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DR. PLINIO COMENTA...<br />
Deus e não O teme, julgando-se capaz de tudo fazer sem<br />
Ele. Esse é deposto de seu trono, ou seja, daquilo do que<br />
se ensoberbece. O humilde, pelo contrário, é glorificado e<br />
favorecido por Nosso Senhor, obtém resultados nas suas<br />
ações, na sua vida interior, no seu apostolado, etc.<br />
Completando essa linha de pensamento, Maria acrescenta:<br />
“Cumulou de bens os famintos, e despediu os ricos<br />
com as mãos vazias”.<br />
Os famintos são os necessitados, os que se abaixam<br />
diante de Deus e Lhe suplicam auxílio. Estes são atendidos,<br />
e saem repletos de bens. Os ricos são os orgulhosos,<br />
aqueles que se aproximam de Nosso Senhor dizendo não<br />
precisarem de nada. Então são mandados embora sem receberem<br />
qualquer benefício.<br />
Cumpre-se a promessa do Messias<br />
Em seguida, a Santíssima Virgem faz uma referência à<br />
exaltação do Povo Eleito, por nele ter se verificado a Encarnação<br />
do Verbo. Diz Ela: “Tomou cuidado de Israel, seu<br />
servo, lembrado da sua misericórdia; conforme tinha dito a<br />
nossos pais, a Abraão, e à sua posteridade para sempre”.<br />
Com efeito, Deus havia misericordiosamente prometido<br />
que o Messias, seu ilho unigênito, se encarnaria e nasceria<br />
do povo de Israel. Ele se lembrou de sua promessa,<br />
gerando Jesus Cristo nas entranhas puríssimas de Maria.<br />
A Igreja, muito belamente, completa esse hino maravilhoso<br />
com o “Glória ao Pai, ao ilho e ao Espírito Santo;<br />
assim como era no princípio, agora e sempre, pelos séculos<br />
dos séculos. Amém”.<br />
Esta seria uma interpretação do<br />
Magnificat como o cântico da despretensão<br />
jubilosa de Nossa Senhora.<br />
“Minha alma engrandece<br />
a Igreja Católica!”<br />
“Como eu gostaria de cantar: minha alma engrandece a Santa Igreja Católica!” —<br />
<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> contemplando a maravilhosa fachada da Catedral de Notre-Dame de Paris<br />
Para concluir, cabe ainda um último<br />
desdobramento dessas considerações.<br />
Como eu gostaria de, com toda<br />
a alma, poder cantar o Magnificat<br />
em relação à Igreja Católica! Como<br />
é verdadeiro dizer: Magnificat<br />
anima mea Ecclesiam, et exultavit<br />
spiritus meus, in matre salutari mea<br />
— A minha alma engrandece a<br />
Igreja Católica e o meu espírito<br />
exulta na Igreja minha mãe!<br />
E assim por diante, que lindíssima<br />
paráfrase do Magnificat poderíamos<br />
fazer contemplando a Igreja,<br />
que é a Arca da Aliança, a imagem<br />
visível de Deus e de Nossa Senhora<br />
na terra.<br />
Sirvam, pois, estas palavras de<br />
incentivo para que reportemos todos<br />
os nossos dons, nossas virtudes<br />
e predicados a Deus em Jesus, a Jesus<br />
em Maria, e a Maria na Santa<br />
Igreja Católica Apostólica Romana,<br />
da qual nos vem tudo o que<br />
temos de bom. Dessa maneira, o<br />
enlevo, o encanto, o entusiasmo, a<br />
fidelidade, a dedicação de nossa vida,<br />
nossa alma e nosso sangue sejam<br />
inteiramente oferecidos para o<br />
serviço e glorificação da Esposa<br />
Mística de Cristo. v<br />
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