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ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL - <strong>2000</strong><br />

COMPARTIMENTOS DE RELEVO<br />

A serra da Bodoquena e seus<br />

residuais distribuem-se entre a<br />

Depressão Paraguaia e os<br />

prolongamentos da região do Pantanal<br />

Mato-Grossense. Representa longa<br />

topografia elevada na direção N-S,<br />

esculpida em bloco de falha. O relevo<br />

é representado por duas feições<br />

predominantes, dissecadas em colinas<br />

e superfícies em rampas conservadas<br />

elaboradas em rochas do Complexo<br />

Rio Apa e do Grupo Corumbá<br />

(Formações Bocaina, Cerradinho e<br />

Puga). A drenagem neste<br />

compartimento é representada pelos rios<br />

Perdido (sentido norte-sul), afluente do rio<br />

Apa, e o rio Salobra (sentido sul-norte),<br />

afluente do rio Miranda. Sumidouros,<br />

ressurgências, grutas e cavernas se<br />

multiplicam neste compartimento em<br />

feições pseudocársticas dolomíticas, tal<br />

como a Gruta Azul.<br />

Na serra da Bodoquena encontra-se o<br />

Complexo Turístico de Bonito; destacam-se<br />

as correntezas dos rios Formoso (120 km<br />

de extensão), do Sucuri e do Peixe (esta,<br />

com cachoeira homônima); as grutas do<br />

Mimoso e do Lago Azul (esta, com cerca<br />

de 100m de largura e 60m de<br />

comprimento e lago com 100m de<br />

profundidade), além do aquário do rio<br />

Baía Bonita (lago natural).<br />

Os Planaltos Residuais do Tocantins-<br />

Araguaia representam um conjunto<br />

alongado de relevos com topografias entre<br />

360 e 600 m na direção sul-norte,<br />

representado pelas serras do Estrondo,<br />

Lajeado, do Carmo, Malhada Alta, Maria<br />

Antônia e do Paraíso, no Estado do Tocantins.<br />

Escarpas abruptas, sob a forma de<br />

frentes de cuestas e superfícies estruturais<br />

com patamares em litologias do Pré-<br />

Cambriano e Devoniano, caracterizam<br />

resumidamente o relevo. Os rios abrem<br />

canyons ao transpor as escarpas<br />

elaboradas em rochas do pré-cambriano<br />

e do devoniano.<br />

Planalto Central Brasileiro (33)<br />

O Planalto Central Brasileiro ou<br />

Goiano abrange parte dos planaltos<br />

divisores das bacias dos rios São<br />

Francisco, Tocantins e Paraná.<br />

Compreende uma superfície aplainada<br />

bastante fragmentada, entremeada por<br />

depressões intermontanas esculpidas<br />

pelos altos cursos das bacias<br />

hidrográficas citadas. A<br />

heterogeneidade litológica resultou na<br />

esculturação de formas de relevo bem<br />

diversificadas, representadas por<br />

alinhamento de cristas assimétricas,<br />

escarpas de falhas e vales adaptados a<br />

antigas linhas de fraturas, em rochas do<br />

Complexo Goiano e do Grupo Araxá.<br />

Destacam-se as Chapadas do Distrito<br />

Federal, por exemplo, caracterizandose<br />

por modelados de dissecação pelos<br />

rios São Bartolomeu e Preto, que<br />

compõem uma superfície de<br />

aplanamento degradada e retocada<br />

com interflúvios convexos-côncavos de<br />

poucas declividades. Nos topos das<br />

chapadas ocorrem níveis de cangas<br />

fragmentadas, coluvionadas em<br />

Latossolos, e couraças ferruginosas<br />

formando ressaltos topográficos,<br />

seguidos de rampas em direção aos<br />

vales. Os processos de alteração por<br />

lixiviação, erosão superficial por<br />

escoamento difuso e saltação, com ou<br />

sem pavimentação, e escoamento<br />

concentrado dão origem a ravinas e<br />

voçorocamentos.<br />

Na serra dos Pirineus, há cerca de 50<br />

cachoeiras, tais como as da Fumaça,<br />

Bonsucesso e de São Lázaro, onde se<br />

localiza a cidade de Pirenópolis<br />

(tombada pelo Patrimônio Histórico<br />

Nacional em 1988), no Estado de<br />

Goiás. O Parque Nacional da Chapada<br />

dos Veadeiros com cerca de 5 000 km²,<br />

se localiza a nordeste do Estado de<br />

Goiás, a 230 km de Brasília. Apresenta<br />

campos naturais e rupestres, matas e<br />

veredas, além de cachoeiras como São<br />

Bentos, das Cariocas, Salto do rio Preto,<br />

que formam piscinas naturais. Ocorrem<br />

alinhamentos serranos, tais como as<br />

Serras de Pouso Alto, Boa Vista, do<br />

Buracão, da Baleia, que compõem,<br />

junto à chapada, o extenso divisor das<br />

Bacias Hidrográficas do Tocantins, São<br />

Francisco e Paraná. Como principal<br />

cidade da área, destaca-se Alto<br />

Paraíso de Goiás.<br />

Faixas de Dobramentos Gurupi<br />

O vale do Gurupi é formado por áreas<br />

de colinas, modeladas em rochas prédevonianas.<br />

Assim chamado por<br />

Áb'Saber (1960), e uma área com<br />

diversos afloramentos recobertos por<br />

sedimentos da Formação Barreiras<br />

fortemente ravinados.<br />

Cristas e Colinas do Rio Gurupi (34)<br />

A área drenada pela bacia do rio<br />

Gurupi, se localiza entre os Sistemas<br />

Foz do Amazonas e Golfão<br />

Maranhense. É formada por um<br />

conjunto de colinas suaves,<br />

modeladas em rochas cristalinas do<br />

embasamento pré-cambriano<br />

inumadas por sedimentos das<br />

Formações Barreiras e Itapecuru,<br />

recobertos por crostas ferruginosas,<br />

que acompanham o relevo em<br />

direção ao interior.

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