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Brazil Yearbook - 2000_ocr

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GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>2000</strong><br />

sudeste; Paraíba, Pernambuco, Sobral-<br />

Pedro II e Senador Pompeu a leste; e do<br />

Gurupi, a norte. Seu balizamento tectônico<br />

com as bacias de Barreirinhas e São Luiz,<br />

Marajó e do São Francisco é denominado<br />

Arcos Ferrer-Urbano Santos, do Tocantins e<br />

do Médio São Francisco, respectivamente.<br />

Sob o aspecto econômico, a sinéclise<br />

mostra-se produtora de diamantes, calcita<br />

ótica, calcário, gipsita, caulim e bauxita.<br />

Hospeda na região de Pedro II as maiores<br />

jazidas de opala do País, relacionadas à<br />

Formação Cabeças de idade devoniana<br />

superior, cujos sedimentos estão em<br />

contato com intrusão concordante de<br />

diabásio. Os depósitos de natureza<br />

primária ocorrem preenchendo fraturas e<br />

fissuras nos arenitos argilosos silicificados,<br />

bem como no topo do diabásio.<br />

A Província Estrutural Borborema está<br />

representada por inúmeras faixas de rochas<br />

supracrustais e por terrenos gnáissicomagmatíticos.<br />

Tais faixas constituem<br />

sistemas de dobramentos, resultantes da<br />

superposição de diversos eventos tectometamórfico-magmáticos<br />

que atuaram<br />

sobre rochas do Meso ao Eoproterozóico.<br />

Ao Paleoproterozóico estão associadas<br />

deformações polifásicas, plutonismo de<br />

composição granítica e generalizada<br />

tectônica recumbente (Sá, 1984). No<br />

Eoproterozóico foi afetada pela Orogênese<br />

Brasiliana que constituiu importante<br />

fenômeno de retrabalhamento tectometamórfico<br />

e geração de rochas<br />

graníticas. Apresenta-se estruturada com<br />

um aspecto de mosaico, com zonas de<br />

cisalhamento de direção<br />

predominantemente NE-SO e E-O e<br />

secundariamente NNO-SSE.<br />

As seqüências magmáticas básicoultrabásicas<br />

por vezes associadas a<br />

metassedimentos, apesar das<br />

pequenas dimensões, podem conter<br />

importantes mineralizações de Cr, Ni,<br />

platinóides, Ti e V, estes dois últimos<br />

presentes no Complexo Floresta situado<br />

a sul do Estado de Pernambuco. Em<br />

terras do Piauí, ocorre o Grupo Brejo<br />

Seco, possivelmente do Arqueano, em<br />

cujo acervo vulcanossedimentar<br />

encontram-se mineralizações em Ni.<br />

Importante depósito fósforo-uranífero<br />

está presente nos metassedimentos do<br />

Grupo Itataia, localizado no Estado do<br />

Ceará, onde também marca presença<br />

o Grupo Ceará detentor de volumosas<br />

reservas de magnesita.<br />

Circundando a microplaca sergipana,<br />

cujo movimento durante o E<strong>ocr</strong>etáceo foi<br />

praticamente independente daquela dos<br />

continentes sul-americano e africano,<br />

desenvolveram-se diversas bacias rifts,<br />

denominadas entre outras: Iguatu, Rio do<br />

Peixe, Araripe e Souza (PB), sendo que<br />

nesta localizam-se notáveis pegadas de<br />

dinossauros.<br />

A Província Estrutural Mantiqueira, disposta<br />

ao longo da região costeira, estende-se<br />

desde o sul da Bahia até o Uruguai,<br />

compreendendo os cinturões móveis<br />

Araçuaí, Alto Rio Grande, Ribeira, Dom<br />

Feliciano e Paranaguá, além dos cratons de<br />

Luís Alves e Rio de La Plata, bem como<br />

núcleos arqueanos isolados<br />

correspondentes aos complexos<br />

Silvianópolis, Varginha e Amparo. O mais<br />

extenso dos referidos cinturões é o Cinturão<br />

Móvel Ribeira, do qual é componente<br />

importante o Complexo Paraíba do Sul,<br />

exposto ao longo do litoral, desde a porção<br />

leste do Estado de São Paulo até o norte do<br />

Espírito Santo. Este complexo encerra acervo<br />

litológico constituído por gnaisses,<br />

migmatitos, kingizitos, charnoquitos,<br />

quartzitos, calcossilicáticas, anfibolitos e<br />

mármores. O craton de Luís Alves está<br />

localizado no nordeste de Santa Catarina e<br />

leste do Paraná, sendo formado<br />

essencialmente por rochas ortoderivadas de<br />

composição cálcio-alcalina (gnaisses<br />

granulíticos, geralmente básicos). A origem<br />

desse craton remonta ao Arqueano; no<br />

Paleoproterozóico, foi submetido a<br />

processos de metamorfismo regional da<br />

fácies granulito, posteriormente da fácies<br />

anfibolito, com migmatização, ao que se<br />

seguiu estabilização tectônica regional, por<br />

volta do final desta era. Já em fins do<br />

Neoproterozóico, sofreu evolução em<br />

regime tectônico distensional, com advento<br />

de magmatismo ácido associado a<br />

sedimentogênese. O craton Rio de la Plata,<br />

que corresponde à porção oeste do Escudo<br />

Sul-Riograndense e se estende ao Uruguai,<br />

sob as formações gondwânicas da Bacia do<br />

Paraná, é formado por rochas que<br />

compõem terrenos não só gnássicograníticos,<br />

mas também<br />

vulcanossedimentares do tipo greenstone<br />

belt. Sua evolução geotectônica é pouco<br />

conhecida, tendo se originado, pelo menos<br />

em sua porção localizada no Território<br />

Nacional, em tempos do Paleoproterozóico.<br />

Seus terrenos ou cinturões<br />

vulcanossedimentares estão representados,<br />

no Rio Grande do Sul, pelo Complexo<br />

Vacacaí, formado por rochas para e<br />

ortometamórficas, estas consistindo em<br />

dunitos, peridotitios, gabros e basaltos,<br />

transformados com maior ou menor<br />

intensidade em serpentinitos e xistos. Entre o<br />

Neoprotozóico Superior e o alvorecer do<br />

Fanerozóico o atual litoral sul e sudeste do<br />

País foi palco da enérgica atuação do ciclo<br />

tectono-termal Brasiliano, responsável pela<br />

migmatogenêse, granitogênese e<br />

rejuvenescimento de rochas mais antigas.<br />

No Mesozóico, possivelmente devido à<br />

fragmentação do "Continente Gondwana",<br />

a Região Sudeste foi palco de notável<br />

plutono-vulcanismo de natureza<br />

feldspatóidica, importante pela imensa<br />

plêiade de mineralizações associadas. Os<br />

mais destacados corpos são denominados:

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