Setembro/2016 - Referência Florestal 178

PRAGAS
A VESPA-DA-MADEIRA ATACA
CULTURAS DE PINUS. OS
MAIORES FOCOS ESTÃO NO
PARANÁ E SANTA CATARINA
Entre os métodos de defesa divulgados pela ACR estão as
práticas silviculturias de defesa como plantar indivíduos com
diferentes idades, desbaste com atenção a árvores atacadas,
nutrição adequada do solo, entre outras. Mas quando o problema
já existe a entidade indica o controle biológico. Este
método utiliza um nematoide. No caso da vespa-da-madeira
o indicado é o Beddingia siridicola, que esteriliza as fêmeas. A
ACR elaborou uma cartilha com todas as informações sobre a
praga, os modos de controle e a forma de realizá-lo.
Depois que a associação passou a realizar o levantamento
anual do setor florestal em Santa Catarina, percebeu que
muitas propriedades rurais não constavam nos dados disponíveis
e por isso nem mesmo eram procuradas. “Nossos
estudos apontam que cerca de 40% do parque florestal do
Estado esteja ocupado por pequenos e médios produtores.
Isso nos dá a certeza de que pelo menos 60% da área esteja
sendo monitorada”, revela o engenheiro florestal Mauro
Murara Júnior, diretor executivo da ACR. Com o mapeamento
mais completo foi possível ampliar o alcance das campanhas.
“A partir do ano passado, começamos a nos aproximar dos
pequenos e médios produtores através de instituições de extensão
rural, a Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e
Extensão Rural) e de defesa fitossanitária, Cidasc (Companhia
Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina).”
Neste ano, por meio de um termo de cooperação técnico,
que inclui a Secretaria de Estado da Agricultura, a ACR disponibilizou
à Cidasc cerca de 180 doses de nematoides. Número
bem maior que em 2015, que foi de aproximadamente 50 doses.
"A participação do produtor florestal é fundamental para
o sucesso da estratégia", ressalta o presidente da associação,
Ali Abdul Ayoub. A vespa-da-madeira ataca principalmente
plantios de pinus sem manejo, causando o apodrecimento
da árvore. Copa amarelada e respingos de resina no tronco
são indícios de infestação. Identificadas essas características,
O INSETO PERFURA OS TRONCOS
PARA DEPOSITAR OS OVOS DE
ONDE NASCEM AS LARVAS
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