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SAÚDE<br />
Outubro, Mês Internacional da<br />
Prevenção do Cancro da Mama<br />
Este ano, a Liga Portuguesa<br />
Contra o Cancro desafiou<br />
todos os portugueses a<br />
dizer “SIM” à investigação, ao rastreio<br />
e à prevenção através do Peditório<br />
Nacional que teve como mote<br />
“Diga SIM a esta Causa”. A iniciativa<br />
decorreu de 29 de outubro a 1 de<br />
novembro e teve como objetivo alertar<br />
para a importância de contribuir<br />
para esta causa e continuar a ajudar<br />
a LPCC na luta contra o cancro.<br />
Em todo o país, milhares de voluntários<br />
da LPCC sairam à rua devidamente<br />
identificados com o colete<br />
da instituição e com os cofres lacrados,<br />
individualizados e com o símbolo<br />
da LPCC, tendo a ação decorrido<br />
em centros comerciais, igrejas, cemitérios,<br />
supermercados e principais<br />
ruas das cidades de norte a sul do<br />
país. O Peditório Nacional é uma das<br />
ações de angariação mais importantes<br />
para a Liga e, este ano, ao contribuir,<br />
os portugueses disseram sim<br />
ao rastreio, à prevenção, ao apoio<br />
ao doente oncológico e à investigação.<br />
A LPCC promoveu ainda uma<br />
campanha onde várias figuras públicas<br />
deram a conhecer o trabalho<br />
desenvolvido pela instituição ao longo<br />
do último ano e apelaram ao contributo<br />
de todos para dar continuidade<br />
a diversos projetos. A campanha,<br />
disponível na imprensa, mupis,<br />
online e TV, teve a participação de<br />
caras conhecidas do grande público<br />
como Isabel Silva, João Baião, Júlia<br />
Pinheiro, Rita Pereira e Rui Vitória.<br />
No Funchal, a Associação de Atletismo<br />
da Região Autónoma da Madeira<br />
e o Núcleo Regional da Madeira<br />
Para a detecção<br />
precoce do cancro da<br />
mama, é geralmente<br />
recomendado que<br />
a partir de uma<br />
determinada idade,<br />
que deve estar entre<br />
os 40 e os 50 anos,<br />
as mulheres devem<br />
fazer uma mamografia<br />
anual ou em cada<br />
dois anos; Não há<br />
consenso quanto à<br />
idade recomendada<br />
para início nem<br />
quanto à periocidade,<br />
esse marco deve ser<br />
decidido caso a caso<br />
com o seu médico.<br />
da Liga Portuguesa Contra O Cancro,<br />
com o apoio da Câmara Municipal<br />
do Funchal, organizaram a IX Corrida<br />
das Mulheres, iniciativa esta que<br />
foi amadrinhada por Cláudia Sequeira.<br />
A apresentação da iniciativa teve<br />
lugar na Câmara Municipal do Funchal<br />
e teve como objectivo alertar a<br />
população para o Cancro da Mama,<br />
mas também valorizar e promover<br />
a prática regular de exercício físico.<br />
O cancro da mama é o cancro da<br />
mulher com maior taxa de incidência.<br />
Anualmente, surgem mais de 5000<br />
novos casos, sendo que, a incidência<br />
deste tipo de cancro está a aumentar<br />
de ano para ano. Cerca de 1500<br />
mulheres em Portugal morrem todos<br />
os anos devido ao cancro da mama.<br />
O cancro da mama é a principal causa<br />
de morte antes dos 70 anos, nas<br />
mulheres. As células da glândula<br />
mamária são as responsáveis pela<br />
constituição do tecido mamário. No<br />
seu estado normal, estas células crescem<br />
e dividem-se em novas células,<br />
sob influência hormonal, formadas à<br />
medida que vão sendo necessárias, a<br />
este processo chama-se regeneração<br />
celular. Quando as células mamárias<br />
normais envelhecem ou são danificadas,<br />
morrem naturalmente. Quando<br />
as células perdem este mecanismo<br />
de controlo e sofrem alterações<br />
no seu genoma (DNA), tornam-se<br />
células de cancro, que não morrem<br />
quando envelhecem ou se danificam,<br />
e produzem novas células que não<br />
são necessárias de forma descontrolada,<br />
resultando na formação de um<br />
cancro. Ao contrário das células normais,<br />
as células de cancro da mama<br />
não respeitam as fronteiras do órgão,<br />
invadindo os tecidos circundantes e<br />
podendo disseminar a outras partes<br />
do organismo. Por exemplo, as células<br />
de cancro podem invadir os gânglios<br />
linfáticos mais próximos, nomeadamente<br />
os localizados debaixo da<br />
axila, os gânglios da base do pescoço<br />
e os gânglios da parede torácica. Posteriormente<br />
podem atingir órgãos à<br />
distância como os ossos, fígado, pulmões<br />
e cérebro. A este processo dáse<br />
o nome de metastização. O cancro<br />
da mama é o tumor maligno mais<br />
frequente da mulher. O principal factor<br />
de risco para o desenvolvimento<br />
desta doença é a idade - a incidência<br />
da doença mais que duplicar a<br />
partir dos 50 anos. Pensa-se que este<br />
aumento se deve a um aumento dos<br />
casos diagnosticados pela prática disseminada<br />
do rastreio por mamografia<br />
e menos por alterações do estilo<br />
de vida das mulheres.A mortalidade<br />
por cancro da mama é baixa, ou<br />
seja, esta doença tem um bom prognóstico.<br />
Cerca de 85% das mulheres<br />
com cancro da mama estão bem cinco<br />
anos após terem estado doentes.<br />
Este número é muito bom no contexto<br />
geral do cancro. Contudo, devido à<br />
alta incidência, esta doença é a principal<br />
causa de morte de mulheres por<br />
cancro. A mortalidade por cancro da<br />
mama tem baixado de modo contínuo<br />
e consistente, atribuindo-se este fenómeno<br />
quer ao rastreio que permite o<br />
diagnóstico de carcinomas em estadios<br />
cada vez mais precoces, quer ao<br />
tratamento.O diagnóstico precoce do<br />
cancro da mama, antes de surgirem<br />
quaisquer sinais ou sintomas. ><br />
Fonte/Fotos:<br />
Liga Portuguesa Contra<br />
o Cancro.<br />
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saber | Outubro | 2016