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Aviação e Mercado - Revista - 6

Confira nessa edição de Aviação e Mercado uma analisa da industria aeroespacial brasileira, o mercado de turismo e aviação, formação do pilotos, como preparar as empresas para eventuais acidentes aéreos, os efeitos da idade na aviação geral e uma analise sobre a força aérea israelense e muito mais...

Confira nessa edição de Aviação e Mercado uma analisa da industria aeroespacial brasileira, o mercado de turismo e aviação, formação do pilotos, como preparar as empresas para eventuais acidentes aéreos, os efeitos da idade na aviação geral e uma analise sobre a força aérea israelense e muito mais...

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tarefa, invista tempo e recursos<br />

na sua obtenção. Além de<br />

comprar os caríssimos jatos<br />

F-16, Israel investiu na formação<br />

e treinamento de pilotos<br />

e técnicos.<br />

Veio, então, a questão do treinamento<br />

dos pilotos. Antes<br />

de mais nada, há que se citar<br />

uma particularidade: ao longo<br />

de sua história, a IAF desenvolveu<br />

um eficiente programa<br />

de recrutamento, de<br />

maneira que consegue alistar<br />

voluntariamente alguns dos<br />

jovens mais preparados da sociedade<br />

israelense. E nós desenvolvemos<br />

a quarta lição:<br />

“Uma organização, seja de<br />

caráter público ou privado,<br />

deve ter o cérebro voltado<br />

para cooptar cérebros...”<br />

Desta forma, partindo deste<br />

excelente capital humano,<br />

e aliado a um rigorosíssimo<br />

programa de treinamento,<br />

ela consegue formar pilotos<br />

com capacidades acima da<br />

média internacional.<br />

Se os aeronautas da Chel Há<br />

Vir já se situavam entre os<br />

mais treinados do mundo, os<br />

escolhidos para voar até Osirak<br />

deveriam ser os melhores<br />

dentre os melhores. E passaram<br />

a voar sobre o deserto<br />

sob as mais diversas condições<br />

meteorológicas, treinando o<br />

ataque sobre um modelo em<br />

escala real do reator, pois não<br />

poderia haver erros sobre os<br />

céus do Iraque. Quinta lição:<br />

“O suor dispendido em<br />

treinamento poupa sangue<br />

durante a batalha.”<br />

Isto é, treinou-se muito, de<br />

maneira a minimizar os riscos<br />

a fim de evitar que erros mortais<br />

acontecessem no decorrer<br />

da perigosa missão, o que<br />

enseja nossa sexta lição:<br />

“A repetição com correção<br />

até a exaustão conduz à<br />

perfeição.”<br />

Aqueles pilotos ficaram tão<br />

familiarizados com os procedimentos<br />

que praticamente<br />

poderiam vir a fazê-los de<br />

olhos fechados, se isso fosse<br />

necessário. Seriam 14 jatos voando<br />

a baixa altura e driblando<br />

radares, mísseis e canhões<br />

antiaéreos sobre território<br />

hostil. Teriam que navegar,<br />

cuidar uns dos outros e vigiar<br />

o inimigo. Além de estar atentos<br />

à uma colisão entre si...<br />

O plano foi concebido de maneira<br />

bem simples: voar baixo<br />

e rápido sobre o deserto, de<br />

maneira a escapar dos radares<br />

de vigilância sauditas e<br />

iraquianos, subir para aproximar<br />

do alvo no último minuto,<br />

soltar as bombas com precisão<br />

e fugir sob a proteção<br />

da noite escura. Os F-15 manteriam<br />

os céus livres de interferências.<br />

Nada de manobras<br />

complicadas ou movimentos<br />

complexos. Basicamente, entrar,<br />

golpear e fugir. Simples<br />

como nossa sétima lição:<br />

“Não existem planos a<br />

prova de erros, mas os<br />

planos mais simples correm<br />

menos riscos de darem<br />

errado, porque neles<br />

é menor a possibilidade<br />

de enganos, falhas de comunicação<br />

e equívocos na<br />

interpretação. È a velha regra<br />

KISS (Keep It Simple,<br />

Stupid – faça tudo simples<br />

seu babaca!)*”<br />

* Dizem que este princípio<br />

teria sido criado por Clarence<br />

“Kelly” Johnson, o lendário<br />

engenheiro aeronáutico que<br />

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