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ENTREVISTA<br />

“Há um caminho ainda longo a percorrer no que ao tratamento do cancro diz respeito”.<br />

do doente. Não são todas as pessoas<br />

que podem deslocar-se ao continente<br />

devido o preço surreal que têm as<br />

passagens aéreas. Para terem uma<br />

pequena noção, quando fui a Lisboa<br />

para uma segunda opinião, a passagem<br />

aérea, na TAP, aproximouse<br />

dos 700 euros (pois marquei e fui<br />

no mesmo dia). Como não estava em<br />

condições psicológicas/emocional<br />

para viajar sozinha fui acompanhada<br />

por um familiar e uma amiga. Como<br />

podem ver, só em passagens aéreas,<br />

foi uma grande soma sem falar dos<br />

custos da estadia, transportes, refeições,<br />

consultas e exames. Felizmente,<br />

o Dr. Fernando Fernandes, aceitou<br />

o desafio de vir dar consultas à<br />

Madeira, na Clínica das Madalenas e<br />

hoje, todos podemos contar com um<br />

dos melhores profissionais do país<br />

na área da Senologia, que será uma<br />

mais-valia para todos os madeirenses.<br />

No entanto, é preciso melhorar<br />

o sector de saúde público. Oferecer<br />

melhores condições a todos os utentes,<br />

pois muitos não podem recorrer<br />

ao sector privado. Acho que, o rastreio<br />

do cancro da mama, aqui na<br />

nossa ilha trabalha muito bem. Foi<br />

graças a eles que descobri e pude<br />

tratar-me. Estou muito grata a todos<br />

os profissionais que trabalham nesse<br />

departamento. Quanto ao tratamento,<br />

há um caminho muito longo<br />

a percorrer. Tem havido algumas<br />

melhorias, mas, pouco significativas.<br />

Se for detetado numa fase precoce,<br />

tem cura. Noutras situações,<br />

os tratamentos são poucos sofisticados<br />

e oferecem poucas alternativas.<br />

Teremos sempre de recorrer ao<br />

continente.<br />

O cancro é um “tabu” ou já deixou<br />

de o ser?<br />

- Quando alguém descobre que tem<br />

um cancro, o primeiro que pensa é<br />

na morte. É uma doença grave. Apesar<br />

que todos o querem desmitificar<br />

na verdade quando ouvimos um diagnostico<br />

destes, a nossa alma enchese<br />

de dor e de incertezas. Mas, já se<br />

fala com maior abertura desta doença.<br />

Há doentes que não querem falar<br />

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saber | Outubro | 2016

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