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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>2000</strong><br />

COMPARTIMENTOS DE RELEVO<br />

Depressões Sertaneja<br />

e de Parnaguá (59)<br />

Estes compartimentos estendem-se por<br />

áreas descontínuas: uma ao norte, em<br />

parte dos Estados do Ceará e Paraíba;<br />

outra ao sul, nos Estados de Pernambuco,<br />

Bahia e Alagoas. São identificados em<br />

grande parte, com a área do chamado<br />

sertão nordestino, com totais<br />

pluviométricos baixos, estação seca<br />

acentuada e cobertura vegetal de<br />

caatinga. O posicionamento geográfico<br />

dos vários setores revela o caráter<br />

periférico e interplanáltico dos mesmos.<br />

Trata-se de grandes extensões de<br />

topografias quase planas em que os<br />

interflúvios constituem pediplanos mais ou<br />

menos conservados. Aplanamentos<br />

truncam diversas litologias do Pré-<br />

Cambriano Indiferenciado e Inferior,<br />

constituídas principalmente por gnaisses e<br />

migmatitos. Compõem parte destes<br />

compartimentos de relevos residuais (cristas<br />

e inselbergs), formando tálus e caos de<br />

blocos no sopé das encostas íngremes.<br />

A rede de drenagem apresenta rios<br />

intermitentes, às vezes com cursos retilíneos,<br />

refletindo um controle estrutural de falhas e<br />

fraturas, e leitos rasos e rochosos,<br />

preenchidos com material arenoso e<br />

estreitas faixas de acumulação fluvial.<br />

Planaltos Residuais Sertanejos (60)<br />

Estes compartimentos apresentam-se<br />

descontínuos, destacando-se sobre as<br />

topografias planas da Depressão<br />

Sertaneja e de Parnaguá como relevos<br />

residuais, que constituem inselbergs ou<br />

maciços isolados. Evidenciam-se como<br />

conjunto de relevos montanhosos<br />

compartimentados em blocos isolados<br />

pelas depressões. Esculpidos em rochas<br />

do embasamento cristalino estão<br />

submetidos, de forma generalizada, aos<br />

processos de dissecação.<br />

O Maciço de Baturité configura-se<br />

como o mais expressivo entre os planaltos<br />

residuais. Esculpido em gnaisse, está a<br />

uma média de 600 m, dissecado em<br />

colinas e formando um plano cimeiro,<br />

ladeado por cristas.<br />

Embasamentos do Sudeste/Sul<br />

Esta estrutura geológica apresenta<br />

complexidades, cuja litologia está<br />

elaborada em rochas pré-cambrianas dos<br />

Complexos Barbacena, Campos Gerais,<br />

Varginha, Amparo, Divinópolis e Gnaisse<br />

Piedade, atingindo até o escudo sul-riograndense.<br />

Sua altimetria ultrapassa 1 200 m.<br />

Os compartimentos de relevos estão<br />

distribuídos desde o Centro-sul do Estado<br />

de Minas Gerais até o extremo Sul do País.<br />

Depressão de Belo Horizonte,<br />

Planalto Centro-Sul Mineiro (61)<br />

Este compartimento configura um<br />

englobamento da Depressão de Belo<br />

Horizonte e parte da Depressão do Alto<br />

Rio Doce e o Planalto do Centro-Sul<br />

Mineiro (ou Campo das Vertentes),<br />

propriamente dito.<br />

O Planalto do Centro-Sul Mineiro<br />

apresenta relevos elaborados em<br />

litologias pré-cambrianas dos Complexos<br />

Barbacena, Campos Gerais, Varginha,<br />

Amparo, Divinópolis e Gnaisse Piedade,<br />

encerrando intrusivas ácidas e básicas do<br />

Pré-Cambriano, indiferenciados, que<br />

resultaram em blocos de relevos alçados,<br />

posteriormente atingidos por estágios<br />

sucessivos de erosão decorrentes de<br />

variações paleoclimáticas. Apresentase<br />

drenado por altos cursos das bacias<br />

dos rios Paraná, São Francisco, Doce e<br />

Paraíba do Sul.<br />

O patrimônio espeleológico do Brasil<br />

conta, nos ambientes de carstes deste<br />

compartimento, com rios subterrâneos,<br />

sumidouros e pontos de ressurgências,<br />

inscrições rupestres em grutas e cavernas,<br />

tais como as grutas de Maquiné, Lapinha,<br />

do Centenário, Cerca Grande, do Jamelão,<br />

além de lagoas, como a Lagoa Santa.<br />

O desmatamento, a mineração e a<br />

intensa ocupação do solo constituem<br />

ameaças atuais à preservação do<br />

patrimônio socioambiental desta região,<br />

na qual se inserem cidades históricas<br />

como Tiradentes, São João del Rei, Ouro<br />

Preto (Patrimônio da Humanidade),<br />

Mariana e Sabará.<br />

Planalto de Poços de Caldas (62)<br />

Este compartimento inclui o Planalto de<br />

Poços de Caldas e de Varginha, drenados<br />

pela bacia do rio Paraná, fazem limites a<br />

norte com o Planalto da Canastra; a sul<br />

leste, com o Planalto Centro-Sul Mineiro; a<br />

sul Depressão Paulista; e a oeste a<br />

Mantiqueira Meridional.<br />

O Planalto de Poços de Caldas,<br />

propriamente dito, representa uma<br />

estrutura elevada internamente erodida,<br />

caracterizada por altimetrias entre 950 e<br />

1 600 m, modelados em dissecação<br />

diferencial e dissecação homogênea no<br />

interior da estrutura circular. O Planalto de<br />

Varginha é marcado por linhas de<br />

cumeadas e cristas. Apresenta altimetrias<br />

de até 1 200 m, com modelados de<br />

colinas e morros de topos aguçados e<br />

várzeas com níveis de terraços.<br />

Serras do Leste Catarinense (63)<br />

As Serras do Leste Catarinense<br />

constituem agrupamento de elevações

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