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Brazil Yearbook - 2000_ocr

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GEOLOGIA E RECURSOS MINERAIS ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>2000</strong><br />

Município de Paracatu (MG), são extraídos<br />

Zn e Pb, presentes em rochas<br />

carbonáticas da Formação Vazante,<br />

integrante do Grupo Bambuí, dispondo-se<br />

a mineralização, segundo a direção geral<br />

NE e mergulho de 20 o NO.<br />

A Província Estrutural Amazônia situa-se<br />

na porção setentrional do território<br />

brasileiro, envolvendo o Escudo das<br />

Guianas e grande parte do Escudo Central<br />

Brasileiro. Constitui uma unidade relativa ao<br />

Ciclo Brasiliano, limitando-se a leste com o<br />

Cinturão Móvel Araguaia-Tocantins e a sul<br />

com o Cinturão Móvel Alto Paraguai.<br />

Divide-se nas seguintes subprovíncias, cujas<br />

denominações refletem o seu<br />

posicionamento geográfico: Amazônia<br />

Oriental, Amazônia Central, Amazônia<br />

Centro-Ocidental, Amazônia Ocidental,<br />

Guiana Central e Guiana Oriental.<br />

A Subprovíncia Estrutural Amazônia<br />

Oriental constitui um núcleo preservado<br />

do Arqueano Médio e um cinturão móvel<br />

do Arqueano Superior com orientação NO-<br />

SE e ONO-ESSE, bem exemplificado na<br />

serra dos Carajás (PA), onde marca<br />

presença o Grupo Grão-Pará, detentor de<br />

portentosas jazidas de ferro - compondo<br />

um regime tectônico oblíquo com o<br />

desenvolvimento de falhas de<br />

cavalgamento imbricadas e falhas<br />

direcionais com transporte de SO para NE.<br />

Compõe-se por seqüências<br />

vulcanossedimentares do tipo greenstone<br />

belt responsáveis pelos principais depósitos<br />

auríferos da região; seqüências<br />

vulcanossedimentares com importantes<br />

depósitos de Cu, Zn, Ag, Au e Mn;<br />

granitóides estratóides e granulitos; e<br />

seqüências pelítico-cabonosas ricas em<br />

manganês. O Mesoproterozóico é tipificado<br />

por discreto vulcano-plutonismo com<br />

sedimentos associados, relativo a uma fase<br />

distensiva que atuou na Subprovíncia, ao<br />

qual se associam importantes depósitos de<br />

cassiterita, assim como corpos máficoultramáficos<br />

mineralizados em Ni e Cr. A<br />

Subprovíncia Estrutural Amazônia Central<br />

compõe-se por vários núcleos indivisos do<br />

Arqueano-Paleoproterozóico e um cinturão<br />

móvel do Paleoproterozóico, orientando-se<br />

segundo NO-SE a NNO-SSE, resultado de um<br />

regime tectônico oblíquo com o<br />

desenvolvimento de falhas de<br />

cavalgamento imbricadas e falhas<br />

direcionais com transporte de SO para NE.<br />

A partir do desgaste por erosão de<br />

seqüências vulcanossedimentares e<br />

granitóides do Paleoproterozóico formaramse<br />

extensos aluviões auríferos que assomam<br />

na bacia do rio Tapajós. Por sua vez, as<br />

rochas do Mesoproterozóico constituíram-se<br />

a expensas de um extenso vulcanoplutonismo,<br />

mineralizado em Au e Sn, com<br />

sedimentos associados, os quais mostram<br />

evidências de uma tectônica rúptil-dúctil,<br />

compondo zonas de cisalhamento<br />

orientadas segundo NO-SE e NE-SO, às<br />

quais remobilizaram importantes depósitos<br />

auríferos. A Subprovíncia Estrutural<br />

Amazônia Centro-Ocidental teve seu<br />

desenvolvimento principal no<br />

Mesoproterozóico, graças à ação de um<br />

cinturão móvel de orientação NE-SO, de<br />

caráter oblíquo, com falhas de<br />

cavalgamento imbricadas e direcionais,<br />

retratado por grande incidência de<br />

granitóides sintectônicos e escassas<br />

seqüências vulcânicas e<br />

vulcanossedimentares. Os bens minerais<br />

mais importantes relacionam-se ao<br />

vulcano-plutonismo e sedimentos<br />

associados do Mesoproterozóico, sob a<br />

forma de depósitos aluviais auríferos e de<br />

cassiterita. As coberturas sedimentares<br />

denotam fraca inversão tectônicas, a<br />

exemplo das Chapadas do Cachimbo,<br />

Dardanelos e Caiabis, sendo que na<br />

primeira existem indicações de importantes<br />

mineralizações primárias em Cu, Mn, U e<br />

fosfatos, além de Au e diamante nas<br />

aluviões recentes. A Subprovíncia Estrutural<br />

Amazônia Ocidental tem como<br />

característica principal a presença de um<br />

cinturão móvel retrabalhando terrenos<br />

relativos ao Paleoproterozóico, orientado<br />

NO-SE a NNO-SSE, como também a<br />

presença de um núcleo preservado do<br />

Paleoproterozóico, em cujo seio ocorrem<br />

seqüências vulcanossedimentares do tipo<br />

greenstone belt na região de Jauru (MT).<br />

Abrigam importantes depósitos auríferos,<br />

em especial neste último e no vale do rio<br />

Madeira. Vulcano-plutonismo, incluindo<br />

vulcânicas básicas, com sedimentos<br />

associados, completam o quadro do<br />

Mesoproterozóico. Granitos anorogênicos<br />

pertencentes à Suíte Intrusiva Rondônia e<br />

relativos ao Neoproterozóico dispõem-se<br />

como uma constelação de corpos<br />

responsáveis por importantes depósitos de<br />

cassiterita. Os sedimentos do<br />

Neoproterozóico mostram-se invertidos pela<br />

ação de uma tectônica de cavalgamento<br />

com falhas direcionais associadas, de<br />

orientação NNO-SSE com convergência<br />

para NNE, na zona lindeira com a Bolívia.<br />

A Subprovíncia Estrutural Guiana Central<br />

reflete-se sobre a forma de um cinturão<br />

móvel do Paleoproterozóico concernente a<br />

um intenso cisalhamento de caráter<br />

oblíquo, com orientação NE-SO e ENE- OSO.<br />

Rochas granulíticas do Arqueano-<br />

Paleoproterozóico, discreto vulcanoplutonismo<br />

ácido-intermediário e intrusivas<br />

básicas do Mesoproterozóico são os<br />

litotipos mais importantes. Entre os bens<br />

minerais destacam-se ouro e cassiterita, o<br />

primeiro remobilizado pelo intenso<br />

cisalhamento. Os sedimentos do<br />

Supergrupo Roraima edificam por vezes<br />

notáveis serras, destacando-se o<br />

imponente Pico da Neblina, no Estado do<br />

Amazonas, ponto culminante do território

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