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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>2000</strong><br />

COMPARTIMENTOS DE RELEVO<br />

guarda semelhança com os demais<br />

compartimentos elevados dos planaltos<br />

identificados. Diferencia-se, contudo, pelo<br />

predomínio de cotas de 350m.<br />

Morfologicamente este planalto<br />

caracteriza-se por uma intensa dissecação<br />

do relevo, resultando em formas<br />

predominantemente convexas e<br />

aguçadas, dispostas geralmente seguindo<br />

uma direção preferencial SO-NE e S-N.<br />

Sobressaem-se no Planalto Sertanejo<br />

áreas elevadas em regra com topos<br />

planos ou princípio de dissecação. Cristas<br />

e colinas fortemente entalhadas tendem<br />

a circundá-las.<br />

Planalto dos Geraizinhos (39)<br />

O Planalto dos Geraizinhos faz limite a<br />

oeste e noroeste com os contrafortes das<br />

Serras do Espinhaço e seus patamares, a<br />

norte com os Patamares do Médio rio de<br />

Contas, e a sul com as Chapadas do<br />

Jequitinhonha e Planaltos dos rios<br />

Jequitinhonha/Pardo.<br />

A área é drenada pela bacia do rio<br />

Pardo, que escoa para leste. Situa-se<br />

entre cotas de 600 a 1 000 m, contendo<br />

relevos planos conservados e retocados,<br />

além de cristas isoladas, desenvolvidas<br />

em litologias do Grupo Macaúbas.<br />

A vegetação original da região é de<br />

Savana e manchas de Tensão Ecológica<br />

sobre Latossolos localmente podzolizados.<br />

Planalto da Borborema (40)<br />

Compreende um conjunto estrutural<br />

que se estende do Estado de Alagoas ao<br />

Rio Grande do Norte, onde as<br />

diferenciações geomorfológicas revelam<br />

distintos estágios de evolução do relevo,<br />

decorrentes das interferências tectônicas<br />

combinadas às modificações climáticas<br />

subatuais e atuais.<br />

As altimetrias desta área variam de<br />

200 m a 300m, ultrapassando pouco mais<br />

de 1 000 m em alguns locais. As áreas<br />

mais elevadas correspondem às cristas<br />

simétricas e assimétricas (hog backs),<br />

linhas de cumeadas e blocos serranos. As<br />

altitudes intermediárias, em torno de 500<br />

a 600 m, são encontradas sobretudo em<br />

compartimentos aplainados geralmente<br />

limitados por escarpamentos e nível<br />

mais baixo dissecado em formas<br />

convexas e aguçadas, além de relevos<br />

residuais. As feições são formadas por<br />

rochas pré-cambrianas e paleozóicas<br />

representadas por granitos, filitos, siltitos<br />

e quartzitos, entre outras.<br />

A rede de drenagem, de caráter<br />

intermitente, apresenta um padrão radial<br />

centrífugo, adaptado à tectônica<br />

dominante, ressaltando os rios Ipojuca,<br />

Jacuípe, Una e Paraíba, dirigidos para o<br />

Atlântico, Ipanema e Moxotó, que correm<br />

em direção ao São Francisco, e outros<br />

que se dirigem para o norte, compondo<br />

as bacias dos rios Paraíba e Capibaribe.<br />

Faixas de Dobramentos<br />

do Sudeste/Sul<br />

Esta estrutura regional é constituída<br />

por rochas metamórficas<br />

(ortoderivadas), sedimentares,<br />

metassedimentares e magmáticas. Os<br />

compartimentos de relevos se<br />

distribuem do sul do Estado da Bahia ao<br />

nordeste do Estado de Santa Catarina,<br />

onde se localizam importantes bacias<br />

hidrográficas no Sudeste/Sul.<br />

Depressões do Rio Jequitinhonha, do<br />

Rio Doce e do Rio Paraíba do Sul (41)<br />

O setor correspondente ao trecho de<br />

Depressão da média bacia do rio<br />

Jequitinhonha inclui feições aplanadas<br />

identificadas como pediplanos<br />

retocados inumados, evidenciando<br />

retoques sucessivos e remanejamentos<br />

de material coluvial escorregado das<br />

encostas dos relevos circunjacentes. Em<br />

alguns setores ocorrem vales largos<br />

colmatados e estreitamentos, onde o rio<br />

Jequitinhonha tem o leito pedregoso e<br />

encachoeirado.<br />

O segundo setor, correspondente ao<br />

trecho de Depressão do Alto-Médio rio<br />

Doce, apresenta uma configuração<br />

irregular através dos vales dos principais<br />

rios. Trata-se de um setor deprimido onde<br />

a ação fluvial orientou o entalhe dos<br />

vales por erosão remontante, ocasionando<br />

o recuo da frente escarpada e formando<br />

anfiteatros. O vale compreende feições<br />

colinosas, ressaltadas localmente por<br />

núcleos maciços formando pontões,<br />

cristas e linhas de cumeadas.<br />

A Depressão do rio Paraíba do Sul<br />

apresenta formas de relevo<br />

condicionadas a um controle geológico,<br />

desenvolvidas sobre litologias cristalinas,<br />

compostas principalmente por gnaisses,<br />

migmatitos e rochas graníticas diversas.<br />

As formas de relevo caracterizam-se, em<br />

sua maior parte, por colinas convexas<br />

com profundo manto de alteração<br />

coluvial. Este conjunto forma paisagens<br />

aparentemente homogênea,<br />

características de mares de morros. O<br />

vale do Paraíba do Sul nas suas porções<br />

rebaixadas de graben se divide, de<br />

montante para jusante, na Depressão do<br />

Médio Vale, nos Alinhamentos de Cristas<br />

e na Depressão dos Rios Pomba/Muriaé,<br />

que coalesce com o Complexo Deltaico,<br />

já na área costeira.

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