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Setembro/2016 - Referência Florestal 178

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48<br />

PERIGO AO LADO<br />

Combate a pragas<br />

deve ser conjunto<br />

STARTUPS<br />

Ideias com tecnologia<br />

florestal<br />

56 ENTREVISTA<br />

José Ricardo Ferraz,<br />

diretor florestal da Duratex<br />

Mercado em<br />

expansão<br />

Timber Forest comemora<br />

conquistas nos seus 15 anos<br />

Expanding market<br />

Timber Forest celebrates its<br />

achievements over its 15 years


Tenha o Melhor em<br />

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SUMÁRIO<br />

ANUNCIANTES<br />

DA EDIÇÃO<br />

Abtcp ............................................................... 31<br />

Agroceres ................................................................... 76<br />

40<br />

Carrocerias Bachiega .............................................. 59<br />

D’Antonio Equipamentos ..................................... 71<br />

Denis Cimaf ................................................................... 04<br />

48<br />

Dinagro ........................................................................... 02<br />

DRV Ferramentas ...................................................... 69<br />

Ecoserra ......................................................................... 67<br />

Equilíbrio <strong>Florestal</strong> .................................................... 27<br />

56<br />

Exte ................................................................................... 23<br />

FMC Florestas .............................................................. 11<br />

H Fort ................................................................................ 15<br />

Editorial<br />

Cartas<br />

Bastidores<br />

Coluna Ivan Tomaselli<br />

Notas<br />

Alta e Baixa<br />

Biomassa<br />

Aplicação<br />

Frases<br />

Entrevista<br />

Principal<br />

Colheita<br />

Pragas<br />

Silvicultura<br />

Especial<br />

Tecnologia<br />

Artigo<br />

Agenda<br />

Espaço Aberto<br />

08<br />

10<br />

12<br />

14<br />

16<br />

26<br />

28<br />

30<br />

32<br />

34<br />

40<br />

46<br />

48<br />

54<br />

56<br />

62<br />

64<br />

72<br />

74<br />

Himev .............................................................................. 53<br />

J de Souza ........................................................................ 61<br />

John Deere .................................................................... 09<br />

Mill Indústrias .............................................................. 29<br />

Minusa Forest .............................................................. 07<br />

Oregon ............................................................................ 75<br />

Planalto Picadores .................................................... 51<br />

Rotobec .......................................................................... 13<br />

Timber Forest .............................................................. 39<br />

TMO ................................................................................. 21<br />

Wood Mizer .................................................................. 25<br />

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florestal@minusa.com.br


EDITORIAL<br />

Ano XVIII - Edição n.º <strong>178</strong> - <strong>Setembro</strong> <strong>2016</strong><br />

Year XVIII - Edition n.º <strong>178</strong> - September <strong>2016</strong><br />

EXPEDIENTE<br />

JOTA COMUNICAÇÃO<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Diretora de Negócios / Business Director<br />

Joseane Knop<br />

joseane@jotacomunicacao.com.br<br />

A montagem de imagens que<br />

estampa a capa da edição ilustra<br />

os 15 anos da Timber Forest<br />

PREPARE-SE PARA O NOVO<br />

Velocidade, agilidade e informação onde você estiver. Não tem como negar<br />

que a tecnologia da informação mudou o comportamento das pessoas.<br />

Para quem não nasceu com o chip da geração "Y", resta se adaptar aos novos<br />

tempos. Até porque esse modelo está tomando conta do mundo dos negócios<br />

também, inclusive do florestal. Grandes empresas e gestores já perceberam<br />

os benefícios das novidades tecnológicas baseadas na inovação, por isso estão<br />

apoiando inciativas promissoras de startups. Muitas das ideias que um dia precisaram<br />

de recursos para saírem do papel já se tornaram realidade. É isso o que<br />

mostra a reportagem especial desta edição. Outro destaque é a consolidação<br />

da inovação mostrada em outra reportagem, que conta um pouco da história<br />

da Timber Forest, representante de equipamentos para colheita florestal de<br />

marcas internacionais, que completa 15 anos em <strong>2016</strong>. Vale a pena conferir o<br />

modelo de gestão, com foco na excelência ao pós-venda, que firmou a companhia<br />

paranaense no mercado do sul do país. Desejamos uma excelente leitura!<br />

JOTA EDITORA<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Rafael Macedo - Editor<br />

editor@revistareferencia.com.br<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Ivan Tomaselli<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Fabiano Mendes<br />

Fernanda Domingues<br />

Fernanda Maier<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Cartunista / Cartunist<br />

Francis Ortolan<br />

Colaboreadores / Colaborators<br />

Fotógrafos: Mauricio de Paula<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Monica Kirchner - Coordenação<br />

Alessandra Reich<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

READY YOURSELF FOR THE NEW<br />

Speed, agility and information wherever you are. There's no denying that information<br />

technology has changed people’s behavior. Those, who weren't born with the “chip”<br />

of generation “Y”, need adapt to these new times, because this is the model that is also<br />

taking over the business world, including forestry. Large companies and managers have<br />

realized the benefits of new technologies based on innovation, so we are supporting<br />

promising initiatives of startups. Many of the ideas that once needed just a little seed<br />

money to get off the ground have already become reality. That's what the special story in<br />

this issue demonstrates.<br />

Another highlight is the consolidation of innovation described in a story, which tells<br />

the history of Timber Forest, a representative of international forest harvesting equipment<br />

manufacturers, which is completing 15 years in <strong>2016</strong>. It is worth checking out the<br />

management model, which focuses on aftermarket excellence that has consolidated the<br />

Paranaense Company as a leader in the market in the South of the Country.<br />

We wish you pleasant reading!<br />

08 www.referenciaflorestal.com.br<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.


CARTAS<br />

IDENTIFICAÇÃO<br />

Capa da Edição 177 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de agosto de <strong>2016</strong><br />

Por Alisson Alvetti - Santa Cruz do Rio Pardo (SP)<br />

Conheço o GRUPO JOTA há anos e acompanho a evolução<br />

das revistas. A REFERÊNCIA FLORESTAL é a publicação com<br />

a qual mais me identifico. Parabéns por ser o principal<br />

veículo de comunicação do setor.<br />

VALOR<br />

Por Felipe Soares Neto - Mineiros (GO)<br />

A qualidade do plantio florestal afeta diretamente<br />

o resultado final do produto. A Revista REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL ajuda com informações importantes que<br />

agregam valor ao negócio.<br />

INOVAÇÃO<br />

Por Victor Souza - Turvo (SC)<br />

Imagem: divulgação<br />

A REFERÊNCIA FLORESTAL sempre mostra algo atualizado<br />

sobre inovação e tecnologia. Isso economiza meu<br />

tempo procurando novidades e ajuda a buscar novas<br />

oportunidades de negócios.<br />

Foto: divulgação<br />

PLANTIO E COLHEITA<br />

Por Márcio Almeida - Porto Velho (RO)<br />

Assino a REFERÊNCIA FLORESTAL há cinco anos, gosto das<br />

matérias sobre cuidados com o plantio florestal e colheita.<br />

Gostaria de parabenizar a equipe pelo trabalho.<br />

Foto: divulgação<br />

SUCESSO<br />

Por Oliver Igarashi - Leopoldo de Bulhões (GO)<br />

A REFERÊNCIA FLORESTAL é uma Revista de sucesso,<br />

saliento a minha satisfação e de meus colegas de<br />

trabalho. Obrigado equipe da Revista REFERÊNCIA!<br />

Foto: divulgação Foto: divulgação<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é fundamental para a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL.<br />

E-mails, críticas e<br />

sugestões podem ser<br />

enviados para redação<br />

revistareferencia@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista do<br />

Setor <strong>Florestal</strong> ou a respeito de reportagem<br />

produzida pelo veículo.<br />

10<br />

www.referenciaflorestal.com.br


BASTIDORES<br />

CHARGE<br />

Charge: Francis Ortolan<br />

REVISTA<br />

PÉ NA ESTRADA<br />

Durante as visitas realizadas<br />

pelo departamento comercial<br />

da REFERÊNCIA FLORESTAL, a<br />

cidade de Ivoti (RS) foi parada<br />

certa. No município gaúcho<br />

fica a sede da fabricante de<br />

serrarias móvel Wood-Mizer<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Rafaela Laurentino, gerente<br />

da filial brasileira e Gerson<br />

Luis Penkal, do departamento<br />

comercial da JOTA EDITORA<br />

PRAGAS<br />

A próxima reportagem de<br />

capa da florestal vai trazer<br />

informações exclusivas sobre<br />

a incidência, os perigos<br />

e o controle de pragas.<br />

Conversamos com o nome<br />

mais respeitado no assunto, o<br />

professor Carlos Wilcken<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

12<br />

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COLUNA<br />

Foto: divulgação<br />

Ivan Tomaselli<br />

Diretor-presidente da Stcp<br />

Engenharia de Projetos Ltda<br />

Contato: itomaselli@stcp.com.br<br />

SUPRIMENTO DE MADEIRA: PRÓPRIO<br />

OU DE TERCEIROS?<br />

A participação de pequenos plantadores inseridos nas comunidades onde<br />

estão as grandes indústrias vem aumentando<br />

U<br />

ma das perguntas mais frequentes da indústria<br />

florestal brasileira nos últimos anos, em especial<br />

quando está se planejando ampliar a produção ou<br />

estabelecer uma nova unidade, é quanto à origem do suprimento<br />

de madeira.<br />

Na Finlândia, por exemplo, a indústria florestal considera,<br />

há muitas décadas, a maior parte do suprimento baseada em<br />

madeira de terceiros tanto de origem privada como de florestas<br />

públicas. Os mais de 500 mil pequenos proprietários de áreas<br />

florestais da Finlândia são responsáveis por cerca de 30% do<br />

suprimento de madeira para industrial florestal. As florestas<br />

do governo são responsáveis por outros 30% do suprimento de<br />

madeira, e tem uma forte contribuição para regular o mercado.<br />

Nos últimos anos, a diversificação das fontes de suprimento<br />

de madeira tem crescido em diversos países. Nos EUA<br />

(Estados Unidos da América) as florestas nacionais são também<br />

importantes para o suprimento de madeira, e ao longo dos<br />

últimos 20 anos, a indústria florestal vendeu grande parte de<br />

seus ativos florestais principalmente para investidores institucionais,<br />

concentrando os recursos e esforços na atividade<br />

industrial. Os investidores institucionais são hoje também<br />

importantes para o setor florestal da Austrália, Nova Zelândia,<br />

Espanha, Canadá, Chile e diversos outros países.<br />

No Brasil, não existe a fonte de suprimento de florestas<br />

públicas, e a maioria da indústria se baseia no suprimento de<br />

madeira própria. Isto se aplica principalmente para a indústria<br />

de celulose e de painéis reconstituídos, mas também é<br />

frequente nas grandes empresas de serrados e compensados.<br />

Embora as florestas plantadas no Brasil ainda sejam, em<br />

grande parte, de propriedade das industrias florestais, existem<br />

sinais de que este perfil esteja mudando. Já existem fábricas<br />

de painéis reconstituídos que se abastecem com um porcentual<br />

significativo de madeira de terceiros. Adicionalmente os<br />

programas de fomento florestal têm sido fortalecidos, principalmente<br />

pela indústria de celulose, como forma de integrar<br />

as comunidades próximas à atividade florestal e melhorar o<br />

ambiente de cooperação. Além disto, os investidores institucionais,<br />

nacionais e estrangeiros, estão presentes no Brasil e<br />

atualmente são importantes detentores de ativos florestais.<br />

Uma análise recente conduzida pela Stcp indica uma tendência<br />

da indústria florestal considerar maior participação do<br />

suprimento de madeira de terceiros, incluindo: i) Madeira de<br />

fomento vinculado; ii) Contratos de compra de longo prazo<br />

com investidores institucionais e iii) Compra de madeira no<br />

mercado aberto.<br />

O aumento da participação da madeira de terceiros no<br />

suprimento da indústria florestal tem diversas vantagens. Em<br />

primeiro lugar melhora os indicadores econômicos e financeiros<br />

das empresas, como é o caso do ROI (Retorno Sobre<br />

os Investimentos), pelo fato de que reduz os investimentos<br />

em ativos fixos. Em segundo lugar o desinvestimento, representado<br />

pela venda de ativos florestais, disponibiliza capital<br />

necessário para melhoria e ampliação da unidade industrial.<br />

Adicionalmente, a aquisição de madeira no mercado possibilita<br />

o desenvolvimento de uma economia florestal mais justa<br />

e distributiva, o que é importante para melhorar as relações<br />

entre a empresa florestal e a comunidade. Ou seja, envolve<br />

diversos atores locais, com interesses alinhados à indústria<br />

florestal, contribuindo para o desenvolvimento de uma economia<br />

regional mais sustentável.<br />

Embora as florestas plantadas no Brasil ainda sejam, em grande parte,<br />

de propriedade das industrias florestais, existem sinais de que este<br />

perfil esteja mudando<br />

14<br />

www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

PLANO<br />

AGRO +<br />

Foto: Agência Brasil<br />

O presidente Michel Temer<br />

lançou no Palácio do Planalto, o<br />

Plano Agro +, focado na eficiência<br />

e na redução da burocracia<br />

no agronegócio brasileiro. As<br />

medidas serão implementadas<br />

imediatamente. Entre elas, o fim<br />

da reinspeção em portos e carregamentos<br />

vindos de unidades<br />

com SIF (Serviço de Inspeção Federal). Com a eliminação dos entraves, o setor privado e o governo devem registrar um<br />

ganho de eficiência estimado em R$ 1 bilhão ao ano. Esse valor representa 0,2% do faturamento anual do agronegócio<br />

brasileiro, calculado em cerca de R$ 500 bilhões.<br />

SEM<br />

RESTRIÇÕES<br />

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa<br />

Econômica) aprovou, sem restrições, a operação de<br />

cisão parcial dos ativos da <strong>Florestal</strong> Vale do Corisco,<br />

empresa atualmente controlada pela Klabin, com 51%<br />

de participação no capital social, e pela Arauco Forest,<br />

com 49%. O parecer do Cade sobre a operação informa<br />

que o negócio, por se tratar de cisão, não vai alterar a<br />

estrutura do mercado. "Os ativos que estavam sendo<br />

administrados de forma conjunta por Klabin e Arauco<br />

desde a aquisição da Vale do Corisco em 2011 passarão<br />

a ser administrados individualmente pelas partes de<br />

acordo com a divisão determinada por elas", cita o<br />

documento. A operação - acrescenta o texto - tende a<br />

ser pró-competitiva já que, ao final, resultará nas duas<br />

empresas comercializando os produtos independentemente,<br />

em vez de fazê-lo de forma conjunta.<br />

Foto: divulgação<br />

16<br />

www.referenciaflorestal.com.br


BURACO<br />

NA PISTA<br />

Foto: Gustavo Lima<br />

Durante evento que discutiu o panorama<br />

do setor florestal brasileiro e Sul Mato-<br />

-grossense, o mercado de celulose e as<br />

tendências de produção, o governador do<br />

Estado, Reinaldo Azambuja, disse que o mau<br />

estado de conservação das BRs 262 e 267 é<br />

resultado da falta de capacidade do governo<br />

federal. E garantiu que a logística do Estado<br />

ganhará investimentos: “É fundamental<br />

para o desenvolvimento e demanda investimento.<br />

As concessões em parceria público<br />

privada, por exemplo, devem ser discutidas”, sugeriu. Reinaldo Azambuja voltou a dizer também sobre a retomada da<br />

ferrovia no Estado, e ressaltou que ela será recuperada e funcionará como mais um braço para o crescimento do setor.<br />

“Pois com ela nós vamos ganhar potencial e teremos mais competitividade."<br />

SOS MATA<br />

ATLÂNTICA<br />

O diretor de Políticas Públicas da Fundação<br />

SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, disse<br />

que a degradação de algumas áreas no Brasil, se<br />

deve, em parte, à escolha do país pelo modelo de<br />

crescimento por meio de commodities agrícolas,<br />

que saem do país nas exportações para atender<br />

à demanda de outros países por alimentos.<br />

Dessa forma, as áreas foram se transformando<br />

em grandes plantações de milho, café e algodão,<br />

entre outros. O ambientalista afirmou que isso<br />

gerou um antagonismo de que o meio ambiente<br />

atrapalha. “Na Mata Atlântica, 80% [das áreas] foram abertas, deixaram essas terras para especulação, para estoque de<br />

terra, para valorização e avançaram na floresta que é pública, terra mais barata. Então, nunca se viu tamanha degradação<br />

como agora”, apontou.<br />

Foto: divulgação<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

17


NOTAS<br />

AUTOSSUFICIENTE<br />

De acordo com o mais recente relatório da Ibá (Indústria<br />

Brasileira de Árvores), a indústria de árvores plantadas é<br />

responsável por gerar a maior parte da energia consumida<br />

nos seus processos produtivos. Em 2015, houve um aumento<br />

de 2% na produção de energia em relação ao ano anterior;<br />

foram gerados 65,1 milhões de GJ (gigajoules), ou seja, 67%<br />

dos 96,8 milhões de GJ consumidos pelo setor. As fábricas de<br />

celulose mais modernas, além de autossuficientes em energia,<br />

geram excedentes para comercialização. Cerca de 11,9<br />

milhões de GJ foram comercializados para a rede pública.<br />

Foto:divulgação<br />

TERRENOS<br />

INCLINADOS<br />

A Cenibra vem avançando na mecanização<br />

da silvicultura. Ao perceber que na colheita<br />

as máquinas trabalham em terrenos<br />

com inclinação de até 35° (graus), o preparo<br />

de solo mecanizado convencional vai somente<br />

até 17°. Utilizando escavadeiras com<br />

implementos específicos, a empresa está realizando<br />

a subsolagem mecânica e adubação<br />

em terrenos com inclinação até 25°. Atualmente<br />

a Cenibra conta com três máquinas<br />

em escala operacional, duas na regional de<br />

Nova Era e uma na regional do Rio Doce,<br />

com previsão de contratação de mais quatro<br />

máquinas ainda este ano. A área potencial<br />

para uso das escavadeiras nos próximos cinco<br />

anos é 13.200 ha (hectares).<br />

Foto: divulgação<br />

18<br />

www.referenciaflorestal.com.br


FLORESTAS<br />

RESTAURADAS<br />

Foto: Tropical Flora<br />

A meta de restaurar grandes áreas florestais<br />

até 2020 em todo o planeta está próxima de ser<br />

cumprida. O compromisso faz parte do Desafio<br />

de Bonn, lançado em 2011 para alcançar a restauração<br />

de 150 milhões de ha (hectares) desmatados<br />

e degradados. Até o momento mais de 113<br />

milhões de ha foram reestabelecidos. No total,<br />

36 governos, organizações e companhias estão<br />

comprometidos com o Desafio de Bonn, lançado<br />

pela Uicn (Internacional para a Conservação da<br />

Natureza) e apoiado pela Cúpula do Clima da ONU<br />

(Organização das Nações Unidas). A meta final é chegar a 2030 com 350 milhões de terras restauradas. A Uicn diz que<br />

alcançar esse objetivo geraria US$ 170 bilhões por ano em lucros líquidos pela proteção de bacias hidrográficas, melhoria<br />

da produtividade das colheitas e produtos florestais, e poderia capturar até 1,7 gigatoneladas de dióxido de carbono<br />

por ano.<br />

PROGRAMA DE<br />

GESTOR FLORESTAL<br />

O Ipef (Instituto de Pequisas e Estudos Florestais) está com<br />

vagas abertas para o 6° Ppgf (Programa de Preparação de Gestores<br />

Florestais). A proposta do programa é aproximar engenheiros florestais<br />

recém-formados de professores de diversas universidades,<br />

pesquisadores e profissionais com experiência no setor. O evento é<br />

gratuito, composto por cinco módulos, tem início em janeiro de 2017,<br />

em Piracicaba (SP). As inscrições podem ser realizadas até o dia 31 de<br />

outubro deste ano pelo site www.ipef.br/gestores ou e-mail ppgf@<br />

ipef.br. Até o momento 96 profissionais florestais foram capacitados<br />

por meio do programa, a maioria está trabalhando em empresas<br />

privadas, públicas e também como autônomos.<br />

Imagem: divulgação<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

19


NOTAS<br />

MBA EM MANEJO<br />

FLORESTAL DE<br />

PRECISÃO<br />

Imagem: reprodução<br />

A produtividade florestal é um setor que cresce exponencialmente no<br />

Brasil, apresentando uma demanda altamente tecnificada. O campo exige<br />

profissionais com uma visão sistêmica que saibam reconhecer as oportunidades<br />

oferecidas pelo setor, atuando de forma dinâmica. Desta forma,<br />

a Ufpr (Universidade Federal do Paraná), com uma metodologia de EAD<br />

(Ensino à Distância), oferece o curso de MBA em Manejo <strong>Florestal</strong> de Precisão,<br />

com intuito de apresentar de forma prática, estratégias modernas e<br />

ferramentas de manejo para garantir a máxima produção florestal, sendo<br />

incrementada a partir do uso de alta tecnologia nas operações silviculturais,<br />

buscando um desenvolvimento sustentável. O início do curso está marcado para o dia 18 de outubro, ao valor de 18<br />

parcelas de R$ 390. As inscirções podem ser feitas pela endereço www.manejoflorestal.ufpr.br.<br />

RESPONSABILIDADE<br />

SOCIAL DA<br />

FLORESTA<br />

O setor de árvores plantadas para fins industriais investiu<br />

R$ 285 milhões em programas de responsabilidade<br />

social e ambiental em 2015, beneficiando cerca de 2,2<br />

milhões de pessoas, segundo indicou o Relatório Anual da<br />

Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). No ano passado, 18,7<br />

mil pessoas foram beneficiadas com programas de fomento<br />

adotados pelas associadas à Ibá, realizando o plantio de<br />

árvores para consumo próprio e para fins industriais em<br />

520 mil ha (hectares), o que representa um crescimento de<br />

10% em relação ao ano anterior. Além do fomento florestal,<br />

o setor ainda investiu em programas de capacitação profissional,<br />

oferta de bolsas de estudos, educação e programas<br />

de controle ambiental. Essas e outras informações sobre<br />

as ações do setor de árvores plantadas para fins industriais<br />

podem ser verificadas no Relatório Ibá <strong>2016</strong>.<br />

Foto: divulgação<br />

20<br />

www.referenciaflorestal.com.br


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A TMO Forest usou toda a experiência que<br />

possui no setor florestal para trazer ao<br />

mercado mais um implemento robusto e de<br />

alta produtividade. Testada e aprovada!<br />

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Caçador - SC 49 3561-6000<br />

SEU PARCEIRO FLORESTAL


NOTAS<br />

CONCESSÃO<br />

FLORESTAL GERA<br />

R$ 1,14 MILHÃO<br />

PARA RONDÔNIA<br />

Foto: divulgação<br />

O SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) repassou R$ 1,14 milhão<br />

para o governo do Estado de Rondônia. Os recursos são<br />

fruto da produção sustentável de 50 mil m³ (metros cúbicos)<br />

de madeira em cinco unidades de manejo das Flonas (Florestas Nacionais) do Jamari e de Jacundá, em operação desde<br />

2010 e 2014, respectivamente. Os recursos serão aplicados na gestão da Fleres (Floresta Estadual de Rendimento Sustentável)<br />

Rio Machado. Criada em 1990, a Fleres Rio Machado tem 175 mil ha (hectares) e está localizada a nordeste das<br />

Flonas de Jamari e Jacundá, formando um dos remanescentes florestais mais conservados do Estado. Os municípios de<br />

Porto Velho, Cujubim, Candeias do Jamari e Itapuã do Oeste também têm direito ao repasse dos recursos gerados pelas<br />

concessões federais das Flonas do Jamari e de Jacundá. Juntos, eles podem receber até R$ 700 mil por ano pela produção<br />

das duas Florestas Nacionais. Para se habilitar ao repasse, os municípios devem instituir um conselho municipal de meio<br />

ambiente, que deve aprovar um plano de aplicação dos recursos.<br />

MENOS<br />

CARBONO<br />

O presidente Michel Temer ratificou o<br />

Acordo do Clima, que sela o compromisso do<br />

país pela baixa emissão de carbono. Com isso,<br />

o Brasil torna-se o terceiro grande emissor a<br />

confirmar a participação no tratado, transformando<br />

suas intenções em compromissos<br />

oficiais. O pacto mundial firmado por mais de<br />

190 países no final do ano passado na Conferência<br />

do Clima em Paris tem com o objetivo<br />

mitigar as mudanças climáticas e conter o aquecimento global, primando pela baixa emissão de carbono e estimulando os<br />

países a adotarem políticas que permitam manter a diferença abaixo de 1,5°C (Graus Celsius) em relação ao período pré-<br />

-industrial. Para Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), o setor brasileiro de árvores<br />

plantadas terá papel fundamental no cumprimento das metas brasileiras. "Para uma nova economia de baixo carbono, a<br />

solução passa pelas florestas plantadas. O setor teve papel relevante na definição e aprovação das propostas, mas será<br />

ainda mais importante para que sejam atingidos estes resultados.”<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

22<br />

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NOTAS<br />

INFLOR ADQUIRE<br />

CONTROLE DA ISG<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

A Inflor, empresa voltada a sistemas de gestão de ativos<br />

florestais, adquiriu a totalidade do controle da ISG Consultoria<br />

e Sistemas, que se dedica ao desenvolvimento de soluções para<br />

a gestão de investimentos sociais. A empresa já era acionista da<br />

ISG desde 2008, com participação de 40%, e passa a ter 100% das<br />

ações. O diretor comercial da Inflor, Carlos Albuquerque, destaca<br />

que a operação encerra a unificação dos processos das duas empresas,<br />

que no início tinham gestão e processos independentes,<br />

mas vieram ganhando sinergia ao longo do tempo. "A gestão<br />

de investimentos sociais, com o controle, análise e mensuração<br />

de resultados, tem muita afinidade com os outros produtos da<br />

Inflor, já que as empresas florestais, nossos principais clientes,<br />

geralmente contam com certificações que exigem transparência<br />

e rastreabilidade nos relacionamentos, o que demanda projetos<br />

específicos e o relacionamento com as partes interessadas",<br />

observa Albuquerque. Ele explica que a mudança no controle da empresa não terá impacto no atendimento aos clientes, a<br />

não ser em ganho de sinergia e na qualidade do serviço. A transição está acontecendo de forma gradativa e os clientes estão<br />

sendo contatados a fim de adequar os contratos.<br />

FRENTE PARLAMENTAR<br />

DA SILVICULTURA<br />

Reestruturar e regularizar o plantio de florestas plantadas<br />

no Rio Grande do Sul são as metas da Frente Parlamentar<br />

da Silvicultura da Assembleia Legislativa criada<br />

no dia 13 de agosto. A demanda partiu de seis entidades<br />

de classe ligadas ao segmento de florestas plantadas. De<br />

acordo com o deputado Elton Weber (PSB), que ocupa<br />

o cargo de presidente, a burocracia no licenciamento<br />

ambiental e a crise econômica de 2008, dentre outros<br />

fatores, frearam o avanço da produção, o que deixou o<br />

Estado sem condições de garantir o suprimento de matéria-prima<br />

para as indústrias de papel e celulose, madeira para a construção civil, serrarias e uso nas propriedades rurais.<br />

“Se nada mudar, corremos o risco de um apagão florestal no Rio Grande do Sul”, alerta Weber. Paralelamente à criação da<br />

Frente, o deputado concluiu seu parecer favorável ao Projeto de Lei nº 145/<strong>2016</strong> que será apresentado na Comissão de<br />

Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa em sua próxima reunião. Uma das modificações previstas em relação às<br />

normas atuais é que o cadastramento garantirá o licenciamento automático de atividades de pequeno porte.<br />

Foto: divulgação<br />

24<br />

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ALTA E BAIXA<br />

SUSTENTÁVEL<br />

A Cenibra e o Unileste Minas Gerais (MG) renovaram parceria para recuperação e proteção de nascentes na<br />

Área de Proteção Ambiental do Ipanema, no Estado. A parceria, iniciada em 2003, já promoveu o plantio<br />

de mais de cinco mil mudas de árvores nativas às margens do Ribeirão Ipanema. Os trabalhos realizados<br />

consistem em estudos, monitoramentos e projetos de preservação que contemplam atividades<br />

de tratamentos silviculturais (eliminação de ervas e gramíneas invasoras, adubação e controle de<br />

formigas cortadeiras), bem como, o plantio de nativas. A previsão de plantio de espécie nativas<br />

para <strong>2016</strong> e 2017 é de mais cinco mil mudas.<br />

ALTA<br />

METADE DO CAMINHO<br />

A Fibria concluiu metade das obras de ampliação da unidade em Três Lagoas (MS). A segunda linha de<br />

produção está prevista para entrar em operação em setembro de 2017. Para atender a ampliação serão<br />

necessários 187 mil ha (hectares) de florestas plantadas em áreas próprias, arrendamento e parcerias.<br />

Somados os 120 mil ha destinados a atender a fábrica atual, a base florestal que irá suprir a unidade de<br />

Três Lagoas passa para 307 mil ha. O raio médio das florestas até as duas linhas de produção da empresa<br />

será de até 100 km (quilômetros).<br />

FALÊNCIA BOLIVARIANA<br />

O gerente-geral da Câmara da Bolívia, Jorge Avila <strong>Florestal</strong>, informou que a importação de madeira atinge<br />

56% do mercado nacional e cada vez mais contribui para a falência da produção nacional. "Infelizmente, a<br />

situação permanece a mesma nos últimos cinco anos, ainda estamos atolados em uma crise profunda". De<br />

acordo com Avila, ingressam no mercado boliviano produtos de madeira do Brasil (34,7%), China (12,2%),<br />

Argentina (5,9%) e (Equador 3,4%), deixando a indústria doméstica com cerca de 44%. O executivo também<br />

mencionou que em 2015 as importações de madeira atingiram US$ 18 milhões e as exportações US$<br />

15 milhões. A demanda interna anual é mais de 2 milhões de m³ (metros cúbicos).<br />

BAIXA<br />

SOB CHAMAS<br />

Desde o início do ano até o dia 5 de agosto, foram registrados mais de 53 mil focos de<br />

queimadas e incêndios florestais no país. O número representa aumento de 65% em relação<br />

ao mesmo período do ano passado. O registro foi feito pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas<br />

Espaciais), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. O<br />

Acre apresenta uma das situações mais graves, com 844 focos – três vezes mais que 2015. No Amazonas,<br />

foram registradas até agora 3.022 queimadas, crescimento de 284% na comparação com o mesmo<br />

período do ano passado.<br />

26<br />

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BIOMASSA<br />

FLORESTAS<br />

ENERGÉTICAS NO ACRE<br />

N<br />

o Acre, uma parceria envolvendo o governo do Estado,<br />

por meio do Instituto de Mudanças Climáticas<br />

(IMC), setores de clima e energia, o WWF/Brasil<br />

e a Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação<br />

e Pesquisa de Engenharia, da Ufrj (Universidade Federal do<br />

Rio de Janeiro) –, resultou em um estudo de caso que indica<br />

três alternativas de energia renovável. Foi realizada uma análise<br />

de todas as possíveis fontes que poderiam ser economicamente<br />

viáveis de aproveitamento. Foram feitos três estudos<br />

de caso de como seria, hoje, a geração de energia a partir de<br />

biomassa, usando a mandioca, florestas energéticas de espécies<br />

arbóreas e, por último, a geração de energia fotovoltaica,<br />

com aproveitamento de energia solar.<br />

Foto: divulgação<br />

MADEIRA<br />

PARA ENERGIA<br />

D<br />

e acordo a EPE (Empresa de Pesquisa<br />

Energética), a produção de<br />

energia a partir de biomassa florestal<br />

deve chegar a 22 TWh (terawatts-hora)<br />

até 2020. A projeção para o uso energético da<br />

madeira para os próximos anos é de alta acentuada<br />

e até 2050, deve atingir 70 TWh. Para<br />

tanto, será necessário plantar muita árvore.<br />

Pelos estudos da EPE, o Brasil tem potencial<br />

para dobrar seus plantios florestais nas próximas<br />

décadas, alcançando 15 milhões de ha<br />

(hectares), dos quais 3,8 milhões de hectares<br />

seriam destinados à produção de energia.<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

28<br />

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APLICAÇÃO<br />

A SOLUÇÃO ESTÁ<br />

NA MADEIRA<br />

U<br />

m relatório divulgado pela<br />

FAO (Organização das Nações<br />

Unidas para a Alimentação e a<br />

Agricultura) afirmou que o uso de madeira<br />

para a produção de objetos, em<br />

vez de metal ou plástico, pode contribuir<br />

significativamente para reduzir as emissões<br />

de carbono. A produção de móveis,<br />

pisos e portas de madeira requer menos<br />

energia do que a necessária para a fabricação<br />

de peças de alumínio ou plástico. Além disso, os produtos de madeira armazenam praticamente todo o carbono emitido<br />

durante sua fabricação. De acordo com estimativas da FAO, o uso de madeira reciclada em construções e sua queima<br />

em combustíveis pode levar a uma redução na liberação de carbono de até 135 milhões de t (toneladas) por ano, valor<br />

superior às emissões de toda a Bélgica.<br />

Foto: divulgação<br />

ADUBAÇÃO<br />

COM BIOMASSA<br />

Foto: divulgação<br />

I<br />

nstalada na Incubadora de Empresas<br />

de Base Tecnológica da<br />

UFV (Universidade Federal de<br />

Viçosa), a Ecosoluções Assessoria e<br />

Consultoria em Desenvolvimento Sustentável<br />

desenvolveu reatores que<br />

decompõem biomassa para a produção<br />

em larga escala de fertilizante de<br />

alto padrão para o agronegócio. Os<br />

equipamentos terão capacidade de<br />

produzir até 3 t (toneladas) de nutrientes por hora. De acordo com o gestor ambiental e técnico em modelagem de<br />

equipamentos agroindustriais da Ecosoluções, Fábio Val, o adubo é semelhante à TPI (terra preta de índio), de alta<br />

fertilidade. A principal destinação do produto será a lavoura de soja e milho, podendo atender também à agricultura<br />

familiar e ao setor florestal. O projeto foi financiado pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais.<br />

30<br />

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FRASES<br />

Temos as<br />

melhores florestas<br />

do mundo.<br />

Aqui estão as<br />

maiores taxas de<br />

produtividade.<br />

O potencial da<br />

indústria madeireira<br />

e florestal<br />

catarinense é<br />

fantástico e nosso<br />

objetivo é<br />

alavancar essa<br />

potencialidade<br />

Dentre os inúmeros anacronismos legados<br />

pela herança petista, um deles é ilustrativo por<br />

exemplificar os preconceitos que se tornaram<br />

correntes contra o capital em geral e, em particular,<br />

contra o estrangeiro<br />

Denis Lerrer Rosenfield, professor de Filosofia na Ufrs (Universidade Federal<br />

do Rio Grande do Sul), sobre a retomada das dicussões para compra de<br />

terra por estrangeiros<br />

É preciso dar início [aos projetos]. E a<br />

postergação se mostra como um retrocesso<br />

para o avanço do setor<br />

Marcelo Furtado, coordenador geral da Coalização Brasil, Clima, Florestas<br />

e Agricultura, ao cobrar o governo para que crie mecanismos de<br />

reconhecimento aos produtores que seguem as normas do CAR (Cadastro<br />

Rural Ambiental) e do Código <strong>Florestal</strong><br />

Presidente da ACR (Associação<br />

Catarinense de Empresas Florestais),<br />

Ali Abdul Ayoub<br />

Excesso de oferta pela opção de muitos<br />

produtores pelo plantio de eucalipto. As empresas<br />

da região alcançaram sua autossuficiência ao<br />

mesmo tempo que postergaram o aumento das<br />

capacidades de produção<br />

Assim o engenheiro florestal Francisco Bertolani, explica porque produtores<br />

florestais têm dificuldade de conseguir retorno em algumas regiões<br />

do interior paulista<br />

É usar para conservar. É esse o nosso paradigma.<br />

E, assim, você combate a ilegalidade<br />

Foto: divulgação<br />

Garante o diretor-geral do SFB, Raimundo Deusdará, ao defender as<br />

concessões de florestas públicas<br />

32<br />

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ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

José Ricardo Ferraz<br />

LOCAL E DATA DE NASCIMENTO<br />

18/12/1959, em Campinas (SP)<br />

December 18, 1959, Campinas (SP)<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Diretor <strong>Florestal</strong> da Duratex<br />

Director of Forestry for Duratex<br />

FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />

Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Agrônomo pela Esalq - USP<br />

Forestry Engineer and Agronomist, Esalq - USP<br />

E<br />

xistem alguns fatores determinantes para o sucesso do<br />

negócio florestal. Talvez duas palavras sejam capaz de<br />

sintetizar um dos critérios mais importantes: “estar próximo”.<br />

Esse conceito serve para grandes empresas, que devem<br />

ter florestas perto das fábricas e para os pequenos silvilcultores<br />

que devem ficar próximos dos mercados consumidores. Quem<br />

fala isso é o engenheiro florestal e agrônomo José Ricardo Ferraz,<br />

diretor florestal da Duratex, responsável pela matéria-prima<br />

que abastece uma das maiores fabricantes de painéis do país.<br />

Acompanhe o que o entrevistado da REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

tem a dizer sobre suprimento de madeira, negócios, mercado,<br />

mecanização na silvicultura e projetos de expansão.<br />

Estar perto<br />

Being close<br />

T<br />

here are several factors for determining the success of<br />

a forest business. Maybe two words are able to synthesize<br />

one of the most important criteria: “being close”.<br />

This concept makes sense for large companies, which must<br />

have forests nearby their plants and for small forestry operators<br />

who must be close to their consuming markets. Who says<br />

this is Forestry Engineer and Agronomist José Ricardo Ferraz,<br />

Director of Forestry for Duratex, responsible for the raw material<br />

that supplies one of the leading manufacturers of wood<br />

panels in the Country. Read what the REFERÊNCIA <strong>Florestal</strong><br />

interviewee has to say about timber supply, business, markets,<br />

silviculture mechanization, and expansion projects.<br />

34<br />

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Qual o tamanho da área florestal da empresa atualmente,<br />

onde elas estão localizadas e qual a distância das plantas<br />

industriais?<br />

A área florestal da Duratex contempla 186 mil ha (hectares)<br />

de floresta em 272 mil ha de terras, sendo 43% de terras<br />

próprias, 48% arrendadas e 9% de fomentados, distribuídos<br />

entre os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do<br />

Sul. As florestas estão certificadas pelo Selo Verde FSC (Forest<br />

Steward Council), atestando o manejo adequado, garantindo<br />

sustentabilidade nos quesitos econômico, ambiental e social.<br />

Fomos a primeira empresa a ser certificada pelo FSC no Brasil.<br />

Além dessas áreas, temos 6,5 mil ha de floresta plantada de<br />

eucalipto em Alagoas por meio da Caetex, joint operation<br />

criada entre Duratex e Usina Caeté. As florestas estão bem localizadas,<br />

com distância média de 60 km (quilômetros), sendo<br />

50 km em São Paulo, 60 km no Rio Grande do Sul e 90 km em<br />

Minas Gerais. A baixa distância é preponderante à manutenção<br />

do menor custo da madeira em nossas unidades de painéis.<br />

Como está a relação suprimento de madeira e produção<br />

industrial da empresa atualmente?<br />

Temos madeira para abastecer as linhas de São Paulo, Minas<br />

Gerais e ainda atender aos mercados de madeira para serraria,<br />

biomassa e demandas esporádicas de empresas de celulose.<br />

No Rio Grande do Sul trabalhamos fortemente com abastecimento<br />

por meio de madeira proveniente de fomentados e<br />

do mercado local.<br />

Quanto da matéria-prima vem de fontes externas? Como está<br />

estabelecida está relação?<br />

Planejamos garantir 90% do suprimento de madeira própria e<br />

o restante por meio de fomentados e mercado regional. Atualmente,<br />

em São Paulo e Minas Gerais, abastecemos nossas<br />

fábricas com 100% de madeira própria, já no Rio Grande do Sul<br />

as principais fontes de madeira são de nossos fomentados, com<br />

quem mantemos relacionamento comercial de longo prazo.<br />

De que maneira gerencia os recursos para equilibrar a demanda<br />

na medida certa, ou seja, nem madeira em excesso,<br />

tão pouco de menos?<br />

Acompanhamos as projeções de demandas de produção de<br />

painéis e, consequentemente, o consumo de madeira. Para<br />

projeção do mercado, buscamos efetivar contratos de médio e<br />

longo prazo. Planejamento e área comercial trabalham juntos<br />

para garantir o suprimento adequado das demandas internas e<br />

externas. A oferta ou geração de madeira é acompanhada por<br />

meio de investimentos em novas tecnologias e melhoramento<br />

genético, com desenvolvimento de florestas para atender<br />

a demanda industrial (floresta industrial). Nossos estoques<br />

de florestas são constantemente monitorados por medições<br />

(inventário florestal) e projeções de crescimento, que nos<br />

indicam antecipadamente nosso balanço de oferta e demanda.<br />

Currently, what is the size of the Company's total forest areas,<br />

where are they located and how far are they from the<br />

industrial plants?<br />

Duratex forest areas total 186,000 hectares (ha) of forest on<br />

272,000 ha of land, of which 43% are company owned, 48%<br />

leased, and 9% belong to outgrowers, distributed between<br />

the States of São Paulo, Minas Gerais and Rio Grande do Sul.<br />

The forests are certified with the FSC Green Seal, attesting<br />

to proper management, ensuring sustainability in economic,<br />

environmental and social issues. We were the first company<br />

to be certified by the FSC in Brazil.<br />

In addition to these areas, we have 6.5 thousand ha of planted<br />

eucalyptus forest in Alagoas through Caetex, a joint venture<br />

between Duratex and Usina Caeté. The forests are well<br />

located, with an average distance of 60 km from our industrial<br />

plants, 50 km in São Paulo, 60 km in Rio Grande do Sul,<br />

and 90 km in Minas Gerais. The short distances lead to keeping<br />

timber costs low in our panel units.<br />

Currently, what is the relationship between the Company’s<br />

timber supply and industrial production?<br />

We have enough timber to feed the São Paulo and Minas<br />

Gerais lines as well as a surplus to provide some to the sawmill<br />

and biomass market and to sporadic demands from pulp<br />

companies. In Rio Grande do Sul, we work mostly with timber<br />

supplied by outgrowers and the local market.<br />

How much of the raw material comes from external sources?<br />

How are these external relationships established?<br />

We plan to have 90% of our timber supply from company<br />

owned sources and the remainder from outgrowers and the<br />

regional market. Currently, in São Paulo and Minas Gerais,<br />

our mills are 100% supplied from company owned timber<br />

sources, where in Rio Grande do Sul, the main timber sources<br />

are from our outgrowers, with whom we have long-term<br />

business relationships.<br />

How do you manage the resources to correctly balance demand<br />

with supply, i.e., neither excess nor lack of timber?<br />

We accompany the demands for the projected wood panel<br />

production and, consequently, the timber consumed. Using<br />

market projections, we seek to implement medium and longterm<br />

contracts. The planning and commercial areas work<br />

together to ensure an adequate supply of the internal and<br />

external demands. Timber supply or generation is accompanied<br />

through investments in new technologies and genetic<br />

improvement, with the development of forests to meet industrial<br />

demand (industrial forest). Our forests stocks are constantly<br />

monitored by measurements (forest inventory) and<br />

growth projections, which indicate in advance our supplyand-demand<br />

balance.<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

35


ENTREVISTA<br />

Como avalia o negócio florestal atualmente, principalmente<br />

na questão de preços da madeira e logística. Estamos encontrando<br />

um ponto de equilíbrio?<br />

O preço da madeira no Brasil encontra-se estável há algum<br />

tempo. Em 10 anos, tivemos uma inflação acumulada de,<br />

aproximadamente, 75% e, como consequência, os custos de<br />

formação de florestas aumentaram, os principais insumos<br />

como fertilizantes tiveram impacto da variação cambial e<br />

a mão de obra vem tendo significativo aumento. Como os<br />

produtores florestais ou empresários florestais conseguirão<br />

manter a rentabilidade do negócio florestal? Com ganhos de<br />

produtividade das florestas e redução dos custos por meio<br />

do aumento da eficiência operacional, principalmente, com<br />

a utilização de novas tecnologias. Por outro lado, as grandes<br />

crises, como a vivenciada nos anos de 2008 a 2010, fizeram<br />

com que empresas florestais reduzissem os investimentos em<br />

florestas e, como consequência, houve algum impacto em<br />

produtividade, gerando potencial demanda por madeira. Neste<br />

sentido, a Duratex estruturou sua área de comercialização de<br />

produtos florestais para atendimento desta demanda. Atualmente,<br />

atendemos o mercado de Minas Gerais e São Paulo,<br />

fornecemos cavacos, toras para serrarias e processo, assim<br />

como madeira descascada para indústria de celulose bem<br />

como florestas comercializadas em pé. Acreditamos no retorno<br />

ao equilíbrio de preços nos próximos dois anos e estamos<br />

estruturados para atendimento desta demanda.<br />

A logística é o grande limitante do negócio florestal. A madeira<br />

não percorre longas distâncias, ficando difícil viabilizar<br />

o transporte de toras a distâncias superiores a 200 km. Neste<br />

sentido, buscamos sempre estar a menos de 100 km de nossos<br />

locais de consumo.<br />

Pequenos produtores reclamam que a maior parte das<br />

florestas comerciais está nas mãos de grandes empresas,<br />

que ditam os preços. Essa realidade se confirma? Isso pode<br />

desestimular novos empreendedores?<br />

Não é o que observamos em todas as regiões. No Rio Grande<br />

do Sul, por exemplo, existem muitos pequenos produtores<br />

responsáveis pelo abastecimento de grandes indústrias com a<br />

geração de grandes volumes de madeira. No entanto, o preço<br />

da madeira no Rio Grande do Sul é inferior ao praticado em<br />

São Paulo, onde esta prática de pequenos produtores não<br />

Currently, how do you see the forest business, mainly on the<br />

issue as to timber prices and logistics? Are we at an equilibrium<br />

point?<br />

The timber price in Brazil has been stable for some time. Over<br />

the last 10 years, we had an accumulated inflation of approximately<br />

75%, and as a consequence, forest implementation<br />

costs have increased, where the main inputs such as fertilizer<br />

have been impacted by exchange rate variations and manpower<br />

costs have increased significantly.<br />

How do forest producers and entrepreneurs maintain the<br />

profitability of their forestry business?<br />

With productivity gains and cost reductions through increased<br />

operating efficiency, especially with the use of new<br />

technologies. On the other hand, during the major crises,<br />

such as that experienced during the years 2008 to 2010, several<br />

forest producing companies reduced their investments in<br />

forests, and as a consequence, there has been some impact<br />

on productivity, generating a potential demand for timber.<br />

In this sense, Duratex has structured its forest production<br />

marketing area to meet this demand. Currently, we serve the<br />

Minas Gerais and São Paulo market supplying chips and logs<br />

to sawmills and processing units as well as debarked timber<br />

to pulp mills, in addition to marketing standing forests. We<br />

believe in the return to a timber price balance over the next<br />

two years and are structured to meet this demand.<br />

Logistics is a big limiting factor in the forest business. Timber<br />

logs can’t travel long distances, because it is difficult to<br />

profitably deliver logs over distances greater than 200 km. To<br />

this end, we always seek out markets within 100 km of our<br />

consuming units.<br />

Small producers complain that most of the commercial<br />

forests are in the hands of large companies, which dictate<br />

prices. Can this reality be confirmed? Does this discourage<br />

new projects?<br />

No, this is not what we have observed in all regions. In Rio<br />

Grande do Sul, for example, there are many small producers<br />

responsible for supplying large companies with the production<br />

of large timber volumes. However, the timber price in<br />

Rio Grande do Sul is lower than that practiced in São Paulo,<br />

where this practice of small producers is not common. What<br />

Planejamos garantir 90% do suprimento de madeira<br />

própria e o restante por meio de fomentados e<br />

mercado regional<br />

36<br />

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O preço da madeira no Brasil encontra-se estável há algum<br />

tempo. Em 10 anos, tivemos uma inflação acumulada de,<br />

aproximadamente, 75% e, como consequência, os custos de<br />

formação de florestas aumentaram<br />

Do you in any way participate in the forestry and forest<br />

harvest macro planning for Duratex? How do you evaluate<br />

these two activities of the forest business and the impact on<br />

the industry?<br />

We direct all investment demands in forests and in forestry<br />

operations and harvesting machines, in line with the Comé<br />

comum. O que determina efetivamente o preço é a lei de<br />

oferta e demanda. Tivemos alguma oferta de madeira nos<br />

últimos cinco anos, porém, este cenário está mudando, principalmente<br />

em São Paulo. Como é um investimento de longo<br />

prazo, o empreendimento florestal necessariamente precisa<br />

ter alguma vinculação ao mercado consumidor ou estar muito<br />

próximo aos locais de demanda.<br />

Quais pontos têm que estar presentes para que o negócio<br />

florestal seja bem sucedido? Essa receita serve também para<br />

os pequenos silvicultores?<br />

Precisamos ser eficientes na gestão das operações florestais,<br />

ter bons materiais genéticos, uma estrutura operacional enxuta<br />

e eficiente que proporcione custos competitivos, manutenção<br />

dos investimentos em novas tecnologias, equipamentos de<br />

ponta e pessoas competentes, comprometidas. Esses são itens<br />

primordiais para o sucesso do negócio florestal. No caso de pequenos<br />

silvicultores, ter claramente o destino da madeira, estar<br />

vinculado a uma empresa por meio de uma parceria florestal,<br />

como fomento, são importantes. Em algumas regiões, além da<br />

dificuldade do preço baixo, o produtor pode ter dificuldade de<br />

encontrar onde colocar a sua produção.<br />

Como observa os grandes empreendimentos florestais que<br />

estão sendo inaugurados ultimamente, principalmente voltados<br />

para a produção de celulose? Como concorrentes pela<br />

matéria-prima ou estímulo ao plantio?<br />

Os principais projetos recentes em andamento no Brasil estão<br />

no Paraná, Mato Grosso do Sul e Maranhão. Não é possível,<br />

ou é muito arriscado, implantar projetos que consomem<br />

elevados volumes de madeira sem possuir segurança no<br />

abastecimento da mesma. Estas grandes empresas estão em<br />

ritmo muito acelerado de implementação de novas florestas<br />

e, sendo assim, estes projetos não devem alterar o mercado<br />

madeireiro atual. Faz-se necessário acompanhar o crescimento<br />

destas novas florestas, pois perdas de produtividade podem<br />

gerar demandas adicionais de grandes volumes de madeira,<br />

impactando rapidamente o mercado atual.<br />

Participa de alguma maneira do macro planejamento da<br />

silvicultura e colheita florestal na Duratex? Como avalia estes<br />

dois momentos do negócio florestal e o impacto na indústria?<br />

Direcionamos toda demanda de investimento em florestas e<br />

determines the price is the law of supply and demand. We<br />

have had a timber supply surplus over the last five years;<br />

however, this scenario is changing, especially in São Paulo.<br />

As it is a long-term investment, the forest enterprise necessarily<br />

needs to have some link to the consumer market or be<br />

very close to demand.<br />

What points must be present in order for a forest project to<br />

be successful? Does this recipe also serve for small forest<br />

producers?<br />

We need to be efficient in forest management operations,<br />

to have good genetic material, a lean and efficient operating<br />

structure that will provide competitive costs, continuous<br />

investments in new technologies, state-of-the-art equipment,<br />

and competent and committed people. These are key items<br />

for business success. In the case of small producers, it can be<br />

important to have a clear destination for their timber product,<br />

perhaps being linked to a company through a forest outgrower<br />

partnership. In some regions, in addition to the difficulty<br />

of low prices, the producer may have difficulty in finding<br />

a market for his production.<br />

How do you see the large forest projects that have been inaugurated<br />

lately, mainly intended for pulp production: as<br />

competitors for raw material or as providers of incentives<br />

for new replanted forests?<br />

The recent major ongoing projects in Brazil are in the States<br />

of Paraná, Mato Grosso do Sul and Maranhão. It is not possible,<br />

or it is very risky, to implement industrial projects that<br />

consume high timber volumes without having some guarantee<br />

of supply. These large companies are rapidly implementing<br />

new forests and, therefore, these projects should not affect<br />

the current timber market. However, it is necessary to<br />

accompany the growth of these new forests, because any loss<br />

of productivity could generate additional demand for large<br />

timber volumes, quickly impacting the current market.<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

37


ENTREVISTA<br />

recursos para operações de silvicultura e máquinas para colheita,<br />

alinhado com a estratégia da empresa, e acompanhamos<br />

toda evolução de produtividade e qualidade. Nós, florestais,<br />

precisamos sempre estar atentos às demandas industriais,<br />

garantindo quantidade aliada à qualidade e com custos baixos,<br />

para que o setor industrial agregue valor pela transformação<br />

com boa rentabilidade. Há de se lembrar de que a atividade<br />

florestal requer visão de médio e longo prazo. Plantamos<br />

florestas hoje para abastecer indústrias em seis a sete anos.<br />

Quanto da colheita da empresa está mecanizada e quanto<br />

da silvicultura? Acredita que este patamar seja o ideal ou há<br />

o que melhorar?<br />

Na colheita utilizamos processo 100% mecanizado e o que<br />

existe no mundo de mais eficiente e de baixo custo. Temos<br />

algumas iniciativas na silvicultura, porém, o processo é complexo<br />

e oneroso. Por possuir operações com custo competitivo,<br />

na maioria das situações, mecanizar operações silviculturais<br />

pode representar aumento de custo. Neste sentido foi criado,<br />

por meio do Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), um grupo de<br />

mecanização da silvicultura, do qual participam seis empresas<br />

do setor de papel e celulose e também a Duratex. O objetivo<br />

do grupo é a mecanização total das operações silviculturais e,<br />

para isso, contamos com a parceria com grandes fabricantes de<br />

máquinas e equipamentos. De forma cooperativa. Acredito que<br />

poderemos dar saltos na silvicultura, assim como foi realizado<br />

na colheita nos últimos 20 anos.<br />

Como estão as perspectivas da Duratex para ampliação em<br />

plantio ou no fomento a terceiros para aumentar a produção<br />

de madeira e na ampliação da indústria? Existe este<br />

pensamento de aumentar tanto um como outro para os<br />

próximos anos?<br />

A Duratex possui planos sólidos para expansão de seus negócios,<br />

e a área florestal inicia a preparação da base florestal com,<br />

pelo menos, seis anos de antecedência, como já dito. Nossos<br />

planos contemplam ampliação dos plantios e parcerias com<br />

o fomento florestal, dependendo das fronteiras/regiões onde<br />

estaremos atuando.<br />

pany's strategy, and we monitor the whole evolution of productivity<br />

and quality.<br />

As to the forest, we must always be aware of industrial demands,<br />

ensuring timber quantity and quality with low costs,<br />

so that our industrial sector is able to add value by processing<br />

profitably. It must be noted that the forestry activity requires<br />

a medium-and long-term view. We plant forests today to feed<br />

our industrial units six to seven years down the line.<br />

How much of the Company's harvesting and silvicultural<br />

operations are mechanized? Do you believe that this is the<br />

ideal level or is there a need for improving this level?<br />

Our harvest operations are 100% mechanized and using what<br />

exists in the world that is the most efficient and cost effective.<br />

We have undertaken several silviculture initiatives as to<br />

mechanization; however, the process is complex and costly.<br />

By having our own operations with competitive costs, in most<br />

situations, mechanizing silvicultural operations may just represent<br />

increased costs. In this sense, a silviculture mechanization<br />

group was created through the Brazilian Industry of<br />

Trees (Ibá), which involves six companies in the Paper and<br />

Pulp Sector as well as Duratex. The goal of the group is total<br />

mechanization for silvicultural operations, and for this, we<br />

count on the partnership with major machinery and equipment<br />

manufacturers, cooperatively. I believe that large steps<br />

will be taken in silviculture, such as has occurred in harvesting<br />

over the last 20 years.<br />

What are the prospects of Duratex for expanding planting<br />

operations or encouraging third parties to increase timber<br />

production and for industrial expansion? Is there any<br />

thought as to increasing one or the other in the years to<br />

come?<br />

Duratex has concrete plans for the expansion of its business,<br />

and the forest area will begin preparation of the forest-base<br />

at least six years in advance, as I cited above. Our plans include<br />

expansion of our planted forests and forest outgrower<br />

partnerships, depending on the frontiers/regions where we<br />

are operating.<br />

Como é um investimento de longo prazo, o empreendimento<br />

florestal necessariamente precisa ter alguma vinculação<br />

ao mercado consumidor ou estar muito próximo aos<br />

locais de demanda<br />

38<br />

www.referenciaflorestal.com.br


PRINCIPAL<br />

Muito<br />

além dos<br />

negócios<br />

Fotos: Timber Forest<br />

AO COMPLETAR 15 ANOS, A TIMBER<br />

FOREST CELEBRA A CONSOLIDAÇÃO<br />

DA MARCA NO MERCADO<br />

FLORESTAL COM DEVOÇÃO TOTAL<br />

AO CLIENTE<br />

40<br />

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"Q<br />

uando o cliente tem um problema, esse problema<br />

passa a ser nosso.” Com esse lema, a Timber<br />

Forest completa 15 anos de excelência no atendimento<br />

às empresas que realizam colheita florestal. Criada<br />

para ter o grande diferencial no pós-venda, a revendedora de<br />

máquinas e equipamentos cresceu e ajudou muitos empresários<br />

a crescerem também nesse período. Devotada à parceria<br />

em primeiro lugar, ampliou a gama de produtos e agora é uma<br />

das principais fornecedoras de solução para colheita florestal<br />

no sul do país.<br />

A história da Timber Forest começou muito antes da criação<br />

da marca, que aconteceu somente em 2014. O início de<br />

tudo foi com a venda dos cabeçotes suecos Log Max, importados<br />

pela Randon e vendidos pela Rodoparaná no Estado do<br />

Paraná, no final da década de 90. Os implementos eram voltados<br />

para a colheita mecanizada de áreas plantadas, principalmente<br />

com pinus. Nesse período, a Log Max iniciava o processo<br />

de expansão mundial e buscava parceiros para alavancar suas<br />

vendas pelo mundo, vindo de encontro à estratégia da Randon<br />

em disponibilizar produtos para colheita florestal mecanizada<br />

no Brasil.<br />

“A Rodoparaná buscou novos parceiros que tivessem sinergia<br />

com a estrutura existente e investiu em formar e capacitar a<br />

equipe de pessoas qualificadas na venda e no pós-vendas, com<br />

estoques de peças e produtos adequados, ferramental e veículos<br />

para realisar um pronto atendimento, visando ter o máximo<br />

de disponibilidade dos produtos pelos nossos clientes”, recorda<br />

o fundador da empresa, Ivo Scotti. Assim surgia a Timber Forest.<br />

“Nesses 15 anos de atuação a Timber Forest é reconhecida<br />

no mercado como referência na venda e pós-vendas de<br />

produtos florestais no sul do Brasil”, destaca.<br />

No início de 2001, um cliente de Santa Catarina pediu para<br />

testar os cabeçotes em um novo modelo de escavadeira disponibilizado<br />

para o mercado, em uma floresta de pinus. “Fomos<br />

para campo e o conjunto apresentou a maior performance de<br />

todos os testados”, lembra Jober Fonseca, gerente da Timber<br />

Forest e que ficou responsável pelas instalações dos equipamentos.<br />

O período de provas foi bastante longo, levou três<br />

meses. Foram avaliados o estudo de tempo, qualidade da madeira<br />

processada, manutenção da casca nas toras entre outros<br />

quesitos.<br />

A partir daí as vendas deslancharam e teste após teste as<br />

empresas foram aprovando a performance do implemento. O<br />

detalhe é que cada cliente comprava um, no máximo dois cabeçotes<br />

porque, por serem pequenos empresários, era o número<br />

de máquinas que possuíam e toda a produção dependia daqueles<br />

conjuntos. “Fomos crescendo e aprendendo junto com os<br />

clientes, incorporamos a maneira deles de trabalhar: a máquina<br />

não pode ficar parada.”<br />

O grande salto aconteceu depois que uma produtora e exportadora<br />

de papéis, do Paraná e Santa Catarina, definiu, em<br />

2004, que seus prestadores de serviços deveriam mecanizar as<br />

operações de colheita florestal. “Fomos a única empresa que<br />

MUCH MORE THAN BUSINESS<br />

AFTER COMPLETING 15 YEARS IN BUSINESS, TIMBER<br />

FOREST CELEBRATES THE CONSOLIDATION OF<br />

ITS NAME IN THE FOREST MARKET WITH A TOTAL<br />

DEVOTION TO ITS CUSTOMERS<br />

"W<br />

hen a customer has a problem, this problem becomes<br />

ours.” With this motto, Timber Forest celebrates<br />

15 years offering excellence in service to<br />

companies that carry out forest harvest operations. Created to<br />

offer a big advantage in the aftermarket, the equipment and machinery<br />

reseller grew and has also helped many businessmen to<br />

grow during this period. Devoted to partnership in the first place,<br />

the Company has expanded its product range and now is one of<br />

the leading solution providers for forest harvesting in the South<br />

of the Country.<br />

The story of Timber Forest began long before the creation of<br />

its new name, which occurred only in 2014. The beginning of everything<br />

was in the 90’s with the sale of Swedish manufactured<br />

Log Max heads, imported by Randon and sold by Randon’s sales<br />

partner in the State of Paraná, Rodoparaná. The implements were<br />

geared to the mechanized harvesting of planted areas, principally<br />

those planted with pine. During this period, Log Max started the<br />

process of global expansion and sought out partners to leverage<br />

their sales worldwide, coming together Randon's strategy to provide<br />

products for mechanized forest harvesting in Brazil.<br />

In early 2001, a customer from the State of Santa Catarina<br />

asked to test the heads on new model of excavator, in a pine<br />

forest. “We went out into the field and the tool performed best<br />

against all those tested,” recalls Jober Fonseca, Manager who<br />

was responsible for the installation of the equipment. The test period<br />

was quite long and lasted three months. During the testing<br />

period, the quality of the processed timber, and the amount of<br />

bark remaining on the logs were evaluated, amongst other items.<br />

The big jump occurred in 2004, after a paper producer and<br />

exporter from Paraná and Santa Catarina defined that their<br />

contracted outsourcers should mechanize the forest harvest operations.<br />

“We were the only company that sought out all service<br />

providers to demonstrate the Log Max," recalls Timber Forest<br />

Ivo Scotti, fundador da Rodoparaná, entre os filhos Fernando e Eduardo<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

41


PRINCIPAL<br />

“NESSES 15 ANOS<br />

DE ATUAÇÃO A<br />

TIMBER FOREST<br />

É RECONHECIDA<br />

NO MERCADO<br />

COMO REFERÊNCIA<br />

NA VENDA E<br />

PÓS-VENDAS<br />

DE PRODUTOS<br />

FLORESTAIS NO SUL<br />

DO BRASIL”<br />

IVO SCOTTI, FUNDADOR<br />

DA RODOPARANÁ<br />

rodou todos os prestadores para mostrar o nosso produto”,<br />

lembra Jober. Foram vendidos 16 cabeçotes em praticamente<br />

uma tacada.<br />

Assim, os Estados de Santa Catarina e Paraná estavam dominados.<br />

Para atingir o objetivo faltava somente o Rio Grande<br />

do Sul, que trabalhava muito com eucalipto descascado. Após<br />

uma intervenção minuciosa de profissionais da Timber Forest,<br />

que contou posteriormente com o envolvimento do departamento<br />

de engenharia da suécia, foi criado o Log Max E6 para<br />

descasque de eucalipto. Era o que precisava para cair nas graças<br />

dos gaúchos, que aprovaram o produto.<br />

IDENTIDADE FLORESTAL<br />

A equipe aumentou, o estoque de peças também. Era momento<br />

de buscar outros parceiros para complementar as soluções<br />

que o setor florestal precisava. “Passamos a comercializar<br />

o feller direcional e feller de disco”, conta o gerente da Timber<br />

Forest. Isso fez com que o número de marcas representadas aumentasse.<br />

Assim, em 2008 a empresa passou a comercializar os<br />

equipamentos da neozelandesa Satco e da canadense Quadco.<br />

Naquele mesmo ano foi aberta a filial em Guaíba (RS).<br />

Em 2013, o negócio já tinha bastante corpo, mas precisava<br />

de uma personalidade. Então a vocação florestal do braço<br />

da Rodoparaná ganhou o nome de Timber Forest. Em 2014 foi<br />

criada a identidade visual e a marca se consolidou como referência<br />

no segmento. “Em 2015, com todo o corpo técnico que<br />

adquirimos nos sentimos aptos para trabalhar com máquinas<br />

florestais”, aponta Jober. Como o foco da empresa é muito bem<br />

definido - os três Estados do Sul - foi possível colocar essa condição<br />

a favor da Timber Forest. “Não dispersamos nossa atenção,<br />

conhecemos como ninguém nosso mercado, nossos clientes e<br />

temos o reconhecimento dos clientes por esta cumplicidade<br />

incondicional em ajudá-los com um equipamento fora de operação.”<br />

Qualidades que caíam como uma luva para as necessidades<br />

da Ponsse, fabricante de máquinas para colheita florestal<br />

Manager Jober. Sixteen heads were sold in practically one shot.<br />

Thus, the States of Santa Catarina and Paraná were dominated.<br />

To achieve our goal only the Rio Grande do Sul was missing,<br />

which mainly worked with Eucalyptus. After a thorough study by<br />

Timber Forest professionals, later with the support of the Engineering<br />

Department from Sweden, the Log Max E6 was created<br />

to cut and debark eucalyptus. It was what we needed to fulfil the<br />

needs of those from the State of Rio Grande do Sul, who approved<br />

the product.<br />

FOREST IDENTITY<br />

The team also increased the stock of spare parts. It was time<br />

to seek out other partners to complement the solutions that the<br />

forest sector needed. “We started to sell directional and disk fellers,”<br />

says the Timber Forest Manager. This increased the number<br />

of brands being represented. Thus, in 2008, the Company began<br />

to market equipment from the New Zealand manufacturer Satco<br />

and the Canadian manufacturer Quadco. That same year, the<br />

branch in Guaíba (RS) was opened.<br />

In 2013, the business was going well but needed personality.<br />

So the forest vocation arm of Rodoparaná was named Timber<br />

Forest. In 2014, the visual identity was created and the name consolidated<br />

its position as a reference in the segment. “In 2015, with<br />

the professional staff that we had acquired we felt able to work<br />

with forestry machinery,” states Timber Forest Manager Jober.<br />

As the focus of the Company was very well defined – the three<br />

Southern States – it was possible to use this condition in favor<br />

of Timber Forest. “We didn't spread out our attention too thinly,<br />

and as nobody knows this market and our customers as we do,<br />

we became recognized by customers for unconditionally helping<br />

them with non-operating equipment.” These were the qualities<br />

that fit like a glove for the needs of Ponsse, a forest harvesting<br />

machine manufacturer from Finland. The Company, which has already<br />

been operating in Brazil since 2006, wasn’t able to gain the<br />

market penetration in the South as it wanted. “We began to offer<br />

42<br />

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“FOMOS<br />

CRESCENDO E<br />

APRENDENDO<br />

JUNTO COM<br />

OS CLIENTES,<br />

INCORPORAMOS<br />

A MANEIRA DELES<br />

DE TRABALHAR:<br />

A MÁQUINA NÃO<br />

PODE FICAR<br />

PARADA”<br />

Juha Vidgrén, presidente do conselho da Ponsse, Jarmo Vidgrén, diretor de vendas e marketing<br />

da Ponsse, Fernando Scotti, sócio da Rodoparaná e Jober Fonseca, gerente da Timber Forest<br />

JOBER FONSECA,<br />

GERENTE DA TIMBER FOREST<br />

da Finlândia. A empresa, que já estava no Brasil desde 2006,<br />

tinha grandes planos para o Sul do Brasil e via na Timber Forest<br />

um grande alinhamento nos seus principais valores. “Passamos<br />

a ofertar para o mercado um pacote mais completo.”<br />

Completando a expansão da marca, foi inaugurada, em<br />

2015, a filial em Lages (SC) com 2.800 m² (metros quadrados)<br />

de área construída. Além de acreditar no potencial da região,<br />

logisticamente era um ponto muito importante. Hoje o estoque<br />

central da Timber Forest fica em Lages, com acesso rápido para<br />

atender o Paraná e o Rio Grande do Sul.<br />

SEGREDO DO SUCESSO<br />

“O excelente desempenho da Timber Forest deve-se à crença<br />

da diretoria no negócio florestal no Brasil - especialmente na<br />

região sul - capacitar as pessoas, investir em treinamentos e<br />

muito capital para girar o negócio”, aponta o sócio-proprietário<br />

da Rodoparaná, Eduardo José Scotti.<br />

O executivo ressalta porém, que o comprometimento e a<br />

capacidade da equipe Timber Forest, em desenvolver soluções<br />

florestais tanto para os clientes quanto aos parceiros fabricantes<br />

fez toda a diferença. “Todos nós diretores, colaboradores<br />

da Timber, clientes e fabricantes sabem e reconhecem este<br />

comprometimento e conhecimento que vem sendo compartilhado<br />

todos esses anos”, completa Eduardo.<br />

De acordo com o sócio-proprietário da Rodoparaná, Fernando<br />

Luis Scotti, a meta do braço florestal da empresa é<br />

manter a excelência no atendimento. “Vamos continuar sendo<br />

referência na venda e pós-vendas de produtos para colheita<br />

florestal, ofertando produtos de tecnologia de ponta, que<br />

sejam líderes no mercado mundial.” Para ele é essencial estar<br />

alinhado às necessidades dos clientes, contribuindo com produtos<br />

e serviços para que os empresários florestais tenham o<br />

melhor custo por metro cúbico de madeira colhida.<br />

CONTE COMIGO<br />

O modelo de gestão e atendimento ao cliente conquistou<br />

o respeito de quem tem a floresta como negócio e sabe que<br />

máquina parada é prejuízo que se conta em horas. Essa con-<br />

the market a more complete package.”<br />

Completing the expansion of the name, in 2015, the branch in<br />

Lages (SC) was inaugurated, with a 2.800 m² constructed area. In<br />

addition to believing in the potential of the Region, logistically it<br />

was a very important point. Today, the main Timber Forest spare<br />

parts stock is maintained in Lages, with quick access to answer<br />

the needs in Paraná and Rio Grande do Sul.<br />

SECRET OF SUCCESS<br />

"The excellent performance of Timber Forest is due to the belief<br />

of Managers in the Brazilian forest business – especially in<br />

the Southern Region – manpower education, and investment in<br />

training and capital to make the business run,” says Rodoparaná<br />

Owner/Partner, Eduardo José Scotti.<br />

However, the Executive points out that the ability and commitment<br />

of Timber Forest Manager Jober Fonseca, in developing<br />

forest solutions for both customers and partner manufacturers<br />

has made all the difference. “All of us Timber Forest managers,<br />

personnel, customers, and manufacturing partners know and<br />

recognize his commitment and knowledge that he has shared all<br />

these years,” says Eduardo.<br />

According to Rodoparaná Owner/Partner, Fernando Luis Scotti,<br />

the goal of the Company's forestry arm is to maintain excellence<br />

in service. “We will continue being a reference in the sale<br />

and aftermarket of forest harvesting products, offering cuttingedge<br />

technology products, that are world leading.” For him it is<br />

essential to be aligned to customer needs, providing products and<br />

services for forestry businesses so that they have the best cost per<br />

cubic meter of timber harvested.<br />

“NESSES 15 ANOS ATINGIMOS UM KNOW-HOW<br />

PRIVILEGIADO, QUE NOS CREDENCIA HOJE, SERMOS<br />

UM DOS MAIORES ESPECIALISTAS NO PROCESSO DE<br />

COLHEITA FLORESTAL DO MUNDO”<br />

EDUARDO JOSÉ SCOTTI, SÓCIO-PROPRIETÁRIO DA RODOPARANÁ<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

43


PRINCIPAL<br />

PALAVRA DE GREG<br />

PORTER, DIRETOR<br />

DE EXPORTAÇÃO<br />

DA LOG MAX<br />

Nos esforçamos para que o cliente<br />

sinta confiança ao escolher um produto<br />

Log Max. Para honrar a confiança de<br />

nossos clientes em investir no futuro, trabalhamos duro para<br />

entregar produtos de qualidade. A Log Max escolheu a Timber<br />

Forest para ser seu parceiro no Brasil porque demonstrou<br />

apoio incondicional aos empresários florestais. Timber Forest<br />

tem um excepcional modelo de apoio aos clientes, o que é extremamente<br />

importante nesse mercado. Nossa parceria tem<br />

sido de sucesso nesses 15 anos. Nós só temos a agradecer à<br />

Timber Forest por todos os passos acertados que deram para<br />

se tornar a distribuidora exclusiva da Log Max no Brasil. Vamos<br />

continuar crescendo juntos, escutando nossos clientes e<br />

melhorando nossos produtos.<br />

WORD FROM GREG<br />

PORTER, EXPORT<br />

DIRECTOR FOR<br />

LOG MAX<br />

We strive to make the customer feel confident in<br />

choosing a Log Max product. To honor our customers`<br />

confidence in investing in the future, we work hard to<br />

deliver quality products. Log Max chose Timber Forest<br />

to be our partner in Brazil because it showed unconditional<br />

support to the forest business. Timber Forest has<br />

an exceptional customer support model, which is extremely<br />

important in this market. Our partnership has<br />

been successful over these 15 years. Also we have to<br />

thank Timber Forest for all their work they carried out<br />

to become the exclusive Max Log distributor in Brazil.<br />

We want to continue to keep growing together, listening<br />

to our customers and improving our products.<br />

fiança foi decisiva para a compra do primeiro forwarder da<br />

Ponsse pela <strong>Florestal</strong> Barra, responsável pela colheita florestal<br />

de grandes empresas florestais no Rio Grande do Sul. “O Buffalo<br />

King entrou na FB motivado pela parceria da Ponsse e Timber<br />

Forest”, garantiu Amir Luiz Tonin, diretor de colheita da empresa<br />

com sede em Butiá (RS).<br />

Ele recorda que foi uma parceria iniciada pelo atendimento.<br />

“A minha melhor máquina é a que tem o melhor pós-venda. De<br />

nada adianta ter uma máquina produtiva, mas quando quebra<br />

demora três dias para ser concertada”, destaca Amir. O diretor<br />

administrativo da FB, Celestino Munari, lembra que a Timber<br />

Forest não mediu esforços quando a empresa comprou os primeiros<br />

cabeçotes Log Max. “Dois técnicos estiveram em campo<br />

direto com a gente.”<br />

Outro caso de sucesso é o forte relacionamento com a Remasa<br />

Reflorestadora. A empresa com sede no Paraná, possui<br />

equipamentos comercializados pela Timber Forest desde 2011.<br />

COUNT ON ME<br />

The management and customer service model has earned the<br />

respect of those who have the forest as a business and know that<br />

a non-operating machine creates a loss that increases with every<br />

hour not being able to operate. This trust was decisive for the<br />

purchase of the first Ponsse Forest Forwarder by <strong>Florestal</strong> Barra,<br />

responsible for forest harvesting of large forest companies in Rio<br />

Grande do Sul. “FB purchased the Buffalo King because Ponsse<br />

was represented by Timber Forest,” assures Amir Luiz Tonin, Director<br />

of the harvesting company based in Butiá (RS).<br />

He recalls that it was a partnership initiated by service. “My<br />

best machine is that which has the best aftermarket service. It<br />

is of no use to have a productive machine, but when it breaks<br />

down, it takes three days to be fixed,” says FB Director of Harvesting<br />

Amir. Celestino Munari, Managing Director of FB, states that<br />

Timber Forest went out of its way when the Company bought its<br />

first Log Max heads. “Two technicians were in the field with us.”<br />

A mais recente ação da Timber Forest foi a inauguração da filial em Lages (SC), em 2015<br />

44<br />

www.referenciaflorestal.com.br


São cinco Log Max e um cabeçote feller da Satco. “Optamos<br />

pelos produtos da Timber por sua eficiência, baixo custo operacional<br />

e pela própria assistência”, destaca Gilson Geronasso, diretor<br />

vice presidente da Remasa. A compra aconteceu somente<br />

após uma extensa pesquisa de mercado. “Nossa relação é de<br />

transparência e confiança mútua”, completa.<br />

Gilson dá muito valor ao pós-venda porque em algum momento<br />

toda a máquina para. “Apesar da ótima eficiência dos<br />

equipamentos é natural a quebra e quando isto acontece contamos<br />

com o pronto atendimento deles”, confirma. “Todas as<br />

vezes que precisamos a Timber sempre nos atendeu de forma<br />

rápida.”<br />

Another success story is the strong relationship with Remasa<br />

Reflorestadora. The Company based in Paraná, has purchased<br />

equipment from Timber Forest since 2011. It has 5 Log Max heads<br />

and a Satco feller head. “We chose Timber products for their efficiency,<br />

low operating costs and the technical assistance it provides,”<br />

says Gilson Geronasso, Director Vice President of Remasa.<br />

The purchase took place only after extensive market research.<br />

“Our relationship is of transparency and mutual confidence,” he<br />

adds.<br />

Gilson gives much value to the aftermarket because at some<br />

point every machine breaks down. “Despite the great efficiency<br />

of the equipment, it is natural that it breaks down and when this<br />

happens we have prompt service,” he confirms. “Every time we<br />

need Timber, they are always there to help quickly.”<br />

Foto: Ponsse<br />

PARCEIRA DE SUCESSO<br />

"A Timber Forest tem valores similares<br />

aos da Ponsse: honestidade,<br />

estar perto do cliente e inovação",<br />

garante o diretor da Ponsse no Brasil,<br />

Marko Mattila. Para ele, esses aspectos<br />

foram essenciais ao sucesso da parceria. Ele ressalta também<br />

a base familiar das duas empresas, a grande experiência<br />

da companhia brasileira no mercado em que atua e o conhecimento<br />

no negócio florestal. "Temos ótimas expectativas para<br />

o futuro. O departamento de pesquisa e desenvolvimento da<br />

Ponsse vai utilizar o conhecimento da Timber no processo de<br />

desenvolvimento de nossos produtos. Além disso, temos certeza<br />

que a frota da Ponsse no sul do Brasil vai aumentar nos<br />

próximos anos", conclui.<br />

SUCCESSFUL PARTNERSHIP<br />

“Timber Forest has values similar to those of<br />

Ponsse: honesty, being close to the customer, and innovation,”<br />

says Marko Mattila, Director of Ponsse in Brazil,.<br />

For him, these aspects were essential to the success<br />

of the partnership. He also points out the familiar base<br />

of the two companies, the vast experience of the Brazilian<br />

company in the market in which it operates, and<br />

knowledge in the forest business. “We have great expectations<br />

for the future. The Ponsse Research and Development<br />

Department will use knowledge of Timber<br />

in the process of developing our products. In addition,<br />

we are sure that the Ponsse fleet in Southern Brazil will<br />

increase over the next few years,” he concludes.<br />

Sede da Timber Forest em Curitiba<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

45


COLHEITA<br />

MEU LUGAR É<br />

NA CABINE<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

NOVO MODELO DE SABRE DA OREGON PARA CONJUNTO DE<br />

CORTE HARVESTER É MAIS RESISTENTE, DIMINUI PARADAS PARA<br />

MANUTENÇÃO E AJUDA A PRODUZIR MAIS METROS CÚBICOS DE<br />

MADEIRA NA COLHEITA MECANIZADA<br />

46<br />

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A<br />

evolução dos sabres, obtida por meio das novas<br />

tecnologias desenvolvidas pela Oregon, que vêm<br />

aumentando a produtividade e facilitando a vida<br />

de operadores norte-americanos, chega ao Brasil.<br />

A SpeedMax XL é maior, mais forte, mais durável e<br />

ainda sua ponta é substituível. De acordo com os profissionais,<br />

isso se traduz em um corte mais eficiente e silencioso.<br />

O novo design e o uso de materiais ainda mais<br />

robustos aumentaram a durabilidade do componente, ou<br />

seja, mais horas trabalhadas sem paradas desnecessárias.<br />

“Em um bom dia, trabalho dois turnos e não preciso<br />

sair da máquina em nenhum momento.” Esse é o relato<br />

de Jeff Gagne, operador de harvester da Nickels Logging<br />

dos EUA (Estados Unidos da América). Ele comenta que a<br />

corrente desliza mais suave pelo sabre e por isso consegue<br />

derrubar mais árvores no mesmo espaço de tempo.<br />

A sensação de Jeff, que o trabalho rende mais, se deve<br />

a duas evoluções importantes do novo modelo de sabre.<br />

O corpo é mais largo e mais forte que os tradicionais e seu<br />

sistema de lubrificação. Além disso, é fabricado em aço<br />

super-resistente. Isso aumenta a durabilidade e segurança<br />

do equipamento, diminuindo inclusive o risco do perigoso<br />

tiro de corrente - quando a corrente arrebenta durante<br />

o uso.<br />

As pontas substituíveis com 14 dentes são outro atrativo<br />

da SpeedMax XL por serem projetas e fabricadas com<br />

componentes mais duráveis e de alta qualidade. “Mais<br />

dentes significa menor número de rotações, 21% a menos<br />

em comparação às pontas tradicionais de 11 dentes, além<br />

disso o número de roletes também é maior e juntamente<br />

a essas duas inovações garantem que a temperatura da<br />

ponta seja menor, deixando a mesma mais robusta e prolongando<br />

ainda mais a vida da ponta”, destaca Marcio Fregonese,<br />

representante técnico da Oregon para a américa<br />

do Sul. A ponta possui também maior área de atrito, ou<br />

seja, é capaz de absorver mais desgaste da barra.<br />

“Traduzindo, o sabre por ter seu corpo mais largo e<br />

ser fabricado com uma matéria-prima de alta qualidade<br />

já tem vida útil maior, e é aumentada ainda mais devido<br />

Foto: divulgação<br />

à ponta substituível, parte super exposta a desgaste, sem<br />

contar que a própria ponta ficou mais resistente”, completa<br />

Marcio. A grande vantagem é que em modelos tradicionais,<br />

se a ponta sofre certos tipos de danos, o que é<br />

comum, o sabre necessita ser trocado, já com a SpeedMax<br />

XL apenas a substituição da ponta é necessária. O sabre<br />

com ponta substituível dura muito mais. Essa qualidade<br />

da SpeedMax XL confere tranquilidade ao operador, que<br />

pode concentrar-se muito mais na colheita.<br />

“A maioria dos rapazes só sai da máquina quando<br />

precisam esticar as pernas, caso contrário ficam na cabine,<br />

porque o sabre não quebra”, aponta Handy Krumei,<br />

operador de harvester da Wild River Forestry, que acredita<br />

que a durabilidade é o quesito mais importante na<br />

floresta.<br />

O operador da Mark Honkala Logging, Mike Honkala,<br />

calcula que com sabres menos resistentes perde-se um<br />

dia de produção inteiro em um ano de trabalho. “O que<br />

significa menos dinheiro no bolso”, brinca.<br />

Por acreditar que a durabilidade da peça tem influência<br />

na qualidade de trabalho do operador, Ron Nickels,<br />

proprietário da Nickels Logging, decidiu implementar somente<br />

os sabres SpeedMax XL da Oregon nos cabeçotes<br />

dos harvester da empresa. “Ele também é mais seguro”,<br />

completa.<br />

Foto: divulgação<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

47


PRAGAS<br />

48<br />

www.referenciaflorestal.com.br


O PERIGO<br />

MORA AO<br />

LADO<br />

Fotos: divulgação<br />

ASSOCIAÇÕES FLORESTAIS<br />

FOCAM NA CONSCIENTIZAÇÃO DE<br />

PEQUENOS SILVICULTORES PARA<br />

CONTROLAR PRAGAS<br />

A<br />

s pragas não conhecem cercas. A frase resume a<br />

dimensão do problema: ou todos estão protegidos<br />

ou ninguém está. Há algum tempo entidades do setor<br />

florestal perceberam que as campanhas de prevenção e<br />

combate a insetos e outros inimigos da madeira só seriam<br />

eficazes se os pequenos produtores fossem incluídos. É a única<br />

forma de conter os focos de infestação e não disseminar o<br />

problema em áreas onde se realiza o controle regulamente.<br />

Para isso é essencial mapear a área florestal no Estado ou<br />

região, porque muitas propriedades menores estão fora do<br />

radar.<br />

A ACR (Associação Catarinense de Empresas Florestais)<br />

realiza regularmente uma campanha para o controle de vespa-da-madeira<br />

(Sirex noctilio). Inseto que deposita seus ovos<br />

em árvores de pinus, que em Santa Catarina ocupam 540 mil<br />

ha (hectares) de florestas plantadas. Durante a postura, a<br />

vespa coloca também no interior da árvore um muco fitotóxico<br />

e esporos de um fungo simbionte. Enquanto o muco altera<br />

processos fisiológicos da planta, diminuindo a capacidade de<br />

defesa, o fungo fecha os vasos de condução da seiva, o que<br />

mata a árvore lentamente.<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

49


PRAGAS<br />

A VESPA-DA-MADEIRA ATACA<br />

CULTURAS DE PINUS. OS<br />

MAIORES FOCOS ESTÃO NO<br />

PARANÁ E SANTA CATARINA<br />

Entre os métodos de defesa divulgados pela ACR estão as<br />

práticas silviculturias de defesa como plantar indivíduos com<br />

diferentes idades, desbaste com atenção a árvores atacadas,<br />

nutrição adequada do solo, entre outras. Mas quando o problema<br />

já existe a entidade indica o controle biológico. Este<br />

método utiliza um nematoide. No caso da vespa-da-madeira<br />

o indicado é o Beddingia siridicola, que esteriliza as fêmeas. A<br />

ACR elaborou uma cartilha com todas as informações sobre a<br />

praga, os modos de controle e a forma de realizá-lo.<br />

Depois que a associação passou a realizar o levantamento<br />

anual do setor florestal em Santa Catarina, percebeu que<br />

muitas propriedades rurais não constavam nos dados disponíveis<br />

e por isso nem mesmo eram procuradas. “Nossos<br />

estudos apontam que cerca de 40% do parque florestal do<br />

Estado esteja ocupado por pequenos e médios produtores.<br />

Isso nos dá a certeza de que pelo menos 60% da área esteja<br />

sendo monitorada”, revela o engenheiro florestal Mauro<br />

Murara Júnior, diretor executivo da ACR. Com o mapeamento<br />

mais completo foi possível ampliar o alcance das campanhas.<br />

“A partir do ano passado, começamos a nos aproximar dos<br />

pequenos e médios produtores através de instituições de extensão<br />

rural, a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e<br />

Extensão Rural) e de defesa fitossanitária, Cidasc (Companhia<br />

Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina).”<br />

Neste ano, por meio de um termo de cooperação técnico,<br />

que inclui a Secretaria de Estado da Agricultura, a ACR disponibilizou<br />

à Cidasc cerca de 180 doses de nematoides. Número<br />

bem maior que em 2015, que foi de aproximadamente 50 doses.<br />

"A participação do produtor florestal é fundamental para<br />

o sucesso da estratégia", ressalta o presidente da associação,<br />

Ali Abdul Ayoub. A vespa-da-madeira ataca principalmente<br />

plantios de pinus sem manejo, causando o apodrecimento<br />

da árvore. Copa amarelada e respingos de resina no tronco<br />

são indícios de infestação. Identificadas essas características,<br />

O INSETO PERFURA OS TRONCOS<br />

PARA DEPOSITAR OS OVOS DE<br />

ONDE NASCEM AS LARVAS<br />

50<br />

www.referenciaflorestal.com.br


os órgãos estaduais devem ser comunicados. Assim, todos os<br />

silvicultores têm a chance de proteger os plantios independente<br />

do porte.<br />

DIFERENTES ESPÉCIES OUTROS INIMIGOS<br />

Na Bahia, diferente do Estado do sul, a grande área plantada<br />

(616 mil ha) é formada por eucalipto, por isso a ameaça<br />

também muda. Entre os principais inimigos estão a lagarta<br />

parda (Thyrinteina arnobia) e a vespa-da-galha (Leptocybe<br />

invasa). Em outubro de 2015, a Abaf (Associação Baiana das<br />

Empresas de Base <strong>Florestal</strong>) lançou a campanha para a prevenção<br />

da lagarta parda, com foco, primeiramente, no sul da<br />

Bahia.<br />

“Nestes primeiros meses com ações do Pfclp (Programa<br />

Fitossanitário de Controle da Lagarta Parda) tem-se obtido<br />

um significativo alcance junto aos agricultores e trabalhadores<br />

rurais”, avalia o diretor executivo Wilson Andrade.<br />

Entre as ações realizadas estão as visitas para apresentação<br />

do Pfclp às prefeituras, secretarias de agricultura e de meio<br />

ambiente, sindicatos rurais, agências bancárias com carteira<br />

rural e lojas de produtos agropecuários. Para ter penetração<br />

em áreas menores a entidade busca parceria e o apoio dos<br />

“NOSSOS ESTUDOS<br />

APONTAM QUE<br />

CERCA DE 40% DO<br />

PARQUE FLORESTAL<br />

DE SANTA CATARINA<br />

ESTEJA OCUPADO POR<br />

PEQUENOS E MÉDIOS<br />

PRODUTORES”<br />

MAURO MURARA JR.,<br />

DIRETOR EXECUTIVO DA ACR<br />

INDISCUTIVELMENTE LÍDER EM PICADORES<br />

Lançamento PICADOR PFP 500X800 VERSATILLE<br />

A PLANALTO lidera a fabricação de PICADORES<br />

FLORESTAIS NO BRASIL e possui a mais avançada<br />

tecnologia. Os PICADORES FLORESTAIS PLANALTO<br />

são fabricados em diversos tamanhos e modelos. Por<br />

serem Máquinas que trabalham em terrenos dobrados,<br />

possuem rodados tandem, são rebocados por trator, pá<br />

carregadeira ou escavadeiras, com isso facilita o manejo<br />

dentro da floresta. São equipados com rotores de facas<br />

segmentadas ou facas inteiras, vindo ao encontro das<br />

necessidades do cliente.<br />

www.planaltopicadores.com.br<br />

Rod. BR 282 - Km 346 | Distrito de Macrozona de Expansão Urbana<br />

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PRAGAS<br />

A LAGARTA PARDA SE<br />

ALIMENTA DAS FOLHAS<br />

DO EUCALIPTO<br />

municípios para a realização do plano junto às comunidades.<br />

Mais de três mil pessoas, de cerca de 80 comunidades.<br />

A partir de janeiro de <strong>2016</strong>, iniciaram os treinamentos<br />

com os grupos de produtores em sindicatos, assentamentos,<br />

aldeias indígenas e comunidades, além de uma ampla<br />

campanha publicitária. No período, a equipe do plano operacional<br />

– composta por um engenheiro agrônomo e dois<br />

florestais – percorreu mais de 42 mil km (quilômetros) para a<br />

realização dos treinamentos, além das reuniões e seminários<br />

com parceiros.<br />

Na sequência, a equipe partiu para o nivelamento de<br />

conhecimento das comunidades rurais sobre a lagarta parda.<br />

Para isso, são realizados treinamentos para identificação<br />

e controle nas comunidades rurais, associações, aldeias e<br />

assentamentos. Os treinamentos têm sido intensificados,<br />

visando difundir o conhecimento sobre a biologia da praga,<br />

seus hospedeiros e inimigos naturais, priorizando trabalhar<br />

o MIP (Manejo Integrado de Pragas), envolvendo o controle<br />

biológico para preservação ambiental e da saúde humana.<br />

CONHECER PARA AGIR<br />

Além do cadastramento das propriedades das empresas<br />

associadas à Abaf, o controle georreferenciado das plantações<br />

inclui os produtores fomentados, independentes e de<br />

outras culturas. “Tudo o que foi construído servirá para ações<br />

futuras que se façam necessárias para qualquer praga. O sucesso<br />

desse programa (bem como dos demais) se dá graças<br />

à experiência das empresas associadas e da parceria com a<br />

Adab (Agência de Defesa Agropecuária da Bahia) e Seagri que<br />

têm equipes experientes no assunto”, destaca Wilson.<br />

O diretor executivo da Abaf ressalta que o Pfclp atende<br />

tanto os grandes quanto os pequenos produtores. “O trabalho<br />

está sendo feito dessa forma porque entendemos que<br />

não adianta o grande produtor cuidar de suas plantações e o<br />

ENTRE OS MÉTODOS<br />

DE CONTROLE ESTÁ<br />

A ARMADILHA<br />

PARA CAPTURAR<br />

A MARIPOSA QUE<br />

DEPOSITA OS OVOS<br />

52<br />

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seu vizinho, que pode ser um pequeno produtor, não. Dessa<br />

forma, a praga pode voltar a causar problemas. O monitoramento<br />

e o controle devem ser de responsabilidade de todos.”<br />

E é este, justamente, o mote da campanha publicitária que<br />

vem sendo o norte de todas as atividades técnicas em campo.<br />

Como a praga também não liga para geografia, as ações<br />

levam em conta ainda os plantios na fronteira com o Espírito<br />

Santo. A coordenação do programa está em contato com o<br />

Idaf (Instituto de Defesa Agropecuária e <strong>Florestal</strong> do Espírito<br />

Santo) para desenvolver uma cooperação, visando o atendimento<br />

também das plantações das associadas entidade baiana<br />

no Estado vizinho.<br />

Sem o devido monitoramento e controle, a lagarta parda<br />

causa o desfolhamento de plantas dos plantios de eucalipto,<br />

café e de outras culturas. Este inseto é nativo, com presença<br />

já registrada ao longo dos anos em 14 Estados brasileiros.<br />

Especialistas acreditam que mudanças no clima e desaparecimento<br />

de inimigos naturais podem estar favorecendo o<br />

aumento momentâneo da população deste inseto. Os danos<br />

são expressivos. Uma desfolha de 100% em cultivo de eucalipto<br />

com três anos de idade pode reduzir o volume médio<br />

de madeira em aproximadamente 40% no ano seguinte ao<br />

ataque. Sucessivos desfolhamentos podem causar a paralisia<br />

do crescimento e mortalidade das árvores.<br />

“ENTENDEMOS QUE NÃO<br />

ADIANTA O GRANDE<br />

PRODUTOR CUIDAR DE<br />

SUAS PLANTAÇÕES E<br />

O SEU VIZINHO, QUE<br />

PODE SER UM PEQUENO<br />

PRODUTOR, NÃO. DESSA<br />

FORMA, A PRAGA PODE<br />

VOLTAR A CAUSAR<br />

PROBLEMAS”<br />

WILSON ANDRADE,<br />

DIRETOR EXECUTIVO DA ABAF


SILVICULTURA<br />

PLANTIO<br />

SEGURO E<br />

EFICIENTE<br />

USO DE TRITURADOR ECOTRITUS, PRODUZIDO<br />

PELA HIMEV, NO PREPARO DO TERRENO ELIMINA<br />

QUEIMADAS E AJUDA NA NUTRIÇÃO DO SOLO<br />

Fotos: Himev<br />

A Himev possui duas linhas de trituradores para trabalhos<br />

leves e pesados<br />

O material orgânico triturado é absorvido pelo solo<br />

54<br />

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O<br />

fogo ainda é utilizado para a eliminação da vegetação<br />

secundária ou capoeira, tanto na agricultura<br />

quanto a pecuária como em novos plantios florestais.<br />

A prática oferece um perigo muito grande na propagação<br />

de incêndios florestais, com prejuízo ao solo e o aumento da<br />

poluição por meio da liberação do dióxido de carbono, uma<br />

das principais causas do aquecimento global. Para tentar<br />

eliminar o uso de queimadas no Pará, a Embrapa Amazônia<br />

Oriental iniciou o Projeto Tipitamba, em 1991, que incentiva<br />

a trituração dos resíduos. Para viabilizar a iniciativa, a fabricante<br />

de equipamentos Himev cedeu o triturador Ecotritus<br />

em forma de parceria, o que rendeu excelentes resultados.<br />

O projeto atende produtores agrícolas da região amazônica<br />

e já mostrou avanços no modo como eles tratam a terra<br />

e as florestas. “Entre as vantagens do método estão a redução<br />

da emissão de gases nocivos à atmosfera, a redução dos<br />

riscos de incêndios, melhoria das características físicas, químicas<br />

e biológicas do solo”, elenca o pesquisador da Embrapa<br />

Osvaldo Kato, responsável pelo projeto.<br />

O Ecotritus é acoplado ao trator agrícola, que realiza a<br />

trituração da capoeira, enriquecendo o solo com os nutrientes<br />

orgânicos triturados. O material se torna uma cobertura<br />

morta, que é absorvida ao longo do tempo, nutrindo o solo.<br />

“Quando a gente queima, a área perde muito nutriente, já<br />

quando trituramos, toda essa biomassa é incorporada, tornando<br />

a terra mais forte”, aponta Luciano Braga, produtor<br />

rural.<br />

PARCERIA<br />

O equipamento produzido pela Himev passou a ser usado<br />

no projeto depois de uma conversa entre o proprietário<br />

da empresa e o pesquisador da Embrapa. “O senhor Hélio<br />

Faria foi muito receptivo e sensível ao Projeto Tipitamba, disponibilizando<br />

um equipamento para testar nas condições da<br />

Amazônia, mais precisamente no Município de Igarapé-Açu<br />

(PA)”, lembra Osvaldo. Na sequência, a empresa cedeu o triturador<br />

totalmente adaptado às particularidades da região,<br />

que permitiram demonstrações nos Estados do Maranhão e<br />

Rondônia, viabilizando a instalação de experimentos e unidades<br />

demonstrativas.<br />

TECNOLOGIA<br />

A Himev fabrica duas linhas de trituradores Ecotritus: HP<br />

- Linha Pesada e HL - Linha Leve. “São equipados com lâminas<br />

de aço especial de alta qualidade, grande durabilidade e<br />

forte desempenho, que criam uma estrutura forte e robusta”,<br />

detalha Vicente Goetten, diretor comercial. A Himev possui<br />

tecnologia para acoplar o Ecotritus com martelos ou bicos,<br />

indicados para terrenos com pedras. O acoplamento do equipamento<br />

é feito na parte traseira da tomada de força e terceiro<br />

ponto em tratores a partir de 50cv a 120cv (cavalos)<br />

para a Linha Leve e de 110cv a 250cv para a Linha Pesada.<br />

“Recentemente, desenvolvemos com um parceiro, um adaptador<br />

para instalar o Ecotritus na parte frontal”, completa<br />

Vicente.<br />

A Himev está no Brasil há quase 12 anos, desenvolvendo<br />

máquinas agrícolas. Os sócios e fundadores são europeus e<br />

têm mais de 30 anos de experiência em indústria. “O foco<br />

da Himev, além da qualidade dos equipamentos, está no<br />

apoio permanente ao cliente com rápido envio de peças de<br />

reposição, bem como agilidade nos serviços de manutenção<br />

do maquinário”, destaca Manuel Ribeiro, do departamento<br />

financeiro.<br />

ENTREVISTA COM O ENGENHEIRO OSVALDO KATO DA<br />

EMBRAPA AMAZÔNIA ORIENTAL<br />

Como vê o triturador Ecotritus, da Himev, de um modo<br />

geral?<br />

Osvaldo Kato – Os atuais trituradores Ecotritus da<br />

Himev incorporam conceitos que garantem um bom desempenho<br />

na trituração da biomassa da vegetação secundária<br />

no preparo do solo para plantio direto de cultivos anuais,<br />

semi permanentes e permanentes (incluindo espécies florestais),<br />

tendo como base de material de cobertura morta, a<br />

biomassa triturada.<br />

Recomenda para quem ou para que necessidades de<br />

limpeza florestal?<br />

Osvaldo Kato – Trituradores Ecotritus podem ser utilizados<br />

para manejo da vegetação espontâneas de pomares<br />

e outros cultivos perenes, garantindo cobertura do solo, adição<br />

de matéria orgânica e conservação da água no solo.<br />

Pode-nos contar um pouco, como foi a parceria e trabalho<br />

desenvolvido, iniciado há vários anos, com o fundador<br />

da Himev, o Sr. Hélio Faria?<br />

Osvaldo Kato – A parceria da Embrapa Amazônia Oriental<br />

com a Himev foi iniciada com os contatos com o Sr. Hélio<br />

Faria durante a Agrishow em Ribeirão Preto (SP). O Senhor<br />

Hélio foi muito receptivo e sensível ao Projeto Tipitamba de<br />

agricultura sem queima da Embrapa Amazônia Oriental, disponibilizando<br />

um equipamento para testar nas condições da<br />

Amazônia, mais precisamente no Município de Igarapé-Açu/<br />

Pará. Posteriormente foi disponibilizado um equipamento já<br />

adaptado às condições da região que permitiram demonstrações<br />

nos estados do Maranhão e Rondônia, viabilizando<br />

instalação de experimentos e unidades demonstrativas. A<br />

parceria entre a Himev e a Embrapa contribuirá para desenvolvimento<br />

no meio rural em direção à sustentabilidade na<br />

agricultura da região Amazônica.<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

55


ESPECIAL<br />

56<br />

www.referenciaflorestal.com.br


UMA IDEIA<br />

NA CABEÇA<br />

Fotos: divulgação<br />

STARTUPS COMEÇAM A<br />

GANHAR CORPO NO SEGMENTO<br />

FLORESTAL E TRAZEM O<br />

MELHOR DA GERAÇÃO "Y"<br />

PARA SOLUCIONAR PROBLEMAS<br />

ANTIGOS<br />

C<br />

onectividade, smartphones, tablets, drones, realidade<br />

aumentada: ferramentas para produzir mais<br />

madeira, reduzir custos com insumos e ter mais<br />

controle das operações. Uma ideia inovadora capaz de trazer<br />

soluções apoiadas na tecnologia. Essa é a essência das startups,<br />

que ganham cada vez mais terreno no setor florestal.<br />

Elas têm um ar mais jovem, mas não se engane, são muito<br />

comprometidas com o que fazem. Grandes empresas do<br />

agronegócio já perceberam o potencial das soluções apontadas<br />

por essa nova geração de empreendedores e por isso<br />

criam oportunidades para que seus projetos saiam do papel,<br />

notebook, celular…<br />

O termo startup começou a ser usado no início dos negócios<br />

virtuais, entre 1996 a 2001, quando a internet se<br />

popularizou. Tratava-se de um grupo de pessoas com ideias<br />

diferentes, mas sem muito dinheiro. Um exemplo clássico é<br />

a Apple, que começou fabricando computadores artesanais<br />

em uma garagem.<br />

Hoje em dia o conceito se ampliou para outras áreas, mas<br />

normalmente as startups estão focadas no uso inovador de<br />

tecnologias para solucionar problemas antigos. O setor florestal<br />

passou a entrar na mira desse pessoal. O que não mudou<br />

muito de lá para cá é que a ideia na cabeça precisa ser<br />

financiada de alguma maneira. Porém, o que mudou e muito,<br />

foi que os caminhos para levantar os recursos para colocar o<br />

projeto em prática está bem mais acessível.<br />

A Strider, criada em 2013, é um exemplo disso. A em-<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

57


ESPECIAL<br />

O software Strider possibilita mapear toda a área plantada e realizar agestão de pragas florestais<br />

presa começou a se desenvolver por conta própria e logo no<br />

início das atividades conseguiu o aporte da Barn Investment,<br />

fundo que aposta em boas ideias. “Este ano recebemos o segundo<br />

round de investimento da Monashees e da Qualcomm,<br />

todos fundos de São Paulo (SP)”, detalha Gabriela Mendes,<br />

cofundadora.<br />

A startup mineira criou uma plataforma para gerenciar o<br />

manejo no controle de pragas. É possível saber onde estão<br />

os focos, a quantidade exata de defensivo a ser utilizado em<br />

cada talhão e receber alertas de infestações em tempo real.<br />

Os monitores de campo usam um coletor de dados para fazer<br />

o monitoramento de problemas e acompanhar a lavoura ou<br />

plantio florestal. “É possível obter relatórios offline ainda no<br />

campo e, após sincronizar os dados, ter em mãos informações<br />

de fácil entendimento em segundos, além de alertas de problemas,<br />

aplicações e atividades atrasadas”, explica Gabriela.<br />

Utilizando o aplicativo, o produtor não perde nenhuma<br />

informação. “Trouxemos a agricultura de precisão para o monitoramento<br />

da lavoura e plantio de florestas, todo o trabalho<br />

de campo é georreferenciado e a partir disso temos relatórios<br />

que indicam exatamente o foco e o início de ataques de pra-<br />

gas, doenças, plantas daninhas”, detalha.<br />

A Strider já atendeu mais de um milhão de ha (hectares)<br />

no Brasil e nos EUA (Estados Unidos da América). O time é<br />

composto por pessoas de 19 a 45 anos de idade de diferentes<br />

áreas, são engenheiros agrônomos, desenvolvedores, técnicos<br />

em computação. Dentro do setor florestal o grande interesse<br />

foi no acompanhamento da formiga. “Para empresas<br />

que precisam ainda consolidar sua metodologia de monitoramento<br />

e treinar o pessoal de campo também nos tornamos<br />

uma ferramenta perfeita, pois o tablet leva informações de<br />

como e onde monitorar, tornando a prática fácil de ser incorporada<br />

e realizada em campo.”<br />

CHOQUE DE REALIDADE<br />

Pode-se dizer que a Sayyou revisitou o passado para criar<br />

uma solução bem moderna: a capina elétrica. “Acreditamos<br />

que no passado a agricultura era orgânica, limpa e livre de<br />

agrotóxicos, porém muito improdutiva. Os agrotóxicos e muitas<br />

outras inovações vieram para aumentar a produtividade,<br />

mas tornaram pouco ambientalmente sustentável”, defende<br />

Sérgio de Andrade Coutinho Filho, sócio da empresa. Assim,<br />

58<br />

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surgiu a Sayyou para unir o ambiental e socialmente sustentável<br />

com o produtivo.<br />

Como o próprio Sérgio revela, o desenvolvimento da solução<br />

lançada em 2014 foi longo, caro e doloroso. “Foram<br />

muitos anos até conseguirmos ter produtos e serviços comercializáveis”,<br />

admite. Mas o resultado foi um implemento<br />

que utiliza energia elétrica para eliminar a vegetação rasteira<br />

que compete com a floresta.<br />

“Temos alguns modelos, mas o carro chefe é o Eletroherb.”<br />

O equipamento usa a energia mecânica de uma plataforma<br />

(motor dedicado ou um trator agrícola e florestal), a<br />

transforma em energia elétrica de mais alta tensão e então<br />

aplica isso para controlar o mato. A grande vantagem do método<br />

é que não usa veneno.<br />

A eficiência de uma boa operação varia entre 85% e 95%.<br />

Tradicionalmente a capina é feita nos dois primeiros anos do<br />

plantio, “mas já existem trabalhos bastante interessantes<br />

mostrando que fazer o controle até o terceiro ou quarto ano<br />

faz sentido econômico e operacional.”<br />

Sérgio aponta que as empresas florestais têm mostrado<br />

interesse no equipamento. “Estamos preparando novos produtos<br />

mais leves e robustos, específicos para este segmento,<br />

que muitas vezes possui um ambiente hostil (pedras, galhos,<br />

tocos, etc.), especialmente a equipamentos com tecnologia<br />

de eletrônica de potência embarcada”, completa.<br />

Equipamento realiza o controle da matocompetição<br />

por meio de energia elétrica


ESPECIAL<br />

FLORESTA VIRTUAL<br />

O desenvolvimento do inventário real, feito pela Smartmatrix,<br />

traz a floresta para dentro do aparelho eletrônico. O<br />

drone equipado com câmeras, que registram todos os detalhes,<br />

passeia pela floresta e gera uma maquete virtual. É<br />

possível saber o tamanho, diâmetro e volume de madeira de<br />

cada árvore de forma individual. Também pode-se realizar o<br />

planejamento de colheita e estradas de dentro do escritório<br />

como se estive realmente no mato.<br />

A empresa, localizada em Curitiba (PR), lançou a novidade<br />

oficialmente neste ano e despertou o interesse de varias<br />

empresas que observaram a possibilidade de diminuir custos<br />

e ampliar a quantidade de informação da floresta. “No método<br />

tradicional se faz uma estimativa. A floresta é dividida em<br />

parcelas, as pessoas vão ao local para medir, o que envolve<br />

bastante mão de obra e o resultado final não é exato. Esse<br />

método pode ocorrer em erro até na contagem dos indivíduos<br />

em até 10%, além de equívocos quanto ao volume e<br />

densidade da madeira”, aponta Charles Roberto Stempniak,<br />

diretor da empresa.<br />

“Temos informações que antes eram inimagináveis”,<br />

garante. Isso porque com a captação das imagens que são<br />

transformadas em 3D é possível visualizar a formação da árvore,<br />

o que facilita selecionar as mais indicadas para o desbaste.<br />

Por meio de cálculos matemáticos, o software é capaz<br />

de fazer simulações e projetar como será a floresta no futuro.<br />

De acordo com a empresa, o tempo para o levantamento<br />

dessas informações é o mesmo de um inventário tradicional.<br />

Área florestal depois da capina elétrica<br />

60<br />

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INVESTINDO EM IDEIAS<br />

Recentemente a Monsanto entrou no fundo BR<br />

Startups (Brasil Aceleradora de Startups) para financiar<br />

tecnológica inovadoras para o agronegócio. A seleção da<br />

primeira rodada de investimentos com a participação da<br />

Monsanto aconteceu em agosto. Foram disponibilzados<br />

de R$ 250 mil a R$ 1,5 milhão por startup. Para participar<br />

das próximas, as Agritechs com pelo menos dois<br />

sócios e faturamento anual entre R$ 300 mil e R$ 10 milhões<br />

devem se inscrever pelo link: www.fundacity.com.<br />

O fundo BR Startups foi criado pela Microsoft Participações,<br />

holding de investimentos lançada em 2012<br />

para realizar investimentos estratégicos relacionados ao<br />

fomento à inovação e ao empreendedorismo, em conjunto<br />

com a Qualcomm Ventures, a ES Ventures (Portugal)<br />

e a AgeRio (Agência de Fomento do Estado do Rio de<br />

Janeiro). O foco do fundo é em empresas que já passaram<br />

por um processo de aceleração, mas que ainda não<br />

têm porte suficiente para acessar o mercado de venture<br />

capital série A.


SILVICULTURA<br />

TECNOLOGIA<br />

GARRA TRAÇADORA<br />

ROBUSTA E<br />

PRODUTIVA<br />

NOVIDADE DA TMO FOREST, A<br />

GARRA TRAÇADORA FG-60TR,<br />

FOI A CAMPO PARA COMPROVAR<br />

POTÊNCIA E FORÇA NO<br />

PROCESSAMENTO DE EUCALIPTO<br />

Fotos: TMO<br />

A<br />

TMO Forest usou toda a experiência que possui<br />

no setor florestal para desenvolver um implemento<br />

robusto e com alta produtividade:<br />

a Garra Traçadora FG-60TR. Os testes de campo confirmaram<br />

as especificações do produto, que já vem sendo<br />

utilizado por empresas que trabalham com altos volumes<br />

de movimentação e processamento de madeira no<br />

sistema full tree (árvore inteira).<br />

“A garra e o conjunto de corte foram totalmente desenvolvidos<br />

pela engenharia da TMO”, exalta Robson Olsen,<br />

gerente industrial da empresa. De acordo com ele,<br />

foram utilizados materiais e componentes de alta resistência<br />

e elevada performance. A FG-60TR tem área de<br />

corte de 0,60 m2 (metros quadrados) e trabalha com 180<br />

62<br />

www.referenciaflorestal.com.br


A garra apresenta a melhor performance quando equipada em<br />

máquina base de 20 t<br />

bar de pressão. A máquina base ideal para o implemento<br />

é a escavadeira com 20 t (toneladas).<br />

Durante os testes com madeira verde de eucalipto<br />

de 2,25 m (metros), foi observado maior durabilidade<br />

e menor necessidade de manutenções em comparação<br />

com outras marcas. “Os operadores relataram boa<br />

performance. O equipamento possui boa entrada na<br />

madeira e firmeza na garra”, informou empresa de base<br />

florestal que usa o implemento. Para a fabricante de celulose<br />

que vem utilizando a garra traçadora da TMO, a<br />

durabilidade e desempenho do implemento vão gerar<br />

ganho no custo benefício da operação.<br />

Apesar da produtividade depender de algumas variáveis<br />

como a qualidade dos feixes de árvores formados<br />

no arraste pelo skidder, “números reais de trabalho já<br />

mostram média de produção de 80 m³/h (metros cúbicos<br />

por hora) de madeira verde traçada com 2,25 m de<br />

comprimento”, garante Robson.<br />

TECNOLOGIA<br />

Com tecnologia 100% nacional baseada na performance<br />

e números em nível mundial, “o projeto mecânico<br />

garante elevada robustez a garra, proporcionando<br />

alto índice de disponibilidade do equipamento com menor<br />

número de paradas para manutenção”. O perfil das<br />

pinças foi desenvolvido para proporcionar fácil entrada<br />

nos feixes de madeira e firmeza no manuseio do fardo<br />

de árvores. Nos pontos essenciais de resistência mecânica<br />

e abrasão foram utilizados aços importados de alta<br />

resistência ao desgaste, com limites de resistência mecânica<br />

próximos a 1.400 Mpa.<br />

“O conjunto de corte possui um sistema hidráulico<br />

simples, mas de alto desempenho”, detalha o gerente<br />

industrial da TMO Forest. O motor hidráulico utilizado é<br />

um Parker série F12. O sistema também prevê tensionamento<br />

e lubrificação automática da corrente.<br />

Em condições favoráveis o implemento alcança produtividade<br />

de 80 m³/h<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

63


ARTIGO<br />

Foto: arquivo<br />

CONTROLE DE<br />

QUALIDADE<br />

FLORESTAL NA<br />

ELDORADO<br />

BRASIL S.A<br />

64<br />

www.referenciaflorestal.com.br


LUIZ HENRIQUE TEREZAN E ANDRESSA IGNEZ GARCIA DA SILVA<br />

DEPARTAMENTO DE CONTROLE DE QUALIDADE FLORESTAL DA ELDORADO BRASIL<br />

MÁRCIO BERNARDI<br />

DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO E MENSURAÇÃO FLORESTAL DA ELDORADO BRASIL<br />

<strong>Setembro</strong> de <strong>2016</strong> REVISTA REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

65


ARTIGO<br />

RESUMO<br />

O<br />

presente trabalho destaca a abordagem da<br />

empresa Eldorado Brasil Celulose quanto<br />

ao controle de qualidade de suas operações<br />

florestais, realizados atualmente nas áreas de Silvicultura<br />

e Colheita. Os principais trabalhos desenvolvidos<br />

pela área de Qualidade tem enfoque na elaboração e<br />

implementação dos procedimentos operacionais de<br />

cada processo, envolvendo monitoramento em campo,<br />

acompanhamento dos índices de sobrevivência<br />

dos plantios florestais e a coleta de imagens com o uso<br />

de Vant’s (Veículo Aéreo Não Tripulado).<br />

INTRODUÇÃO<br />

No Brasil, o controle de qualidade surgiu na década<br />

de 1960 por grandes indústrias como a Johnson & Johnson<br />

e a Embraer, não tendo o êxito que merecia. No<br />

entanto, atualmente, o processo de dominar a qualidade<br />

de produtos, passou a envolver novos ramos para<br />

alcançar a melhoria da qualidade, como é o caso do<br />

setor florestal.<br />

A primeira aplicabilidade deste processo na área<br />

florestal ocorreu em São Paulo, este balanço na qualidade<br />

era realizado por meio de visitas recorrentes,<br />

formadas por um conjunto de pessoas específicas para<br />

executar tal atividade, comandadas por um responsável.<br />

Vale destacar também que somente em 1980, a<br />

importância de qualidade passou a ter maior aceitação.<br />

O primeiro sistema de Controle de Qualidade implantado<br />

no setor florestal foi a Vistoria de Qualidade,<br />

que surgiu no estado de São Paulo em 1980. As vistorias<br />

periódicas eram realizadas por equipe específica<br />

de qualidade e pesquisa ou por chefias de área. As situações<br />

que estivessem fora das normas técnicas eram<br />

notificadas. Esse sistema de avaliação era encarado<br />

como policiamento, gerando atrito entre a equipe avaliadora<br />

e os executores da operação (Trindade et al.,<br />

1986).<br />

A partir de 1987, a fim de evitar atritos entre a área<br />

executora e a área de auditoria, surgiu o conceito de<br />

Imagem ilustrativa do sistema harvester e forwarder em ação<br />

Foto: divulgação<br />

66<br />

www.referenciaflorestal.com.br


autocontrole ou autogestão, em que, quem deveria<br />

controlar a qualidade do trabalho seriam os próprios<br />

executores, transferindo assim a responsabilidade da<br />

qualidade para quem de direito deveria se preocupar<br />

(Trindade et al., 2012).<br />

ELDORADO BRASIL<br />

A Eldorado Brasil destaca-se por ter uma das maiores<br />

e mais modernas fábrica de celulose do mundo,<br />

competitiva por seu novo modelo de negócios: da base<br />

florestal altamente produtiva à logística inovadora.<br />

É uma empresa brasileira, com atuação global, que<br />

leva a celulose nacional de alta qualidade para todo<br />

o mundo. Seu complexo industrial e áreas de plantio<br />

estão localizados no Mato Grosso do Sul e têm capacidade<br />

para produzir até 1,5 milhão de t (toneladas) de<br />

celulose por ano.<br />

Uma das mais modernas e competitivas empresas<br />

de celulose do mundo, a Eldorado Brasil conta com<br />

diferenciais como: florestas próprias certificadas pelo<br />

FSC (Conselho de Manejo <strong>Florestal</strong>), geração de energia<br />

própria a partir de biomassa, reaproveitamento de<br />

recursos e um modelo logístico inovador, competitivo<br />

e com baixa emissão de carbono.<br />

Com investimento de R$ 6,2 bilhões, foi construída<br />

em tempo recorde e começou a operar no final de<br />

2012. Seu complexo industrial e base florestal estão<br />

localizados no Mato Grosso do Sul. Possui em torno<br />

de 193 mil ha (hectares) de efetivo plantio no estado<br />

e também possui um viveiro em São Paulo, com capacidade<br />

de produção de 35 milhões de mudas ao ano.<br />

Distribui sua celulose para o Brasil e para o mundo.<br />

CONTROLE DE QUALIDADE OPERACIONAL<br />

NA SILVICULTURA<br />

Atualmente os processos silviculturais na Eldorado<br />

Brasil são em sua maioria mecanizados e próprios, o<br />

que torna o acompanhamento da qualidade destes<br />

processos mais fácil, porém com uma demanda de<br />

plantio de aproximadamente 50 mil ha/ano torna este<br />

acompanhamento crucial para que tenhamos florestas<br />

produtivas e com qualidade.<br />

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ARTIGO<br />

Floresta de eucalipto pronta para o corte raso<br />

Foto: divulgação<br />

A partir de 2012, foram elaborados os procedimentos<br />

operacionais da empresa e, junto com estes,<br />

foram iniciados mais detalhadamente os controles dos<br />

processos silviculturais, como os controles estatísticos<br />

de processo, 5W+1H, entre outras ferramentas de qualidade.<br />

Todos os processos mensuráveis dentro da silvicultura<br />

são avaliados pelos próprios agentes que fazem<br />

a operação, tomando como base o conceito de que<br />

quem faz a atividade também realiza o seu controle de<br />

qualidade, visando assim agilidade e assertividade nas<br />

tomadas de decisões caso sejam necessárias intervenções<br />

em determinada atividade que se encontra fora<br />

de controle, bem como intervenções preventivas.<br />

Estes dados são tabulados e analisados pelas próprias<br />

áreas operacionais, com o auxilio de ferramentas<br />

da qualidade e planilhas que os informam se as ativida-<br />

des estão dentro dos padrões estipulados pela empresa.<br />

Para corroborar as informações vindas do campo<br />

e ter uma visão global das atividades no campo, é realizado<br />

um monitoramento de qualidade em todas as<br />

unidades de gestão operacional da empresa.<br />

Semanalmente, são feitas visitas a campo a fim de<br />

realizar amostragens em campo de operações ditas<br />

como cruciais no processo de formação das florestas e<br />

também outras áreas de apoio que são fundamentais<br />

para que a operação tenha possibilidade de realizar um<br />

trabalho com excelência.<br />

Dentre as operações monitoradas por amostragem<br />

está o plantio, preparo de solo, adubação, qualidade<br />

de mudas, o índice de replantio, os controles operacionais,<br />

mato competição e ataque de formigas. Nestas,<br />

são feitas amostragens sistemáticas de acordo com o<br />

68<br />

www.referenciaflorestal.com.br


processo e observado o índice de não conformidade<br />

da operação, com estes dados é gerado um gráfico de<br />

notas que avalia a atividade de 0 a 10.<br />

As demais atividades são monitoradas observando<br />

a quantidade de pontos não conformes de acordo com<br />

o observado, pois são atividades nas quais a avaliação<br />

tende a ser um pouco subjetiva ou não demandam<br />

uma análise criteriosa, como o ambiente de trabalho,<br />

transporte dos colaboradores, equipamentos e implementos<br />

utilizados nas operações, o armazenamento e<br />

controle de insumos utilizados. Dentro de alguns itens<br />

são observados subitens que fazem parte da atividade<br />

e irão compor a nota final do item. No ambiente<br />

de trabalho são observados a deposição de resíduos<br />

sólidos, a deposição dos defensivos e embalagens, a<br />

organização das áreas de vivência, os painéis de gestão<br />

á vista e a origem da água potável utilizada pelos<br />

colaboradores.<br />

No item replantio, são observados o tempo do<br />

plantio até o replantio e se foram feitas adubações de<br />

reforço nos replantios acima de 30 dias pós plantio.<br />

No item adubação, são analisados a uniformidade dos<br />

plantios com mais de 30 dias, a variação da dosagem<br />

de adubo aplicada, o tempo de adubação conforme recomendação<br />

técnica. Consolidando todas estas informações,<br />

é elaborado um gráfico de notas ponderadas,<br />

que indica o atendimento aos padrões operacionais e<br />

de apoio exigidos pela Eldorado Brasil. Neste é possível<br />

acompanhar o desempenho mensal de cada unidade<br />

de gestão operacional e focar nas atividades que necessitam<br />

de melhoria, este gráfico compõe o relatório<br />

de qualidade de silvicultura, que atualmente é uma<br />

das principais ferramentas de gestão operacional da<br />

Eldorado Brasil.<br />

CONTROLE DE QUALIDADE OPERACIONAL<br />

NA COLHEITA<br />

Com um sistema de colheita de toras curtas por<br />

harvester + forwarder e um volume mensal de corte e<br />

baldeio de aproximadamente 440 mil m³ (metros cúbi-<br />

CONFIANÇA e<br />

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ARTIGO<br />

cos) (2014), atualmente a Eldorado Brasil conta com 5<br />

módulos espalhados no estado do Mato Grosso do Sul<br />

e São Paulo, entre áreas próprias e terceiras.<br />

As atividades de colheita foram iniciadas em maio<br />

de 2012, simultaneamente com as avaliações de qualidade<br />

operacional, realizadas nas etapas de corte,<br />

processamento e extração da madeira, com adoção<br />

do princípio de autocontrole. No processo de corte<br />

são avaliados a existência e altura de danos às cepas, a<br />

qualidade do desgalhamento, destopamento, descascamento<br />

e traçamento. Os resultados das avaliações<br />

são processados e transmitidos nos próprios módulos<br />

de colheita, onde as avaliações foram realizadas.<br />

São geradas informações detalhadas sobre o desempenho<br />

de cada um dos operadores e acompanhamentos<br />

diários das atividades. Este processo, de rápida<br />

geração e transmissão das informações, acelera tomadas<br />

de decisão e permite aos operadores das máquinas<br />

de colheita realizar ações corretivas e preventivas mais<br />

rápidas, minimizando perdas.<br />

A qualidade operacional das atividades é uma<br />

das exigências da Eldorado Brasil e ajuda a compor o<br />

prêmio de produção oferecido aos trabalhadores da<br />

área. Implantado os controles de campo, posteriormente<br />

iniciaram-se os monitoramentos de qualidade,<br />

seguindo o mesmo propósito do monitoramento da<br />

Silvicultura, são observados os mesmos itens avaliados<br />

pela operação em campo e alguns itens operacionais<br />

e ambientais que são intrínsecos a atividade de corte<br />

e baldeio.<br />

Na colheita, assim como na silvicultura, também<br />

são realizados monitoramentos. Nestes são feitas avaliações<br />

por amostragem aleatória das atividades para<br />

representar o módulo de colheita. O monitoramento é<br />

feito semanalmente em cada módulo de colheita, sendo<br />

avaliados todos os módulos ao final de um mês. No<br />

relatório, os itens avaliados são apresentados de maneira<br />

gráfica, com informações quantitativas dos itens<br />

avaliados (altura das cepas, diâmetro mínimo, traçamento<br />

comercial e toras de aproveitamento e madeira<br />

remanescente nos talhões). São apresentados também<br />

os resultados de não conformidade para desgalhamento,<br />

descascamento (casca aderente e casca solta) e pilhas<br />

de madeira.<br />

As informações são apresentadas em escala de 0<br />

a 10, de acordo com o grau de conformidade, relativo<br />

ao procedimento operacional da atividade. O monitoramento<br />

é amplamente usado na empresa como referência<br />

ao atendimento das normas estipuladas e para<br />

tomadas de decisões operacionais.<br />

VANT<br />

A utilização dos Vants, cada vez mais frequente e<br />

comum no Brasil, tem ganhado várias aplicações civis,<br />

como monitoramento ambiental, fiscalização de linhas<br />

de transmissão e coleta de imagens geológicas. Existem<br />

vários modelos, os quais são capazes de atender<br />

a diversas condições e aplicações. Para a utilização em<br />

áreas florestais, onde é necessário sobrevoar extensas<br />

áreas e apresentar boa mobilidade, o modelo mais<br />

adaptado e escolhido pela Eldorado Brasil é o eBee,<br />

fabricado pela Sensefly (2015). O modelo tem 96 cm<br />

(centímetros) de envergadura, pesa menos de 1 kg e<br />

possui autonomia próxima a 35 minutos de voo, o que<br />

lhe permite cobrir uma área entre 1,5 a 10 km² (quilômetros<br />

quadrados). A área de cobertura depende da<br />

resolução da imagem desejada, que pode variar entre<br />

3,0 e 30 cm/pixel, de acordo com a altura de voo. O<br />

modelo utiliza câmera digital Canon 16.0 MP, com a<br />

opção de utilizar outros tipos de câmera inclusive infravermelho,<br />

de acordo com o objetivo do trabalho.<br />

O equipamento é controlado por uma equipe composta<br />

por duas pessoas (piloto e copiloto) para a realização<br />

do sobrevoo. O eBee realiza o sobrevoo de forma<br />

autônoma por meio do software eMotion 2 (Sensefly),<br />

o qual realiza o planejamento do voo, sendo necessário<br />

apenas o acompanhamento pelo cockpit virtual na<br />

tela do computador (Figura 6). Caso necessário, no cockpit,<br />

o piloto possui diversos comandos sobre o Vant.<br />

Uma das finalidades das imagens adquiridas pelo<br />

70<br />

www.referenciaflorestal.com.br


Disco de corte para Feller<br />

Vant é a avaliação de sobrevivência (120 dias após o<br />

plantio), onde são lançadas parcelas circulares (9,8 m<br />

de raio) em cada talhão de forma sistemática, cada parcela<br />

(Figura 8) é identificada por uma sequencia de números<br />

(cor vermelho) de ordem crescente. Atualmente<br />

é realizada a contagem manual do número de covas e<br />

mudas propriamente ditas em cada parcela, fazendo-<br />

-se o registro de cada área, talhão e parcela avaliada,<br />

com estas informações tem-se o índice de sobrevivência<br />

de cada talhão, estas informações são apresentadas<br />

a área operacional a fim de registrar as informações<br />

finais de sobrevivência de cada talhão.<br />

As imagens georreferenciadas também são utilizadas<br />

para as atualizações pós-plantio, que consistem<br />

em confirmar as áreas onde realmente foi realizado<br />

o plantio, editando assim a área de efetivo plantio de<br />

cada talhão. Nestas imagens também são observadas<br />

e monitoradas áreas com processos erosivos ou com<br />

algum agravante ambiental onde é necessário acompanhar<br />

a recuperação do local junto aos órgãos ambientais<br />

competentes.<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

O Controle de Qualidade é fundamental para melhoria<br />

contínua dos processos na busca por excelência<br />

em qualquer empresa. Tendo em vista a versatilidade<br />

e adaptabilidade, as ferramentas de controle de qualidade<br />

podem ser implantadas na área florestal sem<br />

maiores impactos.<br />

Dados os desafios de uma empresa do porte da Eldorado<br />

Brasil, o controle de qualidade, as demais ferramentas<br />

de monitoramento e a silvicultura de precisão<br />

são utilizados para manter e garantir a excelência operacional<br />

da empresa. Atualmente, seu maior desafio é<br />

tornar o controle de qualidade parte de sua rotina diária<br />

operacional. Por isso, deve prezar pela transparência<br />

e confiabilidade nas informações geradas, indicando<br />

e comprovando os ganhos potenciais com a adoção<br />

das ferramentas.<br />

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ferramentas de 4 lados<br />

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AGENDA<br />

SETEMBRO <strong>2016</strong><br />

SEPTEMBER <strong>2016</strong><br />

Expodrev<br />

6 a 9<br />

Krasnojarsk - Rússia<br />

www.krasfair.ru/en/events/expodrev_en<br />

Siberia Forest – industry tour<br />

11 a 19<br />

10 cidades na Sibéria<br />

www.woodmarkets.com<br />

Demo International and Conference<br />

19 a 24<br />

Maple Ridge - Canadá<br />

www.demointernational.com<br />

II Encontro Brasileiro de Infraestrutura e<br />

Logística <strong>Florestal</strong><br />

6 e 7<br />

Curitiba (PR)<br />

www.infraestruturaflorestal.com.br<br />

MBA Manejo <strong>Florestal</strong> de Precisão<br />

18 (data de início)<br />

Ensino à distância<br />

www.manejoflorestal.ufpr.br<br />

XLIX Abtcp<br />

25 a 27<br />

São Paulo (SP)<br />

www.abtcp<strong>2016</strong>.org.br<br />

OUTUBRO <strong>2016</strong><br />

OCTOBER <strong>2016</strong> NOVEMBRO <strong>2016</strong><br />

NOVEMBER <strong>2016</strong><br />

IX Simpósio Brasileiro de Pós-Graduação<br />

em Ciências Florestais<br />

5 a 7<br />

Guarapari (ES)<br />

www.simposflorestaufes.com<br />

Fórum Nacional de Carvão Vegetal e Fórum<br />

de Energia da Biomassa <strong>Florestal</strong><br />

8 e 9<br />

Belo Horizonte (MG)<br />

DESTAQUE<br />

DEMO INTERNATIONAL AND CONFERENCE<br />

19 a 24 de setembro<br />

Maple Ridge - Canadá<br />

www.demointernational.com<br />

Um dos principais eventos florestais do hemisfério norte<br />

acontece nos dias 19 a 24 de setembro, em Maple Ridge<br />

- Canadá. O tema da Demo International and Conference<br />

deste ano é Setor florestal do Canadá: adaptando-se à<br />

nova realidade. A intenção da organização é mostrar<br />

caminhos e tecnologias para ampliar a competitividade<br />

do país. O evento também tem espaço aberto com<br />

demonstração de máquinas trabalhando.<br />

Imagem: reprodução<br />

72<br />

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ESPAÇO ABERTO<br />

LOGÍSTICA COMO<br />

FATOR DE QUALIDADE<br />

Foto: divulgação<br />

Por Ingo Pelikan<br />

Presidente do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva)<br />

I<br />

nvestir em qualidade significa melhorar desempenho, conquistar<br />

maior credibilidade junto aos clientes, aumentar<br />

resultados e, consequentemente, ser mais competitivo no<br />

mercado. Para além da qualidade do produto – que, na verdade,<br />

é uma consequência –, deve-se considerar a qualidade dos<br />

processos, a exemplo da logística, responsável por toda a movimentação<br />

de materiais, que influi diretamente na qualidade final<br />

do produto.<br />

Para o transporte de materiais, seja entre fábricas ou dentro<br />

de cada empresa, existe a máxima do cliente. Neste caso, o<br />

cliente da cadeia: quantidade certa, na hora certa e na qualidade<br />

certa. Haja logística nos transportes do fabricante de matérias-<br />

-primas para o tier 2, do tier 2 para o sistemista, do sistemista<br />

para a montadora e da montadora para a concessionária ou para<br />

o porto, fora as movimentações dentro de cada fábrica.<br />

Logística é um tema que ainda precisa ser muito explorado<br />

no Brasil, um país de dimensões continentais, cuja malha é extremamente<br />

complexa em todos os modais de transporte. Mas<br />

como lidar com o tempo nas grandes capitais, onde há um trânsito<br />

bastante intenso e risco de atraso na entrega de mercadorias?<br />

Quando há atrasos, a empresa precisa recuperar o tempo de<br />

alguma forma para evitar a insatisfação do cliente. Neste caso,<br />

quais ações complementares podem ser adotadas sem prejudicar<br />

a qualidade do produto? Há toda uma complexidade nas movimentações,<br />

que requer visão estratégica das empresas.<br />

E mais: o caminho para aumentar as exportações e ganhar<br />

penetração em todo o globo é assegurar a qualidade made in<br />

Brazil. A montadora precisa adotar uma série de cuidados ao fazer<br />

a expedição de um produto, porque se for transportado de<br />

forma indevida pode chegar danificado na concessionária, o que<br />

gera custo e, provavelmente, atraso na entrega para o cliente final,<br />

o que provoca automaticamente insatisfação.<br />

Hoje diversos procedimentos de logística são adotados pelas<br />

empresas com base na ISO 9000 ou na ISO/TS 16949, embora as<br />

normas não tenham tópico específico sobre o assunto. A montadora<br />

exige a ISO TS de seu fornecedor direto, mas a exigência que<br />

sai da montadora, obrigatoriamente, não é a mesma que chega<br />

ao tier 2, então aí muito se perde.<br />

Para a logística, o caminho é reverso: se a exigência não chega,<br />

a movimentação de mercadoria provavelmente não é realizada<br />

com os mesmos critérios do primeiro ao último fabricante.<br />

Fica a questão: como podemos desdobrar os conceitos da qualidade<br />

para a logística em todas as etapas da cadeia?<br />

E na outra ponta, da montadora para a concessionária, que<br />

tipo de padrão é adotado? Hoje as concessionárias são vinculadas<br />

a marcas específicas e cada marca tem a sua metodologia de<br />

trabalho.<br />

Esse segmento oferece maior segurança ao consumidor. Agora,<br />

a distribuição de mercadoria para o mercado aberto precisa<br />

ser trabalhada no Brasil para que haja maior conscientização e<br />

padronização dos processos.<br />

Embora não exista norma específica para logística no mercado,<br />

já se percebe a tendência de desenvolvimento de uma certificação<br />

para a padronização dos conceitos logísticos, conforme os<br />

cinco requisitos Maepe (Manuseio, Armazenagem, Embalagem,<br />

Proteção e Entrega), que devem ser bem detalhados. Este é o<br />

caminho a ser traçado para que haja maior transparência e melhores<br />

resultados para toda a cadeia automotiva.<br />

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contidas no rótulo, na bula e na receita. Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização<br />

do produto por menores de idade. Consulte sempre um engenheiro agrônomo. Venda sob receituário agronômico.

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