Políticas e Ações para a Cadeia Produtiva de - Sistema Moda Brasil
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oriunda dos peixes do leito do Rio Tapajós. Os índices <strong>de</strong> contaminação<br />
chegam a alcançar 40 vezes o teor aceitável pela<br />
Organização Mundial da Saú<strong>de</strong> (OMS). O Departamento Nacional<br />
<strong>de</strong> Produção Mineral (DNPM), do Ministério <strong>de</strong> Minas<br />
e Energia (MME), estima que, na década <strong>de</strong> 80, os garimpeiros<br />
<strong>de</strong>spejaram no leito do Rio Tapajós cerca <strong>de</strong> 600 toneladas<br />
<strong>de</strong> mercúrio.<br />
Atualmente, está sendo implementado o Projeto Remoção<br />
<strong>de</strong> Barreiras <strong>para</strong> a Introdução <strong>de</strong> Tecnologias Limpas <strong>de</strong><br />
Mineração, integrante do Projeto Mercúrio Global. Ele é financiado<br />
pelo Fundo Mundial <strong>para</strong> o Meio Ambiente e executado<br />
pela UNIDO e PNUD, em parceria com a Secretaria <strong>de</strong> Ciência,<br />
Tecnologia e Meio-Ambiente, com a Prefeitura Municipal<br />
<strong>de</strong> Itaituba e com a Associação dos Mineradores <strong>de</strong> Ouro<br />
do Tapajós (AMOT). O objetivo do projeto é orientar a população<br />
sobre o uso do mercúrio e suas conseqüências ambientais<br />
e na saú<strong>de</strong> humana.<br />
Por outro lado, por ocasião da visita realizada ao Pólo Joalheiro<br />
ficou evi<strong>de</strong>nciado também que a integração do Pólo com<br />
as ativida<strong>de</strong>s turísticas é bastante promissora. Dessa forma, tal<br />
priorida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>vidamente consi<strong>de</strong>rada no seu Plano <strong>de</strong> Trabalho<br />
<strong>para</strong> 2005/2006, com ações associando a <strong>Ca<strong>de</strong>ia</strong> <strong>Produtiva</strong><br />
<strong>de</strong> Gemas e Jóias com as ativida<strong>de</strong>s turísticas.<br />
A partir <strong>de</strong> 2004, ao participar das reuniões do Fórum<br />
<strong>de</strong> Competitivida<strong>de</strong>, em Brasília, o Pólo Joalheiro buscou dar<br />
uma maior dimensão à sua atuação. Passou a articular a incorporação<br />
<strong>de</strong> novas parcerias, no sentido <strong>de</strong> fortalecer a sua<br />
governança e assegurar a indispensável sustentabilida<strong>de</strong> ao<br />
Programa.<br />
Para tanto, formulou seu Programa <strong>de</strong> Trabalho <strong>para</strong><br />
2005/2006. Foi apresentado um conjunto <strong>de</strong> projetos a serem<br />
implementados, em estreita articulação com os Ministérios da<br />
Integração (MI), do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior<br />
(MDIC), <strong>de</strong> Minas e Energia (MME), da Ciência e Tecnologia<br />
(MCT) e do Turismo (MTUR), além do IBGM.<br />
OBJETIVO<br />
O Pólo Joalheiro do Pará tem, por objetivo, fomentar a organização<br />
e integração dos elos da ca<strong>de</strong>ia produtiva do setor<br />
joalheiro. Para isso, estimula o <strong>de</strong>senvolvimento da produção<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> padrões competitivos <strong>de</strong> mercado, com ênfase na<br />
agregação <strong>de</strong> valor ao produto.<br />
ALGUNS ASPECTOS DO PÓLO<br />
DE GEMAS E JÓIAS<br />
‡ Não existem problemas com relação à compra <strong>de</strong><br />
matéria-prima. Ouro e prata são fornecidos por uma<br />
empresa da região a preços da Bolsa <strong>de</strong> Metais <strong>de</strong> Londres<br />
do dia. Às vezes, com um pequeno <strong>de</strong>sconto <strong>de</strong> até 3%.<br />
‡ Os insumos são adquiridos <strong>de</strong> fornecedores <strong>de</strong><br />
São Paulo. O mesmo ocorre com as ferramentas,<br />
adquiridas no Estado, dos mesmos fornecedores.<br />
Mais recentemente, empresa <strong>de</strong> Minas Gerais<br />
também têm fornecido ferramentas.<br />
‡ Os equipamentos <strong>para</strong> fabricação <strong>de</strong> jóias e<br />
lapidação também são, em sua quase totalida<strong>de</strong>,<br />
adquiridos <strong>de</strong> fornecedores paulistas e mineiros.<br />
‡ Ainda não existem conhecimentos tecnológicos<br />
locais suficientes que assegurem a melhoria contínua<br />
dos processos produtivos e dos produtos;<br />
‡ No segmento <strong>de</strong> Artefato <strong>de</strong> Pedra (obras e<br />
artefatos) foi i<strong>de</strong>ntificada a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
máquinas <strong>para</strong> o corte inicial e acabamento final;<br />
‡ O Pólo está produzindo poucas jóias <strong>de</strong><br />
ouro. Predominam as <strong>de</strong> prata, com <strong>de</strong>sign<br />
mo<strong>de</strong>rno, refinado e <strong>de</strong> bom gosto;<br />
‡ O número <strong>de</strong> empresas formalmente<br />
constituídas ainda é reduzido. Atualmente são<br />
13 unida<strong>de</strong>s. Em 1999 havia apenas uma.<br />
‡ Os <strong>de</strong>signers locais são muito criativos e entusiastas<br />
com os resultados das promoções e dos cursos<br />
realizados via IBGM, SENAI e/ou outras entida<strong>de</strong>s;<br />
‡ Há um esforço <strong>de</strong> algumas empresas – três ou quatro<br />
– em <strong>de</strong>senvolver <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> embalagens <strong>para</strong> jóias e<br />
bijuterias. Uma <strong>de</strong>las, a Ornatos Embalagens, ganhou<br />
o Prêmio <strong>de</strong> Design <strong>de</strong> Embalagem da CNI em 2004.<br />
‡ As empresas não têm interesse em <strong>de</strong>senvolver<br />
ações cooperadas, embora reconheçam a<br />
importância do Pólo. Ao contrário, algumas<br />
<strong>de</strong>las têm dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relacionamento<br />
pessoal e preferem manter a sua individualida<strong>de</strong>,<br />
mesmo reconhecendo o interesse comum;<br />
‡ Os empresários enten<strong>de</strong>m que o Pólo precisaria ter um<br />
centro <strong>de</strong> marketing. Assim, as políticas atingiriam não<br />
somente o mercado local (consumidores <strong>de</strong> Belém e<br />
turistas nacionais e estrangeiros), mas, sobretudo, a<br />
exportação. Segundo eles, na exportação, produtos<br />
que possuem forte apelo nativo são <strong>de</strong>mandados;<br />
‡ Quando as instituições <strong>de</strong> ensino e pesquisa<br />
do Estado são <strong>de</strong>mandadas, respon<strong>de</strong>m<br />
satisfatoriamente, a exemplo da UFPA e do CEFET.<br />
De acordo com empresários, isso ocorre embora<br />
a <strong>de</strong>manda do setor produtivo seja pontual;<br />
‡ Os empresários do Programa têm utilizado muito<br />
pouco os sistemas <strong>de</strong> informações, notadamente os<br />
sites do MRE, MDIC/SECEX e do IBGM. Como também<br />
não tem tido acesso a revistas especializadas;<br />
‡ Os financiamentos disponíveis no Estado (microcrédito)<br />
são extremamente reduzidos e não aten<strong>de</strong>m<br />
às necessida<strong>de</strong>s locais em sua plenitu<strong>de</strong>.<br />
EXECUÇÃO DO PLANO DE<br />
TRABALHO 2000-2005<br />
O Plano constatou que, além <strong>de</strong> investir em qualida<strong>de</strong>, era<br />
igualmente preciso buscar um diferencial <strong>para</strong> que o mercado<br />
local percebesse o produto. Esse diferencial era a própria i<strong>de</strong>n-