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Jacinta e rancisco<br />
Editorial<br />
“queiram, a verdadeira aurora dos tempos<br />
é um marco novo na própria história<br />
da Igreja. átima é, queiram ou não<br />
“átima<br />
novos, cujos albores despertaram no momento em que<br />
Nossa Senhora baixou à terra e comunicou a três pastorinhos<br />
as lições severas sobre o crepúsculo de nossos<br />
dias, e as palavras esperançosas sobre os dias de bonança<br />
que a Misericórdia Divina prepara para a humanidade<br />
quando esta finalmente se arrepender.”<br />
Nestas palavras, brotadas do mais fundo do coração,<br />
<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> resumia seu entusiasmo e veneração<br />
pelas aparições e mensagem da Santíssima Virgem<br />
em 1917, que ele nutria igualmente pelas três crianças<br />
escolhidas para serem as mensageiras.<br />
Agora, na mesma átima onde o timbre santíssimo<br />
e virginal da voz da Mãe de Deus ecoou há 83 anos, o<br />
Vigário de Cristo proclama as virtudes heróicas de dois<br />
dos pastorinhos, Jacinta e rancisco. Por terem morrido<br />
tão jovens — dez e onze anos, respectivamente<br />
— sua beatificação constituiu outro marco na história<br />
da Igreja: pela primeira vez são elevadas à honra dos<br />
altares duas crianças dessa idade, por uma causa que<br />
não seja a do martírio. E, glorificando-os, o Papa João<br />
Paulo II manifesta uma vez mais seu alto apreço pelos<br />
acontecimentos vividos pelos novos bem-aventurados,<br />
juntos com a Irmã Lúcia, freira carmelita ainda viva.<br />
Tal beatificação foi intensamente desejada por <strong>Dr</strong>.<br />
<strong>Plinio</strong>. Em várias oportunidades, ao longo das décadas,<br />
ele, assim como destacou sua convicção a respeito<br />
da veracidade de átima, fê-lo também sobre a heroicidade<br />
de virtudes dos dois videntes falecidos na<br />
infância, os quais almejava ver elevados à honra dos<br />
altares. Entre os aspectos de alma dos dois pequenos<br />
que mais o enlevavam, estava o fato de terem aceitado<br />
o convite de Nossa Senhora para difíceis missões:<br />
a de Jacinta era rezar e sofrer pela conversão dos<br />
pecadores; a de rancisco, reparar a tristeza de Nosso<br />
Senhor e de Nossa Senhora pelos pecados do mundo.<br />
Considerava <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> que o sacrifício de ambos<br />
os tornava nossos intercessores especiais no Céu, obtendo-nos<br />
graças para atendermos ao apelo da Santíssima<br />
Virgem por sacrifício e reparação.<br />
É preciso haver pessoas que contribuam com sua<br />
dor para que germinem nos corações as palavras de<br />
Nossa Senhora, exortando os homens à conversão.<br />
Todas as grandes obras de Deus se fazem com a participação<br />
de almas que lutam, rezam e sofrem. E acima<br />
dos nossos sofrimentos, quer Deus a retidão e a<br />
pureza, quer almas contritas e humilhadas, que renunciam<br />
a toda forma de orgulho, vanglória e vaidade. “E<br />
isto exatamente nos é dito pelo sacrifício de Jacinta. Devemos,<br />
portanto, pedir a ela que nos alcance de Nossa<br />
Senhora esse senso de sofrimento, indispensável para<br />
que qualquer católico seja verdadeiramente um fiel generoso<br />
e dedicado” — aconselhava <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong>.<br />
Quanto à missão reparadora de rancisco, é preciso<br />
considerar que, de 1917 até hoje, o oceano de<br />
pecados não fez senão avolumar-se escandalosamente.<br />
Ora, se assim cresceu a ofensa, deve crescer na<br />
mesma proporção a reparação, alimentando nossa<br />
indignação pelos ultrajes infligidos ao Coração Imaculado<br />
de Maria e acrisolando nosso desejo de sermos<br />
instrumentos de Nossa Senhora para a implantação<br />
de seu Reino sobre a terra. A tal nos exortava<br />
<strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong>, dizendo: “Devemos pedir a rancisco que<br />
nos obtenha esse ardoroso anelo de reparar o Coração<br />
Imaculado de Maria e, por meio d’Ele, o Coração Sagrado<br />
de Jesus”.<br />
Sirvam-nos essas palavras como tema de meditação<br />
e estímulo nesta tão jubilosa ocasião.<br />
DECLARAÇÃO: Conformando-nos com os decretos do Sumo Pontífice Urbano VIII, de 13 de março de 1625<br />
e de 5 de junho de 1631, declaramos não querer antecipar o juízo da Santa Igreja no emprego de palavras<br />
ou na apreciação dos fatos edificantes publicados nesta revista.Em nossa intenção, os títulos elogiosos não<br />
têm outro sentido senão o ordinário, e em tudo nos submetemos, com filial amor, às decisões da Santa Igreja.<br />
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