
training course in architecture or lighting design until I started working with
this and needed diplomas to prove my knowledge. I am self-taught, and the
courses I took helped me mainly with matters of bureaucracy!
How is it possible to learn by yourself in an environment that
neither values nor understands the area? Where did you seek
your references?
As I said, the lack of esteem and understanding of lighting design in Spain
was really my starting point. I had an idea I was interested in, but I didn’t
know exactly what it was, since I had never heard the term “lighting design.”
I was never aware of entering the “world of lighting design.”
My first references came from my own observation of the power of light
as an element to improve the quality of spaces. Of course, in the course of
my professional development I came to know distinguished lighting designers,
but that was much later on!
Everything to do with my activities with light was developed in a rather
personal way. I only found out that lighting design really existed as a profession
when I went to Argentina. It was there that I heard for the first time
names like Piero Castiglioni [Lierna, Italy, 1944], for example.
What was your experience in Argentina like? What did you bring
back from this experience abroad?
The main legacy of my experience in Argentina was an understanding of
the profession. There I came to know the foundations of my professional
development: for the first time I heard tell of things like calculation software,
lighting awards, conferences and specialised academic studies.
At that time (1988), lighting design was more developed in Argentina
than in Spain, especially in terms of the understanding of just where this
kind of work fits into the architectural process. And even today, I see far
more general interest and a deeper level of research into light and lighting
there. It’s true that they have gone through a profound economic crisis and
their architecture has suffered as a result. But now development is back and
there continue to be far more academic and professional opportunities there,
thanks to a stronger tradition in this area.
Since Spain has no tradition of lighting design, where did your
interest in working with light and architecture come from?
My interest is related to the ability of light to reveal spaces. I used to observe
lighting situations which could be improved in relation to the spaces
in which they were applied and I wanted to do something about it. The fact
of there being no lighting design culture in Spain opened up for me the
possibility of developing my own creativity in this field.
To be honest, this process began when I was working in my father’s electrical
storage. This was my first direct contact with light sources. And what
I noticed was the lack of creative applications for really interesting means
of revealing spaces. This paradox made me think that I could, perhaps, do
something about it, since I had always had a taste for creative activities and
for design in general.
So I started investigating, observing and studying on my own. I used to look
up information in engineering and lighting manuals, for example. I took no
Como a Espanha não tem uma tradição em lighting design, de
Costumava procurar informações técnicas em manuais de engenharia da
iluminação, por exemplo. Não segui nenhuma educação em arquitetura
ou lighting design até começar a trabalhar com isso e precisar de papéis
para comprovar meus conhecimentos. Sou um autodidata e os cursos
que fiz me ajudaram sobretudo nas questões burocráticas!
onde surgiu seu interesse em trabalhar com luz na arquitetura?
Meu interesse está relacionado à capacidade da luz de revelar espaços.
L+D
78
Observava situações de iluminação que podiam ser melhoradas em relação
aos espaços nos quais eram aplicadas e queria fazer algo sobre isso. O
fato de não haver uma cultura de lighting design na Espanha abriu-me
a possibilidade de desenvolver minha criatividade neste domínio.
Para ser honesto, o processo se iniciou quando eu trabalhava na loja
de material elétrico e de iluminação de meu pai. Foi meu primeiro contato
com fontes de luz. E o que eu via era a falta de aplicações criativas
para meios tão interessantes de revelar espaços. Este paradoxo me fez
pensar que eu talvez pudesse fazer algo, pois sempre tive gosto pelas
atividades criativas e pelo design em geral.
Então passei a investigar, a observar e a estudar por conta própria.
L+D
79
Como é possível aprender sozinho num ambiente que não valoriza
ou entende a área? Onde você buscou suas referências?
Como disse, a falta de valor e entendimento do lighting design na
Espanha foi o ponto de partida. Eu tinha uma idéia do que me interessava,
mas não sabia exatamente o que era, já que nunca tinha ouvido
a expressão “lighting design”. Não tinha consciência de estar entrando
no “mundo do lighting design”.
Minhas referências iniciais vieram da observação do potencial da luz
How do you explain the lack of a lighting design tradition in Spain?
This is clearly no simple question. I believe that Franco had a lot to do
with it. During his dictatorship, there were filters for information reaching
Spain. The growing new tendencies in Europe and the rest of the world were
blocked at our frontiers. Franco’s period can be described as the domination
of functional intentions over creative intentions.
It’s clear that this was an indirect process, and I’ve been reflecting on a

temporal gap that lasts through time. Even so, I see a powerful connection
between this recent historical moment of our country and the lack of interest
in lighting as a creative design process.
No doubt, the excess of natural light in Spain has also had its influence.
This is one of the reasons why there is little need for — and therefore little
interest in – investigating artificial light in depth. Not only is lighting design
influenced by this, but also architecture itself. Natural, rather than artificial
light is traditionally a powerful feature in Spanish architecture. Spanish
architects are outstanding in their control of daylight and apply this as an
architectural tool.
What was it like trying to introduce into Spain the figure of the
independent lighting designer? What kind of obstacles did you
have to surmount?
The main obstacle was the lack of understanding of what was meant by
lighting design. It’s easy to walk into a meeting and say: “Nice to meet you,
I’m an architect.” But it wasn’t at all an easy thing to introduce myself as a
lighting designer. The usual reaction was: “What do you mean by that?”
The first challenge I came up against was to demonstrate that my activity
did, in fact, exist. I had to explain just what it consisted of and how it could
be developed. It often happened that the architects asked me for my qualifications
and diplomas to ascertain the feasibility of working together, and
Torre del Agua | Water Tower
Localização | Location: Zaragoza, Espanha | Saragossa, Spain
Ano de conclusão | Completion date: 2008
Arquiteto | Architect: Enrique de Teresa
Marco visual da Exposição Internacional Zaragoza 2008, a torre de 76m
devia expressar o tema da exposição: a água. A planta do monumento
tem a forma de uma gota d’água e para transmitir a sensação de
fluidez e as características do líquido, o projeto arquitetônico serviu-se
de placas perfuradas que permitem a passagem de luz, oferecendo
transparência. A combinação de tons de azul aplicada à iluminação
gera um maior entendimento da forma que, graças à luz, é percebida
como uma imagem dinâmica, mesmo a composição sendo estática
| A visual landmark in the 2008 Saragossa International Exhibition,
this 76-metre-high tower had to express the exhibition’s theme of
water. The monument’s plan is shaped like a water droplet and,
so as to transmit a feeling of fluidity and liquid characteristics, the
architectural project made use of perforated panels, allowing the
passage of light to furnish transparency. The combination of various
shades of blue used in the lighting supplies a better understanding
of the form which, thanks to the light, is seen as a dynamic image,
even though the composition is static
como um elemento para melhorar a qualidade dos espaços. É claro que
Como você explica a falta de tradição em lighting design
ao longo de meu desenvolvimento profissional acabei por conhecer
na Espanha?
lighting designers de referência, mas isso foi muito mais tarde!
Esta, definitivamente, não é uma questão simples. Acredito que Franco
Tudo em minha atividade com a luz foi desenvolvido de maneira bastante
tem muito a ver com isso. Em sua ditadura, havia filtros para a informa-
pessoal. Só descobri que lighting design realmente existia como profissão
ção entrar na Espanha. As novas tendências crescentes na Europa e no
quando fui para a Argentina. Foi lá que tive pela primeira vez contato com
mundo eram bloqueadas nas fronteiras do país. O período de Franco
nomes como Piero Castiglioni [Lierna, Itália, 1944], por exemplo.
pode ser descrito como uma dominação de intenções funcionais, mais
do que de intenções criativas.
Como foi a sua experiência na Argentina? O que você trouxe
É claro que isso foi um processo indireto e estou refletindo sobre uma
desta experiência no exterior?
lacuna temporal que perdura no tempo. Ainda assim, vejo uma forte
O principal legado da minha experiência na Argentina foi uma com-
conexão entre este momento histórico recente de nosso país e a falta de
preensão da profissão. Lá aprendi os fundamentos do meu desen-
interesse em iluminação como um processo criativo de design.
volvimento profissional: ouvi pela primeira vez falar de coisas como
Sem dúvida, o excesso de luz natural na Espanha também tem sua
L+D
80
programas de cálculo, prêmios de iluminação, conferências e estudos
acadêmicos estabelecidos.
Naquele momento (1998), o lighting design era mais desenvol-
influência. É uma das razões pelas quais há pouca necessidade – e
portanto pouco interesse – em investigar a luz artificial em profundidade.
Não apenas o lighting design é influenciado por isso, mas a
L+D
81
vido na Argentina do que na Espanha, especialmente em termos
própria arquitetura. A luz natural, e não a artificial, é tradicionalmente
da compreensão sobre onde esse trabalho se encaixa no processo
um elemento forte na arquitetura espanhola. Arquitetos espanhóis se
arquitetônico. E ainda hoje vejo lá um nível maior de interesse geral
e pesquisas mais profundas em relação à luz e à iluminação. É
verdade que passaram por uma profunda crise econômica e que
a arquitetura sofreu com isso. Mas agora o desenvolvimento já se
restabeleceu e ainda existem ali mais oportunidades acadêmicas (e
profissionais) que se devem a uma maior tradição na área.
sobressaem quanto ao controle da luz do dia e aplicam isso como um
instrumento arquitetônico.
Como foi tentar introduzir na Espanha a figura do lighting designer
independente? Que tipo de obstáculos você teve de vencer?
O principal obstáculo foi a falta de entendimento do que significava li-
Fotos | Photos: Xavier Graells

artec3
Duccio Malagamba
ghting design. É fácil chegar numa reunião e dizer: “Prazer em conhecê-lo,
sou um arquiteto”. Mas não era nada fácil me apresentar como um lighting
designer. A reação normalmente era: “O que você quer dizer com isso”?
O primeiro desafio que enfrentei foi mostrar que a minha atividade de
fato existia. Tinha de explicar o que era e como poderia ser desenvolvida.
Acontecia muito de os arquitetos pedirem meus títulos e diplomas para
verificar as possibilidades de colaboração. Foi este tipo de episódio que
me levou a fazer cursos, como um meio de fazer legitimar o conhecimento
que eu tinha adquirido como autodidata. Claro que os cursos
também foram importantes para ampliar meu conhecimento, além de
confirmar coisas que eu tinha aprendido na prática.
Fermín Vazquez (da b720 Arquitectos) foi o primeiro arquiteto espanhol
a me abrir as portas e a tornar possível o estabelecimento de uma colaboração.
Acredito que sua experiência profissional na Inglaterra país com
tradição em lightinhg design influenciado positivamente sua compreensão
do papel do lighting designer no processo de design arquitetônico.
Desde o seu retorno para a Espanha, o que mudou no campo
do lighting design?
Bom, agora posso dizer que lighting design existe na Espanha! E
está crescendo rápido. Esta é a maior diferença. O desenvolvimento
da profissão na Espanha tem componentes internos e uma grande
influência externa, já que hoje a informação flui facilmente e temos
acesso ao que está acontecendo em todo o mundo. Orgulho-me de
afirmar que atualmente os fabricantes de produtos de iluminação na
it was precisely this kind of incident that led me to take courses, as a means
natural light” so as to reduce power consumption. How can light-
Espanha entendem e reconhecem a figura do lighting designer. E isso
of gaining recognition for the knowledge I had taught myself . Needless to
ing designers contribute to this?
é menos um obstáculo a ultrapassar no cotidiano da profissão.
say, the courses were very important to broaden my knowledge, in addition
I believe in projects by independent professionals as the key to controlling
to confirming things I had learnt in practice, which is always a good thing.
results. Such professionals are aware of the regulations, are able to control
Plaza del Torico
Num Fórum promovido pela Lutron (Barcelona, julho de 2008)
Fermín Vázquez (from b720 Arquitectos) was the first Spaniard to open
natural lighting and know how to use energy efficient and environmentally
Localização | Location: Teruel, Espanha | Spain
você afirmou que “é necessário fomentar a cultura da realização de
the door to me and make it possible to establish a design partnership. I be-
responsible sources. But, first and foremost, they develop coherent projects,
Ano de conclusão | Completion date: 2007
projetos de iluminação por profissionais que levem em conta a luz
lieve that his professional experience in England – a country with tradition
with design intentions based on light and its interaction with the space, in
Arquiteto | Architect: b720 arquitectos
artificial e a luz natural” de modo a reduzir o consumo de energia.
in lighting design – had a positive influence on his understanding of the role
such a way as to create efficient compositions. The difference is clear enough
Como os lighting designers podem contribuir com isto?
of the lighting designer in the architectural design process.
between projects developed from the perspective of an independent lighting
Um largo medieval ganha vida quando não apenas as
Acredito em projetos de profissionais independentes como a chave para
designer and that of a non-independent one.
fachadas mas também o pavimento é iluminado. Uma
o controle dos resultados. Estes profissionais conhecem as regulamenta-
Since your return to Spain, what has changed in the lighting
instalação variável no solo, com mais de 1.000 luminárias
ções, são capazes de controlar a iluminação natural, aplicam fontes de luz
design field?
You state that “one of the aims of lighting design is to minimise
de LEDs, permite mudanças de tons e de configurações
eficientes e respeitosas ao ambiente. Mas, principalmente, eles desenvolvem
Well, I can now say that lighting design exists in Spain! And it’s growing
environmental damage and impact on natural resources.” How is
L+D
82
graças à conexão com um computador central. O aspecto
do largo também ganha brilho durante o dia, quando,
mesmo as luzes desligadas, os vidros que cobrem os LEDs
projetos coerentes, com intenções de design baseadas na luz e na sua
interação com o espaço, de modo a criar composições eficazes. É bastante
óbvia a diferença entre projetos desenvolvidos sob a perspectiva de um
fast. This is the biggest difference. The development of this profession in
Spain has both internal features and an enormous external influence, since
information flows easily today and we have access to what is going on all
this achieved?
It all begins with the decision as to what should be lit, something that
we have to have in mind from the moment we start analyzing the project.
L+D
83
refletem a radiação do sol | A mediaeval square comes
lighting designer independente e de um não-independente, que costuma
over the world. I pride myself in affirming that today Spanish lighting product
A selective approach, that focuses on compositions based on the interplay
to life when, not only the façades, but also the paving
se ocupar mais de luminárias do que da luz propriamente dita.
manufactures understand and recognise the figure of the lighting designer.
of light and shadow is already more economical than a standard approach.
is lit up. A dynamic installation on the ground, using
And this is one less hurdle in the day-to-day of the profession.
The deliberate use of darkness is definitively related to environmentally re-
over 1,000 LED lamps, allows for changing shades and
Você afirma que “um dos objetivos do lighting design é mini-
sponsible projects. In more practical terms, it’s important to specify efficient,
patterns, thanks to its connection with a central computer.
mizar os danos ao ambiente e o impacto nos recursos naturais”.
In a forum organised by Lutron (Barcelona, Jul-2008) you stated
recyclable and responsible light sources. And to deliver the job’s maintenance
The square’s appearance during the daytime also gains
Como isto se faz?
that “it is necessary to cultivate the execution of lighting projects
programme together with the final design.
lustre, when, even with the lights turned off, the glass
Tudo começa com a decisão sobre o que deve ser iluminado, pensamento
by professionals who take into account both artificial light and
covers over the LEDs reflect the sun’s rays
que está presente desde a etapa de análise do projeto. Uma abordagem

Fotos | Photos: Andrés Otero
Fotos | Photos: artec3
Restauração do Paseo del Óvalo e seu entorno | Restoration of the Paseo del Óvalo and surroundings
Localização | Location: Teruel, Espanha | Spain
Ano de conclusão | Completion date: 2003
Arquiteto | Architect: David Chipperfield Architects + b720 arquitectos
No Paseo del Óvalo, a arquitetura oferece unidade e a luz é o meio para a sua percepção visual. A luz serviu como um instrumento para
revelar um mesmo espaço com diferentes qualidades perceptivas, dependendo dos diferentes pontos de vista e das funções. A dinâmica
das áreas mais agitadas foi acentuada com sensações visuais mais intensas, e momentos de paz e descanso foram criados com jogos
de sombra trabalhados em torno dos bancos e entre as árvores | In the Paseo del Óvalo, the architecture offers unity and light is the
medium for its visual perception. Light served as a tool to reveal the same space with different perceptual qualities, according to the
different viewpoints and functions. The dynamics of the busier areas were emphasised with intense visual sensations, while areas of
peace and restfulness were created by toying with shade around benches and in between the trees
Exposição “Hammershøi and Dreyer” | “Hammershøi and
Dreyer” Exhibition
Localização | Location: Barcelona, Espanha | Spain
Ano de conclusão | Completion date: 2007
Arquiteto | Architect: RCR Arquitectes
L+D
84
Uma exposição de arte cujo objetivo era valorizar a relação de luz
entre um pintor (Hammershøi) e um cineasta (Dreyer) dinamarqueses
foi a perfeita oportunidade para Maurici Ginés repensar a iluminação
de museus como um todo. Aqui “a luz foi aplicada como um
instrumento de comunicação do espaço e da arte. Isto testemunha
sobre o fato de o artec3 ser um estúdio onde sempre buscamos
novas maneiras de comunicar os espaços por meio da luz” | An art
exhibition, whose aim was to celebrate the work with light of Danish
painter (Hammershøi) and film director (Dreyer), was the perfect
opportunity for Maurici Ginés to rethink the lighting of museums
as a whole. Here “light was used as a tool of communication of
space and art. This bears witness to the fact of artec3 being a
studio where we always look for new ways of communicating the
spaces through light”
L+D
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Aleix Bagué
Hall do Hotel Tryp Barcelona Aeropuerto|
Tryp Barcelona Aeropuerto Hotel hall
Localização | Location: El Prat de Barcelona,
Espanha | Spain
Ano de conclusão | Completion date: 2002
Arquiteto | Architect: Carles Ferrater
+ Joan Guibernau Arquitectos
How important was the prize-winning Paseo del Óvalo project,
in Teruel, to your work?
As for the project itself, we paid a great deal of attention to the question
of visual appreciation. The relationships between uses, functions and visual
approaches were the basis for the lighting design, which played on light and
shadow. And our work received considerable recognition. In addition to the
European Prize for Urban Public Space (2004), we were also honoured with
the special merit prize of the International Association of Lighting Designers
(IALD). For us, this latter was far more significant, since it is a lighting award.
It was the first lighting award given to a Spanish designer and the first project
in Spain to receive such an award!
interrelationships. Setting out from an understanding of the artists and of
their works, it became possible for us to develop a light concept that was
both coherent with them and also with the exhibition space. It’s important
to underline the close relationship we maintained with the architects. They
had very clear intentions about the design of the space and understood the
important influence that would be exercised by light. This led to a fluid process
developing between our team and theirs. Our intention was to communicate
the works of art through the creation of a museum atmosphere that included
the spatial arrangement, the material surfaces and the light. We developed a
lighting concept that had as its source of inspiration the light of the art works
themselves. Rhythm was the key word, and so we worked with contrasts,
shades of colour, lights and shadows. We managed to create a discourse,
that was both architectural and luminous and immersed people in a total
experience in relation to the exhibition’s content. This was a very special
project and the result was recognised with the first prize in the 2008 Lamp
Awards. This award, by the way, given by a Spanish firm, is also a reflection
of the development of the field in Spain. (By Joana Canêdo)
A iluminação interior da ampla entrada do hotel
valoriza os volumes do espaço com um jogo de luz
sobre os planos vertical e inclinado, que mantém
durante a noite a sensação proporcionada pela
luz natural do dia, através das clarabóias. Apesar
da sensação de grandeza, a iluminação não deixa
de transmitir conforto, graças às luminárias de
piso junto aos sofás | The interior lighting of this
vast hotel entrance-hall differentiates the multiple
spaces with a light-play on the vertical and oblique
planes, sustaining through the night the sensations
provided by natural daylight through the skylights.
Despite the feeling of grandeur, the lighting still
conveys comfort, thanks to the standard lamps next
to the couches
The “Hammershøi and Dreyer” exhibition (CCCB, Barcelona, Jan.
- May, 2007) was, no doubt, a rare opportunity in museum design.
Tell us a little about that experience.
The first step was an exercise in understanding the role that light played
for the painter (Hammershøi) and for the film director (Dreyer), and their
Kxdesigners
seletiva, que foca em composições baseadas no jogo de luz e sombra,
já é mais econômica do que uma abordagem comum. A valorização
do escuro é definitivamente relacionada com projetos ambientalmente
responsáveis. Em termos mais práticos, é importante especificar fontes de
iluminação eficientes, recicláveis e responsáveis. E entregar o programa
de manutenção da obra junto com o design final.
museográfico. Conte-nos um pouco sobre esta experiência.
O primeiro passo foi o exercício de compreender o papel que a luz
representava para o pintor (Hammershøi) e para o cineasta (Dreyer)
e suas inter-relações. A partir da compreensão dos artistas e de suas
obras, foi-nos possível desenvolver um conceito de luz coerente com
eles e também com o espaço da exposição. É importante sublinhar a
forte relação que tivemos com os arquitetos. Eles tinham uma intenção
clara no desenho do espaço e entendiam a forte influência que seria
desempenhada pela luz. Isto conduziu a um processo fluido entre a
nossa equipe e a deles. Nossa intenção era comunicar as obras de arte
por meio da ambientação museográfica, que incluía a configuração do
espaço, a superfície dos materiais e a luz. Desenvolvemos um conceito
de iluminação que tinha na luz das obras de arte sua inspiração. O ritmo
era uma palavra-chave; por isto trabalhamos com contrastes, tons, luzes
e sombras. Criou-se um discurso, arquitetônico e luminoso, que envolvia
as pessoas numa experiência integral em relação ao conteúdo da exposição.
Foi um projeto muito especial e o resultado foi reconhecido com
o primeiro prêmio do 2008 Lamp Awards. Este prêmio, aliás, concedido
por uma empresa espanhola, é também um reflexo do desenvolvimento
do campo na Espanha! (Por Joana Canêdo)
Qual foi a importância do premiado projeto do Paseo del Óvalo,
em Teruel, dentro do seu trabalho?
No que se refere ao projeto em si, trabalhamos com muito cuidado
a questão da apreciação visual. As relações entre os usos, funções e
abordagens visuais foram a base do lighting design, que jogou com
luzes e sombras. E nosso trabalho foi extremamente reconhecido.
Pois, além do European Prize for Urban Public Space (2004), foi-nos
concedido, em 2005, o prêmio de mérito da International Association
of Lighting Designers (IALD). Para nós, este último foi muito mais
simbólico, por se tratar de um prêmio de iluminação. Foi o primeiro
prêmio de iluminação concedido a um designer espanhol e o primeiro
projeto na Espanha a ser premiado!
Praça da Prefeitura de Sant Cugat del Vallès | Sant Cugat del Vallès City Hall Square
Localização | Location: Sant Cugat del Vallès, Espanha | Spain
Ano de conclusão | Completion date: 2007
Arquiteto | Architect: FFPV Arquitectura
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L+D
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Neste projeto de iluminação urbana, à luz branca que gera uniformidade, adicionou-se o componente da cor, com a finalidade
de ampliar o caráter atrativo do espaço público. As mudanças de cor ocorrem segundo a variação das estações ao longo do ano.
Desenvolveu-se para o projeto a luminária HAMLED, que combina lâmpadas a vapor metálico CMH com LEDs RGB. Uma colaboração
do departamento de design do estúdio artec3 com Fran Fernandez e Kxdesigners, a luminária foi fabricada pela Philips | In this
public illumination project, to the white light providing uniformity, a colour component was added, aiming to contribute to the
attractive character of the public space. The colours change in accordance with the seasons of the year. The HAMLED lighting
fixture was specially developed for this project. It combines CMH metal-vapour lamps with RGB LEDs. Designed by a partnership
of artec3’s design department with Fran Fernandez and Kxdesigners, the streetlight was manufactured by Philips
A exposição “Hammershøi and Dreyer” (CCCB, Barcelona, janeiro a
maio de 2007) foi provavelmente uma oportunidade rara no campo

produtos | products
CUBRIK SERIES
Santa & Cole
PH 50
Louis Poulsen
Dando seqüência à série de versões comemorativas dos grandes
clássicos de Poul Heningsen, a empresa dinamarquesa Louis Poulsen,
pertencente ao grupo Targetti, apresenta o pendente PH 50. Trata-se de
uma edição especial da famosa luminária PH 5, que comemora 50 anos
e ganha novas cores (branco coco, vermelho chili, azul menta, verde
wasabi e preto oliva).
Continuing the series of commemorative versions of Poul Heningsen’s great
classics, Danish firm Louis Poulsen, part of the Targetti group, presents the PH
50 pendant light. This is a special edition of the famous PH 5 light, marking its
50th anniversary, and which is treated to new colour finishes (coconut white,
chilli red, mint blue, wasabi green and olive black.
Os pendentes Cubrik, da empresa espanhola Santa & Cole, foram
criados em 2005 e causaram sensação na Light+Building de 2006. Em
duas versões – de 36 ou 100 placas – a luminária deve seu nome ao
famoso cubo de Rubik. A grande luminária cúbica, do designer Antoni
Arola, oferece possibilidades ilimitadas de composição, alterando a luz
e o ambiente conforme a movimentação de suas placas.
Na edição de 2008, a empresa apresentou em Frankfurt os novos
membros da família Cubrik, que agora conta, além dos pendentes originais
(de 36 e 100 placas), com uma luminária de mesa de 36 placas,
um pendente de 16 placas, que pode ser transformado em luminária de
mesa, e ainda a Wall-Cubrik, uma luminária de parede com módulos de
60 x 60cm, que podem ser multiplicados para cobrir grandes áreas.
The Cubrik pendant lights, from the Spanish firm of Santa & Cole, were
created in 2005 and caused a sensation at the 2006 Light+Building show.
Coming in two versions — of 36 or 100 leaves — this light owes its name
to the famous “Rubik Cube”. This large cubic light, from designer Antoni
Arola, offers unlimited possibilities of rearrangement, altering the light and
the atmosphere according to the adjustment of its leaves.
In the 2008 edition, this firm presented in Frankfurt the new members of
the Cubrik family, which now includes, apart from the original hanging lights
(of 36 and 100 leaves), a table-lamp of 36 leaves, a pendant light of 16 leaves,
which can be transformed into a table-lamp, and also a wall-light of 60 x
60cm modules that can be used in multiples to cover large areas.
Info: www.santacole.com
Info: www.louispoulsen.com
No Brasil | In Brazil: Eurolighting
GO-XT CEILING
Tobias Grau
Este pendente, recentemente lançado pela alemã Tobias Grau, compõe
a família GO-XT – surgida a partir da luminária de piso GO-XT Floor, que
já foi condecorada com ouro no iF Product Design Award 2007 e com o
prêmio Lights of the Future 2008. Importante atributo dessas luminárias
é seu sistema de controle do ofuscamento direto, denominado O.S.A.
(Open Structure-Antiglare), que proporciona alto nível de conforto, com
baixas luminâncias mesmo em ângulos desfavoráveis. O novo sistema
modular pendente permite inúmeras configurações para uma eficiente
iluminação de ambientes comerciais.
A GO-XT Ceiling é fabricada em versões para uma, duas ou quatro
lâmpadas fluorescentes de 54W ou 39W, nas cores branca ou cinza
claro. Podem ser equipadas com sensor de luminosidade, que faz variar
a intensidade da luz emitida quando níveis predeterminados são proporcionados
por outras fontes ou por luz natural.
This pendant light, recently launched by the German firm of Tobias Grau,
L+D
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constitutes the family GO-XT — arising out of the GO-XT Floor standard lamp,
which was acclaimed with a gold medal at the 2007 iF Product Design Awards,
and with the 2008 Lights of the Future prize. An important feature of these
HERA
Itaim
L+D
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lights is their direct glare control system, called OSA (Open Structure-Antiglare)
which furnishes a high degree of visual comfort, with low luminance even at
A luminária Hera, da empresa brasileira Itaim Iluminação, é fabricada
The Hera light, from the Brazilian firm of Itaim Iluminação, is made of
unfavourable angles. The new modular pendant system allows innumerable
em alumínio, com um ou dois projetores orientáveis, para 6 ou 12 LEDs
aluminium, with one or two adjustable spotlights, using six or twelve warm
arrangements for efficient lighting in commercial environments.
de cor branco quente. Com pintura na cor cinza titânio, os projetores
white LEDs. Finished in titanium grey, these spotlights permit directional beam
The GO-TX Ceiling is made in different versions for one, two or three fluo-
permitem orientação e direcionamento do facho e possuem caixa para
adjustment and have their own equipment boxes. The Hera light has a fitting
rescent lamps of 54W or 39W, in white or pale grey finishes. It can incorporate
equipamentos. A Hera possui sistema de fixação em trilho eletrificado.
system for electric tracks.
Info: www.tobias-grau.com
a light sensor to vary the brightness of the light it emits when pre-set levels
No Brasil | In Brazil: Lumini
are supplied by other sources including daylight.
Info: www.itaim.ind.br

PARA SABER MAIS | INFORMATION
L+D
90
AsBAI
Rua Álvaro Rodrigues, 182 - cj. 63
São Paulo, SP 04582-000
BRAZIL
www.asbai.org
Atelier Brückner
Krefelder Strasse 32
Stuttgart 70376
GERMANY
www.atelier-brueckner.de
Ben Rousseau
www.benrousseau.co.uk
Bruce Munro
Long Knoll Barns
Cokers Lane / Kilmington
Warminster BA12 7HU
UNITED KINGDOM
www.brucemunro.co.uk
Fernanda Carvalho
Praça Farias Brito, 67
São Paulo, SP 01243-040
BRAZIL
luz.fernanda@uol.com.br
Franco + Fortes Lighting
Design
Rua Capitão Prudente, 43
São Paulo, SP 05422-050
BRAZIL
www.francoefortes.com
Fredrikson Stallard
www.fredriksonstallard.com
Guinter Parschalk / Studio Ix
Rua Alves Guimarães, 1472
São Paulo, SP 05410-002
BRAZIL
www.studioix.com.br
La Lampe
Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1258
São Paulo, SP 01442-000
BRAZIL
www.lalampe.com.br
Licht Kunst Licht
Schlesische Strasse 20
Berlin D-10997
GERMANY
www.lichtkunstlicht.de
Light Design
Rua Euclides da Cunha, 1.333
Campo Grande, MS 79021-200
BRAZIL
www.lightdesign.com.br
Light ID
Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1903
São Paulo, SP 01441-001
BRAZIL
www.lightid.com.br
PATROCINADORES | ADVERTISERS INDEX
Altena
T: +55 (11) 4602-8664
www.altena.com.br
DL Iluminação
T: +55 (11) 5538-3382
www.dliluminacao.com.br
Fabbian Brasil
T: +55 (41) 3284-4000
www.fabbian.com
G-Lec
T: +55 (11) 2295 4955
www.g-lec.com.br
Iluminar
T: +55 (31) 3284-0000
www.iluminar.com.br
Interlight
T: + 55 (11) 4789-9966
www.interlight.com.br
Itaim Iluminação
T: +55 (11) 4785-1010
www.itaim.ind.br
Light Design Iluminação
T: +55 (81) 3339-1654
www.lightdesign.com.br
Mader Stublic Wiermann
Senefelder Str. 20
Berlin D-10437
GERMANY
www.webblick.de
Martin Gagnon
818, Ste-Hélène
Québec J4K 3R6
CANADA
www.ambiancesdesign.com
Maurici Ginés / artec3
Avda. Cerdanyola, 32
Sant Cugat del Vallès
Barcelona 08172
SPAIN
www.artec3.com
Mônica Lobo / LD Studio
Rua Buenos Aires, 79, cj. 501
Rio de Janeiro, RJ 20070-020
BRAZIL
ldstudio@ldstudio.com.br
Osram
www.osram.com.br
Osvaldo Perrenoud
www.desenhosdeluz.com.br
Lumini
T: +55 (11) 5522-1988
www.lumini.com.br
Lutron
www.lutron.com/latinamerica
Omega Iluminação
T: +55 (11) 5034-1233
www.omegalight.com.br
Parislux
T: +55 (19) 3891-9777
www.parislux.com.br
Paul Gregory / Focus Lighting
255 West 101 Street
New York, NY 10025
USA
www.focuslighting.com
Sungwoo Park
135-530 2nd floor West Bojeon
Bldg
Nonhyun-Dong Kangnam-Ku,
Seoul
SOUTH KOREA
speedyleg@paran.com
Philips Iluminação do Brasil
T: +55 (11) 2125-0588
www.luz.philips.com
Schréder do Brasil
T: +55 (11) 6114-4300
www.schreder.com
Serra Dimlux
T: + 55 (21) 2253.9444
www.serradimlux.com.br
Steluti
T: +55 (11) 3079 7339
www.steluti.com.br

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