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19<br />

anos<br />

Entrevista ... Raquel Lombardi<br />

Lugares de Cá... Escultura de Júlio Dinis<br />

ANO XVII • N.º233 Mensal Outubro 2016 • €2<br />

A a Z<br />

Francisco<br />

Gomes<br />

Viajar<br />

com Saber...<br />

Kyoto<br />

Recordar Max<br />

na caricatura<br />

de Ricardo Campos


Nao deixe de recordar esses momentos !<br />

Coloque bem perto de si tudo o que é essencial na sua vida !<br />

PUB


04<br />

08<br />

10<br />

11<br />

12<br />

13<br />

14<br />

16<br />

Entrevista<br />

O mês de Outubro é o mês<br />

dedicado ao cancro da<br />

mama. Por essa razão,<br />

neste mês dedicamos<br />

a entrevista principal<br />

a quem experienciou a<br />

doença, a exemplo da<br />

presidente da Associação<br />

Raquel Lombardi, ela<br />

própria uma sobrevivente<br />

da doença que a afetou em<br />

2015. A sua experiência<br />

e as iniciativas que<br />

desenvolveu para<br />

chamar a atenção para<br />

a importância dos<br />

exames e da prevenção,<br />

na entrevista a Raquel<br />

Lombardi.<br />

Saúde<br />

Outubro Rosa, Mês<br />

Internacional da Prevenção<br />

do Cancro da Mama.<br />

Opinião<br />

Teresa Brazão<br />

Ideia de Mim 2<br />

(continuação).<br />

Marcas Icónicas<br />

L’Oreal<br />

Opinião António Castro<br />

Viajar na Sicília (1).<br />

Madeira<br />

António Castro escreve<br />

sobre a Universidade Sénior<br />

Gonçalves Zarco.<br />

(Des)Conhecida Arte<br />

As caricaturas de Ricardo<br />

Campos.<br />

Opinião Pai Nélio<br />

D’Oxalá.<br />

sumário<br />

A escultura Júlio Dinis na rua da Carreira.<br />

Lugares de Cá PAG. 09<br />

17 Nutrição<br />

A Nutricionista Alison<br />

Karina de Jesus escreve<br />

sobre ‘Alimentação: Sem<br />

ela não vivemos!<br />

20<br />

21<br />

22<br />

24<br />

26<br />

28<br />

29<br />

30<br />

35<br />

36<br />

40<br />

48<br />

50<br />

Opinião Hélder Spínola<br />

A poluição mata.<br />

Desporto<br />

Ténis de Mesa em destaque.<br />

Câmara Municipal do<br />

Funchal<br />

O que é que vai mudar no<br />

Turismo do Funchal.<br />

A a Z<br />

Francisco Gomes<br />

Apaixonado pela política,<br />

com vários títulos nacionais<br />

conquistados como<br />

presidente do CAB. Porém,<br />

é no papel de pai que<br />

encontra a sua paz interior.<br />

Viajar com Saber<br />

Cidade de Kyoto, Japão.<br />

Blogue... Miguel Pires<br />

Do mérito.<br />

Tecnologia<br />

Tecnologia: entre a Ciência<br />

e a Engenharia.<br />

Moda<br />

Tendências<br />

Agenda Cultural<br />

Outubro.<br />

Social<br />

À mesa com...<br />

Fernando Olim.<br />

Site do Mês<br />

www.sesaram.pt<br />

No VII Congresso de Educação Artística, a arte ganhou vida.<br />

Madeira PAG. 18<br />

Siga-nos também em www.facebook.com/sabermadeira<br />

e em www.sabermadeira.pt<br />

saber | Outubro | 2016<br />

3


ENTREVISTA<br />

“Tenho fé que um dia, falemos de cancro<br />

Raquel Lombardi<br />

O cancro da mama é o segundo tipo de cancro mais<br />

diagnosticado no mundo. Trata-se de uma doença que, no<br />

dia a dia, afeta milhões de mulheres em todo o mundo e que,<br />

embora residualmente, também afeta os homens (1 em cada<br />

100 casos). Os números servem para dar uma visão global<br />

da problemática do cancro da mama, no entanto, por trás de<br />

cada estatística, há pessoas com nome e apelidos direta ou<br />

indiretamente, ligados à doença, como é o caso da madeirense<br />

Raquel Lombardi, a quem em março de 2015, foi diagnosticado<br />

um cancro da mama. A Educadora de Infância na Escola B1/<br />

PE Fonte da Rocha e casada com o professor de música do<br />

Conservatório da Madeira, Luciano Lombardi, sobreviveu à<br />

doença e para contar a sua história e ajudar quem é afetado<br />

pela doença, tem desenvolvido diversas iniciativas das quais<br />

se destacam a criação do projeto Unidos e a Associação<br />

Associação Cultural e de Solidariedade Social Raquel Lombardi.<br />

O mês de outubro é assinalado por duas efemérides: a 15 de<br />

outubro assinala-se o Dia Mundial da Saúde da Mama e a 30<br />

de outubro, o Dia Nacional de Luta Contra o Cancro da Mama<br />

e, neste âmbito, a associação de Raquel Lombardi também<br />

promoveu iniciativas para sensibilizar para a problemática<br />

do tumor maligno da mama, que, na Madeira, é um dos que<br />

tem maior expressão. Em 2014, o cancro da mama matou 55<br />

mulheres madeirenses. Em Portugal, o cancro da mama é o<br />

cancro da mulher com maior taxa de incidência, sendo que,<br />

cerca de 1500 mulheres em Portugal morrem todos os anos<br />

devido ao cancro da mama.<br />

Dulcina Branco<br />

Fotos: gentilmente cedidas por Raquel Lombardi<br />

Acaba de lançar a Associação Cultural<br />

e de solidariedade social<br />

Raquel Lombardi. Quais foram as<br />

razões que levaram à constituição<br />

desta associação, em que consiste<br />

e quais são os seus objetivos?<br />

- A Associação Cultural e de solidariedade<br />

social Raquel Lombardi,<br />

nasceu para formalizar todo o trabalho<br />

realizado no projeto UNIDOS.<br />

O PROJETO UNIDOS da associação<br />

cultural e de solidariedade social<br />

Raquel Lombardi, tem como missão<br />

promover a solidariedade através<br />

4<br />

saber | Outubro | 2016


como hoje falamos da tuberculose”.<br />

das artes e sensibilizar a população<br />

em geral para a prevenção do cancro<br />

da mama e defesa das mulheres<br />

mastectomizadas. O projeto começou<br />

em julho do ano passado, quando<br />

estava na segunda quimioterapia<br />

com um concerto solidário intitulado<br />

“AMIGOS” a favor da Liga<br />

Portuguesa contra o cancro. Seguiram-se<br />

mais 4 concertos, pinturas<br />

solidarias,2 exposições de pintura,<br />

,2 conferencias sobre o cancro de<br />

mama, 3 recolhas de alimentos para<br />

os sem abrigo -CASA, recolhas de<br />

brinquedos no Natal para as crianças<br />

com NEE do CPsagrada Familia,<br />

Uma recolha de brinquedos para<br />

uma família cuja mãe tinha cancro<br />

e filhos menores, uma atividade de<br />

yoga no meio da natureza, esterilizações<br />

de animais abandonados.<br />

Como podemos observar, o projeto<br />

UNIDOS, realizou atividades solidarias,<br />

sempre com o intuito de ajudar<br />

quem mais precisa.Todas estas atividades<br />

de solidariedade tiveram sempre<br />

uma componente artística presente,<br />

desde pintura, musica, dança,<br />

teatro,literatura, etc.<br />

Em que áreas e com que apoios irá<br />

trabalhar a associação?<br />

- A associação CSS Raquel Lombardi,<br />

continuará a trabalhar no âmbito<br />

solidário e de alerta/prevenção do<br />

Cancro da mama, com um plano de<br />

atividades extenso e transversal, trabalhando<br />

nas diversas faixas etárias,<br />

em diferentes realidades procurando<br />

promover a solidariedade, sensibilizar<br />

para hábitos de vida saudável<br />

apelando para prevenção do cancro<br />

da mama e defesa das mulheres mastectomizadas.<br />

Por agora ainda não<br />

recebi ajudas das entidades governamentais,<br />

visto que a Associaçao é<br />

ainda muito recente. No entanto, as<br />

entidades governamentais tem mostrado<br />

abertura no Projeto Unidos e<br />

muitas tem apoiado. Espero em breve<br />

que estas ajudem com a cedência<br />

de uma sede, pois o nosso trabalho<br />

seria muito mais específico e efetivo.<br />

Outros apoios financeiros são<br />

fundamentais pois, todas estas inter-<br />

{<br />

Acho que, o<br />

rastreio do cancro<br />

da mama, aqui na<br />

nossa ilha trabalha<br />

muito bem. Foi<br />

graças a eles que<br />

descobri e pude<br />

tratar-me”.<br />

{<br />

venções e atividades tem custos. Por<br />

agora, no âmbito da saúde, os sócios<br />

da associação terão alguns descontos<br />

na Academia Nova Era e na Clinica<br />

das Madalenas. Outros descontos,<br />

noutras áreas os sócios poderão<br />

ser abonados pela sua adesão a<br />

associação. O valor da quota anual é<br />

de 5 euros. As inscrições podem ser<br />

feitas através do facebook: Associaçao<br />

Raquel Lombardi numa ficha de<br />

inscrição online e o pagamento por<br />

transferência bancaria para o NIB<br />

0038 0000 4116873977120. A<br />

Associação possui uma contabilidade<br />

organizada e quem quiser ajudar<br />

a associação encontra no facebook o<br />

seu numero de nib e a ficha de inscrição<br />

de socio. Os interessados em<br />

conhecer a Associação Cultural e de<br />

Solidariedade Social Raquel Lombardi,<br />

o podem fazer através do facebook:<br />

Associação Raquel Lombardi<br />

ou pelo email:ACSS.Raquellombar-<br />

di@gmail.com.<br />

Que atividades foram recentemente<br />

desenvolvidas e outras previstas?<br />

- Do dia 10 de Outubro ao 25 de<br />

Novembro, na Casa da Cultura em<br />

Camara de Lobos, esteve patente<br />

uma mostra excepcional de pintura,<br />

criada pelo prestigiado pintor<br />

italiano Giuliano Giuggioli, intitulada<br />

“Madeira , Sonho e realidade”.<br />

Uma coleção de quadros criados<br />

para esta mostra, na nossa ilha.<br />

Conseguir que este pintor de alto<br />

nível viesse à Madeira fazer uma<br />

mostra foi, com certeza, um grande<br />

objetivo conseguido pela associação,<br />

visto que promover a arte numa<br />

sociedade que pouco faz pelos artistas,<br />

é muito difícil. Decorrerão muitas<br />

atividades que englobam quatro<br />

escolas do concelho e que irão trabalhar<br />

em conjunto usando a metodologia<br />

de projeto, sensibilizando<br />

os alunos para as artes como ferramenta<br />

de aprendizagem e promotora<br />

de solidariedade. O Projeto<br />

Unidos sempre seguiu esta diretriz<br />

e pôde contactar a dura realidade<br />

dos artistas. É preciso mudar consciências/atitudes<br />

em relação à arte.<br />

É urgente formar a população porque<br />

ouve-se muito falar de apreciar<br />

arte, mas, na hora da verdade, não<br />

a valoriza. Nem sabem distinguir<br />

um quadro de um verdadeiro artista<br />

de uma peça de decoração, e isto<br />

é grave. Em outros países da Europa,<br />

notamos que, existe um avanço<br />

notável em relação a esta temática.<br />

Foi também lançado um livro infantil<br />

da minha autoria e ilustrações<br />

de Giuliano Giuggioli, cuja receita<br />

reverteu a favor da associação CSS<br />

RL. Houve ainda um concerto, intitulado<br />

“UNIDOS contra o cancro da<br />

mama” no Museu da Imprensa em<br />

Camara de Lobos, um concerto de<br />

alto nível musical como tem vindo<br />

a acontecer durante todo o projeto.<br />

Completou este leque de atividades,<br />

uma conferência sobre o cancro da<br />

mama, ministrada pelo Dr. Fernando<br />

Fernandes e uma equipa de excelentes<br />

profissionais de saúde.<br />

Outubro é o mês que celebra, a<br />

nível internacional, a luta contra o<br />

cancro da mama. Faz sentido celebrar<br />

a data e porquê?<br />

- É muito importante sensibilizar a<br />

população em geral sobre esta problemática.<br />

Assinalar esta data é<br />

alertar para esta doença e apelar à<br />

prevenção.<br />

Na sua opinião e da sua experiência<br />

pessoal, como é que vê a<br />

realidade do cancro da mama na<br />

Madeira?<br />

- Hoje, tenho a noção que este tipo<br />

de tumor afecta um grande número<br />

de pessoas (mulheres e homens) de<br />

todas as idades, na nossa ilha. Particularmente,<br />

durantes este meu desafio<br />

de vida e de luta, 9 mulheres do<br />

meu circulo de amizades, com idades<br />

entre os 29 e 73 estão a passar pelo<br />

mesmo do que eu. Isto é um problema<br />

grave que afecta a todos nós e<br />

que só pode ter uma melhoria se for<br />

feita cada vez mais cedo a prevenção.<br />

O cancro é uma doença muito<br />

silenciosa. Não se manifesta nem dá<br />

dor. Quando dá algum sinal já está<br />

em estado avançado. Por isso a prevenção<br />

é o melhor caminho a seguir.<br />

Uma vida saudável e exames frequentes<br />

são o único meio de melhorar<br />

estes números assustadores.<br />

Como é que avalia as condições de<br />

tratamento da doença na Madeira<br />

e o que é que podia ser melhorado?<br />

- Sobre esta temática só poderei<br />

manifestar a minha opinião como<br />

utente mas acho que, a Madeira<br />

precisa urgentemente de oferecer<br />

melhores condições aos doentes<br />

oncológicos. Só podemos recorrer<br />

ao hospital e, este não possui<br />

condições favoráveis para dar resposta<br />

a tantos doentes. O hospital<br />

precisa de mais médicos oncologistas,<br />

pois são muitos doentes para o<br />

número de médicos que lá estão a<br />

trabalhar. No âmbito do cancro da<br />

mama, no meu caso em concreto,<br />

tive de recorrer a Lisboa, para uma<br />

segunda opinião, que é um direito<br />

saber | Outubro | 2016 5


ENTREVISTA<br />

“Há um caminho ainda longo a percorrer no que ao tratamento do cancro diz respeito”.<br />

do doente. Não são todas as pessoas<br />

que podem deslocar-se ao continente<br />

devido o preço surreal que têm as<br />

passagens aéreas. Para terem uma<br />

pequena noção, quando fui a Lisboa<br />

para uma segunda opinião, a passagem<br />

aérea, na TAP, aproximouse<br />

dos 700 euros (pois marquei e fui<br />

no mesmo dia). Como não estava em<br />

condições psicológicas/emocional<br />

para viajar sozinha fui acompanhada<br />

por um familiar e uma amiga. Como<br />

podem ver, só em passagens aéreas,<br />

foi uma grande soma sem falar dos<br />

custos da estadia, transportes, refeições,<br />

consultas e exames. Felizmente,<br />

o Dr. Fernando Fernandes, aceitou<br />

o desafio de vir dar consultas à<br />

Madeira, na Clínica das Madalenas e<br />

hoje, todos podemos contar com um<br />

dos melhores profissionais do país<br />

na área da Senologia, que será uma<br />

mais-valia para todos os madeirenses.<br />

No entanto, é preciso melhorar<br />

o sector de saúde público. Oferecer<br />

melhores condições a todos os utentes,<br />

pois muitos não podem recorrer<br />

ao sector privado. Acho que, o rastreio<br />

do cancro da mama, aqui na<br />

nossa ilha trabalha muito bem. Foi<br />

graças a eles que descobri e pude<br />

tratar-me. Estou muito grata a todos<br />

os profissionais que trabalham nesse<br />

departamento. Quanto ao tratamento,<br />

há um caminho muito longo<br />

a percorrer. Tem havido algumas<br />

melhorias, mas, pouco significativas.<br />

Se for detetado numa fase precoce,<br />

tem cura. Noutras situações,<br />

os tratamentos são poucos sofisticados<br />

e oferecem poucas alternativas.<br />

Teremos sempre de recorrer ao<br />

continente.<br />

O cancro é um “tabu” ou já deixou<br />

de o ser?<br />

- Quando alguém descobre que tem<br />

um cancro, o primeiro que pensa é<br />

na morte. É uma doença grave. Apesar<br />

que todos o querem desmitificar<br />

na verdade quando ouvimos um diagnostico<br />

destes, a nossa alma enchese<br />

de dor e de incertezas. Mas, já se<br />

fala com maior abertura desta doença.<br />

Há doentes que não querem falar<br />

6<br />

saber | Outubro | 2016


“É fundamental ter o pensamento positivo em relação à doença”.<br />

sobre o seu problema mantendo-se<br />

muito reservados. E têm todo o seu<br />

direito. Cada um encara o seu problema<br />

segundo a sua perspetiva e a<br />

sua forma de ser.<br />

O que é que diz a alguém que está<br />

a enfrentar a doença? Como é que<br />

a pessoa pode proceder?<br />

- Em primeiro lugar, é fundamental<br />

manter um pensamento positivo<br />

em relação à doença. Confesso que<br />

no início não é fácil. A aceitação, o<br />

medo e a angústia tomam conta do<br />

doente. A família é fundamental. O<br />

seu apoio incondicional é um alicerce<br />

importante para o seu percurso<br />

de cura. Depois, procurar bons profissionais.<br />

Como em todas as áreas,<br />

há sempre uns que são muito competentes.<br />

Confiar no seu médico, seguir<br />

todas as recomendações dadas, é fundamental.<br />

Recorrer à medicina tradicional<br />

chinesa é fundamental para<br />

todo o tratamento. A Dra Carolina<br />

Fernandes, orientou a minha alimentação<br />

que aliado ao tratamento com<br />

as agulhas, aumentou a minha resistência<br />

e os tratamentos de quimioterapia<br />

ficaram muito fáceis de suportar.<br />

Também a ansiedade foi colmatada<br />

com estes tratamentos orientais.<br />

Outras terapias alternativas,<br />

tais como o yoga, pilates clínico e reiki<br />

melhoram e muito a qualidade de<br />

vida do doente. Não deixar-se enganar<br />

por propaganda enganosa, pouco<br />

fidedigna, que muitos nos querem<br />

impingir aproveitando a situação de<br />

fragilidade do doente oncológico.<br />

Enquanto doente do cancro da<br />

mama, como é que lidou com a<br />

doença e que ilações tirou da mesma?<br />

- Com este meu desafio de vida, considero<br />

que temos de viver a nossa<br />

vida com muita intensidade e amor.<br />

Dedicar o nosso tempo a tudo o que<br />

nos faz bem, não perder tempo com<br />

futilidades e em agradar os outros.<br />

Aceitar-nos como somos, mesmo<br />

com padrões diversos dos idealizados<br />

pela sociedade. Olhar para nós<br />

com felicidade pois o nosso físico<br />

é apenas o que transporta a nossa<br />

essência. Somos o que sentimos e<br />

sonhamos. Cada amanhecer é uma<br />

dádiva, uma oportunidade. Abracemos<br />

aqueles que são importantes na<br />

nossa vida. Sigam os vossos sonhos,<br />

pois sem eles a vida não faz sentido.<br />

Procurem a vossa felicidade e vivam<br />

todos os dias com se não houvesse o<br />

amanhã. O futuro é incerto.<br />

Atualmente, a maioria dos cancros<br />

são curáveis, desde que diagnosticados<br />

e tratados na sua fase inicial.<br />

Acredita que, o cancro poderá<br />

ser, algum dia, uma doença totalmente<br />

curável?<br />

- Acredito. Até acho que já há cura<br />

para alguns cancros e não é através<br />

da quimioterapia. A quimioterapia<br />

são químicos administrados<br />

aos doentes que “matam” as células<br />

cancerígenas mas também destroem<br />

as boas. Os efeitos secundários<br />

da quimioterapia não são fáceis<br />

de enfrentar. Todo o tratamento é<br />

doloroso porque não só a nível físico<br />

como emocional e estético. Mas<br />

existe um grande negócio por trás<br />

deste tratamento. Um jogo de interesses<br />

que certamente irá impedir<br />

um maior progresso. Penso que a<br />

imunoterapia seja um dos tratamentos<br />

mais fidedignos para o tratamento<br />

do cancro. No entanto, não é comparticipado<br />

e torna-se muito caro,<br />

impossível de suportar. Tenho fé que<br />

um dia, falemos de cancro como hoje<br />

falamos da tuberculose. ><br />

saber | Outubro | 2016 7


SAÚDE<br />

Outubro, Mês Internacional da<br />

Prevenção do Cancro da Mama<br />

Este ano, a Liga Portuguesa<br />

Contra o Cancro desafiou<br />

todos os portugueses a<br />

dizer “SIM” à investigação, ao rastreio<br />

e à prevenção através do Peditório<br />

Nacional que teve como mote<br />

“Diga SIM a esta Causa”. A iniciativa<br />

decorreu de 29 de outubro a 1 de<br />

novembro e teve como objetivo alertar<br />

para a importância de contribuir<br />

para esta causa e continuar a ajudar<br />

a LPCC na luta contra o cancro.<br />

Em todo o país, milhares de voluntários<br />

da LPCC sairam à rua devidamente<br />

identificados com o colete<br />

da instituição e com os cofres lacrados,<br />

individualizados e com o símbolo<br />

da LPCC, tendo a ação decorrido<br />

em centros comerciais, igrejas, cemitérios,<br />

supermercados e principais<br />

ruas das cidades de norte a sul do<br />

país. O Peditório Nacional é uma das<br />

ações de angariação mais importantes<br />

para a Liga e, este ano, ao contribuir,<br />

os portugueses disseram sim<br />

ao rastreio, à prevenção, ao apoio<br />

ao doente oncológico e à investigação.<br />

A LPCC promoveu ainda uma<br />

campanha onde várias figuras públicas<br />

deram a conhecer o trabalho<br />

desenvolvido pela instituição ao longo<br />

do último ano e apelaram ao contributo<br />

de todos para dar continuidade<br />

a diversos projetos. A campanha,<br />

disponível na imprensa, mupis,<br />

online e TV, teve a participação de<br />

caras conhecidas do grande público<br />

como Isabel Silva, João Baião, Júlia<br />

Pinheiro, Rita Pereira e Rui Vitória.<br />

No Funchal, a Associação de Atletismo<br />

da Região Autónoma da Madeira<br />

e o Núcleo Regional da Madeira<br />

Para a detecção<br />

precoce do cancro da<br />

mama, é geralmente<br />

recomendado que<br />

a partir de uma<br />

determinada idade,<br />

que deve estar entre<br />

os 40 e os 50 anos,<br />

as mulheres devem<br />

fazer uma mamografia<br />

anual ou em cada<br />

dois anos; Não há<br />

consenso quanto à<br />

idade recomendada<br />

para início nem<br />

quanto à periocidade,<br />

esse marco deve ser<br />

decidido caso a caso<br />

com o seu médico.<br />

da Liga Portuguesa Contra O Cancro,<br />

com o apoio da Câmara Municipal<br />

do Funchal, organizaram a IX Corrida<br />

das Mulheres, iniciativa esta que<br />

foi amadrinhada por Cláudia Sequeira.<br />

A apresentação da iniciativa teve<br />

lugar na Câmara Municipal do Funchal<br />

e teve como objectivo alertar a<br />

população para o Cancro da Mama,<br />

mas também valorizar e promover<br />

a prática regular de exercício físico.<br />

O cancro da mama é o cancro da<br />

mulher com maior taxa de incidência.<br />

Anualmente, surgem mais de 5000<br />

novos casos, sendo que, a incidência<br />

deste tipo de cancro está a aumentar<br />

de ano para ano. Cerca de 1500<br />

mulheres em Portugal morrem todos<br />

os anos devido ao cancro da mama.<br />

O cancro da mama é a principal causa<br />

de morte antes dos 70 anos, nas<br />

mulheres. As células da glândula<br />

mamária são as responsáveis pela<br />

constituição do tecido mamário. No<br />

seu estado normal, estas células crescem<br />

e dividem-se em novas células,<br />

sob influência hormonal, formadas à<br />

medida que vão sendo necessárias, a<br />

este processo chama-se regeneração<br />

celular. Quando as células mamárias<br />

normais envelhecem ou são danificadas,<br />

morrem naturalmente. Quando<br />

as células perdem este mecanismo<br />

de controlo e sofrem alterações<br />

no seu genoma (DNA), tornam-se<br />

células de cancro, que não morrem<br />

quando envelhecem ou se danificam,<br />

e produzem novas células que não<br />

são necessárias de forma descontrolada,<br />

resultando na formação de um<br />

cancro. Ao contrário das células normais,<br />

as células de cancro da mama<br />

não respeitam as fronteiras do órgão,<br />

invadindo os tecidos circundantes e<br />

podendo disseminar a outras partes<br />

do organismo. Por exemplo, as células<br />

de cancro podem invadir os gânglios<br />

linfáticos mais próximos, nomeadamente<br />

os localizados debaixo da<br />

axila, os gânglios da base do pescoço<br />

e os gânglios da parede torácica. Posteriormente<br />

podem atingir órgãos à<br />

distância como os ossos, fígado, pulmões<br />

e cérebro. A este processo dáse<br />

o nome de metastização. O cancro<br />

da mama é o tumor maligno mais<br />

frequente da mulher. O principal factor<br />

de risco para o desenvolvimento<br />

desta doença é a idade - a incidência<br />

da doença mais que duplicar a<br />

partir dos 50 anos. Pensa-se que este<br />

aumento se deve a um aumento dos<br />

casos diagnosticados pela prática disseminada<br />

do rastreio por mamografia<br />

e menos por alterações do estilo<br />

de vida das mulheres.A mortalidade<br />

por cancro da mama é baixa, ou<br />

seja, esta doença tem um bom prognóstico.<br />

Cerca de 85% das mulheres<br />

com cancro da mama estão bem cinco<br />

anos após terem estado doentes.<br />

Este número é muito bom no contexto<br />

geral do cancro. Contudo, devido à<br />

alta incidência, esta doença é a principal<br />

causa de morte de mulheres por<br />

cancro. A mortalidade por cancro da<br />

mama tem baixado de modo contínuo<br />

e consistente, atribuindo-se este fenómeno<br />

quer ao rastreio que permite o<br />

diagnóstico de carcinomas em estadios<br />

cada vez mais precoces, quer ao<br />

tratamento.O diagnóstico precoce do<br />

cancro da mama, antes de surgirem<br />

quaisquer sinais ou sintomas. ><br />

Fonte/Fotos:<br />

Liga Portuguesa Contra<br />

o Cancro.<br />

8<br />

saber | Outubro | 2016


LUGARES DE CÁ<br />

Escultura Júlio Dinis<br />

Nas esquinas das ruas,<br />

também há romance, que<br />

pode assumir a forma de<br />

uma escultura, no caso, a escultura<br />

de um dos maiores vultos das letras<br />

portuguesas. Repare-se na escultura<br />

que fica na Rua da Carreira, na<br />

esquina com a Rua de São Francisco,<br />

em frente ao edifício cuja porta<br />

tem o número 90. Pois, era nesta<br />

casa de dois andares que ficava<br />

Júlio Dinis quando vinha ao Funchal<br />

para se curar de uma tuberculose.<br />

Esta casa foi um dos locais na<br />

Madeira onde o conhecido médico<br />

e escritor portuense, residiu temporariamente.<br />

A primeira vez que<br />

esteve na Madeira foi em 1869, de<br />

março a maio; a segunda, em outubro<br />

de 1869; e a terceira, entre<br />

outubro de 1870 e maio de 1871.<br />

Em 1995, foi descerrada a lápide<br />

que se encontra na parede do edifício<br />

e inaugurada a estátua em<br />

bronze, obra do escultor madeirense<br />

Ricardo Velosa. Júlio Dinis era<br />

o pseudónimo de Joaquim Guilherme<br />

Gomes Coelho, nascido na cidade<br />

do Porto em Novembro de 1839<br />

e falecido na mesma cidade, em<br />

Setembro de 1871, com 32 anos,<br />

vitimado pela tuberculose. Apesar<br />

de ter morrido muito cedo, Júlio<br />

Dinis deixou uma série de obras<br />

literárias, onde reflecte num estilo<br />

nostálgico o amor pela vida e pela<br />

natureza - Júlio Dinis foi considerado<br />

o criador do “romance campesino”,<br />

destacando-se obras como «As<br />

Pupilas do Sr. Reitor», «A Morgadinha<br />

dos Canaviais», «Uma Família<br />

Inglesa», «Os Fidalgos da Casa<br />

Mourisca», entre outras. Colaborou<br />

em vários jornais portuenses e<br />

escreveu alguns poemas e novelas,<br />

onde se destaca «Os Serões da Província».<br />

No ano do seu falecimento,<br />

publicou-se o romance «Os Fidalgos<br />

da Casa Mourisca» e depois da<br />

sua morte, os «Inéditos» e «Esparsos»,<br />

em dois volumes, assim como<br />

as suas «Poesias», dadas à estampa<br />

entre 1873 e 1874. Assim, sempre<br />

que passar na rua da Carreira, imaginemo-nos<br />

pois, a cumprimentar<br />

o ilustre médico e escritor que no<br />

princípio do século passado, calcorreava<br />

esta calçada antiga e onde,<br />

quem sabe, nela descobriu a inspiração<br />

para os romances e poemas<br />

que engrandecem a Literatura lusa.<br />

Nas esquinas das ruas, também há<br />

poesia, e Júlio Dinis sabia-o. ><br />

Dulcina Branco<br />

Fonte/Foto: Site Estátuas Madeirenses<br />

e Câmara Municipal do Funchal.<br />

saber | Outubro | 2016 9


OPINIÃO<br />

Ideia de mim, 2<br />

(continuação)<br />

Penso que na primeira<br />

infância não tinha ainda<br />

muito bem os pés no<br />

chão. Vivia naquele limbo em que<br />

tudo é possível, em que se conseguem<br />

sentir as coisas bem longe<br />

das prisões do nosso raciocínio<br />

lógico e domesticado. Aquele<br />

raciocínio que a escola e a vida<br />

nos ensinam a desenvolver, esquecendo-nos<br />

nós das outras capacidades<br />

que entretanto se perdem<br />

pelo caminho. Lembro-me perfeitamente<br />

de estar ao lado do D.<br />

Afonso Henriques na Batalha de<br />

São Mamede, recordo-me detalhadamente<br />

de estar com João Gonçalves<br />

Zarco nas caravelas das<br />

descobertas, lembro-me de estar<br />

com a Alice no país das maravilhas<br />

e de coabitar a ilha dos cinco<br />

que voltam à ilha. Mas não<br />

me recordo de ter três meses e a<br />

minha mãe me cantar canções de<br />

embalar, só mais tarde soube que<br />

Lembro-me<br />

perfeitamente de<br />

estar ao lado do D.<br />

Afonso Henriques<br />

na Batalha de São<br />

Mamede, recordome<br />

detalhadamente<br />

de estar com João<br />

Gonçalves Zarco<br />

nas caravelas das<br />

descobertas, lembrome<br />

de estar com a Alice<br />

no país das maravilhas<br />

e de coabitar a ilha dos<br />

cinco que voltam à ilha.<br />

Mas não me recordo<br />

de ter três meses e a<br />

minha mãe me cantar<br />

canções de embalar,<br />

só mais tarde soube<br />

que as cantava e as<br />

decorei para as repetir<br />

às minhas bonecas e<br />

logo a seguir aos meus<br />

filhos bebés.<br />

as cantava e as decorei para as<br />

repetir às minhas bonecas e logo a<br />

seguir aos meus filhos bebés. Por<br />

isso é assim mesmo. A bem ver,<br />

não sei quando comecei. As coisas<br />

contadas pelas mães e tias baralharam-se<br />

na minha cabeça, não<br />

sabendo já eu hoje, de certeza, se<br />

estava lá ou não quando as histórias<br />

aconteceram. A verdade é que<br />

dessa altura não me lembro muito<br />

bem de mim. Até que os meus pais<br />

decidiram presentear-me com um<br />

irmão de carne e osso, tive como<br />

companheiro um irmão imaginário.<br />

Chamava-se Rino. Com ele<br />

vivia intensamente as aventuras do<br />

jardim, com ele olhava para o cimo<br />

das árvores e imaginava o país das<br />

maravilhas que ficava lá no alto.<br />

Com ele corria e jogava às escondidas,<br />

era ele o parceiro de jogos e<br />

de brincadeiras mil, com as bonecas,<br />

com os triciclos, com as bolas<br />

e os carrinhos, com os armários<br />

fechados que eram a entrada para<br />

países extraordinários como nos<br />

livros que me liam. Ficava ofendida<br />

com a minha mãe quando ela<br />

não punha um lugar para o Rino à<br />

mesa, e porque ela o ignorava sistematicamente.<br />

Os meus pais acharam<br />

que eu era uma criança estranha,<br />

e o melhor seria personalizar<br />

o Rino. Eles deviam estar certos,<br />

porque realmente depois do meu<br />

irmão nascer o Rino desapareceu.<br />

Aos poucos e poucos fui acordando<br />

para o mundo, pondo enfim os pés<br />

na terra e sentindo as coisas como<br />

as pessoas grandes queriam que eu<br />

as sentisse. É uma batalha perdida<br />

à nascença. Façamos o que fizermos,<br />

acabamos por ter de acordar.<br />

Ou então permanecemos no limbo<br />

e internam-nos como loucos. Mas<br />

há sempre aquela habilidade desse<br />

conservar teimosamente um pouco<br />

do limbo dentro de nós, sem deixar<br />

que os outros percebam. ><br />

Teresa Brazão<br />

Pintora<br />

10<br />

saber | Outubro | 2016


L’Oréal<br />

MARCAS ICÓNICAS<br />

D<br />

e 1909 até hoje, a maior<br />

marca de produtos de<br />

beleza é proprietária de<br />

mais de 35,000 patentes mas não<br />

inovou só nos produtos. O seu fundador,<br />

Eugène Schueller, inovou nas<br />

estratégias de publicidade, sendo<br />

responsável pela criação do primeiro<br />

anúncio de rádio cantado e pela<br />

primeira campanha publicitária<br />

feita a um protector solar. A imagem<br />

da marca mudou para sempre<br />

quando uma jovem copywriter<br />

escreveu “Porque valho a pena”.<br />

A L’Oréal é uma empresa multinacional<br />

francesa de cosméticos com<br />

sede em Clichy. Fundada em 1909<br />

por Eugène Schueller, é especializada<br />

em produtos para cabelos<br />

(xampus e colorações), perfumes,<br />

protetores solares e produtos dermatológicos.<br />

Presente em 130 países,<br />

a L’Oréal é líder global em<br />

cosméticos. Com uma faturação<br />

de mais de 14 bilhões de euros em<br />

2003, possui 290 subsidiárias, 42<br />

fábricas e mais de 67 mil funcionários<br />

de 100 nacionalidades diferentes.<br />

Os países que mais utilizam<br />

os produtos da L’Oréal são os Estados<br />

Unidos, França, China, Alemanha<br />

e Brasil. Em 1909, Eugène<br />

Schueller, um jovem químico com<br />

espírito empreendedor, fundou a<br />

empresa que se tornaria o Grupo<br />

L’Oréal. Tudo começou com uma<br />

das primeiras colorações capilares<br />

que ele formulou, fabricou e vendeu<br />

para cabeleireiros parisienses. Com<br />

isto, o fundador do grupo criou o<br />

primeiro elo daquilo que ainda é o<br />

DNA da L’Oréal: pesquisa e inovação<br />

a serviço da beleza. Os anos de<br />

1953 e 1987 são os anos de formação<br />

da “Grande L’Oréal”. Sob<br />

o ímpeto do Presidente François<br />

Dalle, o grupo começa a expandirse<br />

internacionalmente. Aquisições<br />

de marcas estratégicas marcam o<br />

início de um período de crescimento<br />

espetacular para a empresa. Sob<br />

o lema “Savoir saisir ce qui commence”<br />

(capturar novas oportunidades),<br />

os anos de ouro da L’ Óreal<br />

são marcados por um grande período<br />

de crescimento impulsionado<br />

principalmente pelos investimentos<br />

significativos feitos pelo Grupo na<br />

área de pesquisa. A estes esforços,<br />

somam-se os lançamentos de produtos<br />

estratégicos que não apenas<br />

fazem história, mas também conseguem<br />

fortalecer a imagem de marca<br />

do Grupo. Em 1988, o sucessor<br />

de François Dalle, o pioneiro em<br />

pesquisa e desenvolvimento Charles<br />

Zviak, passa o comando da empresa<br />

a Lindsay Owen-Jones, um presidente<br />

verdadeiramente extraordinário.<br />

Sob a sua administração,<br />

o Grupo torna-se o líder mundial<br />

em cosméticos através da presença<br />

das suas marcas no mundo e de<br />

aquisições estratégicas.Não existe<br />

apenas um padrão de beleza, mas<br />

uma variedade de formas constituída<br />

por diferentes origens étnicas,<br />

aspirações e expectativas culturais<br />

que refletem a diversidade multifacetada<br />

do mundo. Com o seu portfólio<br />

único de marcas internacionais,<br />

a L’Oréal entra no século 21<br />

em busca do crescimento global<br />

sob a bandeira da diversidade. O<br />

crescimento do Grupo foi impulsionado<br />

não apenas por novas aquisições,<br />

feitas para atender às necessidades<br />

cosméticas de todo o planeta,<br />

mas também por uma série<br />

de novas iniciativas de responsabilidade<br />

social corporativa, lideradas<br />

entre 2006 e 2011 por Lindsay<br />

Owen-Jones, Presidente, e por<br />

Jean-Paul Agon, CEO, e subsequentemente<br />

por Jean-Paul Agon,<br />

após se tornar CEO em 2011. ><br />

Fonte/Fotos: L’Oreal Company<br />

www.loreal.pt<br />

saber | Outubro | 2016 11


OPINIÃO<br />

Viajar na Sicília (1)<br />

Ao calor de um dos últimos<br />

dias de agosto,<br />

acabo de concretizar<br />

uma das últimas aventuras – pelo<br />

menos por agora – em Palermo.<br />

Sem exageros de qualquer tipo,<br />

atravessar as passadeiras da “Via<br />

Roma”, primeiro, e da “Via E.<br />

Amari”, a seguir, para me sentar<br />

numa típica esplanada, pródiga<br />

em sombra, é algo que exige,<br />

senão bastante perícia, pelo<br />

menos alguma destreza. Palermo<br />

é assim: viva, borbulhante, caótica,<br />

alegre, descontrolada, simultaneamente<br />

ruidosa e calma, enigmática.<br />

Os edifícios são, em geral,<br />

magníficos. Os teatros – quem<br />

pode esquecer o “Politeama” ou<br />

o “Massimo”? – majestosos. A<br />

vegetação, abundante. O trânsito…<br />

descomedidamente desordenado.<br />

O povo, esse, é gentil, embora<br />

sem muitos “risos” ou exagerada<br />

paciência. É a cidade dos palácios<br />

(“Palazzo Steri”, “Palazzo<br />

Reale”), da catedral e do castelo,<br />

do “orto botanico” e da estação<br />

ferroviária central, dos mercados<br />

e das feiras, do jardim inglês<br />

e das inúmeras igrejas, de confissões<br />

diversas. Os parlermitanos<br />

são loucos por futebol: - “Ah!<br />

Il signore è portoghese!” Portugal<br />

é o campeão da Europa! - Da<br />

Europa? Não. Do Mundo! – teima,<br />

obstinadamente, alguém. Litigam,<br />

buzinam, ultrapassam, quase<br />

nos atropelam nas passadeiras<br />

(mesmo quando há semáforos, que<br />

Palermo é a capital<br />

da Sicília, a maior<br />

superfície insular do<br />

Mediterrâneo. Está<br />

repleta de pontos de<br />

interesse e, quando há<br />

bom tempo, a noite não<br />

dorme nas principais<br />

ruas e avenidas, onde<br />

a multidão passa,<br />

compra, vende, bebe,<br />

ri e conversa. Apesar<br />

dos avisos, nunca senti<br />

medo ou insegurança.<br />

É a quinta maior urbe<br />

italiana e fica na costa<br />

norte. Tem por vizinha,<br />

relativamente próxima,<br />

a cidade de Messina,<br />

cujo estreito separa a<br />

imensa ilha da Itália<br />

continental – Reggio.<br />

não são assim tão abundantes). Ás<br />

avenidas largas (em que os desafiantes<br />

“ralis” duram 24 horas e<br />

as lojas de roupa e calçado proliferam),<br />

juntam-se as ruelas plenas<br />

de restaurantes, bares e esplanadas,<br />

e outras estreitas e tortuosas<br />

vias, onde se vende praticamente<br />

de tudo, a preços módicos. As<br />

igrejas são – todas elas – verdadeiras<br />

obras primas, mas há pavimentos<br />

sujos e edifícios por conservar.<br />

As pessoas guardam o stress para<br />

quando conduzem: são alegres,<br />

calmas, bem-humoradas, descontraídas.<br />

Falam em contínuo, quase<br />

sem pausas, e na comunicação<br />

entre elas dão várias entoações à<br />

voz, para reforçarem o diálogo,<br />

que é frequentemente intercalado<br />

por gargalhadas. Quando nos veem<br />

escrever, observam-nos à lupa,<br />

com um olhar quase cerimonioso.<br />

Palermo é assim, surpreendente,<br />

as duas faces de uma moeda, o<br />

sol (escaldante) e a lua (generosa),<br />

o mar (de uma tonalidade inimaginável<br />

e imperdível) e as montanhas<br />

(que a circundam). Ao fim de<br />

uns dias, repletos de caminhadas,<br />

compras, perguntas, percursos (a<br />

pé, nos “giro città – sali e scendi”,<br />

de comboio, no metro – de<br />

alvas e modernas carruagens – de<br />

táxi e nos “autobus”), já me oriento<br />

e quase me integro nesta desorganização<br />

controlada e plena de<br />

vida. Palermo é um caos que funciona<br />

ou, talvez, a serena certeza<br />

de que tudo se compõe, se seguir o<br />

seu curso natural, sem interferências<br />

castradoras. Na “Via Vittorio<br />

Emanuele” dois carros passam<br />

com a música aos gritos, rasando<br />

uma carroça puxada a cavalos,<br />

que transporta turistas. Uma viatura<br />

buzina e um motociclo com<br />

dois passageiros responde, com<br />

palavras e gestos. Simultaneamente,<br />

um outro carro quase atropela<br />

um peão, ouvem-se buzinadelas<br />

e impropérios. Vindo apressadamente<br />

do nada, um veículo estanca,<br />

porque bateu: - “Scusi”! Fico<br />

a ver. Depois de tanta sessão de<br />

esgrima sobre rodas, o condutor<br />

da viatura atingida sai calmamente,<br />

e diz: - Não há problema, não<br />

amolgou quase nada! Podemos<br />

seguir. Imprevisíveis - e até cativantes<br />

- são as gentes de Palermo!<br />

São pessoas genuínas, únicas,<br />

desconcertantes. Mais pelas atitudes,<br />

pois são simples na aparência<br />

e relativamente sóbrios no vestir.<br />

Palermo é a capital da Sicília, a<br />

maior superfície insular do Mediterrâneo.<br />

Está repleta de pontos de<br />

interesse e, quando há bom tempo,<br />

a noite não dorme nas principais<br />

ruas e avenidas, onde a multidão<br />

passa, compra, vende, bebe, ri e<br />

conversa. Apesar dos avisos, nunca<br />

senti medo ou insegurança. É a<br />

quinta maior urbe italiana e fica<br />

na costa norte. Tem por vizinha,<br />

relativamente próxima, a cidade<br />

de Messina, cujo estreito separa a<br />

imensa ilha da Itália continental –<br />

Reggio. (CONTINUA). ><br />

António Castro<br />

Professor/Escritor<br />

12<br />

saber | Outubro | 2015


MADEIRA<br />

Universidade Sénior Gonçalves Zarco:<br />

o gosto de aprender ao longo da vida<br />

Texto/Fotos: António Castro<br />

Em outubro de 2016, os alunos<br />

da Universidade Sénior<br />

Gonçalves Zarco (USGZ)<br />

regressaram, ansiosos, às aulas. A<br />

maioria deles já conhece o Projeto,<br />

que é unanimemente reconhecido,<br />

tanto pela comunidade escolar,<br />

como pela dinâmica social<br />

envolvente, como um verdadeiro<br />

sucesso. A USGZ procura ser um<br />

ponto de encontro para a cultura,<br />

aprendizagem e convívio, através<br />

da criação de atividades culturais,<br />

educacionais e pedagógicas.<br />

A Universidade Sénior Gonçalves<br />

Zarco – que é coordenada pelo professor<br />

António Castro - funciona de<br />

acordo com o calendário escolar<br />

regional, nas instalações da Escola<br />

Básica e Secundária Gonçalves<br />

Zarco. Teve início a 3 de março<br />

de 2015, com a implementação<br />

de um Curso Propedêutico. A partir<br />

do ano letivo de 2015 / 2016 as<br />

aulas decorrem desde o início de<br />

outubro até finais de junho. A componente<br />

educativa é feita em regime<br />

não formal, sem fins de certificação<br />

e no contexto da formação<br />

ao longo da vida. São condições de<br />

admissão na Universidade Sénior<br />

Gonçalves Zarco: - Ter mais de<br />

50 anos de idade; - Ter concluído,<br />

com aproveitamento, o 6.º ano<br />

do ensino básico; - Pagar o valor<br />

da inscrição. A USGZ apresenta<br />

o seguinte horário, tão do agrado<br />

dos alunos: aulas de 2.ª a 6.ª feira,<br />

das 15:05 às 16:35, para que<br />

se possam conhecer – ou aprofundar<br />

– as seguintes matérias: Português<br />

– Inglês – Italiano - Oficinas<br />

de Aprendizagem (Alimentação<br />

Saudável - Artes Visuais – Atividades<br />

Laboratoriais – Ambiente<br />

/ Ecologia – História / História da<br />

Madeira – Informática – Saúde<br />

- Segurança e Prevenção de Riscos<br />

– Sexualidade e Afetos –…).<br />

São ainda frequentes as Visitas de<br />

Estudo. Continuaremos a levar, até<br />

vós, caros leitores, notícias sobre<br />

as iniciativas desenvolvidas pela<br />

Universidade Sénior. Fique atento,<br />

e bons estudos. ><br />

saber | Outubro | 2016 13


[des]conhecida Arte<br />

As caricaturas<br />

de Ricardo Campos<br />

A caricatura enfatiza<br />

e exagera as<br />

características da pessoa<br />

de uma forma humorística<br />

como também pode<br />

acentuar gestos, vícios<br />

e hábitos particulares.<br />

Dela se diz que é a “mãe”<br />

do expressionismo e<br />

deste desenho satírico<br />

tão apreciado, artistas<br />

como Ricardo Campos,<br />

colocam Portugal como<br />

dos países com grandes<br />

nomes neste área do<br />

desenho. Este artista<br />

mantém colaboração<br />

regular com jornais<br />

e revistas ao nível da<br />

caricatura mas também<br />

na banda desenhada e no<br />

cartune. É deste artista<br />

a caricatura do nosso<br />

inesquecível Max, que foi<br />

uma das mais populares<br />

vedetas da rádio, do<br />

teatro e da televisão<br />

portuguesas nos anos<br />

quarenta até à sua morte,<br />

em 1980. Maximiano de<br />

Sousa, ou Max, nasceu no<br />

Funchal a 20 de Janeiro<br />

de 1918. A ele se devem<br />

êxitos como Noites da<br />

Madeira, Bailinho da<br />

Madeira ou A Mula da<br />

Cooperativa. Era alfaiate<br />

mas a música torna-se<br />

numa carreira em 1936,<br />

quando começa a actuar<br />

no bar de um hotel do<br />

Funchal. Era cantor à<br />

noite e alfaiate de dia.<br />

Foi um dos fundadores –<br />

como cantor e baterista<br />

– do mítico Conjunto de<br />

Toni Amaral. Em 1948,<br />

arranca para a carreira<br />

musical a solo e dispara<br />

para o estrelato através<br />

da rádio. Em 1949,<br />

assina contrato com a<br />

Valentim de Carvalho<br />

e grava o seu primeiro<br />

disco: um 78 rotações<br />

com Noites da Madeira e<br />

Bailinho da Madeira. Foi<br />

o primeiro de uma longa<br />

lista de sucessos. Depois<br />

da rádio, conquista o<br />

teatro de revista, onde<br />

confirma dotes de actor e<br />

humorista. Faz digressões<br />

nos EUA, Angola,<br />

Moçambique, África do<br />

Sul, Brasil e Argentina.<br />

Dulcina Branco<br />

Fotos: D.R. (Ricardo Campos)<br />

Quando e como surgiu o seu interesse<br />

pela caricatura?<br />

- O gosto pelo desenho existe desde<br />

criança. A disciplina de Educação<br />

Visual era onde obtinha melhores<br />

resultados. O desenho acompanhoume<br />

sempre, tendo inclusive frequentado<br />

artes no liceu e foi lá, que tomei<br />

o gosto pelo desenho satírico e pela<br />

caricatura. Ocupava os tempos lectivos<br />

de menor interesse a desenhar<br />

os professores e os colegas de turma.<br />

Como é que define a caricatura de<br />

uma forma geral, e o seu trabalho de<br />

caricatura, em particular?<br />

- Fui-me apercebendo que em 90%<br />

dos casos, as pessoas acham graça<br />

ver as caricaturas quando são de<br />

outros, mas tendem a não apreciar<br />

Ricardo Campos<br />

Ilustrador<br />

www.ricardocampus.com<br />

geral@ricardocampus.com<br />

937 462 847<br />

tanto quando são elas o alvo. Isso<br />

contribui para aquilo que é actualmente<br />

o meu registo de trabalho na<br />

área da caricatura. Uma caricatura<br />

“comercial” sem grandes exageros<br />

e distorções.<br />

Que aspectos tem em conta quando<br />

elabora uma caricatura?<br />

- O processo decorre sempre através<br />

do e-mail e telefone, na recolha<br />

de fotos e elementos essenciais para<br />

o desenvolvimento do trabalho. Nesse<br />

processo de recolha de informação<br />

criterioso, são solicitadas essencialmente<br />

fotos de qualidade e que<br />

reflictam os habituais detalhes por<br />

nós explorados para distorcer, tais<br />

como o nariz, o queixo, expressão do<br />

olhar...etc. Juntamente com as fotos,<br />

é pedido um tema para a realização<br />

do mesmo, que normalmente se relacionam<br />

com a profissão, preferência<br />

clubista ou tempos livres. Reunidos<br />

todos os elementos, é iniciado o trabalho.<br />

Todos os trabalhos são digitais<br />

e posteriormente impressos no tamanho<br />

e suporte que o cliente pretender.<br />

Há uma infinidade de possibilidades<br />

na utilização das mesmas.<br />

As pessoas aderem às caricaturas e<br />

quem solicita este género de desenho?<br />

- Tem bastante aceitação e procura.<br />

Há sempre um amigo que faz anos,<br />

ou um casal de namorados que vai<br />

casar e as pessoas procuram sempre<br />

fugir ao trivial no que toca a presentes.<br />

80% da carteira de clientes são<br />

particulares, mas já colaborei neste<br />

âmbito com jornais, revistas, Canais<br />

TV, mantendo actualmente a colaboração<br />

com alguns deles.<br />

De quem é gostaria de fazer a caricatura?<br />

- Do nosso actual Presidente da<br />

República.<br />

O seu trabalho artístico abrange<br />

outras áreas do desenho. Fale-nos<br />

disto.<br />

- Sim. São registos um pouco diferentes<br />

da caricatura. No caso da ilustração,<br />

são normalmente trabalhos solicitados<br />

por escritores ou até mesmo<br />

por editoras, tendo já ilustrado<br />

alguns livros e/ou capas dos mesmos.<br />

Actualmente, tenho em curso um projecto<br />

como ilustrador solidário com<br />

uma associação particular de carácter<br />

social e humanitária. No caso do<br />

cartune, faço imensos trabalhos por<br />

iniciativa própria. Nos cartunes de<br />

todos os trabalhos realizados talvez<br />

o que se destaque mais seja a colecção<br />

de ‘cartoons’ a partir de citações<br />

de autores portugueses bem conhecidos<br />

de todos nós, tais como, Fernando<br />

Pessoa, Florbela Espanca, Bocage,<br />

Eça de Queirós...etc<br />

Gosta mais da caricatura do que o<br />

cartune ou a ilustração?<br />

- É, sem dúvida, a caricatura. Além<br />

de ser o género de trabalho que faço<br />

com mais regularidade, o que mais<br />

tem procura, é igualmente o que me<br />

dá mais gozo realizar. ><br />

14<br />

saber | Outubro | 2016


saber | Outubro | 2016 15


OPINIÃO<br />

Preceitos na Umbanda 1<br />

A<br />

base da Umbanda é caridade,<br />

harmonia, paz,<br />

amor, ajuda ao próximo<br />

e muita humildade. Descobrindo<br />

a Umbanda. Um dia destes, quando<br />

me preparava para uma sessão<br />

de trabalho, no nosso terreiro<br />

TEMO, uma criança chegou<br />

a minha beira e começou falando.<br />

Boa tarde Pai Nelio, sua bênção<br />

meu Pai, eu já venho aqui a<br />

algum tempo acompanhando os<br />

meus pais, mas ainda não tive a<br />

coragem de lhe fazer algumas perguntas.<br />

Olhei para ele, magro com<br />

suas vestes brancas e respondi: -<br />

Quais são as questões que queres<br />

ver esclarecidas?. Primeiro gostava<br />

de saber o que é a Umbanda?.<br />

A Umbanda é uma religião cristã,<br />

como o Catolicismo, o Protestantismo,<br />

a Igreja Batista entre<br />

outras. A Umbanda é basicamente<br />

o resultado, da fusão espiritual<br />

de três etnias: o branco (colonizador),<br />

o índio (nativo da terra)<br />

e o negro (trazido como escravo).<br />

A Umbanda é uma religião brasileira<br />

resultante da fusão espiritual<br />

de correntes religiosas diferentes<br />

como o candomblé, catolicismo<br />

e espiritismo e foi formada<br />

no século XX no sudeste brasileiro.Todos<br />

acreditamos que existe<br />

uma força superior que comanda<br />

o universo, cada uma delas dá<br />

A Umbanda é uma<br />

religião brasileira<br />

resultante da fusão<br />

espiritual de correntes<br />

religiosas diferentes<br />

como o candomblé,<br />

catolicismo e<br />

espiritismo e foi<br />

formada no século XX<br />

no sudeste brasileiro.<br />

Todos acreditamos<br />

que existe uma força<br />

superior que comanda<br />

o universo, cada uma<br />

delas dá um nome<br />

a essa força, na<br />

Umbanda chamamos de<br />

Zambi. E como vemos<br />

essa força? Vemo-la<br />

todos os dias, desde o<br />

nascer do sol, as flores,<br />

o céu, os animais, até a<br />

noite, com as estrelas<br />

e a lua.<br />

um nome a essa força, na Umbanda<br />

chamamos de Zambi. E como<br />

vemos essa força? Vemo-la todos<br />

os dias, desde o nascer do sol, as<br />

flores, o céu, os animais, até a noite,<br />

com as estrelas e a lua. Todos<br />

nós somos parte integrante dessa<br />

energia, qualquer pessoa tem<br />

o direito de escolher a religião<br />

que melhor se adapte e com qual<br />

mais se identifica e goste. Mas<br />

como vou saber qual a que gosto<br />

mais? Não tem uma mais certa<br />

do que outra? Não. Cada um acredita<br />

naquela que quiser, não há<br />

como dizer qual delas é mais certa<br />

que outra. A busca pela religião é<br />

uma situação muito pessoal, é um<br />

desafio que cabe a cada um de nós<br />

enfrentar e resolver, com muita<br />

acreditação, confiança, humildade<br />

e muita fé. E o que é a fé? Fé é<br />

acreditar em algo sem ter provas<br />

de sua existência ou de sua verdade.<br />

É acreditar nessa força superior,<br />

fazendo as coisas definidas<br />

por elas, acreditando que a religião<br />

que você escolheu é a melhor<br />

para a sua evolução. Estou percebendo.<br />

É como quando eu vou perguntar<br />

alguma coisa á minha mãe<br />

e eu saber que ela sabe a resposta.<br />

Então Pai Nelio explica-me como<br />

nasceu a Umbanda? A Umbanda<br />

que praticamos, nasceu no dia 16<br />

de Novembro de 1908, no distrito<br />

de Neves, em São Gonçalo, no<br />

estado do Rio de Janeiro, no Brasil.<br />

A pessoa escolhida pelos espíritos<br />

para ser o mentor e realizar<br />

a divulgação da nova religião,<br />

foi Zélio Fernandino de Moraes,<br />

que na altura tinha apenas 17<br />

anos. Pontualmente às 8 horas<br />

da noite, desse dia, o Caboclo das<br />

Sete Encruzilhadas incorporou no<br />

menino e proferi o seguinte: “Aqui<br />

se inicia uma nova religião, onde<br />

os espíritos de pretos velhos africanos,<br />

que foram escravos e que<br />

desencarnaram, poderão trabalhar<br />

tranquilos e os índios nativos da<br />

nossa terra, poderão trabalhar em<br />

benefícios dos seus irmãos encarnados,<br />

qualquer que seja a cor,<br />

raça, religião ou posição social.<br />

A prática da caridade no sentido<br />

do amor fraterno, será a característica<br />

principal deste culto, que<br />

tem base no Evangelho de Jesus<br />

e como mestre supremo Cristo”.<br />

“- Assim como Maria acolhe em<br />

seus braços o filho, a tenda acolherá<br />

aos que a ela recorrerem nas<br />

horas de aflição, todas as entidades<br />

serão ouvidas, e nós aprenderemos<br />

com aqueles espíritos que<br />

têm mais a ensinar e ensinaremos<br />

àqueles que souberem menos. A<br />

nenhum viraremos as costas e nem<br />

diremos não, pois esta é a vontade<br />

do Pai.” ><br />

Pai Nelio D`Oxalá<br />

TEMO Umbanda Centre Pai Nelio d`Oxala<br />

Consultas em: London 079 013 00 672 • Lisboa e Funchal 910 337 204<br />

Rio de Janeiro +55 (11) 98841 8780 • Austrália - Perth (+61) 08 9434 6397<br />

temo.umbandacenter@gmail.com • www.temo-umbandacenter.com<br />

16<br />

saber | Outubro | 2016


MADEIRA<br />

Alimentação: Sem ela não vivemos!<br />

Texto/Foto:<br />

Alison Karina de Jesus<br />

Nutricionista<br />

alisonkjesus@gmail.com<br />

A<br />

alimentação é uma componente<br />

básica da nossa<br />

vida, pelo que sem ela<br />

não podemos sobreviver. Todos os<br />

dias pensamos em alimentos: o que<br />

vou comer para o pequeno-almoço?<br />

O que vou levar na lancheira? Como<br />

vou preparar o almoço? E o jantar?<br />

Vou ao supermercado comprar<br />

quais alimentos? De facto, a nossa<br />

vida depende da alimentação. O<br />

dia 16 de outubro celebra-se precisamente<br />

o Dia Mundial da Alimentação,<br />

uma data para relembrar a<br />

sua importância e para promover<br />

a prática de uma alimentação saudável,<br />

isto é, equilibrada, completa<br />

e diversificada. A célebre frase<br />

“coma o que a sua avó reconhece”<br />

nunca fez tanto sentido! Cada vez<br />

mais estamos a fugir da Alimentação<br />

Mediterrânica, uma forma de<br />

comer com tradição centenária,<br />

promotora de saúde e bem-estar<br />

não só físico mas também mental,<br />

sendo um verdadeiro património<br />

cultural a nível mundial. Quais<br />

são as características principais da<br />

Alimentação Mediterrânica? Abundância<br />

de plantas na alimentação,<br />

como frutos em natureza, frutos<br />

secos, hortícolas, pão (sem adição<br />

de manteiga ou margarinas – a<br />

manteiga era rara na região mediterrânica<br />

e as margarina completamente<br />

desconhecida), massas, cuscuz<br />

e outras formas de ingerir cereais,<br />

batatas, leguminosas, azeitonas,<br />

nozes, amêndoas e pistácios.<br />

Para além disso, havia uma preferência<br />

pelos alimentos frescos, respeitando<br />

a sua sazonalidade (“alimentos<br />

da época”), ou seja, para<br />

além da saúde individual, protegia-se<br />

também a saúde ambiental.<br />

Os frutos frescos eram utilizados<br />

como sobremesa das refeições principais,<br />

enquanto os alimentos açucarados<br />

ou mel eram consumidos<br />

apenas algumas vezes por semana.<br />

Quanto à gordura, havia uma<br />

utilização preferencial pelo azeite<br />

para temperar e cozinhar. Já os<br />

lacticínios eram principalmente o<br />

queijo e o iogurte, consumidos diariamente<br />

mas em quantidades baixas<br />

a moderadas. Havia preferência<br />

por este tipo de lacticínios visto<br />

que não existia a refrigeração.<br />

O peixe e as aves eram consumidos<br />

regularmente e em detrimento das<br />

carnes vermelhas que apenas eram<br />

consumidas em baixas quantidades<br />

e algumas vezes por mês. Na culinária,<br />

havia uma utilização preferencial<br />

pelas ervas aromáticas ao<br />

invés do sal. No que diz respeito<br />

à bebida, o vinho, particularmente<br />

tinto, era consumido em quantidades<br />

baixas a moderadas, normalmente<br />

às refeições principais<br />

e em família. Outra característica<br />

muito pertinente era o apoio social<br />

que existia entre as pessoas, o verdadeiro<br />

sentido de comunidade de<br />

partilha de alimentos com a família<br />

e amigos. A própria duração das<br />

refeições era favorecedora de relaxamento<br />

do dia de tensão e as típicas<br />

sestas após o almoço que também<br />

ajudava a combater o stress.<br />

Portanto valorizemos os aspetos<br />

positivos da Alimentação Mediterrânica,<br />

incentivando desta forma<br />

uma alimentação saudável e um<br />

estilo de vida equilibrado. Siga o<br />

exemplo e comece por esquecer o<br />

tablet, o smartphone e a TV durante<br />

as refeições. ><br />

saber | Outubro | 2016 17


MADEIRA<br />

O Madeira Tecnopólo<br />

recebeu, durante 3<br />

dias, os trabalhos<br />

do VII Congresso de<br />

Educação Artística<br />

que teve workshops<br />

diários sobre<br />

expressão plástica,<br />

música, teatro,<br />

dança, multimédia,<br />

escrita, sessões<br />

de comunicações<br />

livres, lançamento de<br />

livros, uma feira de<br />

edições, espetáculos<br />

e documentários. Uma<br />

das novidades foi o I<br />

Simpósio de Educação<br />

Artística e Criatividade.<br />

Fonte/Fotos: DSEAM<br />

Educação Artística<br />

madeirense em congresso<br />

“As artes e o Sucesso Educativo<br />

- combate ao abandono,<br />

absentismo e insucesso escolar”,<br />

“Disciplina e Indisciplina -<br />

Podem contribuir para um equilíbrio?”<br />

e “Supervisão e Avaliação<br />

em Artes”. Foram estes os três<br />

grandes temas que deram o mote ao<br />

7.º Congresso de Educação Artística,<br />

uma organização da Direção<br />

de Serviços de Educação Artística<br />

e Multimédia/Direção Regional de<br />

Educação que decorreu no Madeira<br />

Tecnopólo. Integrado pela primeira<br />

vez no CEA, o evento resultou<br />

da parceria entre a Secretaria<br />

Regional de Educação e a Universidade<br />

da Madeira e teve como objetivo<br />

criar uma ponte entre a investigação<br />

realizada na UMa – principalmente<br />

pelo Centro de Investigação<br />

em Estudos Regionais e Locais<br />

– e os professores que trabalham<br />

nas escolas da Região. Com cerca<br />

18<br />

saber | Outubro | 2016


de 270 inscritos, este congresso teve<br />

workshops diários sobre expressão<br />

plástica, música, teatro, dança, multimédia,<br />

escrita, sessões de comunicações<br />

livres, lançamento de livro,<br />

uma feira de edições, espetáculos e<br />

documentários. Uma das novidades<br />

foi o I Simpósio de Educação Artística<br />

e Criatividade. A sessão oficial<br />

de abertura foi presidida pelo Secretário<br />

Regional de Educação. Teve<br />

um momento musical com o “Projeto<br />

Vértice”. Procedeu-se também à<br />

entrega do Prémio “Educação Artística<br />

’2016”, que este ano distinguiu<br />

o responsável do Grupo de Folclore<br />

da Boa Nova, Danilo Fernandes. A<br />

conferência de abertura teve como<br />

tema «A arte de educar pelas Artes»<br />

a qual contou com a intervenção do<br />

Diretor Regional de Educação Marco<br />

Gomes e teve como moderador,<br />

o diretor do Gabinete de Educação<br />

Artística, Carlos Gonçalves. Decorreu<br />

ainda a apresentação da Revista<br />

Portuguesa de Educação Artística,<br />

por Paulo Esteireiro. Os documentários<br />

“Artistas plásticos da<br />

Madeira” (Henrique Franco e Francisco<br />

Franco), Roberto Moritz com<br />

“Iniciação à prática do braguinha”<br />

e Ricardo Lapa com “Abordagem<br />

à obra de arte nas aulas de artes”<br />

foram outras iniciativas inseridas<br />

neste evento em que atuaram o Grupo<br />

de Teatro AltaCena, da Divisão de<br />

Expressões Artísticas da DSEAM.<br />

Vanessa Fernandes , da Escola de<br />

Dança do Funchal, apresentou «Ballet<br />

- uma forma divertida de incutir<br />

regras e disciplina». Destaque para<br />

o I Simpósio de Educação Artística<br />

e Criatividade e a apresentação do<br />

livro “Horta de Cores”, pela Coordenação<br />

Regional de Expressão Plástica<br />

da DSEAM. Foram apresentados<br />

os projetos “Educamedia-Escolas<br />

2016” e “Concurso de Curtas-<br />

Metragens 2016” e nos workshops,<br />

Joaquim Mendes que falou sobre<br />

“Iniciação à formação de bandas<br />

rock na escola” e João Camacho<br />

sobre a “Musicalização infantil na<br />

Primeira Infância”. Paula Lourenço<br />

com “A magia da comunicação”,<br />

Alberto T.C e Miguel Marques (Estudio<br />

21) sobre “Do Blues ao Jazz por<br />

Estúdio 21” remataram este congresso<br />

que culminou com ‘Combos -<br />

Estúdio 21’. ><br />

saber | Outubro | 2016 19


OPINIÃO<br />

A poluição mata<br />

Mais de 6 milhões de pessoas<br />

morrem em todo o<br />

mundo por causa da má<br />

qualidade do ar, cerca de metade<br />

por quase da poluição que respiram<br />

no interior dos edifícios e<br />

os restantes afetados pela poluição<br />

exterior. Se juntarmos todas<br />

as outras formas de poluição e<br />

outros problemas ambientais que<br />

daí decorrem, como as alterações<br />

climáticas, sobem para mais<br />

de 12 milhões o número de mortes<br />

por ano causados pelos desequilíbrios<br />

que estamos a provocar<br />

(e estes números da Organização<br />

Mundial de Saúde são com<br />

certeza muito por baixo da realidade<br />

cada vez mais presente nas<br />

nossas sociedades modernas). Se<br />

à mortalidade juntarmos a morbilidade<br />

(casos de doença) o número<br />

de pessoas afetadas multiplicase<br />

inúmeras vezes. Estamos sujeitos,<br />

neste momento, a uma autêntica<br />

guerra mundial, a terceira, e,<br />

apesar das preocupações, ainda<br />

não acordamos verdadeiramente<br />

para a dimensão desta catástrofe.<br />

Em poucas décadas, as preocupações<br />

ambientais passaram de uma<br />

excentricidade de um grupo reduzido<br />

de cidadãos para uma preocupação<br />

global de toda a humanidade,<br />

não tanto pelas consequências<br />

graves que tem sobre o ambien-<br />

Apesar das<br />

consequências dos<br />

nossos atos e da<br />

consciência que<br />

já temos sobre<br />

a sua gravidade,<br />

continuamos a<br />

jogar para cima das<br />

próximas gerações<br />

a implementação<br />

de soluções para<br />

problemas criados<br />

por nós, ainda mais<br />

sabendo que adiar<br />

mudanças substanciais<br />

ao nível individual e<br />

coletivo é o mesmo<br />

que condenar parte da<br />

humanidade a uma vida<br />

mais curta e cada vez<br />

com menos qualidade.<br />

Se a humanidade não<br />

for capaz de gerir esta<br />

crise ecológica que ela<br />

própria criou, como,<br />

manifestamente, não<br />

está a ser capaz, a<br />

Natureza seguirá a sua<br />

implacável fórmula de<br />

encontrar sempre uma<br />

saída.<br />

te em geral, e que são muitas, mas<br />

mais pelos efeitos devastadores<br />

que se refletem, direta ou indiretamente,<br />

nas sociedades humanas.<br />

Apesar desta crescente consciencialização<br />

global, os atos das nossas<br />

sociedades pouco têm mudado.<br />

Mesmo falando de transportes<br />

mais sustentáveis e energias menos<br />

poluentes o caminho que, na prática,<br />

estamos a trilhar continua a<br />

ser o oposto, com uma dependência<br />

energética pesada nos combustíveis<br />

fósseis, volumes enormes de<br />

resíduos sólidos e líquidos e níveis<br />

desenfreados de consumo. Mesmo<br />

que muitos de nós já estejam imbuídos<br />

de boa vontade, a correspondência<br />

com os atos que praticamos<br />

todos os dias é muito ténue. Ainda<br />

abandonamos muito lixo por<br />

aí, frequentemente não nos damos<br />

ao trabalho de separar as embalagens<br />

para reciclagem e escolhemos<br />

o descartável em detrimento<br />

do reutilizável. O automóvel é cada<br />

vez mais uma parte do nosso próprio<br />

corpo e os excessos, na alimentação,<br />

no vestuário, nos gadgets,<br />

são uma constante em todas<br />

as 24 horas de cada um dos nossos<br />

dias. Apesar das consequências<br />

dos nossos atos e da consciência<br />

que já temos sobre a sua gravidade,<br />

continuamos a jogar para cima<br />

das próximas gerações a implementação<br />

de soluções para problemas<br />

criados por nós, ainda mais<br />

sabendo que adiar mudanças substanciais<br />

ao nível individual e coletivo<br />

é o mesmo que condenar parte<br />

da humanidade a uma vida mais<br />

curta e cada vez com menos qualidade.<br />

Se a humanidade não for<br />

capaz de gerir esta crise ecológica<br />

que ela própria criou, como, manifestamente,<br />

não está a ser capaz, a<br />

Natureza seguirá a sua implacável<br />

fórmula de encontrar sempre uma<br />

saída. A Vida na Terra possui 3,5<br />

mil milhões de anos de desafios e<br />

provações que provam a sua enorme<br />

resiliência. Nesse imenso percurso<br />

as espécies estão constantemente<br />

a mudar como se a Vida fosse<br />

um bocado de barro constantemente<br />

a ser moldada pela Natureza<br />

para se encaixar na realidade<br />

em mudança. Nunca antes a realidade<br />

da Terra mudou tanto e tão<br />

depressa, e muito menos por causa<br />

de uma única espécie, pelo que<br />

não será estranho que o caminho<br />

para o qual estamos a empurrar a<br />

própria Natureza venha a significar<br />

uma autêntica catástrofe para<br />

a humanidade, talvez a nossa última<br />

e grande catástrofe. Tenho a<br />

certeza que a Natureza encontrará<br />

um caminho para o futuro mas não<br />

tenho certeza alguma que a humanidade<br />

tenha lugar nesse futuro. ><br />

Hélder Spínola<br />

Biólogo/Professor Universitário<br />

20 saber | Outubro | 2016


Ténis de Mesa em destaque<br />

DESPORTO<br />

O<br />

Ténis de Mesa é uma das<br />

modalidades mais praticadas<br />

a nível mundial,<br />

na qual a velocidade e exigência<br />

técnica a tornam muito desafiante<br />

e atrativa a um grande número<br />

e diversidade de praticantes. É<br />

um desporto essencialmente individual,<br />

que pode também ser praticado<br />

em dupla ou equipa, onde<br />

a idade, o género ou as capacidades/limitações<br />

físicas não são fatores<br />

de exclusão. A dimensão competitiva<br />

obriga a uma preparação<br />

e treino diário, apresentando caraterísticas<br />

próprias para uma prática<br />

de lazer diferenciada, por não<br />

apresentar confrontação direta ou<br />

outro tipo de elevadas cargas. A<br />

modalidade de Ténis de Mesa temse<br />

assumido com particular relevo<br />

na dinâmica desportiva, educativa<br />

e social da Região Autónoma<br />

da Madeira, atendendo à sua popularidade<br />

e acessibilidade à prática.<br />

Com caraterísticas muito próprias<br />

de um desporto indoor, foi<br />

com a dimensão ao “ar livre” que<br />

se verificou um maior crescimento<br />

e expansão da modalidade por toda<br />

a Ilha, na década de 90, através<br />

da implementação do projeto das<br />

mesas de betão. Muito antes desse<br />

período já o Ténis de Mesa era promovido<br />

e praticado de forma regular<br />

em alguns locais, destacando-se<br />

o papel dos treze clubes que viriam<br />

a fundar a Associação de Ténis de<br />

Mesa da Madeira, a 10 de março<br />

de 1988. Nesse ano em particular,<br />

marcante pela inclusão da modalidade<br />

nos Jogos Olímpicos de Seul<br />

88, nasceu também o atleta Marcos<br />

Freitas, jovem que tem vindo a<br />

alcançar feitos históricos brilhantes<br />

para o Ténis de Mesa da Madeira e<br />

de Portugal. O jovem, nascido para<br />

o Ténis de Mesa no Grupo Desportivo<br />

do Estreito, afirma-se atualmente<br />

como um dos melhores atletas<br />

a nível mundial, posicionandose<br />

no Top 10 Mundial, fruto de uma<br />

evolução a todos os níveis notável.<br />

Destacam-se no seu currículo três<br />

participações olímpicas (Pequim,<br />

Londres e Rio), inúmeros títulos<br />

europeus, juntando-se ainda vitórias<br />

coletivas nos campeonatos de<br />

Portugal, Alemanha e França, bem<br />

como na Liga dos Campeões Europeus.<br />

As prestações de Marcos Freitas<br />

são o maior estímulo para o trabalho<br />

diário dos agentes da modalidade<br />

na Madeira, que conta atualmente<br />

com cerca de cinco centenas<br />

de praticantes, distribuídos por dez<br />

concelhos e vinte e oito clubes filiados.<br />

A dinâmica dos clubes associados<br />

tem resultado numa afirmação<br />

dos atletas e equipas madeirenses<br />

no panorama nacional e internacional<br />

da modalidade, tendo por<br />

base um quadro técnico e dirigente<br />

diverso e muito capaz, que potencia<br />

todas as condições disponíveis em<br />

termos estruturais para a prática de<br />

Ténis de Mesa. São muitas as instalações<br />

disponíveis para a prática da<br />

modalidade, aliando-se a este fator<br />

um quadro competitivo diversificado<br />

e distribuído ao longo de toda a<br />

época desportiva. A realização da<br />

20ª edição do Open Internacional<br />

da Madeira enquadra-se no projeto<br />

associativo da modalidade para<br />

esta Época Desportiva 2016-2017,<br />

no pleno respeito e valorização por<br />

todo o trabalho desenvolvido pelos<br />

clubes regionais ao longo destes<br />

anos de história. A realização de um<br />

evento de caráter internacional na<br />

Madeira permite às equipas e atletas<br />

madeirenses competir num contexto<br />

e nível mais elevado, dando-se<br />

prioridade aos atletas mais jovens,<br />

que têm vindo a se afirmar no panorama<br />

nacional da modalidade, reintegrando<br />

de forma gradual os trabalhos<br />

das Seleções Nacionais. Foram<br />

mais de uma centena de atletas e<br />

quarenta equipas em competição,<br />

de onde se destacaram os elementos<br />

que se irão apresentar no principal<br />

escalão nacional, em representação<br />

das formações da ADC Ponta do<br />

Pargo e CD São Roque, em masculinos,<br />

e ADC Ponta do Pargo e ACD<br />

São João, no setor feminino. O pro-<br />

jeto tem vindo a ser valorizado por<br />

todas as entidades envolvidas, esperando-se<br />

maiores índices de participação<br />

exterior na próxima edição,<br />

atribuindo um maior retorno desportivo<br />

ao investimento aplicado. ><br />

Paulo Melim<br />

Associação de Ténis de Mesa<br />

da Madeira<br />

paulomelim@atmmadeira.com<br />

Dulcina Branco<br />

Textos/ Fotos: Paulo Melim<br />

saber | Outubro | 2016 21


PUBLIREPORTAGEM<br />

O que é que vai mudar no Turismo do Funchal<br />

Texto/Fotos:<br />

Câmara Municipal do Funchal<br />

Em janeiro deste ano, Paulo<br />

Cafôfo apresentou em<br />

Lisboa a Estratégia Municipal<br />

para o Turismo do Funchal.<br />

Sob o mote da capital madeirense<br />

como um sítio de experiências<br />

únicas, o novo plano estratégico<br />

definiu como objetivos aumentar<br />

o número de visitantes e o tempo<br />

de estadias até 2017, conquistar<br />

os turistas nacionais e afirmar<br />

o Funchal como um destino<br />

de city break. O Funchal é, inevitavelmente,<br />

um catalizador do<br />

Turismo da Madeira, pelo que se<br />

definiu como indispensável que a<br />

cidade qualificasse o seu produto<br />

turístico tornando-o diferenciador,<br />

concretizando, dessa forma,<br />

o potencial do Funchal enquanto<br />

marca turística mundial. A partir<br />

da comemoração do Dia Mundial<br />

do Turismo, assinalado a 27<br />

de setembro, a autarquia preparou,<br />

pois, uma semana de atividades<br />

e lançamentos que vêm concretizar<br />

muitas destas propostaschave,<br />

com destaque para o FunchalCard,<br />

a aplicação móvel JiTT,<br />

o novo site de Turismo do Funchal<br />

e um novo posto turístico do<br />

Município.<br />

Funchal Card<br />

Como o próprio nome indica, o<br />

Funchal Card é um cartão turístico<br />

que associa as principais atrações<br />

da cidade a um conjunto de<br />

serviços turísticos e experiências<br />

de qualidade comprovada, agregados<br />

num único produto, com o<br />

intuito de mostrar o que a cidade<br />

tem de melhor a quem nos visita.<br />

São cerca de 50 as empresas parceiras<br />

deste cartão oficial, que proporcionará<br />

mais de 70 experiências<br />

possíveis a serem desfrutadas<br />

até dezembro de 2017, com uma<br />

poupança estimada que ultrapassa<br />

os 400€.<br />

Aplicação JiTT<br />

A JiTT.Travel Funchal (Just In<br />

Time Tourist Travel) é um Guia<br />

da Cidade do Funchal para todos<br />

os dispositivos móveis, que inclui<br />

30 pontos de interesse turístico da<br />

cidade. O conceito da aplicação<br />

consiste na criação de roteiros que<br />

se adaptam exatamente ao tempo<br />

que o turista tem disponível para<br />

visitar a cidade, sendo carregados<br />

conteúdos que revelam os aspetos<br />

mais curiosos da cidade, desde<br />

a sua História até aos pequenos<br />

detalhes que proporcionam o charme<br />

único de cada lugar. A aplicação<br />

no Funchal inclui também um<br />

áudio guia e informação descritiva<br />

de todos os pontos de interesse,<br />

estando disponível em 4 línguas:<br />

Português, Inglês, Francês e Alemão,<br />

para iOS e Android.<br />

Novo Site de Turismo do Funchal<br />

O novo site de Turismo do Funchal<br />

foi desenvolvido pela autarquia e<br />

é denominado VisitFunchal (www.<br />

visitfunchal.pt). Disponível em português<br />

e inglês, o site é um projeto<br />

inédito, que vem, pela primeira<br />

vez, reunir no mesmo espaço detalhadas<br />

informações sobre os locais<br />

mais emblemáticos e relevantes da<br />

cidade do Funchal, incluindo factos<br />

históricos, horário, localização,<br />

preço, bem como uma vasta galeria<br />

de fotografias. "Descobrir", "Experimentar"<br />

e "Planear" são as principais<br />

categorias que os visitantes<br />

poderão encontrar.<br />

Posto Turístico Municipal<br />

A Câmara Municipal do Funchal<br />

também passou a ter um posto de<br />

turismo próprio, localizado no lado<br />

sul da Avenida do Mar, sito à Praça<br />

do Povo, uma das artérias da cidade<br />

mais frequentadas por turistas<br />

e residentes. O posto vem, assim,<br />

preencher uma lacuna ao nível do<br />

serviço turístico do Funchal, destinando-se<br />

a funcionar como pontade-lança<br />

na operacionalização das<br />

mais diversas dimensões da Estratégia<br />

Municipal de Turismo, como a<br />

venda do Funchal Card. ><br />

22<br />

saber | Outubro | 2016


saber | Outubro | 2016 23<br />

PUB


D E<br />

Amor<br />

Francisco Gomes . . . de A a Z<br />

MADEIRA<br />

Matilde. Amor incondicional.<br />

A B<br />

Amigos<br />

Poucos. Apenas os<br />

verdadeiros.<br />

I J K<br />

Fotografia, a minha arte favorita.<br />

A<br />

Arte<br />

Animais de Estimação<br />

Cães, pelo carinho e lealdade.<br />

A B C<br />

Bebidas<br />

Caipirinha.<br />

F G<br />

Brinquedos<br />

Os simples, de outros<br />

tempos, quando as infâncias<br />

eram porventura mais<br />

felizes.<br />

A B<br />

P F Q<br />

D<br />

M N<br />

E<br />

Beijo<br />

F G H<br />

Apaixonado.<br />

B C D<br />

Casamento<br />

Cumplicidade<br />

Curiosidade<br />

Sim, mas não por futilidades.<br />

Cores<br />

Azul. Celeste ou escuro.<br />

M N O<br />

Deus<br />

Apaixonado pela política, que preencheu muito da sua vida profissional, e<br />

pelo basquetebol, com vários títulos nacionais conquistados como presidente<br />

do CAB, Francisco Gomes é também autor e colunista em duas publicações<br />

regionais. Porém, é no papel de pai que encontra a sua paz interior.<br />

Observador atento da realidade social, acredita que a mudança necessária<br />

apenas virá quando a política for encarada como oportunidade para servir<br />

as pessoas, especialmente as que se encontram nas periferias económicas e<br />

morais das comunidades. Este mês, publica mais um livro, o seu sétimo, que<br />

lança através da editora ‘O Liberal’, no Museu Casa da Luz. Francisco Gomes<br />

neste A a Z.<br />

F G<br />

Decoração<br />

Paz.<br />

G H I<br />

Dulcina Branco<br />

Fotos: D. R. (Francisco Gomes).<br />

Minimalista. Com<br />

peças que nos digam<br />

algo.<br />

Doces<br />

O bolo de bolacha da avó Gilda.<br />

Erros<br />

Necessários para se chegar onde<br />

queremos.<br />

Estilo<br />

O que nos faz sentir bem em<br />

cada ocasião.<br />

Emoção<br />

Ser pai. É emoção constante.<br />

Família<br />

As raízes. Os que nunca te abandonam.<br />

Filme<br />

‘O Padrinho’.<br />

Futebol<br />

Basquetebol.<br />

Flores<br />

Junquilhos.<br />

Ginástica<br />

Todos os dias. Para deitar<br />

o mal cá para fora.<br />

Gula<br />

Chocolates.


D E<br />

Capacidade de<br />

F F G<br />

trabalho.<br />

I J<br />

Qualidades<br />

J P K Q L R<br />

Humildade<br />

A única forma de estar.<br />

Humor<br />

P Q<br />

Viver com coerência.<br />

C U V<br />

Vitória<br />

B C D<br />

Chocolate.<br />

H W I X J<br />

L<br />

Música<br />

Vida<br />

D E<br />

I<br />

W Q<br />

M J<br />

X R<br />

N Y S<br />

K<br />

G H I J<br />

Para tudo. Até para a<br />

política.<br />

E<br />

Ilha<br />

A nossa, com todos os seus<br />

Rádio<br />

Parte da minha infância.<br />

Viagem<br />

M<br />

Referências<br />

Os meus pais, as<br />

maiores e mais<br />

importantes da<br />

minha vida.<br />

encantos<br />

D<br />

e limitações.<br />

E<br />

R S<br />

I J K L<br />

T U<br />

P Q R S<br />

Q W X R Y ZS<br />

Internet<br />

O<br />

X Y Z<br />

K N L O P<br />

Oportunidade,<br />

necessidade e<br />

problema.<br />

Justiça<br />

A séria e competente, que faz<br />

falta.<br />

Surpresa<br />

Boas. As pessoas precisam para<br />

olhar o futuro com esperança na<br />

alma.<br />

I J K<br />

P O<br />

A B C<br />

P Q<br />

D<br />

U F G V H W I<br />

Objectivos<br />

A oportunidade de servir as<br />

pessoas na política.<br />

Ostentação<br />

Nenhuma.<br />

Ódio<br />

Não. É uma perda de carácter.<br />

Sonho<br />

Z<br />

Ver a Matilde,<br />

T<br />

Luta constante.<br />

Todas as que ainda não fiz.<br />

W<br />

Zoologia<br />

P Q<br />

T U V W<br />

mais sinceros.<br />

Zelo<br />

Telemóvel<br />

M N O P<br />

Perfumes<br />

Fortes. Com personalidade e<br />

presença.<br />

V W<br />

Estudo dos seres<br />

X Y ZA nossa marca, o nosso brio.<br />

Livro<br />

‘O Velho e o Mar’, de Ernest<br />

Hemingway.<br />

Lua<br />

Cheia.<br />

Que nos diga algo.<br />

Que nos faça pensar.<br />

Marcas<br />

As que deixamos na Vida. As que<br />

a Vida deixa em nós.<br />

Mania<br />

Perfecionismo.<br />

Moda<br />

Fazemos a nossa moda.<br />

Notícias<br />

Objectivas e isentas de<br />

subserviências.<br />

Presentes<br />

Gosto de dar. Não gosto de<br />

receber.<br />

Política<br />

Com ética. Com<br />

determinação. Com<br />

liberdade.<br />

Sexo<br />

Com a mulher que eu<br />

amo.<br />

Signo<br />

Carneiro. A 100%!<br />

já adulta, feliz e<br />

realizada.<br />

Televisão<br />

Excesso de futebol e de<br />

sensacionalismo.<br />

Um mal necessário.<br />

Trabalho<br />

Parte da nossa realização e do<br />

nosso legado.<br />

Utopia<br />

Política em função<br />

das pessoas e não<br />

dos interesses.<br />

Vício<br />

Xenofobia<br />

Falta de inteligência.<br />

Xadrez<br />

O da Vida, que exige<br />

o melhor de nós.<br />

25


António Cruz<br />

acruz.funchal@abreu.pt<br />

Texto e fotos<br />

António Cruz escreve de acordo<br />

com a antiga ortografia.<br />

Já tinha estado no Japão, em Tóquio, mais precisa e<br />

unicamente. E já na altura o meu fascínio tinha ficado bem<br />

patente e cravado na memória. Passaram treze anos e eis<br />

que surgiu nova oportunidade de por lá ir. No encalço de<br />

1<br />

A primeira coisa importante a saber acerca de Kyoto, entre tantas<br />

outras, é que possui mais de 1600 templos budistas e xintoístas. A segunda<br />

coisa a saber sobre Kyoto, é que na altura do lançamento das bombas<br />

atómicas era uma das cidades visadas, mas foi poupada graças a sua riqueza<br />

e beleza histórica e arquitectónica. O que, desde logo, é sintomático.<br />

2<br />

Mas como qualquer cidade japonesa de grande dimensão que se preze,<br />

não é de todo alheia ao avançar dos tempos e à modernidade que a eles vem<br />

agarrada. Sendo que, para mim, o mais emblemático deste acompanhamento<br />

temporal é a sua estação de comboios. Um grito de beleza e design<br />

no centro da cidade e que funciona, de alguma forma, como astro à volta<br />

do qual gravita a vida desta agitada urbe.<br />

3 4<br />

Kyoto preserva uma política urbana que diria quase de “low profile”.<br />

Conferida, é certo, pela imensidade de templos xintoístas que nos aparecem<br />

a cada esquina, nas ruas menos movimentadas, nos recantos dos jardins<br />

mais recatados. É uma cidade pacífica e que respira uma atmosfera<br />

tranquila.<br />

Assim como possui lugares icónicos, como os de Ninenzaka e Sannenkaza,<br />

onde prolifera um quotidiano local que se mistura com a passagem<br />

dos que chegam de fora na sua descoberta. Ruelas simpáticas com<br />

comércio de bom gosto e construções antigas que encaixam bem no nosso<br />

olhar e nos sorrisos que nos arrancam.<br />

26<br />

saber | Outubro | 2016


outros lugares, nomeadamente o de Kyoto, cidade que me<br />

sempre me manteve vivo o encanto e interesse pelo país<br />

do sol nascente. E se levava comigo altas expectativas,<br />

as mesmas foram bastante superadas.<br />

viajar<br />

com saber<br />

5<br />

Fértil como é em tesouros culturais, Kyoto não poderia deixar de ter<br />

uns quantos elencados enquanto Património Cultural da Humanidade, sendo<br />

que o Castelo de Nijo, do poderoso general Toyotomi Hideyoshi, é um<br />

dos testemunhos mais relevantes. Levou quase três séculos a ser terminado<br />

e continua a ser um exemplo brilhante testemunho do poderio e esplendor<br />

da época.<br />

6<br />

No templo de Eiken-do, o que mais me impressionou devido à sua dimensão,<br />

beleza, jardins fabulosos, senti o que de melhor Kyoto, e o Japão, tem<br />

para oferecer em termos de comunhão com a natureza e a felicidade que<br />

consegue injectar nos humanos que habitam este nosso planeta tantas vezes<br />

tão maltratado. O Japão, apesar de tudo, ainda é um lugar único e distante<br />

o suficiente para o olharmos num encanto de mistério, encanto e magia.<br />

7<br />

Kyoto é ainda reconhecida como a cidade das gueixas, ainda que tal epíteto<br />

não lhes caia bem, daí existir o respeito de trata-las por Geiko ou, as<br />

aspirantes a tal, por Maiko. Tive a ventura de me cruzar como uma destas.<br />

saber | Outubro | 2016 27


MARCAS ICÓNICAS<br />

Do Mérito<br />

Amigos, ao contrário da<br />

maioria dos assuntos<br />

sobre os quais escrevo, o<br />

mérito não tem nada de subjectivo.<br />

E, quanto a mim, não está sujeito a<br />

muitas interpretações. Sou defensor<br />

acérrimo e convicto da meritocracia.<br />

Tudo aquilo que se consegue na vida<br />

(com a honrosa excepção de momentos<br />

de sorte) deve ser conseguido por<br />

mérito. Como resultado de bom comportamento<br />

ou de um trabalho bem<br />

feito. Tenho para mim que as avaliações<br />

devem ser constantes. E a aceitação<br />

dessas avaliações é importante<br />

para uma vida de conquistas honestas.<br />

É claro que não defendo que se<br />

seja déspota e se possa avaliar coisas<br />

de forma negativa (ou positiva) porque<br />

nos apetece. Mas saber olhar e<br />

reconhecer mérito (ou a falta dele) é<br />

demasiado importante para ser feito<br />

por pessoas pequeninas ou inconscientes.<br />

Vou até ser polémico quando<br />

digo que não acredito em coisas<br />

como “contratos para a vida” ou<br />

“efectividade”. Para mim, a continuidade<br />

das relações laborais e<br />

humanas deve basear-se exclusivamente<br />

nos desempenhos de cada um.<br />

Miguel Pires<br />

Músico<br />

miguelpyres.blogspot.pt (Mr. Nice Guy)<br />

Texto/Fotos: Miguel Pires<br />

Fez um bom trabalho? Trata bem a<br />

sua cara-metade? Então fica. Porque<br />

merece ficar. Se é displicente e<br />

trata mal as pessoas... fora! Há sempre<br />

quem queira trabalhar ou tratar<br />

bem uma pessoa. No caso particular<br />

das relações laborais, há países<br />

em que é mesmo assim. Resultado:<br />

toda a gente se aplica mais. Porque<br />

se não, há mais 50 000 à porta<br />

cheios de vontade de trabalhar e de<br />

ter uma oportunidade. E não tenho<br />

dúvidas de que quem tem sucesso (e<br />

partindo do princípio que não anda a<br />

dormir com o(a) chefe), tem-no por<br />

mérito. É claro que um Mundo que<br />

se regesse apenas por meritocracia<br />

é utópico. Porque isso implicava que<br />

não houvesse venenos, que não se<br />

“emprenhasse pelos ouvidos”, que<br />

não houvesse joguinhos de poder e<br />

que não houvesse sistemas viciados<br />

e instalados que corrompem e deturpam<br />

qualquer noção de mérito que<br />

se possa ter. Não peço tanto. Mas<br />

gostava sinceramente que assim fosse.<br />

Até agora na minha vida tentei<br />

que, tudo aquilo que consegui, fosse<br />

por mérito. Por ter feito um bom trabalho.<br />

Por me ter portado bem com<br />

as pessoas, com as empresas, com o<br />

Público. Detesto cunhas e situações<br />

criadas em bastidores para viciar<br />

sistemas. Detesto situações de direitos<br />

adquiridos usados para intimidar<br />

quem, de forma justa, reclama<br />

de um trabalho mal feito. Não gosto<br />

que se dê trabalho a seja quem for<br />

por pena, por paixão ou por afinidade.<br />

Na avaliação do mérito de cada<br />

um, devem ter-se em conta duas<br />

dimensões: a qualidade do trabalho<br />

apresentado e a contigência no qual<br />

o mesmo foi feito. Porque há coisas<br />

que escapam ao nosso controlo. E<br />

isso precisa também de ser tido em<br />

conta. Mas se avaliarmos o dessmpenho<br />

de cada um na sua área, sem<br />

procurar bodes expiatórios, quase<br />

que garanto a aplicação limpa da<br />

meritocracia que tanto defendo. Em<br />

20 anos de carreira profissional,<br />

investi tempo e dinheiro na preparação<br />

de tudo o que fiz. Nunca gostei<br />

de chegar aos sítios mal preparado.<br />

Sempre tive uma preocupação grande<br />

com a preparação das coisas. Em<br />

algumas alturas devo confessar que<br />

a preocupação era demasiada. Mas<br />

os aplausos, os elogios e a noção de<br />

que fiz o meu melhor, estiveram quase<br />

sempre presentes. Talvez por isso<br />

me tenham chamado novamente<br />

para as coisas. Talvez por isso tenha<br />

tido (até agora) alguma continuidade<br />

na actividade que exerço. Como<br />

nunca fui efectivo em coisa nenhuma,<br />

só posso ser levado a concluir<br />

que foi algum mérito que me trouxe<br />

aqui. Entendam que aqui não pode<br />

haver lugar a falsas modéstias. O que<br />

há é um olhar para trás, para o presente<br />

e para o futuro com segurança<br />

e consciência limpa. E tenham muito<br />

cuidado quando tratarem de forma<br />

injusta alguém que provou o seu<br />

valor e que demosntrou mérito puro<br />

e duro. É que, de todas as injustiças,<br />

esta é seguramente uma das piores.<br />

Mas quero que a minha vida seja<br />

assim. A trabalhar, a viver de conquista<br />

em conquista. E sem bananeiras<br />

para me deitar à sombra. Beijos<br />

e abraços. ><br />

28<br />

saber | OUTUBRO | 2016


Tecnologia: entre a<br />

Tecnologia<br />

Ciência e a Engenharia<br />

Texto/Fotos: Portal de Tecnologia,<br />

Wikipédia.<br />

Tecnologia (do grego τεχνη<br />

— “técnica, arte, ofício” e<br />

λογια — “estudo”) é um<br />

termo que envolve o conhecimento<br />

técnico e científico e a aplicação<br />

deste conhecimento através da sua<br />

transformação no uso de ferramentas,<br />

processos e materiais criados e<br />

utilizados a partir do conhecimento.<br />

O termo tecnologia pode ser usado<br />

para descrever o nível de conhecimento<br />

científico, matemático e técnico<br />

de uma determinada cultura.<br />

A tecnologia é, de uma forma geral,<br />

o encontro entre ciência e engenharia.<br />

Sendo um termo que inclui desde<br />

as ferramentas e processos simples,<br />

tais como uma colher de madeira<br />

e a fermentação da uva, até as<br />

ferramentas e processos mais complexos<br />

já criados pelo ser humano,<br />

tal como a Estação Espacial Internacional<br />

e a dessalinização da água<br />

do mar. Frequentemente, a tecnologia<br />

entra em conflito com algumas<br />

preocupações naturais da sociedade,<br />

como o desemprego, a poluição<br />

e outras muitas questões ecológicas,<br />

assim como filosóficas e sociológicas,<br />

já que a tecnologia pode ser vista<br />

como uma atividade que forma ou<br />

modifica a cultura. Existe um equilíbrio<br />

entre as vantagens e as desvantagens<br />

que o avanço da tecnologia<br />

traz para a sociedade. A principal<br />

vantagem é refletida na produção<br />

industrial: a tecnologia torna a produção<br />

mais rápida e maior e, sendo<br />

assim, o resultado final é um produto<br />

mais barato e com maior qualidade.<br />

As desvantagens que a tecnologia traz<br />

são de tal forma preocupantes que<br />

quase superam as vantagens. Uma<br />

delas é a poluição que, se não for controlada<br />

a tempo, evolui para um quadro<br />

irreversível. Outra desvantagem<br />

é quanto ao desemprego gerado pelo<br />

uso intensivo das máquinas na indústria,<br />

na agricultura e no comércio. A<br />

este tipo de desemprego, no qual o<br />

trabalho do homem é substituído pelo<br />

trabalho das máquinas, denominado<br />

desemprego estrutural. A distinção<br />

entre ciência, engenharia e tecnologia<br />

nem sempre é clara. Ciência é a investigação<br />

ou estudo racional de fenómenos<br />

com o objetivo de descobrir os<br />

seus princípios entre os elementos do<br />

mundo fenomenal ao aplicar técnicas<br />

formais como o método científico.<br />

As tecnologias não são normalmente<br />

produtos exclusivos da ciência,<br />

porque devem satisfazer os requisitos<br />

de utilidade, usabilidade e segurança.<br />

Engenharia é o processo ‘goal-oriented’<br />

de desenhar e criar ferramentas<br />

e sistemas para aproveitar fenómenos<br />

naturais para usos práticos humanos,<br />

normalmente (mas nem sempre)<br />

usando resultados e técnicas da ciência.<br />

O desenvolvimento da tecnologia<br />

pode ser aproveitado de muitos campos<br />

do conhecimento, nomeadamente<br />

o conhecimento científico, engenharia,<br />

matemático, linguístico e histórico,<br />

para alcançar resultados práticos.<br />

A tecnologia é normalmente, a consequência<br />

da ciência e da engenharia -<br />

apesar da tecnologia como atividade<br />

humana, preceder os dois campos. O<br />

conhecimento recém-adquirido pode<br />

então ser usado por engenheiros para<br />

criar novas ferramentas e máquinas,<br />

como semicondutores, computadores,<br />

e outras formas de tecnologia avançada.<br />

Neste sentido, tanto cientistas<br />

como engenheiros podem ser considerados<br />

tecnologistas; os três campos<br />

são normalmente considerados<br />

como um para o propósito de pesquisa<br />

e referência. Esta relação próxima<br />

entre ciência e tecnologia contribui<br />

decisivamente para a crescente<br />

especialização dos ramos científicos:<br />

a Física dividiu-se em diversos<br />

outros ramos menores como a acústica<br />

e a mecânica, e estes ramos por<br />

sua vez sofreram sucessivas divisões.<br />

O resultado é o surgimento de ramos<br />

científicos bem específicos e especialmente<br />

destinados ao aperfeiçoamento<br />

da tecnologia e neste campo,<br />

inclui-se a aerodinâmica, a geotecnia,<br />

a hidrodinâmica, a petrologia e a<br />

terramecânica.A relação entre ciência<br />

e tecnologia tem sido debatida por<br />

cientistas, historiadores e políticos<br />

desde o final do século XX, em parte<br />

porque o debate pode definir o financiamento<br />

da ciência básica e aplicada.<br />

A história da tecnologia é quase tão<br />

antiga quanto a história da humanidade<br />

e tem, consequentemente, embutida<br />

a cronologia do uso dos recursos<br />

naturais, porque, para serem criadas,<br />

todas as ferramentas necessitaram,<br />

antes de qualquer coisa, do uso de um<br />

recurso natural adequado. A história<br />

da tecnologia segue uma progressão<br />

das ferramentas simples e das fontes<br />

de energia simples às ferramentas<br />

complexas e das fontes de energia<br />

complexas. As tecnologias mais antigas<br />

converteram recursos naturais em<br />

ferramentas simples. ><br />

saber | Outubro | 2016 29


MODA<br />

acessórios<br />

para mulher<br />

Ar Latino<br />

30<br />

saber | Outubro | 2016


MODA<br />

saber | Outubro | 2016 31


32 saber | Outubro | 2016


MODA<br />

saber | Outubro | 2016<br />

33


Ficha Técnica<br />

Fotos<br />

DDiArte | www.ddiarte.photography<br />

Modelos<br />

Eloisa Vieira e Rossana Lopes<br />

Loja<br />

Ar Latino | www.facebook.com/arlatino<br />

34<br />

saber | Outubro | 2016


Ela<br />

TENDÊNCIAS<br />

Tudo igual de forma<br />

diferente. Assim são<br />

as tendências outono/<br />

inverno 2016 2017 para a<br />

mulher, cheias de multiplicidade<br />

e de contrastes, o que<br />

lhe dá a liberdade de escolher<br />

a peça de roupa que lhe fica<br />

melhor e combiná-la de forma<br />

a explorar mais do que um só<br />

estilo. Com as estações menos<br />

demarcadas e a sensação de<br />

que na moda já foi tudo descoberto,<br />

ainda assim é possível<br />

novos temas e novas abordagens<br />

na época mais fria<br />

mas que muitos consideram<br />

a mais glamorosa em termos<br />

de estilo. ><br />

camisa<br />

TheKooples<br />

Saia<br />

AnthonyThomasMelillo<br />

capa<br />

PierreBalmain<br />

Collant<br />

Calzedonia<br />

sapato<br />

RaphaelYoung<br />

cinto<br />

TheKooples<br />

Bolsa<br />

PhillipLim<br />

Ele<br />

Camisa<br />

TheKooples<br />

Lenço<br />

TheKooples<br />

Aestação mais fria<br />

do ano traz looks<br />

m u i t o e l e g a n -<br />

tes e confortáveis para os<br />

homens. Com a baixa nas<br />

temperaturas,começamos a<br />

modificar o visual, trocando<br />

as roupas mais leves e coloridas<br />

dos dias mais quentes<br />

pelos casacos, gorros e figurinos<br />

de tons mais escuros, bem<br />

típicos da estação. Os looks<br />

masculinos de inverno servem<br />

não só para proteger o corpo<br />

das temperaturas baixas,<br />

mas também para deixar o<br />

visual ainda mais charmoso e<br />

elegante. ><br />

Calças<br />

TheKooples<br />

Trench<br />

TheKooples<br />

Botas<br />

TheKooples<br />

Mala<br />

APC<br />

Cinto<br />

Rag&Bone<br />

saber | Outubo | 2016 35


em destaque<br />

VII Festival de Órgão da Madeira<br />

1<br />

As igrejas da Madeira abrem mais uma vez as suas portas<br />

para que o público possa desfrutar da sonoridade dos seus<br />

órgãos. Com uma paisagem organística diversificada, que<br />

inclui instrumentos de manufactura portuguesa setecentista<br />

(Igreja Matriz de Machico, Igreja do Colégio e Conventos de<br />

Santa Clara e do Bom Jesus no Funchal), órgãos importados<br />

de Inglaterra ao longo do século XIX (Sé, Igrejas de São Pedro<br />

e de São Martinho no Funchal e Igreja Matriz de Porto da Cruz)<br />

e um novo instrumento construído em 2008 para a Igreja do<br />

Colégio no Funchal, a Madeira permite a apresentação de<br />

um repertório vasto. Organistas de reputação internacional,<br />

como Ludger Lohmann, Albrecht Koch, Frank van Wijk ou Jesús<br />

Gonzálo López, juntamente com artistas ou agrupamentos<br />

portugueses, como a Orquestra Clássica da Madeira, o Coro<br />

de Câmara da Madeira ou a Capella Patriarchal, oferecem<br />

programas variados que vão dos recitais a solo aos concertos<br />

com coro ou orquestra, da polifonia renascentista à música<br />

do século XX, de Bach à música para crianças. Festival de<br />

Órgão da Madeira: um oceano de sonoridades.<br />

2<br />

algumas sugestões sugestões da agenda<br />

36<br />

saber | Outubro | 2016


“Património Imaterial: Sons da Nossa Gente<br />

Castanholas da Tabua”<br />

Mostra que divulga uma tradição ancestral que<br />

faz parte do Património Cultural Imaterial (PCI)<br />

da comunidade da Tabua.<br />

“Património Material e Imaterial da Cultura<br />

Popular Madeirense”<br />

Mostra resultante do concurso de ilustração,<br />

lançado à comunidade, para assinalar o<br />

aniversário do museu, uma iniciativa que visa a<br />

divulgação da identidade Etnográfica Regional<br />

e reforço do interesse público relativamente ao<br />

nosso património material e imaterial.<br />

Sala de exposições temporárias do Museu<br />

Etnográfico da Madeira<br />

Rua de São Francisco, 24 – Ribeira Brava<br />

291 952 958<br />

Terça a sexta das 9h30 às 17h00<br />

Sábado das 10h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h30<br />

Org.: Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura/<br />

Direção Regional da Cultura/Museu Etnográfico da Madeira<br />

“400 Anos de Cervantes”<br />

ATÉ 30 NOVEMBRO<br />

Mostra bibliográfica que assinala os 400 anos da<br />

morte de Miguel de Cervantes Saavedra.<br />

Sala de Leitura Geral.<br />

Arquivo Regional e Biblioteca Pública da Madeira<br />

(ABM)<br />

Caminho dos Álamos, 35 Santo António | Funchal<br />

291 708 400<br />

Org.: Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura/Direção<br />

Regional da Cultura/ Arquivo Regional e Biblioteca Pública da<br />

Madeira<br />

“Gastronomia Tradicional: O Bolo<br />

de Mel”<br />

ATÉ 7 FEVEREIRO<br />

Mostra sobre a confeção artesanal do<br />

tradicional bolo de mel, integrada no projeto<br />

semestral “Acesso às coleções em Reserva”.<br />

Átrio do Museu Etnográfico da Madeira<br />

Rua de São Francisco, 24 – Ribeira Brava<br />

291 952 958<br />

Terça a sexta das 9h30 às 17h00<br />

Sábado das 10h00 às 12h30 e das 13h30 às 17h30<br />

Org.: Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura/<br />

Direção Regional da Cultura/Museu Etnográfico da Madeira<br />

5<br />

6<br />

“Santa Casa da Misericórdia do<br />

Funchal”<br />

13 OUTUBRO A 14 JANEIRO<br />

Mostra documental do acervo da Santa Casa.<br />

Sala de Leitura do Arquivo<br />

Arquivo Regional e Biblioteca Pública da<br />

Madeira (ABM)<br />

Caminho dos Álamos, 35 Santo António |<br />

Funchal<br />

291 708 400<br />

Org.: Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura/<br />

Direção Regional da Cultura/ Arquivo Regional e Biblioteca<br />

Pública da Madeira<br />

“A Paisagem Organística<br />

da Madeira”<br />

14 A 30 OUTUBRO<br />

Exposição integrada no VII Festival de Órgão da<br />

Madeira.<br />

O programa de recuperação e valorização do<br />

património organístico desenvolvido pela Região<br />

Autónoma da Madeira ao longo dos últimos vinte<br />

anos é visível no restauro de quase uma dezena<br />

de órgãos históricos, no registo fonográfico<br />

desses instrumentos, na construção do grande<br />

órgão da Igreja do Colégio, na publicação do<br />

inventário “Órgãos das Igrejas da Madeira” e<br />

na realização do Festival de Órgão da Madeira.<br />

Esta exposição oferece uma panorâmica desta<br />

ação que, pela sua consistência, é um exemplo<br />

paradigmático no nosso país.<br />

INFOART - Posto de Turismo do Funchal<br />

Avenida Arriaga – Funchal<br />

Org.: Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura através<br />

da Direção Regional da Cultura.<br />

www.festivaldeorgaodamadeira.com<br />

música / dança<br />

Sarau de Fados de Coimbra<br />

DIAS 1 E 29 OUTUBRO | 21H00<br />

Fatum - Grupo de Fados da AAUMa<br />

Colégio dos Jesuítas - Funchal<br />

Entrada livre<br />

Org.: AAUMa<br />

enda cultural cultural da madeira<br />

da madeira<br />

saber | Outubro | 2016 37


Associação Notas e Sinfonias<br />

Atlânticas, através da Orquestra<br />

Clássica da Madeira apresenta:<br />

DIAS 1, 5, 8, 15, 19, 22 E 29 OUTUBRO<br />

DIA 1 OUTUBRO | 18H00<br />

Orquestra Clássica da Madeira apresenta:<br />

Concerto Comemorativo do Dia Mundial da<br />

Música<br />

Ciclo Jovens Solistas (I)<br />

Maestro Convidado: Cesário Costa<br />

Solista: Rafael Kyrychenko<br />

Teatro Municipal Baltazar Dias<br />

DIA 5 OUTUBRO | 21H30<br />

Música de Câmara<br />

Madeira Camerata<br />

Bach – Pachebel – Vivaldi<br />

Hotel Belmond Reid`s Palace<br />

DIA 8 OUTUBRO | 18H00<br />

Música de Câmara<br />

Quarteto de Cordas Atlântico<br />

Corelli – Mozart<br />

Assembleia Legislativa da Madeira<br />

DIA 15 OUTUBRO | 18H00<br />

Orquestra Clássica da Madeira<br />

Originais para sopros<br />

Maestro convidado: José Eduardo Gomes<br />

Assembleia Legislativa da Madeira<br />

DIA 19 OUTUBRO | 21H30<br />

Música de Câmara<br />

Quinteto de Metais MadBrass5<br />

Átrio do Teatro Municipal Baltazar Dias<br />

DIA 22 OUTUBRO | 18H00<br />

Integrado no VII Festival de Órgão da Madeira<br />

Orquestra Clássica da Madeira<br />

Direção musical: Norberto Gomes<br />

Solista: Tiago Ferreira<br />

Mozart - Sonatas de Igreja<br />

Sé Catedral do Funchal<br />

DIA 29 OUTUBRO | 18H00<br />

Música de Câmara<br />

Quinteto de Sopros “Atlântida”<br />

Taffanel – Debussy – Piazzolla<br />

Assembleia Legislativa da Madeira<br />

VII FESTIVAL ÓRGÃO DA<br />

MADEIRA<br />

21 A 30 OUTUBRO<br />

DIA 21 OUTUBRO | 21H30<br />

De Roma a Leipzig: mestres e discípulos<br />

Ludger Lohmann, órgão<br />

Uma das mais proeminentes figuras do ensino<br />

do órgão na Alemanha, Ludger Lohmann<br />

oferece-nos um recital que tira partido da<br />

versatilidade do grande órgão da Igreja<br />

do Colégio: uma viagem pela Europa dos<br />

séculos XVII e XVIII, explorando as sucessivas<br />

transformações do idioma musical e as relações<br />

entre mestres e discípulos.<br />

Igreja de São João Evangelista (Colégio-Funchal)<br />

DIA 22 OUTUBRO | 21H30<br />

Mozart: Sonatas de Igreja<br />

Orquestra Clássica da Madeira<br />

Tiago Ferreira, órgão<br />

Norberto Gomes, direção<br />

Mozart compôs as suas Sonatas de Igreja para<br />

serem executadas na Catedral de Salzburgo<br />

entre a Epístola e o Evangelho. De curta<br />

duração (a missa na catedral não podia exceder<br />

uma hora) estas peças são pequenas pérolas<br />

musicais, algumas das quais assemelhando-se<br />

a concertos de órgão e orquestra em miniatura.<br />

Mozart, de Salzburgo até ao Funchal, pelas<br />

mãos de Tiago Ferreira e da Orquestra Clássica<br />

da Madeira.<br />

Sé do Funchal<br />

DIA 23 OUTUBRO | 18H00<br />

Rheinberger: Canções sacras<br />

Armando Possante, barítono<br />

António Esteireiro, órgão<br />

Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe, Porto<br />

da Cruz<br />

DIA 24 OUTUBRO | 21H30<br />

Rheinberger: Canções sacras<br />

Armando Possante, barítono<br />

António Esteireiro, órgão<br />

Igreja de São Pedro, Funchal<br />

7<br />

8<br />

sugestões da agenda<br />

38<br />

saber | Outubro | 2016


Josef Rheinberger, compositor, cuja vastíssima<br />

obra constitui uma das primeiras manifestações<br />

do romantismo organístico germânico, parecia<br />

também amar a voz. As suas Geistlische<br />

Lieder, onde a voz se funde admiravelmente<br />

com o órgão, são o epicentro deste concerto<br />

de música romântica alemã, apresentado por<br />

Armando Possante e António Esteireiro.<br />

DIA 24 OUTUBRO | 15H00<br />

“A aldeia de Dó-Mi-Sol” (narração para<br />

crianças)<br />

Inês Machado, órgão<br />

Sofia Maul, narradora<br />

O grande órgão da Igreja do Colégio desce<br />

da tribuna para se apresentar às crianças! Os<br />

habitantes da Aldeia de Dó-Mi-Sol – a Dona<br />

Chica, o Barnabé, o João e muitos outros<br />

surgem na narração da história, nas imagens e<br />

nas improvisações de Inês Machado ao órgão. A<br />

cada personagem corresponde uma conhecida<br />

canção infantil, uma sonoridade nova, uma<br />

faceta diferente do instrumento!<br />

Igreja de São João Evangelista (Colégio-Funchal)<br />

DIA 25 OUTUBRO | 21H30<br />

I – Mestres holandeses do séc. XVII ao séc. XX<br />

Frank van Wijk, órgão<br />

II – Vierne: Missa Solene<br />

Coro de Câmara da Madeira<br />

João Vaz, órgão<br />

Halyna Stetsenko, órgão de coro<br />

Zélia Gomes, direção<br />

Um coro, dois órgãos. Vierne compôs a sua<br />

“Messe solennelle” em 1900, tendo em vista as<br />

catedrais francesas, o grande órgão dialogando<br />

com os cantores acompanhados pelo órgão de<br />

coro. Mais de um século depois, a mesma obra<br />

soará na Igreja do Colégio através das vozes do<br />

Coro de Câmara da Madeira. Na primeira parte<br />

do concerto, uma panorâmica da produção<br />

organística holandesa dos últimos trezentos<br />

anos é apresentada por Frank van Wijk.<br />

Igreja de São João Evangelista (Colégio-Funchal)<br />

DIA 26 OUTUBRO | 21H30<br />

Norte contra Sul: Sweelinck e Cabezón<br />

Jesús Gonzálo López, órgão<br />

Frank van Wijk, órgão<br />

Sweelinck foi a figura liderante da música de<br />

órgão na Holanda do início do século XVII como<br />

Cabezón o foi em Espanha na geração anterior.<br />

Dois mundos musicais contrastantes unidos<br />

pelo mesmo instrumento. Hoje, dois organistas<br />

– um holandês e um espanhol – exploram essas<br />

diferenças através da sua, também diferente,<br />

forma de tocar.<br />

Igreja e Recolhimento do Bom Jesus, Funchal<br />

DIA 27 OUTUBRO | 21H30<br />

Bach<br />

Albrecht Koch, órgão<br />

Mais de dois séculos e meio após a sua morte,<br />

Johann Sebastian Bach continua a arrebatar<br />

os ouvintes e a ser considerado por muitos<br />

como a figura central de toda a literatura<br />

organística. Albrecht Koch, titular do grande<br />

órgão Silbermann da Catedral de Freiberg<br />

(instrumento que Bach terá conhecido),<br />

oferece-nos uma panorâmica da obra do<br />

compositor.<br />

Igreja de São João Evangelista (Colégio-Funchal)<br />

DIA 28 OUTUBRO | 21H30<br />

A diminuição no séc. XVII, nas catedrais<br />

mediterrânicas<br />

Tiago Simas Freire, corneto<br />

João Vaz, órgão<br />

Um pouco como os músicos de Jazz,<br />

os instrumentistas de tecla e de sopro<br />

seiscentistas improvisavam livremente sobre<br />

as obras que tocavam. Obras de estrutura<br />

simples eram enriquecidas com ornamentações<br />

improvisadas cada vez mais elaboradas,<br />

atingindo por vezes extremos de virtuosismo.<br />

Uma viagem ao passado através da sonoridade<br />

surpreendente do corneto.<br />

Igreja de São Martinho, Funchal<br />

9<br />

10<br />

cultural da madeira<br />

saber | Outubro | 2016 39


Marcos Milewski num regresso surpreendente<br />

às exposições com ‘Mundo Alternativo`.<br />

> > Apresentação do livro ‘Mães do Mundo’, da<br />

jornalista Rita Aleluia, na Fnac do Madeira<br />

Shopping.<br />

> > Museu de Imprensa Madeira - Câmara de Lobos,<br />

foi palco do concerto solidário Unidos, da<br />

Associação Raquel Lombardi.<br />

40<br />

saber | Fevereiro | 2016<br />

> > Raquel Lombardi lançou o livro “Uma história<br />

colorida” no Museu da Imprensa da Madeira.<br />

> > Marcos Milewski apresentou a exposição<br />

‘Mundo Alternativo’ no salão nobre do Teatro<br />

Municipal Dias.<br />

> > Delegação da Madeira da Ordem dos<br />

Arquitectos realizou no Teatro Municipal<br />

Baltazar Dias a conferência internacional,<br />

‘Niemeyer na Madeira’.<br />

> > Associação cultural “Lírios do Norte” assinalou<br />

26.º aniversário no Parque Temático de<br />

Santana.<br />

> > Confraria Gastronómica da Madeira participou<br />

nas comemorações do 22.° Capítulo da<br />

Confraria du Cep de Geneve.


Exposição ‘Mundo Alternativo’<br />

O salão nobre do Teatro Municipal Dias recebeu esta exposição de<br />

Milewski que representa um marco no percurso a que já nos habituou o<br />

artista, por apresentar elementos habitualmente não associados ao seu trabalho.<br />

O pintor argentino que se encontra a viver na Madeira há já alguns<br />

anos, fez uma pausa na sua atividade de pintor de óleos, aguarelas, acrílicos<br />

sobre tela ou papel e aventurou-se por mundos alternativos, que foi o<br />

que esta exposição apresentou em jeito de partilha do artista com o público.<br />

Em “Mundos Alternativos”, Marcos Milewski experimentou diferentes<br />

potencialidades estéticas de materiais como a rede de arame e resinas<br />

plásticas, para criar trabalhos verdadeiramente originais e belos. ><br />

DB Fotos: O Liberal<br />

saber | Outubro | 2016 41


SOCIAL<br />

Concerto Solidário Unidos<br />

A iniciativa decorreu no Museu de Imprensa Madeira - Câmara de Lobos,<br />

pelo projeto Unidos de Raquel Lombardi que, desta forma, quis sensibilizar<br />

para a causa do cancro da mama e a importância da prevenção da doença.<br />

A este concerto se associaram vários artistas como Luciano Lombardi<br />

(Guitarra), Stefan Hathaki (Voz), Jean François Beuchaut (Acordeão),<br />

André Silva (Guitarra), Francisca Gonçalves (Guitarra), o grupo Dançalma,<br />

o projeto Fado Funcho e a cantora Micaela Abreu. ><br />

DB Fotos: cortesia Raquel Lombardi<br />

42<br />

saber | Outubro | 2016


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Livro ‘Mães do Mundo’<br />

A jornalista Rita Aleluia apresentou o seu livro de<br />

estreia “Mães do Mundo”, no auditório do Fnac do<br />

Madeira Shopping. Este livro resulta das inúmeras<br />

viagens, por quatro continentes, da jornalista e autora<br />

que conversou com muitas mães, de várias nacionalidades<br />

e com distintas aptidões. Para educar com<br />

sucesso, garante a autora que existem duas praticas<br />

essenciais e totalmente gratuitas: amor incondicional<br />

e comunicação eficaz. A apresentação do livro foi realizada<br />

pela jornalista e fundadora do projeto Arteleia,<br />

Sónia Silva Franco. ><br />

DB Fotos: Miguel Nóbrega<br />

saber | Outubro | 2016 43


SOCIAL<br />

Livro “Uma história colorida”<br />

O título dá nome ao livro da autoria de Raquel Lombardi, a educadora<br />

infantil que criou a Associação Raquel Lombardi e o projeto Unidos e que<br />

por via destes, tem dinamizado diversas iniciativas associadas à causa da<br />

luta contra o cancro da mama. Raquel Lombardi apresentou o livro editado<br />

pelo O Liberal no Museu da Imprensa da Madeira, espaço este situado em<br />

Câmara de Lobos, numa iniciativa que contou com a presença da Secretária<br />

Regional da Inclusão, Rubina Leal, o pintor italiano Giuliano Giuggioli,<br />

autor das ilustrações, familiares e amigos. ><br />

DB Fotos: Raquel Lombardi<br />

44<br />

saber | Outubro | 2016


Aniversário ‘Lírios do Norte’<br />

A associação cultural “Lírios do Norte” surgiu no dia 5 de Outubro de<br />

1990 e tem vindo a dinamizar iniciativas de caráter lúdico e cultural no<br />

concelho de Santana para toda a ilha, a exemplo da “saga do trigo – amassar<br />

o tradicional pão de Santana” com que a associação assinalou o seu<br />

aniversário no Parque Temático de Santana. Esta associação tem entre os<br />

seus principais dinamizadores, Marcelino Teles de quem todos conhecem<br />

pela interpretação da personagem ‘Compadre Jodé’, entre outros nomes<br />

que têm, nos últimos anos, expandido a cultura e tradições do concelho<br />

de Santana. ><br />

DB Fotos: D.R. (direitos reservados)<br />

saber | Outubro | 2016 45


SOCIAL<br />

Conferência ‘Niemeyer<br />

na Madeira’<br />

A obra de Niemeyer na Madeira foi o tema de uma conferência/debate<br />

internacional promovido pela Delegação da Madeira da Ordem dos Arquitectos<br />

no Teatro Municipal Baltazar Dias. O hotel Casino Park, uma obra<br />

tardia da arquitectura do Movimento Moderno e a única que o arquitecto<br />

brasileiro deixou em terras portuguesas, foi o foco do debate que contou<br />

com a participação de especialistas nacionais e internacionais como Rodrigo<br />

Queirós, professor da Universidade de São Paulo, Brasil; os arquitectos<br />

Michel Toussaint, João Paulo Martins e Carlos Oliveira Santos e o designer<br />

Jorge Cid. Esta iniciativa integrou o programa de comemorações do<br />

Dia da Arquitetura, organizado pela Ordem dos Arquitetos em Portugal. ><br />

DB Fotos: © Intract Photo - Sandra Boloto, O Liberal.<br />

46<br />

saber | Outubro | 2016


Confraria Gastronómica da<br />

Madeira no 22.° Capítulo da<br />

Confraria du Cep de Geneve<br />

A Confraria Gastronómica da Madeira marcou presença nas celebrações<br />

do 22.° Capítulo da Confraria du Cep de Geneve, um evento inserido no<br />

programa das Festas das Vindimas de Russin, que decorreu no cantão de<br />

Geneve e onde marcou presença o Ministro dos Negócios Estrangeiros e<br />

do Comércio Externo de Tahiti, entre muitos outros ilustres convidados.<br />

A Confraria du Cep de Geneve foi fundada em 1953 e constitui uma confraria<br />

de referência a nível mundial. ><br />

DB Fotos: D.R. (direitos reservados).<br />

saber | Outubro | 2016 47


À MESA COM...<br />

as Sugestões<br />

Fotos: Fernando Olim<br />

Agradecimento: Associação Barmen da<br />

Madeira, Restaurante O Almirante (excelência<br />

da cozinha portuguesa, regional e<br />

internacional)<br />

de Fernando Olim<br />

Estas sugestões culinárias foram por mim preparadas para uma<br />

cerimónia de matrimónio, à qual tive muita honra de participar<br />

e contribuir. Trata-se de uma amostra do que apresentei para<br />

o momento e que julgo que, de alguma forma, pode inspirar<br />

outros para diferentes momentos partilhados em família e com<br />

amigos.<br />

48<br />

saber | Outubro | 2016


Aperitivo<br />

Gambas braseadas<br />

Decoração com base de cebola, limão, pimentos braseados<br />

em azeite e alho.<br />

Entrada<br />

Ovos decorados<br />

Ovo cozido com base de couve roxa, cenoura, cravinho da<br />

Indía, tomate cherry e folhas de hortelã. Decoração a gosto.<br />

Prato Principal<br />

Sobremesa floresta negra<br />

Sobremesa exótica com base de pudim de chocolate negro.<br />

Decoração com frutos silvestres a gosto.<br />

saber | Outubro | 2016 49


SITE DO MÊS<br />

WWW.SESARAM.PT<br />

E-mail:<br />

www.sabermadeira.pt<br />

Facebook: Revista Saber Madeira<br />

sabermadeira@yahoo.com<br />

Telf. 291 911 300<br />

Propriedade:<br />

OLC, Lda<br />

Audiovisuais, TV, Multimédia,<br />

Jornais e Revistas, Lda<br />

Sociedade por Quotas; Capital Social:<br />

€100.000,00 Contribuinte: 509865720<br />

Matriculado na Conservatória Registo<br />

Comercial de Lisboa<br />

Sede: Centro Comercial Sol Mar, Sala 303,<br />

Av. Infante D. Henrique, nº71<br />

9500 - 769 Ponta Delgada Açores<br />

Sócio-Gerente com mais de 10% do Capital:<br />

Edgar R. de Aguiar<br />

Director<br />

Edgar Rodrigues de Aguiar<br />

Redação<br />

Dulcina Branco<br />

Secretária de Redação<br />

Maria Camacho<br />

Colunistas<br />

António Cruz, Hélder Spínola, João Lucas,<br />

Jorge Faria, Teresa Brazão, António Castro<br />

Depart. Imagem<br />

O Liberal, Lda.<br />

Design Gráfico<br />

OLC<br />

> O site do Serviço de Saúde da RAM foi<br />

renovado e apresenta-se mais interativo<br />

e acessível na disponibilização de informação<br />

diversa, ao utilizador. Completo e<br />

complementar na prestação dos cuidados<br />

de saúde aos utentes, neste se encontra<br />

informações úteis relativas aos centro de<br />

saúde e consultas de especialidade bem<br />

como os contactos que são sempre de ter<br />

à mão, quando se pretende marcar uma<br />

consulta num determinado hospital e centro<br />

de saúde da área de residência.<br />

Departamento Comercial<br />

OLC<br />

Serviço de Assinaturas<br />

Dulce Sá<br />

19º<br />

ANIVERSÁRIO<br />

2016<br />

Nome<br />

Empresa<br />

Morada<br />

Código Postal<br />

Concelho<br />

Data de nascimento<br />

Telem.<br />

Telefone<br />

E-mail<br />

Nova Assinatura<br />

CUPÃO DE ASSINATURA<br />

Renovação Assinatura<br />

Localidade<br />

Contribuinte Nº<br />

Assinatura Data / /<br />

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SIM, quero assinar e escolho as seguintes modalidades:<br />

Cheque<br />

à ordem de ‘’O Liberal Comunicações, Lda’’<br />

Pago por transferência Bancária/Multibanco<br />

MPG NIB nº 0036.0130.99100037568.29<br />

“O.L.C., comunicações”, Parque Empresarial Zona Oeste, Lote 7, Socorridos,<br />

9304-006 Câmara de Lobos • Madeira / Portugal<br />

Telefones: 291 911 300<br />

Fax: 291 911 309<br />

email: sabermadeira@yahoo.com<br />

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ou pelo Fax: 291 911 309<br />

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MADEIRA € 24,00<br />

EUROPA € 48,00<br />

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Os valores indicados incluem os portes do correio e I.V.A. à taxa de 4%<br />

Administração, Redacção,<br />

Secretariado, Publicidade,<br />

Composição e Impressão<br />

Ed. “O Liberal”, Parque Empresarial da<br />

Zona Oeste, Lote 7, Socorridos,<br />

9304-006 Câmara de Lobos<br />

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Registado no Instituto da Comunicação<br />

Social com o nº 120732<br />

Membro da Associação da Imprensa<br />

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